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MACAÉ, RJ - BRASIL
MARÇO 2018
i
METODOLOGIA PARA SELEÇÃO DE TURBINAS A GÁS ACIONADORAS DE
COMPRESSORES CENTRÍFUGOS E SUA APLICAÇÃO NA ELEVAÇÃO
ARTIFICIAL DE PETRÓLEO EM UNIDADES PRODUTIVAS OFFSHORE
Examinada por:
________________________________________________
Prof. Dra. Raquel Lobosco - Orientadora.
________________________________________________
M. Sc. Nikolas Lukin – Co orientador.
________________________________________________
M. Sc. Marcelo Silva
________________________________________________
Prof. Necésio Gomes Costa, PhD em materiais
MACAÉ, RJ - BRASIL
MARÇO 2018
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AGRADECIMENTOS
A minha família, que com muito amor e união, não mediram esforços para que eu
chegasse a essa etapa da minha vida
Аоs meus amigos, por toda alegria e sofrimento compartilhados durante essa
jornada.
A todos os meus professores, qυе desde o ensino fundamental, foram
demasiadamente importantes para minha formação acadêmica.
Aos meus colegas de trabalho da MAN Diesel & Turbo Brasil, que compartilharam
comigo seus conhecimentos e me incentivaram na elaboração deste trabalho.
A minha orientadora Raquel Lobosco e meu co orientador Nikolas Lukin, pela
paciência nа orientação, qυе tornaram possível а conclusão deste trabalho.
Ao Curso dе Engenharia dа UFRJ Campus Macaé, е às pessoas cоm quem convivi
nesses espaços ао longo desses anos.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu
muito obrigado.
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Valinhas, Breno Graça
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vii
METODOLOGIA PARA SELEÇÃO DE TURBINAS A GÁS ACIONADORAS DE
COMPRESSORES CENTRÍFUGOS E SUA APLICAÇÃO NA ELEVAÇÃO
ARTIFICIAL DE PETRÓLEO EM UNIDADES PRODUTIVAS OFFSHORE
Março/2018
Palavras chave: Turbina a gás, gas lift, compressor centrífugo, gás natural
viii
ix
METHODOLOGY FOR THE SELECTION OF GAS TURBINES FOR DRIVING
CENTRIFUGAL COMPRESSORS AND THEIR APPLICATION IN THE ARTIFICIAL
ELEVATION OF OIL IN OFFSHORE PRODUCTION UNITS
March/2018
x
xi
NOMENCLATURA
𝜂 Eficiência -
ρ Massa Específica 𝑘𝑔/𝑚³
𝑝 Pressão 𝑏𝑎𝑟
𝑇 Temperatura °𝐶
ℎ Entalpia 𝐽
𝑍 Fator de Compressibilidade -
𝑐𝑝 Calor específico à pressão constante 𝐽/( 𝑘𝑔. 𝐾 )
𝑐𝑣 Calor específico à volume constante 𝐽/( 𝑘𝑔. 𝐾 )
𝑀 Massa Molecular 𝑘𝑔/𝑚𝑜𝑙
𝑅 Constante Específica do gás 𝐽/𝑚𝑜𝑙
𝑅𝑚𝑜𝑙 Constante Universal dos Gases 𝐽/(𝑘𝑚𝑜𝑙 𝐾)
𝑉 Vazão Volumétrica 𝑚³/𝑑𝑖𝑎
𝑣 Volume Específico 𝑚³/𝑘𝑔
𝑤 Fator Acêntrico -
𝑦 Trabalho Específico (Head) 𝑘𝐽/𝑘𝑔
g Aceleração local da gravidade 𝑚/𝑠²
c Velocidade 𝑚/𝑠
∆ Variação -
𝑠 Entropia 𝐽/𝐾
𝑦 Fração Molar %
𝑚̇ Vazão mássica 𝑘𝑔/𝑠
𝑢 Energia Interna J
𝑘 Coeficiente Isoentrópico -
𝑛 Coeficiente politrópico -
𝑁 Quantidade -
𝑃 Potência 𝑀𝑊
𝑞 Calor específico 𝐽
𝑄 Calor kJ
𝛱 Razão de compressão -
𝑃𝐶𝐼 Poder Calorífico Inferior 𝑘𝐽/𝑘𝑔
𝑃𝐶𝑆 Poder Calorífico Superior 𝑘𝐽/𝑘𝑔
𝐻𝑅 Aporte de Calor (Heat Rate) 𝑘𝐽/𝑘𝑊. ℎ
𝑓 Função -
𝐻𝑐 Poder calorífico 𝑘𝐽/𝑘𝑔
𝐵𝑃 Baixa Pressão -
𝐴𝑃 Alta Pressão -
xii
Subescritos Descrição
0 Condições ambiente
1 Sucção
2 Descarga
𝑎𝑚𝑏 Condições ambiente
r Reduzido
c Pseudo-crítico
𝐿 Vazamentos
𝑐𝑜𝑛𝑑 Condensado
𝑁 Condição Normal
𝑚í𝑛 Mínima
𝑚á𝑥 Máxima
𝐼𝑆𝑂 Condições ISO
𝑟𝑒𝑣 Reversível
𝑠 Isoentrópico
𝑝 Politrópico
𝑝𝑟 Processo de compressão de referência
𝑔á𝑠 gás
𝑚𝑒𝑐 Perdas Mecânicas
𝑇 Isotérmico
𝐴𝑃𝐼 Condições API-617
𝑐𝑜𝑚𝑝 Compressor
𝑡𝑢𝑟𝑏 Turbina
𝑐𝑜𝑚𝑏 Combustível
𝑇𝑟 Trens de compressão
𝐸𝑠 Estágios de compressão
𝑒𝑖𝑥𝑜 Eixo
𝐺 Superior “gross”
𝑁 Inferior “net”
𝑠𝑢𝑏 Subsidiário
𝑖𝑛 Entrada
𝑜𝑢𝑡 Saída
xiii
LISTA DE FIGURAS
xiv
FIGURA 41 – CICLO COM RESFRIAMENTO INTERNO ........................................................ 57
FIGURA 42 – CICLO COM INJEÇÃO DE VAPOR. ................................................................ 58
FIGURA 43 – COMPRESSOR AXIAL DE UMA TURBINA A GÁS INDUSTRIAL DA GE. ................ 59
FIGURA 44 – ESQUEMA DE UMA CÂMARA DE COMBUSTÃO. .............................................. 60
FIGURA 45 – DISTRIBUIÇÃO DE AR NUMA CÂMARA DE COMBUSTÃO SIMPLE. ...................... 60
FIGURA 46 – CUSTO TÍPICO DE COMBUSTÍVEL POR MILHÕES DE BTUS. ........................... 61
FIGURA 47 – METALURGIA DE PALHETAS. ..................................................................... 61
FIGURA 48 – PALHETAS ARREFECIDAS. ........................................................................ 62
FIGURA 49 – TURBO VENTILADOR PW400 – SISTEMA DE PROPULSÃO DO AIRBUS A330. . 63
FIGURA 50 – TURBINA PESADA. ................................................................................... 63
FIGURA 51 – TURBINA AERO DERIVADA. ........................................................................ 64
FIGURA 52 – TURBINA INDUSTRIAL; .............................................................................. 64
FIGURA 53 – TURBINA PEQUENA; ................................................................................. 65
FIGURA 54 – MICRO TURBINA. ..................................................................................... 65
FIGURA 55: CONJUNTO DE SISTEMA BM. ...................................................................... 68
FIGURA 56: CONJUNTO DE SISTEMA BCP. .................................................................... 69
FIGURA 57: CONJUNTO DE SISTEMA BCS. .................................................................... 70
FIGURA 58: POÇO OPERADO POR GAS LIFT. .................................................................. 71
FIGURA 59: SISTEMA TÍPICO DE GAS LIFT. ..................................................................... 72
FIGURA 60 – PLANTA DE GÁS LIFT. ............................................................................... 74
FIGURA 61 – PLANTA DE TURBO-COMPRESSÃO PARA GAS LIFT. ..................................... 74
FIGURA 62 - DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DA METODOLOGIA DE SELEÇÃO DE TURBINAS A GÁS
PARA COMPRESSORES CENTRÍFUGOS. ................................................................... 75
FIGURA 63 – POTÊNCIA DE EIXO PARA A THM 1304-10. ............................................... 82
FIGURA 64 – HEAT RATE X POTÊNCIA DE EIXO – THM 1304-10 – CONDIÇÕES ISO. ....... 82
FIGURA 65 – HEAT RATE X POTÊNCIA DE EIXO – THM 1304-10 – CONDIÇÕES ISO. ....... 83
FIGURA 66 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO DE PGP-1 ............................................................ 84
FIGURA 67 - HISTÓRICO DE PRODUÇÃO DE GAROUPA. ................................................... 85
FIGURA 68 – PLANTA DE TURBO COMPRESSÃO DE PGP-1 ............................................. 86
FIGURA 69 - PLANTA DE TURBO COMPRESSÃO DE GAROUPA COM UM TREM OPERANDO
COMPRIMINDO TODO O GÁS. CENÁRIO A. ............................................................... 88
FIGURA 70 - PLANTA DE TURBO COMPRESSÃO DE GAROUPA COM DOIS TRENS OPERANDO EM
PARALELO DIVIDINDO IGUALMENTE A MASSA DE GÁS. CENÁRIO B. ............................ 88
FIGURA 71 - COMPARAÇÃO ENTRE O DADOS OPERACIONAIS REAIS E O HEAD POLITRÓPICO
CALCULADO PARA CADA SITUAÇÃO PARA O COMPRESSOR DE BAIXA PRESSÃO. .......... 97
FIGURA 72 - COMPARAÇÃO ENTRE O DADOS OPERACIONAIS REAIS E O HEAD POLITRÓPICO
CALCULADO PARA CADA SITUAÇÃO PARA O COMPRESSOR DE BAIXA PRESSÃO. .......... 97
FIGURA 73 – SET DE GERAÇÃO ELÉTRICA SATURN 20 .................................................. 103
FIGURA 74 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA SATURN 20 .................................. 103
FIGURA 75 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA SATURN 20 ........... 104
FIGURA 76 – TURBINA SOLAR CENTAUR 40 ................................................................ 104
FIGURA 77 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA CENTAUR 40 ................................ 105
FIGURA 78 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA CENTAUR 40 ......... 105
FIGURA 79 – TURBINA SOLAR CENTAUR 50 ................................................................ 106
FIGURA 80 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA CENTAUR 50 ................................ 106
FIGURA 81 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA CENTAUR 50 ......... 107
FIGURA 82 – TURBINA SOLAR TAURUS 60 .................................................................. 107
FIGURA 83 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA TAURUS 70 .................................. 108
FIGURA 84 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA TAURUS 60 ........... 108
FIGURA 85 – TURBINA SOLAR TAURUS 70 .................................................................. 109
xv
FIGURA 86 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA TAURUS 70 .................................. 109
FIGURA 87 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA TAURUS 70 ........... 110
FIGURA 88 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA THM 1304-8 ........ 110
