Você está na página 1de 30

Guia de Cuidados

COM MARANTAS E CALATHEAS


INTRODUÇÃO............................................................................................... 3

PRINCIPAIS ESPÉCIES................................................................................. 4

VANTAGENS DE TER UMA MARANTACEAE.................................................. 6

CUIDADOS GERAIS....................................................................................... 7

CURIOSIDADES............................................................................................ 12

PRINCIPAIS PROBLEMAS............................................................................ 15

PRINCIPAIS PRAGAS.................................................................................... 19
Marantaceae é uma família de plantas herbáceas e perenes, com espécies pequenas
e delicadas, bem como grandes e robustas, possuindo 32 (trinta e dois) gêneros e mais de
550 (quinhentas e cinquenta) espécies.

A família é típica de clima quente, úmido e tropical. No Brasil, são encontrados 12


(doze) gêneros, com aproximadamente 150 (cento e cinquenta) espécies, destacando-se
Calathea, o qual vem seguido do Maranta e do Ctenanthe.

Embora a família apresente um grande número de gêneros e espécies, os gêneros


Calathea, Maranta, Ctenanthe, Goeppertia e Stromanthe são os mais conhecidos no
paisagismo. Maranta é o gênero com espécies mais baixas (com exceção de M.
arundinacea) apropriadas para forrações de pequenos espaços. Calathea e Ctenanthe são,
na maioria, representados por espécies mais altas, que atingem até 2 (dois) metros de
altura com o passar dos anos, servindo para composições de maciços e conjuntos de
jardins maiores, bem assim para cultivo nas famosas florestas urbanas (Urban jungle).¹

Em sua grande maioria, elas são facilmente reconhecidas pelos desenhos surreais
nas folhas, que mais parecem pintados “à mão pela mãe natureza”, acompanhados do
verso bordô. Mas não se engane, essa família chama a atenção pela variedade incrível de
cores, estampas e formatos.

Atualmente, elas fazem parte de um dos time de plantas com estampas mais
instagramáveis e colecionáveis que você vai encontrar. Não à toa, as marantas e calatheas
são as plantas queridinhas do momento - e, se você ainda não as conhece, certamente
ainda vai se apaixonar por alguma das mais de 550 espécies existentes da família
Marantaceae.
_______________________________________________________________

¹ http://www.ceapdesign.com.br/familias_botanicas/marantaceae.html

3
Calathea makoyana Calathea lancifolia Calathea ornata
Maranta Pavão Maranta Cascavel Maranta riscada

Calathea roseopicta Calathea roseopicta Calathea roseopicta


dottie picta royale Caête riscado
Calathea Rubi Calathea picta royale

Calathea roseopicta Calathea roseopicta Calathea rufibarba


medallion saturno Calathea peluda
Calathea Medalhão Calathea Saturno

4
Calathea Orbifolia Calathea spp. Calathea spp.
Maranta Orbifolia Calathea Anel de Prata Calathea Eclipse

Maranta leuconera Maranta leuconera Stromanthe


var. massangeana var. erythroneura sanguínea triostar
Maranta leuconeura Maranta leuconeura Maranta tricolor
verde rosa

Calathea zebrina Ctenanthe burle- Ctenanthe amagris


Maranta zebrina marxii Maranta amagris
Maranta zebrada

5
Ter uma
Maranta/Calathea em casa faz
super bem. Isso porque o
contato com o verde estimula a
concentração e criatividade,
reduz os níveis de ansiedade e
estresse, transmite
tranquilidade e calma, torna o
ambiente mais aconchegante e
agradável e nos reconecta com
a natureza.

Além de todos esses benefícios, as marantaceaes possuem três características destacáveis:

SÃO IDEAIS PARA AMBIENTES INTERNOS: sabe aquele cantinho com luminosidade

1 natural, mas que não recebe luz solar direta? Então, ele é perfeito para cultivar
Marantas e Calatheas;

SÃO PET FRIENDLY: as Marantas e Calatheas não são tóxicas para crianças e animais
2 de estimação. Desta forma, pode ficar tranquilo se seu bichinho de estimação for
um tanto curioso;

FILTRAM COMPONENTES TÓXICOS DO AR: ajudam a diminuir as concentrações de


3
COVs (Compostos Orgânicos Voláteis, tais como, aldeídos, cetonas e
hidrocarbonetos).

6
LUMINOSIDADE

A família marantaceae gosta


de ambientes de sombra ou luz
difusa, sem luz solar direta em suas
folhas. É aquele ambiente super
claro durante todo o dia, mas que
não recebe sol direto em nenhum
horário do dia.

