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LISTA DE EXERCÍCIOS – IDEOLOGIA E ALIENAÇÃO

1. (Unicamp 2019) Como regime social, o fascismo social pode coexistir com


a democracia política liberal. Em vez de sacrificar a democracia às exigências
do capitalismo global, trivializa a democracia até o ponto de não ser
necessário sacrificá-la para promover o capitalismo. Trata-se, pois, de um
fascismo pluralista e, por isso, de uma forma de fascismo que nunca existiu.
Podemos estar entrando num período em que as sociedades são
politicamente democráticas e socialmente fascistas.

(Adaptado de Boaventura de Sousa Santos, Epistemologias do Sul. Sã o Paulo: Cortez, 2010, p. 47.)

De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o assunto, a coexistência


entre fascismo e democracia é 
a) facilitada por processos eleitorais que dã o continuidade a fascismos que sempre
existiram.    
b) promovida pela aceitaçã o social que banaliza a democracia em favor do
capitalismo global.    
c) dificultada por processos eleitorais que renovam a democracia, inviabilizando os
fascismos.    
d) possibilitada pela aceitaçã o social de sociedades politicamente fascistas e
socialmente democrá ticas.    

2. (Ufsc 2019) [...] embora (Durkheim) esteja correto ao afirmar que os


projetos socialistas compartilham da intenção de submeter as atividades
econômicas ao controle da sociedade como um todo, ele deixa de lado as
razões normativas subjacentes a essa intenção. Os primeiros socialistas
exigiam que a esfera econômica fosse submetida às diretivas sociais [...] não
só para assegurar uma distribuição mais justa de recursos por meio de uma
nova ordem econômica, mas também para assegurar que a produção
servisse o propósito moral de retirar da liberdade proclamada pela
Revolução Francesa seu caráter meramente privado e egoísta. Ao invés disso,
a liberdade deveria ser entendida como uma forma de cooperação livre, para
se ajustar, assim, à promessa revolucionária da fraternidade. Visto dessa
perspectiva, o movimento socialista tem se baseado numa crítica imanente
da ordem capitalista moderna; ele aceita as bases normativas dessa ordem –
liberdade, igualdade e fraternidade – mas argumenta que esses valores só
são compatíveis entre si se a liberdade for interpretada de maneira menos
individualista e mais intersubjetiva.

HONNETH, Axel. The idea of socialis. Cambridge: Polity Press, 2017, p. 13.

Com base no texto acima, é correto afirmar que:


01) os ideais da Revoluçã o Francesa – liberdade, igualdade, fraternidade – jamais
podem ser aplicados ao projeto socialista.   
02) a noçã o de liberdade é incompatível com a noçã o do socialismo.   
04) os projetos socialistas defendem uma interpretaçã o menos individualista e
mais intersubjetiva da noçã o de liberdade.   
08) os projetos socialistas defendem que as atividades econô micas em geral
estejam submetidas ao controle da sociedade.   
16) a ideia de liberdade do autor deve estar associada à noçã o de cooperaçã o entre
os indivíduos, a fim de realizar o ideal da fraternidade.   
32) os primeiros socialistas aceitavam a ideia de liberdade, mas nã o aceitavam a
ideia de fraternidade.   
64) os primeiros socialistas defendiam que uma nova ordem econô mica
asseguraria a distribuiçã o mais justa de recursos.   

3. (Famerp 2018) No livro Investigação sobre a natureza e a causa da riqueza


das nações, publicado em 1776, Adam Smith argumentou que um agente
econômico, procurando o lucro, movido pelo seu próprio interesse, acaba
favorecendo a sociedade como um todo. Esse ponto de vista é um dos
fundamentos
a) do liberalismo, que dispensou a regulamentaçã o da economia pelo Estado.   
b) do utilitarismo, que defendeu a produçã o especializada de objetos de
consumo.   
c) do corporativismo, que propô s a organizaçã o da sociedade em grupos
econô micos.   
d) do socialismo, que expô s a contradiçã o entre produçã o e apropriaçã o de
riqueza.   
e) do mercantilismo, que elaborou princípios de protecionismo econô mico.   

4. (Enem 2017) No período anterior ao golpe militar de 1964, os documentos


episcopais indicavam para os bispos que o desenvolvimento econômico, e
claramente o desenvolvimento capitalista, orientando-se no sentido da justa
distribuição da riqueza, resolveria o problema da miséria rural e,
consequentemente, suprimiria a possibilidade do proselitismo e da
expansão comunista entre os camponeses. Foi nesse sentido que o golpe de
Estado, de 31 de março de 1964, foi acolhido pela igreja.