FIGURA 89 – TURBINA MAN THM 1304-10................................................................ 111
FIGURA 90 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA THM 1304-10 ............................. 111
FIGURA 91 – SET DE TURBO COMPRESSÃO MARS 90 ................................................... 112
FIGURA 92 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA SOLAR MARS 90........................... 112
FIGURA 93 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA MARS 90............... 113
FIGURA 94 – SET DE TURBO GERAÇÃO MARS 100 ....................................................... 113
FIGURA 95 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA MARS 100 ................................... 114
FIGURA 96 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA MARS 100............. 114
FIGURA 97 – SET DE TURBO GERAÇÃO TITAN 130 ....................................................... 115
FIGURA 98 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA TITAN 130.................................... 115
FIGURA 99 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA TITAN 130 ............. 116
FIGURA 100 – TURBINA GE LM-2500 ........................................................................ 116
FIGURA 101 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA LM2500. ................................... 116
FIGURA 102 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA LM2500 ............. 117
FIGURA 103 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA PGT-25.............. 117
FIGURA 104 – TURBINA GE SGT-800........................................................................ 118
FIGURA 105 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA TRENT 60. ................................. 118
FIGURA 106 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA SG-T800............ 119
FIGURA 107 – TURBINA MAN FT08 ........................................................................... 120
FIGURA 108 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA FT08 .................. 120
FIGURA 109 – TURBINA SIEMES TRENT 60. .............................................................. 121
FIGURA 110 – CURVAS DE DESEMPENHO DA TURBINA TRENT 60. ................................. 121
FIGURA 111 – CURVA PARAMETRIZADA DE DESEMPENHO DA TURBINA TRENT 60 ........... 121
xvi
LISTA DE TABELAS
xvii
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................. 3
1.2 ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO ................................................................. 4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................... 5
2.1 FUNDAMENTOS DO GÁS NATURAL ............................................................ 5
2.1.1 Origem e composição .................................................................... 5
2.1.2 Propriedades Termodinâmicas dos gases ..................................... 6
2.2 COMPRESSORES DE GÁS NATURAL ......................................................... 15
2.2.1 Tipos de Compressores............................................................... 15
2.2.2 CaracterÍsticas de Funcionamento .............................................. 19
2.2.3 Vazão de gás Comprimido .......................................................... 28
2.2.4 processo de compressão............................................................. 30
2.2.5 Potência e Eficiência ................................................................... 40
2.2.6 Instabilidades em compressores dinâmicos ................................ 42
2.2.7 Curvas e mapas de desempenho ................................................ 43
2.2.8 Acionadores ................................................................................. 45
2.2.9 Design de plantas ........................................................................ 46
2.2.10 Seleção de compressores ........................................................... 50
2.3 TURBINAS A GÁS ................................................................................... 52
2.3.1 Princípios de Funcionamento ...................................................... 52
2.3.2 Características Construtivas ........................................................ 59
2.3.3 Tipos e aplicações ....................................................................... 62
2.3.4 Considerações sobre Desempenho............................................. 65
2.4 O GÁS NATURAL NA ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO .......................... 67
2.4.1 Métodos de elevação artificial de petróleo ................................... 67
2.4.2 O método de gas lift..................................................................... 70
2.4.3 Tipos de Gas Lift.......................................................................... 72
2.4.4 Influência dos parâmetros de produção no escoamento de óleo 73
2.4.5 Considerações sobre a planta de Turbo-compressão para Gas lift
73
DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 75
3.1 METODOLOGIA ...................................................................................... 75
3.1.1 Dados de entrada ........................................................................ 75
3.1.2 Cálculo das propriedades dos gases ........................................... 79
3.1.3 Cálculo da potência De Gás ........................................................ 80
3.1.4 Cálculo da potência de eixo requerida......................................... 81
3.1.5 Cálculo do consumo de combustível ........................................... 81
3.2 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA EM UM CENÁRIO REAL ................................ 83
3.2.1 A unidade de produção offshore PGP-1 ...................................... 84
3.2.2 Planta de Compressão de PGP-1................................................ 85
3.2.3 Parâmetros da Planta de compressão de PGP-1 ........................ 86
3.2.4 Descrição de situações para aplicação da metodologia .............. 87
RESULTADOS .......................................................................................... 91
4.1 ESCOLHA DA TURBINA ............................................................................ 92
4.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS COMPRESSORES .......................................... 96
xviii
CONCLUSÕES.......................................................................................... 99
PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO FUTURO .................................. 100
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 101
ANEXO A – CURVAS DE PERFORMANCE DAS TURBINAS A GÁS ........ 103
ANEXO B – CÓDIGOS DE IMPLEMENTAÇÃO DOS CÁLCULOS ............. 122
xix
INTRODUÇÃO
A proposição deste trabalho é avaliar métodos de seleção de turbinas a gás
acionadoras de compressores centrífugos e suas principais aplicações.
1 https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/?ibp_pdados_do_setor_setor=petroleo Acesso:
18/02/2018
1
Figura 2 – Balanço de gás natural no Brasil.
2 https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/?ibp_pdados_do_setor_setor=gas-natural Acesso:
18/02/2018
2
Figura 3 – Áreas de aplicação de compressores industriais.
Turbinas a gás são uma excelente opção de força motriz para acionamento de
compressores industriais de grande porte. Este conjunto turbina/compressor é
comumente chamado de turbo compressor, ou simplesmente TC, e são aplicadas
principalmente em locais onde exista gás natural disponível como combustível ou onde
o peso da máquina é um fator limitante, como em unidades de produção de petróleo
offshore, pois as turbinas a gás apresentam uma boa relação entre peso e potência
entregue comparado a outras fontes de acionamento.
1.1 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo principal desenvolver uma metodologia para
seleção de turbinas a gás, com o menor consumo de combustível, acionadoras de
compressores centrífugos através do cálculo de potência requerida pelos compressores
e vazão de combustível consumida na turbina. A metodologia engloba os principais
conceitos sobre fundamentos do gás natural, compressores de gás natural e turbinas a
gás.
3
1.2 ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO
Primeiramente, no capítulo 2, serão apresentados os principais conceitos
necessário para o bom entendimento da metodologia desenvolvida e da discussão dos
resultados.
4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5
Tabela 1 - Composição Típica do Gás Natural.
Fonte: (2)
𝑝 – Pressão absoluta
𝑣 – Volume específico 𝜌 = 1 / 𝑣 (densidade)
𝑇 - Temperatura termodinâmica (absoluta)
𝑐²
ℎ𝑡𝑜𝑡 = ℎ + + 𝑔𝑧 Eq. (1)
2
6
Uma vez que, no caso dos gases, pressão e temperatura estão relacionados um
ao outro na curva de saturação, uma dessas duas variáveis de estado é suficiente
aqui para a determinação.
