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NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15511
Primeira edição
25.02.2008

Válida a partir de
25.03.2008

Líquido gerador de espuma (LGE), de baixa


expansão, para combate a incêndios em
combustíveis líquidos
Low expansion foam concentrates for firefighting in liquids combustibles.
Impresso por LUCIO WAGNER FLORES BRAGA em 06/08/2015

Palavras-chave: LGE. Espuma. Incêndio.


Descriptors: Foam. Concentrates. Firefighting.

ICS 13.220.01

ISBN 978-85-07-01338-9

Número de referência
ABNT NBR 15511:2008
23 páginas

© ABNT 2008
NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR 15511:2008


Impresso por LUCIO WAGNER FLORES BRAGA em 06/08/2015

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Sumário Página

Prefácio ........................................................................................................................................................................ v
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1
3 Termos e definições ...................................................................................................................................... 1
4 Classes e tipos de LGE ................................................................................................................................. 3
4.1 Classes ........................................................................................................................................................... 3
4.2 Tipos ............................................................................................................................................................... 3
5 Requisitos ...................................................................................................................................................... 3
5.1 Desempenho .................................................................................................................................................. 3
5.2 Uso com água salgada (opcional) ............................................................................................................... 4
5.3 Miscibilidade .................................................................................................................................................. 4
6 Marcação ........................................................................................................................................................ 4
7 Análise periódica (pós-venda) ..................................................................................................................... 5
Anexo A (informativo) Informações gerais ............................................................................................................... 6
A.1 Espuma mecânica de baixa expansão ........................................................................................................ 6
A.2 Instruções de uso .......................................................................................................................................... 6
Anexo B (normativo) Ensaios de fogo ...................................................................................................................... 7
B.1 Geral ................................................................................................................................................................ 7
B.2 Combustível ................................................................................................................................................... 7
B.2.1 Hidrocarboneto .............................................................................................................................................. 7
B.2.2 Solvente polar ................................................................................................................................................ 7
B.3 Água ................................................................................................................................................................ 7
B.4 Aparelhagem .................................................................................................................................................. 8
B.5 Determinação da pressão operacional do sistema.................................................................................. 11
B.6 Condições de ensaio ................................................................................................................................... 12
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B.7 Amostra ........................................................................................................................................................ 12


B.8 Procedimento - Hidrocarboneto (LGE classes HC e AV) ........................................................................ 13
B.9 Procedimento - Solvente polar (LGE classe AR) ..................................................................................... 15
B.10 Aceitação e rejeição .................................................................................................................................... 16
Anexo C (normativo) Ensaio de miscibilidade ....................................................................................................... 17
C.1 Princípio ....................................................................................................................................................... 17
C.2 Amostra ........................................................................................................................................................ 17
C.3 Preparação da amostra ............................................................................................................................... 17
C.4 Envelhecimento acelerado ......................................................................................................................... 17
C.5 Ensaios de fogo ........................................................................................................................................... 17
C.6 Resultado ..................................................................................................................................................... 17
Anexo D (normativo) Ensaios periódicos de LGE ................................................................................................. 18
D.1 Geral .............................................................................................................................................................. 18
D.2 Ensaio inicial ................................................................................................................................................ 18
D.3 Ensaios laboratoriais periódicos ............................................................................................................... 18
D.4 Materiais ....................................................................................................................................................... 18
D.5 Aparelhagem ................................................................................................................................................ 18
D.6 Amostra ........................................................................................................................................................ 20
D.7 Procedimento ............................................................................................................................................... 21
D.7.1 Massa específica ......................................................................................................................................... 21
D.7.2 pH .................................................................................................................................................................. 21
D.7.3 Índice de refração ........................................................................................................................................ 21
D.7.4 Viscosidade .................................................................................................................................................. 21

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D.7.5 Capacidade de vedação .............................................................................................................................. 21


D.7.6 Expansão e tempo de drenagem 25 % ...................................................................................................... 22
D.8 Ensaios de fogo periódicos ........................................................................................................................ 22
D.9 Relatório de ensaio...................................................................................................................................... 22
Anexo E (informativo) Inspeção em equipamentos ............................................................................................... 23
E.1 Eficácia do combate ao fogo ...................................................................................................................... 23
E.2 Equipamentos proporcionadores (dosadores) ........................................................................................ 23
E.3 Reservatórios de LGE e respectivos acessórios ..................................................................................... 23
E.4 Câmaras de espuma .................................................................................................................................... 23
E.5 Canhões monitores, esguichos, equipamentos de detecção e atuação e válvulas de controle ........ 23
E.6 Tubulação ..................................................................................................................................................... 23
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15511 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-24),
pela Comissão de Estudo de Líquido Gerador de Espuma para Extinção de Incêndio (CE-24:301.12).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 11.12.2007 a 08.02.2008, com o número
de Projeto 24:301.12-001.

Introdução
Esta Norma foi elaborada tendo como base as Normas: Petrobras N-2142, ICAO Doc 9137, MIL-F-24385,
FPA 11 e ISO 7203. A experiência brasileira em avaliação de líquidos geradores de espuma para combate
a incêndio tem sido baseada principalmente na Norma Petrobras, cuja eficácia foi comprovada pelo sucesso
no combate a incêndios reais de grandes proporções. Desta forma, na elaboração desta Norma, foram tomados
os devidos cuidados para manter no mínimo os mesmos níveis de desempenho requeridos na Norma Petrobras.
O método de ensaio escolhido foi o da International Civil Aviation Organization (ICAO), Doc 9137 – AN/898 –
Parte 1 - Airport Services Manual, Rescue and Fire Fighting, Terceira Edição – 1990. Para LGE utilizado
em aeroportos foram mantidos os mesmos requisitos da ICAO, que atende às exigências da aviação internacional.
Os equipamentos de ensaio da ICAO (tanque, esguicho e recipiente para reignição) são os mesmos adotados
pelas ISO 7203, ABNT NBR 11830 e ABNT NBR 13436.
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NOTA Em outros textos normativos também é utilizado o termo “espuma mecânica”, devido ao princípio de ação ser
totalmente físico. A espuma química, utilizada em extintores de incêndio no passado, teve seu uso proibido.

