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REGIONAL CATALÃO
CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CATALÃO GO
2014
LUCAS HENRIQUE FELISARDO
CATALÃO GO
2014
LUCAS HENRIQUE FELISARDO
BANCA EXAMINADORA
Aprovado em / /
A Deus, aos meus pais por todo o apoio e
confiança, à minha noiva por todo amor e
dedicação e ao meu filho que me faz a cada
dia uma pessoa melhor.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por sempre estar ao meu lado guiando meus passos no caminho
correto.
Meus pais, pelos ensinamentos, apoio durante minha graduação e sempre estarem ao
meu lado em todos os momentos que passei durante esse tempo.
Ao meu orientador Gabriel, por toda paciência, atenção e dedicação na elaboração
dessa monográfia.
Aos membros da banca de defesa, Renato e Joana.
Todos os meus amigos, em especial, meu grande amigo Danilo por sempre estar
presente durante quinze anos de amizade.
Minha noiva Lívia, pelo carinho, amor e apoio nos momentos de dificuldade.
E ao meu filho Miguel, por todo o amor, alegria e mesmo sem entender, iluminou meu
caminho me dando força para que eu pudesse atingir meus objetivos.
RESUMO
The present work presents a short study on the importance of groundwater as a source
of supply for human consumption, a strategic function in many countries, and as an
alternative to problems of water scarcity in many regions in the world, with special emphasis
on the region of the Brazilian semiarid. We discussed also, briefly, the methods of
construction of wells for exploration of underground springs and the current law that makes it
possible to the interested the possibility of acquire in granting the right of use of water, as
well as helps to know the professional responsible to perform this type of work. From this
literature review, it was noted the importance of performing well drilling in the most
appropriate manner and for qualified professionals for this, avoiding possible contamination
in aquifers, which have slow recovery, and the need for studies related to this topic for help in
better planning of water resources.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 11
2.1. OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 11
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 11
3. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 12
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 13
4.1. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ......................................................................................... 13
4.1.1. Histórico.................................................................................................................... 13
4.1.2. Origem ...................................................................................................................... 15
4.1.3. Aquíferos .................................................................................................................. 17
4.2. ÁGUA SUBTERRÂNEA NO BRASIL......................................................................... 18
4.3. IMPORTÂNCIA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ..................................................... 20
4.4. OUTORGA DE DIREITO DE USO.............................................................................. 24
4.4.1. Outorga para água mineral...................................................................................... 27
4.5. POÇOS TUBULARES PROFUNDOS .......................................................................... 29
4.5.1. Métodos de perfuração ............................................................................................. 30
4.5.2. Locação de poços ...................................................................................................... 38
4.5.3. Projetos de poços tubulares ...................................................................................... 40
4.5.4. Desenvolvimento de poços tubulares ....................................................................... 42
4.5.5. Conjuntos de bombeamento ..................................................................................... 44
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 51
REFERÊNCIAS: ............................................................................................................... 52
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1. INTRODUÇÃO
Estima-se que 97% da água doce potável existente no planeta encontra-se no subsolo e
pouco menos de 3% está disponível na superfície da terra. A água subterrânea pode ser
utilizada para vários fins, tais como, uso industrial, consumo humano e irrigação no setor da
agricultura. Além disso, em muitos locais é a principal fonte de abastecimento, sendo
intensamente aproveitada, constituindo o mais importante recurso de água doce.
O sistema de captação de água subterrânea mais utilizado ocorre por meio de poços
tubulares, também denominados poços artesianos. A perfuração não é uma tarefa simples, por
isso, deve ser realizada apenas por profissionais qualificados e habilitados técnica e
legalmente. Um poço artesiano construído sem os devidos cuidados pode acarretar problemas,
como exemplos, contaminação da água e rebaixamento do lençol freático. Os cursos de
graduação em geologia e engenharia de minas fornecem o embasamento teórico para os
trabalhos de planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza e manutenção de poços
tubulares.
Hirata, Zoby e Oliveira (2010) descrevem que, no Brasil, de 30 a 40% da população é
abastecida por aquíferos, principalmente em cidades de pequeno e médio porte, embora haja
relatos que esse recurso subterrâneo, em diferentes proporções, abastecem várias capitais
como, por exemplo, Natal, Fortaleza, Belém, Maceió, Recife, Porto Velho e São Paulo.
