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SISTEMAS DE PRODUÇÃO

PETROLÍFERA – PET0002

UFRN/PPgCEP Professora Carla Wilza Souza de Paula Maitelli


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE PETRÓLEO

DISCIPLINA: SISTEMAS DE PRODUÇÃO PETROLÍFERA


CÓDIGO: PET0002

PROFESSORAS: CARLA WILZA SOUZA DE PAULA MAITELLI E


VANESSA SANTANNA

EMENTA
SISTEMAS DE PRODUÇÃO MARÍTIMOS E TERRESTRES. ESTRUTURAS TERRESTRES E
MARÍTIMAS PARA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL. SISTEMAS
SUBMARINOS DE PRODUÇÃO E CONCEITOS PARA SUA OPERAÇÃO. LINHAS,
MANIFOLDS, ÁRVORES DE NATAL. COMPLETAÇÃO TERRESTRE E SUBMARINA.
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO E ESCOAMENTO MULTIFÁSICO. ELEVAÇÃO
PNEUMÁTICA. BOMBEIO. AUTOMATIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO.
SISTEMAS HIDRÁULICOS, ELÉTRICOS E PNEUMÁTICOS DE CONTROLE.
BIBLIOGRAFIA

✓ CAENN, Ryen; DARLEY, H. C. H; GRAY, George R. Fluidos de perfuração e completação. 1. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014. 691 p. (Série engenharia de petróleo) ISBN: 9788535269512.
✓ BOURGOYNE JR., Adam T. Applied drilling engineering. Richardson, TX: Society of Petroleum Engineers, 1986.
502 p. (SPE textbook series, v.2) ISBN: 9781555630010.
✓ THOMAS, J. E.; TRIGGIA, A.; CORREIA, C. A.; FILHO, C. V.; XAVIER, J. A. D.; MACHADO, J. C. V.; FILHO, J. E. de
S.; PAULA, J. L. de; ROSSI, N. C. M. de; PITOMBO, N. E. S.; GOUVEIA, P. C. V. de M.; CARVALHO, R. de S.;
BARAGAN, R. V. Fundamentos da engenharia de petróleo. Editora Interciência, 2a edição, Rio de Janeiro, RJ,
2001.
✓ BROWN, K. E. The technology of artificial lift methods. PPC Books, Tulsa, 1997.
✓ BEGGS H. D. Production, optimization using nodal analysis. OGCI and PetroSills Publications, Tulsa,
Oklahoma (2003).
✓ ECONOMIDES M. J.; HILL A. D.; Ehlig-Economides C. Petroleum production systems. Prentice Hall Petroleum
Engineering Series (1994).
✓ BROWN, K. E. The technology of artificial lift methods; electric submersible centrifugal pumps, hydraulic
pumping, jet pumping, plunger lift, other Methods of artificial lift, planning for and comparison of
artificial lift systems (Vol 2b).
✓ BROWN, K. E. The technology of artificial lift methods; introduction of artificial lift systems, beam
pumping: design and analysis, gas lift (Vol 2a).
✓ GIBBS, S. G. Rod pumping modern methods and design, diagnostics and surveillance, 2012
✓ TAKACS, G. Electrical submersible pumps manual: design, operations, and maintenance (Gulf Equipment
Guides), 2009.
✓ TAKACS, G. Gas Lift Manual, PennWell Books, 2005.
✓ TAKACS, G. Sucker Rod Pumping Manual, PennWell Books, 2003.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2

só precisa avisar e combinar um horário!!!!


INTRODUÇÃO
O PETRÓLEO E A ECONOMIA MUNDIAL
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
INTRODUÇÃO
O PETRÓLEO E A ECONOMIA MUNDIAL
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

✓ Crescimento da demanda mundial entre 2006 e 2030 – 45%


UFRN/PPGCEP/2018.2

✓ Redução do petróleo e gás na matriz energética mundial e no


Brasil.

✓ Produção mundial em 2008 de 85 milhões de bpd. Projeção para


2030 é de 31 milhões de bpd.

✓ Consumo no Brasil – 1,95 milhão (2008) para 3 milhões de bpd


(2030).

✓ Brasil possui 29 bacias sedimentares com 7,175 milhões de km².


Pequena parte está disponível para exploração e produção. (Dados
ANP - http://www.anp.gov.br/exploracao-e-producao-de-oleo-e-
gas).
MATRIZ ENERGÉTICA
fonte: http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica

MUNDO - 2015 BRASIL - 2016


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

DESAFIOS
UFRN/PPGCEP/2018.2

BAIXOS PREÇOS, PRODUÇÃO EM


MAR, ENERGIAS ALTERNATIVAS
DESAFIOS
PREÇOS DO PETRÓLEO – 155 ANOS

Fonte:https://www.weforum.org/agenda/2016/12/155-years-
of-oil-prices-in-one-chart
DESAFIOS NA PRODUÇÃO MARÍTIMA