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Líquido gerador de espuma (LGE), de baixa expansão, para combate a


incêndios em combustíveis líquidos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis para líquido gerador de espuma (LGE) utilizado no
combate a incêndio em combustíveis líquidos, em instalações como aeroportos, navios, refinarias, indústrias
de petróleo, petroquímicas, químicas e outras onde haja o manuseio, estocagem ou produção de combustíveis
líquidos utilizados em suas atividades.

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 14725, Ficha de informações de segurança de produtos químicos - FISPQ

ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração

NFPA 11, Standard for low, medium, and high-expansion foam

3 Termos e definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições.
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3.1
dosagem
percentual, em volume, de LGE adicionado à àgua para obtenção da solução de espuma. Os percentuais mais
comuns são 1 %, 3 % e 6 %

3.2
espuma
agregado de bolhas, formado após a incorporação de ar na solução de espuma, através de um dispositivo
apropriado

3.3
espuma de baixa expansão
espuma cuja expansão é menor ou igual a 20

3.4
expansão
razão entre o volume da espuma e o volume da solução que a gerou

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3.5
fator K
fator de proporcionalidade entre a vazão e a pressão do sistema: vaso, mangote, esguicho de ensaio
e acessórios, obtido matematicamente pela expressão:

K Q P
onde

Q é a vazão;

P é a pressão.

3.6
LGE
líquido gerador de espuma
líquido que, quando diluído em água e aerado, gera espuma para a prevenção e extinção de incêndios em
combustíveis líquidos

3.7
hidrocarboneto
combustível líquido, como querosene, nafta, gasolina, óleo diesel e outros derivados de petróleo

3.8
miscibilidade
compatibilidade entre LGE de diferentes origens, mas de mesma natureza química, mesma finalidade e de mesma
dosagem de uso, que possibilita a sua mistura, sem que haja alteração significativa no desempenho ao longo de
sua vida útil projetada

3.9
solvente polar
combustível líquido miscível com água, como álcool, acetona, éter etc.
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3.10
resistência à reignição
capacidade de uma espuma em resistir à propagação do fogo provocado no centro do tanque de ensaio

3.11
solução de LGE
resultado da mistura homogênea do LGE com água em uma dada proporção em volume

3.12
tempo de drenagem 25 %
tempo em que 25 % do conteúdo líquido de uma espuma é drenado, contado a partir de sua formação

3.13
tempo de extinção
tempo em que a espuma extingue totalmente as chamas, contado a partir do início da aplicação

3.14
vida útil projetada do LGE
tempo em que o LGE permanece estável, sem alteração significativa em suas características de desempenho

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4 Classes e tipos de LGE

4.1 Classes

O LGE pode ser classificado em:

a) HC: para a extinção de incêndios em hidrocarbonetos;

b) AV: utilização em aeroportos, para a extinção de incêndios em hidrocarbonetos;

c) AR: para a extinção de incêndios em solventes polares.

NOTA O Anexo A fornece informações gerais sobre LGE.

4.2 Tipos

O LGE pode atender aos requisitos de uma ou mais classes. Os possíveis tipos de LGE são dados na Tabela 1.

Tabela 1 — Tipos de LGE

Classe de LGE
Tipo
HC AV AR

1 X

2 X

3 X X

4 X

5 X X
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6 X X

7 X X X

O LGE pode ser fornecido em diversas dosagens para uso.


As mais usuais são 1 %, 3 % e 6 %.

Para LGE polivalente, a dosagem de uso para hidrocarbonetos


pode ser diferente da dosagem de uso para solventes polares.

NOTA 1 Os tipos 5, 6 e 7 são conhecidos como polivalentes.

NOTA 2 A disponibilidade de determinados tipos depende da


demanda de mercado.

5 Requisitos

5.1 Desempenho

O LGE, conforme a sua classe, deve atender ao desempenho de extinção e resistência à reignição especificado
na Tabela 2. A verificação destes requisitos deve ser através de ensaio de fogo (ver Anexo B).

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Tabela 2 — Requisitos de desempenho

Classe de LGE
Tempo
HC AV AR

Extinção
(máximo) 100 60 180
s

Resistência à
reignição
10 5 5
(mínimo)
min

NOTA 1 Devido a uma diferença no procedimento de ensaio, o


LGE que atende ao tempo de extinção na classe AV, não
necessariamente atende ao tempo de extinção na classe HC e vice-
versa.

NOTA 2 O LGE que atende ao tempo de resistência à reignição


na classe HC também atende à classe AV, mas o contrário não
necessariamente, devido, neste caso, aos procedimentos de ensaio
serem iguais.

5.2 Uso com água salgada (opcional)

Se o LGE for adequado para o uso com água salgada, a dosagem para uso com água doce e água salgada deve
ser igual. A verificação deste requisito deve ser através de ensaio de fogo (ver Anexo B).

5.3 Miscibilidade

Quando for acordada entre consumidor e fornecedor a possibilidade de mistura de LGE de diferentes origens,
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no mínimo deve ser realizado o ensaio de miscibilidade, conforme Anexo C.

6 Marcação
6.1 A embalagem do LGE deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) fabricante;

b) classe(s) do LGE, seguida da indicação de uso conforme abaixo:

HC - para a extinção de incêndios em hidrocarbonetos;

AV - utilização em aeroportos, para a extinção de incêndios em hidrocarbonetos;

AR - para a extinção de incêndios em álcool ou outros solventes polares;

c) tipo do LGE conforme Tabela 1;

d) dosagem de uso especificada pelo fabricante (em porcentagem);

e) faixa de temperatura recomendada para armazenamento (em graus Celsius);

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f) inscrição: “uso indicado com água doce e água salgada” ou “uso não indicado com água salgada”;

g) número desta Norma;

h) lote e data de fabricação;

i) volume (em litros) e peso bruto (em quilogramas).