ATENÇÃO! Nunca deixe sua planta


no breu, ou seja, em local sem
luminosidade natural.

REGA

O substrato (terra) das Marantas/Calatheas deve ser mantido úmido, mas não
encharcado. Pode regar 2x/3x na semana até que a água saia por debaixo do vaso.
Atenção! Antes de regar novamente, faça o teste do dedinho: coloque o dedo na terra
(cerca de 2 cm em direção às raízes). Após, se o dedo saiu úmido e sujo: não precisa regar.
Por outro lado: se o dedo saiu seco ou levemente úmido, é hora da rega.

DICA: sempre deixe a água da rega descansar por 24 (vinte e quatro) horas em um
recipiente aberto para que o cloro presente nela evapore, ou use água filtrada e/ou água
da chuva. Isso porque o cloro presente na água da torneira pode queimar as folhas
sensíveis da sua Maranta/Calathea.

7
SUBSTRATO

O substrato das Marantas/Calatheas deve ser rico em matéria orgânica e bem


drenado. Dê preferência aos compostos com casca de pinus reflorestado e uma pequena
mistura de fibra de coco para ajudar na drenagem.

LIMPEZA
É importante limpar as folhas da sua Maranta/Calathea (na parte de cima e na parte
de baixo) com um pano macio e umedecido em água uma vez por mês, a fim de facilitar as
trocas gasosas das folhas.Nesse processo, evite esfregar demais as folhas da sua planta
para não danificar as folhas dela, nem remover a sua cera natural.
Ahh... mas posso usar óleo, maionese, casca de banana ou produtos com efeito de
brilho? Poder, pode! Vocês podem tudo! No entanto, o uso desses produtos não é
recomendado, pois a camada de produto pode tampar os poros (chamados “estômatos”) e
interferir na entrada e saída de ar das folhas. Isso mesmo! As folhas respiram.

VENTILAÇÃO

Não deixe sua Maranta/Calathea em locais com fortes correntes de vento, pois elas
são sensíveis às correntes de ar e à variação de temperatura, de sorte que aquelas poderão
ensejar a desidratação das folhas, com o consequente ressecamento delas.

AMBIENTE

A família Marantaceae prefere ambientes com clima quente e úmido.

Para mantê-la sempre saudável, respeite sua exigência de umidade, o ar seco pode
ser muito danoso às suas folhas, provocando queimaduras e enrolamento.

8
ADUBAÇÃO

A adubação deve ser feita com regularidade, sempre seguindo as instruções do


fabricante do fertilizante escolhido. O adubo pode ser orgânico ou inorgânico do tipo NPK
10 10 10.

Além disso, o adubo deve ser completo, ou seja, rico em macronutrientes


(nitrogênio, fósforo e potássio) e micronutrientes (cálcio, magnésio, molibdênio, zinco,
ferro, dentre outros).

AR CONDICIONADO

Em ambientes com ar condicionado, é importante que o jato do ar gelado que sai


do aparelho não seja direcionado diretamente para a planta e suas folhas, pois isso pode
causar queimaduras e desidratação daquelas.

PODA

A poda a ser feita nas marantaceas é de limpeza, ou melhor, apenas para


remoção de folhas amarelas e secas.

ATENÇÃO! Nunca corte drasticamente as folhas da sua planta porque elas ajudam na
recuperação e crescimento da sua verdinha. Sempre corte uma folha por vez,
começando por aquela que estiver em pior estado.

BORRIFAR

Não se esqueça de borrifar as folhas da sua Maranta/Calathea todas as manhãs.


Ela vai adorar e não vai ficar com as pontinhas das folhas queimadas.
ATENÇÃO! Não borrife suas plantinhas no final da tarde e/ou início da noite, pois a água
não evaporará rapidamente e a umidade ali constante pode facilitar a proliferação de
fungos.
9
ADAPTAÇÃO EM CASA

Quando alocada em um novo ambiente, é normal que a planta passe por um


período de adaptação, que pode durar duas ou três semanas. Neste período, ela pode
perder algumas folhas ou passar por momentos de estresse. Não fique mudando a planta
de lugar, pois isso só vai enfraquecê-la e deixar sua verdinha ainda mais estressada.