A abertura de poços é bastante antiga, havendo registros com cerca de 4.000 anos de
poços perfurados pelos chineses, que chegaram a atingir, com tecnologia bastante simples,
profundidades da ordem de 900 metros (FEITOSA; MANOEL FILHO, 2000). Dentre os
métodos de perfuração existentes, os mais utilizados são a percussão, o rotativo e o
rotopneumático, sendo o uso de cada um dependente de alguns fatores, tais como a origem da
rocha que compõe o solo, a profundidade em que se encontram os aquíferos e as condições
topográficas dos locais de perfuração.
Segundo Feitosa e Vidal (2004), em vários locais do mundo, assim como na região
Nordeste do Brasil, o desenvolvimento socioeconômico é garantido através das águas
subterrâneas, condição fundamental para garantir que gerações futuras possam usufruir dos
recursos hídricos. Hirata, Zoby e Oliveira (2010) relatam a relevância no setor turístico por
meio das águas termais ou minerais em cidades como Caldas Novas em Goiás, Araxá e Poços
de Caldas em Minas Gerais e Lindóia em São Paulo, além do crescente mercado de água
mineral e potável de mesa.
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2. OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo descrever os passos para realizar a perfuração de
poços tubulares, viabilizando, assim, o aproveitamento da água subterrânea.
3. JUSTIFICATIVA
A utilização das águas subterrâneas tem aumentado de forma considerável nos últimos
anos no Brasil. Tal evento pode ser explicado devido aos constantes problemas de escassez de
águas superficiais em determinadas regiões do país, devido às condições climáticas
desfavoráveis que geram sérios problemas sociais e econômicos.
Assim, torna-se imprescindível o conhecimento e a capacitação dos profissionais
envolvidos na explotação de água subterrânea a fim de minimizar a ocorrência de problemas
ambientais gerados pela captação desses recursos hídricos através de poços tubulares.
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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1.1. Histórico
Segundo Machado (2008), Abdon Jacques Frambourg Garnier, nascido em 1875, teve
uma boa contribuição para os estudos das águas subterrâneas. Diplomou-se em engenharia de
minas na conceituada École de Mines de Paris e foi vencedor do concurso da Société
d’Encouragement pour l’industrie nationale, apresentando um trabalho sobre sondagem e
captação de águas subterrâneas artesianas. A participação nesse concurso culminou no livro
Traité sur les puits artésiens, considerado um clássico sobre geologia e perfuração de poços
por muitos anos.
Machado (2008) descreve que, em meados do século XIX, a hidrologia de águas
subterrâneas se tornou quantitativa graças à conhecida Lei de Darcy. Henry Phillibert Gaspard
Darcy nasceu em Dijon, na França, em 1803 e foi diplomado engenheiro de pontes e estradas
na École de Pounts e Chaussés, em Paris. Devido a dificuldades encontradas para captar água
subterrânea em sua cidade natal para abastecimento público, Henry Darcy precisou utilizar
águas superficiais, surgindo, assim, a necessidade de se projetar filtros mais eficientes. Foi
observado que o fluxo de água do filtro estava em função do gradiente entre dois pontos: a
área do meio e habilidade de transportar água, originando, assim, a hidráulica dos meios
porosos e a hidrogeologia quantitativa.
Feitosa e Manoel Filho (2000) descrevem que, no Brasil, as atividades desenvolvidas
no âmbito da hidrologia de águas subterrâneas iniciaram na região nordeste, limitadas a
perfuração de poços. Segundo os autores, essas atividades ocorreram na tentativa de atenuar
problemas oriundos dos períodos de seca nessa região, sem grandes preocupações com
estudos básicos para avaliar a disponibilidade de recursos e, consequentemente, sem
planejamento de políticas permanentes para o melhor uso da água. A partir de 1960, com a
criação da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), os estudos da
hidrogeologia avançaram no Brasil: a perfuração de poços começou a ser realizada por
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4.1.2. Origem
diretamente no solo, ser transpirado por raízes de plantas ou movido através da capilaridade e,
assim, evaporar ou originar os aquíferos.
Feitosa e Manuel Filho (2000) descrevem a evapotranspiração como um fenômeno
que ocorre quando a evaporação das moléculas de água na superfície líquida, ou compondo a
umidade do solo, adquirem energia suficiente através da radiação solar, passando do estado
líquido para o vapor; enquanto a transpiração é o processo pelo qual as plantas perdem água
para a atmosfera. Os valores quantitativos da água decorrentes da evaporação e transpiração
são difíceis de serem medidos separadamente, criando-se assim o termo evapotranspiração,
para medir o valor máximo dessas perdas.
