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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO METROPOLITANO DE ANGOLA

MIGUEL JORDI ZACARIAS

AVALIAÇÃO DO CALCÁRIO DOLOMITICO COMO


POTENCIAL REMINERALIZADOR E CASCA DE ARROZ
COMO CONDICIONADOR DE SOLO

CASO DE ESTUDO: LUANDA-CAMPUS UNIVERSITÁRIO AGOSTINHO


NETO

LUANDA
2022
MIGUEL JORDI ZACARIAS

AVALIAÇÃO DO CALCÁRIO DOLOMITICO COMO POTENCIAL


REMINERALIZADOR E CASCA DE ARROZ COMO CONDICIONADOR DE SOLO
CASO DE ESTUDO: LUANDA- CAMPUS UNIVERSITÁRIO AGOSTINHO NETO

Trabalho do final do curso


apresentado ao Instituto
Politécnico Metropolitano de
Angola como requisito parcial
para a conclusão da Licenciatura
em Engenharia de geologia e
minas, sob orientação do Prof.
Gaudêncio Sabino

LUANDA
2022
MIGUEL JORDI ZACARIAS

AVALIAÇÃO DO CALCÁRIO DOLOMITICO COMO POTENCIAL


REMINERALIZADOR E CASCA DE ARROZ COMO CONDICIONADOR DE SOLO

Trabalho de final de curso apresentado ao Instituto Superior Politécnico Metropolitano de


Angola como requisito parcial para a conclusão da Licenciatura em Engenharia de Geologia e
Minas sob orientação do Prof. Gaudêncio Sabino

Aprovado ao: ___/___/____

Coordenação do curso de Engenharia de Geologia e Minas

Considerações_______________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Dedico este trabalho aos meus pais
Tussevo Zacarias e Ngongo Kinkani.
Agradecimento
Primeiramente os meus agradecimentos a Deus Pai Todo-Poderoso por ter me dado
a força, sabedoria e a chance de ter chegado até aqui e concluindo este trabalho.
Ao Centro de Investigação de Ciências Geológicas Aplicadas(CICGA), especialmente
aos meus cotutores Engenheira Dinamene Varela e Engenheiro Jim Vila, pelo apoio, paciência
que estiveram comigo desde o princípio até ao fim do trabalho, agradeço imenso a vossa ajuda,
com vocês apreende muito e tem todo o meu respeito, admiração e amor. Ao Dr. Alfredo
Castillo, enquanto em vida, deu-me os seus conselhos, forneceu as suas bibliografias na vertente
científica muito obrigado que a sua alma descansa em paz. Ao Dr. António Olímpio pela estadia
que ajudou a elaborar o trabalho, pela sua experiência em trabalhos feitos a respeito do tema
Rochagem, com as publicações ajudo-me a fazer o meu trabalho, muito obrigado.
Agradeço aos meus pais, Tussevo Zacarias e Ngongo Kinkani, por todo amor
incondicional, dedicação e apoio para que eu atingisse meus objetivos. A vocês, todo meu amor!
Ao departamento de Geologia e Minas do Instituto Politécnico Metropolitano de
Angola, em especial a meu tutor Engenheiro Gaudência Sabino, e a todos os profs, que de forma
indireta contribuíram, no meu trabalho os meus agradecimentos.
Direciono os meus agradecimentos aos meus familiares em geral que direitamente
estiveram comigo apoiando cada um do seu jeito e, especialmente o meu irmão mais velho
Engenheiro António Zacarias, por apoiar-me desde o princípio até ao fim do meu trabalho. A
você todo o meu amor e respeito.!
A minha companheira de estágio Alzira Geovana durante o processo ajudou-me muito,
os meus agradecimentos. Agradeço o Engenheiro Sebastião por ter ajudado muito, na
elaboração dos mapas.
Direciono o meu sincero agradecimento aos meus colegas especialmente a turma LGM
2017, durante estes 5 anos compartilhamos momentos da vida que de certa forma ficará
marcado na memoria de cada um, sou grato por partilhar com vocês uma vida que durou mais
de 5 anos, tivemos piores momento e bons momentos para contar aos nossos filhos e netos, a
pesar de muitas diferenças de ideias que tivemos, mais indiretamente sempre tivemos juntos
em prol da melhoria da turma. Os meus agradecimentos a staff: pauistas, palanquinhas, mick
mouse e as winx.
O tempo é o nosso
fertilizante, e a semente é o
nosso amor, a vida é gerada
só quando você nutri.

