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Sumário
O QUE É O V ÍCIO E M PORNOGRAFIA? ..................................................... 4

É VÍCIO OU COMPULSÃO ? E QUAL A DIFERENÇA? .................................. 5

C AUSAS DA DEPENDÊNCIA DA PORNOGRAFIA ........................................... 5

EFEITO COOLIDGE ................................................................................. 7

EFEITO COOLIDGE E A PORNOGRAFIA NA INTERNET ............................... 7

CONSEQUÊNCIAS DO VÍCIO EM CONTEÚDO PORNOGRÁFICO ...................... 8

OS DESAFIOS DO INDIVÍDUO VICIADO EM PORNOGRAFIA ............................ 9

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO VÍCIO EM SEXO E PORNOGRAFIA? ................ 9

VÍCIO EM PORNOGRAFIA E DISFUNÇÕES SEXUAIS .................................... 10

COMO PARAR O VÍCIO EM PORNOGRAFIA? .............................................. 10

REFLITA: QUE MUDANÇAS FAZEM SENTIDO PARA VOCÊ ? ..................... 12

Mapeie seu comportamento ........................................................... 13

Veja se vale a pena fazer um Reboot ............................................ 13

Tente reduzir a ansiedade............................................................... 14

Reconstruindo conceitos sobre sexo e prazer ............................ 14

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PORNOGRAFIA, O MAL DO SÉCULO OU DE TODOS OS TEMPOS?

Lembre-se de que a pornografia, em si, não é uma novidade no mundo,


nem trouxe, a princípio, qualquer mal ao ser humano.
Trata-se de uma expressão humana, adequada ou não, é uma
expressão humana.

Contudo, o que mudou do passado para os dias atuais foi o mais fácil
acesso a esse tipo de material e a velocidade em que a variedade dos
estímulos pornográficos é apresentada.

Foi à internet que possibilitou esse acesso fácil, rápido e variado de


conteúdo pornográfico. E, isso somado a um traço humana, que
revelaremos no decorrer desse ebook, é o que trouxe o vício em
pornografia.

Para entender esse distúrbio psicológico, é preciso primeiro entender o


que é pornografia. Pornografia, pode ser definida como qualquer
material que desperta, de forma vulgar e explícita, pensamentos
sexuais.
Estima-se que o fenômeno da pornografia existe desde o período
Paleolítico, com as estatuetas de Vênus. E, hoje, a pornografia é uma
indústria que lucra cerca de 100 bilhões de dólares por ano.

Lembre-se do dado acima que afirma que a indústria pornográfica lucra


muito. E, claro, para ela é importante manter consumidores ávidos e
constantes, que passam horas conectadas aos sites com “cardápio
variado”.
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O QUE É O VÍCIO EM PORNOGRAFIA?

Para o pesquisador Simon-Louis Lajeunesse, não existem homens e


mulheres que nunca tenham visto pornografia. Isso se dá por conta do
fácil acesso que a internet nos oferece a esse tipo de conteúdo.

Entretanto, o consumo exagerado desse material é considerado um


vício comportamental. O vício em pornografia é caracterizado pela
busca constante e irresistível de consumir, cada vez mais, conteúdo
pornográfico, a ponto de causar danos psicológicos, físicos e sociais.

Um levantamento realizado em 2014, feito pelo Instituto Kinsey, nos


Estados Unidos, apontou que 9% dos consumidores de pornografia
afirmaram ter vontade de parar, mas não conseguiram.

Apesar da porcentagem pequena, quando é mostrado o número de


pessoas que consomem pornografia, o número é bem alto.

Além disso, em uma pesquisa feita em 2000, pelos pesquisadores


norte-americanos David L. Delmonico, Ron Burg e Al Cooper, 17% das
pessoas que acessam conteúdos pornográficos na internet têm traços
de compulsão sexual.
E o mais alarmante, Simon Lajeunesse diz que, na busca por pessoas
que não tenham consumido pornografia, para servirem como grupo
controle em alguns estudos, esses não apareceram. Noutras palavras,
não há quem não tenha consumido pornografia na internet.
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É VÍCIO OU COMPULSÃO ? E QUAL A DIFERENÇA?

No geral, psicólogos entendem o vício em pornografia como uma


compulsão: um comportamento que se repete excessivamente com a
função de aliviar uma tensão ou evitar aflições.

Uma possível causa para as compulsões é a ansiedade (que também


pode estar relacionada a disfunção erétil e ejaculação precoce). Além
disso, é que comum que depois repetir o comportamento compulsivo,
masturbar-se, a pessoa sinta culpa, o que aumenta ainda mais a espiral
de ansiedade.