Ainda segundo os autores, a infiltração das águas das chuvas no solo depende do tipo
de cobertura vegetal e da granulometria das partículas que o constitui. A água precipitada
infiltra no solo preenchendo os espaços vazios, processo denominado percolação. O solo pode
ser dividido em zona saturada, que se encontra abaixo do nível freático e na qual todos os
poros existentes estão preenchidos totalmente com água, e em zona não saturada, localizada
acima da superfície freática, constituída por poros parcialmente preenchidos por água (Figura
2). A zona não saturada pode ser dividida em três partes:
Zona capilar: estende-se do nível freático até o limite da elevação capilar da água.
Sua espessura varia de acordo com a uniformidade do terreno e tamanho dos poros.
O solo encontra-se perto do ponto de saturação na parte inferior e na parte superior
apenas os poros menores encontram-se preenchidos, pois a umidade é reduzida à
medida que se aproxima da superfície.
Zona intermediária: encontra-se entre o limite de elevação capilar da água e a parte
inferior das raízes das plantas.
Zona de evapotranspiração: compreendida entre os limites das raízes da vegetação e
a superfície do solo. Sua espessura depende do tamanho da cobertura vegetal sobre
a superfície do terreno, alcançando vários metros quando a vegetação é farta.
17
4.1.3. Aquíferos
A importância das águas subterrâneas está crescendo no decorrer dos anos em todo o
mundo, por possui características peculiares em relação ao modo de armazenamento,
qualidade, potencial quantitativo, controle de oferta e proximidade da fonte hídrica do local da
demanda. Constitui-se em um bem mineral competitivo no mercado, possuindo grande
destaque para o desenvolvimento em vários locais, nos quais garante o abastecimento para a
população e o setor produtivo (VERÍSSIMO, 1999).
21
Albuquerque Filho et al. (2011) descrevem que a água subterrânea apresenta boas
condições de proteção aos mais variados tipos de uso e ocupação do solo que, de alguma
maneira, podem contribuir com a alteração da qualidade ou quantidade desta. Assim, essa
fonte hídrica têm obtido destaque na parte estratégica de recursos hídricos, principalmente
para as gerações futuras, levando-se em conta o elevado crescimento demográfico, grandes
aglomerações urbanas, leis ambientais mais rígidas, aliadas às constantes alterações climáticas
do planeta.
Os aquíferos podem ser utilizados para o fornecimento de água para populações de
diversos países (Tabela 1). No Brasil, esse tipo de abastecimento ocorre em 30 a 40% dos
casos, podendo ser feito total ou parcialmente pelos mananciais subterrâneos. Além do
abastecimento, os mananciais suprem as mais variadas necessidades em diversas cidades e
comunidades, bem como em sistemas autônomos residenciais, indústrias, serviços de
irrigação agrícola e o lazer que ocorre pelo turismo nos locais de águas termais ou minerais.
climáticas do local. A região Nordeste do país possui uma área de 1.561.000 km², dos quais
cerca de 1.237.000 km² correspondem ao denominado Polígono das Secas (Figura 5),
instituído pela Lei 1.348 de 10.02.1957 (FEITOSA; VIDAL, 2004). O Polígono das Secas é
um fenômeno caracterizado pela escassez dos recursos hídricos de superfície, resultante das
baixas precipitações pluviométricas, possuindo apenas uma estação úmida, que na maioria das
vezes é passageira, além de irregularidades interanuais, responsáveis por períodos de seca
bastante danosos.
estipulou a validade máxima em 35 (trinta e cinco) anos, ainda que possa haver renovação,
como também a sua suspensão ou seu cancelamento, conforme regulamento.
Segundo Silva et. al. (2008), os critérios adotados pelos estados para a análise dos
pedidos de outorga das águas subterrâneas, consistem nas análises hidrogeológicas, onde se
verifica a geologia, os dados fornecidos na ficha de solicitação, os perfis litológicos e
construtivos do poço, o teste de bombeamento, as informações de possíveis captações
subterrâneas na região de interesse, análise da qualidade da água, capacidade de recarga do
aquífero, além de problemas de contaminação do solo ou aquífero. A outorga deve ser
solicitada junto à Agência Nacional de Águas, quando os corpos de água forem de domínio da
União, caso contrário deve ser solicitada junto ao estado, onde se encontra o recurso
subterrâneo.