Caracterização do Reservatório e Engenharia

Perfuração de Poços e Completação

Engenharia Submarina

Garantia de Escoamento e Elevação Artificial

Unidades de Produção Flutuantes

Logística para o Gás Associado


DESAFIOS

Caracterização do Reservatório e Engenharia*

✓ Definição de qualidade do reservatório carbonático a partir de


dados sísmicos;
✓ Caracterização interna do reservatório, com foco nas principais
heterogeneidades;
✓ Recuperação secundária: viabilidade técnica da injeção de
água e/ou gás (realidade regional. Poços em terra no RN);
✓ Geomecânica das camadas adjacentes aos reservatórios.
DESAFIOS

Perfuração de Poços e Completação*

✓ Desvio de poços dentro da zona de sal;


✓ Fraturamento hidráulico em poços horizontais;
✓ Materiais de poço resistentes a elevados teores de CO2 (corrosão);
✓ Aumento da taxa de penetração no reservatório;
✓ Poços de longo afastamento.
DESAFIOS

Engenharia Submarina*

✓ Qualificação de risers flexíveis para LDA de 2200 m, considerando


a presença de CO2 e altas pressões;
✓ Cenários para: torre de risers, riser híbrido auto sustentado
(RHAS), riser de aço em configuração em catenária composta com
flutuador (SLWR), entre outras tecnologias;
✓ Qualificação de linhas termicamente isoladas para LDA de 2.200
m;
✓ Linhas para injeção de gás com CO2 em altas pressões.
DESAFIOS

Garantia de Escoamento e Elevação Artificial*

✓ Prevenir formação de hidratos;


✓ Deposição de parafinas ao longo das linhas de produção;
✓ Controle de incrustações;
✓ Administração da temperatura ao longo das linhas.
DESAFIOS

Unidades de Produção Flutuantes*

✓ Ancoragem em lâmina d’água de 2.200 m;


✓ Interação do riser com o sistema;
✓ Cenário para plataformas com acesso direto aos poços.
DESAFIOS

Logística para o Gás Associado*

✓ Materiais mais adequados para lidar com altas concentrações de


CO2.
✓ Gasoduto com mais de 18’’ em lâmina d’água de 2.200 m.
✓ Longa distância da costa (300 km).
✓ Cenário para novas tecnologias offshore.

* Fonte: Transparências Petrobras- Desafios do Pré-Sal. Autor: eng. Mario Campos


DESAFIOS

300 km de distância offshore

Fonte: Transparências Petrobras - Desafios do Pré-Sal. Autor: eng. Mario Campos


DESAFIOS
DESAFIOS
DESAFIOS
O QUE AINDA TEMOS QUE APRENDER?

TRANSFORMAÇÃO
DIGITAL

CONTROLE E
AUTOMAÇÃO DE
POÇOS*

ENERGIAS
RENOVÁVEIS**

* Fonte: JPT, março, 2015. Instalação de BM utilizando controle pump off


** Fonte: JPT, janeiro, 2017. Instalação “solar-a-vapor” utilizada para recuperação avançada de petróleo.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO – CONCEITOS BÁSICOS

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

SISTEMAS DE PRODUÇÃO
SISTEMADE PRODUÇÃO E PERDAS ASSOCIADAS
Fonte: Petrowiki
(http://petrowiki.org/index.php?title=Production_system&printable=yes)
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

FASES
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

✓Prospecção para a localização de áreas favoráveis à


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acumulação de petróleo e/ou gás em terra ou em mar;


✓ Realização de estudos das características dos
reservatórios comprovados, dos fluidos por ele produzidos
e de seus mecanismos de produção;
✓ Instalação de equipamentos para conduzir os fluidos até
a superfície e posteriormente os fluidos produzidos serão
medidos, tratados e separados para que possam ser
colocados à venda.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

DIVISÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE


PETRÓLEO

ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

➢ O reservatório, que é o meio poroso de acúmulo, composto por uma ou mais


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unidades de escoamento geológico interconectados, com características únicas


de armazenagem e escoamento;

➢ O poço, estrutura artificial com a finalidade de fazer a interface entre o


reservatório até as facilidades de superfície;

➢ As regiões próximas ao poço, na altura do reservatório;

➢ Os componentes de superfície instalados, tais como, a cabeça do poço, as


linhas de escoamento da cabeça do poço até as facilidades de superfície.
Separadores, bombas, compressores e outros equipamentos para tratamento e
medição, tanques de armazenamento e dutos instalados até os pontos de
venda.
1 . CONCEITOS BÁSICOS

Necessidades...

• Facilidades de operação
• Economicidade
• Distribuição adequada dos
poços
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O processo de transporte e escoamento (o que envolve a elevação) dos


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

hidrocarbonetos é dividido em três (3) etapas:


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1. O fluxo no meio poroso até o fundo do poço ou recuperação;

2. O fluxo do fundo do poço até a superfície ou cabeça do poço


denominado fluxo na coluna de produção ou ainda elevação;

3. O fluxo da cabeça do poço passando pelos reguladores de fluxo até


o separador, denominado coleta ou fluxo na linha de produção.

