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DESMETANIZAÇÃO DO GAS NATURAL EMPREGANDO PARÂMETROS


OTIMIZADOS PARA A EQUAÇÃO DE ESTADO SRK

Conference Paper · August 2013

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6 authors, including:

Vania M. B. Cunha Welisson de Araújo Silva

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Federal University of Pará
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Fernando De Freitas Maués de Azevedo Nélio Teixeira Machado


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13o Encontro de Profissionais da Química da Amazônia, 2013

DESMETANIZAÇÃO DO GAS NATURAL EMPREGANDO PARÂMETROS


OTIMIZADOS PARA A EQUAÇÃO DE ESTADO SRK
Vânia Maria Borges CUNHA PPGEQ/ITEC/UFPA vaniacunha21@hotmail.com
Welysson de Araújo SILVA PPGEQ/ITEC/UFPA wasilva89@hotmail.com
Fernando de Freitas Maués de AZEVEDO PRODERNA/ITEC/UFPA mauesazevedo@yahoo.com.br
Lia Silva LIMA TERM@/FEQ/ITEC/UFPA lia_lima7@yahoo.com.br
Cássio Rodrigo Silva LIMA TERM@/FEQ/ITEC/UFPA cassiorodrigolima@hotmail.com
Nélio Teixeira MACHADO TERM@/FEQ/ITEC/UFPA machado@ufpa.br
Marilena Emmi ARAÚJO TERM@/FEQ/ITEC/UFPA meaaraujo@gmail.com

RESUMO Este trabalho teve como objetivo o estudo do fracionamento do gás natural em uma coluna de
desmetanização a partir de um fluxograma elaborado no simulador Aspen Hysys de uma planta simplificada
do tipo turbo-expansão. O fluxograma consiste de uma coluna de desmetanização , dois tanques flash, um
expansor, válvulas de expansão, misturadores e trocadores de calor. O processo consiste no resfriamento do
gás de entrada pelo gás residual com o fracionamento de líquidos para produzir gás natural liquefeito (LNG)
e gás residual. Para descrever o equilíbrio de fases do sistema multicomponente foram aplicadas as equações
de PR, PRSV e TST e SRK com a matriz de parâmetros de interação entre os constituintes do gás natural da
base de parâmetros do Aspen Hysys. Em uma segunda etapa foram realizadas simulações empregando uma
matriz de parâmetros otimizada para a equação SRK, com as regras de mistura RK-Aspen, determinada a
partir de dados experimentais dos sistemas binários da literatura. Os resultados foram avaliados de acordo
com as especificações comerciais da ANP. De acordo com os teores de metano obtidos, verificou-se que
todas as equações de estado proporcionaram a obtenção de correntes de LGN e gás residual dentro das
especificações.. A coluna de desmetanização, apresentou as seguintes taxas de recuperação de etano na
planta simplificada do tipo turbo-expansão, simulada com as diferentes equações de estado: 84,045% para
PRSV, 84,042% para SRK, 84,039% para TST e PR e 83,98% para RK –Aspen.