Na maioria dos estados brasileiros a outorga já está implementada, mas em algumas
situações, os usuários dos mananciais subterrâneos ficam isentos da outorga e os estados
diferem uns dos outros em relação a esses valores, os quais são baseados principalmente na
vazão captada, em torno de 1000 l/h. Condições a respeito da profundidade e diâmetro dos
poços também são mencionadas. O cadastro junto ao órgão outorgante é realizado mesmo que
o usuário fique livre da outorga, para possíveis interferências e para conhecimento da
produtividade.
Segundo IGAM (2010) “para a obtenção de outorga de direito de uso dos recursos
hídricos para extração de águas subterrâneas por meio de poço tubular profundo, o requerente
deverá inserir a autorização de perfuração na documentação”. A autorização de perfuração é
necessária para que o órgão competente verifique a sua viabilidade, considerando a área e a
vulnerabilidade do aquífero e ainda a proximidade com corpos d´água e áreas de proteção
ambiental. Além do requerimento próprio a ser entregue, é necessário apresentar outras
informações, dentre as quais:
Formulário técnico do empreendimento, de acordo com o modelo fornecido pelo
órgão outorgante, em Minas Gerais por exemplo, fica a cargo do IGAM;
Comprovante de pagamento referente aos custos de análise técnico-processual;
Relatório técnico, que deve conter:
1. Projeto das obras destinadas à captação de água subterrânea, com informações
de profundidade e diâmetro do poço, a vazão a ser captada, utilização de filtros e a
finalidade do uso;
2. A caracterização hidrogeológica e a justificativa locacional que embase a
escolha do ponto de perfuração, bem como croqui de localização do poço;
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especificações técnicas para o aproveitamento das águas minerais e potáveis de mesa e das
áreas de proteção dessas fontes. A Portaria N° 231, de 31 de Julho de 1998, DOU de
07/08/1998 é muito importante, pois grande parte das fontes balneários e estâncias de águas
minerais e potáveis de mesa em exploração no país, encontram-se próximo aos centros
urbanos, distritos industriais, atividades agropecuárias e lixões. Uma vez poluída, a água
mineral é descaracterizada, pois na maioria das vezes o processo é irreversível. Portanto, os
titulares de Alvará de Pesquisa devem apresentar a área de proteção de sua fonte, quando da
apresentação do Relatório Final dos trabalhos de pesquisa. Na elaboração do Relatório Final
de Pesquisa é importante o Estudo “in loco” e ensaio de bombeamento, este de acordo com a
Portaria N° 222, de 28 de Julho de1997, DOU de 07/10/2009. O teste de produção deve ser
realizado com o acompanhamento de um técnico do DNPM. O Estudo “in loco” é realizado
de acordo com a Portaria N° 117 de 17 de Julho de 1972, DOU de 24/07/1972. Esses estudos
compreenderão o seguinte:
Análise química completa;
Análise química dos gases espontâneos quando existentes;
Análise bacteriológica;
Determinação da radioatividade da água, ao emergir, e dos gases espontâneos,
quando existentes;
Determinação da temperatura da água;
Determinação da vazão da fonte;
Dosagem in loco dos elementos químicos susceptíveis de se alterarem com o
transporte da amostra.
Segundo Gonçalves e Rodrigues (1999) “os laudos das análises emitidos pela CPRM
serão encaminhados ao Serviço de Águas Subterrâneas – SEAS do DNPM, onde terá
prosseguimento a determinação da composição química provável da água e a sua classificação
segundo o Código de Águas Minerais”. Posteriormente, ocorre a aprovação do Relatório de
Pesquisa com a respectiva publicação no DOU, considerando a vazão explotável e a
classificação da água, tendo o interessado o prazo de um ano para o requerimento da
Concessão de Lavra. No requerimento deverão ser observados os dispostos nos artigos 38, 39
e 40 do código de mineração e acompanhado do Plano de Aproveitamento Econômico,
especificando, claramente, o sistema de drenagem das águas pluviais, bem como as
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Fonte: Geodrilpoços
4.5.1.1. Percussão
Figura 7: Trépano
Figura 8: Haste
Figura 9: Balancim
4.5.1.2. Rotativo
Segundo UOP Johnson (1974) “o fluido utilizado na perfuração pode variar, desde
uma água lamacenta até uma mistura viscosa cuidadosamente preparada com material
especial”. As principais funções do fluido utilizado são:
Suporte das paredes da cavidade, evitando desmoronamentos;
Remoção do material desfragmentado proeminente do fundo da perfuração;
Vedação das paredes do furo para evitar perdas do fluido;
Esfriar e manter a limpeza das brocas;
Lubrificar os mancais da broca, bomba e haste.