NOTA Peso é uma força e é expressa em newtons (N). Massa é expressa em quilogramas, entretanto, para fins
comerciais, no contexto da embalagem e documentos fiscais, admite-se que seja utilizada a expressão “peso bruto”, expressa
em quilogramas.

6.2 A ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ), conforme ABNT NBR 14725, deve ser
fornecida com o LGE.

7 Análise periódica (pós-venda)


O usuário deve analisar o desempenho do LGE ao longo de sua vida útil projetada, por meio de ensaios periódicos,
conforme Anexo D.

NOTA 1 O LGE armazenado, seja em tanques, viaturas ou embalagens com lacre original, pode sofrer deterioração
e alteração de suas propriedades, incluindo a sua capacidade de extinção. Certos elementos aceleram este processo:
temperatura, revestimentos, materiais de tanques e contaminações diversas. Desta forma, há a necessidade de ensaios
periódicos do LGE, a fim de avaliar o seu desempenho ao longo de sua vida útil projetada.

NOTA 2 A vida útil projetada do LGE é indeterminada. O LGE, aprovado nos ensaios periódicos, pode ser mantido em uso,
mesmo que, por exemplo, ele tenha sido fabricado há 10 anos ou mais.

A análise periódica aplica-se a todo LGE disponível para os sistemas de combate a incêndio, incluindo o estocado
em almoxarifados, de uma empresa ou instituição.

Os ensaios periódicos do LGE devem abranger no mínimo os ensaios laboratoriais de acordo com a Tabela D.1
e os ensaios de fogo de acordo com o Anexo B.
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A periodicidade máxima dos ensaios periódicos deve ser conforme Tabela 3.

NOTA Convém que seja realizada também uma inspeção em equipamentos (ver Anexo E).

Tabela 3 — Periodicidade máxima para ensaios periódicos

Período em meses

LGE Ensaios laboratoriais Ensaios de fogo

Disponibilizado no sistema de
12 36
combate a incêndio

Estocado em almoxarifado, na
36 72
embalagem com lacre original

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Anexo A
(informativo)

Informações gerais

A.1 Espuma mecânica de baixa expansão


Espuma para finalidade de proteção a incêndio é um agregado de bolhas preenchidas com ar, proveniente de uma
solução aquosa, e possui densidade menor do que qualquer líquido inflamável, por mais leve que seja.
Ela é capaz de formar um consistente colchão de espuma sobre a superfície de combustíveis líquidos, com
densidade menor que a da água. Sua ação principal consiste em prevenir ou extinguir um incêndio por
abafamento e, secundariamente, promover resfriamento do combustível. A espuma também previne a reignição
por supressão dos vapores inflamáveis. A espuma formada possui também a propriedade de aderir às superfícies
verticais adjacentes à área em chamas. As espumas podem ser usadas como um agente para prevenção, controle
ou extinção de incêndio em combustíveis líquidos.

As espumas podem ser aplicadas através de sistemas fixos, sistemas portáteis ou através de equipamentos que
permitam que elas fluam suavemente pela superfície do combustível em chamas. Podem também ser aplicadas
através de linhas manuais, com o uso de mangueiras e esguichos formadores de espuma, torres portáteis
ou canhões monitores, inclusive os de alta vazão. As espumas podem ser aplicadas através de sistemas com
tubulações aéreas e aspersores para proteção de incêndio em locais suscetíveis a vazamentos de combustíveis
líquidos. A aplicação da espuma para este tipo de risco é na forma de spray ou de névoa densa.

Incêndios em grandes derramamentos de combustíveis líquidos podem ser extintos com equipamentos móveis
do tipo viaturas usadas em aeroportos ou indústrias, equipadas com reservatório de LGE e equipamentos com
capacidade de formar espuma em altas vazões e alcance, por um tempo de aplicação adequado.

Embora outros agentes extintores sejam considerados para uso em incêndios de combustíveis líquidos,
para grandes tanques de armazenamento de combustíveis líquidos, a espuma mecânica tem se demonstrado
eficiente para o combate deste tipo de incêndio.

As espumas mecânicas formam um colchão estável por um determinado tempo e, quando aplicadas a taxas
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adequadas, possuem a capacidade de extinguir um incêndio gradativamente. Com a aplicação contínua, a


espuma flui facilmente através da superfície em chamas formando uma camada densa, prevenindo a reignição na
superfície já extinta.

NOTA Texto adaptado da NFPA 11.

A.2 Instruções de uso


A escolha do LGE deve ser feita em função dos tipos de combustíveis líquidos e dos equipamentos
proporcionadores, geralmente disponíveis para prover dosagens de 1 %, 3 % ou 6 % de LGE. É importante
verificar se a dosagem de uso do LGE é compatível com os equipamentos a serem utilizados, por exemplo, para
o uso de LGE 1 %, os equipamentos devem estar dimensionados para esta dosagem.

Os parâmetros de ensaio utilizados nesta Norma, tais como taxa de aplicação e tempo de aplicação,
são intencionalmente baixos, com o propósito de avaliar o desempenho de um LGE nos limites críticos
de aplicação, portanto não podem ser utilizados no dimensionamento de sistemas. Em projetos de sistemas
de espuma, as taxas e tempos de aplicação são relativamente maiores devido aos coeficientes de segurança
empregados.

A estocagem e o manuseio do LGE devem ser conforme recomendações do fabricante.

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Anexo B
(normativo)

Ensaios de fogo

B.1 Geral
Estes ensaios requerem condições e equipamentos adequados e devem ser realizados por laboratório competente
conforme ABNT NBR ISO/IEC 17025.

PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA — Os ensaios de fogo apresentam riscos operacionais. Convém realizar uma
análise prévia para verificação dos cuidados requeridos à segurança dos executantes.

B.2 Combustível

B.2.1 Hidrocarboneto

Querosene iluminante com a seguinte especificação:

a) ponto final de ebulição: máximo 300 °C;

b) ponto de fulgor: mínimo 40 °C;

c) massa específica a 20 °C: (771 a 837) kg/m3.