MARTINS, J. S. A política do Brasil: lú mpen e místico. Sã o Paulo: Contexto. 2011 (adaptado).

Em que pesem as divergências no interior do clero após a instalação da


ditadura civil-militar, o posicionamento mencionado no texto fundamentou-
se no entendimento da hierarquia católica de que o(a)
a) luta de classes é estimulada pelo livre mercado.    
b) poder oligá rquico é limitado pela açã o do Exército.    
c) doutrina cristã é beneficiada pelo atraso do interior.    
d) espaço político é dominado pelo interesse empresarial.    
e) manipulaçã o ideoló gica é favorecida pela privaçã o material.    

5. (Unesp 2017) Texto 1

O professor não se aproveitará da audiência cativa dos estudantes para


promover os seus próprios interesses, opiniões ou preferências ideológicas,
religiosas, morais, políticas e partidárias. Ao tratar de questões políticas,
socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma
justa – isto é com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões,
teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito. O professor
respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que
esteja de acordo com suas próprias convicções.

www.programaescolasempartido.org. Adaptado.

Texto 2

Ciências sempre incluem controvérsias, mesmo física e química. Se não


ensinamos isso também, ensinamos errado. E o mesmo vale para história e
sociologia – o professor precisa ensinar Karl Marx, mas também Adam Smith
e Émile Durkheim. Mas o conhecimento que precisa ser passado é
essencialmente científico – o que não inclui o criacionismo, que é uma teoria
religiosa. Com todo respeito, mas família é família, e sociedade é sociedade: a
família pode ter crenças de preconceito homofóbico ou contra a mulher, por
exemplo, e não se pode deixar que um jovem nunca seja exposto a um ponto
de vista diferente desses. Ele tem que ser exposto a outros valores.

Renato Janine Ribeiro. https://educacao.uol.com.br, 21.07.2016. Adaptado.

O confronto entre os dois textos permite concluir corretamente que


a) ambos atribuem a mesma importâ ncia à fé religiosa e à ciência como
fundamentos educativos.    
b) ambos defendem o relativismo no campo dos valores morais, valorizando a
aceitaçã o das diferenças.    
c) as duas abordagens valorizam a doutrinaçã o ideoló gica do professor sobre o
aluno no campo educativo.   
d) o texto 1 assume uma posiçã o moralmente conservadora, enquanto o texto 2
defende uma educaçã o pluralista.   
e) o texto 1 é contrá rio a preconceitos morais, enquanto o texto 2 denuncia o
cientificismo na educaçã o.   

6. (Unesp 2017) Texto 1

Nunca houve no mundo tanta gente vivendo com suas necessidades básicas
atendidas, nunca uma porcentagem tão alta da população mundial viveu fora
da miséria – uma vitória espetacular, num planeta com 7 bilhões de
habitantes. Nunca houve menos fome. Nunca tantos tiveram tanta educação
nem tanto acesso à saúde.

José Roberto Guzzo. “Um mundo de angú stias”. Veja, 25.01.2017.

Texto 2

Mais sóbrio – e talvez mais pessimista – é olhar para quanto cada grupo se
apropriou do crescimento total: os 10% mais ricos da população global se
apropriaram de 60% de todo o crescimento do mundo entre 1988 e 2008.
Uma grande massa de população melhorou de vida, é verdade, mas o que
esse dado demonstra é que poderia ter melhorado muito mais se o resultado
do crescimento não terminasse tão concentrado nas mãos dos ricos. O que
está em jogo é mais do que dinheiro. Em um mundo globalizado, os estados
nacionais perdem força. Um grupo pequeno de pessoas com muita riqueza
tem grande poder de colocar as cartas a seu favor. Em casos extremos, a
desigualdade é uma ameaça à democracia.

Marcelo Medeiros. “O mundo é o lugar mais desigual do mundo”. http://piaui.folha.uol.com.br, junho de 2016. Adaptado.