Essas três etapas estão interligadas entre si e a vazão a ser obtida do


poço é função do fluxo de fluido através do sistema como um todo.
TOPOLOGIA DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO
(ADAPTADO DE: Modelling and Optmization oF Oil and gas Production Systems, Jansen & Currie)

PROCESSOS INTERLIGADOS ENTRE SI

PROXIMIDADES LINHAS DE FACILIDADES DE


RESERVATÓRIO DO POÇO CHOKE PRODUÇÃO MANIFOLD SUPERFÍCIE DUTOS
RESERVATÓRIO
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ESQUEMA DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
DESENVOLVIMENTO DE
REGIÃO COM 3 SISTEMAS DE
PRODUÇÃO

Fonte: https://diariodopresal.wordpress.com/petroleo-e-gas/
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
PPgCEP/2022.2

Facilidades do sistema de produção


Fonte: DEVOLD H. Na introduction to oil and gas production, transport refining and petrochemical industry

1 – POÇOS TERRESTRES
2 – MULTIPLATAFORMAS;
3- PLATAFORMAS FIXAS;
4- PLATAFORMAS COM BASE DE CONCRETO;
5 – PONTO DE AMARRAÇÃO;
6 – TANQUE DE ARMAZENAMENTO
7 – PLATAFORMAS FLUTUANTES;
8 - MANIFOLDS
SISTEMAS DE PRODUÇÃO EM MAR
Fonte: DEVOLD H. Na introduction to oil and gas production, transport refining and
petrochemical industry
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OBJETIVOS DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
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“O conjunto formador do sistema de produção de


petróleo e gás deve ter como objetivo fundamental a
produção maximizada dos fluidos da maneira mais
econômica e viável possível”
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FUNÇÕES ESSENCIAIS DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE


PETRÓLEO E GÁS

✓ Promover a condução para escoamento de fluidos do


reservatório;
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✓ Separar os fluidos produzidos do reservatório uns dos


outros;
✓ Minimizar os efeitos negativos dos subprodutos;
✓ Medir as quantidades de fluidos produzidos e controlar
os processos de produção;
✓ Providenciar uma parte da energia requerida para
transportar o fluido através do sistema.
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ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

3
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FONTE: MARTERIAL MAURÍCIO PRADO


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1.2 ESCOAMENTO MULTIFÁSICO EM SISTEMAS DE ELEVAÇÃO


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

anos 1960 –
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início dos
estudos sobre
ESCOAMENTO
MULTIFÁSICO

líquido e gás
interagindo
no poço e
nos
reservatórios
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ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

DUAS OU MAIS FASES


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DIFERENTES VIAJANDO NA
TUBULAÇÃO

SEPARAÇÃO DEVIDO ÀS
DENSIDADES E
VISCOSIDADES DIFERENTES

EXPANSÃO DO GÁS, DECRÉSCIMO


DE PRESSÃO COM A ELEVAÇÃO E
PRODUÇÃO. INCREMENTO NA
PRODUÇÃO DE GÁS
CARACTERIZAÇÃO DAS
PROPRIEDADES DOS FLUIDOS

MEDIÇÃO DIRETA
Custos elevados, mais
preciso

MODELO COMPOSICIONAL
Óleos leves e gás, equilíbrio vapor/líquido,
mais rigoroso que o modelo black oil. Para
óleos voláteis e condensados

MODELO BLACK OIL


Hidrocarbonetos na fase líquida com gás dissolvido,
óleos escuros, não ocorre grande mudanças
composicionais em seu envelope de fases, massa
específica cte., óleos normais e pesados
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ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

CORRELAÇÕES BLACK OIL


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Massa específica constante

Com a redução de pressão, fluido vai


se tornando mais pesado

Número de dados de entrada reduzidos

Correlações desenvolvidas para


sistemas de óleo cru/gás/água

Conveniente no estudo da RGO,


vazão de água
48
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PROPRIEDADES IMPORTANTES PARA DEFINIÇÃO DO


MODELO BLACK OIL

PROPRIEDADE Nomenclatura
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razão de solubilidade Rs
fator volume de formação do óleo Bo
fator volume de formação do gás Bg

densidade relativa do gás dissolvido  gd

viscosidade do óleo o
viscosidade do gás g
pressão de saturação psat

fator de compressibilidade
Z

tensão superficial o
PADRÕES DE ESCOAMENTO

Previsão dos gradientes de pressão no escoamento multifásico

 dp   dp   dp   dp 
  =  +  + 
 dl tot  dl  fric  dl  elev  dl  ace

➢ Gradiente no monofásico
l
 dp   fv 2 
 + (gsen ) +  v 
dv
  = 
 dl tot  2d   dl 
➢ Gradiente no multifásico
 f f v 2f   dv f 
 dp 
  = 



