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INSTRUÇÃO DE PROCESSO

Identificação:
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO – CICLO SOMARSIL
IP-OBR-06G-01

1. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

• Projeto de estrutura
• Projeto de armações
• Projeto de furações (atenção: pode fazer parte do projeto estrutural ou instalações prediais)
• Projeto de escoramentos de vigas e lajes;
• Projeto de escudo de fachada;
• Projeto de instalações elétricas e hidráulicas
• IP-OBR-6B-Controle da qualidade do concreto

2. DOCUMENTOS DE CONTROLE DE QUALIDADE RELACIONADOS

• CQM-OBR-01 – Concreto;
• CQP-OBR-6A1 – Estrutura de Concreto Armado – Pilares;
• CQP-OBR-6A2 – Estrutura de Concreto Armado – Lajes e Vigas;
• CQP-OBR-6A3 – Rastreabilidade de Concreto – Lajes e Vigas;
• CQP-OBR-6G1 – Estrutura de Concreto Armado – Pilares – Ciclo Somarsil;
• CQP-OBR-6G2 – Estrutura de Concreto Armado – Vigas e Laje – Ciclo Somarsil.

3. MATERIAIS

Categoria Especificação
Aços* CA-50 ou CA-60 (ver projeto estrutural),
cortado e dobrado de acordo com projeto;
Arames Arame recozido nº18;
Cantoneiras Plásticas para fôrmas de escadas Seção triangular de 1,5 x 1,5cm (não é
necessário no caso de escadas com
revestimento pré-moldado)
Chapas de compensado para fôrma* para São pré-fabricadas pelo empreiteiro, com
pilares madeira plastificada.
Chapas de compensado para fôrma* para São utilizadas de dois tipos:
lajes e vigas • Chapas plastificadas modulares pré-
cortadas, fornecidas pelo empreiteiro, do
sistema Rapid da Ulma, na maior parte do
pavimento;
• Chapas de 22mm e dimensões de 1,22 x
2,44m, com no mínimo 11 lâminas,
resinada (para repetições ≤7) ou
plastificada (para repetições >8), em
pequenos trechos, geralmente próximo
do núcleo da torre.
Chapas de compensado para fôrma para Compensado naval de 1,10 x 2,20m e
bandejas espessura de 22mm.
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Desmoldantes* Específico para fôrmas de madeira e concreto


que receberá revestimento posterior.
EPS para juntas de dilatação 2 cm de espessura.
São utilizados de dois tipos:
• De plástico, adequado para as situações
de cobrimento lateral (Exemplo: para
cobrimento de 2,5 cm, Resistência a
Compressão superior 247,5 kgf) de
acordo com os cobrimentos definidos em
Espaçadores projeto de estrutura;
• De plástico, adequado para cobrimento
fundo (Exemplo: “centopeia” para
cobrimento de 2,5 cm, com Resistência a
Compressão superior a 569,2 kgf), de
acordo com os cobrimentos definidos em
projeto de estrutura.
Tábuas de cedrinho ou pinho de diversas
bitolas conforme projeto, aparelhadas em
Madeiras para fôrmas de estrutura e
duas faces / Pontaletes de 3 X 3” de pinho,
bandejas
aparelhados em duas faces / Cunhas de
madeira
Galvanizado 17x21 e 18x27 / Aço 17x21 / 2
Pregos
cabeças 17x21 e 18x27
Esmalte amarelo e vermelho para
identificação dos painéis / Tinta seladora para
Tintas superfícies cortadas das chapas de
compensado (borracha clorada) /
Emborrachada vermelha
Tubos de PVC
*Materiais controlados. Verificar lista de Fornecedores de Materiais e Sistemas Construtivos Homologados disponível
no Autodoc.

4. EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

4.1. MONTAGEM DE FÔRMA

Categoria Especificação
Caixas para acomodar barras de ancoragem,
tensores, cunhas, tubos de PVC e cones de
encosto plástico
Cone de encosto para travamento das fôrmas Plástico (cones reaproveitados a cada laje,
trabalhando-se com dois jogos)
Corda de Nylon
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Escoramento metálico
Mão francesa metálica Para suporte da bandeja.
Máquina de lavagem alta pressão
Martelo
Nível alemão
Nível laser
Perfis de madeira par escoramento Tipo H20
Perfis metálicos para travamento Tipo sanduíche
Pincel
Prumo de centro
Sargento Ferro com diâmetro de 12,5 ou 16mm
Tensor e Barra de Ancoragem 5/8”
Torre de Guincho, Cremalheira ou Grua
Trena de Aço 30m
Tripé Para escoras metálicos

4.2. DESFORMA
Categoria Especificação
Alça de desfôrma ou detalhe específico de
projeto
Chave Fixa 27 x 32mm
Corda de Nylon
Martelo
Pé de Cabra

4.3. ARMAÇÃO
Categoria Especificação
Alicate
Tripés metálicos para “bancada” de armação
Pontaletes de madeira para apoio das
armações

4.4. CONCRETAGEM
Categoria Especificação
Bomba de Concreto;
Caixa tipo robô aterrada para ligar
equipamentos elétricos
Quando o concreto não for bombeado ou
Jericas
içado por grua
Régua de alumínio 3” x 11/2”
Vibrador e mangote