Entropia
𝑑ℎ − 𝑣 𝑑𝑝
𝑑𝑠 = Eq. (2)
𝑇
𝑅𝑚𝑜𝑙
𝑅= Eq. (3)
𝑀
Para uma mistura de gases a massa molecular pode ser obtida a partir da equação:
𝑁
∑ 𝑀𝑖 . 𝑦𝑖
Eq. (4)
𝑖=1
Pressão Constante, 𝐶𝑝
7
𝜕ℎ
𝑐𝑝 = ( ) Eq. (5)
𝜕𝑇 𝑝
Volume Constante, 𝐶𝑣
𝜕𝑢
𝑐𝑣 = ( ) Eq. (6)
𝜕𝑇 𝑣
Onde 𝑢 é a energia interna específica, que é a energia total do sistema num dado
estado e difere da entalpia, que descreve a energia interna total de um sistema
Fonte: (4)
𝑇
𝑇𝑟 = Eq. (7)
𝑇𝑐
𝑃
𝑃𝑟 = Eq. (8)
𝑃𝑐
8
Para uma mistura de gases temos:
𝑃𝑐 = ∑ 𝑃𝑐𝑖 𝑦𝑖
Eq. (9)
𝑖
𝑣 𝜕𝑝
𝑘 = − ( )𝑠 Eq. (13)
𝑝 𝜕𝑣
𝑐𝑝
𝑘 = Eq. (14)
𝑐𝑣
9
𝑢 = 𝑢(𝑣, 𝑇) Eq. (16)
A primeira equação de estado foi apresentada por Van der Waals em 1873, mas
somente a partir da década de 40 as equações de estado foram sendo aprimoradas para
satisfazer as necessidades da engenharia. As principais equações de estado para gases
reais estão listadas abaixo:
𝑝𝑟 𝑉𝑟 𝐵 𝐶 𝐷 𝑐4 𝛾 −𝛾
𝑍= = 1 + + 2 + 5 + 3 2 (𝛽 + 2 ) 𝑒𝑥𝑝 ( 2 ) Eq. (17)
𝑇𝑟 𝑉𝑟 𝑉𝑟 𝑉𝑟 𝑇𝑟 𝑉𝑟 𝑉𝑟 𝑉𝑟
Onde:
𝑝𝑐 𝑉
𝑉𝑟 = Eq. (18)
𝑅𝑇𝑐
𝑏1 − 𝑏2 𝑏3 𝑏4
𝐵= − 2− 3 Eq. (19)
𝑇𝑟 𝑇𝑟 𝑇𝑟
10
𝑐1 − 𝑐2 𝑐3
𝐶= + 3 Eq. (20)
𝑇𝑟 𝑇𝑟
𝑑1 − 𝑑2
𝐷= Eq. (21)
𝑇𝑟
Fonte: (5)
4𝑝𝑐𝑀 , 𝑇𝑐𝑀 , 𝑍𝑐𝑀 são valores pseudo-críticos. Os valores de fluido simples são determinados com
dados experimentais para o argônio, criptônio e metano. As constates dos fluidos de referência foram
determinados com dados experimentais para o n-octano. (5)
11
2.1.2.9 Massa Específica
A massa específica ou densidade 𝜌 é a quantidade de massa que o fluido ou sólido
compõe por unidade de volume. A massa específica pode ser calculada para gases reais
a partir da equação:
𝑝
𝜌= Eq. (22)
𝑅𝑍𝑇
É a quantidade de calor que seria liberada pela combustão completa com oxigênio
de uma quantidade especificada de gás, de tal forma que a pressão, 𝑝1, na qual a reação
ocorre, permanece constante e todos os produtos da combustão são devolvidos à
mesmo temperatura especificada, 𝑡1 , como a dos reagentes, todos esses produtos estão
no estado gasoso, exceto pela água, que é condensada para o estado líquido em 𝑡1 . (8)
(𝐻𝑐 )0𝐺 (𝑡1 ) é o poder calorífico do gás ideal em base molar de uma mistura
𝑃𝐶𝑆(𝑡1 ) é o poder calorífico do gás real em base molar de uma mistura
[(𝐻𝑐 )0𝐺 ]𝑗 (𝑡1 ) é o poder calorífico do gás ideal em base molar de cada componente
𝑦𝑗 é a fração molar de cada componente
Os valores de [(𝐻𝑐 )0𝐺 ]𝑗 (𝑡1 ) podem ser encontrados em (8) para cada componente
típico presente em gás natural.
É a quantidade de calor que seria liberada pela combustão completa com oxigênio
de uma quantidade especificada de gás, de tal forma que a pressão, 𝑝1, na qual a reação
ocorre, permanece constante e todos os produtos da combustão são devolvidos ao
mesmo temperatura especificada, 𝑡1 , como a dos reagentes, todos esses produtos estão
no estado gasoso. (8)
12
Os valores de 𝑏𝑗 e 𝐿0 (𝑡1 ) podem ser encontrados em (8)
5 Os sufixos 𝐺 e 𝑁 em (𝐻 ) e (𝐻 ) vêm da língua inglesa - “gross heating value” (ou “high heating
𝑐 𝐺 𝑐 𝑁
value”) para superior e “net heating value” (ou “low heating value”) para inferior.
13
Tabela 3 – Propriedades de gases simples.
Fonte: (9)
14
2.2 COMPRESSORES DE GÁS NATURAL
Compressores são dispositivos usados para aumentar a pressão de um fluido
compressível (10). As pressões de sucção e descarga de dada aplicação estão
correlacionadas com o tipo de compressor a ser utilizado. O fluido compressível pode
ser qualquer fluido compressível, tanto o vapor quanto o gás. Ao comprimir o gás, o
volume de gás será reduzido, sua temperatura irá aumentar e sua massa permanecerá
a mesma.
Aqueles que utilizam do método 3 são do tipo de fluxo dinâmico e são conhecidos
como compressores dinâmicos. Neste método encontram-se os compressores axiais,
utilizados para altas vazões e baixas pressões, e os compressores centrífugos,
utilizados paras vazões e pressões intermediárias.
15
Figura 6 - Tipos de Compressores
Compressores
Fluxo Fluxo
Intermitente Contínuo
Axiais
Lóbulos
Parafusos
Paralelos
Misto Axial-
Centrífugo
16
Figura 7 - Características Desempenho dos diferentes tipos de compressores.
Fonte: (12)
17
Figura 8 – Catálogo de compressores DEMAG.
18
2.2.2 CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO
Fonte: (14)
19
Figura 10 – Compressor alternativo de pistão.
Fonte: (14)
Fonte: (14)
20
2.2.2.2 Compressores Rotativos
Este tipo de máquina aplica o mesmo princípio de operação que os compressores
alternativos, mas em compressores rotativos a diminuição do volume é conseguida
através da redução gradual do espaço entre o rotor e o invólucro obtido enquanto o rotor
gira dentro da caixa.
Fonte: (14)
21
Figura 13 – Fluxo de gás em um compressor axial.
Fonte: (14)
Fonte: (14)
22
Figura 15 – Compressor axial industrial.
Fonte: (14)
Fonte: (14)
23
Os impelidores ou rotores são fixados ao eixo do compressor e os difusores e os
condutos constituem a carcaça. Semelhante aos compressores axiais os diversos
estágios de compressão são dispostos em série ao longo do eixo do compressor entre
os bocais de sucção e descarga, de forma a obter a máxima eficiência de compressão.
Fonte: (14)
24
Figura 18 – Vista do fluxo de gás de um compressor centrífugo.
Fonte: (14)
25
Figura 19 – Compressor centrífugo bipartido.
Fonte: (15)
Fonte: (15)
26
Figura 21 - Corte compressor centrífugo Gear-Type.
Fonte: (15)
Fonte: (15)
27
2.2.3 VAZÃO DE GÁS COMPRIMIDO
A vazão de gás comprimido pode ser determinada na forma de vazão mássica ou
vazão volumétrica.
Onde,
Em comparação com o gás seco, o gás úmido introduz perdas de compressão que
ainda não são totalmente compreendidas. Alguns dos efeitos multifásicos importantes
são o equilíbrio não térmico, a formação de filme líquido e a influência da velocidade do
som. Atualmente, não existem padrões para a avaliação do desempenho de um
compressor de gás úmido, devido à complexidade do fluxo multifásico, dificultando o
desenvolvimento de métodos de correção precisos.