+ ( f gsen ) + 
  v
f f

 dl tot  2d   dl 

➢ Grau API
141.5
densidade do óleo =  o =
(131.5+ oAPI )
PADRÕES DE ESCOAMENTO – FLUXO VERTICAL
(ocorrem na coluna de produção)

1 2 3 4 5
1 – Escoamento
monofásico
2 – Escoamento em
bolhas;
3 – Golfadas
4 – Transição
5 - Anular
Escoamento em bolhas
Fase gasosa distribuída e bolhas discretas em uma fase líquida contínua. Baseado na presença ou
não de escorregamento entre as fases pode ser classificado como em bolhas e bolhas dispersas;
Escoamento em golfadas
É caracterizado por uma série de slugs unitários. Cada unidade é composta por uma bolsa de
gás chamada bolha de Taylor, um tampão de líquido chamado slug e um filme de líquido
escoando. A bolha de Taylor é simétrica axialmente e ocupa quase toda área da seção
transversal do tubo;
Escoamento de transição (caótico)
É um escoamento caótico de gás e líquido em que a forma da bolha de Taylor e do slug estão
distorcidos. Nenhuma fase parece ser contínua. Direção de movimento oscilatória. Propriedades
da mistura variam bastante ponto a ponto;
Escoamento anular
Caracterizado pela continuidade da fase gás em um núcleo central, com um fino filme de líquido
ao longo das paredes da tubulação, com bolhas dispersas na fase contínua;
Escoamento em bolhas dispersas*
Pequenas bolhas na fase líquida. Fase predominante é a líquida e praticamente não existe
escorregamento. Semelhanças com o escoamento horizontal.
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Fonte: material/aulas de Maurício Prado sobre Fluxo Bifásico-Convenções-OPR


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Diâmetro
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

interno da
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tubulação
Vazão
Tensão
interfacial de
líquido

O QUE IRÁ
INFLUENCIAR
O
ESCOAMENTO
Viscosidade
dinâmica
MULTIFÁSICO?
RGO

Densidade
BSW do óleo,
grau API
ZONAS DE OPERAÇÃO NO ESCOAMENTO MULTIFÁSICO

GRADIENTE DE PRESSÃO HIPOTÉTICO NO ESCOAMENTO MULTIFÁSICO


FONTE: ANDREOLLI, I Introdução à elevação e escoamento multifásico
 Se não há grandes variações de velocidade de uma seção para outra o termo da aceleração
será negligenciado;
 Considerando as pressões e variando a pressão de fluido, tem-se o gráfico apresentado no
slide anterior;

Velocidades aumentam
pela redução de
diâmetros ou por injeção
de gás
• Holdup líquido baixo
• Gás não consegue • Escoamento tende ao
carrear o líquido intermitente devido à
• Efeito gravitacional redução do Holdup
grande líquido

Baixas vazões
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Ocorrência dos padrões de escoamento

•A partir do fundo do poço, com a pressão de fundo acima da pressão de bolha, apenas
existirá a fase líquida;
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•Com o poço em produção, o fluido escoa no sentido ascendente, as pressões declinam


resultando na liberação de algum gás dissolvido que aparece na forma de pequenas bolhas
na fase líquida contínua, caracterizando padrão de escoamento do tipo bolhas;

•Com a elevação ocorre a diminuição da temperatura e pressão, que resulta na expansão e


liberação de mais gás em solução. As bolhas agora serão maiores e coalescem umas com as
outras formando as bolhas de Taylor, grandes bolsas de gás que são separadas por
golfadas de líquido seguida por uma fase contínua de líquido (golfada ou slug flow);

•Nas regiões de pressão mais baixas as bolhas de Taylor se expandem, ocorre liberação de
mais gás, criando um escoamento bifásico caótico, o escoamento de transição ou churn flow;

•Vazão de gás aumenta até empurrar o líquido contra a parede do duto, o que caracteriza
o escoamento anular.
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PADRÕES DE ESCOAMENTO – FLUXO HORIZONTAL


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

(Geralmente na superfície, linhas de produção)


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PADRÕES DE ESCOAMENTO – FLUXO


HORIZONTAL
1 1 – Segregado estratificado
2 – Segregado ondulado
2 3 – Segregado anular
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

4 – Intermitente tampão
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3 5 – Intermitente golfada
6 – Distribuído bolhas
7 – Distribuído névoa
4
Na prática, corresponde ao escoamento
5 de superfície, desde a cabeça do poço
até o vaso separador, passando pela
linha de produção e pelo regulador de
6 fluxo

7
▪ Entre os padrões estratificado liso e ondulado a
diferença é a velocidade. Ocorrência para baixas
vazões de gás;
▪ Para os padrões intermitentes, ocorrerão pequenas
bolhas dispersas para o padrão golfada (vazões de
gás altas), no padrão bolhas alongadas não teremos
a existência das pequenas bolhas (baixas vazões de
gás);
▪ Padrão anular para altas vazões de gás.
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PADRÕES DE ESCOAMENTO – FLUXO NO


