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Você precisa se afastar

Eu acordo no susto de achar que é muito tarde, pego meu smartphone para ver o
horário, 6h da manhã, cedo!
Eu levanto da cama meio sonolento e coloco a quarta sinfonia de Mozart para tocar
enquanto fumo um cigarro, enquanto verifico oque há para comer em minha cozinha. Já
tendo planejado meu café da manhã, e me direciono até o banheiro, tomo um banho
gelado e troco a musica para um blues ''money is the name of the game", um clássico.
Depois do banho eu vou para a cozinha fritar uns bacons.
Eu termino a refeição enquanto coloco a musica para tocar de novo, dessa mais alto.
Com meus cabelos ainda molhados eu decido dar uma arrumada na casa, mas
derrepente alguém bate na minha porta.
Quem será... eu abro delicadamente todas as trancas que eu mandei instalarem assim
que me mudei.
-Oque foi? - eu nem olho para quem está na porta
-A musica
Eu percebo que quem está do outro lado porta... Era aquela mulher.
-A-a musica?- eu digo confuso- oque tem ela?
-qual o nome?- ela diz como se fosse a coisa mais normal do mundo chegar dizendo
isso.
-money..
-money oque?!- ela atropela minha frase
-money is the name of the game- eu digo no mesmo ton arrogante que ela
-ah...- Ela faz uam expressão de duvida- ok.
Ela dá de ombros e vira as costas.
-você quer entrar, tomar um café? - eu digo esperançoso.
-pode ser, eu não tenho nada melhor para fazer.
Ela tem sempre que ser assim?
Eu abro a porta, e ela entra fitando cada detalhe do meu apartamento, com um olhar
julgador o curioso, não sei ao certo. Ela encara cada um dos meus quadros e faz uma
careta para mim.
-ok, mudei de ideia, tchau - ela diz, será que não gostou dos quadros?
- ou, espera. - Eu entro na frente dela- por que tão cedo?
-sua casa não tem um cheiro confortável...
-cigarro? desculpe, posso ascender um incenso, você é alergica?
- não, não sou. quem dera.- ela diz isso sobre o cigarro ou o incenso? não sei, melhor
deixar pra lá.
Eu ascendo um insendo de lavanda, o único que eu tenho e saio purificando o odor da
casa. Ela continua imóvel, até que os olhos dela encontram o quadro ''Loralisa", ela
encara ele com um olhar que agora parece ser de curiosidade.
Sento-me no sofá e encaro ela
-aceita alguma coisa?
Eu realmente não sei porque ela me deixa nervoso.
-não, obrigada. - As palavras dela são como lâminas que cortam minha felicidade.
A musica acaba.
-você pode coloca-la denovo?- Ela me encara intensamente, e por dois segundos eu me
perco no olhar vazio dela.
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Eu encaro-o, tentando entender mais sobre ele, não que eu esteja interessada, mas
oque é que ele quer comigo?
-É oque?- Ele me diz com confusão, quase como se eu tivesse dito algo em outra
lingua.
-A musica. - Eu digo arrogantemente.
-Ok, posso, claro- Ele balança a cabeça, meio sem graça.
Ele levanta ainda com os olhos fixos em mim, se vira para ir até outra sala e antes me
lança mais um olhar confuso.
"Eu preciso sair daqui" é só oque eu consigo pensar.
Eu olho para a porta, mas ela está cheia de trancas, eu procuro alguma janela e
quando olho para trás vejo a saida de incêndio.
Perfeito!
Eu estudo a janela e cuidadosamente abro-a, eu coloco meus pés na escada de
incêndio, dou uma última olhada para o apartamento do cara e subo contorno as
escadas até a janela do corredor, aonde eu dou passos leves para não fazer barulho e
entro em meu apartamento(...)

