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UBERABA
2021
Thaysa Cristina Melo Silva
UBERABA
2021
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
General Motors – GM
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 6
2.1 INDÚSTRIA 4.0 .......................................................................................................... 6
2.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS ................................................................................... 7
2.3 SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO – STP ........................................................... 8
2.4 LEAN MANUFACTURING ....................................................................................... 10
2.4.1 Lean Seis Sigma ................................................................................................ 12
2.5 TEORIA DAS RESTRIÇÕES ................................................................................... 13
3 METODOLOGIA........................................................................................................... 14
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................................. 16
5 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 17
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1 INTRODUÇÃO
O início da Era Industrial – século XVIII, Inglaterra – foi um dos grandes marcos da
humanidade e promoveu uma transformação revolucionária na civilização. Com o surgimento
da indústria, os conceitos de produção e trabalho foram irrevogavelmente reformulados e os
impactos dessa renovação foram sentidos nas esferas econômicas, políticas e sociais.
De acordo com Frank, Dalenogare e Ayala (2019), a Indústria 4.0 representa um novo
estágio industrial de sistemas de manufatura, integrando um conjunto de tecnologias digitais
emergentes e convergentes que agregam valor a todo o ciclo de vida do produto. Cheng et al.
(2016), reitera que a essência da Indústria 4.0 baseia-se nos Sistemas Cibernético-Físico
(Cyber-Physical Systems) – CPS, e Internet das Coisas (Internet of Things) – IoT.
O foco da Indústria 4.0 reside na conectividade total da indústria e tem como principais
propostas a interconexão de dados, integração, inovação, processos inteligentes e confiáveis, e,
finalmente, melhoria das cadeias de valor em todas as fases do ciclo de vida do produto.
A filosofia Lean, modelo de gestão que tem suas raízes no Sistema Toyota de Produção,
prega que melhores resultados são alcançados através do combate ao desperdício em todos os
níveis do sistema. O foco em uma visão estratégica e integrada dos processos, cadeia de valor,
eliminação de desperdícios e melhoria da qualidade são os grandes direcionadores dessa
filosofia e podem ser amplamente utilizados na Cadeia de Suprimentos.
Dotado de diversas ferramentas e métodos, tais como Just in Time (JiT), Kanban, Poka
Yoke, 5S, dentre outros, a metodologia Lean se mostra um poderoso aliado na sincronização,
integração e melhoria da Cadeia de Suprimentos.
Seus resultados e discussões serão relevantes tanto para empresas que estão passando,
ou irão passar, pelo processo de convergência com a Indústria 4.0 – visto que a metodologia
visa um aprimoramento no desempenho geral da Cadeia – quanto para o ponto de vista
acadêmico – combinando a filosofia Lean Thinking com Supply Chain Management.
O trabalho tem como objetivo geral realizar uma pesquisa exploratória descritiva das
ferramentas Lean mais atualizadas, com sua aplicação voltada para toda a Cadeia de
Suprimentos, tendo como finalidade alcançar a otimização dos processos envolvidos, melhoria
contínua e maximização de resultados para se chegar na confiabilidade do sistema exigida pela
Indústria 4.0.
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Para tal fim, o trabalho irá apresentar uma pesquisa descritiva sobre Lean Management,
Ferramentas Lean, Teoria das Restrições, Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística;
caracterizar as operações de uma Cadeia de Suprimentos; discutir aplicações e vantagens do
Lean na Cadeia de Suprimentos; e, por fim, apresentar uma metodologia para aplicação do Lean
Thinking na Cadeia de suprimentos como preparação para a Indústria 4.0.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esta seção discorre sobre a revisão da literatura acerca das temáticas envolvidas no
presente trabalho, apresentando seus principais conceitos que serviram como base para seu
desenvolvimento.
O conceito de Indústria 4.0 surgiu pela primeira vez no ano de 2011 na Alemanha em
meio a Feira de Hannover como um projeto intitulado “Plataforma Indústria 4.0”. Seu objetivo
principal era otimizar o processo produtivo através do desenvolvimento de alta tecnologia, de
modo a criar sistemas automatizados capazes de controlar equipamentos industriais por meio
de trocas de informações entre máquinas e pessoas.
De acordo com Souza e Nunes (2020), a Indústria 4.0 se caracteriza pela combinação
de sistemas físicos e virtuais que resultam em cadeias de valor revolucionárias. Os pilares da
indústria são:
a) Big Data – uma nova forma de processamento de dados complexos que permite
seu tratamento em diversos ambientes e contextos;
b) Internet das Coisas – simboliza a capacidade de qualquer objeto físico de se
conectar com a internet viabilizado o envio e recebimento de dados;
c) Sistemas cyber-físicos – sistemas integradores de computadores e processos
físicos com foco na comunicação e controle de tecnologias;
d) Fábricas Inteligentes – representam o conjunto dos conceitos anteriores
aplicados no ambiente fabril com a finalidade de otimizar os processos de
produção, promovendo a flexibilidade e adaptabilidade ao sistema.