O confronto entre os dois textos permite concluir corretamente que


a) ambos manifestam um ponto de vista liberal em termos ideoló gicos, pois
repercutem as vantagens da valorizaçã o do livre mercado e da meritocracia.   
b) o texto 1 pressupõ e concordâ ncia com o liberalismo econô mico, enquanto o
texto 2 integra problemas econô micos com tendências de retrocesso político.   
c) o texto 1 critica o progresso entendido como aperfeiçoamento contínuo da
humanidade, enquanto o texto 2 valoriza a globalizaçã o econô mica.   
d) ambos apresentam um enfoque crítico e negativo sobre os efeitos do
neoliberalismo econô mico e suas fortes tendências de diminuiçã o dos gastos
pú blicos.   
e) ambos manifestam um ponto de vista socialista em termos ideoló gicos, pois
enfatizam a necessidade de diminuiçã o da concentraçã o de renda mundial.    

7. (Enem PPL 2017) TEXTO I

Frantz Fanon publicou pela primeira vez, em 1952, seu estudo sobre
colonialismo e racismo, Pele negra, máscaras brancas. Ao dizer que “para o
negro, há somente um destino” e que esse destino é branco, Fanon revelou
que as aspirações de muitos povos colonizados foram formadas pelo
pensamento colonial predominante.

BUCKINGHAM, W. et al. O livro da filosofia. Sã o Paulo: Globo, 2011 (adaptado).

TEXTO II

Mesmo que não queiramos cobrar desses estabelecimentos (salões de


beleza) uma eficácia política nos moldes tradicionais da militância, uma vez
que são estabelecimentos comerciais e não entidades do movimento negro, o
fato é que, ao se autodenominarem “étnicos” e se apregoarem como
divulgadores de uma autoimagem positiva do negro em uma sociedade
racista, os salões se colocam no cerne de uma luta política e ideológica.

GOMES, N. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Disponível em: www.rizoma.ufsc.br. Acesso em: 13 fev. 2013.

Os textos apresentam uma mudança relevante na constituição identitária


frente à discriminação racial. No Brasil, o desdobramento dessa mudança
revela o(a)
a) valorizaçã o de traços culturais.   
b) utilizaçã o de resistência violenta.   
c) fortalecimento da organizaçã o partidá ria.    
d) enfraquecimento dos vínculos comunitá rios.    
e) aceitaçã o de estruturas de submissã o social.    
8. (Uema 2016) Hoje, tudo que chamam de “reformas” constitui de fato um
conjunto de recuos sucessivos em matéria de direitos sociais, de proteção
aos assalariados, com privilégios para os poderosos e prerrogativas
ampliadas para o grande patronato. Isso provoca no povo uma rejeição de
qualquer ideia de “reforma”, pois ele pressente que em nome dessa palavra
mágica vão lhe pedir novos sacrifícios.

DION, Jack. A esquerda esqueceu do povo (entrevista). In: Carta Capital. Ano XXI. Nº 850.

O texto retrata a visão de uma corrente político-ideológico, que tende a


exercer o controle sobre a sociedade, denominada de
a) Comunismo.   
b) Democracia.   
c) Neoliberalismo.   
d) Aristocracia.   
e) Socialismo.   

9. (Unisc 2016) Anarquismo é uma corrente de pensamento com variadas


expressões no pensamento filosófico e político. Os anarquistas têm em
comum a defesa da liberdade pessoal, da participação direta dos cidadãos
em todos os assuntos políticos e a recusa às diferentes formas de autoridade
e de governo. São contrários à representação política e à delegação de poder.
Entendem que a ordem social não requer a existência de governo. Há um
segundo sentido do termo, comum na linguagem popular, em que anarquista
significa ser apoiador da desordem e do caos. 

Dicioná rio de Filosofia Política, Edunisinos, 2010. 

Considerando o primeiro sentido, próprio do pensamento filosófico e


político, assinale a alternativa condizente com a visão anarquista. 
a) Voto universal e eleiçõ es diretas para todos os cargos governamentais. 
b) Cooperativas e sindicatos de trabalhadores. 
c) Organizaçã o terrorista anticapitalista, militarizada e hierarquizada, tipo Al-
Qaeda. 
d) Parlamentos livres (de deputados, senadores ou vereadores). 
e) Democracia representativa. 

10. (Uem-pas 2015) Valéria Pilão informa que, por ocasião da Copa do
Mundo de 1970, durante a ditadura militar estabelecida no país, Miguel
Gustavo compôs a canção “Pra frente Brasil”, que incitava:

“Noventa milhões em ação

Pra frente Brasil do meu coração

Todos juntos vamos

Pra frente Brasil

Salve a seleção (...)”