1 - INTRODUÇÃO

A região amazônica é um importante polo de produção de petróleo e gás com a maior reserva
terrestre de gás natural do Brasil, responsável atualmente por 18% da produção, além de extrair o
petróleo mais leve e valioso do País. Para atingir as características comerciais desejadas o gás
natural bruto passa por diferentes tratamentos em Unidades de Processamento
A indústria de processamento de gás natural (GN) tem como objetivos a remoção de água e de
outras impurezas presentes no GN bruto e a seguir o fracionamento, através da liquefação do GN
para a separação (recuperação) da fração líquida de hidrocarbonetos. O processo de liquefação pode
ser total ou parcial, dependendo dos interesses de comercialização dos produtos. A liquefação total
consiste no abaixamento da temperatura do GN a condições criogênicas, em torno de -162°C,
produzindo o gás natural liquefeito (LNG) para ser armazenado a pressão atmosférica.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) define as unidades de processamento de GN de acordo
com o objetivo do fracionamento requerido, onde destaca-se: a Unidade de Processamento de Gás
Natural (UPGN), instalação industrial que objetiva realizar a separação das frações pesadas
(propano e mais pesados) existentes no gás natural, do metano e etano, gerando GLP e gasolina
natural (C5+); URGN (Unidade de Recuperação de Gás Natural): instalação industrial que objetiva
separar o metano e o etano das frações mais pesadas, contendo C3+ na forma de líquido (LGN) e a
Unidade de Recuperação de Líquidos de Gás Natural (URL), instalação industrial que visa separar o
metano das frações mais pesadas, contendo C2+ na forma de líquido (NGL).
O processo de fracionamento de GN do tipo turbo-expansão é um dos mais aplicados
industrialmente, que consiste basicamente na remoção de hidrocarbonetos na fase líquida através do
resfriamento da corrente de GN utilizando uma unidade acoplada de refrigeração.
Diferentes configurações do processo de turbo-expansão são utilizados na indústria de GN e
estão registrados sob patente. Estudos foram publicados sobre a otimização destas configurações,
utilizando os simuladores de processos comerciais como o Aspen Plus e o Aspen Hysys (Jibril et
al.,2006; Khorsand e Maleki, 2012; Getu et al., 2013).
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As equações de estado cúbicas (EDE) são os modelos termodinâmicos mais empregados na


simulação de processos a altas pressões e comumente avaliados em processos relacionados ao
processamento do GN.
Ashour e Sayed-Ahmed (2002) simularam uma planta simplificada de liquefação de GN, do tipo
turbo-expansão, aplicando o simulador Hysys 3.2. Foram utilizados previamente dados de equilíbrio
líquido-vapor de seis sistemas binários (metano, etano, propano, nitrogênio) de constituintes de GN
para selecionar uma equação de estado cúbica com as regras de mistura de van der Waals com um
parâmetro de interação binária. Foi selecionada a EDE PRSV (modificação da EDE de Peng-
Robinson) para realizar as simulações do processo de liquefação do GN.
Teribele et al. (2006) simularam uma planta simplificada de turbo-expansão utilizando o
simulador de processos Aspen Hysys 2004, para recuperar a fração pesada do gás e enquadrá-lo
dentro das especificações de comercialização. Foram utilizados diferentes EDE disponíveis no
simulador. Foi verificado que não houve diferenças significativas no cálculo das composições do
metano e do etano nas correntes de saída empregando as EDE de Soave-Redlich-Kwong (SRK),
