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Angústia, separação e desamparo na clínica contemporânea

Angústia, separação e desamparo


na clínica contemporânea1
Anguish, helplessness and separation in contemporary clinical
Ana Cristina Teixeira da Costa Salles
Paulo Roberto Ceccarelli

Que antes renuncie a isso,


portanto, quem não conseguir alcançar
em seu horizonte a subjetividade de sua época.
jac qu es l ac a n

Resumo
O objetivo deste trabalho é pesquisar de que forma a dinâmica pulsional da sociedade con-
temporânea repercute nas manifestações da angústia e do desamparo nas situações de perdas,
separações e luto. Como os pacientes têm reagido a estas situações quando os tempos atuais
exigem soluções imediatas? Como tais exigências se manifestam na clínica atual do trabalho
de luto e quais suas consequências para o trabalho psicanalítico? Em que medida as caracte-
rísticas da nossa sociedade têm contribuído para o fracasso desse processo? Qual a responsa-
bilidade do psicanalista nessa situação? O que a psicanálise tem a oferecer na atual conjuntura
social? Estas são algumas das perguntas e questões relativas ao trabalho psicanalítico que gos-
taríamos de debater com os colegas.

Palavras chaves: Angústia, Separação, Clínica contemporânea.

Introdução dos os seus fragmentos animados e inanima-


Nas últimas décadas a sociedade ocidental dos como objetos de consumo” (BAUMAN,
transformou-se numa sociedade globaliza- 2007, p.16). Estes têm uma vida útil limitada
da na qual quem dita as regras é o mercado. e quando esse limite é ultrapassado, devem
Vivemos numa sociedade profundamente ser descartados para abrir caminho para ou-
individualista, narcisista, na qual prevalece o tros objetos que ainda não foram utilizados e
culto pela imagem e pelo consumo exacer- que serão os novos objetos de desejo. Dessa
bado e descartável. Vale o excesso de ofertas forma, o lixo é o principal e mais abundante
e a possibilidade de usar e descartar tudo ra- produto das sociedades líquido-modernas.
pidamente, tanto no plano material quanto Diz Bauman: “Em um mundo repleto de
afetivo. consumidores e produtos, a vida flutua des-
Bauman (2007) define a vida líquida na confortavelmente entre os prazeres do con-
“sociedade líquido-moderna” como uma sumo e os horrores da pilha do lixo” (BAU-
“vida de consumo” que “projeta o mundo e to- MAN, 2007, p.17). E ainda:

1. Trabalho apresentado no XIX Congresso do CBP, Recife/PE, e na XXX Jornada de Psicanálise do CPMG, Belo Horizonte/MG.

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Na sociedade dos consumidores, ninguém Ligações frouxas e compromissos revogáveis