(PILÃ O, Valé ria. Movimento estudantil. In: LORENSETTI, Everaldo et al. Sociologia: ensino mé dio. Curitiba: SEED-PR, 2006, p.
275)

Levando em consideração o conteúdo do trecho citado e o contexto em que a


música foi elaborada, é correto afirmar que: 
01) o compositor, com suas palavras, dá a entender um descontentamento com o
regime político. 
02) a cançã o dirige-se à populaçã o brasileira, estimulando sentimentos de
grandiosidade nacionalista. 
04) a letra cria uma identificaçã o entre a naçã o e a seleçã o, como se a vitó ria desta
significasse avanço daquela. 
08) o compositor busca estimular os sentimentos críticos dos jogadores e da
comissã o técnica, em relaçã o ao momento político vivenciado pelo país. 
16) a letra, apesar de tratar de futebol, tema pelo qual o brasileiro é apaixonado,
fala do assunto de modo imparcial, sereno. 

11. (Enem PPL 2015) Colonizar, afirmava, em 1912, um eminente jurista, “é


relacionar-se com os países novos para tirar benefícios dos recursos de
qualquer natureza desses países, aproveitá-los no interesse nacional, e ao
mesmo tempo levar às populações primitivas as vantagens da cultura
intelectual, social, científica, moral, artística, literária, comercial e industrial,
apanágio das raças superiores. A colonização é, pois, um estabelecimento
fundado em país novo por uma raça de civilização avançada, para realizar o
duplo fim que acabamos de indicar”.

MÉ RIGNHAC. Pré cis de législation et d´é conomie coloniales. Apud LINHARES, M. Y.

A luta contra a Metró pole (Á sia e Á frica). Sã o Paulo: Brasiliense, 1981.

A definição de colonização apresentada no texto tinha a função ideológica de 


a) dissimular a prá tica da exploraçã o mediante a ideia de civilizaçã o. 
b) compensar o saque das riquezas mediante a educaçã o formal dos colonos. 
c) formar uma identidade colonial mediante a recuperaçã o de sua ancestralidade. 
d) reparar o atraso da Colô nia mediante a incorporaçã o dos há bitos da Metró pole. 
e) promover a elevaçã o cultural da Colô nia mediante a incorporaçã o de tradiçõ es
metropolitanas. 

12. (Uem 2011) Assinale o que for correto sobre o conceito de ideologia. 
01) Expressa a visã o social de mundo de um grupo ou classe social que se impõ e ou
busca a imposiçã o sobre outro. 
02) Define as escolhas dos indivíduos e age sobre eles como um corpo sistemá tico
de representaçõ es e de normas. 
04) Gera processos de identificaçã o e aceitaçã o de comportamentos, condenando
as condutas desviantes. 
08) Pretende reproduzir a sociedade e a estrutura de classes que nela se
estabelece. 
16) Mantém independência dos processos cotidianos da vida social, tendo suporte
nas relaçõ es estabelecidas no mundo do trabalho. 

13. (Unimontes 2011) “A ideia da ideologia, na sociedade capitalista,


pressupõe a elaboração de um discurso homogêneo, pretensamente
universal, que, buscando identificar a realidade social com o que as classes
dominantes pensam sobre ela, esconde, oculta as contradições existentes e
silencia as representações contrárias às dessa classe. Parte-se do
pressuposto de que a sociedade capitalista é uma sociedade harmônica, em
que não há nenhuma forma de exploração.” 

(TOMAZI, N.D. Sociologia da Educaçã o) 

Considerando as reflexões do autor sobre esse tema, julgue os itens a seguir: 


I. Essas reflexõ es estã o apoiadas nas ideias de Karl Marx sobre a ideologia na
sociedade capitalista. 
II. Essas reflexõ es concordam com o fato de que a sociedade capitalista está
dividida em classes que sã o contraditó rias e conflituosas e que, portanto,
existem explicaçõ es, teorias divergentes e discursos conflituosos sobre a
realidade social. 
III. Essas reflexõ es estã o apoiadas nas ideias de Max Weber sobre a sociedade
capitalista. 
IV. Essas reflexõ es partem do pressuposto de que a ideologia é sempre expressa
por um grupo ou por uma classe, sendo, portanto, o indivíduo apenas o
subsidiá rio de todo um pensamento anterior e mais amplo sobre a vida social. 

Estão corretos os itens 

a) II, III e IV, apenas. 

b) I, II e IV, apenas. 

c) I, II e III, apenas. 

d) I e IV, apenas. 