B.2.2 Solvente polar


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Álcool etílico anidro com teor alcoólico mínimo de 99 ºINPM.

B.3 Água
Para preparar a solução de LGE deve ser utilizada água doce.

Se o LGE for adequado para o uso também com água salgada, deve ser submetido aos ensaios de fogo aplicáveis,
utilizando-se água salgada na preparação da solução de LGE.

A água salgada deve ser preparada dissolvendo os componentes de acordo com a Tabela B.1.

A realização dos ensaios de fogo com solução preparada com água salgada não exclui a necessidade da
realização de ensaios de fogo com água doce.

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Tabela B.1 — Água salgada

Quantidade
Componente
% em massa

Cloreto de sódio (NaCl) 2,50

Cloreto de magnésio (MgCl2.6H2O) 1,10

Cloreto de cálcio diidratado (CaCl2.2H2O) 0,16

Sulfato de sódio (Na2SO4) 0,40

Água doce 95,84

B.4 Aparelhagem
B.4.1 Tanque de ensaio, de seção circular. A lateral deve ser em aço inoxidável; o fundo pode ser em
aço-carbono, com as seguintes dimensões:

a) diâmetro interno: (2 400 ± 25) mm;

b) profundidade: (200 ± 15) mm;

c) espessura nominal da parede: 2,5 mm;

d) área: aproximadamente 4,52 m2.

NOTA Convém que a borda externa superior do tanque tenha uma aba de reforço para evitar deformação acentuada pelo
fogo.
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B.4.2 Esguicho de ensaio construído em latão ou aço inoxidável (ver Figura B.1), calibrado conforme B.5.

a) Arranjo geral

Figura B.1 — Esguicho de ensaio

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b) Detalhes

Figura B.1 — Esguicho de ensaio (continuação)

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B.4.3 Recipiente cilíndrico para reignição, de seção circular, feito de aço inoxidável, com as seguintes
dimensões:

a) diâmetro interno: (300 ± 5) mm;

b) profundidade: (250 ± 5) mm;

c) espessura nominal da parede: 2,5 mm.

B.4.4 Vaso de pressão, de aço, com capacidade mínima de 40 L e pressão de trabalho de 1 000 kPa
(10 kgf/cm²)1), dotado de válvula de segurança, manômetro, bocais que permitam o seu enchimento com solução
de LGE, sua pressurização e saída de solução. No bocal de saída deve ser instalada uma válvula de abertura
rápida, com malha de tela filtrante com abertura máxima de 2 mm. Alternativamente ao filtro instalado no bocal
de saída, o LGE pode ser filtrado no momento do abastecimento do vaso, através de malha de tela filtrante com
abertura máxima de 2 mm.

NOTA A filtragem do LGE só é necessária se este contiver partículas que podem obstruir o esguicho.

B.4.5 Manômetro com fundo de escala de no mínimo 1 000 kPa (10 kgf/cm²) e resolução de no máximo
10 kPa (0,1 kgf/cm²); diâmetro do mostrador 100 mm ou mostrador digital.

B.4.6 Suporte para o esguicho, para ensaio em hidrocarboneto (LGE HC e AV), que permita a sua fixação
na horizontal em relação ao seu eixo, a uma altura de (1 ± 0,05) m até a cota da borda superior do tanque de
ensaio.

B.4.7 Calha de aço inoxidável para ensaio em solvente polar (LGE AR), com (2 300 ± 10) mm de comprimento
e seção transversal com (200 ± 5) mm de base por (100 ± 5) mm de altura (medidas internas) e 2,5 mm
de espessura, possuindo batente para apoio na borda do tanque de ensaio, suporte de altura ajustável na outra
extremidade, dispositivo para fixação do esguicho de ensaio e defletor de espuma (ver Figura B.2).

B.4.8 Cilindro de nitrogênio ou ar comprimido, dotado de válvula reguladora de pressão.

B.4.9 Tubulação ou mangote com diâmetro interno nominal recomendado de 12,7 mm (½”) e conexões
para ligação destes à válvula de saída do vaso e ao esguicho de ensaio, compatível com a pressão de trabalho
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do vaso de pressão.

B.4.10 Mangote e conexões para ligação da válvula reguladora do cilindro de nitrogênio ou ar comprimido
ao vaso de pressão, compatíveis com a pressão de trabalho do vaso de pressão.

B.4.11 Cronômetro com resolução de no máximo 0,2 s.

B.4.12 Anemômetro com resolução de no máximo 0,2 m/s.

B.4.13 Termômetro de no mínimo 10 °C a 40 °C, com resolução de no máximo 0,5 °C.

B.4.14 Trena com resolução de 0,001 m.

B.4.15 Proveta graduada de 100 mL, 500 mL, 1 000 mL e 2 000 mL, com resolução de no máximo 1 mL, 5 mL,
10 mL e 20 mL, respectivamente.

1)
O valor entre parênteses é aproximado. A equivalência é 1 kgf/cm² = 98,0665 kPa.

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Legenda

1 calha
2 batente
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3 defletor
4 esguicho de ensaio

Figura B.2 — Calha

B.5 Determinação da pressão operacional do sistema


B.5.1 A determinação da pressão operacional do sistema deve ser realizada com o esguicho calibrado.
O esguicho deve ser calibrado conforme dimensões e tolerâncias da Figura B.1. Esta calibração deve ser
realizada uma única vez, porém deve ser mantido o certificado de calibração.

B.5.2 Abastecer o vaso de pressão com 30 L de água. Fechar o bocal de enchimento do vaso de pressão até
sua total vedação. Executar a ligação do cilindro de nitrogênio ou de ar comprimido ao vaso de pressão, através
da válvula reguladora de pressão e mangote. Executar a ligação do vaso de pressão ao esguicho de ensaio,
através de tubulação ou mangote.

B.5.3 Pressurizar o vaso de pressão com aproximadamente 700 kPa (7 kgf/cm²). Abrir a válvula de saída do
vaso de pressão, acionando o cronômetro simultaneamente.