Peng-Robinson (PR) e a modificação da EDE de Peng-Robinson PRSV, utilizando as regras de
mistura de van der Waals com um parâmetro de interação binária, disponíveis na base de dados do
simulador.
Darwish et al. (2004) realizaram simulações para o processo de desidratação do GN, com
trietileno glicol (TEG) como agente desidratante, empregando o simulador Aspen Plus. Foram
avaliadas as EDE de SRK e PR com as regras de mistura PRKS, WS e MHV2 da base de dados do
simulador, para avaliar a etapa de otimização do fluxograma elaborado no Aspen Plus. Foi utilizado
como estudo de caso dados reais de uma planta industrial localizada no Emirados Árabe (UAE). A
performance dos diferentes modelos foram comparados estudando os efeitos na quantidade de água
do processo de desidratação da água, a pureza do TEG na etapa de regeneração e a energia
necessária no reebulidor da coluna de absorção. Foi verificado que não houve um modelo que
fornecesse os melhores resultados para todos os critérios propostos.
Coelho (2007) estudou o processo de desidratação do GN através da elaboração de um
fluxograma simplificado do processo empregando o simulador Aspen Plus. Foram utilizados
previamente dados de equilíbrio líquido-vapor sistemas binários metano/água para selecionar o
modelo para calcular todas as propriedades termodinâmicas das simulações. O modelo selecionado
foi a equação RKS com a regra de mistura de Huron-Vidal modificada de segunda ordem
(SRKMHV2).
Silva Jr. (2010) elaborou um fluxograma para o processo de desidratação do GN empregando o
simulador Aspen Hysys 2004, e com o objetivo de propor a otimização de uma unidade de
desidratação instalada em uma plataforma de petróleo e gás natural localizada na bacia de Campos
(RJ-Brasil), avaliando parâmetros do processo, dentre eles a perda de TEG. Foram avaliados três
EDE com os parâmetros de interação binária da base de dados do simulador, de forma a definir qual
delas é a mais precisa para realizar as simulações. O critério de julgamento foi a comparação com
dados reais da corrente principal que é a corrente de alimentação de GN, da unidade industrial, ou
seja, que a corrente de alimentação nas condições operacioanis da planta é vapor saturado com
0,23% de água. A EDE de PR com um parâmetros de interação binária foi a que melhor se
aproximou ao teor de água no GN porém definiu a corrente na fase líquida. O modelo
termodinâmico disponível no Aspen Hysys que melhor caracterizou a corrente de alimentação de
GN foi o Glicol-PPkg, com um erro de 26% no calculo da umidade e calculando a corrente na fase
vapor. Os resultados das simulações sugerem uma faixa de vazão da corrente pobre de TEG na torre
absorvedora limitantes para obter menor perda de TEG e maior eficiência na desidrtatação do GN.
Este trabalho teve como objetivo geral o estudo do fracionamento do gás natural em uma coluna
de desmetanização a partir do fluxograma do tipo turbo-expansão desenvolvido por Teribele et al.
(2006). As simulações foram realizadas com as EDE de PR, SRK, PRSV e Twu-Sim-Tassone
(TST) com a base de parâmetros de interação do Aspen Hysys e com a EDE de SRK e a regra de
mistura RK-Aspen do pacote de propriedades termodinâmicas Aspen Properties, com dois
parâmetros de interação. Foram utilizados como critério de avaliação para as diferentes equações de
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estado e regras de mistura, o teor de recuperação de etano na corrente de gás natural liquefeito
(NGL), a potência produzida no expansor e as temperaturas no topo e no fundo da coluna.