pode deixar de ser um objeto de consumo. são os preceitos que orientam os laços entre
(...) Consumidores e objetos de consumo são os indivíduos. Ligar-se ligeiramente a qual-
polos conceituais de um continuum ao longo quer coisa que se apresente e abandoná-la ra-
do qual todos os membros da sociedade de pidamente é o que conta. Viver no presente
consumidores se situam e se movem de um e pelo presente obtendo o máximo de satis-
lado para outro diariamente. (...) Só como fação possível, evitando as inquietações e so-
mercadorias, só se forem capazes de demons- frimentos, priorizando os finais rápidos e in-
trar seu próprio valor de uso, é que os consu- dolores, pois sem eles seria impossível reco-
midores podem ter acesso à vida de consumo meçar, é um imperativo (BAUMAN, 2007).
(BAUMAN, 2007, p.18). Vivemos em uma “sociedade de valores
voláteis, descuidada do futuro, egoísta e he-
Em função disso, nas sociedades de con- donista, onde a velocidade e não a duração é
sumo só quem tem poder econômico é con- o que importa” (IDEM, p.10).
siderado alguém. As leis do mercado discri- Ao mesmo tempo, observa-se uma perda
minam cada vez mais os excluídos que não de valores, de ideais e referenciais simbóli-
têm acesso aos bens de consumo. cos, tanto no plano individual quanto cole-
Vivendo num ritmo acelerado, os indi- tivo.
víduos encontram-se pressionados, massa- Em decorrência de tudo isso, a frustra-
crados, angustiados diante das exigências do ção e a insatisfação são permanentes, provo-
mundo globalizado. cando autocrítica e autocensura constantes.
As recentes crises econômicas mundiais, Consequentemente, aparecem as explosões
o alto índice de desemprego nas grandes de ódio, violência, discriminação, medo, in-
cidades, o ritmo exigente e destrutivo dos segurança, pânico, uma vez que o recurso à
mercados, bem como a falta de perspectivas palavra e à simbolização acha-se diminuindo
num futuro melhor, têm ocasionado profun- ou até mesmo ausente.
das mudanças tanto nos sujeitos quanto nas Roudinesco (2000), ao analisar as socie-
sociedades contemporâneas. dades contemporâneas, diz:
Observa-se uma perda da subjetividade.
O sentimento de impotência agrava-se, o O sofrimento psíquico manifesta-se atual-
autorrespeito, a autoestima e a autoconfian- mente sob a forma da depressão. Atingido no
ça encontram-se debilitadas. Cresce o medo corpo e na alma por essa estranha síndrome,
de tornar-se obsoleto, defasado, dispensável. em que se misturam a tristeza e a apatia, a
O ritmo e a velocidade dos acontecimentos busca da identidade e o culto de si mesmo, o
assombram os indivíduos, que cada vez mais homem deprimido não acredita mais na vali-
temem ficar para trás, perder o momento dade de nenhuma terapia. No entanto, antes
certo das mudanças, não conseguir acompa- de rejeitar todos os tratamentos, ele busca de-
nhar a rapidez dos eventos e consequente- sesperadamente vencer o vazio de seu desejo
mente “ir parar nas latas de lixo, destinos dos (...) sem se dar tempo de refletir sobre a ori-
retardatários” (BAUMAN, 2007, p. 8 e 10). gem de sua infelicidade.
Nas sociedades líquido-modernas a vida (...)
não pode ficar parada; deve-se modernizar- A concepção freudiana de um sujeito do in-
se ou corre-se o risco de perecer. É uma vida consciente, consciente de sua liberdade, mas
precária, vivida em condições de incerteza atormentado pelo sexo, pela morte e pela
constante, com uma sucessão de reinícios. proibição, foi substituída pela concepção
As trocas subjetivas encontram-se ina- mais psicológica de um indivíduo depressivo,
dequadas, comprometendo os laços sociais. que foge de seu inconsciente e está preocupa-

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do em retirar de si a essência de todo conflito traumática para o sujeito, principalmente se


(ROUDINESCO, 2000, p.13 e 19). as anteriores não foram devidamente elabo-
radas.
Luto e separação Em nossa experiência clínica temos ob-
Sabemos que as perdas são inerentes à vida, servado um estado de pânico e desamparo
fazendo parte da nossa existência desde que acentuado, principalmente em relação a se-
nascemos. A psicanálise nos ensina que para parações quando a perspectiva de um rom-
superá-las faz-se necessário realizar um tra- pimento definitivo adquire uma conotação
balho de luto. muito traumática, interferindo na elabora-
Para Freud (1917[1915]), esse trabalho de ção da situação.
luto (reação à perda) que obedece ao impe- Por outro lado, notamos uma intolerân-
rativo do teste de realidade – o objeto amado cia à frustração, recusa do sofrimento e uma
não existe mais – consiste num desligamen- busca de soluções rápidas para qualquer
to gradual da libido do objeto ou dos ideais problema que se apresente na vida do sujei-
perdidos, para que no final desse processo o to. Quanto tempo vou demorar para resolver
“eu” possa se ver livre, desinibido e apto para isso? – parece ser a questão que mais inco-
realizar outros investimentos em novos obje- moda atualmente.
tos e situações. Se esse processo de elabora- Geralmente após alguns meses de aten-
ção da perda não ocorrer satisfatoriamente, dimento, os clientes interrompem o proces-
teremos a manutenção dos sofrimentos, dos so alegando problemas financeiros, falta de
conflitos e provavelmente a ocorrência de tempo para vir às sessões, e toda sorte de
um luto interminável, geralmente patológi- desculpas, que sabemos muito bem serem
co, que governará a vida da pessoa. racionalizações para não entrarem realmen-
No trabalho do luto, o processo de des- te num processo mais profundo de análise.
ligamento de um objeto amado, seja por Em casos urgentes ou graves, quando se
morte ou separação, é uma tarefa dolorosa e anuncia uma diminuição da angústia e um
difícil que nos põe à prova, pois nos obriga a alívio sintomático, estas pessoas dão-se por
nos reconstituir. A dor psíquica que acompa- satisfeitas e interrompem as sessões, mesmo
nha esse processo é inevitável, porém não é sabendo do risco que isso significa.
necessariamente patológica, sendo normal- Em situações de luto, por perda ou rom-
mente superada no final do luto. pimento do vínculo afetivo – que requerem
O trabalho do luto necessita um tempo de um tempo maior de elaboração –, nota-se
elaboração psíquica. Entretanto, nem sem- em alguns casos a busca de um alívio rápido
pre isso acontece. Na tragédia de Hamlet, por meio da medicação ou soluções mágicas,
que não pode fazer o luto do pai assassinado esotéricas e milagrosas, que buscam atenuar a
porque os ritos funerários não foram devi- dor, diminuir a angústia e calar o sofrimento.
damente respeitados, temos um exemplo de Alguns fragmentos clínicos atualizam es-
como um luto não realizado, “feito às pres- tas situações:
sas”, é enlouquecedor e pode determinar as
ações e o destino do sujeito. 1. Uma cliente, após o rompimento de
Inconscientemente todas as dores, perdas um noivado longo, ganhou dos pais
e separações de nossa existência estão inter- uma viagem à Europa, “porque estava
ligadas, o que ocasiona uma revivência des- muito triste e precisava se distrair e es-
sas situações no momento em que uma nova quecer o que havia acontecido”.
dor nos atinge.
Em função disso, a experiência de uma 2. Outra cliente, arrasada ao saber pelas
perda atual pode adquirir uma conotação amigas, via internet, da traição do ma-