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5. CONDIÇÕES INICIAIS

• Área reservada para medição do slump e moldagem e armazenamento dos CPs de concreto,
conforme IP-OBR-06B;
• Contrato com fornecedor de aço (com corte e dobra) já aprovado;
• Contrato com fornecedor de máquinas de transporte vertical já aprovado;
• Contrato com fornecedor de máquinas de bombeamento de concreto já aprovado;
• Contrato com empresa de controle tecnológico já aprovado;
• Contrato com empresa de acabamento de concreto já aprovado;
• Contrato com empresa de instalações hidráulicas já aprovado;
• Contrato com empresa de instalações elétricas já aprovado;
• Contrato com empresa de topografia para acompanhamento do prumo da torre já aprovado;
• Eixos e níveis de referência definidos pela topografia;
• Fôrmas pré-fabricadas, aprumadores e andaimes dos pilares armazenados no canteiro;
• Fôrmas e escoramentos do sistema Rapid da Ulma armazenados no canteiro;
• Projeto de escudo de fachada elaborado e escudo montado pela Somarsil;
• Traços de concreto com respectivos fck, Ecs e slump e demais características definidas em projeto
definidos e cadastrados com o fornecedor de concreto.

6. EXECUÇÃO

Atenção: Processo válido para a execução de estruturas de concreto armado referentes ao pavimento
tipo de uma torre. Para demais estruturas, como periferia e pavimentos atípicos, a validade dessa ou da
IP-OBR-6A deve ser avaliada pelo engenheiro da obra.

6.1. VISÃO GERAL DO CICLO DA ESTRUTURA

Neste ciclo, a estrutura é executada em 5 dias úteis, sem considerar o sábado, e o serviço avança por
quadrantes (Figura 6.1-1). A equipe de estrutura é dividida entre armadores e carpinteiros, e esses se
dividem entre os que trabalham com pilares e os que trabalham com lajes e vigas.

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Figura 6.1-1: Exemplo de divisão do pavimento em 4 quadrantes (A, B, C e D)

6.1.1. Visão geral das fôrmas

• Todas as fôrmas de pilares são pré-fabricadas e fornecidas pela Somarsil. Elas possuem um
sistema próprio de gastalho em dois “L”s colocados em momentos separados e que se juntam
para permitir o posicionamento das fôrmas em seu interior (Figura 6.1.1-1), e um mecanismo de
travamento das fôrmas que permite “abrir e fechar” as mesmas (Figura 6.1.1-2), não havendo,
portanto, etapas de montagem de grade e faces do pilar. Após o içamento e posicionamento da
armação dos pilares no centro dos gastalhos, as fôrmas são posicionadas no primeiro “L” do
gastalho, fechadas e então o segundo “L” é posicionado e fixado. Todos os pilares possuem
estruturação metálicas com chapas em compensado plastificado. Apenas nos casos de pilares de
grandes dimensões são utilizadas agulhas para travamento e garantia de geometria dos mesmos.

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Figura 6.1.1-1: Gastalhos em L em torno da forma de pilar pré-fabricada Somarsil

Figura 6.1.1-2: Fôrma de pilar pré-fabricada Somarsil

• As fôrmas de lajes, em sua maioria, são feitas com o sistema Rapid da Ulma, que consiste em um
conjunto de escoras e suportes metálicos e chapas de compensado pré-cortados (Figura 6.1.1-3).
Esse sistema agiliza a montagem e desfôrma do assoalho, além de parte das escoras já servirem
como reescoramento, não precisando ser removidas. Algumas fôrmas de trechos menores de laje,
geralmente próximos ao núcleo da torre (escada e elevadores), podem ser feitas com o sistema
de fôrma tradicional, utilizando chapas de compensado cortadas na obra, escoras metálicas e
vigas de madeira. No entanto, quanto mais se conseguir aproveitar o sistema Rapid da Ulma, mais
racionalizado será o uso de fôrma e mais rápida será a execução do assoalho.

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Figura 6.1.1-3: Sistema de forma de assoalho Rapid da Ulma (fonte: Ulma)

• As fôrmas de vigas são feitas de duas formas. O fundo e face externa das vigas de periferia estão
solidárias ao escudo de proteção coletiva, que sobe à medida que a estrutura é executada (Figura
6.1.1-4). Já as vigas internas são montadas de forma similar ao procedimento tradicional. Em
ambos os casos, a sustentação e travamento são feitos com garfos metálicos, fornecidos pela
Somarsil, enquanto as faces e fundo de viga são feitos em chapas de compensado com
estruturação em madeira (Figura 6.1.1-5). As laterais das vigas são fornecidas pré-cortadas pela
Somarsil, enquanto o fundo e os complementos dos pilares são cortados na obra.

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Figura 6.1.1-4: Escudo de fachada e fôrmas de viga de periferia com indicação do fundo e face externa

Figura 6.1.1-5: Garfos metálicos e laterais e fundo de fôrma em chapas de madeira

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6.1.2. Visão geral das armações

As armações de pilares, lajes e vigas são feitas conforme o sistema convencional. As barras são entregues
cortadas e dobradas e, no caso de pilares e vigas, são montadas em uma central de armação na base da
torre e içadas pela grua ao pavimento em execução. Eventualmente, no caso de pilares de grandes
dimensões, pode ser avaliada a necessidade de montá-los no pavimento. Já as barras da laje são içadas
sem uma pré-montagem e são posicionadas sobre o assoalho.