A operação desse tipo leva à redução de eficiência e pode requerer até duas vezes
o poder de compressão a seco para manter a taxa de vazão e pressão para operação
de gás seco. (16)
28
A vazão volumétrica está relacionada com a vazão mássica através da equação
térmica de estado:
𝑅𝑍𝑇
𝑉̇ = 𝑚̇ Eq. (26)
𝑝
29
2.2.4 PROCESSO DE COMPRESSÃO
(𝑐2 ² − 𝑐1 ²)
𝑃 − 𝑄̇ = 𝑚̇ [ℎ2 − ℎ1 + + 𝑔(𝑧2 − 𝑧1 )] Eq. (29)
2
𝑐2
𝑑 𝑦 + 𝑑 𝑞 = 𝑑 ℎ + 𝑑 ( ) + 𝑔𝑑 𝑧 Eq. (30)
2
Fonte: (5)
30
𝑄̇ Fluxo de calor da carcaça para o ambiente
𝑚̇ℎ𝑠𝑡𝑎𝑡_𝑑 Entalpia estática no bocal de descarga
𝑐 ²
𝑚̇ 𝑑 ⁄2 Energia cinética no bocal de descarga
𝑚̇𝑔 𝑧𝑑 Energia potencial no bocal de descarga
𝑐²
ℎ = ℎ𝑠𝑡𝑎𝑡 + Eq. (32)
2
31
Figura 24 – Diagrama T,s: mudanças de estado reversíveis. 6
Fonte: (5)
Para aplicar a segunda lei da termodinâmica, podemos obter da Eq. (31), na forma
específica e diferencial.
𝑑𝑞 = 𝑑𝑦 − 𝑑ℎ Eq. (36)
𝑑𝑦 = 𝑣 𝑑𝑝 Eq. (37)
Que é uma das equações funda mentais da termodinâmica e das Eq. (36) e Eq.
(37) obtermos:
2
ℎ2 − ℎ1 = ∫ 𝑇 𝑑𝑠
1
Eq. (39)
32
Figura 25 – Diagrama T-s : diferença de entalpia de dois pontos arbitrários 7
Fonte: (5)
33
Tabela 5 - Processos de Referência.
34
Figura 26 – Diagrama T-s: trabalho de referência específico e trabalho específico real para
gases perfeitos.
Figura 27 – Diagrama T-s: trabalho de referência específico e trabalho específico real para
gases reais.
35
A lei geral que rege as mudanças de estado é:
Fonte: (5)
Segundo (3), não é possível especificar regras rígidas para a seleção do processo
de referência. Contudo, os seguintes processos de referência são geralmente aplicados
aos compressores para gases e misturas gás / vapor:
36
𝑝2
𝑦𝑇 = 𝑅 𝑍 𝑇1 ln ( ) Eq. (42)
𝑝1
𝑍1 +𝑍2
𝑍= Eq. (43)
2
Onde 𝑘 é o expoente isoentrópico e o seu valor médio deve ser usado no intervalo
da mudança de estado:
𝑘1 + 𝑘2𝑠
𝑘= ( ) Eq. (45)
2
∆ℎ = ℎ2 − ℎ1 Eq. (48)
Cada fase a jusante não resfriada admite um fluxo de volume maior a uma
temperatura mais alta do que no caso com compressão isentrópica nos estágios a
montante e tem maior potência. Estas diferenças nas temperaturas de descarga tornam-
se maiores, quanto maior a relação de compressão 𝑝2 / 𝑝1 e menor a eficiência da fase
anterior.
37
Em turbo-máquinas, o consumo de energia extra resultante das perdas no fluxo é
convertido diretamente em calor. Assim, para estágios sem transferência de calor
externa, a temperatura de descarga excede a temperatura isentrópica 𝑇2𝑠 na mesma
pressão, como mostra a Figura 28.
Fonte: (5)
𝑣 𝑑𝑝
= 𝜂𝑝 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡. Eq. (49)
𝑑ℎ
38
𝑝2
𝑦𝑝 = ∫ 𝑣 𝑑𝑝 Eq. (50)
𝑝1
Ou:
𝑝
𝑛 𝑙𝑛 (𝑝2 )
1
𝑦𝑝 = 𝑅 𝑍1 (𝑇2 − 𝑇1 ) [ ] = (ℎ2 − ℎ1 ) 𝜂𝑝 Eq. (52)
𝑛 − 1 𝑙𝑛 (𝑇2 )
𝑇1
O expoente politrópico, 𝑛, deriva de acordo com a lei de gás ideal a partir das
pressões 𝑝1 e 𝑝2 e temperaturas 𝑇1 e 𝑇2 :
𝑝
𝑙𝑛 ( 2 )
𝑝1
𝑛= Eq. (54)
𝑝 𝑇
𝑙𝑛 (𝑝2 ) − 𝑙𝑛 (𝑇2 )
1 1
1
𝑛=
𝑘−1 Eq. (55)
1−
𝑘 𝜂𝑝
𝑝 𝑝
𝑙𝑛( 2 ) 𝑙𝑛( 2 )
𝑝1 𝑝1
𝑛= 𝑣 = 𝑝2 𝑍 𝑇 Eq. (56)
𝑙𝑛(𝑣2 ) 𝑙𝑛( )− 𝑙𝑛( 2 2 )
1 𝑝1 𝑍1 𝑇1
39
𝑛−1
𝑇2 𝑍1 𝑝2 𝑛
= ( ) Eq. (57)
𝑇1 𝑍2 𝑝1
𝑃𝑔á𝑠 = 𝑚̇2 (ℎ2 − ℎ1 ) + ∑(𝑚̇𝐿 ∆ℎ𝐿 ) + ∑(𝑚̇𝑐𝑜𝑛𝑑 ∆ℎ𝑐𝑜𝑛𝑑 ) + 𝑄̇𝑎𝑚𝑏 Eq. (59)
Onde,
Está potência difere das potências obtida pelos cálculos de processo de referência.
Isto por que os processos de referência são considerados adiabáticos e também não
são levadas em consideração as perdas de devido a vazamentos e condensado.
Portanto, é de suma importância o entendimento que a potência calculada através dos
processos de referência é apenas uma aproximação do que na realidade seria a
potência de gás exercida pelo compressor.
40
Pode ser medido da seguinte forma:
Logo,
𝑃𝑃𝑟
𝜂𝑃𝑟 = Eq. (61)
𝑃𝑔á𝑠
𝑃𝑠 𝑦𝑠 ℎ2𝑠 − ℎ1
𝜂𝑠 = = = Eq. (62)
𝑃𝑔á𝑠 ℎ2 − ℎ1 ℎ2 − ℎ1
𝑃𝑝 𝑦𝑝
𝜂𝑝 = = Eq. (63)
𝑃𝑔á𝑠 ℎ2 − ℎ1
𝑃𝑇 𝑦𝑇
𝜂𝑇 = =
𝑃𝑔á𝑠 ℎ2 − ℎ1 + 𝑞𝑠𝑎í𝑑𝑎 Eq. (64)
41
2.2.6 INSTABILIDADES EM COMPRESSORES DINÂMICOS
Os compressores dinâmicos são susceptíveis a fenômenos de instabilidade de
fluxo como stall, surge e stonewall ou chocking, que provocam perturbações ao processo
de produção e baixa eficiência. Destes fenômenos o surge é o mais crítico e, em casos
mais severos (surge profundo), podem ocorrer danos ou destruição de componentes do
compressor, razão pela qual o surge deve ser evitado.
2.2.6.1 Surge
Durante o surge, o compressor é submetido à violentas pulsações de vazão e
pressão, e níveis elevados de vibração radial e de deslocamento axial do rotor, aumento
da temperatura do gás na sucção e ruídos característicos de “batidas” provocados pela
atuação intermitente das válvulas de retenção (check-valve) instaladas na descarga da
máquina. Níveis elevados de vibração e deslocamento provocam danos aos mancais
radiais e axiais, labirintos (selos) e nos rotores (palhetas e impelidores).
2.2.6.2 Stall
O fenômeno stall ocorre de forma localizada, limitado ao impelidor e difusor e sua
ocorrência está associada à separação das linhas de fluxo junto à superfície dos canais
do impelidor e difusor, em razão das tensões de cisalhamento viscoso e o gradiente de
pressão, o que provoca o afastamento do fluxo da superfície e formando vórtices
contrários ao fluxo normal. O stall é difícil de ser detectado por não apresentar
perturbações ao processo e níveis significativos de vibração, pode ocorrer em um ou
mais estágios do compressor, é denominada de fase incipiente do surge.
42
2.2.6.3 Stonewall
O fenômeno stonewall ou choke é caracterizado quando a velocidade do gás no
interior da máquina atinge a velocidade do som (Match 1) e, portanto, não depende
somente da geometria do rotor e das condições de operação, mas também das
propriedades termodinâmicas. Embora não tenha relação com o surge, o stonewall
também provoca instabilidades e queda abrupta do desempenho e limitações para
sustentar o head.