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rido, ouve de uma delas que “o melhor economia libidinal não o seja, é aquilo que é
a fazer era conhecer logo outra pessoa criado e utilizado pela economia capitalista e
e dar o troco”. Pouco tempo depois aca- sua ideologia: a ilusão de que os objetos ofe-
ba se envolvendo com outro homem e recidos são acessíveis a todos. A partir daí,
interrompe as sessões. todo objeto que, potencialmente, poderia ser
objeto de desejo, é transformado, via regres-
3. Outra ainda, que há muito tinha inter- são, em objeto de necessidade, privando-o
rompido o trabalho analítico dizendo de toda possibilidade de cumprir o seu papel
que estava muito difícil (psiquicamen- prometido: a “realização” do desejo. Como
te) continuar, telefona para perguntar objeto de necessidade, ao mesmo tempo
sobre a garantia que o analista poderia idealizado e persecutório, toda possibilida-
dar-lhe de que o problema que a afligia de de sublimação se acha entravada, o que
seria rapidamente resolvido, no ritmo nos submerge no imaginário sem nenhuma
de duas vezes por mês, pois não queria condição de sublimação: sem circulação pul-
“mexer muito nessas coisas”. sional não ocorrem ligações, e Eros perde a
sua força, cedendo lugar a Tânatos (CECCA-
São inúmeros os casos em que os clientes RELLI, 2007).
já iniciam as entrevistas pedindo para serem Resumindo: a atualidade nada faz além
medicados porque “não aguentam mais o so- de produzir, pela repetição do mesmo sob
frimento”, as crises de pânico e de angústia, o formas variadas, efeitos enganadores que
medo, a solidão e a falta de vínculos afetivos mascaram, pelo imaginário cultural no qual
e sociais. o sujeito se encontra submerso em um dado
momento sócio-histórico, o mal-estar (Un-
- Quando interpelados sobre o seu pa- behagen) inerente à cultura.
pel nesse sofrimento, não se implicam, Ao longo de sua história, a psicanálise
demandando alívio rápido e milagroso sempre denunciou o fracasso das pseudosso-
para as dores do corpo (somatizações) luções que prometem a completude narcísica,
e da alma (angústia, depressão, solidão, a ausência de sofrimento e o apaziguamento
pânico, ausência de vínculos afetivos e da angústia. Dessa maneira, ela desmascara
sociais). as ideologias da sociedade de consumo que,
- Apesar do sofrimento, não há uma im- através da fetichização dos objetos, negam a
plicação subjetiva e aparece uma resis- castração ao buscarem garantir a felicidade,
tência a entrar no dispositivo analítico ao preço da infantilização do sujeito, em de-
transferencial. trimento de sua capacidade de pensamento
e de crítica.
Para Roudinesco, essa resistência de- Ainda que não se possa desconsiderar que
monstra que: nas últimas décadas ocorreram profundas
mudanças tecnológicas, sociais e políticas que
... se a economia de mercado trata os sujeitos transformaram profundamente as sociedades
como mercadoria, os pacientes também ten- ocidentais, produzindo novas subjetividades
dem, por sua vez, a utilizar a psicanálise como e novas formas de viver e de sofrer, cabe aos
um medicamento, e o analista, como um re- psicanalistas se perguntarem como escutar e
ceptáculo de seus sofrimentos (ROUDINES- trabalhar essas novas modalidades de sofri-
CO, 2000, p.161). mento psíquico ou, ainda, a recusa do sofri-
mento das subjetividades contemporâneas.
Parece-nos, enfim, que a marca distintiva E a psicanálise, como ela é afetada por
da atualidade, embora do ponto de vista da tudo isso? Qual a participação dos psicana-

