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M ATEM ÁTICA D ISCRETA Professor: Jeroen van de Graaf

L ISTA 2 - S OLUÇ ÕES Monitor: Artur Gaspar da Silva


(soluções de Guilherme Torres)

1 Questões discursivas seção 5.2


5.2 - 4 Se há n + 1 objetos alocados em n categorias, então pelo menos uma categoria tem 2 objetos ou
mais.
5.2 - 5 Se há n objetos divididos entre k categorias sendo n > k, então pelo menos um objeto tem ⌈ nk ⌉
objetos ou mais.

2 Questões discursivas seção 5.4


5.4 - 1 O binômio de Newton corresponde a uma fórmula geral para escrever (x + y)n . O teorema
correspondente a essa fórmula é:

n  
X n
(x + y)n = xn−k y k ,
k
k=0

onde
 
n n!
=
k (n − k)!k!

Por exemplo, (x + y)3 = x3 + 3x2 y + 3xy 2 + y 3 .


n
5.4 - 2 É o coeficiente de um dos termos de um binômio que é a extensão de (x + y)n e é da forma

k .
5.4 - 3 Triângulo de Pascal é um algoritmo para calcular coeficientes
  de binômios de Newton. Começando
com 00 = 1, podemos calcular 10 , 11 , e em seguida 20 , 21 , 22 , e assim por diante até um nn .
   

5.4 - 4
• O triângulo de Pascal pode ser definido recursivamente a partir de sua identidade, ou seja, a
soma de dois termos de cima dá origem a um de baixo.
• O triângulo é simétrico.
• A soma dos coeficientes é uma potência de 2.
• Se fizermos o somatório dos membros 1 a k de uma linha vezes (−1)k , temos zero, dentre
outros.
5.4 - 5 Provas combinatórias são argumentos matemáticos baseados em contagem. Eles consistem
em usar ambos os lados de uma identidade para provar que estão contando a mesma coisa.
Provas algébricas consistem em provar uma identidade usando propriedades algébricas de operações,
definições, axiomas da matemática e teoremas previamente provados.

3 Questões discursivas seção 5.5


5.5 - 6
Obs: o número de Stirling para um (n, k) pode ser definido por:

1
k−1  
1 X i k
S(n, k) = (−1) (k − i)n .
k! i
i=0

Nome do problema Exemplo Fórmula


Permutações sem repetição Permutando ABCDEFGH n!
n!
Combinações sem repetição Subconjuntos de tamanho r (n−r)!r!
Permutações com repetição Permutando AAA- nr
ABBBCCD (pode escolher
de A a D para cada posição,
e a ordem importa)
n+r−1 n+r−1
 
Combinações com repetição Alocação de n objetos de r r = n−1
tipos, sem ordem
n!
Permutações com objetos idênticos Permutar AABBCCDD n1 !n2 !...nk !
(exatamente 2 letras de
cada tipo)
n!
Objetos distintos em caixas distintas Mão de ni cartas de baralho n1 !n2 !...nk !
para um jogador i, sendo n
cartas ao todo
n+r−1

Objetos idênticos em caixas distintas Distribuir n prêmios n−1
idênticos entre r competi-
dores em um concurso
Pr
Objetos distintos em caixas idênticas Alocar n professores em r k=1 S(n, k)
salas iguais, sem limite de
prof. por sala
Objetos idênticos em caixas idênticas r números que somam um Número de partições de n
n total em r

Tabela 1: Resumo de fórmulas de análise combinatória

4 Exercı́cios Rosen 5.2


Ex. 5.2, 4
a 5. Considere que cada cor retirada é colocada em uma ”caixa”, portanto, temos duas caixas. ⌈ 25 ⌉ = 3.
b 13. Considere o caso em que todas as bolas vermelhas são retiradas antes das 3 azuis.

Ex. 5.2, 13
a Associe cada inteiro a com um conjunto (ou seja, não-ordenado) {a, 9 − a}. Quando o conjunto de
dois números coincide, a sua soma é 9. Portanto, temos 4 conjuntos diferentes correspondentes aos
inteiros de 1 a 8, e se escolhermos 5, pelo princı́pio da casa dos pombos, pelo menos dois coincidem.
b Não, porque temos 4 conjuntos diferentes e 4 escolhas. Podemos também dar um contra-exemplo:
{1, 2, 3, 4}.