Essa relação entre compulsão e ansiedade é um dos motivos pelos


quais livrar-se de um vício não é uma tarefa tão simples como "parar e
pronto".

O comportamento compulsivo se torna alívio para uma tensão e, impor


restrições muito rígidas que, ao evitar a compulsão, criam uma nova
tensão e tiram os momentos e prazer, pode-se gerar ainda mais
ansiedade, desencadeando recaídas sucessivas ou até mesmo outro
tipo de comportamento compulsivo.

CAUSAS DA DEPENDÊNCIA DA PORNOGRAFIA

Primeiramente, é preciso entender como funciona o vício e como ele


afeta o cérebro.

Quando uma pessoa é viciada em algo, seu cérebro libera dopamina, o


hormônio do prazer, ao nutrir esse vício. Esse neurotransmissor dá a
sensação de liberdade, prazer e satisfação.

Entretanto, em qualquer tipo de vício, quanto mais o consumo da


“droga” é repetido, mais estímulo à pessoa precisa para que o prazer se
mantenha. Isso pode acarretar uma busca por um aumento da
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frequência de consumo, variação de estímulos para que isso traga a


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mesma sensação oferecida em momento anterior.

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Desse modo, tudo que ocorre no corpo de uma pessoa viciada em
álcool ou drogas ilícitas acontece também com a pessoa viciada em
pornografia.

Além disso, nós, humanos, guardamos um traço evolutivo que nos torna
sensíveis e alvos fáceis da indústria pornô: o efeito Coolidge. Vamos
explicar isso por meio de um experimento:

De forma bem simples, considere os números na vertical relativos à


quantidade de minutos até a ejaculação. Já na horizontal, ficam os
números de apresentações da(s) ovelha(s) ao sujeito experimental
carneiro.

Numa primeira fase desse experimento, o carneiro foi apresentado a


uma fêmea receptiva à cópula e permaneceu com essa mesma fêmea
até o final do experimento. De forma gráfica, pode-se verificar que há
uma tendência de mais tempo entre uma cópula (investida sexual até a
ejaculação) e outra. O bicho entra, a cada cópula, num período
refratário maior. Noutras palavras, a cada ejaculação ele entra num
período de descanso maior para revigoramento sexual.
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Na segunda fase, o mesmo carneiro, noutro dia, foi colado numa
situação em que, a cada ejaculação, a fêmea era trocada. Isto é, ele
investia numa ovelha até ejacular e, após esse momento, a fêmea era
trocada por uma nova fêmea receptiva.

O que se pode observar no gráfico acima é que o carneiro tão logo


recebia a nova fêmea, já investia numa cópula e logo ejaculava, quase
sem variação de tempo. Nessa fase, observou-se o revigoramento do
bicho era muito mais rápido e quase inexistia o período de descanso.

EFEITO COOLIDGE

A esse fenômeno relatado acima foi dado o nome de Efeito Coolidge.


Em linhas, gerais, o termo se refere ao fenômeno observado nas
espécies de mamíferos, no qual os machos (e em menor extensão
fêmeas), exibem interesse sexual renovado se apresentado a novas
parceiras receptivas; mesmo após a cópula com parceira anterior e
diante de parcerias sexuais disponíveis.
O benefício evolucionário desse fenômeno é que um macho pode
fertilizar várias fêmeas. O macho pode estar revigorado repetidamente
para inseminação bem sucedida em várias fêmeas.

EFEITO COOLIDGE E A PORNOGRAFIA NA INTERNET

Mas, qual a relação entre o que está acima e a pornografia na telinha?

Primeiro, o cérebro não diferencia muito a realidade da realidade virtual


apresentada. Assim, no cérebro humano, existe um mecanismo que faz
você querer fertilizar qualquer ser vivo que esteja na tela do
computador.

Com o fácil acesso a diversos materiais pornográficos na internet, cada


vez que os níveis de dopamina começam a cair, o viciado busca novas,
cenas, novos vídeos, novas categorias de pornografia, porque isso traz
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novidade e aumentam os níveis do neurotransmissor.