6.1.3. Visão geral das concretagens

As concretagens ocorrem em todos os dias do ciclo. As concretagens dos pilares são executadas por
quadrantes, com uso de caçamba e grua, em 4 dias distintos; enquanto as concretagens de lajes e vigas
são executadas em dois momentos, 2 quadrantes por vez, com concreto bombeado. Todas as
concretagens de pilares ocorrem no período da tarde e as concretagens de laje e vigas iniciam de manhã.
Para se ter um melhor atendimento pela central de concreto, as concretagens de laje e vigas são realizadas
em dias menos concorridos da central (2 quadrantes na 4ª feira e 2 quadrantes na 2ª feira). Tanto a
desforma de pilares quanto de laje e vigas são iniciadas um dia após a concretagem.

6.1.4. Visão geral dos sistemas de proteção

O método de execução da Somarsil dispensa a necessidade de montagem de bandejas secundárias ou


SLQA à medida em que a estrutura sobe. Apenas a bandeja primária é necessária.
A função de proteção coletiva da periferia é feita pelo escudo de fachada, o qual é dividido em módulos
que são alçados pela grua à medida que a estrutura vai sendo executada. Esse escudo é capaz de proteger
ao mesmo tempo 3 pavimentos: o pavimento em que se está trabalhando e dois abaixo dele (Figura
6.1.4-1). Nos pavimentos protegidos pelo escudo, não é necessário utilizar linha de vida. Apenas no último
pavimento do escudo que os funcionários precisam prender seus cintos ao próprio escudo, quando vão
trabalhar na borda da laje, para mitigar risco de queda, apesar do guarda-corpo do escudo.
À medida em que o escudo vai sendo içado, a proteção periférica coletiva passa a ser garantida por telas
de piso a piso fixadas em ganchos deixados na laje durante sua concretagem. Essas telas são
dimensionadas para evitarem a queda de material e funcionários do pavimento em que estão instaladas.
Portanto, dispensam o uso de linha de vida na execução da alvenaria.
Dado que o escudo protege 3 pavimentos e que o 1º pavimento da torre possui a bandeja primária, ele
só pode ser posicionado na estrutura após a concretagem do 3º pavimento e, enquanto o escudo não é
posicionado, a proteção coletiva é feita com grades metálicas de proteção (Figura 6.1.4-2), com posterior
fixação de tela piso a piso, após as desforma das vigas de borda. Nesses pavimentos em que o escudo
ainda não está instalado, é necessário o uso de varal e linha de vida para prevenir contra queda dos
funcionários.

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Figura 6.1.4-1: Escudo de fachada com 3 pavimentos protegidos: o da laje que está sendo executada e 2
abaixo dele

Figura 6.1.4-2: Sequência esquemática das proteções coletivas (parte 1)

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Figura 6.1.4-3: Sequência esquemática das proteções coletivas (parte 2)

6.1.5. Ciclo de atividades

Um resumo esquemático de cada dia do ciclo está indicado nas figuras a seguir. A legenda para
entendimento está indicada na (Figura 6.1.5-1). Nos itens a seguir, essas atividades são abordadas em
maior detalhe, com indicação dos principais pontos de atenção relacionados à qualidade da estrutura.
Em todos os dias as atividades do ciclo vão no mínimo até às 18h, portanto, neste ciclo, é comum que haja
custos de horas extras com funcionários e grua.
Além disso, em todos os dias também há um grande volume de atividades sendo executadas em paralelo
e que demandam bastante uso da grua. Por esse motivo, durante a execução da estrutura, ela fica a maior
parte do dia atendendo a essas atividades. Pequenas movimentações para outros serviços podem ser
realizadas em eventuais intervalos que surjam. O dia em que ela está mais disponível é no 5º dia, portanto,
outros usos mais longos devem ser preferencialmente programados para esse dia.

Figura 6.1.5-1: Legenda do ciclo de estrutura

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6.2. DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES DO CICLO

Os itens a seguir detalham os aspectos técnicos das atividades sequenciais de um dos quadrantes do ciclo.

6.2.1. Montagem das fôrmas

Tanto as fôrmas montadas na obra quanto as fôrmas fornecidas pela Somarsil devem se adequar a esse
padrão de identificação para agilizar a execução e conferência das montagens das fôrmas nas torres,
principalmente nos pavimentos tipo.

BRANCO:
• Gastalhos;
• Fundos de viga, indicando o local dos “garfos” ou “gravatas”, conforme espaçamento do projeto
de escoramento.
AMARELO:
• Setas pintadas nas chapas de compensado das lajes, que indicam o posicionamento correto dos
jogos de fôrma (apontam a frente da obra) evitando que o eletricista fure várias vezes a mesma
chapa;
• Todas as bordas do compensado logo após do corte e antes de serem montadas (com tinta base
borracha clorada).
VERMELHO:
• Todas as numerações das peças de madeira (os dois L’s dos gastalhos, fundos de viga, laterais de
viga, etc.);
• Nos pontos de reescoramento indicados no fundo de vigas.

Observação: Todas as numerações deverão ser feitas com gabarito e não a mão livre.

Garfo
Reescoramento

Figura 6.2.1-1: Código de Cores

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Controles nesta atividade:


• Conferir se as fôrmas estão pintadas corretamente.

6.2.2. Montagem das armações

• Iniciar a montagem da armação dos pilares e vigas pelos últimos elementos que serão
posicionados, organizando a estocagem de maneira que as primeiras armações a serem usadas
fiquem na parte superior da pilha.
• Nos arranques de pilar, colocar estribos com largura aproximadamente 1 cm menor do que os
estribos originais, a fim de evitar que os mesmos saiam do lugar, prejudicando a colocação dos
painéis de fôrma e armações seguintes.

Controles nesta atividade:


• Conferir bitola das armações, número de barras, travamentos e espaçamento dos estribos,
conforme projeto de armação.