2 - MÉTODOS E PROCEDIMENTOS

A representação esquemática do processo padrão de turbo-expansão (ISS) está apresentado na


Figura 1. Neste trabalho utilizou-se o fluxograma simplificado elaborado por Teribele et al. (2006),
desenvolvido utilizando o Aspen Hysys (2004). Não foram consideradas as otimizações energéticas,
tampouco, sistema auxiliar de refrigeração, comuns em unidades de turbo-expansão. A composição
de alimentação do gás natural utilizada consta na Tabela 1. O fluxograma do processo de turbo-
expansão simplificado está apresentado na Figura 2 e os principais equipamentos da planta estão
descritos na Tabela 2.

Figura 1 - Representação esquemática do processo padrão de turbo-expansão (ISS)


(Getu et al., 2013)

Tabela 1 - Composição da alimentação (Gasnet, 2006)


Componentes Fração molar
Metano 0,6807
Etano 0,1629
Propano 0,0936
i-Butano 0,0157
n-Butano 0,0211
i-Pentano 0,0049
n-Pentano 0,0040
n-Hexano 0,0022
n-Heptano 0,0008
Nitrogênio 0,0069
CO2 0,0072

A capacidade da planta foi definida em 1.000.000 Nm3/d de gás natural, referentes à 20oC e
101,325 kPa, conforme exigência da ANP (Brasil, 2002). As condições de temperatura e pressão de
alimentação foram definidas com base em dados da literatura. O expansor opera com eficiência
politrópica de 75% e os vasos flash V-1 e V-2 operam a pressão de 51,01 bar; o vaso flash V-2 é
alimentado pela corrente 3A proveniente do trocador de calor E-3 que opera criogenicamente. A
coluna de desmetanização T-1 opera com 15 pratos, com condensador total, com razão de refluxo
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de 3,6 e a alimentação é inserida no oitavo prato a partir do topo (Figura 3), com capacidade
simulada de 760.000 m3/dia de gás residual.
Para descrever o equilíbrio de fases do sistema multicomponente e calcular todas as
propriedades termodinâmicas necessárias para o balanço de energia, tanto para substâncias puras
quanto para misturas, foram aplicadas as equações de estado de Peng-Robinson (PR), Soave-
Redlich-Kwong (SRK), modificação da EDE de Peng-Robinson (PRSV) e de Twu-Sim-Tassone
(TST), com as regras de mistura de van der Waals com um parâmetro de interação binária entre os
constituintes do gás natural, utilizando a matriz de parâmetros de interação da base de parâmetros
do simulador Aspen Hysys.
Em uma segunda etapa foram realizadas simulações empregando a equação SRK com as regras
de mistura Redlich-Kwong-Aspen (RK-Aspen), com a matriz de parâmetros de interação
determinada a partir de dados experimentais dos sistemas binários publicados na literatura,
ajustados empregando o programa EDEFLASH (Araújo et al., 2006). Na Tabela 3 estão
apresentados os parâmetros de interação, o valor da função objetivo obtida para o ajuste de
parâmetros e os erros médios para o cálculo das composições das fases líquida e vapor.
O processo de fracionamento do GN inicializa com a corrente 1 que é alimentada no vaso flash
V-1. A corrente de vapor 2V da saída do vaso flash V1 é primeiramente resfriada no trocador de
calor E-1 usando corrente 11 de gás residual proveniente do topo da coluna de desmetanização,
originando a corrente 13 de saída da planta e a corrente 3 que é submetida a resfriamento através de
um sistema de refrigeração representado pelo resfriador E2, originando a corrente 3A. A corrente
3A é então encaminhada ao segundo vaso flash V-2. A corrente líquida (4L) de saída do vaso flash
V-2 e a corrente de liquido 2L da saída do vaso flash V1 são encaminhadas a um misturador de
correntes M-1, originando a corrente 6. A corrente de vapor 4V, originada do vaso flash V-2 é
encaminhada para o expansor EXP-1 para submeter o gas natural a condições criogênicas de
resfriamento. A corrente 5 originada do expansor é encaminhada ao misturador de correntes M-2
que recebe a corrente 7 originada da expansão da corrente 6 através de uma válvula Joule
Thompson (JT). A corrente 8 de saída do misturador M-2 alimenta a coluna de fracionamento
(desmetanização).

Figura 2 - Fluxograma simplificado do processo de Turbo-Expansão

Tabela 2- Equipamentos e dispositivos auxiliares


V-1 Vaso de condensado de entrada (Flash). EXP-1 Expansor
E-1 Trocador de calor de placas VLV-1 Válvula de expansão
E-2 Refrigeração auxiliar T-1 Torre
V-2 Vaso de condensado frio (Flash). M-1/M-2 Misturadores
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Figura 3- Coluna de desmetanização

Tabela 3- Matriz de Parâmetros de Interação Binária para a regra de mistura RK-Aspen


Sistemas T(K) Kij Lij FO ΔX ΔY
Metano/Etano 270 0,027353343 0,035541349 0,2179 0,0040 0,0101
Etano/Propano 260 -0,218762053 -0,225025165 0,3344 0,0303 0,0108
Etano/Butano 260 -0,053143890 -0,046894767 0,5812 0,0191 0,0052
Propano/Butano 260 -0,003415073 -0,000638671 0,0857 0,0107 0,0079
CO2/Propano 273,15 0,098212176 -0,025290165 0,2658 0,0250 0,0131
CO2/Butano 357,77 0,150193272 0,012705569 0,0175 0,0023 0,0056
CO2/Metano 270 0,1002473623 0,0082939174 0,1144 0,0044 0,0122
CO2/Etano 250 0,780096839 0,853983059 0,1832 0,0251 0,0097

3- RESULTADOS E DISCUSSÕES

As condições operacionais e a fração de vapor de cada corrente da Planta simplificada de


