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Tema- Torcida organizada no Brasil: os limites entre a competição e a violência

De acordo com Rui Mauro Marini, o Brasil se encontra numa condição de


dependência do sistema interestatal capitalista. Tal fato corrobora a manifestação
acentuada de contrariedades atinentes aos limites entre a competição e a violência.
Nesse sentido, é possível percebe que a realidade em tela se expressa como resultado
de um amplo conjunto de determinantes , embora dois mereçam o devido destaque.
O primeiro diz respeito ao desdobrado avanço da inversão do esporte lazer em
prática lucrativa, visto que a sua natureza material contraditória se reverbera como
manifestação derivada das constantes e cada vez mais velozes transformações do
mundo contemporâneo. Com efeito, essa transmutação das práticas desportivas,
permitiu a reconfiguração de como o público enxerga as competições dessa natureza,
por consequência, o espirito competitivo é materializado nas torcidas organizadas
como forma de violência. Assim, de acordo com o canal “ ESPN” na última disputa pelo
título da Copa do Brasil entre os clubes São Paulo e Flamengo, um torcedor de 22 anos
foi morto em confronto de torcidas.
Além disso, um segundo determinante, se refere à ausência de normas especificas
nos ambientes de competição esportiva, que te se apresentado como elemento
indissociável dessa problemática. Trata-se de uma lógica, materialmente construída, a
qual contribui, sobretudo, para a intensificação da natureza animal das torcidas
organizadas, ante frustações de derrotas, nesse embargo, a falta ou, a ineficiência de
politicas especificas colabora para o caos generalizado nesses ambientes. Nesse
sentido, para que as contrariedades descritas sejam amenizadas , assim como sugere o
professor Gilberto Hochman, em suas analises sobre o federalismo, a relação
interfederativa no pais de ser reforçada, garantido assim, o importante cumprimento
do artigo 211 da Constituição.
Como se vê, a despeito das necessárias mediações, o pensamento de Marini e
Hochman encontra uma clara aproximação com a realidade em torno da interação
entre torcidas organizadas e a violência e, portanto, medidas concretas devem ser
efetivadas, com vistas à superação dos desafios postos. Para tanto, cabe os governos,
em sua relação interfederativa, a construção e efetivação de projetos
socioeducacionais nas escolas brasileiras, orientando os alunos desde a educação
básica até a superior sobre normas de convivências nas praticas esportivas, com o
objetivo de ensina-los a buscarem soluções não violentas perante frustações. Ademais,
é preciso que leis de segurança pública sejam presentes dentro dos lugares de
esportes, a fim de garantir mais segurança para todos os cidadãos.

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