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CONSEQUÊNCIAS DO VÍCIO EM CONTEÚDO PORNOGRÁFICO

Como qualquer outra compulsão, o vício em pornografia traz


consequências físicas, mentais e sociais para o ser humano.
Existem diversos estudos que apontam que o vício em pornografia pode
desencadear:

● A perda de memória.
● TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
● TOC (Transtorno Obsessivo e Compulsivo).
● Fobias sociais.
● Problemas no relacionamento
● Impotência
● Ejaculação precoce
● Falta de auto estima
Outrossim, as consequências físicas podem ser das mais variadas.
Desde dores e perda de sensibilidade nos órgãos reprodutores até
disfunções sexuais, comprovadas por diversas pesquisas. Estudos
também verificaram que homens que passam muito tempo consumindo
pornografia na internet parecem ter menos matéria cinzenta em
algumas partes do cérebro, além de sofrerem redução da atividade
cerebral.
Na questão social, a pessoa, com esse tipo de compulsão, tende a se
afastar do parceiro e a perder o interesse sexual nele. Ainda, muitas
vezes a pessoa pode desenvolver uma ansiedade social grave,
prejudicando o convívio social com amigos, familiares e colegas de
trabalho.
Outra consequência apontada em estudos é a depressão. Devido à
baixa recepção de dopamina, após longos períodos de consumo de
pornografia, a pessoa muitas vezes se vê em situações em que não
sente vontade de fazer nada.

Por fim, muitas vezes as pessoas que são viciadas em pornografia


tendem a se sujeitar a relacionamentos abusivos ou até a desenvolver
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psicopatias sexuais.
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OS DESAFIOS DO INDIVÍDUO VICIADO EM PORNOGRAFIA

O principal desafio de um indivíduo viciado em pornografia é a


identificação desse vício. Frequentemente os sintomas são relacionados
a outros problemas e chegam às vezes até a serem tratados.

Entretanto, mesmo após ser identificado o vício, as pessoas muitas


vezes não procuram tratamento por vergonha ou culpa. Na sociedade
atual, ver pornografia pode gerar um conflito moral na vida da pessoa.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO VÍCIO EM SEXO E PORNOGRAFIA?

Devido à baixa de dopamina no cérebro, os sintomas começam a


aparecer gradativamente. Muitas vezes, esses sintomas não são motivo
de preocupação, já que a pessoa não se vê como uma viciada.

Alguns sintomas do vício em pornografia e sexo são:

● Pouca satisfação e maior frequência de masturbação;


● Dificuldade de ereção com pessoas reais;
● Ansiedade social, que com o tempo pode se agravar;
● Objetificação do sexo oposto;
● Dificuldade de concentração;
● Ejaculação retardada ou precoce;
● Desinteresse sexual pelo parceiro;
● Depressão, e
● Perda de atratividade sexual.
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VÍCIO EM PORNOGRAFIA E DISFUNÇÕES SEXUAIS

De acordo com uma pesquisa apresentada em 2017, na reunião anual


da Associação Americana de Urologia, homens viciados em pornografia
têm mais chances de sofrer disfunção erétil.
A pesquisa também mostrou que os homens são menos propensos a
ficarem satisfeitos com a relação sexual.
Outra pesquisa, realizada na Universidade de Middlesex, apontou que
as mulheres sofrem frustrações porque suas expectativas sexuais não
são atingidas por homens iludidos por pornografia.

Além da impotência, o homem viciado em pornografia pode ter


ejaculação retardada ou precoce. Ademais, a pessoa pode ter perda de
sensibilidade na vagina (Death Schlick) ou no pênis (Death Grip).

COMO PARAR O VÍCIO EM PORNOGRAFIA?

Assim como qualquer outro compulsão, o vício em pornografia tem


tratamento. É possível encontrar na internet fóruns para pessoas com
esse vício compartilharem suas experiências.
O principal método para o tratamento da compulsão é o chamado
Reboot. Ele consiste em desassociar prazer com pornografia, muitas
vezes através de períodos de abstinência.

Depois ele trabalha na associação do prazer a relações sexuais reais.

Essa prática é possível graças à flexibilidade e à capacidade adaptativa


do cérebro humano.
Outro método existente iniciou-se na Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) e hoje é aplicado pelo Instituto Delete. Nele é realizado
um detox digital com o objetivo de combater a compulsão não só por
vídeos de teor sexual, como também por outras maneiras de uso
negativo da tecnologia e da internet.
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ENTENDA SE VOCÊ TEM HÁBITO OU COMPULSÃO POR
MASTURBAÇÃO

Palavra de ouro nesse texto: cada caso é um caso. É possível que


várias pessoas se masturbem regularmente e queiram reduzir esse
hábito, mas que não se encaixem em quadros de vício ou compulsão.

Separamos algumas perguntas que, se suas respostas foram positivas,


indicam sinais de compulsão.