Além disso, não efetue a troca do substrato da sua planta desnecessariamente, pois
isso pode prejudicar/retardar a adaptação dela ao novo local. Neste ponto, importante
ressaltar que as plantas da Acosta são distribuídas com substrato rico em matéria orgânica
suficiente para manter a planta nutrida por 06 (seis) a 08 (oito) meses.

REPLANTE

O processo de replante da sua Maranta/Calathea é simples, mas exige alguns


cuidados. Primeiramente, para retirar a planta do vaso originário, dê leves apertadas ao
redor dele, com o objetivo de que o substrato (terra) solte com facilidade. Em seguida, gire
o vaso “de ponta-cabeça”, segurando a planta e o substrato com cuidado, até que eles
soltem completamente do recipiente.

Na sequência, remova o excesso de substrato compactado, se houver, mantendo o


torrão que se forma entre as raízes da plantinha. No novo vaso, adicione uma camada de
substrato preparado para sua Maranta/Calathea e, com cuidado e atenção, coloque a
plantinha em cima daquela, completando com mais substrato até que todas as raízes
estejam devidamente cobertas.

Por fim, pressione levemente o substrato para evitar bolsões de ar no vasinho e,


posteriormente, reque sua planta.

10
DICA! Evite transplantar em dias muito quentes ou muito frios, a fim de evitar a exposição
das raízes a temperaturas extremas. Além disso, após o replante, sua planta estará em
“pós-operatório”, de modo que ela deve ficar quietinha para que se recupere do estresse
que lhe fora causado. Adubar nesse período? Nem pensar!

VASO IDEAL

As Marantas e Calatheas devem ser cultivadas em vasos de plástico ou vaso de


cerâmica devidamente impermeabilizado. Desse modo, nunca plante sua
Maranta/Calathea diretamente em vasos de cerâmica ou cimento sem impermeabilização,
pois a porosidade desses materiais diminuirá a umidade do substrato da sua planta,
provocando danos a ela.

11
NASCIMENTO DAS FOLHAS

As folhas das Marantas/Calatheas nascem em


forma de canudinhos. Aos poucos esses canudinhos
vão se desenrolando até revelar uma folha linda e
saudável.

Você quer saber se está cuidando direitinho


da sua Maranta/Calathea?

Além da sua planta ter folhas com


aspecto saudável, vigoroso e brilhante, ela
te presenteará com novas folhas em forma
de canudinhos. O máximo não é? Então, se
sua Maranta/Calathea está com muitos
canudinhos, é hora de comemorar.

12
PLANTAS REZADEIRAS

Uma característica
interessante da família Marantaceae
é o movimento de suas folhas. Esse
movimento segue sempre a mesma
rotina diária - No final da tarde, a
folha se levanta, ficando em
posição vertical. Após, com o nascer
do sol, a folha começa a se deitar
lentamente até atingir a posição
horizontal.

Todo esse processo de movimentação da folha é controlado por pigmentos


que são sensíveis à luz, sendo que pigmentos sensíveis à luz vermelha controlam o
movimento para a posição vertical e os pigmentos sensíveis à luz azul controlam o
movimento para a horizontal. A função destes movimentos é muito discutida, mas
nenhuma explicação é muito convincente.

13
FLORAÇÃO

As Marantas e Calatheas produzem inflorescências que não se destacam frente à


beleza de suas folhas. São de variados portes e cores, podendo surgir em posição mais
alta que as folhas ou até mesmo no caule, rente ao chão, para facilitar a polinização de
animais terrestres. Elas ocorrem principalmente no início da primavera.

14
Como toda e qualquer planta ornamental, as Marantas e Calatheas podem
apresentar problemas causados por fatores bióticos e abióticos, que interferem no seu
desenvolvimento.