Ex. 5.2, 22
(Esse é um caso especı́fico do teorema 3 do capı́tulo, mas é melhor mostrar uma dedução matemática
sem usar o teorema).
Associe cada altura ak com um par ordenado (ik , dk ) que são respectivamente o tamanho das maiores
subsequências crescentes e decrescentes começando em ak e supomos que nenhum dos ik ou dk é
maior ou igual a n + 1. Temos n2 pares distintos, então pela casa dos pombos, pelo menos dois pares
(i1 , d1 ) e (i2 , d2 ) são exatamente os mesmos. Porém, se nesses dois itens iguais:

2
• a altura a2 é maior, podemos alocar o a1 antes e expandir a sequência que era para ter um
tamanho i2 ;
• a2 é menor, podemos expandir a sequência de tamanho d2 da mesma forma.
Ambos levam a uma contradição, porque por definição (ik , dk ) eram os tamanhos das maiores sequências.

5 Exercı́cios Rosen 5.4


Ex. 5.4, 3
Usando o teorema binomial:
             
6 6 6 5 6 4 2 6 3 3 6 2 4 6 6 6
(x + y)6 = x + x y+ x y + x y + x y + xy 5 + y
0 1 2 3 4 5 6
= x6 + 6x5 y + 15x4 y 2 + 20x3 y 3 + 15x2 y 4 + 6xy 5 + y 6

Ex. 5.4, 9
200
2101 (−3)99

Pelo teorema binomial, 99

Ex. 5.4, 22
a Podemos pensar que temos, no primeiro caso, um conjunto A, escolhemos r desse conjunto para
obter um conjunto B, e em seguida escolhemos k de B para retirar de B e obter C.
No segundo caso, supomos que retiramos k de n para obter D, que possui n − k elementos. A partir
de D, escolhemos r − k. Note que isso equivale ao primeiro caso, onde retiramos k, só que dessa
vez fizemos isso primeiro. Para obter um conjunto do tamanho de C, precisamos escolher r − k
elementos, que é o tamanho do conjunto. Assim temos duas formas de contar quantidades iguais.
b
  
n r n! r! n! n!(n − k)!
= = =
r k (n − r)!r! (r − k)!k! (n − r)!(r − k)!k! (n − k)!(n − r)!(r − k)!k!
      
n (n − k)! n (n − k)! n n−k
= = =
k (n − r)!(r − k)! k [(n − k) − (r − k)]!(r − k)! k r−k

6 Exercı́cios Rosen 5.5


Ex. 5.5, 8
Assumindo que temos infinitas donuts de cada um dos 21 tipos, é uma combinação com repetição,
temos: C(21 + 12 − 1, 12) = C(32, 12).

Ex. 5.5, 15
a Como os termos podem ser zero (exceto x1 ), podemos fazer stars and bars, com 20 termos: 20+5−1

4 =
10626
b Mesma coisa que resolver com soma 11: 11+5−1

4 = 1365
c Todas as possibilidades são 21+5−1

4 . Subtraia as possibilidades onde há mais que 10 em um
10+5−1

número: 4 . A diferença é igual a 11649. (pense como se nós fixássemos 11 números como
um bloco só e permutasse o resto).
d Isso equivale a achar uma equação cuja solução é5, subtraindo os valores fixos. Sem restrições, isso
seria 94 , mas com a restrição de x1 , subtraı́mos 64 e com a de x2 , subtraı́mos 54 . O resultado é 106.


3
ex. 5.5, 18
20!
2!4!3!1!2!3!2!3! .

Ex. 5.5, 22
Objetos idênticos em caixas distintas: C(12 + 6 − 1, 12) = C(17, 12).

Ex. 5.5, 25
Podemos pensar que temos 19 objetos e queremos dividir entre 6 caixas onde cada caixa pode ser de
0 a 9. Podemos deixar cada número no formato:

111..11 + 111...11 + ... + 111...11

com 19 ”1”s em 5 ”+”. O número total de permutações dessa string é C(24, 5), mas temos que também
limitar para que não haja mais que 10 ”1”s seguidos.
Vamos fixar portanto 10 ”1”seguidos e considerar um bloco só, e permutar o resto. Isso é o mesmo
que fixar 10 em um dı́gito. Como a soma do que restou é 9, pelo mesmo raciocı́nio, temos C(14 − 5)
possibilidades. Mas podemos fixar 10 em qualquer um dos 6 dı́gitos, então temos 6 formas diferentes
de fazer isso.
No total, temos C(24, 5) − 6 · C(14, 5) combinações de 6 dı́gitos que somam 19.

Ex. 5.5, 30
11!
4!4!2! .

Ex. 5.5, 39
12!
Uma permutação de elementos com repetição: 4!3!5! .

Obs: vi que alguns alunos fizeram C(12, 3) · C(9, 4). Também está certo, essa resposta é equivalente
e conta a mesma coisa.

Ex. 5.5, 58
7

a 2 5! = 2520 (escolha 2 caixas para ficarem vazias, distribua o restante).
b 5! = 120 (alocamos 5 objetos diferentes em 5 caixas disponı́veis)
c 72 ou 75 = 21.
 

d 1. Sempre duas caixas ficam vazias.

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