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Curso de Agro-Pecuária Cv3

Módulo: LCETEUPAP

Relatório de Produção da Cultura de Cebola

Nampula, Outubro de 2023


Formanda:
Norelsa Razaque Braga

Relatório de produção da cultura de Cebola

O presente relatorio é de carácter


avaliativo do curso Agro-Pecuária Cv3, do
módulo LCETEUPAP, com o seguinte
tema, relatório de produção de cebola, a
ser entregue ao formador:
Eng. Leonel Guedes

Nampula, Outubro de 2023


Índice

Introdução................................................................................................................................ 4
Objectivos................................................................................................................................ 5
Metodologia............................................................................................................................. 6
Cebola...................................................................................................................................... 7
Origem..................................................................................................................................... 7
Classificação cientifica.............................................................................................................7
Variedades................................................................................................................................7
Clima........................................................................................................................................ 7
Preparo do solo.........................................................................................................................7
Adubação................................................................................................................................. 8
Época de Plantio.......................................................................................................................8
Calagem................................................................................................................................... 9
Rega......................................................................................................................................... 9
Métodos de Plantio...................................................................................................................9
Pós-colheita............................................................................................................................ 10
Controle de doenças de pós-colheita......................................................................................10
Cura........................................................................................................................................ 10
Armazenamento..................................................................................................................... 11
Localização do campo e as suas dimensões............................................................................11
Matérias usados para a preparação do Solo............................................................................11
Analise do Solo...................................................................................................................... 12
Compasso usado.....................................................................................................................12
Amanhos culturais..................................................................................................................12
Pontos negativos.....................................................................................................................12
Recomendações......................................................................................................................12
Conclusão...............................................................................................................................13
Bibliografia............................................................................................................................ 14
Anexos................................................................................................................................... 15
Introdução

O presente relatório visa a fazer menção das actividades realizadas nas aulas práticas no
campo de cultivo de Cebola, no Instituto Técnico Profissional e Aduaneiro de Moçambique
(ITPAM), essas aulas práticas são de extrema importância para a formação do discente, é
nessa etapa onde todo conhecimento adquirido durante a teórica poderá ser aplicado de forma
prática. Uma experiência única em que o discente terá contato directo com os produtores nos
campos de cultivos de hortícolas (cebola).

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Objectivos

 Objectivos gerais:

 Descrever a cultura da cebola e as actividades realizadas nas aulas práticas no


cultivo da cebola.

 Objectivos específicos:

 Conceito da cultura da cebola;


 Origem da cebola
 Classificação cientifica;
 Variedade;
 Métodos usados no seu cultivo;
 Descrever as pragas e doenças que afectam cultura da cebola
 Descrever a colheita e o armazenamento.

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Metodologia

A qualquer nível onde se realiza uma actividade, cumprimento de um plano ou programa há


necessidade de estudar formas ou maneiras de como executa-las. Com esta base, surge o
propósito de citar as metodologias e neste contexto usou-se: observação, conversa e
explicação sobre o funcionamento das actividades realizadas no campo da produção da
cebola que a formanda passou perante o seu trabalho, ou seja, durante o percurso das práticas.

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Cebola

É um nome popular da planta cuja nome científico Allium cepa. cebola é uma planta
originária do continente asiático é da família Alliaceae, sua safra é de setembro a março,
porém é encontrada o ano todo.

A cebola é uma especiaria que faz parte do dia-a-dia no uso culinário.

Origem

 Centro da Asia

Classificação cientifica

 Divisão: Magnoliophyta
 Ordem: Asparagales
 Família – amaryllidaceae;
 Classe – liliopsida;
 Reino – plantae;
 Espécie – cepa.

Variedades

 Rede creole e texas grano

Clima

O crescimento da cebola, que compreende a emergência das plântulas até o crescimento


completo das folhas, é controlado principalmente pela temperatura. A bulbificação, por sua
vez, é controlada pelo comprimento do dia e sua interação com a temperatura.

Assim, o fotoperíodo (número de horas de luz diária) e a temperatura são os fatores


climáticos que controlam a formação de bulbos na cebola e limitam a recomendação de uma
mesma cultivar para vários locais. A escolha de cultivares inadequadas para um determinado
local e época resulta em produtividade baixa e/ou qualidade ruim dos bulbos. A temperatura,
além de influenciar a bulbificação, afecta diretamente o florescimento.

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Preparo do solo

A cebola desenvolve-se melhor em solos profundos, ricos em matéria orgânica, com boa
retenção de umidade, bem drenados e "leves". Em geral, os solos de textura média, quando
bem drenados, são os mais indicados por possuírem boas condições físicas e maior eficiência
produtiva.

