Você está na página 1de 2

Centro universitário uniensino

Acadêmico: Fernando Lourenço da Silva 2º período

Tutora: Ana Paula

Presidencialismo de coalizão

Resumo

O presidencialismo de coalizão é uma importante escolha institucional, modelo esse utilizado


em vários outros sistemas no mundo, e influencia a democracia brasileira.

Governos que não adotam essa medida de coalizão são derrubados ou encontram
dificuldades, pois esse tipo de governo é uma imposição constitucional.

Considerações iniciais

Esse estudo busca analisar contexto histórico do presidencialismo de coalizão e toda sua
dinâmica.

A importância desse tema reside no fato de haver poucos estudos no mundo jurídico,
diferente de outros temas como o da política, o que gera entendimento errado acerca desse
sistema de governo.

Critica levantada na literatura jurídica diante da ineficiência do Estado e do fenômeno como o


patrimonialismo, o clientalismo e o personalismo esta vinculada com aspectos nucleares do
presidencialismo de coalizão.

Afirma-se também que o presidencialismo de coalizão é um dos fatores que dificulta a plena
afirmação do principio republicano no pais.

Mas outros temas centrais nas áreas públicas como os de governabilidade e da estabilidade
política.

A coalizão não é apenas um ´´modo de fazer política ou de governo , é um arranjo institucional,


e com tudo isso influencia as condutas dos cidadãos e governantes, esse tema não é possível
permanecer escondido no universo das pesquisas jurídicas.

Esse arranjo institucional que combina presidencialismo, multipartidarismo, sistema


proporcional com lista aberta para eleições no parlamento e federalismo, essa combinação por
um lado é bom, pois gera composições parlamentares fragmentadas. Já em democracias
consolidadas os partidos políticos não conseguem obter mais do que 20% das vagas do poder
legislativo, o presidencialismo demanda que o chefe do poder executivo tenha apoio do
parlamento para implantar sua agenda política.

Em sistemas parlamentaristas quando existem conflitos entre executivo e legislativo, são


muitos fortes ou insolúveis existem válvulas de escapes como o voto de desconfiança.
Tais saídas não existem no presidencialismo onde o chefe do executivo só pode ser retirado do
cargo com o fim do mandato ou com o impeachment.

O tema no Brasil foi apresentado pelo cientista político Sergio Abrancel em 1988, que
percebeu isso na constituição de 1946, via que era tendência em 1988 o problema não repetiu
como se aprofundou e deu ao presidente da republica poderes imperiais.

O modelo do governo de coalizão relativamente comum em sistemas parlamentaristas,


afirmou-se no Brasil com características especificas o modelo que surgiu como uma solução
adequada para determinar o problema da sociedade brasileira, tem cobrado um custo para
seu funcionamento: custo democrático político e custo orçamentário.

Esse modelo de estudo de coalizão não surgiu de um modo acidental, não tem como no Brasil
ser eleito e negar-se a fazer coalizões, não tem como ser genuinamente de esquerda ou de
direita, pois sem esse entendimento não há governabilidade.

Assim como Fernando Collor, outros presidentes entre eles FHC, também cometeram crimes
de responsabilidade ou de maior gravidade, mas o que levou ao impeachment foi a falta de
coalizão.

O processo de impeachment da presidenta Dilma Houssef, embora seja complexo, pode ser
explicado como uma crise de coalizão.

Enfim é possível criticas, gostar ou não gostar do sistema presidencialismo de coalizão, mas
não é possível ignorar seus impactos no espaço social e político.

Conclusão

De exposto o presidencialismo de coalizão não surgiu do nada, mais como um arranjo


institucional, não foi escolhido por nenhum governo e sem a coalizão não há governabilidade.

Para o presidencialismo de coalizão não há crise, pode existir crises de coalizão que julga um
presidenciável e mesmo não cometendo crimes esse decisão não sofre controle de outros
poderes.

Deveras haver um limite nessa coalizão, nesse poder imperial?

Não, pois os direitos foram adquiridos em nossa constituição federal de 1988.

Você também pode gostar