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BANCA EXAMINADORA:
Orientador
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da UNIFESP São José dos Campos com os dados
fornecidos pelo(a) autor(a)
Aos meus amigos, especialmente Adrielle Silva e Amanda Correia, que estiveram
comigo e foram companheiras desde o início da jornada universitária. Aos amigos desde a época
da escola que sempre me apoiaram em todas as minhas decisões.
À minha querida orientadora, a Profa Dra. Mariana Motisuke, que sem toda paciência e
carinho dela, este trabalho não seria possível.
Driven by the increased pursuit of innovation and productivity, the Industrial Revolutions
emerged that culminated in the 4° revolution, known as Industry 4.0. This new type of industry is
characterized by the lack of barriers between the physical and digital world, making it possible to
control the factory in real time. Industry 4.0 consists of four components, six principles and nine
pillars that are related to each other and ensure greater efficiency in their operation. Industry 4.0
consists of four components, six principles and nine pillars that are related to each other and
ensure greater efficiency in their operation. In the search for processing techniques that
accompanied the evolution of technologies in the industries, additive manufacturing emerged.
Also known as 3D printing is a form of processing, in which a three-dimensional object is created
and production is done in stages, adding material layer by layer to form the final part. This work
aimed to justify, through the narrative review of the literature, the advantages of the use of
additive manufacturing as a driver of Industry 4.0 and to discuss the benefits and controversies in
the issue of sustainability. As a result it can be noticed that 3D printing can lead to increased
revenue, employability and reduction of raw material waste and even with some unfavorable
points, it is possible to circumvent them with educational and technological advances in this field.
With regard to Industry 4.0, we can see that there is a lack of studies on its implementation in
developing countries and in micro and small industries, as well as being unsure of the impact on
society and the employment issue resulting from these technological transformations. For
additive manufacturing and Industry 4.0 to support sustainable development, it is essential that
sustainability and social development are part of the company’s goals and guidelines, otherwise
they can trigger social disparity.
1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………...…… 12
2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS ……………………………………………………. 13
3. REVISÃO DA LITERATURA ……………………………………………………….... 13
3.1 Indústria 4.0: Histórico e Definições ………………………………………. 13
3.2 Indústria 4.0: Panorama Nacional e Mundial ……………………………… 17
3.3 Manufatura Aditiva ……………………………………………………..….. 18
3.4 Indústria 4.0, Manufatura Aditiva, Meio Ambiente e Sustentabilidade …… 20
4. MATERIAIS E MÉTODOS …………………………………………………………… 22
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ……………………………………………….………. 23
5.1 Manufatura Aditiva na Indústria 4.0 …………………………….…………. 23
5.2. Manufatura Aditiva, Indústria 4.0 e Sustentabilidade …………………….. 29
6. CONCLUSÕES ……………………………...………………………………………… 39
7. REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………..… 40
12
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, visando o aumento do lucro, foi possível observar no mercado mundial
uma crescente busca pelo aumento da competitividade, produtividade, eficiência e qualidade e,
principalmente, a redução dos custos [1]. Consequentemente, embasado nas modificações que a
indústria vêm sofrendo desde a Primeira Revolução Industrial, aumentaram-se os esforços para
encontrar soluções que pudessem trazer um novo meio de produção e gerenciamento da mesma
[2]. Nesse cenário nasceu a terminologia Indústria 4.0, a qual foi primeiramente usada na
Alemanha, em 2011. Este termo se refere à quarta revolução industrial que tem como ideal a
fábrica inteligente, ou seja, aquela que a partir de tecnologias voltadas para automatização
funciona de forma interligada e é capaz de se comunicar internamente em tempo real [3].
Ao passo que essa nova forma de industrialização foi sendo implementada, houve a
necessidade de mudanças nas formas de gerenciamento da produção e técnicas de processamento,
aspirando acompanhar a modernização das indústrias, o que levou à procura por técnicas que
permitissem economia de tempo e de custos, além de possuir tecnologias inovadoras. Nessa
conjuntura, o processamento via manufatura aditiva, conhecido como impressão 3D, ganhou
espaço e é destaque entre os outros métodos de processamento de materiais. Além dos requisitos
necessários para amparar a indústria 4.0, a notoriedade dessa técnica se deve à possibilidade de
fabricar objetos e peças com uma maior precisão dimensional, com geometrias diversas e
complexas e design único [4]. Esse método de confecção se caracteriza pela adição de material
em camadas que foram impressas a partir de um protótipo digital desenhado em um software de
modelagem tridimensional [3].