6.2.3. Transferência de eixo para laje

• A transferência entre as lajes do pavimento tipo é feita através das barras de transferência (“ferro
de eixo”) e fio de prumo, subindo a marcação da referência de baixo para a barra do pavimento
que será executado.
• Devido à dinâmica do ciclo, as barras de transferência devem ser posicionadas de forma que dois
quadrantes da laje possam ter seus eixos traçados independentemente dos outros dois, que
estarão com outros serviços em execução (Figura 6.2.3-1).
• Essas barras não podem ficar muito afastadas da borda da laje para não prejudicar a
movimentação do escudo de fachada.

Figura 6.2.3-1: Ilustração do posicionamento das barras para permitir a transferência de eixo de metade da laje

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Controles nesta atividade:


• Desvio máximo tolerado no posicionamento do eixo em relação à referência: 1mm.

6.2.4. Posicionamento dos gastalhos

• Para a execução do ciclo, é necessário um jogo de gastalhos para meia laje para permitir que,
enquanto um quadrante desforma o pilar, o outro posicione as fôrmas que estão sendo liberadas;
• Os gastalhos devem ser posicionados a partir dos eixos, medindo as distâncias dos eixos até as
bordas dos pilares, deixando um espaço referente à espessura do compensado e estrutura da
fôrma do pilar. Para isso, os gastalhos são confeccionados de modo que as dimensões internas
dos mesmos correspondam às dimensões externas das fôrmas pré-fabricadas dos pilares (Figura
6.2.4-1);
• Os gastalhos devem estar firmemente fixados à laje de concreto com pregos de aço para evitar
sua movimentação no posicionamento das fôrmas de pilares;
• Além de serem pintados de branco, os gastalhos devem possuir indicação em vermelho da
numeração de seus respectivos pilares nas duas partes do “L” para facilitar a conferência do
serviço e a transferência dos mesmos entre quadrantes e pavimentos.
• Apicoar saliências de concreto na base do pilar e limpá-la antes de iniciar o posicionamento da
armação dos pilares.

Figura 6.2.4-1: Posicionamento do gastalho


Controles nesta atividade:
• Conferir distância dos eixos até a borda do gastalho com trena de aço e somar a espessura do
compensado e estrutura da fôrma do pilar para checar na posição da face do pilar. A tolerância
de desvio na posição do gastalho é de 2mm.
• Conferir apicoamento e limpeza da base dos pilares.

6.2.5. Içamento e posicionamento da armação pronta dos pilares

• Após o término da locação dos pilares, pode-se iniciar o içamento e posicionamento das armações
dos pilares. Para agilizar essa atividade, as armações na central de armação devem estar
empilhadas de forma que a primeira da pilha é a primeira que será posicionada. Para agilizar seu
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posicionamento no pavimento, a armação deve ter uma etiqueta com indicação do pilar a que se
destina. Assim basta movimentar a armação de determinado pilar ao seu gastalho, que também
já está identificado.
• Os espaçadores irão garantir o posicionamento correto da armação na fôrma e o cobrimento
necessário.
Controles nesta atividade:
• Integridade visual dos espaçadores;
• Verificar com trena de aço se as alturas dos arranques do pilar coincidem com o indicado em
projeto.

6.2.6. Fechamento das fôrmas de pilares e posicionamento dos segundos “L’s” dos gastalhos

• As fôrmas de pilares possuem travamentos próprios e, em geral, não precisam de agulhas. As


agulhas são necessárias apenas nos casos de pilares grandes e o posicionamento das mesmas
deve ser validado por um projetista de fôrmas, a fim de garantir estruturação da fôrma e a
geometria do pilar.
• No caso de pilares atípicos, que não se repetem nos demais pavimentos, antes do fechamento
das fôrmas, as alturas de referência para preenchimento das mesmas com concreto deverão ser
marcadas com um sarrafo. Essa cota deve ser 2,0cm superior à face inferior do fundo da viga mais
baixa que chega ao pilar (Figura 6.2.6-2). A equipe precisa ter comprometimento de remover o
excesso com algum tipo de balde;
• No caso de pilares tipo, que se repetem nos demais pavimentos, em vez de colocar um prego,
cortar um trecho da chapa do pilar (um retângulo de largura de 10cm e altura de 20cm com sua
base na cota do término da concretagem - Figura 6.2.6-1).

Figura 6.2.6-1: Indicação do furo na fôrma para parada de concreto

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• Após a marcação e fechamento das fôrmas, o segundo L do gastalho dos pilares deve ser
encaixado, ficando bem rente às fôrmas e firme na laje de concreto para evitar movimentação
durante a concretagem.

Figura 6.2.6-2: Posicionamento do prego de referência para altura de concretagem dos pilares
• No topo das fôrmas de pilares, devem ser pregados sarrafos no perímetro da fôrma, para que os
arranques de armação não se movimentem durante a concretagem (Figura 6.2.6-3).

Figura 6.2.6-3: Indicação do sarrafo de posicionamento do arranque do pilar

Controles nesta atividade:


• Altura do sarrafo de referência, no caso de pilares de pavimentos atípicos. A tolerância de
posicionamento é de 2mm.

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• Altura do recorte na fôrma, no caso de pilares de pavimentos tipo. A tolerância de posicionamento


é de 2mm.
• Travamento dos gastalhos na laje.