Como agentes abióticos, incluem-se todas as condições adversas ao


desenvolvimento, como excesso ou falta de nutrientes, luz, água, ventos fortes, tipo de
solo, manejo inadequado da cultura, temperaturas muito altas ou baixas, etc. Por outro
lado, como agentes bióticos, estão os micro-organismos fitopatógenos: fungos, bactérias,
vírus e nematóides. A ocorrência desses agentes pode resultar em pequenas perdas ou
constituir fator limitante do cultivo.

Além disso, verifique se a planta foi transplantada de vaso recentemente. Esse


processo, apesar de simples, exige muito cuidado. Se feito de forma equivocada, pode
causar estresse que vai ampliar ainda mais o tempo de adaptação da planta.

É muito importante ressaltar que não existe planta perfeita. Sendo assim, é
absolutamente normal que sua Maranta/Calathea apresente uma folha amarelada,
enrolada ou queimada. Isso faz parte do ciclo natural dela e não pode ser interpretado
como um problema, que na verdade só passa a existir se a situação for recorrente ou
generalizada.

Dando sequência, vamos identificar e solucionar alguns dos problemas mais


recorrentes dessas plantinhas, sempre salientando que não existe diagnóstico perfeito sem
observação apurada.

15
FOLHAS SECANDO NA PONTA E FOLHAS SECAS

Esse é um sinal comum de falta de umidade


no ar ou no substrato da sua planta. Por isso,
regularize as regas e não se esqueça de borrifar
regularmente as folhas dela.

Além disso, agrupe suas plantas para formar


uma “mini floresta”, o que aumentará a umidade do
local, diminuindo a incidência do aludido
ressecamento.

16
FOLHAS ENROLADAS

Sua Maranta ou Calathea pode enrolar as


folhas por dois motivos: excesso de luminosidade
ou falta de umidade.

Nesse momento, faça um exercício de


observação e verifique o ambiente onde está sua
planta, bem como avalie as regas dela. Será que
você não esqueceu sua plantinha no sol ou em um
local muuuuito iluminado com aquele solzinho
rápido? Se isso aconteceu, ela reclamou e enrolou
as folhas para demonstrar a insatisfação.

Ou será que você esqueceu que sua plantinha precisava de água e deixou o solo dela
super seco? Se você fez isso, ela enrolou as folhas para te lembrar da falta de água no solo.

Identifique a provável causa do enrolamento das folhas e corre para sanar o


problema.

DICA! A causa do enrolamento é falta de umidade? Uma boa dica é fazer uma estufa caseira.
Regue bem sua planta e, após, coloque um saquinho transparente em volta do vaso da
planta, predendo-o com um barbante.

17
FOLHAS AMARELAS

Fique atento à possibilidade de


excesso de rega ou de luminosidade
insuficiente. Nesses casos, observe se
sua planta está em condição ideal de
luminosidade e também verifique se o
substrato não está encharcado.

Com relação à última hipótese,


coloque sua Maranta/Calathea em um
local mais arejado, faça pequenos furos
no substrato para facilitar a oxigenação
e segure as regas até que o substrato
fique mais seco.

18
Antes de adentrar especificamente na exposição de cada praga, é importante
ressaltar que doenças são alterações na estrutura e nas funções vitais da planta, que
afetam a sua produção e beleza. Essas alterações são resultantes da associação íntima
entre agente (patógeno) e planta (hospedeiro) em interação com o meio ambiente. Assim,
manchas foliares, encrespamento da folha, distorções ou descoloração de folhas e pétalas
etc. podem ser sintomas demonstrativos da ocorrência de uma doença.

Por certo, as pragas só surgem quando a sua planta está em desequilíbrio, ou seja, a
luminosidade fornecida não está adequada, a rega está em excesso ou é realizada de forma
deficiente, a adubação é excessiva ou inadequada, entre outros fatores, o que a deixa
suscetível às doenças. Desse modo, é importante combater a praga de forma curativa, mas
também é crucial atuar preventivamente, fornecendo condições ambientais adequadas
para o crescimento e desenvolvimento regular da sua planta, tornando-a resistente às
pragas.

Além disso, sempre inspecione suas plantas novas e não as coloque perto das
outras até que tenha certeza de que as primeiras estão bem saudáveis e sem pragas. Enfim,
deixe sua plantinha recém-adquirida em quarentena.