43
Figura 29 – Mapa típico de um compressor centrífugo.
Fonte: (17)
Fonte: (3)
44
Figura 31 – Limites de operação aplicado as curvas de razão de compressão de
compressores centrífugos.
Fonte: (15)
2.2.8 ACIONADORES
Três tipos principais de motores primários (drivers) são usados em aplicações de
compressão de gás natural: motores alternativos, turbinas a gás e motores elétricos.
Os principais atributos e inconvenientes de cada um são descritos abaixo. (18)
2. Turbinas a gás
As turbinas a gás dependem do gás quente produzido por um gerador de gás para
mover uma turbina de potência. A potência de saída do eixo da turbina de potência é
usada para acionar o compressor de gás. Mais detalhes sobre este equipamento
serão apresentados no capítulo 2.3
45
3. Motores Elétricos
4. Critérios de escolha
46
Durante o projeto inicial do sistema, ou durante qualquer expansão do sistema ou
outro projeto de construção importante, as empresas consideram a combinação ideal de
diâmetro das tubulações, pressão de operação e instalações de compressão para
determinadas vazões necessárias a atender a demanda contratual.
47
Figura 32 – Diagrama de um compressor centrífugo de múltiplos estágios.
Fonte: (19)
Caso seja necessário atingir essas razões de compressão elevadas deve-se optar
por utilizar trocadores de calor entre estágios em série, ou seja, o gás a alta temperatura
da descarga do primeiro estágio irá passar por um resfriador, e logo em seguida irá para
a sucção do segundo estágio e assim por diante. A figura 32 exemplifica de forma
simples o processor. Haverá certamente uma pequena perda de carga entre a descarga
do primeiro estágio e a sucção do estágio sequente.
A vantagem do trocador de calor tubo e casco é que devido à sua terminação ser
livre, pode sofrer expansão ou contração em resposta às diferentes tensões. Já a
construção dos tubos com curvatura torna a operação de limpeza inviável. Logo, estes
trocadores de calor não devem ser usados para serviços com fluidos “sujos” (óleos ou
borras) na parte interna dos tubos. Para o resfriamento de gás natural esta configuração
é a recomendada na literatura. Os gases são resfriados ao passarem pelos tubos
enquanto que água de resfriamento escoa pelo casco.
48
Figura 33 – Trocador de calor industrial casco e tubo
49
Figura 34 – Design de compressores em série e em paralelo.
Fonte: Adaptado de uma cortesia de MAN Diesel & Turbo Brasil Ltda.
1. Vazão de gás
2. Composição do gás
3. Razão de compressão
4. Limites de temperatura
5. Design da planta
6. Método de selagem
7. Método de lubrificação
8. Acionamento
9. Tempo de serviço
10. Manutenção
11. Custos
50
Segundo (20) os compressores centrífugos para aplicações de petróleo e gás são
normalmente especificados, projetados e testados de acordo com as disposições da API
617. O cliente fornece o processo e as condições de operação, enquanto o projeto,
fabricação e teste efetivos são realizados pelo fabricante, que também fornece as
garantias necessárias.
51
2.3 TURBINAS A GÁS
Dos vários meios de produzir energia mecânica a turbina a gás é em muitos
aspectos a mais satisfatória. Uma das principais razões na qual estes equipamentos são
instalados em unidades offshore e na aviação é sua relação de potência/peso, que
supera a maioria dos outros motores, como o motor a diesel por exemplo. Além disso,
em locais onde o gás natural é abundante, como nas unidades de produção offshore, a
instalação de turbinas movidas por este combustível promove economia financeira em
comparação ao uso de outros motores. A seguir serão descritas as principais
características sobre este equipamento.
52
Figura 35 – Sistema de Turbina a gás simples 9
Fonte: (21)
Fonte: (21)
𝑄𝐻 ℎ4 − ℎ1
𝜂𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 1 − = 1− Eq. (65)
𝑄𝐿 ℎ3 − ℎ2
53
(𝑘−1)
𝑐𝑝 (𝑇4 − 𝑇1 ) 𝑇1 1 𝑘
𝜂𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 ≈ 1− =1− =1−( ) Eq. (66)
𝑐𝑝 (𝑇3 − 𝑇2 ) 𝑇2 𝑟
Fonte: (21)
ℎ2𝑠 − ℎ1
𝜂𝑐𝑜𝑚𝑝 = Eq. (67)
ℎ2 − ℎ1
ℎ3 − ℎ1
𝜂𝑡𝑢𝑟𝑏 = Eq. (68)
ℎ3 − ℎ4𝑠
54
A potência da turbina 𝑃 de um ciclo ideal pode ser representada como:
(ℎ3 − ℎ2 )
𝑚̇𝑐𝑜𝑚𝑏 = Eq. (70)
(𝑃𝐶𝐼). 𝜂𝑐𝑜𝑚𝑏
A eficiência adiabática global térmica do ciclo pode ser calculada pela seguinte
equação:
𝑃𝑟𝑒𝑎𝑙
𝜂𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 = Eq. (71)
𝑚̇𝑐𝑜𝑚𝑏 ∗ 𝑃𝐶𝐼
55
1. Cogeração A quantidade de combustível necessária pode ser reduzida
pelo uso de um co-gerador no qual os gases de exaustão são usados para
pré-aquecer o ar entre o compressor e a câmara de combustão. (Figura 38)
Fonte: (21)
2. Eixos separados Usados para alto torque e alta carga variante. Consiste
em dois eixos que podem operar em velocidades diferentes. Tem a
vantagem de prover torque elevado a baixas rotações na turbina de
potência. (Figura 39)
Fonte: (21)
56
Figura 40 – Ciclo com reaproveitamento de calor.
Fonte: (21)
. Fonte: (21)
57
Figura 42 – Ciclo com injeção de vapor.
Fonte: (21)
58
2.3.2 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
2.3.2.1 Compressor
Compressores são de design axial (com até 19 estágios), centrífugo (com um ou
dois impelidores) ou mistos. Mas detalhes sobre este equipamento foi apresentado
no capítulo 2.3 e um compressor axial de uma turbina a gás pode ser observado na
Figura 43.
Fonte: (21)
59
Figura 44 – Esquema de uma câmara de combustão.
Fonte: (21)
Fonte: (21)
Gás natural é a escolha ideal para combustível sempre que disponível, devido à
sua queima limpa e ao seu preço competitivo, como mostra a figura 46.
60
Figura 46 – Custo típico de combustível por milhões de BTUs.
Fonte: (21)
Fonte: (21)
Estruturas internas de alta pressão com resfriamento interno nas palhetas também
permitem elevar a temperatura máxima de combustão, permitindo o aumento de
potência. (Figura 48)
61
Figura 48 – Palhetas arrefecidas.
Fonte: (21)
62
Figura 49 – Turbo ventilador PW400 – Sistema de propulsão do Airbus A330.
Fonte: (21)
Fonte: (21)
63
diminui o custo de instalação, porém tem custo de aquisição mais elevado
devido a sua metalurgia. (Figura 51)
Fonte: (21)
Fonte: (21)
64
Figura 53 – Turbina pequena;
Fonte: (21)
Micro turbinas Turbinas que podem gerar entre 20kW e 350kW. (Figura
54)
Fonte: (21)
Além disso, de acordo com (9), o fabricante também deve fornecer curvas que
permitam o ajuste da potência e da entrada de calor (ou eficiência térmica) aos valores
de projeto, para determinadas temperaturas de sucção de ar e pressão atmosférica.
Curvas desde tipo são apresentadas no Anexo A. Se os parâmetros de controle durante
a operação desviarem do valor especificado nas condições de teste, será necessária
uma curva ou cálculo de correção que mostre o efeito destes parâmetros de controle na
potência e entrada de calor.
65
Estas correções se devem ao fato de as turbinas a gás desempenharem de forma
diferente para diferentes condições climáticas. Em altas altitudes como em El Ato na
Bolívia uma máquina apresentará desempenho diferente do que se estivesse operando
nas ilhas Cayman, isso devido as variações de pressão atmosférica. Turbinas também
apresentam desempenhos diferentes no inverno e no verão nos desertos da Arábia
Saudita devido as grandes variações de temperatura.
Ou seja, no catálogo do fabricante, uma turbina promete ser capaz de produzir 100
MW com uma eficiência de 35%, mas o desempenho real pode ser diferente.
Temperatura ambiente de 15 °C
Umidade relativa de 60%
Pressão ambiente ao nível do mar.
O padrão considera que a turbina a gás trabalhe com 100% de carga nominal.
66
2.4 O GÁS NATURAL NA ELEVAÇÃO ARTIFICIAL DE PETRÓLEO
67
Figura 55: Conjunto de sistema BM.
Fonte: (23)
68
Figura 56: Conjunto de sistema BCP.