B.5.4 Manter a pressão estabelecida em B.5.3 com uma tolerância de ± 20 kPa (± 0,2 kgf/cm²) até o final da
descarga. Registrar o tempo total de descarga da água, percebido pelo ruído de saída de ar ou nitrogênio pelo
esguicho.

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B.5.5 Calcular a vazão em litros por minuto.

B.5.6 Calcular o fator K do sistema.

K Q P

onde
Q é a vazão, expressa em litros por minuto (L/min);

P é a pressão do vaso.

B.5.7 Calcular a pressão operacional do sistema.

2
Po  Q K 

onde

Po é a pressão operacional do sistema;

Q é igual a 11,4, em litros por minuto (L/min);

K é o valor calculado em B.5.6.

B.5.8 Repetir o procedimento de B.5.2 a B.5.5 porém com a pressão Po e com LGE. Caso a nova vazão, obtida
em B.5.5, difira de (11,4 ± 0,4) L/min, calcular nova Po com as equações de B.5.6 e B.5.7. Repetir o procedimento
conforme B.5.8.

NOTA 1 Enquanto não houver substituição de qualquer elemento do sistema (esguicho, tubulação, mangote, conexões,
manômetro), a pressão operacional se mantém, portanto não há necessidade de realizar este procedimento a cada ensaio.

NOTA 2 No caso de uma solução de LGE muito viscosa, podem ser necessárias até quatro repetições do procedimento
citado em B.5.8. Caso não se obtenha a vazão estabelecida em B.5.8, o LGE deve ser considerado inadequado para
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a continuidade dos ensaios.

B.6 Condições de ensaio


a) velocidade de vento na região junto ao tanque de ensaio: máximo 3 m/s (sem precipitação pluvial). Podem ser
utilizados meios adequados para reduzir ou eliminar a interferência do vento como, por exemplo, muros,
paredes ou anteparos;

b) temperatura do ar: 15 °C a 35 °C;

c) temperatura da solução de LGE: 15 °C a 35 °C.

B.7 Amostra
Uma bombona de aproximadamente 20 L de LGE.

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B.8 Procedimento - Hidrocarboneto (LGE classes HC e AV)


Instalar o esguicho de ensaio em seu suporte de fixação, a (1 ± 0,05) m de altura em relação à borda superior
do tanque de ensaio, posicionado na horizontal, na direção do vento, de modo que a extremidade de descarga
fique a uma distância necessária para o jato de espuma cair no centro do tanque, conforme Figura B.3.
Limpar o tanque de ensaio removendo os resíduos de combustível e espuma de ensaios anteriores.
Limpar a borda interna do tanque de ensaio, removendo eventuais crostas carbonizadas.

Figura B.3 — Ensaio de hidrocarboneto

Posicionar o vaso de pressão e o cilindro de nitrogênio ou ar comprimido em posição segura, a favor do vento,
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protegendo-os adequadamente contra tombamento e irradiação proveniente da queima do combustível de ensaio.


Colocar no vaso de pressão as quantidades de água e LGE de acordo com a dosagem de uso indicada para
hidrocarboneto, na embalagem do LGE a ser ensaiado (ver Tabela B.2). Misturar o LGE com a água até se obter
uma mistura homogênea. Fechar o bocal de enchimento do vaso de pressão até sua total vedação. Pressurizar o
vaso de pressão até atingir a pressão operacional do sistema, correspondente à vazão de 11,4 L/min, obtida
em B.5. Colocar no tanque de ensaio aproximadamente 100 L de água, acrescentando-se o necessário, de modo
que toda a superfície do fundo fique coberta.

Tabela B.2 — Quantidade de água e LGE HC – AV

Volume

Dosagem L

Água LGE Total

6% 21,432 ± 0,200 1,368 ± 0,020 22,800

3% 22,116 ± 0,200 0,684 ± 0,020 22,800

1% 22,572 ± 0,200 0,228 ± 0,010 22,800

Para dosagens não indicadas nesta Tabela, calcular os valores.

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Após a realização das etapas anteriores, colocar (100 ± 5) L de querosene. No intervalo máximo de 10 min após
a colocação do combustível, provocar a ignição deste. Caso este intervalo seja ultrapassado, o combustível deve
ser substituído. No caso de dificuldade de ignição, recomenda-se utilizar até 0,5 L de gasolina junto à borda.
No momento em que as chamas tomarem toda a superfície líquida do tanque, acionar o cronômetro.

NOTA Durante o período de queima convém proteger o esguicho de ensaio e o mangote contra o calor irradiado,
por meio de resfriamento ou anteparo.

Após (60 ± 5) s da ignição, abrir a válvula de saída do vaso de pressão, cronometrando o tempo tão logo se inicie
a saída da espuma através do esguicho. Caso necessário, reajustar a distância do esguicho ao tanque para que
a espuma caia no centro dele. Desta forma, inicia-se a contagem dos tempos de extinção e de aplicação da
espuma.

Para o LGE classe AV, o esguicho pode ser movimentado lateralmente (ver Figura B.4), visando extinguir
rapidamente as chamas aleatórias junto à borda do tanque.

Para o LGE classe HC, o esguicho não pode ser movimentado lateralmente.

Figura B.4 — Ensaio hidrocarboneto LGE classe AV

Aplicar continuamente a espuma até o seu término (em aproximadamente 120 s), mantendo a pressão operacional
do sistema com uma tolerância de ± 40 kPa (± 0,4 kgf/cm²).
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Registrar o tempo de extinção. Registrar o tempo de aplicação da espuma.

Calcular a vazão:

Q V t

onde
Q é a vazão, expressa em litros por minuto (L/min);
V é o volume de solução de LGE, expresso em litros (L);
t é tempo de aplicação da espuma, expresso em minutos (min).

Caso a vazão obtida difira de (11,4 ± 0,4) L/min, anular o ensaio.

Colocar (2 ± 0,1) L de querosene no recipiente cilíndrico de reignição e colocá-lo no centro do tanque. Provocar a
ignição no recipiente cilíndrico (120 ± 5) s após o término da aplicação da espuma. No caso de dificuldade de
ignição, pode ser utilizado até 0,2 L de gasolina junto à borda do recipiente.