Inovação e tecnologia, caso não sejam aplicadas de maneira assertiva, podem levar à
intensificação da desigualdade social e causar impactos negativos no meio ambiente. Entretanto,
quando ambas trabalham em conjunto, gera o desenvolvimento da sociedade como um todo.
Além do mais, por meio de mudanças na fábrica e na cadeia de suprimentos, esse progresso
social pode ocorrer de maneira sustentável e leva à implementação da economia circular [5].
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2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
Frente ao cenário atual, em que a tecnologia, inovação, buscas por melhorias e redução
de custos são fundamentais para o avanço do setor industrial, o presente trabalho tem como
objetivo discutir e elucidar o papel e a importância da manufatura aditiva no auxílio do
crescimento da Indústria 4.0, que pode trazer um aumento da produtividade, redução de
desperdícios e custos, fomentando a sustentabilidade e a economia circular.
3. REVISÃO DA LITERATURA
Cem anos após a Segunda Revolução Industrial, a modernização das indústrias deu um
novo passo rumo à inovação. Denominada como Revolução Digital, a Terceira Revolução
Industrial surgiu em 1970 e foi fruto da necessidade por melhorias de cunho tecnológico e
digital. Ela se caracterizou pelo uso de componentes eletrônicos, nanotecnologia,
semicondutores, tecnologia da informação e automação das linhas de produção [1]. Além disso,
ocorreram mudanças na forma de trabalho e em processos, o que alterou a estrutura
organizacional das empresas, revolucionou os planos de negócios e visões estratégicas,
incentivou a globalização, aumentou as relações internacionais e a competitividade a nível
mundial [1].
Dando continuidade ao avanço tecnológico dentro das fábricas, a Quarta Revolução
Industrial trouxe o conceito de Indústria 4.0 e foi resultado da busca por inovação de todas as
Revoluções Industriais existentes. Nesse novo tipo de indústria, não existem barreiras entre o
mundo físico e o digital, e sim o resultado da fusão entre eles [9]. Uma figura com um quadro
resumo de cada Revolução Industrial pode ser observado na Figura 1.
Além do mais, trouxe termos como Smart Factory (Fábrica Inteligente) e Factory of The
Future (Fábrica do Futuro), os quais se referem ao funcionamento da indústria e estilo de
produção: sistemas integrados que controlam a fábrica em tempo real, por meios digitais e de
maneira muito mais eficiente [10].
A Indústria 4.0 é constituída por componentes, princípios e pilares que são relacionados
entre si. Seus quatro componentes necessários para seu funcionamento são: CPS, IoT, IoS e
Smart Factory. Os CPS (Cyber Physical Systems - Sistemas Ciberfísicos) são responsáveis por
armazenar os dados e informações dos processos e operações que acontecem no mundo físico e
integram estes ao mundo virtual, o que o permite tomar decisões em tempo real, descentralizadas
e de forma autônoma. A IoT (Internet of Things - Internet das Coisas) é a conexão dos objetos
físicos com a internet, o que permite uma maior conexão entre pessoas, objetos e dispositivos,
aumentando a onipresença da internet. Entretanto, no ambiente industrial é comum o termo IIoT
(Industrial Internet of Things - Internet Industrial das Coisas) [10]. O IoS (Internet of Services -
Internet dos Serviços) é a oferta de serviços na internet que utiliza duas tecnologias, o Big Data e
Cloud (Computação na Nuvem) [11]. Smart Factory, conhecida como Fábrica Inteligente, é a
integração de todos os componentes citados anteriormente para um funcionamento inteligente e
automatizado da fábrica. Em outras palavras, utiliza-se do IoT e do IoS para administrar as
operações através do CPS [12].
