1) O documento resume dois textos sobre democracia e poliarquia.
2) Analisa as visões de Robert Dahl e Guillermo O'Donnell sobre as condições necessárias para uma poliarquia e como a desigualdade socioeconômica afeta a efetividade democrática.
3) Fornece um resumo detalhado das obras de Dahl e O'Donnell sobre o tema.
1) O documento resume dois textos sobre democracia e poliarquia.
2) Analisa as visões de Robert Dahl e Guillermo O'Donnell sobre as condições necessárias para uma poliarquia e como a desigualdade socioeconômica afeta a efetividade democrática.
3) Fornece um resumo detalhado das obras de Dahl e O'Donnell sobre o tema.
1) O documento resume dois textos sobre democracia e poliarquia.
2) Analisa as visões de Robert Dahl e Guillermo O'Donnell sobre as condições necessárias para uma poliarquia e como a desigualdade socioeconômica afeta a efetividade democrática.
3) Fornece um resumo detalhado das obras de Dahl e O'Donnell sobre o tema.
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DAHL. R ,Poliarquia O'DONNELL,G. Poliarquia e inefetividade na América Latina Síntese 06
FERNANDA MARIA DE PAULA SILVA
HÁVILA ISABELY DE CHAGAS DO ESPÍRITO SANTO ISAIANE VIRGÍNIA LIMA DA SILVA MARIA LETÍCIA FIGUEIRA DA SILVA NELITA MIKAELA DOS SANTOS
Disciplina: Teoria política II
Professor(a): David Wallace Cavalcante da Silva
Recife, 2021
DAHL. Robert ,Poliarquia, versão traduzida em português 1997
A priori, o autor da obra Teoria Contemporânea da Democracia (Poliarquia), Robert Dahl indaga introdutoriamente, quais seriam as condições que favorecem ou impedem o desenvolvimento de uma poliarquia. Partindo do pressuposto das características de uma democracia, Robert vai afirmar que 8 garantias são necessárias, como a garantia institucional :1. Liberdade de formar e aderir a organizações 2. Liberdade de expressão 3. Direito de voto 4. Elegibilidade para cargos públicos 5. Direito de líderes políticos disputarem apoio 5a. Direito de líderes políticos disputarem votos 6. Fontes alternativas de informação 7. Eleições livres e idôneas 8. Instituições para fazer com que as políticas governamentais dependam de eleições e de outras manifestações de preferência. Essa escala vai permitir a comparação entre alguns regimes, se há contestação pública ou participação, que considerem ou não uma poliarquia. Sendo assim, a democratização se divide em duas dimensões: Contestação Pública e Direito de Participação. Para Dahl, a democracia é um ideal impossível, por isso, o autor vai nomear de poliarquia, onde vai definir a poliarquia como um regime relativamente democratizado, chegando apenas próximo ao ideal, onde são inclusivos e abertos à contestação pública. O autor vai afirmar também que, quanto maior o nível entre governo e oposição, será mais difícil de estabelecer uma oligarquia, pois a tolerância entre os dois será mínima. Como faz-se necessário que a oposição ganhe, o autor divide as proposições em Axiomas, onde explica a tolerância de governo para com os seus oponentes. No que tange à importância da Poliarquia, discutida no Capítulo II, Robert analisa que poucas pessoas estão dispostas a entenderem que as diferenças entre regimes são desprezíveis. Nisso, ele apontas os benefícios da poliarquia para a hegemonia. A priori, as liberdades liberais clássicas, onde novamente repõe a função de contestação pública e de participação, vai defender a oportunidade de exercer oposição ao governo, formar organizações públicas e manifestar-se sobre questões políticas sem temer represálias governamentais. Por fim, Robert vai se posicionar totalmente a favor da Poliarquia e contra regimes menores que sejam menos democratizados, onde apesar da desigualdade é possível através da organização política e da organização institucional, contornar essas situações e estabelecer a oligarquia.