Turbo-Expansão (Figura 2), para as simulações utilizando o Aspen Hysys, empregando as
diferentes equações de estado e regras de mistura estão apresentadas nas Tabelas 4 e 5. São também
apresentados nas mesmas tabelas as frações molares do metano e do etano, para cada corrente.
De acordo com os teores de metano obtidos, verifica-se que as equações TST com os
parâmetros de interação binária, da base do Aspen Hysys e SRK com os parâmetros de interação
otimizados proporcionaram a obtenção de correntes de LGN e gás residual dentro das
especificações a 30°C e 1600 kPa. Resultados similares foram obtidos por Teribele et al. (2006)
para as equações de estado PR, SRK, PRSV, com as regras de mistura de van der Waals com um
parâmetro de interação binária.
Os resultados das simulações deste trabalho mostraram que há diferenças nas composições
totais dos vapores das correntes dos dois vasos flash (VLV-1 e VLV-2), calculadas com as equações
de estado de TST com as regras de mistura de van der Waals com um parâmetro de interação
binária e SRK com a regras de mistura RK-Aspen. O mesmo comportamento foi obtido por
Teribele et al. (2006) com as equações de estado PR, SRK e PRSV, com as regras de mistura de van
der Waals com um parâmetro de interação binária.
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Teribele et al. (2006) verificaram também que não houve diferenças significativas nas
composições dos componentes de maior interesse (metano e etano) no processo para as correntes 12
e 13. Neste trabalho porém foram obtidas composições diferentes para o metano e etano quando
calculadas com a equação SRK com a regra de mistura RK-Aspen, com dois parâmetros de
interação binária.
Teribele et al. (2006) descreveu que o cálculo da composição da fase líquida dos dois vasos
flash (VLV-1 e VLV-2), ou seja, correntes 2L e 4L, foi a que apresentou as maiores diferenças, com
as equações de estado PR, SRK e PRSV, com as regras de mistura de van der Waals com um
parâmetro de interação binária. Neste trabalho foi verificado as maiores diferenças das composições
das fases líquidas (2L e 4L), quando as simulações foram realizadas com a equação SRK com a
regra de mistura RK-Aspen, em relação a todas as outras equações e regras de mistura. Resultado
que se justifica em virtude da utilização de uma matriz de interação com dois parâmetros,
proporcionando a otimização do cálculo das composições de equilíbrio para a fase líquida.

Tabela 4 - Parâmetros de processo e fração molar de metano e etano nas correntes envolvidas na
simulação para as equações PRSV E TST.
PRSV TST
Fração Fração
P Fração Fração P Fração Fração
Correntes T(°C) de T(°C) de
(kPa) Metano Etano (kPa) Metano Etano
Vapor Vapor
1 5101 30,00 0,9993 0,4765 0,2137 5101 30,00 1,0000 0,4765 0,2137
2V 5101 30,00 1,0000 0,4770 0,2139 5101 30,00 1,0000 0,4765 0,2137
2L 5101 30,00 0,0000 0,0766 0,1172 5101 30,00 0,0000 0,0774 0,1172
3 5101 -1,701 0,8391 0,4770 0,2139 5101 -1,779 0,8393 0,4765 0,2137
3A 5101 -40,00 0,5339 0,4770 0,2139 5101 -40,00 0,5103 0,4765 0,2137
4V 5101 -40,00 1,0000 0,7931 0,1491 5101 -40,00 1,0000 0,7943 0,1476
4L 5101 -40,00 0,0000 0,2549 0,2594 5101 -40,00 0,0000 0,2698 0,2567
5 1601 -80,76 0,9186 0,7931 0,1491 1601 -81,02 0,9166 0,7944 0,1476
6 5101 -39,90 0,0010 0,2545 0,2591 5101 -40,00 0,0000 0,2698 0,2567
7 1601 -64,77 0,3540 0,2545 0,2591 1601 -66,22 0,3670 0,2698 0,2567
8 1601 -71,29 0,6490 0,4765 0,2137 1601 -71,86 0,6410 0,4765 0,2137
11 1591 -78,95 1,0000 0,8203 0,1796 1591 -78,85 1,0000 0,8204 0,1796
12 1611 21,53 0,0000 0,0000 0,2610 1611 21,35 0,0000 0,0000 0,2610
13 1591 29,00 1,0000 0,8203 0,1796 1591 29,00 1,0000 0,8204 0,1796