A Indústria 4.0 possui ao todo seis princípios que estão relacionados aos seus
componentes. O primeiro deles é a capacidade de operação em tempo real (Real Time
Capability), que representa a capacidade do sistema em obter a informação do processo e
analisar os dados, permitindo uma tomada de decisão instantânea e inteligente. O segundo
princípio é o de virtualização e representa o processo de monitorar remotamente as operações
que ocorrem na fábrica. Isso é possível devido à instalação de sensores ao longo da planta e eles
estão conectados a um software que possui a cópia da planta em versão digital. O terceiro
princípio é o de descentralização, ou seja, o CPS consegue tomar decisões, de modo autônomo,
baseadas nos dados coletados, descentralizando a tomada de decisão e garantindo que as
necessidades da operação sejam atendidas de prontidão [13]. O princípio de orientação a serviços
utiliza conceitos de IoS para customizar os processos de acordo com as exigências do cliente. O
quinto princípio é o de modularidade e ele corresponde à capacidade de de uma máquina ser
flexível a mudanças, seja por demanda do cliente, mudança no produto ou qualquer outra
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Devido a sua capacidade de produzir peças complexas, a manufatura aditiva pode ser
utilizada em diversas áreas e para a fabricação de produtos variados, dentre eles parte para o setor
automotivo, setor aeroespacial, itens médicos e hospitalares, produção de biomateriais, implantes
ortopédicos, arquitetura e outros. Um exemplo bem interessante é o da Airbus, empresa que
fabrica aeronaves de diversos modelos, que utiliza da impressão 3D para produzir as peças que
une as asas aos motores. Isso faz com que os novos projetos de aviação tenham um custo menor,
pois minimiza o desperdício de matéria-prima e é ainda mais vantajoso por reduzir o peso do
avião [16]. Algumas peças podem necessitar de acabamento final, como remoção de alguma
parte, limpeza, processo de cura, pintura, tratamentos térmicos e outros [15].
A MA possui vantagens e desvantagens como qualquer outro tipo de processamento.
Dentre suas vantagens estão: produção de peças únicas, customizadas, com design diferenciado e
complexo; não precisa de molde para ser produzida; produção de peças mais leves; menor
desperdício do material na produção; processo mais sustentável; muitas vezes já é obtida a peça
final; e produção em curto espaço de tempo [16]. Entre suas desvantagens se encontram: custo
inicial elevado do equipamento e do material, apenas diminuindo o valor quando utilizados a
longo prazo e com um maior uso dessa técnica; custo elevado para produzir uma grande
quantidade de peças simples ou objetos grandes; quantidade limitada de tipos de materiais que
conseguem ser processadas por essa técnica; limitação na estrutura dimensional (tamanho); e
resistência e precisão superficial podem ser baixas e limitadas, visto que durante o processamento
pode ocorrer alguma falha e as camadas não se unirem umas às outras de maneira eficiente [15].
Neste contexto, a manufatura aditiva pode colaborar com a Indústria 4.0 em alguns
aspectos, sendo que ela representa a parte física das smart factories. O primeiro é a produção de
peças customizadas e com diferentes formatos. Em segundo e o principal motivo relacionado
com a Indústria 4.0 .0 é a redução de custos, de tempo e de material, permitindo uma produção
flexível, auxiliando na eficiência e eficácia do processo [3].
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho foi realizado por meio de uma revisão de literatura narrativa que é ideal para
fundamentar de forma teórica os materiais selecionados, além de permitir a contextualização e
arguição do tema. Para embasar a discussão acerca da área de estudo escolhida foram utilizados
artigos científicos, artigos de literatura, livros, revistas científicas, monografias e outros materiais
condizentes com o nível deste trabalho. Estes recursos foram buscados em bases de dados de
divulgação científica, entre elas o Science Direct, Scielo, Google Acadêmico e bibliotecas de
universidades e instituições de ensino superior.
Para um melhor embasamento do conteúdo, visando uma maior acuracidade dos dados
que serão apresentados e discutidos, e levando em consideração que o campo de estudo é um
tema atual repleto de inovações e que sempre passa por novas descobertas e atualizações, foram
utilizados dois critérios de busca: materiais recentes, a partir de 2017; e palavras-chaves:
indústria 4.0; fábricas inteligentes; impressão 3D; manufatura aditiva; inovação; sustentabilidade
e; economia circular.
Após aplicar os critérios de busca de artigos, foram selecionados os materiais que melhor
se enquadraram e houve uma análise e tratamento dos dados obtidos para definir quais seriam
utilizados como base para a discussão deste Trabalho de Conclusão de Curso. Na Figura 4
pode-se observar um fluxograma do resumo do processo de escolha dos artigos.