Solos muito arenosos apresentam o inconveniente da baixa retenção de umidade e


possibilidade de lixiviação de adubos, que podem contaminar águas subterrâneas causando
problemas ambientais. Solos muito argilosos e "pesados" prejudicam o desenvolvimento dos
bulbos e podem causar deformações e baixa qualidade comercial.

Com relação à fertilidade, deve-se, com base em análises de solo, fazer a correção e a
adubação adequada para cada situação.

Para o preparo de solo no sistema convencional, são feitas geralmente uma aração e duas
gradagens. Em solos que apresentem alguma camada subsuperficial compactada, recomenda-
se o uso de subsolador à profundidade de pelo menos 5 a 10 cm abaixo da camada
compactada. Em seguida, a finalização do preparo de solo varia conforme o método de
plantio.

Quando se utiliza o método de semeadura direta no local definitivo, é comum o uso de


rotocultivadores ou enxada rotativa com ou sem encanteirador, de modo a deixar o solo bem
destorroado e aplainado, para que se obtenha uniformidade na distribuição das pequenas e
irregulares sementes de cebola. O uso de canteiros é comum quando se faz necessário
melhorar a drenagem em plantios precoces ou em solos de baixadas suscetíveis ao
encharcamento.

No caso do método de plantio de transplante de mudas, o destorroamento não precisa ser tão
intenso, de forma que, dependendo das características do solo, em geral basta o sulcamento.
Em solos ou épocas passíveis de encharcamento também se pode efetuar o encanteiramento
previamente ao sulcamento.

Adubação

Na adubação de fundação, recomenda-se 45 kg/ha de N (nitrogênio) e as doses de PP5


(fósforo) e KP (potássio) conforme a 46 análise do solo (Tabela 9), e esterco de curral

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curtido, principalmente para os solos arenosos, na dose de 30 m3 /ha ou de outro produto
orgânico em quantidade equivalente, a serem aplicados antes do transplantio.

Época de Plantio

As diferentes regiões produtoras de cebola do país apresentam diversidade quanto às épocas


de semeadura e colheita. A época de plantio deve ser definida em função da compatibilização
das exigências fisiológicas da cultivar a ser cultivada com as condições ambientais locais e do
mercado consumidor.

Calagem

A cebola é uma cultura sensível à acidez do solo, desenvolvendo-se melhor em solos com pH
de 6,0 a 6,5. Em solos ácidos, a utilização da calagem é essencial para promover a
neutralização do alumínio trocável, tóxico às plantas, e aumentar a disponibilidade de
fósforo, cálcio, magnésio e molibdênio. Mesmo em solos sem problemas de acidez, mas com
teores baixos de cálcio e magnésio, é necessária a aplicação de calcário para elevar os níveis
desses nutrientes e obter maior produtividade e melhor qualidade de bulbos.

Rega

A rega é feita logo após a sementeira e sempre que a planta necessitar de água em solos
ligeiras a frequência da rega e deve ser 7 dias e os solos com maior capacidade de rotação e
de 10 dia para que a água no período do critério que e da floração pois se assim acontecer
pode levar a queimar das flores prejudicar o rendimento de pequenas frutas reduzindo o
rendimento. E é um processo técnico de garantir o crescimento das plantações no canteiro,
para que as plantas não possam morrer por falta de água.

Métodos de Plantio

A cebola pode ser cultivada utilizando-se três métodos bem distintos:

 Plantio indireto (semeadura + transplantio).


 Plantio directo.
 Plantio de bulbinhos.

Sementeira - A sementeira deve ser instalada, preferencialmente, em locais ensolarados, com


solos bem drenados, arejados e que não tenham sido cultivados com cebola, recentemente. O
tamanho dos canteiros para semeadura pode variar em função do sistema de irrigação

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disponível e da topografia do terreno. No caso de utilização do sistema de irrigação por
aspersão, pode se preparar canteiros com dimensões de 1,0 m de largura por 5 a 10 m de
comprimento e altura de 10 a 15 cm.

Pós-colheita

Vários fungos e bactérias patogênicos são capazes de infectar os bulbos de cebola durante a
fase de cultivo e após a colheita, e ocasionar desde perdas cosméticas e superficiais nas
escamas externas até a deterioração completa dos bulbos. Embora a maior parte destas
doenças apareçam somente no período de pós-colheita, a infecção pode ocorrer em diferentes
estádios de desenvolvimento da cultura.

Em relação às doenças causadas por fungos, em regiões tropicais é comum a incidência do


mofo-preto (Aspergillus) e mofo-verde (Penicillium) como causadores de perdas pós-colheita
em cebola, enquanto a podridão-aquosa (Botrytis allii) é mais importante em regiões de clima
mais ameno.