Dito isso, em síntese, são fatores que podem contribuir para uma infestação:

1) A vulnerabilidade da saúde da planta, que não está recebendo os cuidados


adequados;

2) Os cuidados com sua plantinha não são adaptados às alterações climáticas ao


longo do ano;

3) Esquecer-se da quarentena das novas plantas e aglomerar todas as verdinhas,


sem realizar uma boa inspeção.

19
COCHONILHAS

Existem muitas pragas que podem aparecer em


nossas florestas urbanas (Urban jungle), mas uma
das mais comuns e dificílimas de erradicar são as
cochonilhas.

As cochonilhas pertencem à família Coccoidea


e se alimentam da seiva das plantas, atacando
qualquer parte dela, inclusive as raízes. Existem
inúmeros tipos de cochonilha e elas podem ser
muito distintas umas das outras. As mais comuns
são: cochonilha branca e cochonilha de carapaça.

Elas formam uma colônia nas folhas e caules, sugando a seiva da planta e deixando-
a fraca e com folhas manchadas. Normalmente, elas surgem em locais abafados e com alta
umidade, bem como em plantas com deficiência em cálcio.

O combate às cochonilhas é difícil, porém, não impossível. Com o tipo de defensivo, dose e
periodicidade corretas é possível eliminá-las da planta, porém a vigilância deve ser
constante. E, pra isso, a observação é fundamental, pois, se as pragas são detectadas no
começo, raramente vão causar estragos, mas, se a infestação se agravar demais, aí sim
talvez seja impossível salvar a planta.

Além disso, assim que detectar essa praga em uma planta, afaste-a das demais para
evitar o contágio de todas as suas plantas.

20
COCHONILHAS

Mas vamos ao que interessa: como combater essa praga. Há inúmeras receitinhas
para isso, porém, as mais eficazes são:

1. DETERGENTE + ÁGUA: misture 50 ml de detergente (dê preferência ao neutro)


em 1 l de água. Depois, borrife a calda na plantinha infectada;

2. SABÃO DE COCO + ÁGUA: raspe uma colher de sabão de coco e dissolva em 500
ml de água. Após, borrife a mistura nas folhas das plantas (frente e verso das
folhas);

3. ÓLEO DE NEEM: faça a dissolução do produto como recomendado pelo


fabricante. É super útil, principalmente, no combate à cochonilha de carapaça;

4. ÁLCOOL ISOPROPÍLICO: é só borrifar o álcool isopropílico 50% ou 70% nas


plantas atacadas pelas cochonilhas;

5. PINHO SOL: dissolva 20 ml de pinho sol em 1 l de água e borrife a mistura na


verdinha infectada.

DICA! Lembre-se que as cochonilhas são resistentes e a aplicação das soluções deve ser
feita semanalmente até que a praga seja erradicada. Após cada aplicação, lembre-se de
retirar manualmente as cochonilhas da sua verdinha.

21
FUNGUS GNATS

O Fungus Gnats (moscas-dos-fungos) tem esse nome, pois suas larvas se alimentam
de fungos presentes no solo e na matéria orgânica. Ocorre que as larvas destes mosquitos
não ficam contentes em se alimentar apenas dos fungos, elas apreciam também se nutrir
das raízes e capilares das nossas plantas, o que prejudica o desenvolvimento delas, além
de gerar microlesões que facilitam a entrada de patógenos.

Eles tendem a aparecer quando há matéria orgânica abundante e umidade no solo.


Assim, alguns tipos de plantas acabam sendo vitimados com mais frequência do que
outros, dentre elas, nossas amadas Marantas e Calatheas.

COMO EVITAR ESSES MOSQUITOS CHATOS?

• Sempre utilize adubos orgânicos bem curtidos e compostados e não coloque


cascas de frutas ou restos de legumes sobre o solo;

• Deixe que o substrato seque superficialmente entre as regas;

• Favoreça a luminosidade e a ventilação entre as plantas e vasos (reduz os fungos


e atrapalha o voo dos mosquitos, além de favorecer a secagem do substrato);

• Mantenha o ambiente e as plantas livres de sujeiras, como folhas, flores e frutos


mortos, pois eles servem de substrato para fungos e mosquitos-de-fungos;

• Coloque cobertura inerte sobre os vasos, como casca de pinus, desencorajando a


postura dos insetos adultos;

• Mantenha plantas carnívoras por perto;

• Polvilhe canela sobre a superfície dos vasos. Ela tem ação fungicida e controlam
os fungos que servem de alimento ao Fungus gnat.