6.2.7. Aprumo dos pilares e travamento com escoras

• Após o posicionamento das fôrmas, as mesmas deverão ser aprumadas, ainda que de forma
preliminar, pois serão aprumadas novamente após a concretagem. Dado que: as fôrmas dos
pilares possuem uma altura padronizada, são maiores que as alturas que serão concretadas e que
os pilares são feitos antes das vigas e lajes; as fôrmas dos mesmos não precisam ser niveladas
entre si.
• Para aprumo, dado que a base do pilar está garantida pelo gastalho, pode ser utilizado um prumo
de face, para se ter a referência, e escoras para movimentá-las e travá-las na posição correta
(Figura 6.2.7-1).
• Após corrigir a posição dos pilares e travá-lo com escoras, as bases das fôrmas devem ser vedadas
com “massa podre” ou outro material que possa ser removido posteriormente para evitar que
haja vazamento da nata de concreto da base do pilar, gerando “bicheiras”.

Figura 6.2.7-1: Indicação de posicionamento das escoras para aprumar o pilar e de corte com travamento

Controles nesta atividade:


• Conferir prumo dos pilares com prumo de face. A tolerância de desaprumo é de 2mm.
• Conferir se as bases dos pilares estão vedadas para evitar vazamento de nata.

6.2.8. Concretagem dos pilares

• A concretagem dos pilares é feita com caçamba e grua. Para evitar a desagregação do concreto,
limitar a altura de lançamento em queda livre em no máximo 2,5m e utilizar tubos flexíveis na
saída da grua. Para lançamento do concreto nos pilares, é necessário montar andaimes em torno
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dos mesmos, com escada metálica para acesso. Os andaimes devem estar firmes, de forma que
os trabalhadores possam prender seus cintos de segurança neles e que o trânsito de pessoa sobre
o mesmo não interfira no posicionamento das fôrmas.
• Antes de lançar concreto na fôrma, umedecer a base do pilar.
• Durante o lançamento do concreto, vibrar o concreto em toda a altura do pilar (o mangote deve
ter no mínimo 1m a mais de comprimento que a altura do pilar).
• Imediatamente após o lançamento e vibração, aprumar novamente as fôrmas dos pilares.

Controles nesta atividade:


• Base do pilar deve estar umedecida.
• Altura de queda livre do concreto < 2,5m.
• Andaimes firmes e trabalhadores presos a ele.
• Vibrar o concreto do pilar em toda a sua altura.
• Aprumar novamente o pilar imediatamente após a concretagem. A tolerância de desaprumo é de
2mm.

6.2.9. Desfôrma e limpeza das fôrmas dos pilares

• Na manhã do dia seguinte, no mínimo 12h após a concretagem, os pilares são desformados para
que as fôrmas sejam utilizadas no quadrante seguinte. Antes de movimentá-las, as mesmas
devem ser limpas com palha de aço e revestidas com desmoldante.
• O desmoldante deve ser preparado conforme indicação do fabricante e levado já pronto em um
recipiente ao pavimento. Ele deve ser pulverizado sobre as chapas de compensado das fôrmas.
• Após a desforma, para realização da cura dos pilares, cobrir todas as faces dos pilares com filme
plástico (Figura 6.2.9-1).

Figura 6.2.9-1: Pilares revestidos com filme plástico para cura

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Controles nesta atividade:


• Aplicação de desmoldante nas fôrmas de pilares.
• Cobrir todas as faces dos pilares desfôrmados com filme plástico.

6.2.10. Montagem dos garfos metálicos e chapas de vigas internas

• Enquanto as fôrmas dos pilares vão sendo movimentadas para outro quadrante, à medida em
que se libera espaço no quadrante dos pilares já concretados, inicia-se a subida das fôrmas de
viga e garfos metálicos do pavimento de baixo.
• As primeiras vigas a serem montadas são as vigas internas pois as externas dependem do escudo
de fachada, que ainda não foi elevado.
• O posicionamento dos garfos deve respeitar o projeto de escoramento, a indicação da fôrma de
baixo da viga e o espaçamento máximo de 70cm entre eles.
• Nesse momento é possível perceber se os pilares foram concretados até as alturas corretas. O
topo da concretagem deles não pode estar mais do que 2,0cm acima do fundo da viga mais baixa
que será montada, se não o concreto irá atrapalhar o posicionamento da armação das vigas.
• Nas faces dos pilares em que as vigas chegam, fixar uma tira de compensado na horizontal para
que sirva de referência de nível para apoio do fundo de viga. Para chegar a esse nível, descontar
do nível da face inferior da viga a espessura das chapas e estruturações do fundo da viga (Figura
6.2.10-1). Esse procedimento permite uma rápida conferência do prumo dos pilares, dado que,
se os 2 pilares em que uma viga se apoia estiverem no prumo, o fundo da mesma irá se encaixar
exatamente no vão. Para facilitar o posicionamento e conferência das distâncias entre pilares, as
chapas de fundo de viga contém a identificação da numeração da viga.

Figura 6.2.10-1: Chapa de compensado para posicionamento do fundo de viga

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• Em seguida, os garfos devem ser posicionados conforme indicação do projeto de fôrmas e


marcações nas chapas de fundo de viga.
• As chapas de fundo de viga devem possuir furos que permitam a lavagem das fôrmas e
escoamento da água antes da concretagem (Figura 6.2.10-2).