Tabela 5 - Parâmetros de processo e fração molar de metano e etano nas correntes envolvidas na
simulação para a equação RK-Aspen.
RK-Aspen
Correntes P (kPa) T(°C) Fração de Vapor Fração Metano Fração Etano
1 5101 30,00 0,9957 0,4765 0,2137
2V 5101 30,00 1,0000 0,4797 0,2144
2L 5101 30,00 0,0000 0,0817 0,1252
3 5101 -0,0298 0,8248 0,4797 0,2144
3A 5101 -40,00 0,4913 0,4797 0,2144
4V 5101 -40,00 1,0000 0,8232 0,1283
4L 5101 -40,00 0,0000 0,2741 0,2660
5 1601 -81,61 0,9258 0,8232 0,1283
6 5101 -39,39 0,0044 0,2717 0,2642
7 1601 -64,47 0,3434 0,2717 0,2642
8 1601 -70,54 0,6208 0,4765 0,2137
11 1591 -78,24 1,0000 0,8205 0,1795
12 1611 25,09 0,0000 0,0000 0,2612
13 1591 29,00 1,0000 0,8205 0,1795
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De acordo com os valores das composições das correntes de saída da coluna de desmetanização,
verificou-se diferentes taxas de recuperação de etano na planta simplificada de turbo-expansão,
simulada com as diferentes equações de estado: 84,045% para PRSV, 84,042% para SRK, 84,039%
para TST e PR e 83,98% para RK –Aspen.
Na Tabela 6 estão apresentados os parâmetros energéticos de todas as simulações. Teribele et al.
(2006) verificaram as simulações com as diferentes equações de estado com as regras de mistura de
van der Waals com um parâmetro de interação binária, apresentaram diferenças no cálculo da
energia disponível no eixo do expansor (Duty) (Tabela 6), com 2% de diferença entre PR e PRSV e
de 4% entre PR e SRK. Na Tabela 6 estão também apresentados os valores para a energia
disponível no eixo do expansor calculadas neste trabalho. Na análise verificou-se a seguinte ordem
decrescente dos valores calculados da energia disponível: PRSV>SRK>PR>RK-Aspen>TST.

Tabela 6-
Equipamento Unidades PR SRK PRSV TST RK-Aspen
Qext (E-2) kJ/h -7,555.106 -7,552.106 -7,478.106 -7,611.106 -7,994.106
Qext (Exp-1) kJ/h 9,501.105 9,938.105 1,001.106 9,408.105 9,550.105
Qtop (T-1) kJ/h 3,424.107 3,492.107 3,434.107 3,419.107 3,528.107
Qbot (T-1) kJ/h 3,919.107 3,981.107 3,927.107 3,927.107 4,098.107
Duty (Exp-1) kW 265,9 276,1 278,1 261,3 265,3
TProduto (M-2) °C -72,08 -71,31 -71,29 -71,86 -70,54
TProduto (M-1) °C -40,00 -39,47 -39,90 -40,00 -39,39
Tcondensador (T-1) °C -79,13 -78,96 -78,95 -78,85 -78,23
Trefervedor (T-1) °C 21,08 20,58 21,53 21,35 25,10
T (V-1) °C 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00
T (V-2) °C -40,00 -40,00 -40,00 -40,00 -40,00
LMTD (E-1) °C 17,06 17,11 17,07 16,73 17,22
∆T (E-2) °C -38,28 -38,32 -38,30 38,22 -39,97
∆T (Exp-1) °C -41,11 -41,06 -40,76 -41,02 -41,61
Prefervedor (T-1) kPa 1611 1611 1611 1611 1611
Pcondensador (T-1) kPa 1591 1591 1591 1591 1591
P (V-2) kPa 5101 5101 5101 5101 5101
P (V-1) kPa 5101 5101 5101 5101 5101
P (M-2) kPa 1601 1601 1601 1601 1601
P (M-1) kPa 5101 5101 5101 5101 5101
∆P (Exp-1) kPa -3500 -3500 -3500 -3500 -3500
∆P (VLV-1) kPa 3500 3500 3500 3500 3500
N°pratos (T-1) - 15 15 15 15 15

