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Tema: A Inserção e o Reconhecimento das Mulheres na Política Brasileira

De acordo com Rui Mauro Marini, o Brasil se encontra numa condição de dependência no
sistema interestatal capitalista. Tal fato corrobora a manifestação acentuada de contrariedades
atinentes a inserção das mulheres na política. Nesse sentido, é possível perceber que a
realidade em tela se expressa como resultado de um amplo conjunto de determinantes,
embora dois mereçam o devido destaque.

O primeiro diz respeito ao desdobrado avanço do patriarcalismo enraizado em toda estrutura


social, visto que a sua natureza material contraditória se reverbera como manifestação
derivada das constantes e cada vez mais transformações do mundo contemporâneo. Com
efeito, esse fenômeno atinge diretamente a deliberação das mulheres na sociedade,
salientando o aspecto político que é majoritariamente ocupado por integrantes do sexo
masculino, nessa situação, a participação feminina na esfera pública é limitada de
representatividade. Assim, segundo a revista “Forbes Brasil” a sociedade brasileira é composta
por 51% de mulheres, em contraste, as câmaras parlamentares não ultrapassam 15% da
representação delas.

Além disso, o segundo determinante, se refere ao pouco reconhecimento das mulheres na


sociedade, que tem se apresentado como elemento indissociável dessa problemática. Trata-se
de uma lógica, materialmente construída, a qual contribui, sobretudo, para o silenciamento
dessa minoria, nesse contexto, a formação estrutural do capitalismo assegura a manutenção de
correntes conservadoras machistas, sob esse viés, as mulheres são prejudicadas, uma vez que,
a própria sociedade as enxergas como insignificantes. Nesse sentido, para que as divergências
descritas sejam amenizadas, assim como sugere o professor Gilberto Hochman, em suas
análises sobre o federalismo, a relação interfederativa no país deve ser reforçada, garantindo
assim, o cumprimento do artigo 211.

Como se vê, a despeito das necessárias mediações, o pensamento de Marini e Hochman


encontra uma clara aproximação com a realidade em torno da falta de representatividade
feminina na política e, portanto, medidas concretas devem ser efetivadas, com vistas à
superação dos desafios postos. Para tanto, cabe os governos, em sua relação interfederativa, a
construção e efetivação de politicas publicas voltadas para pautas feministas, com o objetivo
de garantir a igualdade salarial e equânime participação da mulher no cenário político. Dessa
forma, é preciso que gestores atuais indiquem mulheres na integração de corporações
significantes na sociedade como o Supremo Tribunal Federal. Logo, progressivamente, o lugar
feminino na civilização é devidamente ocupado.

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