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Para iniciar a discussão sobre o tema foram utilizados alguns dos materiais selecionados e
os textos foram organizados e separados em tipo de texto, título e ano de publicação.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A discussão foi dividida em duas partes. A primeira se refere a como a manufatura aditiva
pode ser vantajosa para a disseminação e crescimento da indústria 4.0; e para discuti-la foram
utilizados dois artigos publicados em revistas e uma monografia. A segunda seção de discussão
tem como base justificar a manufatura aditiva como impulsionadora da sustentabilidade e
economia circular.
por produzir a peça final, a cadeia de produtiva é mais curta, reduzindo o lead time de produção,
ou seja, o tempo que este produto leva para chegar ao consumidor é ainda menor. Em adição, essa
tecnologia poderia facilitar pedidos em caráter de urgência. Caso um cliente necessite de um
produto, mas a empresa não possa atendê-lo, a empresa poderia enviar o desenho via IoT para o
cliente e ele mesmo imprimiria o produto, caso tenha acesso a uma impressora 3D. Isso faz com
que a indústria fique cada vez mais próxima do consumidor final [20].
Outro fator relevante a ser considerado é que as impressoras 3D são acessíveis no sentido
de produção para pequenas empresas. Desde que a manufatura aditiva se tornou um tema de
interesse, o know how sobre esse tipo de processamento e suas vantagens foram disseminados, e
consequentemente a busca e o consumo por essa tecnologia aumentou, principalmente em micro
e pequenas empresas, visto que é uma tecnologia que não requer grandes espaços físicos e nem
grande quantidade de funcionários para operá-las. Então qualquer pessoa ou empresa que tenha
os recursos financeiros para obter uma impressora 3D, poderá começar a produzir com esse tipo
de tecnologia [16]. Isso torna a manufatura aditiva ainda mais atrativa na indústria 4.0, pois é
algo que está cada vez mais atual e pode abranger grande parte dos possíveis clientes, o que
diverge da premissa de que apenas indústrias de grande porte detêm capacidade suficiente para
conseguir implementar essa nova tecnologia em sua totalidade e que pequenas empresas possuem
no máximo um sistema híbrido de tecnologia, ou seja, possui tanto processos manuais quanto
tecnológicos.
Nesse contexto também é importante relembrar o cenário no qual o Brasil se encontra em
relação à evolução para a Indústria 4.0. O país tem uma defasagem de conhecimento e aplicações
referentes ao quesito tecnológico, sendo que grande parte das fábricas existentes ainda estão na
transição da segunda para a terceira revolução industrial. Com a inserção da manufatura aditiva
em todos os níveis de organizações, é possível iniciar uma corrida para alcançar outros patamares
na economia nacional e mundial e mudar as perspectivas em relação à educação e
empregabilidade. Para a inserção da manufatura aditiva, o investimento inicial é de 25 bilhões de
euros por ano. Em contrapartida trará benefícios: em termos financeiros, a capacidade produtiva
do setor de manufatura aumentará em 15 bilhões de euros por ano, variando de 5 a 25%
dependendo da empresa; a receita crescerá em até 30 bilhões de euros por ano e; aumentará em
até 10% a taxa de empregabilidade [16].
Assim como qualquer processamento a manufatura aditiva na Indústria 4.0 tem suas
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controvérsias. O primeiro ponto levantado é o alto custo das impressoras 3D. A grande maioria
desses equipamentos de manufatura aditiva (impressoras) são importados, o que torna o produto
final ainda mais caro. Entretanto, conforme a utilização desses materiais for aumentando, maior a
necessidade de produção desse equipamento nacionalmente, além do aumento da concorrência
entre as empresas, o que consequentemente fará com que o custo final seja reduzido, pois não
haverá mais a necessidade de importação.
O segundo ponto levantado é a grande falta de conhecimento sobre o tema. Porém, por ser
a tendência do mercado, cada vez mais são produzidos conteúdos sobre a área, além de que os
códigos de programação dos softwares utilizados no processo de fabricação do objeto (softwares
de renderização, reparação e slicer) poderiam ser abertos e disponíveis na internet, o que
facilitaria o acesso às informações. Todos esses pontos, somados com o fato de ser um mercado
promissor, funcionariam como incentivo para mais pessoas entrarem para essa área [20].