Fonte: (23)
Por último, tem-se o método de gas lift. Em termos de volume produzido, essa
tecnologia é a mais importante na exploração de petróleo no Brasil. (23) Por isso, ela
será abordada com maior detalhe na seção seguinte.
69
Figura 57: Conjunto de sistema BCS.
Fonte: (23)
70
Em um poço que produz água, ou quando a quantidade de gás livre na coluna é
baixa, a pressão diferencial entre o reservatório e o fundo do poço pode ser mantida
quando corrigido o aumento da densidade média da coluna de produção com injeção de
gás (figura 58) (26).
Fonte: (27)
A planta de um sistema gas lift pode ser então representado, de forma geral, pela
figura 59.
71
Figura 59: Sistema típico de gas lift.
Fonte: (23)
2.4.3.1 Contínuo
No gás lift contínuo o gás, relativamente a alta pressão, é injetado continuamente na
coluna, através de uma válvula instalada no interior de um mandril. O gás mistura-se
ao óleo gaseificando o mesmo e reduzindo a sua densidade. Os poços assim
equipados possuem uma linha de gás natural comprimido, conectada a uma das
saídas laterais da cabeça de produção.
2.4.3.2 Intermitente
Se o poço tem baixa pressão no reservatório ou uma baixa taxa de produção esse
tipo de sistema é utilizado. Neste caso o gás é injetado intermitentemente ou
72
irregularmente na coluna. É instalado na linha de gás um aparelho intermitor com um
determinado tempo de injeção de gás.
A grande questão envolvendo o método GL, que gerou e ainda é objeto de vários
estudos, reside no fato de que o gás injetado nos poços é benéfico até certo limite. A
partir de uma dada taxa de injeção, o processo se inverte, a vazão de gás começa a se
tornar muito alta, passando a reduzir a produção de óleo ao invés de aumentar.
Fisicamente, a vazão da mistura, fluido produzido mais gás injetado, em níveis muito
elevados aumenta vertiginosamente o atrito na coluna de produção, preponderando
sobre o ganho obtido com a redução na densidade média dos fluidos produzidos. Dito
isto, existe, portanto, um limite ótimo operacional de injeção por poço a partir do qual a
produção de óleo começa a declinar. Na prática, o ponto ótimo operacional nem sempre
é atingido em todos os poços de uma mesma plataforma de produção, por limitações
técnicas existentes. Por exemplo, em alguns poços a pressão de injeção de GL
necessária para alcançar o ótimo operacional é tão elevada que ultrapassa a pressão
máxima de descarga do compressor, impedindo alcançar a vazão ótima de GL (23)
73
Figura 60 – Planta de gás lift.
Fonte: (24)
74
DESENVOLVIMENTO
3.1 METODOLOGIA
A metodologia de seleção de turbinas a gás para compressores centrífugos se
baseia no cálculo estimado da potência de eixo que será necessária para a compressão
do gás. Para isso foi criada uma planilha Excel na qual, fornecidas as condições de
operação, composição do gás e o design da planta, é possível saber quais das turbinas
presentes no banco de dados serão adequadas para a aplicação. Além disso, a planilha
ainda retorna a vazão de combustível necessária para acionamento da turbina.
75
Na indústria de óleo e gás essas frações molares são comumente obtidas através
de cromatografia gasosa de uma amostra de gás.
76
Tabela 7 –Composição do gás natural utilizados nos cálculos deste trabalho.
10 Dados referentes a média da composição das amostras de gás de processo da unidade offshore
de PGP-1 em 2016. Fonte de dados: Cortesia de MAN Diesel & Turbo Brasil Ltda.
77
Tabela 8- Potência para especificação de diversas turbinas a gás.
78
3.1.2 CÁLCULO DAS PROPRIEDADES DOS GASES
As propriedades dos gases estão de acordo com o que foi apresentado no capítulo
2.1 e está resumido na tabela abaixo.
Equação n°
27
27
Poder Calorífico 𝑏𝑖 0
𝑃𝐶𝐼 = (𝐻𝑐 )0𝐺 (20 °𝐶) − ∑ 𝑦𝑖 . . 𝐿 (20 °𝐶) Eq. (24)
Inferior 2
𝑖=1
Fator de 𝐵 𝐶 𝐷 𝑐4 𝛾 −𝛾
𝑍 =1+ + 2 + 5 + 3 2 (𝛽 + 2 ) 𝑒𝑥𝑝 ( 2 ) Eq. (17)
Compressibilidade 𝑉𝑟 𝑉𝑟 𝑉𝑟 𝑇𝑟 𝑉𝑟 𝑉𝑟 𝑉𝑟
𝑝
Massa Específica 𝜌= Eq. (22)
𝑅𝑍𝑇
Fonte: elaborado pelo autor
79
3.1.3 CÁLCULO DA POTÊNCIA DE GÁS
Equação n°
Razão de 𝑝2 + 𝑝𝑎𝑡𝑚
Π= Eq. (72)
Compressão13 𝑝1 + 𝑝𝑎𝑡𝑚
𝑙𝑛(Π)
Coeficiente 𝑛=
𝑇 Eq. (54) 14
Politrópico 𝑙𝑛(Π) − 𝑙𝑛 (𝑇2 )
1
𝑛 𝑛−1
Head Politrópico 𝑦𝑝 = 𝑅 𝑍1 𝑇1 [(Π) 𝑛 − 1] Eq. (52)
𝑛−1
Variação de 𝑦𝑝
𝛥ℎ = Eq. (63)
Entalpia 𝜂𝑝
𝑝𝑁 𝑉̇𝑁
Vazão Mássica 𝑚̇ = Eq. (27)
𝑅𝑁 𝑍𝑁 𝑇𝑁 𝑁𝑇
𝑉̇𝑁 𝑝𝑁 𝑍1 𝑇1
Vazão Real 15 𝑉̇ = Eq. (73)
𝑁𝑇 (𝑝1+ 𝑝𝑎𝑡𝑚 ) 𝑍𝑁 𝑇𝑁
80
3.1.4 CÁLCULO DA POTÊNCIA DE EIXO REQUERIDA
A potência de eixo que será requerida pela turbina a gás é:
𝑁𝐸
Segundo a [API 617] as turbinas a gás devem ser selecionadas para ter uma carga
de pelo menos 115% da maior potência (incluindo engrenagem, acoplamento de fluido
ou outras perdas, conforme aplicável) necessárias para qualquer uma das condições de
operação especificadas. Logo:
Para ser possível comparar essa potência de especificação com a potência de eixo
nas condições ISO, as quais as turbinas foram catalogadas, deve-se fazer uma
conversão de potência, como discutido na seção 2.3.4. Segundo (22), a conversão de
potência ISO é dada por:
𝑝0 (𝑇0 + 273,15)
𝑃𝐴𝑃𝐼𝐼𝑆𝑂 = 𝑃𝐴𝑃𝐼 × ×
1,01325 288,15 Eq. (76)
81
Figura 63 – Potência de Eixo para a THM 1304-10.
10
9,5
9
8,5
8
7,5
7
-30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60
Temperatura de Sucção [ºC]
13.400
13.200
13.000
12.800
12.600
12.400
12.200
12.000
-30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60
Temperatura de Sucção [ºC]
Com essas informações é possível criar a relação entre potência esperada e aporte
de calor.
82
Figura 65 – Heat Rate X Potência de Eixo – THM 1304-10 – Condições ISO.
13400
13200
13000
12800
12600
12400
y = -1,7766x4 + 31,236x3 + 114,05x2 - 4902,7x + 36584
12200
R² = 0,9997
12000
7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5 11
Potência de Eixo [MW]
𝐻𝑅 = 𝑓(𝑃𝑒𝑖𝑥𝑜𝐼𝑆𝑂 )
Eq. (78)
A entrada de energia pode ser dada por:
𝑄̇ = 𝑃𝑒𝑖𝑥𝑜𝐼𝑆𝑂 × 𝐻𝑅
Eq. (79)
Como a curva parametrizada já leva em consideração a eficiência de combustão
de cada turbina é possível calcular a vazão mássica de combustível através do poder
calorífico inferior do gás. Logo:
𝑄̇
𝑚̇𝑐𝑜𝑚𝑏 = Eq. (80)
𝑃𝐶𝐼𝑐𝑜𝑚𝑏
𝑅 𝑍𝑁 𝑇𝑁
̇
𝑉𝑁 = 𝑚̇𝑐
𝑐𝑜𝑚𝑏 𝑝𝑁 Eq. (81)
83
3.2.1 A UNIDADE DE PRODUÇÃO OFFSHORE PGP-1
A Bacia de Campos é a principal área sedimentar já explorada na costa brasileira.
Ela se estende das imediações da cidade de Vitória (ES) até Arraial do Cabo, no litoral
norte do Rio de Janeiro, em uma área de aproximadamente 100 mil quilômetros
quadrados.