14. (Unicentro 2010) “Todos nós participamos de certos grupos de ideias [...].
São espécies de “bolsões” ideológicos, onde há pessoas que dizem coisas em
que nós também acreditamos, pelas quais lutamos, que têm opiniões muito
parecidas com as nossas. Há alguns autores que dizem que na verdade nós
não falamos de fato o que acreditamos dizer, haveria certos mecanismos,
certas estruturas que “falariam por nós”. Ou seja, quando damos nossas
opiniões, quando participamos de algum acontecimento, de alguma
manifestação, temos muito pouco de nosso aí, reproduzimos conceitos que
circulam nesses grupos. Ideologia não é, portanto, um fato individual, não
atua de forma consciente na maioria dos casos. Quando pretendemos alguma
coisa, quando defendemos uma ideia, um interesse, uma aspiração, uma
vontade, um desejo, normalmente não sabemos, não temos consciência de
que isso ocorre dentro de um esquema maior, [...] do qual somos
representantes – repetimos conceitos e vontades que já existiam
anteriormente” 

(MARCONDES FILHO, Ciro. Ideologia: O que todo cidadã o precisa saber sobre. Sã o Paulo, 1985, p.20). 

A partir do texto é possível afirmar que a Ideologia é 


a) um fato individual, consciente e que se manifesta por vontades particulares. 
b) um conjunto de atitudes individuais e momentâ neas que nã o interferem na vida
social. 
c) algo que se reproduz fora e sem sofrer influências do grupo social. 
d) algo que se reproduz solitariamente. 
e) algo que se reproduz a partir da convivência entre os indivíduos em grupos, que
defendem os mesmos interesses e possuem opiniõ es semelhantes. 

15. (Unioeste 2009) Com base nos seus conhecimentos sobre o termo
ideologia, considere as afirmativas a seguir: 
I. Trata-se de um conjunto de ideias, valores ou crenças que orientam a percepçã o
e o comportamento dos indivíduos sobre diversos assuntos ou aspectos sociais
e políticos. 
II. Na perspectiva marxista, a ideologia é um conceito que denota “falsa
consciência”: uma crença mistificante que é socialmente determinada e que se
presta a estabilizar a ordem social vigente em benefício das classes dominantes. 
III. A ideologia consiste em ideias explícitas, fruto da reflexã o coletiva e, portanto,
internalizadas por todos os indivíduos sem possibilidades de se romper com
seus pressupostos. 
IV. A ideologia pode ser usada para manipular, direcionar e/ou limitar a visã o das
pessoas sobre determinado assunto ou questã o. 

Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas. 

a) I e II. 

b) I, II e III. 

c) I, II e IV. 

d) II e IV. 

e) II, III e IV. 

16. (Ueg 2009) Ideologia é um conceito 


a) desenvolvido por Marx e significa uma falsa consciência produzida pelos
especialistas no trabalho intelectual. 
b) desenvolvido por Weber e significa um processo de passagem da ética
protestante para o espírito do capitalismo. 
c) que significa anomia, para Durkheim; alienaçã o, para Marx; e racionalizaçã o,
para Weber. 
d) criado por Durkheim e significa ausência de leis e regras na sociedade. 

17. (Uem 2008) Ao discorrer sobre ideologia, Marilena Chauí afirma que “(...)
a coerência ideológica não é obtida malgrado as lacunas, mas, pelo contrário,
graças a elas. Porque jamais poderá dizer tudo até o fim, a ideologia é aquele
discurso no qual os termos ausentes garantem a suposta veracidade daquilo
que está explicitamente afirmado”. 

(O que é ideologia. Sã o Paulo: Brasiliense, 1981, p. 04). 


Considerando o texto acima e o conceito de ideologia para Karl Marx,
assinale o que for correto. 
01) Na maioria das sociedades capitalistas, as desigualdades sã o ocultadas pelos
princípios ideoló gicos que afirmam a importâ ncia dos seguintes elementos: o
progresso, o “vencer na vida”, o individualismo, a mínima presença do Estado
na economia e a soberania popular por meio da representaçã o. 
02) Ideologia corresponde à s ideias que predominam em uma determinada
sociedade, portanto expressa a realidade tal qual ela é na sua objetividade. 
04) Uma pessoa pode elaborar uma ideologia, construir uma “questã o” individual
sem interferências anteriores e influências comunitá rias para a sua
sustentaçã o. Assim, com base em sua pró pria ideologia, ela poderá refletir e
agir em sua sociedade. 
08) Na sociedade brasileira, a ideologia da democracia racial afirma que índios,
negros e brancos vivem em harmonia, com igualdade de condiçõ es. Essa
formulaçã o omite as desigualdades étnicas existentes no país. 
16) Ideologia consiste em ideias que predominam na sociedade e que, por isso, sã o
internalizadas por todos os indivíduos. Portanto nã o existem possibilidades de
se romper com seus pressupostos. 