O terceiro questionamento levantado é o da turbulência que pode gerar no mercado de
trabalho. Ao mesmo tempo que a manufatura aditiva e a indústria 4.0 geram diversos empregos
na área de tecnologia, elas podem originar a eliminação de empregos considerados de baixa
qualificação profissional. Embora tenha sido falado que a manufatura aditiva na indústria 4.0
possa gerar até 10% de aumento na taxa de empregabilidade, isso se refere apenas às áreas de
tecnologia. Como a impressão 3D não precisa de muitas pessoas para manuseá-la, para realizar a
etapa do processamento e nem requer as etapas tradicionais do pós-processamento, muitos
empregos relacionados à manufatura serão cortados. Consequentemente abre-se a discussão sobre
como capacitar essas pessoas para que elas possam ser inseridas e atuar na indústria 4.0 e quem
será responsável por essa capacitação [18].
A quarta questão que deve ser levada em consideração é a de produzir peças simples,
peças grandes ou grandes lotes dos produtos. Atualmente, produzir peças simples em uma
impressora 3D não é vantajoso, pois o custo elevado da produção não consegue ser diluído em
um objeto com baixo valor agregado. O problema com as peças de grandes dimensões também
representa um desafio financeiro e de produção, pois o maquinário deve ser muito maior do que o
habitualmente utilizado, o que encareceria o processo. Entretanto, já existem casos de produção
de peças grandes de até 1 metro de comprimento e casos em que obras da engenharia civil são
construídas por impressão 3D via braço mecânico. Além disso, em termos econômicos, a
produção em grande escala com a manufatura aditiva só é vantajosa caso a demanda também seja
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muito alta. Como seria necessário mais de uma impressora para atender essa escala de produção,
o custo para instalar grande quantidade de equipamentos seria elevado, o qual se justificaria com
uma alta demanda e possibilitando que o custo de produção seja diluído no custo final [16].
Um outro problema advindo da utilização da manufatura aditiva é o erro de
processamento. Como o material é fabricado em camadas, caso elas não tenham aderência entre
umas às outras, o produto pode apresentar falhas, comprometendo a integridade estrutural da
peça, diminuindo a resistência mecânica, a resistência à tensão e prejudicando sua
funcionalidade. Isso pode ser contornado com o envolvimento de engenheiros e projetistas que
são capazes de prever possíveis erros durante a produção e o que fazer em cada situação.
Pesquisas também apontam outra dificuldade: não são todos os materiais que conseguem ser
utilizados neste processamento, o que acaba restringindo o uso dessa técnica. Dentre os materiais
que podem ser utilizados na impressora 3D estão: materiais poliméricos, como ABS (acrilonitrila
butadieno estireno), PLA (poli ácido lático), Nylon 6 (poliamida 6); resinas poliméricas, como a
resina epóxi; materiais cerâmicos, por exemplo a alumina e; materiais metálicos, como alumínio,
cobre, aço inoxidável, ligas de titânio e tungstênio [16].
Uma questão que entra em pauta quando se trata da impressão 3D e o fácil acesso a ela, é
a ética. Por requerer apenas um desenho em um software e logo já ter a peça final pronta,
inicia-se o debate sobre quais objetos poderão ser impressos e por quem poderão ser impressos,
pois se qualquer pessoa pode imprimir algo via manufatura aditiva; as chances de se produzir
peças com alto índice de periculosidade são elevadas, e como não há regulamentação para o uso
dessa técnica, fica mais difícil controlar a finalidade para a qual a impressora 3D será utilizada
[16].
Por fim, para garantir que a impressão 3D terá o seu melhor aproveitamento na indústria
4.0, devem ser adotadas diretrizes, que em alguns pontos são parecidas com métodos tradicionais.
Ao todo são onze diretrizes [16]:
➔ Impressora 3D: inicialmente deve-se definir o tipo de impressora que será utilizado na
linha de produção, pois cada tipo de peça produzida requer um tipo de impressora
diferente, com características e requisitos distintos. Outro ponto a ser definido é a
quantidade de impressoras que deverão ter na fábrica para atender a demanda. É
recomendado escolher impressoras que tenham produção nacional, pois caso necessite de
reparo técnico, o tempo de espera não será tão demorado [16].
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exclusivas, é preciso definir o grau de customização que a empresa pode realizar [16].