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Se tratando de uma nova era para a manufatura, a Indústria 4.0 e suas tecnologias faz
com que a Cadeia de Suprimentos tenha o desafio de gerenciar toda a complexidade e
flexibilidade propostas. Segundo Corrêa (2019), essa nova Revolução Industrial possui três
pontos de impacto direto nas Cadeias de Suprimentos:
Fundada em 1937 no Japão, a Toyota Motor Company é hoje uma das gigantes do setor
automobilístico e a maior montadora do mundo. Com seu modelo de produção próprio,
conhecido como Sistema Toyota de Produção, a organização revolucionou os sistemas de
produção existentes.
No período pós Segunda Guerra Mundial em que o Japão enfrentava graves problemas
econômicos e sociais, o sistema de produção em massa – que vigorava no Ocidente – não era
sustentável perante a realidade japonesa, que apresentava um mercado doméstico de consumo
limitado e uma economia devastada pela guerra.
Nesse contexto é desenvolvido então, por Taiichi Ohno – um dos chefes de produção da
Toyota, o Sistema Toyota de Produção (STP), um modelo produtivo que buscava desenvolver
novas formas de fabricação, com o menor custo possível baseando-se em duas tendências
centrais: a melhoria contínua e a eliminação dos desperdícios. O desenvolvimento do STP data
das décadas de 1950 e 1960 e sua disseminação para a cadeia de fornecedores aconteceu na
década seguinte.
Linker (2007) descreve que à medida que o Sistema Toyota de Produção amadurecia e
se propagava pela cadeia de suprimentos surgiu a necessidade de uma sistematização de seus
principais conceitos. Nasce então o que ficou conhecido como a “Casa do STP”, uma
representação de simples interpretação da mentalidade do STP, elaborada por Fujio Cho. A
Figura 1 abaixo apresenta a Casa do STP.
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Rodrigues (2014), descreve que no telhado estão apresentadas as metas do STP, e, como
base inicial para atingir essas metas, está a Filosofia do Modelo Toyota, seguida por um
gerenciamento visual, por processos estáveis e padronizados e produção nivelada. Os pilares da
casa são o Just in Time e a autonomação. No centro reside o foco nas pessoas e equipes de
trabalho e o foco na redução das perdas.
Para Linker (2015), logo em seguida do sistema de produção em massa criado por Henry
Ford, o STP se estabelece como a maior evolução em processos administrativos. Esse sistema
produtivo serviu como base para a criação e desenvolvimento do Lean Manufacturing ou
Sistema de Produção Enxuta que será abordado no tópico seguinte.
Ainda de acordo com Slack et al. (2018), o foco desse sistema produtivo é atender com
precisão as necessidades dos clientes, entregando produtos ou serviços com qualidade perfeita,
em quantidades exatas, apenas quando e onde necessário, ao menor custo possível. Para tanto,
um alto nível de sincronização é exigido em toda a cadeia de suprimentos, de forma que os itens
fluam de forma rápida e regular.
Womack e Jones (2004), afirmam que para que a Manufatura Enxuta tenha sucesso é
necessário também uma Mentalidade Enxuta, denominada Lean Thinking. Os autores
caracterizam o Lean Thinking em cinco princípios centrais, sendo eles:
c) Fluxo contínuo;
d) Produção puxada;
e) Perfeição (Kaizen).
O primeiro passo é determinar o que o cliente considera como valor, isto é, o que o
cliente realmente deseja para atender suas expectativas. Em seguida é preciso analisar a cadeia
de valor – conjunto de todas as ações necessárias para atender as necessidades dos clientes, da
matéria prima ao produto final em mãos – e buscar eliminar desperdícios e atividades que não
agregam valor. Após isso é preciso garantir um fluxo contínuo, em que cada etapa gere valor
para a etapa seguinte e que os processos e operações fluam de forma suave pelo sistema. Ao
alcançar o fluxo contínuo, o conceito de produção puxada pode ser aplicado, produzindo apenas
o que o cliente solicita e reduzindo ao máximo os estoques. Por fim, a busca pela perfeição e
melhoria contínua do sistema.
Fernandes e Godinho (2010) salientam que as ideias básicas do Lean Manufacturing são
o princípio do não-custo (preço – custo = lucro) e a eliminação dos desperdícios. Para aumentar
o lucro deve-se focar em reduzir os custos e uma forma de redução de custos é a eliminação
dos desperdícios.