Figura 6.2.10-2: Furos nas chapas de fundo de viga para lavagem das fôrmas
• Após o posicionamento dos garfos, nivelá-los com nível laser antes de prosseguir com a
montagem das demais partes da viga.
• As chapas laterais das vigas já são fornecidas pré-cortadas e estruturadas pela Somarsil. A forma
de estruturação das mesmas varia em função da altura da viga: vigas de 40cm são estruturadas
com madeira; vigas com mais de 40cm de altura precisam de agulha além da estruturação de
madeira (Figura 6.2.10-3 e Figura 6.2.10-4).

Figura 6.2.10-3: Corte da estruturação de vigas com altura > 40cm

Figura 6.2.10-4: Vista da estruturação de vigas com altura > 40cm


• As junções entre chapas laterais das vigas não podem ocorrer no centro do vão entre dois garfos
para que não se deformem excessivamente e ocorra vazamento de concreto (Figura 6.2.10-5).

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Figura 6.2.10-5: Situação que não deve ocorrer


• Nessa etapa, também devem ser montadas as chapas laterais das continuações dos pilares,
fabricadas pela obra, que devem seguir a mesma regra de estruturação das vigas, em função de
sua altura (Figura 6.2.10-6).
• Preferencialmente, adotar estruturação lateral das vigas em metal. Se não for possível, pode-se
utilizar estruturação em madeira.

Figura 6.2.10-6: Detalhe de travamento do complemento de pilar com altura > 40cm.

Controles nesta atividade:


• Nivelamento do fundo de vigas com nível laser medido pelo assoalho. A tolerância permitida é de
2mm.
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• Alinhamento das vigas medido com régua através da lateral dos garfos e uso de linha (pelo
assoalho). A tolerância permitida é de 3mm.
• Posição das juntas das chapas laterais e ausência de frestas nos encontros maiores do que a
abertura de um prego 17 x 21. Evitar juntas no centro do vão entre garfos.
• Folgas existentes entre as chapas laterais e os garfos. Apertar melhor os garfos ou colocar cunhas,
se necessário.
• Forma de travamento das vigas e complemento de pilar em função da altura.

6.2.11. Movimentação dos escudos de periferia

• O escudo de periferia é dividido em módulos capazes de proteger 3 lances de pavimento (Figura


6.2.11-1). Os módulos transferem suas cargas verticais no pavimento intermediário por meio de
escoras e são travados contra movimentação horizontal com agulhas posicionadas nas vigas entre
o pavimento intermediário e o inferior (Figura 6.2.11-2).

Figura 6.2.11-1: Indicação dos pavimentos e travamentos do escudo de fachada

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Figura 6.2.11-2: Detalhes dos travamentos horizontais com agulha

• Os módulos são içados pela grua e, durante essa operação, os funcionários envolvidos devem
estar presos com seus cintos nos pilares já concretados.
• Os módulos devem ser mantidos suspensos pela grua enquanto se mede o nível do fundo das
vigas de periferia com laser. Quando os apoios estiverem nivelados, deve-se instalar as escoras
metálicas que sustentarão o escudo e, em seguida, travar as agulhas no pavimento de baixo.
• Quando o escudo do quadrante estiver nessa condição, os trabalhadores já podem iniciar a
montagem das vigas de periferia e o uso de cinto é dispensado.

Controles nesta atividade:


• Checar se as escoras que sustentam o escudo e as agulhas que travam a movimentação horizontal
estão bem travadas.
• Checar o nivelamento do fundo das vigas. A tolerância permitida é de 2mm.

6.2.12. Montagem e fechamento das vigas de periferia

• O fundo de viga e a face lateral externa já fazem parte do escudo de fachada. Resta montar a face
lateral interna e travar as vigas com o fechamento que também já faz parte do escudo (Figura
6.2.12-1).
• Nos pavimentos em que o escudo de fachada ainda não está instalado, as fôrmas devem ser
montadas com ajuda de andaimes e vigas de madeira, que são mais estáveis que os garfos
metálicos nessas posições. Sobre as vigas de madeira, deve ser feita uma plataforma com
assoalho pelo lado de fora das vigas para permitir o trabalho dos funcionários.

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Figura 6.2.12-1: Travamento das vigas de periferia

Controles nesta atividade:


• Nivelamento do fundo de vigas com nível laser medido pelo assoalho. A tolerância permitida é de
2mm.
• Alinhamento das vigas medido com régua através da lateral dos garfos. A tolerância permitida é
de 2mm.
• Posição das juntas das chapas laterais e existência de frestas nos encontros maiores do que a
abertura de um prego 17 x 21. Evitar juntas no centro do vão entre garfos.
• Folgas existentes entre as chapas laterais e os travamentos. Apertar melhor os travamentos ou
colocar cunhas, se necessário.
• Controlar a forma de travamento das vigas e complemento de pilar em função da altura.

6.2.13. Montagem do sistema Rapid da Ulma para assoalho

• O sistema Rapid é composto por escoras, vigas metálicas longitudinais e transversais, cabeçais
recuperáveis e chapas de compensado (Figura 6.2.13-1, Figura 6.2.13-2, Figura 6.2.13-3 e Figura
6.2.13-4). As escoras, vigas longitudinais e transversais e chapas do sistema Rapid para a

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montagem do assoalho da laje são transportadas manualmente do pavimento inferior para o que
será montado.