Registrar o tempo de resistência à reignição, quando 25 % da área do tanque ficar tomada por chamas
sustentáveis, ignorando chamas fracas ou transitórias.

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B.9 Procedimento - Solvente polar (LGE classe AR)


Instalar, na direção do vento, a calha e o esguicho de ensaio (ver Figuras B.2 e B.5). O esguicho deve ser
instalado de forma que a espuma seja lançada no defletor. A calha deve ser instalada com a extremidade rente ao
costado interno do tanque de ensaio e inclinação de (14 ± 0,5)° em relação à horizontal.

Figura B.5 — Ensaio solvente polar

Limpar o tanque de ensaio removendo os resíduos de combustível e espuma de ensaios anteriores.


Limpar a borda interna do tanque de ensaio, removendo eventuais crostas carbonizadas. Posicionar o vaso de
pressão e o cilindro de nitrogênio ou ar comprimido em posição segura, a favor do vento, protegendo-os
adequadamente contra tombamento e irradiação proveniente da queima do combustível de ensaio. Colocar no
vaso de pressão as quantidades de água e LGE de acordo com a dosagem de uso indicada para solvente polar,
na embalagem do LGE a ser ensaiado (ver Tabela B.3). Misturar o LGE com a água até se obter uma mistura
homogênea. Fechar o bocal de enchimento do vaso de pressão até sua total vedação. Pressurizar o vaso de
pressão até atingir a pressão operacional do sistema, correspondente à vazão de 11,4 L/min, obtida em B.5.

Tabela B.3 — Quantidade de água e LGE AR

Volume
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Dosagem L

Água LGE Total

6% 32,148 ± 0,200 2,052 ± 0,020 34,200

3% 33,174 ± 0,200 1,026 ± 0,020 34,200

1% 33,858 ± 0,200 0,342 ± 0,010 34,200

Para dosagens não indicadas nesta Tabela, calcular os valores.

Colocar no tanque de ensaio (200 ± 5) L de álcool. A profundidade de álcool, na região da calha, deve ser no
mínimo 40 mm. No intervalo máximo de 10 min após a colocação do combustível, provocar a ignição deste.
Caso este intervalo seja ultrapassado, o combustível deve ser substituído. No momento em que as chamas
tomarem toda a superfície líquida do tanque, acionar o cronômetro. Após (120 ± 5) s da ignição, abrir a válvula
de saída do vaso de pressão, cronometrando o tempo tão logo se inicie a saída da espuma através do esguicho.
Desta forma, inicia-se a contagem dos tempos de extinção e de aplicação da espuma.

NOTA Durante o período de queima, convém proteger o esguicho de ensaio e o mangote contra o calor irradiado, por
meio de resfriamento ou anteparo.

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Aplicar continuamente a espuma até o seu término (em aproximadamente 180 s), mantendo a pressão operacional
do sistema com uma tolerância de ± 40 kPa (± 0,4 kgf/cm²).

Registrar o tempo de extinção. Registrar o tempo de aplicação da espuma.

Calcular a vazão:

Q V t

onde
Q é a vazão, expressa em litros por minuto (L/min);
V é o volume de solução de LGE, expresso em litros (L);
t é tempo de aplicação da espuma, expresso em minutos (min).

Caso a vazão obtida difira de (11,4 ± 0,4) L/min, anular o ensaio.

Colocar (2 ± 0,1) L de álcool no recipiente cilíndrico de reignição e colocá-lo no centro do tanque. Provocar a
ignição no recipiente cilíndrico (120 ± 5) s após o término da aplicação da espuma.

Registrar o tempo de resistência à reignição, quando 25 % da área do tanque ficar tomada por chamas
sustentáveis, ignorando chamas fracas ou transitórias.

B.10 Aceitação e rejeição


Quando os resultados dos ensaios atenderem aos requisitos estabelecidos, o LGE deve ser considerado aprovado.

Quando ocorrer um resultado fora do especificado em qualquer um dos ensaios, este ensaio deve ser repetido
mais duas vezes. Se em qualquer destes dois novos ensaios ocorrer um resultado negativo, o LGE deve ser
considerado reprovado.
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Anexo C
(normativo)

Ensaio de miscibilidade

C.1 Princípio
Se houver incompatibilidade entre LGE de diferentes origens, a sua mistura pode reagir em um determinado
período de tempo, por exemplo, em alguns meses. A mistura, ao ser submetida a uma temperatura elevada,
envelhece e provoca a reação em um período de tempo curto, permitindo a verificação da sua influência
no desempenho.

C.2 Amostra
Determinar o volume necessário (Vn) de LGE para os ensaios de fogo aplicáveis.

C.3 Preparação da amostra


Retirar 0,5 Vn de LGE origem “A”, existente no armazenamento (tanque, viatura ou embalagem), e misturar com
0,5 Vn de LGE origem “B”. Homogeneizar a mistura.

O ensaio realizado com a mistura nesta proporção (1:1) valida qualquer outra proporção de mistura.

C.4 Envelhecimento acelerado


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Colocar a amostra em um recipiente de plástico, vidro ou aço inox, prevendo um volume mínimo de ar igual a 2 %
do volume total para expansão volumétrica. Vedar o recipiente, a fim de evitar a perda, através de vapores,
de componentes da mistura de LGE.

Envelhecer a amostra a (65 ± 2) °C por (240 ± 2) h em banho térmico ou estufa.

Retornar a amostra à temperatura ambiente e homogeneizar.

C.5 Ensaios de fogo


Realizar os ensaios de fogo aplicáveis (ver Anexo B).

C.6 Resultado
Os LGE devem ser considerados miscíveis se a mistura, após envelhecimento acelerado, atender aos requisitos
estabelecidos em 5.1 e, se aplicável, 5.2.

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Anexo D
(normativo)

Ensaios periódicos de LGE

D.1 Geral
Os ensaios laboratoriais e de fogo requerem condições e equipamentos adequados e devem ser realizados
por laboratório competente, conforme ABNT NBR ISO/IEC 17025.