Segundo Feitosa e Manoel Filho (2000), o tempo em que a lama necessita para se
deslocar do fundo do poço até a superfície do solo é chamado de “tempo de retorno”, que é
dependente das características da lama, da capacidade da bomba de lama, do material
atravessado e das dimensões do poço (diâmetro e profundidade). Na medida em que é
realizada a perfuração e que os dados são coletados, utilizados, medidos ou verificados,
sugere-se a anotação dessas informações em tabelas (Figura 14) para controle e verificação de
dados. Essas tabelas podem conter:
Tempo de avanço ou penetração da perfuração;
Parâmetros do fluido de perfuração;
Consumo de combustíveis.
OBRA N
LOCAL
DATA DE INÍCIO
sistema é produzido em altas pressões e grandes volumes, lançado pela coluna de perfuração
através das hastes, acionando um martelo pneumático e uma ferramenta denominada botton
bit, responsável por realizar o corte da rocha.
O ar comprimido passa por um tipo de martelo especial, que possui um sistema de
pistões, provocando percussões que acionarão o botton bit que se encontra abaixo do martelo,
perfurando a rocha e deixando-a fragmentada. A rotação contínua da coluna de perfuração se
dá através do cabeçote hidráulico rotativo ou de modo similar pelo kelly e mesa rotativa. A
rotação manterá a circularidade do furo e estabelecerá o avanço da perfuração (pull down). O
volume de ar que atravessa o martelo, sairá por orifícios no centro da base do bit, carregando
consigo até a superfície os detritos resultantes da perfuração, limpando o furo e permitindo o
avanço (GIAMPÁ; GONÇALES, 2013).
Segundo UOP Johnson (1974) as máquinas rotativas construídas para esse tipo de
trabalho são normalmente equipadas com uma bomba convencional de lama, além de um
compressor de ar de alta capacidade. Dessa forma, se houver a presença de material
inconsolidado, a lama poderá ser utilizada durante a perfuração. Ensaios realizados no campo
mostram que, para determinados tipos de broca, a velocidade de penetração é mais rápida e o
tempo de vida útil dela é mais longo ao utilizar ar em vez de lama. Essa diferença pode ser
explicada devido a uma melhor limpeza no fundo do furo realizada pelo ar, porém, quando
surge grande quantidade de água durante a perfuração, outras experiências mostraram que a
lama garante melhor eficiência.
Esse tipo de sistema com ar comprimido é vantajoso principalmente em rochas duras,
tais como granitos, gnaisses e quartzitos. A velocidade de penetração pode atingir mais de 6
m/h, podendo obter grandes diâmetros. Em rochas medianamente duras, como basaltos,
calcários, filitos e arenitos consolidados, o avanço de perfuração pode atingir um rendimento
alto na ordem de 15 m/h. Esse tipo de rocha garante menor desgaste nas ferramentas devido a
menor abrasividade.
aqueles de origem externa, podendo ser citados o clima, a vegetação, o relevo e a hidrografia.
Esses fatores atuam de diferentes maneiras e em graus diferentes, em função do domínio
hidrogeológico em que atuam. O clima, importante nos processos de formação do solo, e a
vegetação, que indica a presença de água em razão da presença de árvores, possuem atuação
regional e não constituem relevada importância para locação de um poço.
Já o relevo exerce uma atuação mais localizada, principalmente em aquíferos livres,
considerando todos os sistemas hidrogeológicos. Nesse tipo de aquífero, a superfície
hidrostática segue ligeiramente a superfície topográfica, sendo mais elevada nas partes mais
altas da topografia e mais deprimida nas mais baixas. Alguns estudos em aquíferos
localizados em sistemas fraturados por dissolução, demonstram que os poços perfurados nos
talvegues dos vales apresentam as melhores vazões, seguidos pelos localizados em planícies,
nas vertentes e, por último, nos topos das elevações.
A hidrografia possui grande destaque em aquíferos, pois atua como recarga e descarga,
sendo muito importante na relação água superficial/água subterrânea no balanço hídrico. Em
locais de elevada precipitação, caso das regiões tropicais, o excesso de água que penetra no
solo aumenta o nível freático, garantindo fluxos de águas superficiais durante todo o ano,
mesmo em períodos não chuvosos.