➔ Inovação: visto que é um mercado muito recente, ainda há muitas revoluções e
transformações para ocorrer. Para a empresa se manter competitiva, é necessário observar
as tendências do mercado e conhecer as inovações que estão surgindo [16].
➔ Pós processamento: é necessário definir se precisará de tratamento final ou não, e caso
tenha, o que deve ser realizado e como. Essas definições são importantes, pois impactam
diretamente no espaço necessário para a produção e no custo final do projeto [16].
➔ Gerenciamento: deve-se otimizar as horas de funcionamento das impressoras 3D’s, pois
isso garantirá uma maior vida útil, um melhor aproveitamento das horas trabalhadas e um
melhor funcionamento da mesma [16].
sociedade que tenha os direitos humanos garantidos e acesso a itens básicos, como saúde, higiene
e educação [18].
Em resumo, o desenvolvimento sustentável da indústria 4.0 só terá resultados positivos
caso haja interação entre economia, sociedade e ambiente, e isso se dará com mudanças
sistêmicas, inovação em produtos, mudanças no estilo de vida cultural, processos e estruturas das
empresas, desenvolvimento de modelos de negócios sustentáveis e economia circular [5].
A indústria 4.0 pode contribuir para um desenvolvimento sustentável, pois como utiliza
tecnologias inteligentes que permitem o compartilhamento de dados em tempo real, uma maior
interação e integração entre os processos e operações que ocorrem, levando à rastreabilidade e
monitoramento do processo, o que facilita a tomada de decisões, que acontece também em tempo
real, proporcionando um melhor aproveitamento dos recursos durante o processo até a etapa do
pós-consumo. Diferentemente dos modelos tradicionais, os quais possuem premissas de agregar
valor financeiro mas que não são sustentáveis, a indústria 4.0 é capaz de fornecer alto retorno
financeiro, garantia de estabilidade no mercado, eficiência na produção, redução de custos,
agrega valor social e é mais sustentável. A manufatura na nuvem (cloud manufacturing)
corrobora para a sustentabilidade em quatro aspectos: design colaborativo; maior automação;
melhora o processo e prevê possíveis erros; e aumenta a reutilização dos produtos e a redução do
desperdício [5].
Um exemplo de como a tecnologia utilizada pode ajudar no desenvolvimento sustentável
é relacionada à emissão de gases. Um dos gases com maior parcela de responsabilidade sobre o
efeito estufa e, consequentemente, as mudanças climáticas, é o dióxido de carbono (gás
carbônico) e nas indústrias, ele é o gás mais liberado no ambiente. Com a utilização dos sistemas
integrados, a IIoT e os CPS’s é possível aumentar a eficiência da produção, otimização do uso
dos recursos disponíveis, reduzir o consumo de energia e reduzir desperdícios, o que
consequentemente contribui para a diminuição da pegada de carbono e favorece a parte social e
sustentável [18]. Os recursos do Big Data Analytics são fundamentais, pois trazem transparência
em relação ao consumo de recursos. Ele auxilia na observação e decisão em tempo real,
reduzindo, assim, o custo do processamento de componentes no fim do seu ciclo de vida útil para
otimizar e melhorar o ciclo de vida do produto, o que permite menores gastos com a manufatura e
pode impactar positivamente as emissões de poluentes e gases causadores do efeito estufa. Além
disso, observar o produto em tempo real através da realidade aumentada, amplifica a quantidade
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Pode-se encontrar alguns exemplos de como a manufatura aditiva pode ter impactos
positivos no ambiente e no quesito sustentabilidade. O primeiro deles é na indústria da moda, que
utiliza essa técnica para fabricar sapatos novos com o design necessário, além de conseguir
reciclá-los posteriormente e retorná-los ao processo. Outro exemplo é na indústria de plástico.
Esse material libera gases de efeito estufa durante seu ciclo de vida, contribuindo para o
aquecimento global, enquanto os microplásticos contêm substâncias químicas nocivas que
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contaminam a água e a atmosfera. A manufatura aditiva pode ser utilizada para reciclar plásticos
de uso único, ou seja, descartáveis, após o seu uso pós-consumo, por exemplo garrafas de água, e
são utilizadas como matéria-prima para um uso futuro. Além do mais, ela é uma forte aliada para
produtores de polímero para a redução da pegada de carbono. Um exemplo grandioso é que a
impressão 3D pode ser utilizada para construir objetos sólidos e duradouros, tanto na engenharia
civil quanto na arquitetura, por exemplo em pontes, casas e edifícios. Para tal feito é utilizado um
braço robótico que faz a impressão em 3D [21].