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Eu vou até o quarto e quando eu volto ela já não está mais lá, ela sumiu... sem passar
pela porta, pois eu ouviria o barulho da tranca, mesmo assim, a tranca estava fechada
por dentro... aonde ela foi? e como?
Eu fico um tempo perplexo com aquela mulher misteriosa, então eu decido dar uma
volta para fumar, eu abro a porta e dou de cara com ela...
- que coinscidência
Eu ela me encara com as sombrancelhas erguidas, como se não tivesse acontecido
nada.
-pra aonde você foi? - eu questiono ela- e como você foi?
-não te interessa, e fui com as minhas pernas... de certo modo- Quando ela diz isso, eu
olho para as pernas dela, eu achei que seria impossivel ela ficar mais linda, porém, agora
acabei de ver ela com roupa de academia.
-nossa, que grossa. - Eu tento provoca-la, eu nem sei porque eu estou sendo tão infantil
perto dela.
-que seja... - Ela passa por mim, como se eu não fosse nada
Eu pego o braço dela para empedi-la, ela olha para trás e meus olhos encontram o
dela, ela me encara como se nunca tivesse me visto antes, mas depois ela volta a ser a
senhora rabugenta.
-Oque foi? - Ela corta qualquer quimica que possa ter existido ali.
- nada, eu..
-ok, então pare de me seguir
- ei - Eu fingo estar pasmo- você me vigiou primeiro.
-eu não vigio ninguém- ela rebate- foi você quem me seguiu até o terraço.
- Eu queria me apresentar, mas com esses modos, eu...
- deixa eu ver se adivinho - ela me atropela - você se considera irresistível e como eu
"incrivelmente" - eu faço um gesto exagerado de aspas- não cedi ao seu "ultra mega
charme" você quer saber como...
- olha... você não está errada- eu rebato antes de me apoiar na parede, descontraído
- e você acha isso bonito?
Sorrio.
- você deve achar, Ficou parada um tempão me olhando.
Ela reviro os olhos, que expressa, bem nitidamente, desprezo.
- que isso, temos muito em comum- Eu tento puxar assunto
-não temos nada em comum.
Eu pisco, adoro tira-la do serio.
-fria, gosto disso.
Ela me dá um aultima encarada antes de ir bem rápido para o elevador, era para lá que
eu estava indo, mas eu esperei ela ir primeiro, e só depois eu fui
-O que manda, dona finch? - O porteiro diz para a mesma mulher fria que eu conheço,
só que dessa vez ela estava doce, amarrando seu cabelo com suavidade.
Dona, finch? esse é o nome ou o sobrenome dela?
Eu saio do prédio e vou direto a uma praça, corto caminho por alguns becos , sinto o
cheiro de lixo podre, então acelero meus passos para sair daquele beco suspeito, eu
finalmente chego na praça... me sento em um banco de madeira e observo um cantor de
rua
-take to me church, i workship like a dog....- Ele cantava
Ele tinha uma voz realemente linda, ali naquele banco, eu fico sentado a tarde inteira,
fumando alguns cigarros e trocando um papo com o cantor. Quando derrepente minha
atenção se vira para uma venderdora de sorvetes, mas não é ela que chama minha
atenção, mas sim a cliente, a mesma moça do meu prédio, eu sigo ela com o olhar, até
que ela vai a uma ponte, ela fica um tempo lá parada, comendo o sorvete, digna de um
quadro. Ela tenta correr até o outro lado da ponte, mas derrepente a felicidade sai de
seu rosto, eu vou até lá, para falar com ela
-oi, senhora finch- eu dou enfâse do "finch"- Ela parece distante, mas do que o normal
- Você podia parar de me dar esses gelos - Eu vejo que ela está ofegante, eu tento me
aproximar mais - tudo bem?
Ela claramente não está bem, eu tento me aproximar mais ainda dela
-maju(...) - ela tosse, eu não consigo ouvir oque ela diz, eu ainda estou longe
Eu tento me aproximar, mas derrepente a parte da ponte que ela estava apoiada
quebra, ela se desequilibra, e como uma peça de teatro ela cai na água.
Eu fico pasmo, fico sem reação, derrepente umas pessoas começam a olhar para baixo
da ponte, eu faço o mesmo, é uma altura bem grande e sob a ponte tem apenas o mar
Eu pego meu celular, começo a ficar nervoso, eu ligo para o 911
-911, qual é sua emergencia?
-oi, eu tô na praça central, uma moça caiu da ponte
-ok, fale calmamente, uma moça se afogou, você ainda consegue ve-la? - Eu forço minha
visão e consigo ver bolhas? alguém se mexendo?
-Sim, sim acho que sim, pelo amo,r de deus, vem rápido- eu digo amis nervoso ainda
-Sua ajuda já está a caminho, continue na linha, você pode me dizer como ela caiu?
-Sim, eu ia falar com ela, ela não aprecia bem, o corrimão... o corrimão quebrou e ela
caiu- lágrimas começam a aparecer em meu rosto(...)
§Uma mulher ruiva com roupas brancas sorri suavemente para mim, minha mãe, ela me dá
um beijo na testa e entra em um rio para nadar
Eu sorrio esperando ela aparecer na superfice, eu achava o máximo ela conseguir ficar muito
tempo embaixo da água, mas agora faz tempo demais
Nada da minha mãe, ela não levantou para respirar, meu coração começa a bater forte, minah
respiração fica violenta.
-MÃE!- Eu consigo me ver, um garoto ruivo, com o rosto vermelho de chorar- MÃE!
Nenhum sinal dela.
-Mãe, por favor.... Mãe!- eu entro em desepero
Derrepente ela aparece em um bloco de concreto que tinha no outro lado do rio, rindo muito
-Eu nunca vou te abandonar filho!- ela grita do outro lado do rio §