Figura 6.2.13-2: Viga transversal

Figura 6.2.13-1: Viga longitudinal

Figura 6.2.13-3: Cabeçal recuperável Figura 6.2.13-4: Chapa de assoalho


• Para isso, as transversais, as escoras e as chapas já devem ter sido removidas da laje de baixo e
estarem organizadas para o transporte. A desmontagem pode iniciar no dia seguinte à
concretagem da laje e é realizada removendo-se a cunha do cabeçal recuperável, batendo nela
com um martelo (Figura 6.2.13-5). À medida que as cunhas vão sendo removidas, as transversais
vão se soltando, permitindo a remoção das mesmas e das chapas de compensando (Figura
6.2.13-6 e Figura 6.2.13-7). Esse sistema permite que as escoras se mantenham apoiando a laje
enquanto os cabeçais, transversais e chapas são removidos. Após essa operação, pode-se deixar
apenas as escoras relativas ao reescoramento, conforme indicação de projeto, e remover as
demais.

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Figura 6.2.13-5: Detalhe de remoção do cabeçal recuperável

Figura 6.2.13-6: Sugestão de preparação para remoção dos cabeçais

Figura 6.2.13-7: Sugestão de remoção e armazenamento das chapas

• No pavimento do novo assoalho que será montado, a montagem inicia-se pelo encaixe dos
cabeçais em uma das vigas longitudinais, que deve ser apoiada no chão (Figura 6.2.13-8 e Figura
6.2.13-9). Com a ajuda de duas escoras, eleva-se a longarina, próxima à sua posição final definida
no projeto de escoramento (Figura 6.2.13-9). O ajuste fino do posicionamento das longarinas será
feito à medida em que as transversais vão sendo posicionadas.

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Figura 6.2.13-8: Fixação dos cabeçais na viga longitudinal

Figura 6.2.13-9: Içamento da viga longitudinal com duas escoras

• Em seguida, posicionar as transversais nos cabeçais. As transversais podem se apoiar em uma


outra longarina ou na borda das fôrmas das vigas (Figura 6.2.3-1).

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Figura 6.2.13-10: Vigas transversais apoiadas nos cabeçais e na borda das vigas de periferia
• Ao término do posicionamento das transversais de um trecho de assoalho, instalar as chapas de
madeira para estabilizar a estrutura do assoalho (Figura 6.2.13-11). Nesta etapa, utilizar andaimes
com escada de acesso e que possibilitem que o trabalhador sobre o mesmo prenda seu cinto de
segurança a ele.

Figura 6.2.13-11: Posicionamento das chapas do assoalho


• Continuar a montagem do assoalho instalando as vigas longitudinais restantes, posteriormente
as transversais, depois as chapas, na mesma sequência.
• As extremidades das chapas devem ser fixadas sobre ripas de madeira presas às transversais. Isso
impede que as mesmas se movimentem durante a concretagem e reduz as frestas entre as chapas
(Figura 6.2.13-12).
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Figura 6.2.13-12: Detalhe do posicionamento e fixação das chapas sobre as transversais

Controles nesta atividade:


• As chapas de assoalho pré-fabricadas já servem como referência do posicionamento da fôrma.
Resta controlar se as frestas entre as chapas não estão excessivas. A tolerância é de frestas
menores que um prego de 17 x 21.

6.2.14. Conferência e ajuste de assoalho e vigas

• A princípio, considera-se que a laje de concreto de apoio está nivelada e todas as escoras são
colocadas com a mesma regulagem de altura. O ajuste fino do nivelamento é feito após a
montagem do assoalho com ajuda de nível laser. Pega-se o nível de referência do pavimento e
utiliza-se o nível laser e sua guia para checar por baixo o nível do assoalho e ajustar a altura das
escoras mexendo-se em sua regulagem ou com ajuda de cunhas de madeira.
• Para conferir o posicionamento das vigas, complemento de pilar e bordas de laje, é necessário
transferir o eixo do pavimento para o nível do assoalho que está sendo montado. Após a
conferência, aplicar desmoldante com rolo de espuma. Assim como para os pilares, ele deve ser
preparado conforme indicação do fabricante e levado já pronto em um recipiente ao pavimento.

Controles nesta atividade:


• Controlar o nivelamento do assoalho com nível laser. Tolerância é de 3mm.

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• Controlar o posicionamento das vigas, bordas de laje e complemento de pilar em relação aos
eixos. Tolerância é de 2mm.
• Controlar distância entre eixo e borda de laje. Tolerância 2mm.
• Conferência do escoramento (checar se fica aqui ou outro item) – quantidade, distância e se estão
travados;
• Aplicar desmoldante nas fôrmas.

6.2.15. Içamento e posicionamento da armação de lajes e vigas

• Para agilizar o serviço, as armações das vigas já foram empilhadas na central de montagem de
forma que a primeira da pilha é a primeira que será posicionada. Para agilizar seu posicionamento
no pavimento, a armação deve ter uma etiqueta com indicação da viga a que se destina. Assim
basta movimentar a armação de determinado à sua viga.
• Nos encontros das vigas com os pilares, para o posicionamento das mesmas, é necessário abrir
os estribos do pilar e depois fechá-los / reconstituí-los com armaduras de transpasse, quando a
armação da viga estiver posicionada (Figura 6.2.15-1).

Figura 6.2.15-1: Necessidade de corte do estribo de pilar


• Os espaçadores irão garantir o posicionamento correto da armação na fôrma e o cobrimento
necessário. Atentar também para regiões sujeitas à maior agressividade: Concretos aparentes,
tetos de piscinas e reservatórios, concretos em contato com o terreno).
• Dado que o ciclo da estrutura divide a concretagem de lajes e vigas em dois quadrantes por vez
(Figura 6.2.15-3), é necessário deixar transpasses nas armações para conectar as armações de
uma metade com a outra. A definição dessa divisão deve ser definida e informada ao projetista
estrutural para que ele preveja os arranques necessários em vigas e lajes em projeto.
• Além disto, no alinhamento parada de concretagem de lajes / vigas deverá ser prevista uma
contenção em tela metálica “de alvenaria - malha 15 x 15 mm, fio 1,5 mm” estruturada com
pontaletes, que permitirá vibração adequada nesta região, e uma superfície com exposição de
agregados para melhorar a solidarização com a etapa seguinte (Figura 6.2.15-2).