“Van Straaten”
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo principal, avaliar o pó de calcário dolomítico e a
casca de arroz carbonizada como potencias remineralizadores e condicionadores de solo.
Portanto, com este trabalho pretende-se compreender como são feitas a remineralização dos
solos usando as técnicas, de adição de pó de rochas no solo, sendo uma técnica nova no contexto
agrónomo angolano. Foram feitas varias análises químicas como potencial de hidrogénio (em
água, cloreto de potássio, cloreto de cálcio), determinação em (Cálcio, Magnésio, Alumínio),
com finalidade de conhecer acidez do solo e a disponibilidade dos macro e micronutrientes. Os
resultados obtidos pelo experimento de incubação, mostra que o calcário dolomítico tem um
bom potencial para ser usado como remineralizador de solo, uma vez que apresentam as
macronutrientes essenciais que o solo precisa, e também a casca de arroz tem um bom potencial
como condicionador de solo, devido as características físico químicas e biológicas do solo.

PALAVRAS-CHAVES: Calcário dolomítico, Condicionador, Remineralizador..


ABSTRACT
The main objective of this work is to evaluate dolomitic limestone dust and carbonized
rice husk as potential remineralizers and soil conditioners. Therefore, this work intends to
understand how soil remineralization is carried out using the techniques of adding rock dust to
the soil, being a new technique in the Angolan agronomic context. Several chemical analyzes
were performed, such as hydrogrn potrntial in (water,potassium chloride, calcium chloride),
determination in (calcium, magnesium, aluminum), in order to know soil acidity and the
availability of macro and micronutrients. The results obtained by the incubation experiment
show that dolomitic limestone has a good potential to be used as a soil remineralizer, since it
has the essential macronutrients that the soil needs, and rice husk has a good potential as a soil
conditioner. soil, due to the physicochemical and biological characteristics of the soil.

KEYWORDS: Dolomitic limestone. Conditioner, Remineralizer.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Mapa de localização da pedreira (ESA) ................................................................... 25


Figura 2- Mapa geológico regional de Cacuso ......................................................................... 26
Figura 3- Mapa de solos de Luanda.......................................................................................... 27
Figura 4 Fluxograma da metodologia usada no trabalho ......................................................... 28
Figura 5- Chaminé e lenhas ...................................................................................................... 29
Figura 6- Balde cortado ............................................................................................................ 30
Figura 7- Processo de CCA ...................................................................................................... 30
Figura 8 Casca de arroz carbonizada ........................................................................................ 31
Figura 9- Os matérias ............................................................................................................... 32
Figura 10- Martelo convencional e rocha moída ...................................................................... 33
Figura 11 moinho de bola e peneira ......................................................................................... 33
Figura 12- Martelo e tabuleiro de areia .................................................................................... 34
Figura 13- Copo de plástico 300ml, espátula e recipiente de alumínio .................................... 34
Figura 14- Experimento de incubação ...................................................................................... 35
Figura 15- Elementos analisados no calcário ........................................................................... 36
Figura 16- Resultado analítico das amostras de solo antes do experimento de incubação ...... 37
Figura 17- Gráfico S1 experimento de incubação .................................................................... 38
Figura 18- Gráfico S2 experimento de incubação .................................................................... 39
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Amostras de experimento de incubadora (onde S = Substrato; PC = Pó de


Calcário; CA = Casca de Arroz) ............................................................................................... 35
Tabela 2- Resultados obtido pela pedreira (ESA) ................................................................... 36
Tabela 3- Amostra S1 experimento de incubação .................................................................... 38
Tabela 4- Amostra dos resultados das análises químicas do solo2, após experimento de
incubação. ................................................................................................................................. 39
LISTA DE ABREVIATURAS