O intemperismo químico pode proporcionar mantos de alteração na rocha em regiões
em que a precipitação é alta. Esses mantos alterados passam a atuar como receptores da água
proveniente das chuvas, constituindo uma ampla zona de recarga em aquífero fissurado. Tal
fenômeno explica a diferença que há entre o aquífero fissural cristalino nas regiões Sul e
Sudeste e da Região Nordeste do Brasil, pois, no primeiro caso, o clima favorece a formação
de mantos de alteração com grande espessura, os quais atuam como aquífero de transferência
para rochas fraturadas subjacentes a ele. No Nordeste do país, prevalece o intemperismo físico
devido à escassez de chuvas, provocando solos rasos e com taxa de evaporação elevada,
prevalecendo baixas vazões nos poços perfurados nessa região.
Em relação aos fatores internos, a litologia possui influência em domínios com
espesso manto de alteração, pois rochas granulares ácidas, como o granito, dão origem a
mantos de alteração arenosos, enquanto rochas básicas, carbonatadas ou xistosas,
proporcionam mantos de composição argilosa. “As estruturas mais relevantes nas rochas
cristalinas são as secundárias – falhas, fraturas e fissuras -, que podem ou não estar associadas
às deformações plásticas (dobras); as estruturas primárias – estratificação, xistosidade e
clivagem – desempenham papel secundário” (GIAMPÁ E GONÇALES, 2013), considerando
a recarga do aquífero e até mesmo o armazenamento de água. Com relação às fraturas, é
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Segundo Giampá e Gonçales (2013) um projeto deve ter definições claras quanto à
litologia a ser perfurada; à metodologia de perfuração; à perfuração para instalação de tubo
para proteção sanitária; ao método de cimentação desse tubo; aos diâmetros de revestimento
da tubulação lisa; às especificações de materiais; aos diâmetros e especificação de materiais
dos filtros; ao tipo de fluido de perfuração; ao pré-filtro; à forma de injeção do pré-filtro; à
perfilagem; ao desenvolvimento e aos testes.
Os componentes básicos de um projeto são descritos a seguir:
Tubo de boca para proteção sanitária: parte anelar situada entre a perfuração e o
tubo, é cimentada para proteger o poço de águas indesejáveis. O comprimento
varia de acordo com o tipo de aquífero e a espessura das camadas de solo. Em
rocha sedimentar, o comprimento fica entre 10 m e 20 m, enquanto em aquíferos
fraturados, apenas na poção alterada, introduzindo-se alguns metros na rocha sã.
Câmara de bombeamento: “o diâmetro dessa câmara está em função dos
diâmetros dos equipamentos de bombeamento projetados para explorar as vazões
desejadas”.
Coluna de produção e zona filtrante: é necessário que os diâmetros da coluna de
produção e da zona filtrante sejam adequados com as perdas de carga decorrentes
do fluxo axial. Essas perdas dependerão da vazão e do comprimento da coluna e
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seu reflexo se dará em um maior rebaixamento do nível, que irá onerar custos de
exploração.
Depois de escolher os diâmetros, é preciso definir outros fatores também importantes,
como a localização das seções filtrantes e a quantidade que será instalada, considerando o tipo
de aquífero no qual o poço está sendo construído. Na literatura há muitas recomendações para
definição desses fatores, porém, na natureza, é difícil encontrar formas aquíferas homogêneas
e com espessuras constantes, necessitando-se de métodos complementares, como a perfilagem
elétrica e a coleta de amostras de perfuração de forma criteriosa. Feitosa e Manoel Filho
(2000) descrevem alguns critérios que podem ser seguidos para um bom dimensionamento
dos filtros:
Dimensionar o comprimento de filtros em função da vazão prevista para o poço,
segundo uma velocidade de entrada de água menor ou igual à raiz quadrada da
condutividade hidráulica do aquífero;
O ideal é contar com uma perfilagem geofísica do poço, minimizando erros na
localização de filtros, quando existirem camadas intercaladas de sedimentos muitos
finos no aquífero;
Não se deve colocar filtros na zona de bombeamento, pois o fluxo de água pode
carrear partículas finas para o equipamento, comprometendo sua vida útil;
Em aquíferos livres, costuma-se colocar revestimentos com filtros ao longo de 1/2 a
2/3 da espessura saturada a partir da base do aquífero;
A experiência mostra que em aquíferos confinados, a porcentagem de penetração
não possui aumento significativo quando o revestimento do filtro é superior a 80%
da espessura total.