Os ensaios laboratoriais devem incluir no mínimo as propriedades físico-químicas estabelecidas na Tabela D.1.

D.2 Ensaio inicial


O LGE deve possuir um relatório com os resultados dos ensaios laboratoriais iniciais (de referência) e dos ensaios
de fogo.

Os resultados dos ensaios laboratoriais iniciais devem atender ao estabelecido na Tabela D 1.

Os resultados do ensaio de fogo devem atender aos requisitos da Seção 5.

D.3 Ensaios laboratoriais periódicos


Os resultados dos ensaios laboratoriais periódicos devem atender ao estabelecido na Tabela D.1.

Caso ocorra reprovação em algum ensaio laboratorial periódico, é facultativa a realização dos ensaios de fogo.
Havendo aprovação no ensaio de fogo, o LGE pode ser mantido em uso.
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D.4 Materiais
D.4.1 Cicloexano P.A.

D.4.2 Álcool etílico anidro com teor alcoólico mínimo de 99 °INPM.

D.4.3 Água destilada.

D.5 Aparelhagem

D.5.1 Termômetro de no mínimo 10 °C a 40 °C, com resolução de no máximo 0,5 °C.

D.5.2 Balão volumétrico de 500 mL.

D.5.3 Balança com resolução de no máximo 0,1 g.

D.5.4 pHmetro com resolução de no máximo 0,1.

D.5.5 Refratômetro com resolução de no máximo 0,000 2.

D.5.6 Viscosímetro rotativo com capacidade para medição de 1 mPa.s a 10 000 mPa.s

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Tabela D.1 — Ensaios laboratoriais

Ensaio periódico –
Ensaio Tolerâncias
Propriedade Método de
Unidade inicial - Valor
físico-química ensaio
de referência Relativa Absoluta

Massa específica kg/m3 D.7.1 VR ±2% -

pH -a D.7.2 VR b - ± 2,0

Índice de refração 1c D.7.3 VR - ± 0,001 0

Viscosidade mPa.s d D.7.4 VR ± 10 % -

Capacidade de
vedação
- D.7.5 1e - 0

Expansão 1c D.7.6 VR ± 20 % f ± 1,0 f

Tempo de
s D.7.6 VR ± 20 % -
drenagem 25 %

VR é o valor obtido no ensaio inicial para a respectiva propriedade, sem limites de especificação. Este valor
será utilizado como referência nos ensaios periódicos futuros.

O resultado do ensaio periódico deve ser igual ao VR com uma tolerância relativa ou absoluta conforme
indicado nesta tabela.

a Escala de referência convencional com valores de 0 a 14.


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b Convém que o pH situe-se na faixa de 6,0 a 9,5 (fonte de referência: ISO 7203-1:1995).
c O índice de refração e a expansão são grandezas adimensionais, para as quais a unidade é
o número 1, embora esta unidade não seja escrita.
d 1 mPa.s = 1 cP (centipoise).
e O valor 1 indica vedação satisfatória, o valor 0 indica vedação insatisfatória.
f Utilizar a maior tolerância.
EXEMPLO Se VR = 4,0, então ± 20 % de VR é igual a ± 0,8; logo, a especificação para o ensaio
periódico é igual a 4,0 ± 1,0.

D.5.7 Recipiente de ensaio (para capacidade de vedação), metálico, com as seguintes dimensões:

a) diâmetro interno: (115 ± 2) mm;

b) altura: (127 ± 2) mm.

D.5.8 Liquidificador doméstico.

D.5.9 Dispositivo para produção de chama-piloto com cerca de 2 cm de comprimento.

D.5.10 Cronômetro com resolução de no máximo 0,2 s.

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D.5.11 Dispositivo para ensaio de expansão e drenagem (ver Figura D.1), constituído de:

a) proveta graduada de 1 000 mL, com resolução de no máximo 10 mL e diâmetro externo aproximado
de 65 mm, com uma marca indicando 25 mL;

b) disco de alumínio, perfurado com 31 furos, com as seguintes dimensões:

 diâmetro: (55 ± 3) mm;

 espessura: (4 ± 0,3) mm;

 diâmetro dos furos: (5 ± 0,3) mm.

O disco perfurado deve ser fixado na extremidade de uma haste metálica de (565 ± 10) mm de comprimento;

c) tampa ou membrana com orifício central, apoiada na proveta, por onde será inserida a haste do disco
perfurado.
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Legenda

1 haste
2 tampa
3 proveta graduada
4 marca 25 mL
5 disco perfurado

Figura D.1 — Dispositivo para ensaio de expansão e drenagem

D.6 Amostra
Deve ser usado 1 L de LGE.

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D.7 Procedimento

D.7.1 Massa específica

A amostra de LGE deve estar a (25 ± 2) °C. Colocar o balão volumétrico limpo e seco na balança e tarar.
Encher com água destilada, a (25 ± 2) °C, até a marca de 500 mL e determinar a massa (m1). Esvaziar o balão
volumétrico. Colocar LGE até a marca de 500 mL do balão volumétrico tarado e determinar a massa (m2).

Calcular a massa específica:

  m1 m2   1000
onde
 é o valor numérico da massa específica, expresso em quilogramas por metro cúbico (kg/m3);
m1 é o valor numérico da massa de água, expresso em gramas (g);
m2 é o valor numérico da massa de LGE, expresso em gramas (g).

NOTA Para o cálculo da massa específica foi adotado 1 m3 = 1 000 kg de água destilada.

D.7.2 pH

A amostra de LGE deve estar a (25 ± 2) °C. Seguir as recomendações específicas do fabricante do pHmetro para
a execução da medição. Determinar o pH.

