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TEXTO 1 - Habitação Coletiva e A Evolução Da Quadra - Mario Figueroa (Arquitextos Vitruvius 069-11)
TEXTO 1 - Habitação Coletiva e A Evolução Da Quadra - Mario Figueroa (Arquitextos Vitruvius 069-11)
Mário Figueroa
Gropius no III CIAM (Bruxelas, 1930) lança a questão: “Habitação alta, média
ou baixa?”. A pergunta é analisada por ele nas suas implicações econômicas e
sócias e passam da mera discussão da tipologia da unidade de habitação para as
regras de implantação e afastamento dos edifícios, assim como do gabarito de
altura e densidade populacional. Por tanto temos uma inversão de papéis, até
agora a unidade de habitação era conseqüência da forma do edifício, que era
resultante da forma do lote, que era resultante da sua localização na quadra.
Agora para o urbanismo moderno a célula de habitação é o elemento base da
formação da cidade.
A escolha pela forma laminar pelos urbanistas modernos basicamente é a mesma
que aproximou os arquitetos: ausência de hierarquia entre as partes,
capacidade de crescimento ilimitado, equivalência de condições para os
distintos elementos, relação de proximidade entre o espaço interior e o espaço
exterior. Em Frankfurt, Ernst May (diretor dos serviços de construção
municipal), coordena entre 1925 e 1930 a construção de 15.000 unidades em
distintos conjuntos chamados de “siedlungen” que apesar de intervenções
pulverizadas no tecido urbano apresentam uma grande coerência. Neste mesmo
período temos também importantes experiências em Roterdã (J. J. P. Oud) e
Berlin (Bruno Taut).
Edifício-cidade
Figura 5 – Edifício-cidade
A partir dos anos oitenta cidades européias como Berlin e Barcelona estão
envolvidas em profundas transformações urbanas. A primeira, através do
programa do IBA, serviu como modelo para outras cidades européias
principalmente com as estratégias de remodelação de quadras parcialmente
consolidadas através da reconstituição perimetral das quadras e a
reinterpretação das tipologias, morfologias e linguagens das cidades
históricas européias. A segunda cidade aproveita a oportunidade de sediar os
Jogos Olímpicos de 1992 para reestruturar quatro grandes áreas urbanas. A
intervenção mais importante é a da Vila Olímpica que permitiu recuperar o
acesso da cidade ao mar além de criar um novo bairro residencial através de
uma estratégia extensão do Plano Cerdà de certas características de suas
quadras.
Conceitualmente a quadra contextualista recupera a ocupação perimetral e
conseqüentemente o desenho da rua tradicional. A esquina volta a ser
valorizada como referência urbana. Pequenos fracionamentos do perímetro
recuperam a possibilidade de acesso ao centro da quadra que volta a assumir o
papel de espaço coletivo habitualmente recebendo equipamentos e generosas
áreas verdes.
Quadra aberta
Figura 8 – Quadra aberta
2
PORTZAMPARC, Christian. “A terceira era da cidade”, In: Revista Óculum 9, Fau
Puccamp, Campinas, 1992.
bibliografia
LAMAS, José. Morfologia urbana e desenho da cidade. Fundação Calouste Gulbenkian /
Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, Lisboa, 1993.
MARTÍ ARÍS, Carlos (Ed.). Las formas de la residencia en la ciudad moderna. Depto.
de Proyectos Arquitectónicos de la UPC, Barcelona, 1991.
sobre o autor
Mario Figueroa, arquiteto pela FAU-Puccamp (1988) e doutor pela FAU-USP (2002).
Desde 1993 é professor de Projeto na FAU Mackenzie, onde também é professor do
curso de mestrado e pesquisador. Também leciona no CAU Belas Artes desde 1998
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