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Floricultista

Meu nome é Samantha, e eu trabalho na floricultura da minha avó faz 7 anos. Ela me
ensinou tudo que eu sei sobre plantas e flores, ela veio a falecer a 5 anos atrás, deixando
toda floricultura para mim, e eu prometi em cuidar dela como a minha vida.

Geralmente a floricultura costuma a ficar cheia, principalmente agora que estamos


chegando perto do dia dos namorados, muitas pessoas comprando suas flores para
suas pessoas amadas, quanto a mim, eu já entreguei as flores para a minha pessoa
amada no enterro de minha vó, sinto sasudades dela...

Na floricultura de minha vó tem as flores mais bonitas que eu mesma planto, como
rosas, orquídeas, tulipas, até as dálias mais esbeltas, costumo encher o estoque de
rosas, mesmo assim é uma das que acabam mais rápido. Tive um problema com um
homem uma vez, ele comprou todas as rosas do estoque para sua pessoa querida,
espero que o namoro deles encobra a dívida que ele me deve por todas as rosas.

Hoje eu trabalhei normalmente, atendendo aos clientes e os recomendando as


melhores flores para comprarem, o dia passa até sobrar apenas uma pessoa na loja, ela
paga a flor e se retira da loja, eu caminho até a porta para fechá-la e acabar o dia, mas
vejo alguém correndo em direção a loja, berrado

- ESPERA! NÃO FECHA! - Ele exclama de longe, ele para de frente para a porta.

- Ainda consigo comprar uma flor? - Eu abro a porta novamente e o deixo entrar

- Claro, qual deseja? - Eu pergunto, ele entra e olha ao redor.

Eu o ajudo a comprar a flor que deseja, ele comprou uma Orquídea violeta, eu
recomendei esta flor, acho ela incrivelmente bela, a cor violeta forte é destacável de
qualquer outra flor naquele estabelecimento, simplesmente uma das mais bonitas que eu
tenho.

Ele se dirige ao balcão para pagar a flor, após o pagamento ele vai até a porta para sair
e se vira para mim.

- Ei! Qual... o seu nome? - Ele pergunta, ainda segurando a Orquídea em sua mão, eu
aponto para o meu crachá na minha blusa

- É Samantha, e o seu? - Digo, com um sorriso profissional no rosto

- Mattias... O-obrigado pela flor - Ele responde e sorri para mim, acenando para mim
enquanto sai, eu aceno de volta e por uma fração de segundo meu sorriso passa de
profissional para um verdadeiro de felicidade.

Me pergunto se deveria pensar essas coisas sobre um cliente... Provavelmente não... É


um pouco... Estranho

Após eu fechar a floricultura eu subo para o meu apartamento, ele fica em cima da
floricultura, é um pouco pequeno, porém aconchegante. Eu entro no banheiro para tomar
um banho e espairecer um pouco, mas ainda penso no Mattias, ele sabia que aquela era
minha flor favorita? Óbvio que ele sabia, eu falei que era, mas por que logo a minha
favorita?

Acho que estou pensando demais, saio do banho e envolvo uma toalha no meu corpo,
vou para meu quarto e visto uma roupa confortável. Chego na cozinha, procurando algo
pra comer, abro a geladeira e fico a encarando por um tempo.

- ... Mattias... - Falo para mim mesma, percebo que estou pensando demais e balanço a
cabeça, tentando apagar aquilo da minha mente, pego uma pizza congelada e a ponho
no forno, essa é a única coisa que eu comi na noite junto de um copo de refrigerante.

Passo a noite assistindo séries na minha cama, comendo pizza e bebendo refrigerante,
depois de um tempo eu me viro para a cama e deito, fecho meus olhos, tentando apagar
a imagem que tenho de Mattias na minha cabeça.

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