A manufatura aditiva oferece revoluções extremamente significativas nos processos
através dos quais os produtos são produzidos de forma inovadora. Ela auxilia nas resoluções de
problemas de forma rápida e eficiente, traz maior rentabilidade e produtividade. Atualmente as
indústrias aeroespacial e médica são as que mais se beneficiam desse tipo de processamento.
Outro benefício da impressão 3D é que durante seu funcionamento, ela libera pouquíssima ou
nenhuma substância tóxica [21].
A manufatura sustentável representa uma parte da economia circular, visto que ela
representa exclusivamente a parte do processo referente à manufatura. Por outro lado, a economia
circular é um modelo de negócio que foca na economia como um todo, podendo ser aplicada em
diversos segmentos da indústria. Na Figura 6 é mostrado como a economia circular é incluída na
manufatura com a aplicação dos 6 R's [19].
Figura 6: Economia circular e criação de valor
Outro problema levantado e observado durante as pesquisas nas bases de dados é que a
grande maioria dos artigos encontrados são voltados para indústrias de grande porte e de países
desenvolvidos, gerando o questionamento sobre até que ponto a indústria 4.0 é inclusiva e
sustentável. Foi encontrada uma monografia nacional que discute a inserção da Indústria 4.0 em
micro e pequenas empresas, sendo a conclusão positiva e trará benefícios, mas ainda assim são
poucos os dados fornecidos; e em escala mundial, é ainda mais difícil encontrar dados sobre
empresas de pequeno porte. Além do mais, como já foi falado anteriormente, a maior parte dos
artigos só inclui resultados positivos considerando apenas países desenvolvidos, ou seja, países
que possuem recursos e incentivo para a implementação da indústria 4.0 ou que já estão nesse
caminho. Por outro lado, em se tratando de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, as
dificuldades são muito grandes e cada país teria que ter um plano de implementação e
desenvolvimento condizentes com sua realidade. Em resumo, grande parte das pesquisas focam
apenas na parte norte do globo terrestre, onde encontra-se a Europa e a América do Norte [16].
O Brasil apresenta dificuldades para essas transições tecnológicas por não possuir
investimentos na área de educação e fomento industrial, gerando uma certa escassez de
conhecimento. Para contornar a situação é necessário que haja ações tanto da empresa como,
principalmente, do governo, pois caso dependa somente da empresa, pode ser que essa
implementação não seja efetiva. Referente à empresa, espera-se que haja: políticas estratégicas;
mudança de valores; investimento em inovação; investimento em tecnologia e digitalização e;
capacitação para os funcionários da empresa. Por parte do governo espera-se: políticas públicas;
investimento em educação de todos os níveis de escolaridade; incentivos financeiros e fiscais;
incentivo à inovação e; incentivo à industrialização tecnológica [12].
Em relação ao trabalho na indústria 4.0 são levantados três pontos. O primeiro é a
eliminação de empregos considerados de baixa qualificação, que são aqueles empregos que
possuem atividades com baixo grau de complexidade, não precisam de mão de obra tão
especializada e não requerem conhecimentos técnicos específicos. Isso é preocupante, pois teria
que dar as condições e conhecimento para essas pessoas se recolocarem no mercado, além de ter
um certo abuso de poder para definir qual trabalho é qualificado ou não. Em escala global, é
estimado que cerca de 8,5% dos trabalhos relacionados à manufatura serão cortados. Isso reforça
o quão fundamental é a necessidade de promover os recursos necessários para uma melhor
aprendizagem e adaptação quando a transição para a indústria 4.0 ocorrer [24]. O segundo ponto
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é como será a qualidade e as condições de trabalho nesse novo tipo de indústria. Muito se discute
sobre o quanto essas novas tecnologias podem influenciar e modificar a rotina e as condições de
trabalho futuramente. Por se tratar de uma indústria que permite monitoramento remoto, um dos
questionamentos que surge é se a jornada de trabalho poderá se estender além do permitido por
lei. O terceiro ponto novamente é a questão da inclusão. Atualmente sabe-se que as
oportunidades empregatícias não são iguais para todas as pessoas e o que é debatido é se na
indústria 4.0 as oportunidades de trabalho serão iguais para todas as pessoas [22].