Em relação aos tipos de filtros que podem ser empregados, a escolha deve ser feita
levando-se em consideração a natureza do material a ser telado, a vazão pretendida e recursos
disponíveis para realizar o trabalho. “Os filtros geomecânicos (PVC) são bastante utilizados
atualmente, principalmente em poços para abastecimento de condomínios e residências”
(FEITOSA; MANUEL FILHO,2000). Além dos tipos de filtros industrializados, os
perfuradores utilizam filtros construídos de forma artesanal, geralmente por motivos
econômicos, uma determinada parte do tubo liso é perfurada através de serras ou maçaricos
(GIAMPÁ; GONÇALES, 2013).
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O aço também pode ser utilizado como material para filtros podendo ser encontrado de
dois tipos:
Filtro de frestas ou tipo nold: construído em chapas de aço, com as frestas dispostas
longitudinalmente ou ortogonalmente ao comprimento do tubo. Possui fluxo
tangencial, dificultando a limpeza do filtro, além de possuir uma baixa área aberta.
Filtro de ranhuras contínuas: dentre os tipos conhecidos, os filtros de ranhura
possuem melhores rendimentos, pois dispõem de uma área aberta maior quando
comparado aos demais. Porém, devido a um processo de fabricação mais
sofisticado, esse tipo de filtro é o mais caro.
de lama, ou bomba específica para este tipo de operação, através das hastes,
produzindo um jato de alta pressão que limpará as ranhuras dos filtros.
𝐻𝑀𝑇 = 𝐻𝑟 + 𝐻𝑐 + 𝑁𝐷
Onde:
Hr: altura de recalque fora do poço (m);
Hc: perda de carga na tubulação (m);
ND: nível dinâmico (m).
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A altura de recalque fora do poço é o desnível geométrico dele entre a boca do poço e
a chegada à tubulação no reservatório. A perda de carga na tubulação equivale a somatória
das perdas distribuídas e localizadas. A primeira acontece devido à velocidade do líquido e da
rugosidade da tubulação, enquanto a segunda o líquido muda sua direção quando passa por
algum tipo de conexão, registro ou válvula. O nível dinâmico é o desnível entre a boca do furo
e o nível de água no poço, quando ocorre a exploração deste. “A medida deve ser feita pouco
antes de desligar a bomba, simultaneamente com a medida de vazão, sempre com o cuidado
de registrar o tempo de duração do bombeamento” (JORBA; ROCHA, 2007, p. 51).
As perdas de carga dependem do tipo de material, do diâmetro e da vazão, assim,
fabricantes e autores utilizam tabelas para organizar esses valores e facilitar o controle dessas
perdas. De posse da vazão requerida e da altura manométrica total, depois de realizados os
testes de aquífero e produção, pode-se definir qual tipo de bomba a ser usada com base em
catálogos com especificações técnicas feitos pelos fabricantes.
Segundo Giampá e Gonçales (2013), os ensaios de bombeamento são divididos em
dois tipos: teste de aquífero e teste de produção (Figura 17).
Teste de aquífero: o bombeamento desse teste possui a função de determinar
parâmetros hidrodinâmicos do aquífero. Uma forma de realizar o teste consiste em
bombear uma vazão constante de um poço e verificar o rebaixamento causado em
outros poços de observação.
Teste de produção: ocorre o bombeamento da mesma forma que no teste de
aquífero, porem o rebaixamento provocado é verificado no próprio poço no qual é
feito o bombeamento.
Embora esses testes sejam de execução simples, é uma operação cara e que precisa ser
feita seguindo cuidados, para conseguir o maior número de informações possível. Os testes de
bombeamento devem ser feitos seguindo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT.