Controle de doenças de pós-colheita

Além do efeito direto das condições ambientais e dos tratos culturais durante o período
vegetativo, a incidência de doenças de pós-colheita em bulbos de cebola está relacionada ao
sistema de cura, armazenamento e comercialização. O processo de cura é muito eficiente
como medida preventiva de controle de doenças pós-colheita, porque a desidratação das
camadas externas impede a penetração de fungos e bactérias e ao mesmo tempo evita a perda
de água dos bulbos.

Quando mantida em condição ideal, em temperatura em torno de 0ºC e 65-75% de umidade


relativa, a cebola pode ser conservada por até nove meses. Nesta condição, além de
minimizar a perda de água e retardar os processos metabólicos, o crescimento e o
desenvolvimento de patógenos também são drasticamente reduzidos.

Cura

A cura é um processo extremamente importante na manutenção da qualidade pós-colheita das


cebolas. Tem como principal função remover o excesso de umidade das camadas mais
externas dos bulbos e das raízes antes do armazenamento.

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A formação de uma camada de catáfilos secos (escamas) ao redor do bulbo em decorrência
da cura bem feita promove uma barreira eficiente contra a perda de água e infecção
microbiana e reduz a ocorrência de brotação.

Para cura, após a colheita, os bulbos são dispostos lateralmente sobre os canteiros e ficam
nestas condições por 3 a 4 dias considerando-se uma região com clima quente e seco. É
importante reduzir a incidência direta de luz solar sobre os bulbos, o que pode ocasionar o
aparecimento de manchas esbranquiçadas nos bulbos, típicas de queimadura por sol.

Armazenamento

A conservação e o armazenamento da cebola devem ser feitos em depósitos amplos, secos e


bem arejados, com piso mais alto do que o terreno ao seu redor e com capacidade para uma
boa estocagem. Os bulbos são colocados com a palha, a granel, em camadas de 15 a 20 cm de
altura, deixando se espaços entre os ripados que sustentam as camadas para que ocorra a livre
passagem do ar. Nesse sistema de armazenamento o produto fica exposto às condições
ambientais, o que pode provocar perdas por deterioração de bulbos.

Localização do campo e descrição das actividades realizadas nas aulas práticas no


cultivo de cebola

Durante as aulas práticas no cultivo da cebola foram realizadas as seguintes actividades:

 Limpeza do campo;
 Lavoura;
 Gradagem;
 Nivelamento;
 Plantio.

Localização do campo e as suas dimensões

O campo localiza-se no recinto do Instituto Técnico Profissional e Aduaneiro de


Moçambique (ITPAM), e possui as seguintes dimensões:

 Largura: 1.10 m
 Cumprimento: 10 m.

Matérias usados para a preparação do Solo

 Enxada;  Catana;

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 Ancinho;  Fita métrica.
 Carinha de mao
 Corda;

Analise do Solo

Foi realizada a análise do solo para verificar a necessidade de adicionar nutrientes como
nitrogénio, fósforo e potássio. Foi possível perceber que é muito importante seguir essas
recomendações especificas para o cultivo da cebola.

Compasso usado

 O compasso usado foi de 10x10 cm.


 Profundidade foi de 10 cm.
 Densidade 506.

Amanhos culturais

 Adubação: NPK
 Rega superficial no sistema no modo canteiro
 Quantidade de água aplicada no regadio para a produção da cultura da cebola, 128.
000 litros.

Pontos negativos

Das 506 abolas não colheu-se nenhuma planta devido aos seguintes factores:

 Excesso da radiação solar;


 Baixa fertilização do solo;
 Baixa aplicação da rega, devido a secagem das fontes de água.

Recomendações

 Recomenda-se que a Instituição (ITPAM) crie as condições para fornecimento dos


Adubos orgânicos para fertilizar os campos de cultivo e para obter uma boa produção;
 Disponibilização de material para aulas práticas.
 Abertura de fonte de água para facilitação regadio dos campos;

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Conclusão

Durante o desenvolvimento das aulas práticas no cultivo da cebola, foi possível perceber que
a preparação, adubação do campo, uso de fertilizantes, o regadio seguindo os métodos
durante a sua produção de cebola, é importante, porque nos permite ter produtividade e a
qualidade da produção. E é aconselhável fazer a adubação com o estérico aviário ela
corresponde muito bem na fase de desenvolvimento da planta, desenvolvimento vegetativo,
floração até na frutificação e com essa adubação com estérico dá bom resultado de produção.

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Bibliografia

Manhique I, A & Mugabe A, I. Agro-Pecuária para todos 8ª Classe. 1ª Edição. Editora


Nacional de Moçambique, Maputo 2008;

Manhique I, A & Mugabe A, I. Agro-Pecuária para todos 9ª Classe. 1ª Edição. Editora


Nacional de Moçambique, Maputo 2008;

MASA. Anuária de Estatísticas Agrárias 2012-2014. Maputo

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Anexos

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