1 2 3 4 5 6
ANULAR Concêntrico
1- Bolhas
2 – Bolhas dispersas
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

3, 4 – Golfadas
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5 – Transição
6 - Anular

7 8 9 10 11
Excêntrico
7- Bolhas
8 – Bolhas dispersas
9 – Golfadas
10 – Transição
11 - Anular
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PADRÕES DE ESCOAMENTO E ÂNGULOS DE INCLINAÇÃO


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
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FONTE: ANDREOLLI, I Introdução à elevação e


escoamento multifásico
“Prever os padrões de escoamento em determinado local da tubulação é
fator primordial para cálculo das pressões e para o estudo do
comportamento do escoamento, pois em função das mudanças de pressão,
temperatura e transferência de fases, uma fase líquida no fundo do poço,
pode ser completamente transformada em uma fase contínua de gás na
cabeça do poço”

PREVISÃO

CORRELAÇÕES PARA O
ESCOAMENTO MULTIFÁSICO
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CORRELAÇÕES EMPÍRICAS PARA O ESCOAMENTO


MULTIFÁSICO
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

✓ Dados experimentais baseados em observações de pequenos


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diâmetros e comprimentos específicos de tubulações. Número


limitado de visualizações;

✓Experimentos a baixas pressões com ar e água;

✓ São observados os padrões de escoamento e a transição entre


estes. Mapas desenhados para e devem ser utilizados na
previsão do escoamento bifásico;

✓Primeiras correlações tratavam o escoamento como se fosse


uma mistura homogênea sem escorregamento entre as fases.
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MODELOS MECANICISTAS
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

✓ Determinação dos padrões de escoamento em várias


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profundidades da tubulação;

✓ Modelagem mecânica para os parâmetros do escoamento.


Não necessariamente é o método mais preciso;

✓ Consideração dos mecanismos básicos na transição entre os


padrões de escoamento;

✓ Não restringe as faixas de escoamento.


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Ocorrência dos padrões de escoamento


MAPAS DE PREVISÃO
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
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Mapa de padrão de escoamento horizontal para a correlação


de Beggs e Brill
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CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO

Baseadas em análise experimental, observação e dados de campo.


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

Tipo A
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• Não considera nem o escorregamento, nem os padrões de escoamento;

• Cálculo da densidade da mistura baseada na RGL na entrada;

• Considera líquido e gás viajando na mesma velocidade;

• Apenas o cálculo do fator de fricção é bifásico.

Exemplos de modelos:
Poetman & Carpenter
Baxendell & Thomas
Fancher & Brown

Equação básica (escoamento vertical, mistura homogênea sem


escorregamento)
 dp   f n vm2 
  =   + ( n gsen )
 dl tot  2d 
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CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO

Mapa para o cálculo do fator de fricção para correlações do


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

tipo A
UFRN/PPGCEP/2018.2

70
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

Tipo B
UFRN/PPGCEP/2018.2

Considera o escorregamento entre as fases;


Não considera os padrões de escoamento;
Correlações para o holdup e fator de fricção;
Velocidade de líquido e gás diferentes.

Exemplos de modelos:  dp   f n2 v m2    v 2m 
 + ( s g ) +   s
( )
  =   

Hagedorn & Brown  dl  tot  2  s d   2dl 

Gray onde :

Asheim ( )
 v 2m = v 2m1 − v 2m 2

Equação básica (metodologia baseada em experimentos com poço de


71
1500 pés (ft), vertical, Hagedorn e Brown)
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CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

Tipo C
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Leva em consideração tanto os padrões de escoamento como o


escorregamento entre as fases;
Correlações para prever o fator de fricção, holdup e padrões de
escoamento.

Exemplos de modelos
Duns& Ros
 dp   dp   dp 
Orkiszewski   =   + ( s g )ele +  
 dl  tot  dl  fric  dl  ace
Aziz et al.
Beggs and Brill
Murkerjee & Brill

72
Equação básica (poços verticais)
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CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
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Mapa para o cálculo do fator de fricção para correlações do tipo C


Modelo Duns & Ros
Monitoramento de Injeção Através de Perfis de
Temperatura Distribuída

Problema: medir as vazões nas regiões de canhoneados em poços de injeção


de água multizonas.