22
FUNGUS GNATS

COMO TRATAR?

Primeiramente, separe a planta contaminada das demais para que a praga não seja
propagada. Após, substitua o substrato do vaso da planta atingida e lave as raízes dela com
água e sabão neutro.

Além disso, polvilhe canela por cima do substrato da planta e não esqueça de
adicionar um camada de palhinhas protetoras para evitar que o mosquito tenha contato
com o novo substrato e ponha seus ovos. Ainda, aplique uma solução diluída de óleo de
neem no substrato para ajudar a controlar as larvas e ovos existentes.

Se possível, utilize iscas amarelas para captar os mosquitos que ficam sobrevoando
a planta.

23
FUNGOS

Os fungos caracterizam-se, principalmente, pela falta de clorofila, de sorte que eles


não podem sintetizar os hidratos de carbono tão necessários à sua alimentação, o que os
obriga a se nutrirem das substâncias elaboradas pelos vegetais que parasitam
(hospedeiros).

A grande maioria desses fungos é identificada por microscopia, mas em


determinados casos suas estruturas podem ser visualizadas sobre as plantas, como ocorre
em diferentes doenças, como míldio, ferrugem, oídio e alguns mofos. Nessas doenças,
distingue-se facilmente uma massa de esporos ou uma trama miceliana (sinais).

O diagnóstico direto, em ambiente doméstico, pode ser feito de forma ocular, a


partir da observação cuidadosa dos sinais emanados pela planta, os quais, comumente,
manifestam-se por meio de machas escuras, amarronzadas e amarelada, bem antracnoses,
presentes nas folhas daquela.

São várias as doenças fúngicas, dentre as quais:


antracnose, ferrugem, oídio, míldio, mofo-cinzento,
murcha, podridões, cancro-dos-ramos ou cancro-do-caule,
galha e manchas-da-folha. Com relação às Marantas e
Calatheas, a doença fúngica conhecida como Manchas-da-
folha é bem comum, a qual apresenta como sintomas:
áreas escuras, de maior ou menor tamanho, arredondadas
ou angulares, às vezes com zonas de tecido morto ou
necrosado.

24
FUNGOS

Feita essa breve exposição sobre as doenças fúngicas, a prevenção e tratamento


delas, em ambiente doméstico, pode ser feita por meio da poda das folhas afetadas, além
da aplicação das seguintes receitas:

• FUNGICIDA 1: dissolva 200 (duzentos mililitros) de leite cru em 800 ml (oitocentos


mililitros) de água e acrescente 20 (vinte) gramas de bicarbonato de Sódio. Após
a homogeneização da mistura, pulveriza-a em toda a planta;

• FUNGICIDA 2: dilua 4 (quatro) colheres de vinagre em 1 (um) litro de água e


pulverize em toda a planta;

• FUNGICIDA 3: dissolva 4 (quatro) colheres de sopa de água oxigenada 10 (dez)


volumes (3%) em 1 (um) litro de água e aplique a mistura sobre o solo e nas
folhas das suas plantinhas;

• FUNGICIDA 4: experimente usar um chá forte de cavalinha, uma erva medicinal


super potente. Ferva 1 litro de água, desligue, coloque 400 g de cavalinha picada,
tampe e espere uns 15 minutos. Coe, deixe esfriar e borrife a planta, frente e
verso, uma vez por semana, durante um mês.

Qualquer receita que você escolha, lembre-se de usar somente à tardinha ou logo
pela manhã, evite sol direto durante a pulverização. Repita a aplicação da receita escolhida
até que não haja mais sinal de novas manifestações da doença fúngica.

Por último, é crucial salientar que manchas são comuns em toda e qualquer planta,
sem que isso signifique diretamente que elas correspondem a uma doença fúngica. Se sua
planta está alocada em ambiente adequado e é adubada regularmente, é muito difícil, mas
não impossível, que as manchas identificadas sejam causadas por fungos.

25
ÁCAROS

Os ácaros são pequenos aracnídeos que vivem em colônias e formam uma teia bem
fininha, normalmente, na parte inferior das folhas. Eles sugam a seiva da planta e drenam
nutrientes valiosos dela, o que pode ensejar a má formação de brotos, despigmentação das
folhas, que ficam com manchas bronzeadas, e o desfolhamento precoce. Além disso, em
casos mais graves, podem surgir manchas amareladas na parte superior das folhas.