Desperdício pode ser definido como qualquer coisa que consome recursos e não agrega
valor. Slack et al. (2018) explicitam que há três causas de desperdícios, muda – atividades que
simplesmente não agregam valor, mura – falta de consistência ou irregularidades, e por fim,
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A metodologia Seis Sigma surgiu na década de 80 na Motorola sob forte influência das
ideias de Joseph M. Juran e W. Edwards Deming, dois gurus da qualidade. Segundo Harry et
al. (1998), o método Seis Sigma possibilita que as empresas aumentem o lucro por meio da
otimização de processos e operações, melhoria da qualidade e eliminação dos defeitos, falhas e
erros.
Através de seu ciclo de melhoramento denominado DMAIC – Define, Measure,
Analyse, Improve, Control – traduzido para o Português respectivamente como Definir, Medir,
Analisar, Melhorar e Controlar, o método busca otimizar as operações, eliminar os defeitos e
melhorar a qualidade do sistema.
A integração do Lean com o Seis Sigma – Lean Seis Sigma – é considerado uma filosofia
de melhoria baseada em fatos e orientada por dados que valoriza a prevenção de defeitos em
detrimento da detecção. A American Society for Quality (ASQ), enfatiza que enquanto a
metodologia Seis Sigma tem como foco a redução da variação e aprimoramento do controle do
processo, a filosofia Lean busca eliminar o desperdício, promovendo a padronização e o fluxo
regular.
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Goldratt (2014) define restrição como sendo qualquer recurso que possua capacidade
menor ou igual a demanda designada a ele. O objetivo do gerenciamento é usar as restrições da
melhor maneira possível para elevar o desempenho do sistema como um todo.
• Elevar a restrição;
O processo tem início com a identificação da restrição – analogamente o elo mais fraco
de uma corrente. O segundo passo leva em consideração que a saída da restrição governa ou
restringe a saída da organização como um todo, portanto é necessário elevar ao máximo a
capacidade dessa restrição, sem mudanças muito dispendiosas; reduzindo tempos não
produtivos, por exemplo. O terceiro e crucial passo é fazer com que a restrição dite o ritmo do
sistema, isto é, ajustar todos os elementos não restrição ao ritmo de trabalho da restrição. O
quarto passo acontece quando a capacidade do sistema é exaurida e os dois passos anteriores
não foram bem sucedidos. Nesse caso é preciso eliminar a restrição ainda que isso implique em
grandes mudanças no sistema. Por fim, o quinto passo sugere o reinício do processo de
focalização, buscando novas restrições e por consequência novos pontos de melhoria.
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Para Slack et al. (2018) a Teoria das Restrições se relaciona com o Lean Thinking uma
vez que um dos princípios do pensamento enxuto é o fluxo regular e contínuo de materiais ao
longo dos processos, operações e Cadeia de Suprimentos, dessa forma, qualquer restrição ou
gargalo será um empecilho e deverá ser gerenciado.
Segundo Moellmann e Marins (2005) a Teoria das Restrições se mostra uma solução
viável e eficiente para a integração dos elos da Cadeia de Suprimentos, buscando balancear os
ganhos globais – da Cadeia como um todo – e os ganhos individuais de cada empresa membro.
3 METODOLOGIA
De acordo com Miguel et al. (2012), a pesquisa descritiva é voltada para a compreensão
de um determinado fenômeno e fornecimento de base para desenvolvimento ou refinamento de
teorias. Segundo Fontelles (2009), a pesquisa exploratória tem como principal objetivo
aproximar e familiarizar o pesquisador com o tema a ser estudado. Nesse sentido, o presente
trabalho se inicia com uma pesquisa exploratória para obtenção de uma visão geral e maior
entendimento acerca do objeto de estudo, e, posteriormente, adota um cunho descritivo,
caracterizando as características fundamentais do tema.
2021 2022
ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN
Definição da Área x
Planejamento e Formulação do
x
tema
Definição dos Objetivos e
x
Elaboração da Justificativa
Revisão Sistemática da Literatura x x x x x x x
Introdução - Escrita x
Revisão Bibliográfica - Escrita x
Metodologia - Escrita x
Análise e Síntese das Informações x x x
Resultados e Discussões - Escrita x x x
Conclusão - Escrita x
Revisão da Monografia x x
Preparação da Apresentação x
Apresentação do Trabalho x
Fonte: do autor, 2021
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Esta seção será elaborada no semestre em que o aluno estiver matriculado em TCC II.
5 CONCLUSÕES
Esta seção será elaborada no semestre em que o aluno estiver matriculado em TCC II.
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REFERÊNCIAS
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18
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