Objetivosde estudo:
 Avaliar uma forma de obtenção da distribuição das vazões de injeção em poços
injetores multizonas utilizando perfis de temperatura versus profundidade;
 Substituir métodos tradicionais como os baseados em flowmeter ou traçadores
radiativos, que apresentam alto custo e/ou pouca precisão, na análise da distribuição das
vazões de injeção em poços injetores multizonas;
 Desenvolver um programa computacional que permita análise e diagnóstico de perfis
de temperatura distribuída ao longo de toda a profundidade de poços injetores multizonas,
de modo a auxiliar na avaliação da distribuição das vazões entre elas.
Monitoramento de Injeção Através de Perfis de
Temperatura Distribuída

Esquema de injeção de água em campo de produção de petróleo. Vista superior e esquema em corte.
Monitoramento de Injeção Através de Perfis de
Temperatura Distribuída

Sistema típico de injeção de água composto de poço produtor de água e poço injetor de água em múltiplas zonas.
Controle de injeção feito na superfície. VSD utilizado no controle da operação. Rguladores de fluxo controlam a vazão.
Monitoramento de Injeção Através de Perfis de
Temperatura Distribuída

Esquema Longitudinal de injeção. Perfis geotérmico e de temperatura do fluido. Transmissão através das camadas
de cimentação, do anular, parede da coluna, do revestimento e rochas.
Equação de Ramey para poços injetores
Monitoramento de Injeção Através de Perfis de
Temperatura Distribuída

Esquema real do poço injetor


MODELAGEM DO ESCOAMENTO MULTIFÁSICO

Propriedades dos fluidos – fases

holdup líquido (relação do volume do segmento do duto ocupado por líquido e


o volume total do duto)
volume ocupado pelo líquido
HL =
volume do segmento da tubulação

holdup sem escorregamento, fases viajando com a mesma velocidade, sem


escorregamento
ql
l =
ql + q g
fração de óleo (óleo e água viajando simultaneamente na tubulação)
qo
fo =
qo + q w
e
f w = 1 − fo
MODELAGEM DO ESCOAMENTO MULTIFÁSICO

Propriedades dos fluidos – fases


velocidades superficiais (fase ocupando completamente a área da seção da
tubulação)
ql qg
vsl = ; vsg = ;
Ap Ap
velocidades da mistura (sem escorregamento entre as fases)
ql + q g
vm = ou vm = vsl + vsg
Ap
Em função da consideração do não escorregamento entre as fases, ambos, gás e
líquido devem viajar em termos da velocidade da mistura (v ).
m

Ocorrência:
• Escoamentos altamente turbulentos
FLUIDO EXISTE COMO
• Padrão de bolhas dispersas (altas velocidades) UMA MISTURA
• Padrão de escoamento anular HOMOGÊNEA 82
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equações básicas do escoamento multifásico


ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2

velocidades considerando o escorregamento, (slippage). Velocidades


diferentes entre gás e líquido
vsl vsg
vl = ; vg = ;
Hl (1 − H l )
vs = v g − vl

slip velocity
gás viajando a uma velocidade maior que a da mistura e
líquido viajando a uma velocidade menor que a da mistura

Ocorrência:
Padrões de escoamento do tipo bolha e do tipo golfada (subida)
83
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Propriedades dos fluidos – fases


Para qualquer propriedade da mistura líquido

Mistura óleo-água, considerando modelo black-oil ou


SISTEMAS DE PRODUÇÃO

composicional, o não escorregamento entre óleo e água


PPgCEP/2022.2

proplíquido = propóleo ( f o ) + propágua (1 − f o )


 l = ( o f o ) + ( w f w ) Tratamento diferenciado
 l = ( o f o ) + ( w f w ) para fluidos imiscíveis e
não-newtonianos
l = ( o f o ) + ( w f w )
Mistura gás-líquido, equações considerando o não
escorregamento
 n = ( l  l ) +  g (1 − l )
Utilizada na grande
 n = ( l  l ) +  g (1 − l ) maioria das correlações

 n = (l  l ) +  g (1 − l )
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Mistura gás-líquido, equações considerando o


escorregamento
 s = ( l H l ) +  g (1 − H l )
 s = ( l H l ) +  g (1 − H l )
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

( )(
 s = ( l H l ) +  g (1 − H l ) ou  s =  l H  g (1− H )
l l
)
PPgCEP/2022.2

eq. de Arrhenius: utilizada p/


correlação de Hagedorn
Brown

Observação importante !!!!


Vários métodos podem ser utilizados para
definir as propriedades da mistura.
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Equações adicionais para o cálculo das vazões, baseadas no modelo black oil, em
condições padrão (sc; 14,7 psia; 60o F).

(
qo = qosc Bo )
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Vazão de óleo
PPgCEP/2022.2

Vazão de água (
q w = q wsc Bw )

Vazão de gás ( )
q g = q g sc − qosc Rs − qwsc Rsw Bg
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

EXERCÍCIO
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2

Óleo e gás natural escoam em uma tubulação de


5.1 cm de diâmetro. A vazão total de óleo e gás natural é
de 0.025 m³/min e 0.25 m³/min respectivamente. O holdup
líquido com escorregamento é de 0.35. Determine:

a) As velocidades superficiais do gás e do líquido,


velocidade da mistura e o holdup sem escorregamento;
b) Velocidade das duas fases;
c) A velocidade de escorregamento entre as fases.
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Solução d2 0.0512
A= = = 0.002043 m 2
4 4
q
a) v sl = l =
(0.025 / 60) = 0.20 m / s
A 0.002043
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

q g (0.25 / 60)
v sg = = = 2.04 m / s
A 0.002043
PPgCEP/2022.2

v m = v sg + v sl = 2.24 m / s
v sl 0.2 0.025
l = = = 0.09 ou l = = 0.09
v m 2.24 (0.025 + 0.25)

v sl 0.2
b) vl = = = 0.57 m / s
H l 0.35
v sg 2.04
vg = = = 3.14 m / s
(1 − H l ) 0.65
c) v s = v g − vl = 3.14 − 0.57 = 2.57 m / s
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EXERCÍCIO
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2