O'DONNELL,G. Poliarquia e inefetividade na América Latina
Em primeiro plano, tomando como base a perspectiva de Guilhermo O'Donnell referente a
poliarquia na América Latina que tem uma grande influência na ciência política brasileira. Nesta obra, a princípio o autor faz essa valorização das dimensões formais da democracia que outorgam essa construção de modelos empíricos da verificação da efetividade processual que é por eles denominada como poliarquia. Apesar de ter o conhecimento de que essas poliarquias não são democracias consideradas modelos ideais, que podem ter conformações diferentes porém conformações pensadas em dois eixos principais: participação e inclusão de um lado e do outro competição e oposição. Com o precedente da influência de Robert Dahl,que cunhou o termo poliarquia, definindo-o como esses regimes democráticos empíricos optando por essa nomenclatura para não ficar nos debates ideológicos normativos sobre as especulações do que deveria ser ou não uma democracia. Partindo do conceito de poliarquia aqui trabalhado, existem duas diferentes variáveis que são o grau de participação e inclusão de indivíduos e grupos no espaço de tomar decisões que podem ser verificadas empiricamente pelo direito de voto de manifestação de associação de informação de deposição e o outra vertente seria o grau de competição e oposição política permitidos entre esses grupos ou seja o quanto esses podem participar desse espaço de tomada de decisão e quanto a competição efetiva entre eles. Nesta conclusão com essas variações desses dois eixos podendo ter diferentes feições podem ser denominadas oligarquias competitivas que são regimes inclui poucos grupos ou seja são regimes oligárquicos porém com uma competição efetiva entre essas elites que tem um voto censitário voto muito pouco inclusivo quando se refere ao cidadão e o indivíduo. Outra possibilidade é uma hegemonia fechada que se caracteriza por uma baixa inclusão de grupos e uma baixa competitividade, que no caso são regimes autoritários muito fechados ou autocráticos que são esses de partido único. Uma outra possibilidade, seriam as hegemonias inclusivas, que contém alta inclusão seja de participação de pessoas e grupos mas baixa competitividade para exemplificar pode-se citar os regimes comuns nos anos do século 20, que são os governos corporativos como o Estado Novo instaurado por Getúlio Vargas. Dentre esses também se inclui a poliarquia que tratamos aqui, que pode ser considerada como um modelo democratico ideal que seria esse regime com alta inclusão de indivíduos e grupos e alta competitividade entre eles. Assim afirma O'Donnell, " há uma ligação estreita entre a democracia e certos aspectos da igualdade entre indivíduos" ( p 39, relevando sua preferência a esse conceito politicista ou em outras palavras exclusivamente políticos baseando-se nestas instituições formais do regime, pois, com essa concepção mais ampla que leva em consideração a efetividade das leis e todas as desigualdades socioeconômicas e todos os fatores que promovem a inefetividade da lei, complicações a seu acesso entre seriam empiricamente e analiticamente "complicados". Neste exato ponto indo de encontro com o pensamento científico político comparativista, que procura medir as democracias e as poliarquias e compará-las a um grande número de países em torno de variáveis que são facilmente verificáveis em pesquisa. A defesa do autor se pauta em esta abertura para considerar o efeito desta desigualdade entre indivíduos para igualdade formal, usando de um recurso para não abandonar o seu modelo politicista e formalista porém pensando nesse impacto dessas igualdade substantivas na efetividade das poliarquias. Partindo desse pressuposto, podendo relatar a perspectiva do autor de maneira mais simplista o autor afirma que o regime pode sim de toda maneira prever os direitos de manifestação, direito a sufrágio tomando como base uma escolha informada entretanto o real acesso dos indivíduos para com essas condições fica rendida às condições materiais como o acesso deste à cultura, educação, informação, essa disponibilidade para participação árdua no meio político. Desse modo, ao tomar esse partido O'Donnell de certa forma admite o impacto das variáveis sócio-econômicas de desigualdade porém pondo-as em uma posição secundária de condições materiais para efetividade do modelo democrático. Outro conceito importante dele seria a idéia de estado de direito que de modo geral pode-se conceituar como um regime que estabelece que todos são iguais perante a lei, lei que vai além de impor direitos e deveres ao cidadão mas também limita o poder político. Por fim, a visão de Guillermo O'Donnell referente a democracia se mostra bastante vasto por ser uma de suas áreas de pesquisa e essa obra que busca entender a (in)efetividade desse sistema democrático para assim na sua perspectiva " melhorá-lo" mesmo que de certa forma desconsiderando os aspectos socioeconômicos pondo-os como meros detalhes no reflexo social político.
BIBLIOGRAFÍA
● DAHL. Robert ,Poliarquia, versão traduzida em português 1997
● O'DONNELL,Guillermo,Poliarquia e inefetividade na América Latina,1998 ● ALMEiDA, Frederico de, https://youtu.be/abmN4x6h6jM ● HENRIQUE, Marcelo, https://www.youtube.com/watch?v=OwcRiOVeO74
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