D.7.3 Índice de refração

A amostra de LGE deve estar a (25 ± 2) °C, exceto se o refratômetro utilizado possuir compensação automática de
temperatura. Seguir as recomendações específicas do fabricante do refratômetro para a execução da medição.
Determinar o índice de refração.
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D.7.4 Viscosidade

A amostra de LGE deve estar a (25 ± 2) °C. Seguir as recomendações específicas do fabricante do viscosímetro
para a execução da medição. Determinar a viscosidade. Anotar a rotação e o número da haste utilizada.

D.7.5 Capacidade de vedação

D.7.5.1 LGE – Classe HC e AV

Colocar aproximadamente 400 mL de água e (200 ± 20) mL de cicloexano no recipiente de ensaio.


Preparar 50 mL de solução de LGE na dosagem de uso especificada pelo fabricante. Bater a solução em um
liquidificador doméstico, na rotação máxima, durante 1 min. Despejar rapidamente, no recipiente de ensaio, toda
a espuma formada. Aguardar 5 min. Passar uma chama-piloto com cerca de 2 cm de comprimento
a aproximadamente 1 cm da superfície da espuma, durante 2 min. Observar a ocorrência de chamas
auto-sustentáveis.

D.7.5.2 LGE classe AR

Colocar (600 ± 20) mL de álcool etílico no recipiente de ensaio. Preparar 50 mL de solução de LGE na dosagem
de uso especificada pelo fabricante. Bater a solução em um liquidificador doméstico, na rotação máxima, durante
1 min. Despejar rapidamente no recipiente de ensaio toda a espuma formada. Aguardar 5 min. Passar uma
chama-piloto com cerca de 2 cm de comprimento a aproximadamente 1 cm da superfície da espuma, durante
2 min. Observar a ocorrência de chamas auto-sustentáveis.

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D.7.5.3 LGE classe HC-AV-AR (polivalente)

O LGE HC-AV-AR (polivalente) deve ser ensaiado de acordo com D.7.5.1 e D.7.5.2.

D.7.5.4 Resultado

A capacidade de vedação deve ser considerada satisfatória se não ocorrerem chamas auto-sustentáveis.
Neste caso, atribuir ao resultado do ensaio o valor 1 .

A capacidade de vedação deve ser considerada insatisfatória se ocorrerem chamas auto-sustentáveis.


Neste caso, atribuir ao resultado do ensaio o valor 0.

D.7.6 Expansão e tempo de drenagem 25 %

A temperatura ambiente deve estar a (25 ± 2) °C. Preparar 100 mL de solução de LGE, na dosagem de uso
especificada pelo fabricante. A temperatura da solução de LGE deve estar a (25 ± 2) °C. Transferir a solução para
a proveta. Inserir o disco perfurado na proveta. Iniciar a cronometragem e imediatamente puxar o disco perfurado
até a borda da proveta, abaixando-o novamente por completo. Repetir este ciclo por (60 ± 5) s, com uma
freqüência de (60 ± 5) ciclos/min. Após o último ciclo, remover o disco. Iniciar novamente a cronometragem,
partindo do zero. Com uma espátula, retirar a espuma remanescente do disco perfurado e recolocá-la na proveta.

Registrar o volume de espuma e calcular a expansão:

E  V 100

onde

E é o valor numérico da expansão;

V é o valor numérico do volume de espuma, expresso em mililitros (mL).

No instante em que o líquido drenado atingir a marca de 25 mL, registrar o tempo de drenagem 25 %.
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D.8 Ensaios de fogo periódicos


Os ensaios de fogo (ver Anexo B) devem ser realizados conforme a classe do LGE e devem atender aos
requisitos estabelecidos na Tabela 2.

O usuário deve informar ao laboratório qual a água disponível no sistema de combate a incêndio (água doce ou
salgada). Não há necessidade de ensaiar o LGE com solução preparada com água doce, se for disponível
somente água salgada e vice-versa.

D.9 Relatório de ensaio


O usuário deve manter em seu poder o histórico dos relatórios de ensaios, emitidos pelo laboratório competente.
Este documento pode ser exigido pelo Corpo de Bombeiros, Prefeitura, companhia de seguro ou outras
autoridades.

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Anexo E
(informativo)

Inspeção em equipamentos

Na ausência de Norma Brasileira específica, convém que a inspeção em equipamentos atenda às condições deste
Anexo. Para mais informações e detalhes, ver NFPA 11.

E.1 Eficácia do combate ao fogo


A eficácia do combate ao fogo é função de vários fatores, entre os quais o LGE e os equipamentos que geram
e aplicam a espuma na superfície do líquido em chamas. Os equipamentos ou o sistema de espuma devem ser
inspecionados por pessoal qualificado, no mínimo uma vez por ano, para garantir a sua adequada operação.

E.2 Equipamentos proporcionadores (dosadores)


A dosagem adequada durante condições normais de operação é fundamental, considerando-se que:

a) uma dosagem menor que a nominal compromete a eficácia do combate;

b) uma dosagem maior que a tolerada também compromete a eficácia do combate, aumentando o gasto
de LGE e, conseqüentemente, o tempo de aplicação disponível.

A dosagem de LGE em condições normais de operação deve ser no mínimo igual ao valor nominal e no máximo
30 % acima do valor nominal ou 1 ponto percentual acima do valor nominal, o que for menor.

NOTA Tolerâncias baseadas na NFPA 11.


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A verificação da dosagem deve ser realizada utilizando-se o método do refratômetro (ver NFPA 11).

E.3 Reservatórios de LGE e respectivos acessórios


Devem ser inspecionados quanto à possível corrosão, vazamentos e demais funcionalidades de todos os
componentes do sistema.

E.4 Câmaras de espuma


Devem ser inspecionadas quanto à possível corrosão, integridade do selo de vidro e estado das vedações
internas da câmara.

E.5 Canhões monitores, esguichos, equipamentos de detecção e atuação e válvulas


de controle
Devem ser verificados quanto à operação normal.

E.6 Tubulação
A tubulação deve ser inspecionada visualmente quanto à corrosão ou danos mecânicos. Caso haja suspeita, deve
ser realizado um ensaio hidrostático. Tubulação enterrada deve ser inspecionada, por amostragem, contra
deterioração no mínimo a cada cinco anos.

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