Considere o escoamento vertical bifásico, em uma tubulação de seção transversal


circular de 3.8 cm de diâmetro. Calcule o Holdup líquido (Hl) com escorregamento,
sabendo que:
✓ a vazão de água (ql) é 0.0006m³/s;

✓ a vazão de ar (qg) é de 0.0015m³/s

✓ aceleração da gravidade (g) é igual a 9.81 m/s²

✓ a massa específica da água (ρl) é 1000 kg/m³

✓ a massa específica do ar (ρg) é igual a 1.3 kg/m³

✓ A tensão superficial (σ) é igual a 0.079 N/m

✓ a velocidade de escorregamento pode ser escrita da forma:

 ( l −  g )g 
0.25

v s = 1.8 
 l 2

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ql 0.0006
l = =
(ql + q g ) (0.0006 + 0.0015) = 0.2857

com escoregamento
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

 (1000 − 1.3)9.81(0.079) 
0.25

v s = 1.8  = 0.30 m / s
 1000 2
PPgCEP/2022.2

q 0.0006
v sl = l = = 0.529 m/s
A 0.001134
qg 0.0015
v sg = = = 1.323 m / s
A 0.001134
 v sg v 
v s = v g − vl =  − sl  = 0.30
 (1 − H l ) (H l )
 1.323 0.529 
 −  = 0.30
 (1 − H l ) ( H )
l 

H l = 0.3209
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Exercício
Calcule o gradiente de pressão para o escoamento
multifásico a seguir. Utilizar a correlação de Poettman e
Carpenter.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

q = q = 0.778 ft / s 3

Dados: l o

q g = 0.757 ft 3 /s
PPgCEP/2022.2

 l = 47.61 lbm / ft 3
 g = 5.88 lbm / ft 3
d = 6 in = 0.5 ft
(
g c = 32.2 lbm.ft/ lbf.s 2 )
Roteiro: g = 32.2 ft/s 2

1 – Cálculo da fração de volume líquido (sem escorregamento)


2 – Densidade da mistura (sem escorregamento)
3 – Cálculo das velocidades superficiais
4 – Determinação do fator fricção
5 – Determinação da perda de carga
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
➢ No sistema de unidades Inglês Técnico ou de Engenharia, a
constante de proporcionalidade deve ser introduzida na equação:

p ρu f u du
2
g
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

= − sen − −
x gc 2 g c D g c dx
PPgCEP/2022.2

Onde:

g c = 32 .2 ft .lbm /(lbf .s 2 ) = constante de proporcionalidade


Unidade de força é a libra-força (lbf)
Unidade de massa é a libra-massa (lbm)
A unidade de comprimento é o pé ou foot (ft)
A unidade de tempo é o segundo (s)
A unidade de temperatura é o grau Rankine
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

ql 0.778
l = =
(ql + q g ) (0.778 + 0.757) = 0.507
 n =  l (l ) +  g (1 − l )
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

 n = 47.61(0.507) + 5.88(1 − 0.507 ) = 27.03lbm / ft 3


PPgCEP/2022.2

ql 0.778
v sl = = = 3.97 ft/s
A 0.196
q g 0.757
v sg = = = 3.86 ft / s
A 0.196
v m = 3.97 + 3.86 = 7.83 ft / s
fator de fricção :
f = F (  n , vm , d )
( n )(vm )(d ) = 27.04(7.83)(0.5) = 105.86lbm / ft( s)
f = 0.0068
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

 dp   f n vm2 
  =   + ( n gsen )
 dl tot  2d 
 0.0068(27.04 )7.832   27.0432.2(1) 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

 dp 
  =  +  = 0.35 + 27.04
 tot 
dl 2 (32.2 )0.5 
  32.2 
PPgCEP/2022.2

 dp 
  = 27.39 psf / ft
 dl tot
ou
0.19 psi / ft
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
PPgCEP/2022.2
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

 

FBx = − gsen 2rdrdx

r FBx 
x,z 
g

SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Volume de
x´,z´
controle
diferencial
 anular
PPgCEP/2022.2

p dVx  rx
= − Vx −2 − gsen
x dx r
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Adimensionais importantes nas correlações do tipo “B” e “C”. Previsão do Hl.