Al+3-Alumínio
C- Carbono
Ca+2- Cálcio
CA- Casca de Arroz
CaCO3- Carbonato de Cálcio
CaCl2- Cloreto de Cálcio
CCA- Carbonização da Casca de Arroz
CICGA- Centro de Investigação de Ciências Geológicas Aplicadas
CTC- Capacidade de troca de Catiões
DRX- Difratrometria de Raios-X
ESA- Engineering Services Angola
EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FAO- Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
FRX- Espectrometria de Fluorescência de Raios– X
H+- Hidrogénio
H2O- Água
ha- Hectare
IN- Instrução Normativa
K- Potássio
KCl- Cloreto de Potássio
Mg+2- Magnésio
MgCO3- Carbonato de Magnésio
N- Nitrogénio,
P- Fósforo
pH- Potencial Hidrogeniónico
Ppm- Partes por Milhões
S1- Solo (Silte)
S2- Solo (Areia fina, intercalada com media)
SiO2- Oxido de Silício
T- Tonelada
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 12
CAPITULO I- REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 15
1.1 ROCHAGEM ..................................................................................................................... 15
1.2 REMINERALIZADORES ................................................................................................. 16
1.3 PROCESSO DE REMINERALIZAÇÃO DO SOLO .................................................. 17
1.4 CONDICIONADORES DE SOLO ........................................................................... 19
1.5 CASCA DE ARROZ .............................................................................................. 21
1.6 SISTEMA DE CIRCULAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO E PLANTA ............................. 22
1.7 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DAS AMOSTRAS ................................... 23
1.8 PROCESSO DE CARBONIZAÇÃO DA CASCA DE ARROZ (CCA) ........................... 24
1.9 EXPERIMENTO DE INCUBAÇÃO ................................................................................. 24
CAPÍTULO II ENQUADRAMENTO GERAL DA ÁREA DE ESTUDO ...................... 25
2.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................... 25
2.2 GEOLOGIA .......................................................................................................... 26
2.3 SOLOS.................................................................................................................. 27
CAPÍTULO III- RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................. 28
3.1 COLETA DAS AMOSTRAS............................................................................................. 28
3.2 PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DA CCA .................................................... 29
3.3 PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO DE INCUBAÇÃO . 31
3.4 ACIDEZ DO SOLO ........................................................................................................... 36
3.5 DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES ......................................................................... 38
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 40
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................. 41
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 42
12
INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o número da população mundial tem crescido muito, principalmente
nos países mais pobres e vulneráveis do terceiro mundo, onde a produção de alimentos não é
suficiente para manter esta população crescente, por serem áreas marginais para a agricultura,
com deficiência de água e de nutrientes.
Angola é um país com grande diversidade geológica, apresentando um potencial para
aplicação da tecnologia de rochagem no solo. A rochagem sendo uma tecnologia nova no
território nacional, a mesma está em fase de estudos, em função dos problemas que muitos
agricultores apresentam em relação a compra de fertilizantes convencionais e a má produção
dos alimentos, será muito importante aplicação desta tecnologia no território nacional, com o
objetivo de equilibrar a produção tanto dos agricultores familiares como empresariais. A
pandemia da Covid19, representou um novo paradigma de vivência social, demarcado por
dificuldades na produção e circulação de bens e serviços.
O sector agrícola também foi afetado por esta realidade com o aumento da aquisição de
matérias agrícolas essências como os fertilizantes artificiais. As dificuldades de acesso a
fertilizantes, que já era complicada, agravou-se com a situação pandêmica atual. A rochagem é
uma tecnologia que veio para poder minimizar os danos que são causados pelos insumos
químicos, e os mesmos acarretam algumas consequências negativas como: alteração na
composição dos alimentos, danificação do solo, contaminação dos rios e poluição ambiental
etc.
Gonçalves et, al. (2012) afirma que as pesquisas relacionadas aos remineralizadores no
território nacional encontram-se no seu estágio inicial, o mesmo diz que a potencialidade de
utilização da tecnologia da rochagem no país é significativa. Portanto, assume-se como tema
de investigação: Avaliação do calcário dolomítico e casca de arroz como potenciais
remineralizadores e condicionadores de solo

A implementação desta nova tecnologia em Angola será muito benéfica trazendo novos
desafios para o mercado nacional e internacional. Portanto, anuncia-se o problema seguinte:
Há potencialidade de pó de calcário dolomítico servir como remineralizador e casca de arroz
carbonizada servir como condicionador de solo.?
13
Em função do problema anterior formulam-se os objectivos seguintes:

OBJECTIVO GERAL: Avaliar o calcário dolomítico como potencial remineralizador e a


casca de arroz como condicionador de solo.

OBJECTIVOS ESPECÍFICO

a) Analisar a liberação dos macro e micronutrientes;


b) Caracterizar quimicamente a casca de arroz carbonizada;
c) Analisar o processo de experimento de incubação;

HIPÓTESE

 H1: Pode-se afirmar que a utilização da tecnologia da rochagem apresenta vantagens


significativas, quanto comparadas à adubação convencional;

 H2: Pode-se destacar as seguintes vantagem: pó de baixa solubilidade; fácil acesso;


menor custo; qualidade nos alimentos.

