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Planeamento do

Território
3.
Modelos
A teoria geral da urbanização de Cerdà

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Ildefons Cerdà (1815-1876)

Teoría General de la Urbanización (1867); Plano de Extensão de


Barcelona (Eixanche)
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A teoria geral da urbanização de Cerdà

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A teoria geral da urbanização de Cerdà

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A teoria geral da urbanização de Cerdà

A teoria geral da urbanização

O primeiro elemento da teoria: as vias (o


traçado - “horizontal e vertical” - das vias, as
interseções, os pavimentos, as redes no subsolo,
a arborização)
O segundo elemento da teoria: o espaço
“intervia” (as “pequenas urbes” ou “ilhas”, a
importância da exposição solar, a defesa da
uniformidade – princípio igualitário)
O terceiro elemento da teoria: os
edifícios (multifamiliares)
O quarto elemento da teoria: as casas (a
6 dimensão adequada da casa e o desenho dos
seus espaços)
A teoria geral da urbanização de Cerdà

As vias
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A teoria geral da urbanização de Cerdà

O espaço “inter-via”
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A teoria geral da urbanização de Cerdà

Características
A cidade densa, construída com uma
malha ortogonal e uniforme

A distribuição uniforme de pequenas


praças, grandes parques, hospitais e
outras instalações. O acesso igual para
todos à luz, ar, espaço aberto e serviços.

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3.
Modelos
O urbanismo modernista (Carta de Atenas)

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Charles Edouard Jeanneret, Le Corbusier(1887-1985)

A cidade radiosa (“la ville radieuse”)

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O urbanismo modernista (Carta de Atenas)

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O urbanismo modernista (Carta de Atenas)

A “cidade radiosa” (1933), que resolve o


paradoxo da densidade: a cidade com
uma alta concentração da população em
edifícios altos, rodeados por espaço
aberto de grandes dimensões. A
importância da “terceira dimensão” no
urbanismo

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O urbanismo modernista (Carta de Atenas)

Problemas das cidades:


A afirmação da situação crítica das A crítica ao desenvolvimento dos
cidades, associada à falta de luz edifícios ao longo das ruas: só garante
(exposição solar), ar e espaço. exposição solar mínima a uma parte dos
edifícios; abre as casas para a ameaça da
“Os bairros habitacionais devem ocupar no
espaço urbano as melhores localizações, poluição provocada pela circulação
aproveitando-se a topografia, observando-se o automóvel.
clima, dispondo-se da insolação mais favorável e
de superfícies verdes adequadas”
A importância da separação/isolamento
das zonas industriais e das vias de grande
tráfego e da separação entre circulação
14 pedonal e mecânica.
O urbanismo modernista (Carta de Atenas)

Princípios:
A recusa do tecido urbano tradicional A “libertação” do edifício face ao
(“obsoleto”): a procura de uma nova arruamento: a importância dos espaços
estética urbana, regular, geométrica, abertos, a interiorização da via pública
funcional A relação, permitida pela alta densidade
O princípio da separação de funções populacional, entre uma nova forma
(quatro grandes funções: “habitar, urbana e um novo sistema de transportes;
trabalhar, recrear-se, circular”): o o princípio da segregação do tráfego
zonamento funcional

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Brasília (plano de Lúcio Costa, 1957)

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Brasília (plano de Lúcio Costa, 1957)

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Brasília (plano de Lúcio Costa, 1957)

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Os planos, nos anos 60, dos Olivais e Encarnação (Lisboa)

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Pasteleira (Porto)

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3.
Modelos
O “novo urbanismo”

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A apreciação crítica da experiência do planeamento

Críticas: Princípios:
Critica os resultados das experiências de Condição 1: mistura funcional (assegurar
planeamento baseadas na reconstrução a presença de pessoas nas ruas a
em larga escala e na especialização diferentes horas e com diferentes
funcional. motivos)
Critica os pressupostos metodológicos Condição 2: os quarteirões devem ser
dessas experiências: a incapacidade de pequenos (promovendo uma diversidade
pensar a complexidade da cidade e a de percursos possíveis)
ênfase em soluções
Condição 3: diversidade de tipos e idades
dirigistas/burocráticas (“de cima para
dos edifícios
baixo”)
Condição 4: importância da densidade
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O “novo urbanismo”

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O “novo urbanismo”

Críticas: Princípios:
O desinvestimento nas cidades centrais, a Importância da região metropolitana
a dispersão “sem lugar”, o aumento da Diversidade funcional e social
segregação espacial, a perda de terras
Desenho orientado para as deslocações
agrícolas, a erosão do património
pedonais
construído
Organização de espaços públicos e
instituições comunitárias definidos
fisicamente e universalmente acessíveis;
Arquitetura e desenho paisagístico que
celebrem a história local, o clima, a
24 ecologia.
3.
Modelos
Síntese crítica

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Síntese

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Comparar…

▣ Temáticas que atravessam os vários modelos: contenção do


crescimento urbano e relação cidade-campo, papel das vias,
qualidade ambiental e social (e sua tradução em parâmetros de
planeamento), “centralidade”. Preocupação com a sociabilidade e
a salubridade (e com a transformação social)
▣ Elementos importantes de cada modelo? Escala da cidade,
cintura/estrutura verde, hierarquização das vias,
comunidade/unidade de vizinhança, região, quarteirão, funções
urbanas
▣ Debates: dimensão e densidade urbana, especialização ou
mistura funcional, “cidade existente” vs “nova cidade” (e, mais
tarde, agentes, metodologias e foco do planeamento…)
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Comparar…

▣ Unidade básica de planeamento?


▣ Preocupação com a igualdade?
▣ Separação ou mistura funcional?
▣ Vias e sua hierarquização?
▣ Contenção do crescimento urbano?

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Apreciação crítica (Peter Hall)

A importância atribuída ao “plano- A ênfase nos “aspetos físicos” da cidade


produto” (ao “estado final”, “future end (o determinismo físico), a que
state”), mais do que ao processo de corresponde uma compreensão
planeamento inadequada das relações complexas entre
as esferas física, social e económica

A proposta de uma visão única sobre o


futuro da cidade, a que corresponde uma
visão unitária do interesse público e a
ideia de um consenso sobre os objetivos
do planeamento

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Desenvolvimentos

As dimensões do planeamento
comunitário (“quem faz o planeamento?)

As dimensões ambientais, da
“regeneração” económica e social. O
papel do planeador: O papel do
planeador: do desenho criativo à análise
dos sistemas

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