De acordo com a NBR 12244, algumas condições devem ser seguidas para a realização dos
testes como:
O construtor deve dispor de equipamentos necessários para garantir a
continuidade da operação durante o período de teste;
O equipamento de teste deve ter capacidade para extrair vazão igual ou superior à
prevista em projeto. O emprego de ar comprimido só deve ser aceito
excepcionalmente e com aprovação da fiscalização;
Na instalação do equipamento de bombeamento no poço, deve-se colocar uma
tubulação auxiliar, destinada a medir os níveis de água;
Antes de iniciar o bombeamento, o operador deve certificar-se do retorno da água
ao nível estático;
As medições de nível de água no poço devem ser feitas com medidor que permita
leituras com precisão centimétrica;
Na determinação da vazão bombeada, devem ser empregados dispositivos que
assegurem facilidade e precisão na medição. Para vazões de até 40 m³/h, devem
ser empregados recipientes de volume aferido. Vazões acima de 40 m³/h devem
ser determinadas por meio de sistemas contínuos de medida, tais como vertedores,
orifício calibrado, tubo Venturi e outros;
A tubulação de descarga da água deve ser dotada de válvula de regulagem
sensível e de fácil manejo, permitindo controlar e manter constante a vazão em
diversos regimes de bombeamento;
O lançamento da água extraída deve ser feito a uma distância do poço
determinada no projeto, que não interfira nos resultados dos testes.
Segundo Jorba e Rocha (2007), o nível estático refere-se ao nível de água quando o
poço encontra-se em repouso, sendo medido em relação à superfície do local. A posição do
nível estático depende do tempo de recuperação do poço e nem sempre quando medido depois
de certo tempo, será o nível estático real do poço. Caso a recuperação do poço for lenta,
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provavelmente deverá existir outro nível, medido diariamente, diferente do nível estático que
precisa de um tempo longo de repouso para sua medição.
Segundo Feitosa e Manoel Filho (2000) a vazão pode ser calculada através de
vertedouros, os quais apresentam uma abertura por onde a água passa, disposta
perpendicularmente à direção da corrente. “Estes dispositivos proporcionam também uma
forma simples e segura de medição e controle da vazão durante um ensaio de bombeamento”
(FEITOSA; MANOEL FILHO, 2000, p. 199). Os vertedouros mais utilizados são os dos tipos
triangulares e retangulares.
A figura 18 mostra as variáveis que se levam em conta na construção de um
vertedouro triangular. É preciso levar em conta que a distância W deve ser pelo menos igual a
3/4L. A vazão nesse tipo de equipamento é calculada seguindo a fórmula de Gourley, de
acordo com a equação:
𝑎
𝑄 = 1,32𝑡𝑔 ( ) ℎ 2,47
2
Onde:
Q: vazão, expressa em m³/s
Α: ângulo do vértice
h: altura da água sobre o vértice, expressa em metros
3
𝑄 = 1,83(𝐿 − 0,2ℎ)ℎ2
Onde:
Q: vazão, expressa em m³/s
h: altura da água sobre a base do vertedouro, em metros
L: largura do vertedouro, em metros
Para realização dos testes de aquífero e produção é essencial que a vazão permaneça
constante. De nada adianta o hidrogeológico dispor de excelentes modelos matemáticos se os
dados que irão alimentar esses modelos são incorretos ou insuficientes. Portanto para o
conhecimento dos parâmetros hidrodinâmicos, tão importantes para definir a capacidade de
produção de poços, é fundamental que os testes sejam realizados com a maior precisão
possível (GIMPÁ; GONÇALES, 2013).
51
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo, descrever os primeiros passos para construção de
poços tubulares para o aproveitamento dos mananciais subterrâneos, com a perspectiva de
aprender mais a respeito de técnicas construtivas e sobre os principais equipamentos
utilizados nesse tipo de trabalho, que deve ser realizado por profissionais capacitados e
habilitados.
Durante as pesquisas em artigos e livros técnicos, observou-se a importância das águas
subterrâneas na agricultura, lazer e, principalmente, como fonte de abastecimento,
necessitando assim, mais estudos nessa área e um melhor planejamento dos governantes em
relação a esse tipo de recurso, considerando que a maioria dos poços perfurados no Brasil
encontra-se clandestina ou abandonada, servindo de porta de entrada para vários tipos de
contaminações dos lençóis subterrâneos.
Por fim, acredito na relevância em realizar de forma correta os trabalhos de perfuração
de poços tubulares, e também de melhores políticas nessa área, para que a água subterrânea
possa ser utilizada de maneira sustentável em todo o país, diminuindo os problemas causados
pela escassez de água em várias regiões.
Como futuro profissional em engenharia de minas, espero que os trabalhos realizados
sobre esse assunto evoluam e que toda a população tome conhecimento da importância da
preservação dos nossos aquíferos.
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REFERÊNCIAS:
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realizar a desinfecção de poços, parâmetros técnicos e toda a legislação pertinente ao tema.
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JORBA, A.F.; ROCHA,G.A. Manual de Operação e Manutenção de Poços. 3.ed. São Paulo:
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