Número da velocidade do líquido
 l 
N lv = vsl  4 

 g l 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

DUNS & ROS e HAGEDORN &


Número da velocidade do gás BROWN
PPgCEP/2022.2

 l 
N gv = vsg  4 
  f n2 v m2  ( )
  v 2m 
 g l 
 dp   + ( s g ) +   s
  =   

 dl  tot  2  s d   2dl 
Número do diâmetro do duto
onde :
 l g  ( )
 v 2m = v 2m1 − v 2m 2
N d = d  

 l 
Número da viscosidade do líquido
 g 
N l = l  4 
  3 
 l l 
CORRELAÇÕES PARA O ESCOAMENTO MULTIFÁSICO Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Para se obter consistência dimensional

Número da velocidade do líquido


 l  Onde:
N lv = 1.938vsl  4 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO


 l  Velocidade em ft/s
Número da velocidade do gás (pés/s)
PPgCEP/2022.2

 l  Viscosidade em cp
N gv = 1.938vsg  4 

(centipoise)
 l  Tensão superficial em
dina/cm (dina/cm)
Número do diâmetro do duto
Massa específica em
 l 
N d = 120.872d   lbm/ft³ (libra massa/pé
  
 l  cúbico)
Número da viscosidade do líquido Diâmetro em ft (pés)
 1 
N l = 0.15726 l  4 
  3 
 l l 
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Exercícios
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Primeiro a prever o comportamento para dutos inclinados a


partir da horizontal, incluindo poços direcionais
f n v m2
+  s gsen
p 2 d
= BEGGS & BRILL
z 1 − Ek
v m v sg  n
SISTEMAS DE PRODUÇÃO

onde : E k =
p
PPgCEP/2022.2

Determinação do padrão de escoamento. Relacionado com o


Número de Froude e o holdup sem escorregamento
Segregado
Transição
Intermitente   0.01 e N  L ou   0.01 e N  L
L1 = 316 l
0 , 3012
l FR 1 l FR 2

Distribuído − 2 , 468
L2 = 0,000925l
l  0.01 e L2  N FR  L3
−1, 452
L3 = 0,10l
0.01  l  0.4 e L3  N FR  L1 ou l  0.4 e L3  N FR  L4 L4 = 0,5l
− 6 , 738

l  0.4 e N FR  L1 ou l  0.4 e N FR  L4
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

OBSERVAR QUE:

f n vm2
+  s gsen
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO

p 2 d
UFRN/PPGCEP/2018.2

=
z 1 − Ek
vm vsg  n
onde : Ek =
p

Ek Termo relativo à energia cinética do sistema,


utilizado no equacionamento de problemas
para fluidos compressíveis.

Número de Mach =1, condições sônicas. Choque,


termo do gradiente de pressão infinito

Número de Mach >1, incorreto


Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Mapa dos padrões de escoamento horizontais para Beggs e Brill


SISTEMAS DE PRODUÇÃO
PPgCEP/2022.2
ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
UFRN/PPGCEP/2018.2
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

Coeficientes para o cálculo do


Holdup líquido
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
PPgCEP/2022.2

Coeficientes para
cálculo de C
Carla Wilza Souza de Paula Maitelli

abl
H l (0) = c
N Fr
Considera a inclinação da tubulação
H l ( ) = H l ( 0) 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO


 = 1 + C sen(1.8 ) − 0.333sen 3 (1.8 ) 
C = (1 − l ) ln elf N LV ( ) (equação válida para o caso de C  0)
PPgCEP/2022.2

g h
N FR
f
= es
fn
l
y=
H  l ( )
2

ln( y )
s=
− 0.0523 + 3.182 ln( y ) − 0.8725(ln y ) 2 + 0.01853(ln y ) 4
(verificar descontinuidades para os casos estudados)
Observações importantes - correlação de Beggs e Brill

 Correlação de Payne et al. – correção em função da rugosidade da


tubulação. Diferentes condições para escoamenos ascendentes ou
descendentes (poços produtores ou injetores).

Se   0
H L ( ) = 0,924 H L ( )
Se   0
H L ( ) = 0,685H L ( )

 O resultado obtido para H L ( ) não devrá ser menor que L


Observações importantes - correlação de Beggs e Brill

 Se o padrão de escoamento cair na região de transição, o holdup líquido


deverá ser interpolado entre os valores do intermitente e segregado.

H L ( ) Tr = AH L ( ) Seg + (1 − A) H L ( ) Int
onde,

L3 − N Fr
A=
L3 − L2

 O resultado obtido para H L ( ) não deverá ser menor que L


ATIVIDADE

1) Pesquisar e apresentar equipamentos para um sistema de


produção completo (onshore e offshore. Ex:manifold, ANM, ILT,
PLEM, PLET, PIG, separadores, mandris, risers, etc);

2) Um poço vertical com profundidade de 2900 metros produz


18050 m³/d de óleo, em uma coluna de produção com
diâmetro=10 polegadas, pressão de separação=2 bar, API=32
e RGO= 100 m³/m³, BSW=0%. Faça um estudo de
sensibilidade, variando: vazão de líquido, diâmetro, API, BSW e
RGO. Utilizem as correlações de escoamento determinadas em
sala de aula.

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