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listas na manutenção desta situação? Como Referências


nossos pacientes, estamos igualmente assu-
jeitados aos efeitos psíquicos da organização
psicossocial contemporânea (CECCARELLI, BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro:
2004). Não podemos nos esquecer que o so- Jorge Zahar, 2007.
frimento psíquico só pode ser avaliado den-
BRAUNSTEIN, Néstor A; FUKS, Betty B. (org.) 100
tro da cultura e no momento histórico que o
anos de novidade. A moral sexual “cultural” e o nervo-
produz (FREUD, 1929). Neste sentido, seria sismo moderno, de Sigmund Freud (1908-2008). Rio de
ilusório termos a pretensão de que podería- Janeiro: Contra Capa, 2011.
mos nos livrar dos efeitos da sociedade de
consumo, e agir como se estivéssemos fora CECCARELLI, Paulo R. A perversão do outro lado
do divã. In: Destinos da sexualidade. Portugal, A. M;
dela observando-a com a suposta neutrali-
Porto Furtado, A; Rodrigues, G; Bahia, M, A; Gontijo,
dade de um cientista que estuda suas lâmi- T. (orgs.). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004, p.243-
nas através do microscópio. Como separar 257.
o nosso exercício profissional dessas contin-
gências? CECCARELLI, Paulo R. Désintrications de la pulsion
et processus civilisateur. In: Les Lettres de la Société de
Psychanalyse Freudienne. Paris: Campagne Première,
n.18, 2007, p.97-107.
Abstract
The aim of this article is to investigate how FREUD, Sigmund. Luto e melancolia. A história do
the drive dynamics of contemporary society movimento psicanalítico e outros trabalhos. ESB. Rio
de Janeiro: Imago, 1974, v.XIV.
reflected in the manifestations of distress and
helplessness in situations of loss, separation FREUD, Sigmund. Inibições, sintomas e ansiedade:
and bereavement. How have patients reacted um estudo autobiográfico e outros trabalhos. ESB. Rio
to such situations when time demands imme- de Janeiro: Imago, 1976, v.XX.
diate solutions? How have such requirements
LACAN, Jacques. O seminário, livro 10: a angústia.
expressed themselves in the current clinical
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
work of mourning and what are their con-
sequences to the psychoanalytic work? Up to LIPOVETSKY, Gilles. A era do vazio: ensaios sobre
which extension have the characteristics of o individualismo contemporâneo. Barueri, São Paulo:
our society contributed to the failure of this Manole, 2005.
process? What is the psychoanalyst responsi-
NASIO, Juan David. O livro da dor e do amor. Rio de
bility in this situation? What psychoanalysis Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
has to offer in this social conjuncture? These
are some of the questions and issues of psy- PEREIRA, Mario Eduardo Costa. Pânico e desamparo:
choanalytic work that we would like to discuss um estudo psicanalítico. São Paulo: Escuta, 2008.
with colleagues.
ROUDINESCO, Elisabeth. Por que a psicanálise? Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
Keywords: Anxiety, Separation, Contempo-
rary Clinic.
RECEBIDO: 02/10/2012
APROVADO: 07/10/2012

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Angústia, separação e desamparo na clínica contemporânea

S OBRE O S AU TORES

Ana Cristina Teixeira da Costa Salles


Psicóloga. Psicanalista. Membro do Círculo Psicana-
lítico de Minas Gerais.

Paulo Roberto Ceccarelli


Psicólogo; psicanalista;
Doutor em Psicopatologia Fundamental
e Psicanálise pela Universidade de Paris VII;
Pós-doutor por Paris VII; Membro da Associação
Universitária de Pesquisa em Psicopatologia
Fundamental; Sócio do Círculo Psicanalítico
de Minas Gerais; Membro fundador
da Rede Internacional em Psicopatologia
Transcultural; Professor Adjunto III da PUC-MG.
Professor credenciado a dirigir pesquisas,
e docente no Programa de Pós-Graduação
em Psicologia/UFPA; Orientador de Pesquisa
e Professor do Mestrado Profissional de Promoção
de Saúde e Prevenção da Violência da Faculdade
de Medicina da UFMG; Pesquisador do CNPq
(processo nº: 309881/2010-2)

Endereço para correspondência:

Ana Cristina Teixeira da Costa Salles


Rua Piauí, 778/503 – Funcionários
30150-320 – BELO HORIZONTE/MG
E-mail: anacristinatcsalles@hotmail.com

Paulo Roberto Ceccarelli


Rua Rio Grande do Norte, 355 sala 501
Funcionários - 30130-0131
BELO HORIZONTE/MG
E-mail: paulocbh@terra.com.br

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