(..)Derrepente tudo para, a água, o som das pessoas, e eu só consigo ouvir o som dos
bombeiros, aquela sirene(...)

§-Tem uma criança aqui- dizia um cara vestido de vermelho que estava apontando uma lanterna
na minha cara, além da que estava na cabeça dele.
Fumaça densa entranto em meu nariz, o barulho da sirene, o baruho do fogo consumindo o
lugar...§

(...)Os bombeiros chegaram, as pessoas começaram a se afastar, eu devia fazer o


mesmo, mas eu estou travado
-CORPO DE BOMBEIROS! SE FASTEM DO LOCAL!- alguém fala em um auto falante.
Um cara alto toca em meu ombro
-você precisa se afastar(...)

§ -MÃE!MÃE! MINHA MÃE AINDA TÁ LÁ- eu gritava, meu rosto vermlho por conta do calor, eu
lutava contra um cara que tinha 5 vezes o meu tamanha, eu chutava ele, eu precisa salvar
minha mãe
-Calma, criança... vamos encontrar sua mãe- dizia o cara vestido de vermelho
-NÃO! NÃO! ME DEIXE SALVAR ELA, ME SOLTA!- eu gritava e me esperniava
-Calma, você precisa se fastar§

(...) O cara me encarava, mexendo a mão enfrente ao meu ros


-você não ouviu?
Eu olho para ele
-você precisa se fastar - ele diz
Eu me afasto, ainda com os olhos vidrados no corrimão quebrado da ponte.
Um bombeiro desce de rapel pela ponte, depois ele mergulha no rio, ele sobe para
respirar e depois mergulha denovo, e faz isso algumas vezes, até que...
-Encontrei!
-Puxa!- dizia uma voz no caminhão
Uma corda puxava ele e com ele a senhora finch, seu rosto agora pálido com tons
azulados, combinando com seu cabelo grisalho, sua boca imóvel e roxa.
Tudo aconteceu muito rápido, mas em meus olhos foi tudo em câmera lenta, o
bombeiro trazendo ela nos braços(...)

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