16 http://www.anp.gov.br/wwwanp/images/planos_desenvolvimento/Garoupa.pdf Acesso:
25/11/2017
84
Figura 67 - Histórico de produção de Garoupa.
A planta possuí uma saída para o flare, onde o gás será queimado, caso haja
excesso de gás na tubulação principal de sucção, ou seja, caso a pressão de sucção do
compressor BP ultrapasse um certo limite.
17 http://www.anp.gov.br/wwwanp/images/planos_desenvolvimento/Garoupa.pdf Acesso:
25/11/2017
85
Figura 68 – Planta de turbo compressão de PGP-1
86
Tabela 11 – Dados operacionais do TCA de PGP-1.
BP AP
TCA - PGP-1 Média
Desvio
Média
Desvio
padrão Padrão
Pressão Atmosférica Típica bar 1,01245 0,00260 1,01245 0,00260
Vazão Requerida Nm³/dia 912.338 51.897 854.835 78.349
Pressão de Sucção bar 6,03 0,28 35,37 1,88
Pressão de Descarga bar 36,09 1,89 105,70 3,38
Temperatura de Sucção °C 33,4 4,1 39,1 7,7
Temperatura de Descarga °C 191,31 9,23 170,83 12,02
Eficiência Politrópica % 64,45 4,47 47,87 4,61
Razão de Compressão - 5,2679 0,2617 2,9330 0,1459
Coeficiente Politrópico - - - - -
Head Politrópico kJ/kg 222,15 8,83 132,83 5,48
Variação de Entalpia kJ/kg 344,67 28,09 277,48 23,57
Potência de Gás kW 3.526,69 276,16 2.649,41 188,43
Vazão Normal Nm³/h 38.014,09 2.162,37 35.618,12 3.264,55
Vazão Real m³/h 5.636,24 423,41 941,56 94,47
Vazão Mássica kg/s 10,24 0,51 9,59 0,88
87
Figura 69 - Planta de turbo compressão de garoupa com um trem operando comprimindo
todo o gás. Cenário A.
Figura 70 - Planta de turbo compressão de garoupa com dois trens operando em paralelo
dividindo igualmente a massa de gás. Cenário B.
88
Primeiramente serão listados os parâmetros de entrada que são comuns a todas
as situações. Estas são baseadas nos dados operacionais de PGP-1 apresentados na
Tabela 11. São estes:
Os dados que não são baseados nos pontos de operação foram definidos pelo
autor, baseadas em (20). São estes:
Situação 1: Esta situação foi baseada nos dados extraídos da Tabela 11, que
representaram um cenário A real. Esta é a situação mais realista considerando a
planta e o maquinário de PGP-1.
Cenário A
Vazão total requerida 915.000 Nm³/dia
Pressão de sucção 6,03 bar
Pressão de descarga 105,7 bar
Cenário B
Vazão total requerida 915.000 Nm³/dia
Pressão de sucção 6,03 bar
Pressão de descarga 105,7 bar
Cenário A
Vazão total requerida 1.830.000 Nm³/dia
Pressão de sucção 6,03 bar
Pressão de descarga 105,7 bar
89
Situação 4: Esta situação consiste em diminuir a pressão de sucção e aumentar
a pressão de descarga consideravelmente.
Cenário A
Vazão total requerida 915.000 Nm³/dia
Pressão de sucção 4,0 bar
Pressão de descarga 200 bar
90
RESULTADOS
Após execução dos cálculos apresentados no capítulo 3, os dados de entrada e os
resultados estão resumidos na Tabela 12 e os desvios da média operacional real estão
apresentadas na Tabela 13.
Dados de Entrada
Saída de dados
19 Os valores para massa específica são referentes ao estado termodinâmico da sucção de cada
estágio de compressão.
91
Tabela 13 – Variação percentual dos resultados da metodologia em relação à média
operacional real de PGP-1
Dados de Entrada
92
Tabela 14 – Resultado das turbinas selecionadas para a situação 1.
93
Tabela 15 - Resultado das turbinas selecionadas para a situação 2.
94
Tabela 16 - Resultado das turbinas selecionadas para a situação 3.
95
Tabela 17 - Resultado das turbinas selecionadas para a situação 4.
96
Figura 71 - Comparação entre o dados operacionais reais e o head politrópico calculado
para cada situação para o compressor de baixa pressão.
Linha de Choke
Fonte: Adaptado de uma cortesia de MAN Diesel & Turbo Brasil Ltda
Linha de Choke
Fonte: Adaptado de uma cortesia de MAN Diesel & Turbo Brasil Ltda
97
É importante também considerar que na Figura 72 o ponto de operação da situação
1 se distancia levemente para a direita dos pontos de operação reais. Isso se deve ao
fato que a vazão requerida utilizada foi de 915 kNm³, (baseada na vazão média requerida
encontrada na amostra de 912 kNm³) porém, na realidade, devido a recirculações
internas acarretadas pela abertura das válvulas antisurge e ao controle de carga do
compressor, a vazão média real para o compressor AP foi de aproximadamente 855
kNm³, uma variação de aproximadamente 7%.
98
CONCLUSÕES
99
PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO FUTURO
Além disso esse trabalho pode ser estendido para selecionar turbinas com outras
aplicações, como turbo geração por exemplo. A diferença seria que no lugar do cálculo
da potência de gás entraria a potência elétrica requerida, e a partir daí seria feita a
escolha da turbina.
Vale ressaltar também que neste trabalho não foi abordado conceitos financeiros
sobre a escolha da turbina a gás. Além dos conceitos aqui apresentados, ainda seria
necessário, para escolher a turbina mais vantajosa, avaliar o seu preço e seus
respectivos custos de operação e manutenção, comparando-os com as vantagens de
seu desempenho. Um outro projeto interessante então, seria a avaliação do custo do
ciclo de vida da turbina a gás levando em consideração os valores produtivos que a
mesma forneceria.
100
BIBLIOGRAFIA
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101
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(23) RIZZO FILHO, H. D. S. A Otimização de Gás Lift na Produção de Petróleo:
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25 WINKLER, H. W.; SMITH, S. S. Canco Gas Lift Manual. Houston: [s.n.].
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(28) SAADAWI, H. Control Aspects of a compressor station for gas lift. THE
AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINEERS 345 E 47 St., Abu Dhabi, 1983.
102
ANEXO A – CURVAS DE PERFORMANCE DAS TURBINAS A GÁS
A seguir serão apresentadas as curvas de performance, nas condições ISO,
fornecidas nos catálogos de cada fabricante, e as respectivas equações para cálculo de
vazão de combustível das turbinas utilizadas neste trabalho.20
20 Muitas dessas turbinas foram desenvolvidas especificamente para geração de energia elétrica,
entretanto elas foram consideradas neste trabalho para aplicações em compressores centrífugos por
questões didáticas.
21 https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/saturn-20.html
Acesso 25/02/2018
103
Figura 75 – Curva parametrizada de desempenho da turbina Saturn 20
22 https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/centaur-
40.html Acesso 25/02/2018
104
Figura 77 – Curvas de desempenho da turbina Centaur 40
23 https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/centaur-
40.html Acesso 25/02/2018
105
A.3 – Centaur 50 (Solar Turbines)
24 https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/centaur-
50.html Acesso 25/02/2018
25 https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/centaur-
50.html Acesso 25/02/2018
106
Figura 81 – Curva parametrizada de desempenho da turbina Centaur 50
26 https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/taurus-60.html
Acesso 25/02/2018
107
Figura 83 – Curvas de desempenho da turbina Taurus 70
27 https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/taurus-60.html
Acesso 25/02/2018
108
A.5 – Taurus 70 (Solar Turbines)
29
Fonte: Site da Solar
28https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/taurus-70.html
Acesso em 25/02/2018
29 https://mysolar.cat.com/en_US/products/power-generation/gas-turbine-packages/taurus-70.html
Acesso em 25/02/2018
109
Figura 87 – Curva parametrizada de desempenho da turbina Taurus 70
30 Fonte de dados foi uma cortesia de MAN Diesel & Turbo Brasil
110
A.7 – THM 1304-10 (MAN Diesel & Turbo) 31
111
A.8 – Mars 90 (Solar Turbines)
112
Figura 93 – Curva parametrizada de desempenho da turbina Mars 90
113
Figura 95 – Curvas de desempenho da turbina Mars 100
35
Fonte: Site da Solar
114
A.10 – Titan 130 (Solar)
37
Fonte: Site da Solar
115
Figura 99 – Curva parametrizada de desempenho da turbina Titan 130
38 http://www.kushaindustry.com/pdf/brochure/LM2500_Family_of_Products.pdf Acesso em
25/02/2018
116
Figura 102 – Curva parametrizada de desempenho da turbina LM2500
39 http://www.kushaindustry.com/pdf/brochure/LM2500_Family_of_Products.pdf Acesso em
25/02/2018
40 Dados obtido a partir do site da GE. https://www.geoilandgas.com/sites/geog/files/pgt25g4-
117
A.13 – SGT-800 (GE)
Figura 104 – Turbina GE SGT-800.
