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64º Congresso Nacional de Botânica Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013

LEVANTAMENTO DA FAMÍLIA ARECACEAE (PALMAE) PRESENTE NO


CAMPUS E MATA DA PUC MINAS, CORAÇÃO EUCARÍSTICO, BELO
HORIZONTE, MG - DADOS PRELIMINARES
1,2* 1 3
Raquel A. da Silva , Maria de Fátima V. Starling , Maria C. Souza
1 2
Laboratório de Botânica PUC Minas; Programa de Educação Tutorial (PET Biologia PUC Minas – MEC/SESu);
3
Universidade Federal do Acre/Campus Floresta; * raquel_bh17@hotmail.com

Introdução Cocos nucifera (ARECACEAE), Phoenix roebelinii


(ARECACEAE) e Roystonea oleracea (ARECACEAE).
A família Arecaceae apresenta uma distribuição Assim como no trabalho realizado por Miguel [3] percebe-
predominantemente pantropical, incluindo cerca 200 se, a partir dos resultados, que grande parte das
gêneros e 2000 espécies, sendo que no Brasil ocorrem espécies encontradas no Campus são introduzidas.
cerca de 40 gêneros e 260 espécies [1]. Porém, existem também espécies brasileiras utilizadas no
paisagismo. Isso se deve ao fato da família Arecaceae
Além das diversas espécies nativas existentes no Brasil, constituir grande valor paisagístico, para a arborização
destacam-se, ainda, a carnaúba, nativa do Nordeste urbana.
brasileiro, de cujas folhas retiram-se a cera-de-carnaúba,
produto utilizado na indústria; o babaçu, de cujas
sementes obtém-se o óleo-de-babaçu, utilizado também
na indústria e o buriti, palmeira típica de locais alagáveis
(principalmente no Brasil Central). A polpa do fruto desta
espécie é rica em vitamina A e amplamente utilizada na
culinária local. As palmeiras são, ainda, utilizadas como
ornamentais, sendo um elemento comum no paisagismo
de ruas, praças e residências [1].
A falta de conhecimento sobre as palmeiras presentes na
Mata e no Campus da PUC Minas reforça a necessidade
do desenvolvimento deste projeto. Diante disso, os
objetivos propostos, em andamento, são: aplicar e
praticar todas as etapas relacionadas às técnicas de
herbário; localizar os exemplares estudados e divulgar os
resultados obtidos para toda a comunidade acadêmica. Figura 1 - Acrocomia aculeata (ARECACEAE) – Mata da
PUC Minas Campus Coração Eucarístico [4].
Metodologia
Conclusões
As coletas tiveram início em setembro de 2012 com
previsão para término em maio de 2014, obedecendo a
Pelos resultados obtidos no Campus, observou-se um
uma frequência quinzenal. As palmeiras examinadas para
maior número de espécies exóticas quando comparado
este estudo foram coletadas aleatoriamente, quando em
com as espécies nativas. Desta forma, espécies nativas
floração.
devem ser mais valorizadas no paisagismo local.
A metodologia para técnicas de herbário seguiu as regras
básicas de Fidalgo & Bononi [2]. A localização dos Agradecimentos
exemplares coletados na Mata da PUC Minas e no
Campus foi feita com auxílio do GPS Garmin, MP60CSX. À Universidade Federal do Acre/Campus Floresta pela
O material coletado está sendo incorporado aos acolhida do material botânico; Ao técnico do laboratório
Herbários do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas de Tratamento da Informação em Biologia, Cássio Xavier,
(HPUC-MG) e da Universidade Federal do Acre/Campus pelo apoio e dedicação no registro fotográfico dos
Floresta (HUFAC-CZS). A identificação das espécies tem exemplares.
o acompanhamento e a confirmação de especialista.
Referências Bibliográficas
Resultados e Discussão
[1] LORENZI, H.; SOUZA, V. - Botânica Sistemática: Guia
ilustrativo para a identificação das Fanerógamas nativas e
Foram observadas 13 espécies em um total de 150 exóticas no Brasil, baseado em APG III. São Paulo, Instituto
exemplares em todo o Campus e três na Mata da PUC Plantarum de Estudos da Flora LTDA, 3ª Ed. 2012.
Minas. Até o momento, foram coletadas e identificadas [2] FIDALGO, O.; BONONI, V. L. Ramos – Técnicas de coleta,
seis espécies no Campus, das quais quatro são preservação e herborização de material botânico. São Paulo,
introduzidas e duas brasileiras. Dentre os exemplares Instituto de Botânica, Manual N°4, 1984.
coletados na mata, a espécie predominante, é a [3] MIGUEL, J.; SILVA M.; DUQUE C. – Levantamento de
macaúba, Acrocomia aculeata (ARECACEAE), sendo palmeiras (Arecaceae) cultivadas na Universidade
esta nativa. Nos jardins da PUC tem predominado uma Unigranrio. Rio de Janeiro: Saúde e ambiente em revista, 2007.
palmeira exótica, vulgarmente conhecida por areca- Disponível em:
www.unigranrio.br/unidades_acad/ibc/sare/.../A02N01P03.pdf>
bambu, Dypsis lutescens (ARECACEAE). Encontra-se
(Acesso em 21/06/2013).
também, no Campus, espécies de Caryota mitis [4] XAVIER, C. C. Acrocomia aculeata (ARECACEAE) – Mata da
(ARECACEAE), Syagrus romanzoffiana (ARECACEAE), PUC Minas Campus Coração Eucarístico, 2013.

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