JUSTIFICATIVA

O sector agrícola é importante não só quanto à promoção da auto-suficiência e da


segurança alimentar, mas também quanto ao fornecimento de matérias-primas para a indústria
transformadora e para a criação de emprego. Para o crescimento sustentado do sector agrícola,
é necessário que a agricultura evolua para além do mero nível de subsistência. Do ponto de
vista económico, podemos mencionar: redução de importação de fertilizantes convencionais,
fácil acesso, exportação dos mesmos e um aumento nas receitas no sector agrícola nacional.
As técnicas de rochagem, são técnicas novas em angola na qual ainda não há evidência da
aplicação da tecnologia no solo nacional, a finalidade da escolha do tema, deve-se a necessidade
de aplicação das mesmas técnicas nos solos nacionais, visto que angola apresentam um
potencial geodiversidade.
14
METODOLOGIA
Com o presente trabalho pretende-se compreender como são feitas a remineralização dos
solos usando as técnicas, de adição de pó de rochas no solo, sendo uma técnica nova no contexto
agrónomo Angolano.
Usou-se os seguintes métodos.
 Variável dependente: solo
 Variável independente: calcário dolomítico e casca de arroz
 Quantitativo: baseando-se nos resultados obtidos durante as analises.
Neste trabalho usou-se a metodologia dividida em 4 etapas: Na primeira etapa foram
feitas revisões bibliográficas, pesquisa minuciosa em trabalhos desenvolvidos sobre o tema, em
tese, artigos, dissertações, livros digitais e formato físico de modo a lavrar a fundamentação
teórica; na segunda etapa fez-se o estudo de campo, conhecer os equipamentos e os métodos
ultizados para o carregamento e transporte, na terceira etapa faz-se as análise e interpretação
dos dados, conclusão de todas as informações nas diferentes áreas de conhecimento utilizadas,
e por fim na quarta etapa a elaboração do trabalho final.
15
CAPITULO I- REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 ROCHAGEM