Por muitas vezes, em todos os artigos pesquisados, a sustentabilidade não é considerada
como parte da indústria 4.0, mas apenas como uma consequência positiva da mesma. A
consequência disso é que a sustentabilidade pode acabar sendo deixada de lado, se tornando não
tão abrangente e os potenciais advindos dessa inclusão não são aproveitados. A questão principal
não deve ser a influência positiva que a Indústria 4.0 terá no desenvolvimento sustentável, mas
sim a forma como a digitalização sustentável da indústria pode atuar em nossas vidas [22]. Um
termo utilizado para descrever essa falsa sustentabilidade é o greenwashing. Esse termo descreve
a prática das empresas de divulgarem um produto que possua responsabilidade socioambiental,
porém verdadeiramente ela não é uma empresa sustentável ou ela possui uma pequena parcela
sustentável, mas que tem finalidade de somente encobrir todo o impacto gerado por suas
atividades produtivas [25]. Para que o desenvolvimento sustentável ocorra de maneira assertiva,
as empresas devem assumir um compromisso com as questões de inovação e sustentabilidade,
sendo que as mesmas devem fazer parte da estratégia e metas das empresas,alinhando as metas da
alta gestão com as unidades de negócios operacionais, resultando em modelos de negócio
orientado à solução de problemas [5].
No cenário socioeconômico atual, se a indústria 4.0 fosse implementada, ela aumentaria a
disparidade social. Para que isso não ocorra, o governo deve tomar as mesmas ações citadas
acima, como investimento em educação, e deve-se garantir acesso a itens básicos de saúde e
saneamento, e os direitos humanos devem ser respeitados. Por outro lado, a empresa também
pode contribuir para o desenvolvimento da sociedade [18]. Atualmente, utiliza-se muito o termo
ESG - Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) para definir e
medir as práticas das empresas relacionadas ao meio ambiente, à sociedade e à governança. Em
outras palavras, o termo é bastante utilizado para mensurar e reduzir os impactos da atividade da
empresa no meio ambiente; contribuir para melhorar a questão social, seja investindo em projetos
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N° Objetivo N° Objetivo
Como já citado anteriormente, a utilização das tecnologias como IIoT, big data e os CPS’s
são capazes de aumentar a eficiência energética e consequentemente reduzir o consumo de
energia. Quando essas tecnologias são combinadas com a economia circular, é possível coletar
uma grande quantidade de dados sobre toda a cadeia produtiva, permitindo o rastreamento e
análise do consumo da indústria e também da população, e isso pode ser revertido em ações
voltadas para o setor de energia e recursos, possibilitando, além dos benefícios já citados, o
aumento dos estudos sobre energia limpa, assim como a capacidade de utilização e produção da
mesma, inclusive dentro da própria indústria. Com a criação dos ODS 's é possível que os
governos políticos e a alta gestão das empresas possam criar leis e incentivos voltados para esse
setor, assim como para qualquer outro objetivo. Na questão específica de energia, o cumprimento
da meta da ONU reduziria o consumo de combustíveis fósseis e acarretaria na geração de novos
empregos, o que facilitaria a transição para a indústria 4.0 e resolveria parte do problema
empregatício [24].
Em estudos gerais, é possível observar que o 9° ODS é um dos mais fortemente ligados à
indústria 4.0, pois o mesmo tem por metas a construção de estruturas essenciais para viabilizar a
industrialização inclusiva e sustentável, além de ser ligado a avanços tecnológicos, que é o foco
principal da indústria 4.0 [24].
Como a indústria 4.0 permite uma maior flexibilização da cadeia produtiva, visa a
otimização de recursos e tem por consequência um impacto positivo no ambiente, esse tipo de
indústria abre possibilidades para novos modelos de negócios, principalmente a economia
circular, pois ambas aspiram a redução de desperdícios. E em termos econômicos, estima-se que
a combinação da indústria 4.0 com a economia circular pode gerar uma economia de
aproximadamente US $4,5 trilhões, o que aumentaria a independência nacional de recursos
escassos [24].
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS
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