18. (Uem 2008) Podemos conceituar mudança social como toda inovação
ocorrida na sociedade de forma geral ou em um grupo específico. Sobre esse
tema, assinale o que for correto. 
01) O filó sofo Auguste Comte era favorá vel à Revoluçã o Francesa, visto que
apoiava as mudanças que ela continha. Afirmava, entretanto, que as
transformaçõ es da sociedade deveriam ser condicionadas pela manutençã o da
ordem social. 
02) No processo histó rico de desenvolvimento das sociedades humanas, as
mudanças sã o inevitá veis. É consenso na sociologia que elas ocorrem em todas
as instituiçõ es sociais de modo natural, em circunstâ ncias semelhantes à
evoluçã o pela qual passam os animais e os vegetais. 
04) Com a ampliaçã o das suas bases industriais na década de 1950, o Brasil passou
por uma grande transformaçã o: sua populaçã o, que era rural, tornou-se
majoritariamente urbana. Essa mudança foi provocada pelas condiçõ es
favorá veis oferecidas nas cidades, isto é, oferta de emprego, de moradia,
serviços de saú de e educaçã o suficientes para todos aqueles que imigraram
para o espaço urbano. 
08) Vê-se, em nossa sociedade urbana industrial, que as famílias passaram por
mudanças. O outrora preponderante tipo familiar patriarcal sofreu
modificaçõ es. Hoje há outras formas de organizaçã o familiar, como a família
conjugal (com a diluiçã o do poder entre mulheres e homens), a família
chefiada por mulheres e a conjugalidade homossexual. 
16) Com base nas consequências produzidas pela Lei Á urea de 1888, no Brasil,
podemos concluir que, dependendo do contexto, mudanças legislativas nã o sã o
suficientes para alterar prontamente padrõ es cristalizados de relaçõ es sociais. 

19. (Ueg 2008) A Filosofia e a Sociologia são disciplinas que promovem uma
reflexão crítica sobre os mais variados temas, particularmente o da
ideologia. Partindo de uma análise crítica e utilizando o conceito de ideologia
desenvolvido por Marx e outros pensadores, é correto afirmar que o cartum 
a) revela que, independentemente dos indivíduos e das classes sociais, todos
pertencemos ao povo brasileiro. 
b) mostra que, diante da televisã o, todos os brasileiros sã o iguais nesse momento. 
c) sugere que há um crescimento quantitativo dos telespectadores com o passar do
tempo. 
d) mostra que o discurso sobre “povo brasileiro” é ideoló gico, falso, abole as
divisõ es e desigualdades sociais. 

20. (Uel 2006) “[...] uma grande marca enaltece - acrescenta um maior
sentido de propósito à experiência, seja o desafio de dar o melhor de si nos
esportes e nos exercícios físicos ou a afirmação de que a xícara de café que
você bebe realmente importa [...] Segundo o velho paradigma, tudo o que o
marketing vendia era um produto. De acordo com o novo modelo, contudo, o
produto sempre é secundário ao verdadeiro produto, a marca, e a venda de
uma marca adquire um componente adicional que só pode ser descrito como
espiritual”. O efeito desse processo pode ser observado na fala de um
empresário da Internet comentando sua decisão de tatuar o logo da Nike em
seu umbigo: “Acordo toda manhã, pulo para o chuveiro, olho para o símbolo
e ele me sacode para o dia. É para me lembrar a cada dia como tenho de agir,
isto é, ‘just do it’.” 

(KLEIN, Naomi. Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 45-76.) 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre ideologia, é correto afirmar: 


a) A atual tendência do capitalismo globalizado é produzir marcas que estimulam a
conscientizaçã o em detrimento dos processos de alienaçã o. 
b) O capitalismo globalizado, ao tornar o ser humano desideologizado, aproximou-
se dos ideais marxistas quanto ao ideal humano. 
c) Graças à s marcas e à influência da mídia, em sua atuaçã o educativa, as pessoas
tornaram-se menos sujeitas ao consumo. 
d) O trabalho ideoló gico em torno das marcas solucionou as crises vividas desde a
década de 1970 pelo capital oligopó lico. 
e) Por meio da ideologia associada à mundializaçã o do capital, ampliou-se o
fetichismo das mercadorias, o qual se reflete na resposta social à s marcas.

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