● Ao ficar sem masturbação, você sente irritado, ansioso e triste


(sintomas de abstinência)?
● Ao longo do tempo, você percebe que a frequência de
masturbação tem aumentado cada vez mais?
● Você sente que não consegue controlar, mesmo quando tenta,
a quantidade de vezes que se masturba?
● Seu desejo/interesse por atividades sexuais com outras
pessoas tem diminuído?
● Você mente para as pessoas sobre a frequência com que se
masturba?
● Você usa a masturbação para evitar sentimentos negativos,
como culpa, desamparo, ansiedade?
● A frequência excessiva da masturbação te coloca numa
posição de risco de perda de emprego ou de um
relacionamento?

Estas são algumas perguntas chaves a se fazer para entender se você


tem uma relação habitual com masturbação, ou se é uma relação
compulsiva. Lembrando que só quem pode te diagnosticar com certeza
é um psicólogo.
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REFLITA: QUE MUDANÇAS FAZEM SENTIDO PARA VOCÊ?

Bom, pensando nas perguntas acima, você está se vendo como


alguém compulsivo, ou como alguém que quer mudar um hábito?

O vício em masturbação depende em grande medida do consumo


pornográfico. Portanto, você conseguir, tente definir se você:

A. Gostaria de parar ou de reduzir a frequência da masturbação?

B. Gostaria de parar de consumir pornografia e de masturbar-se ou


gostaria de se masturbar ocasionalmente sem o estímulo em
vídeo?

Uma terceira pergunta seria entender

C. Quais são os motivos pelos quais você quer parar?

Estas respostas vão ajudar você a pensar em como lidar com o caso de
um jeito que faça sentido pro seu contexto. Lembrando que não tem
resposta absoluta como "cortar o mal pela raiz".

Pode ser que para pessoas em alguns casos de compulsão, seja ideal
parar com os dois pornografia e masturbação por algum um tempo.
Também pode ser que, para outros, a resposta seja cultivar uma relação
mais controlada com a masturbação.

Controle ou bloqueie o acesso a sites

Se achar que deve romper com o acesso a conteúdo erótico, uma


ferramenta que pode te ajudar nessa missão é instalar aplicativos que
controlem a quantidade de tempo ou bloqueiam por completo o acesso
a site eróticos.
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Mapeie seu comportamento

Montar um diário de anotações pode ferramenta muito útil para você


entender seu comportamento e o que te leva para o comportamento que
está querendo evitar:

Você pode anotar quando sente mais vontade, os horários, os motivos,


como você se sente. Assim você aprende mais sobre o que te leva a
fazer isso e como romper estes ciclos.

Veja se vale a pena fazer um Reboot

Reboot seria como apertar um "reiniciar" no seu modo de lidar com a


masturbação. É um período de completa abstinência de pornografia e
estímulos sexuais artificiais até que seu cérebro volte ao que seria um
funcionamento menos sobrecarregado de estímulos e expectativas. O
tempo mínimo indicado para essa vivência é de 90 dias.

Encontre outras atividades prazerosas

Como coloquei no começo, cortar uma compulsão é especialmente


difícil porque cria uma restrição que aumenta a ansiedade e a busca por
"alívio".

Nesse sentido, encontrar uma atividade que ocupe o espaço da


compulsão e que também te traga alegria e relaxamento pode ser uma
boa estratégia.

Por exemplo, em um caso de estudo clínico, o rapaz de 27 anos que se


masturbava todos os dias por duas horas ao chegar do trabalho, passou
a praticar corrida nesse mesmo horário.
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Tente reduzir a ansiedade

Parecido com o item anterior, aqui podemos pensar não só em práticas


que sejam um hobby prazeroso, mas em ferramentas que ajudem no
controle da ansiedade, no autocontrole e no bem estar diário.

A terapia entraria aqui novamente, assim como a yoga ou meditação.

Reconstruindo conceitos sobre sexo e prazer

Anos de pornografia ou de vício em masturbação podem criar


expectativas irreais, desejo por modelos inatingíveis ou por violências
não-consensuais, além das pressões sobre certos tipos de
performances masculinas.

Em outro caso clínico, encontramos a história de um rapaz que não


conseguia ter ereções com a vida real e que precisou reaprender a
imaginar a si mesmo como alguém que pode participar do ato sexual,
sendo mais que um observador.

Repensar estes modelos e reconstruir a relação com o erotismo


pensando em referências reais, compreensivas e possíveis, também é
peça chave para lidar com as consequências do vício em masturbação
e/ou pornografia.

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