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Figura 6.2.15-2: Tela para parada de concreto

Figura 6.2.15-3: Indicação da divisão da concretagem de vigas e lajes

• Limpar as fôrmas após término da montagem da armação com jato de água com pressão.
Remover sujeiras dos fundos de viga, que devem escoar pelos furos nas mesmas, e da cabeça dos
pilares.

Controles nesta atividade:


• Integridade visual dos espaçadores;
• Conferência da armação – diâmetro, quantidade, espaçamento, medidas, arranques,
reconstituição dos estribos da cabeça do pilar para passagem da armação de viga, ferros para
rede piso a piso, bandeja (quando necessário), para raio;
• Verificar com trena de aço se os transpasses das armações estão corretos;
• Restos de arames removidos e armações sem sujeiras que prejudiquem a aderência do concreto.
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6.2.16. Instalações elétricas e hidráulicas

• Conforme IP-OBR-09A e IP-OBR-08A.


• Fixar as passagens de tubulações em vigas e pilares.

Controles nesta atividade:


• Controlar o posicionamento das passagens com trena metálica. Tolerância de 5mm.

6.2.17. Concretagem de lajes e vigas

• A concretagem pode iniciar após liberação do controle da armação pelo estagiário, do nível do
assoalho e bordas de laje pelo encarregado de estrutura e do engenheiro ao final, e ainda, após
o término da limpeza das fôrmas com jato de água com pressão, removendo-se os pedaços de
arames e outros resíduos.
• Controlar a estabilidade do escoramento durante a concretagem e a abertura das fôrmas, pelo
pavimento de baixo.
• Após o lançamento do concreto, realizar cura úmida por 7 dias. Recomenda-se que seja jogada
água sobre a laje 3x ao dia, aumentando ou diminuindo essa quantidade em função da
evaporação da mesma.

Controles nesta atividade:


• Integridade visual dos espaçadores;
• Limpeza das fôrmas e cabeças de pilar;
• Controlar posicionamento da armação e instalações e corrigir eventuais interferências devido à
concretagem;
• Restos de arames removidos e armações sem sujeiras que prejudiquem a aderência do concreto.
• Conferir espessura da laje. Tolerância de desvio é de 1cm;
• Controlar o nível da laje durante a concretagem com nível laser. Tolerância máxima de desnível
de 1cm.

7. FLUXO DOS SERVIÇOS

• Já apresentado no item 6.1.5.

8. CONTROLE TECNOLÓGICO

• Ver IP-OBR-6B – CONTROLE DA QUALIDADE DO CONCRETO

9. SEGURANÇA

Equipamentos de Proteção Individual:


• Botina de segurança;
• Capacete de segurança;
• Luva de proteção;

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• Óculos de proteção;
• Cintos de segurança:
o Quando os escudos não estiverem instalados, todos os funcionários que executarem serviços
na periferia (colocação de gastalhos, montagem ou desforma de pilares e vigas, subida de
madeira, etc) deverão usar cinto de segurança travado a uma linha de vida quando o risco de
queda for superior a 2m. Os demais funcionários que estiverem trabalhando na laje em
execução (montagem das vigas e assoalho e concretagem) também deverão usar seus cintos
de segurança, travados em linha de vida quando necessário, mesmo que não estejam
executando serviços de periferia.
o Quando os escudos estiverem instalados, todos os funcionários que executarem serviços na
periferia, na altura do pavimento mais alto do escudo, deverão usar cinto de segurança
travado ao próprio escudo. Os demais funcionários que estiverem trabalhando na laje em
execução (montagem das vigas e assoalho e concretagem) também deverão usar seus cintos
de segurança, travados em linha de vida quando necessário, mesmo que não estejam
executando serviços de periferia. Nos demais pavimentos protegidos pelo escudo, não é
obrigatório o uso de cinto de segurança nem de travá-lo em linha de vida ao usar serviços de
periferia ou não.
o Quando os funcionários estiverem sobre andaimes (atividades de concretagem e montagem
de assoalho), deverão prender seus cintos de segurança ao andaime. Esses andaimes devem
ter capacidade resistente para prevenir a queda dos funcionários.
Eventualmente deverão ser utilizados:
• Protetor facial;
• Respirador com filtro;
• Roupa impermeável;
• Protetor auricular.
Equipamentos de Proteção Coletiva:
• Sistema de proteção lateral dos poços de elevador;
• Escudo de fachada (instalado após a concretagem do 3º pavimento);
• Guarda-corpo metálico na periferia das lajes (enquanto o escudo de fachada não for instalado);
• Linha de Varal (enquanto o escudo de fachada não for instalado);
• Telas de proteção piso a piso:
o Quando o escudo de fachada ainda não estiver instalado, as telas são instaladas após a
desforma das vigas de borda da laje;
o Quando o escudo de fachada já estiver instalado, as telas são instaladas antes do içamento
do escudo.
• Bandeja de proteção primária.

Controle de Revisões
Revisão Data Principais Alterações Elaborado por Aprovado por
Maurício
01 13/03/2020 Procedimento Novo DDT
Bernardes

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