41 https://www.siemens.com/content/dam/webassetpool/mam/tag-siemens-com/smdb/power-and-
gas/Gas%20Turbines/smallgasturbines/industrial-gas-turbines/sgt-800/sgt-800-factsheet-2017.pdf
Acesso em 25/02/2018
42 https://www.siemens.com/content/dam/webassetpool/mam/tag-siemens-com/smdb/power-and-
gas/Gas%20Turbines/smallgasturbines/industrial-gas-turbines/sgt-800/sgt-800-factsheet-2017.pdf
Acesso em 25/02/2018
118
Figura 106 – Curva parametrizada de desempenho da turbina SG-T800
119
A.14 – FT08 (MAN Diesel & Turbo)
Figura 107 – Turbina MAN FT08
120
A.15 – Trent 60 (SIEMENS)
Figura 109 – Turbina SIEMES Trent 60.
121
ANEXO B – CÓDIGOS DE IMPLEMENTAÇÃO DOS CÁLCULOS
Os cálculos utilizados nas tabelas 9 e 10 foram desenvolvidos em planilhas excel
e estão apresentados abaixo. Algumas equações foram calculadas utilizando algoritmos
escritos em linguagem Visual Basic for Application (VBA) e estão apresentadas neste
Anexo.
End Function
44 https://www.energy.siemens.com/hq/pool/hq/power-generation/gas-turbines/Trent-60/gas-
turbine-industrial-trent-60-brochure-en.pdf Acesso: 25/02/2018
122
B.2 – Poder Calorífico Inferiror 45
Public Function PCI_P(FR As Variant) As Double 'Poder Calorífico
'ISO 6976:2016 ----> Capítulo 7
Dim PCI_G As Double, PCI_N As Double 'kJ/mol
'Gross
PCI_G = PCI_G + FR(1) * 891.05 'Metano
PCI_G = PCI_G + FR(2) * 1561.42 'Etano
PCI_G = PCI_G + FR(3) * 1411.65 'Eteno
PCI_G = PCI_G + FR(4) * 2220.13 'Propano
PCI_G = PCI_G + FR(5) * 2058.73 'Propeno
PCI_G = PCI_G + FR(6) * 2717.76 'i-Butano
PCI_G = PCI_G + FR(7) * 2878.58 'n-Butano
PCI_G = PCI_G + FR(8) * 2717.76 '1-Buteno
PCI_G = PCI_G + FR(10) * 2710.97 'Buteno-2-cis
PCI_G = PCI_G + FR(11) * 2707.33 'Buteno-2-trans
PCI_G = PCI_G + FR(12) * 2594.46 '1,2 Butadieno
PCI_G = PCI_G + FR(13) * 3376.59 '1-Pentano
PCI_G = PCI_G + FR(14) * 3537.19 'n-Pentano
PCI_G = PCI_G + FR(15) * 4196.6 'n-hexano
PCI_G = PCI_G + FR(16) * 4855.31 'n-heptano
PCI_G = PCI_G + FR(17) * 5513.9 'n-octano
PCI_G = PCI_G + FR(18) * 33900 'Hidrogêneo
PCI_G = PCI_G + FR(19) * 3939 'H2S
PCI_G = PCI_G + FR(23) * 383.16 'NH4
PCI_G = PCI_G + FR(24) * 282.95 'CO
PCI_G = PCI_G + FR(25) * 285.99 'H2O
PCI_G = PCI_G + FR(29) * 6173.48 'n-Nonano
PCI_G = PCI_G + FR(30) * 6832.33 'n-Decano
'Net
PCI_N = PCI_N + FR(1) * (4 / 2) * 44.222 'Metano
PCI_N = PCI_N + FR(2) * (6 / 2) * 44.222 'Etano
PCI_N = PCI_N - FR(3) * (4 / 2) * 44.222 'Eteno
PCI_N = PCI_N - FR(4) * (8 / 2) * 44.222 'Propano
PCI_N = PCI_N - FR(5) * (6 / 2) * 44.222 'Propeno
PCI_N = PCI_N - FR(6) * (8 / 2) * 44.222 'i-Butano
PCI_N = PCI_N - FR(7) * (10 / 2) * 44.222 'n-Butano
PCI_N = PCI_N - FR(8) * (8 / 2) * 44.222 '1-Buteno
PCI_N = PCI_N - FR(10) * (8 / 2) * 44.222 'Buteno-2-cis
PCI_N = PCI_N - FR(11) * (8 / 2) * 44.222 'Buteno-2-trans
PCI_N = PCI_N - FR(12) * (8 / 2) * 44.222 '1,2 Butadieno
PCI_N = PCI_N - FR(13) * (10 / 2) * 44.222 '1-Pentano
PCI_N = PCI_N - FR(14) * (12 / 2) * 44.222 'n-Pentano
PCI_N = PCI_N - FR(15) * (14 / 2) * 44.222 'n-hexano
PCI_N = PCI_N - FR(16) * (16 / 2) * 44.222 'n-heptano
PCI_N = PCI_N - FR(17) * (18 / 2) * 44.222 'n-octano
PCI_N = PCI_N - FR(18) * (2 / 2) * 44.222 'Hidrogêneo
PCI_N = PCI_N - FR(19) * (0 / 2) * 44.222 'H2S
PCI_N = PCI_N - FR(23) * (3 / 2) * 44.222 'NH4
PCI_N = PCI_N - FR(24) * (0 / 2) * 44.222 'CO
PCI_N = PCI_N - FR(25) * (0 / 2) * 44.222 'H2O
PCI_N = PCI_N - FR(29) * (20 / 2) * 44.222 'n-Nonano
PCI_N = PCI_N - FR(30) * (22 / 2) * 44.222 'n-Decano
PCI_P = PCI_G - PCI_N 'kJ/mol
PCI_P = 1000 * PCI_P / MW(FR) 'kJ/kg
End Function
45 Os valores para i-buteno, CO2, N2, O2, Ar Atmosférico, Argônio e R134A não foram encontrados
e não foram considerados nas somas. Porém, nenhuma dessas substâncias foram utilizados nos cálculos
presentes neste trabalho, não influenciando nos resultados.
123
B.3 – Pressão Crítica (Lee Kesler)
Public Function PCLK_P(FR As Variant) As Double
124
'Cálculo da temperatura crítica da mistura
d1 = 0
For i1 = 1 To 28
d2 = 0
For i2 = 1 To 28
d2 = FR(i1) * FR(i2) * (v(i1) ^ (1 / 3) + v(i2) ^ (1 / 3)) ^ 3 * (T(i1) *
T(i2)) ^ 0.5 + d2
Next i2
d1 = d2 + d1
Next i1
Tcm = 1 / (8 * Vcm) * d1
125
'Cálculo de Vcm da mistura
d1 = 0
For i1 = 1 To 28
d2 = 0
For i2 = 1 To 28
d2 = FR(i1) * FR(i2) * (v(i1) ^ (1 / 3) + v(i2) ^ (1 / 3)) ^ 3 + d2
Next i2
d1 = d2 + d1
Next i1
Vcm = 0.125 * d1
126
B.6 – Fator de Compressibilidade (Lee Kesler)
Public Function ZLK(ByVal Tr As Double, ByVal Pr As Double, ByVal Wc As
Double) As Double
'Calcula o fator de compressibilidade do gás pela equação de Lee-Kesler
'Parâmetros:
127
Fn2 = (1 + B / Vr2 + C * Vr2 ^ -2 + D * Vr2 ^ -5 + c4r * Tr ^ -3 * Vr2 ^ -2
* (beta_r + gama_r * Vr2 ^ -2) * Exp(-gama_r * Vr2 ^ -2)) - Pr * Vr2 / Tr
Do
i1 = i1 + 1
Vr = Vr - Fn2 * (Vr2 - Vr1) / (Fn2 - Fn1)
Fn = (1 + B / Vr + C * Vr ^ -2 + D * Vr ^ -5 + c4r * Tr ^ -3 * Vr ^ -2 *
(beta_r + gama_r * Vr ^ -2) * Exp(-gama_r * Vr ^ -2)) - Pr * Vr / Tr
If (Fn * Fn2 < 0) Then Vr1 = Vr2: Fn1 = Fn2 Else Fn1 = Fn1 * Fn2 / (Fn2 +
Fn)
Vr2 = Vr: Fn2 = Fn
Loop While (i1 < 500000) And (Fn <> 0) And (Abs(Vr1 - Vr2) > 0.000000001)
z1 = Vr * Pr / Tr
ZLK = z0 + Wc / 0.3978 * (z1 - z0)
End Function
128