4 – CONCLUSÕES

Para atingir as características comerciais desejadas o gás natural bruto passa por diferentes
tratamentos em Unidades de Processamento. Os simuladores de processos como o Aspen Hysys
apresentam-se como a opção técnica para avaliação do fracionamento do gás natural, pois podem
reproduzir os processos, baseados nos modelos rigorosos de transferência de massa e de equilíbrio
de fases que descrevem os diversos equipamentos relacionados a instalação industrial.
Este trabalho teve como objetivo o estudo do fracionamento do gás natural em uma coluna de
desmetanização a partir de um fluxograma elaborado no simulador Aspen Hysys de uma planta
simplificada do tipo turbo-expansão. O fluxograma do processo consiste de uma coluna de
desmetanização , dois tanques flash, um expansor, válvulas de expansão, misturadores e trocadores
de calor. O processo consiste no resfriamento do gás de entrada pelo gás residual com o
fracionamento de líquidos para produzir gás natural liquefeito (LNG) e gás residual. A composição
de alimentação utilizada foi baseada em dados da literatura. Para descrever o equilíbrio de fases do
13o Encontro de Profissionais da Química da Amazônia, 2013

sistema multicomponente foram aplicadas as equações de PR, PRSV e TST e SRK com a matriz de
parâmetros de interação entre os constituintes do gás natural da base de parâmetros do Aspen
Hysys. Em uma segunda etapa foram realizadas simulações empregando uma matriz de parâmetros
otimizada para a equação SRK, com as regras de msitura RK-Aspen, determinada a partir de dados
experimentais dos sistemas binários publicados na literatura.Os resultados foram avaliados de
acordo com as especificações comerciais da ANP. De acordo com os teores de metano obtidos,
verificou-se que todas as equações de estado proporcionaram a obtenção de correntes de LGN e gás
residual dentro das especificações. De acordo com os valores das composições das correntes de
saída da coluna de desmetanização, verificou-se diferentes taxas de recuperação de etano na planta
simplificada de turbo-expansão, simulada com as diferentes equações de estado: 84,045% para
PRSV, 84,042% para SRK, 84,039% para TST e PR e 83,98% para RK –Aspen.
As simulações com as diferentes equações de estado com as regras de mistura de van der Waals
com um parâmetro de interação binária, apresentaram diferenças no cálculo da energia disponível
no eixo do expansor (Duty) apresentando a seguinte ordem decrescente: PRSV>SRK>PR>RK-
Aspen>TST.

5 – REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS

- ARAUJO, M. E.; AZEVEDO Jr., C.M.; SANTOS, J.L.; PENA, M.V.; MEIRELES, M. A. A.
Programa Computacional para o Cálculo do Equilíbrio de Fases de Sistemas Multicomponentes
empregando o Algoritmo Flash. Proceedings of XXVII Iberian Latin American Congress on
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- ASHOUR, I., SAYED-AHMED, T.S. Modeling and Simulation of a Liquefied Natural Gas Plant.
The Fourth Annual U.A.E. University Research Conference, 2002.
- COELHO, A.M. Simulação e Otimização dos Processos de Adoçamento e Desidratação de Gás
Natural e de Refinaria. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química), Universidade Estadual de
Campinas, UNICAMP, 2007.
- DARWISH, N. A.; AL-MEHAIDEB, R. A., BRAEK, A. M., HUGHES, R. Computer simulation
of BTEX emission in natural gas dehydration using PR and RKS equations of state with different
predictive mixing rules. Environmental Modelling & Software, v. 19, p. 957-965, 2004.
- GETU, M.; MAHADZIR, S.; LONG, N.VD.; LEE, M. Techno-economic analysis of potential
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Engineering Research and Design, cherd.2013.01.015., 2013
- JIBRIL, K.L., AL-HUMAIZI, A.L., IDRISS, A.A., IBRAHIM, A.A. Simulation study determines
optimum turboexpander process for NGL recovery. Oil Gas J. , v. 104, p. 58-62, 2006.
- KHORSAND, M.M., MALEKI, M. Select optimal schemes for gas processing plants.
Hydrocarbon Process, v. 91, p. 61-64, 2012.
- TERIBELE, T.; SANTOS, J.L.; ARAUJO, M. E. . Simulação de uma Unidade de Turbo-
Expansão de Gás Natural Empregando Diferentes Equações de Estado. Anais do XVI Congresso
Brasileiro de Engenharia Química, CD-ROM, v. 1. p. 1-8, 2006.
- SILVA Jr. Otimização de uma Planta de Desidratação de Gás Natural através do uso de
Simuladores de Processo. Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Química – UFPA,
2010.

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