Para evitar essa praga, é importante ter cuidado com o excesso de adubação, pois
ela pode tornar a planta mais “saborosa”, bem como manter a planta bem hidratada, haja
vista que os ácaros gostam de ambientes quentes e secos.

Se a sua plantinha está infestada de ácaros, você pode elevar a hidratação das
folhas dela, bem como utilizar óleo de neem, calda fumo ou enxofre solúvel, pulverizando-
os em toda a planta, certificando-se de atingir a parte inferior das folhas, onde os ácaros
gostam de se esconder, bem assim as áreas ao redor delas (afinal, você não quer que os
ácaros fiquem escondidos em sua sala e ataque novamente suas verdinhas).

E não esqueça: assim que identificar a


praga, separe a planta infestada das demais,
assim evitando a contaminação de ácaros para
as plantas saudáveis. Também, reaplique o
produto escolhido uma vez por semana, por
pelo menos um mês, para conseguir pegar todo
o ciclo do ácaro, do ovo ao adulto, cessando a
aplicação apenas quando você não veja mais
sinal da infestação de ácaros.

26
DICAS

• A aplicação de toda e qualquer receita deve ser feita em horários mais frescos dos dias,
sem qualquer exposição da planta à luz solar direta.

• Antes de promover a aplicação de qualquer remédio na sua planta, faça um teste em


uma pequena parte dela, a fim de verificar se ele funcionará ou causará qualquer dano.
Percebendo que não houve nenhum efeito colateral, aplique o produto em toda a planta
(frente e fundo das folhas, talos e caules).

• Sempre que identificar um problema, pode as folhas mais danificadas e inicie o


tratamento adequado imediatamente

• Sempre fique atento aos sinais emanados pela planta e, antes de qualquer desespero,
analise a sua rotina de cuidados com ela, prestando atenção se todos foram realmente
seguidos.

27
TIPO DE COMO É? ONDE LOCALIZAR? COMO IDENTIFICAR? COMO COMBATER?
PRAGA

ÁCARO Aparecimento Observar a parte Má formação de brotos, De forma preventiva,


de pequenos inferior das folhas despigmentação das manter as folhas das
aracnídeos e da planta. folhas, que ficam com plantas hidratadas.
teias fininhas manchas bronzeadas, e Lado outro, de forma
na parte o desfolhamento, curativa, aplicar óleo de
inferior das precoce. Além disso, em neem, calda fumo ou
folhas. casos mais graves, enxofre solúvel,
podem surgir manchas pulverizando-os em
amareladas na parte toda a planta.
superior das folhas.

FUNGOS Manchas Nas folhas das Por meio da análise Aplicação de calda de
amareladas, plantas. ocular das folhas das vinagre, leite, chá de
amarronzadas plantas. cavalinha e água
e escuras nas oxigenada. Outrossim,
folhas. de forma preventiva,
evite regar sua planta
ao final da tarde e à
noite, deixando-a
excessivamente úmida
por longo período.

28
TIPO DE PRAGA COMO É? ONDE LOCALIZAR? COMO IDENTIFICAR? COMO COMBATER?

COCHONILHA Marrom e Nos brotos, nas Deixa manchas Aplicação de óleo de


cascudinha folhinhas mais novas amareladas nas Neem ou detergente
ou branca e e nas regiões mais folhas. diluído em água. Além
peluda como escondidinhas da disso, preventivamente,
um algodão. planta. melhore a ventilação
ambiente, aumentando o
espaçamento entre os
vasos.

FUNGUS Pequenos Ao redor da planta e Aparecimento de Evitar umidade em


GNATS mosquitos em seu substrato. pequenos excesso e proteger a
que ficam mosquitos na matéria orgânica do
sobrevoando planta. substrato com palhinhas
o substrato protetoras, tais como,
da planta. casca de pinus.

29
As dicas descritas neste manual são gerais e não dispensam a análise individual de cada
planta. Por isso, a observação constante da sua verdinha é essencial. Fique sempre atento
aos sinais emanados por ela.

Você também pode gostar