Rochagem é a denominação dada à tecnologia que parte do pressuposto que


determinados tipos de rocha podem fornecer, de forma adequada, a quantidade de nutrientes
aos solos e, na sequência, às plantas. O acréscimo de rochas moídas aos solos viabiliza sua
remineralização por meio da adição de uma vasta quantidade de nutrientes que foram perdidos
pelos solos ao longo dos processos intempéricos ou antrópicos (LEONARDOS et al 1976,1999;
THEODORO, 2000 THEODORO & LEONARDOS, 2006; VAN STRAATEN, 2007).
A Rochagem também pode ser entendida como uma espécie de “fertilizante inteligente”
de baixa solubilidade, do qual as plantas se apropriam na medida da necessidade ao longo do
seu desenvolvimento. Pode-se dizer que este insumo (disponibilizado generosamente pela
natureza em vários pontos do planeta) configura-se como um banco de nutrientes, pois fornece
somente a quantidade demandada pelas plantas (THEODORO et al. 2010).
Segundo os pesquisadores Theodoro, 2000; Theodoro; Leonardos, 2006; Durante as
suas pesquisas eles apresentaram as vantagens e desvantagens da rochagem, mencionadas
abaixo: Quando são comparados com os fertilizantes convencionais (de síntese química), os
custos de aquisição de pó de rocha são muito menores, inclusive porque seu efeito pode se
estender por até quatro ou cinco anos consecutivos devido à lenta disponibilização dos macro
e micronutrientes; Os índices de produtividade das culturas que recebem aplicação do pó de
rocha mostram-se equivalentes ou superiores aos obtidos quando os cultivos são manejados
com fertilização convencional. Em algumas situações, registraram-se rendimentos 30%
superiores aos alcançados com o emprego dos insumos químicos; As raízes das plantas que são
conservadas ou tratadas com pós de rocha tem um desenvolvimento muito diferente, em relação
a fertilizantes convencionais, isso devido a baixa redução da toxidez de alumínio e á correção
do pH: O teor de humidade é maior nas áreas onde se aplica pó de rocha, mostrando que os
minerais e/ou seus produtos de alteração, derivados de rochas, possuem grande capacidade de
retenção de água/fluidos, já que se transformam em outras fases minerais (argilominerais com
estruturas cristalinas mais abertas): Na maioria das pesquisas feitas pelos pesquisadores, poderá
notar que, há uma aceleração elevada no ciclo produtivo das culturas que são aplicadas os pós
de rocha. Estas vantagens apresentadas foram semelhantes que os outros autores obtiveram
segundo as suas pesquisas feitas, entre eles: Rocha (2006), Almeida et al. (2006, 2009) e Duarte
(2009) destacamos: Van Straaten (2007), Harper et al. (2010).
16
Segundo Bolland & Baker (2000), a desvantagem da tecnologia da rochagem podem
estar relacionadas ao uso inadequado dos solos agrícolas, pela sua ampla exploração e
demasiadas adições de insumos sintéticos, além dos aspetos naturais dos solos ou até mesmo
pela aplicação inapropriada de agrominerais incompatíveis a um determinado tipo de solo, é de
extrema importância ressaltar que, os pós de rocha devem ser aplicados em uma área na qual
seja próximo da zona de cultivo. Theodoro & Rocha (2005) sugerem que a distância, do local
de aplicação e origem, não deve ultrapassar dos 500km, pois isto comprometeria a viabilidade
econômica da rochagem.
Os solos são materiais que resultam do intemperismo ou meteorização das rochas, por
desintegração mecânica ou decomposição química. Por desintegração mecânica, através de
agentes como água, temperatura, vegetação e vento, formam-se os pedregulhos e areias (solos
de partículas grossas) e as siltes (partículas intermediárias), e, somente em condições especiais,
as argilas (partículas finas). Por decomposição química entende-se o processo em que há
modificação química ou mineralógica das rochas de origem. O principal agente é a água e os
mais importantes mecanismos de ataque são a oxidação, hidratação, carbonatação e os efeitos
químicos da vegetação. Normalmente a desintegração e a decomposição atuam juntas, uma vez
que a rotura física da rocha permite a circulação da água e de agentes químicos. Os fatores mais
importantes na formação do solo são: ação de organismos vivos; rocha de origem; tempo
(estágio de desintegração/decomposição); clima adequado; inclinação do terreno ou condições
topográficas. (HOMERO PINTO CAPUTO I996)

1.2 REMINERALIZADORES

Agrominerais, pó de rocha ou remineralizadores de solo, são materiais geológicos que


ocorrem naturalmente, moídas e peneiradas sem que sofram alteração química, que podem ser
usadas em sistemas de produção agrícola, para aumentar a produtividade do solo (VAN
STRAATEN, 2002). Estes produtos de rochas moídas também são utilizados como objeto de
estudo para remediar alguns problemas tais como: a diminuição da dependência da importação
e utilização de fertilizantes, a remediação da grande quantidade de rejeito gerado na indústria
da mineração e pedreiras, trazendo benefícios econômicos, produtivos e ambientais.
De acordo com Theodoro, et al. (2010), o uso inadequado dos solos pode resultar no
empobrecimento e degradação dos mesmos, e a utilização de pós de rocha (também conhecidos
como farinhas de rocha, remineralizadores ou agrominerais) é destinada sobretudo a
rejuvenescer ou remineralizar tais solos. Mas essa técnica ou prática de fertilização também
17
pode ser entendida como uma espécie de banco de nutrientes de baixa dissolução, ao qual as
plantas recorrem à medida que seu desenvolvimento o exija. A autora afirma também que esse
insumo é um fertilizante inteligente, pois fornece somente a quantidade de nutrientes que as
plantas necessitam.
Van Straaten (2007) traz um contexto histórico da utilização do pó de rocha, para melhor
compreensão da importância deste insumo agrícola. A utilização de pó de rocha nos solos já
vem sido praticada pelos egípcios, gregos e romanos, que já conheciam o valor de algumas
rochas para o aumento da produção agrícola. Foram organizadas publicações sobre o uso do pó
de rocha e sua importância na agricultura e alimentação humana, pelo pesquisador Julius
Hensel, no século XIX. Estes estudos acabaram por ser censurados por interesses políticos da
época, enaltecendo posteriormente os estudos de Justus Von Liebig, o inventor dos adubos
químicos solúveis, ainda utilizados nos dias de hoje.
O químico alemão Justus Von Liebig (1803-1873), desenvolveu a Lei do Mínimo, que
tem sido um princípio importante na nutrição das plantas. Justus também reconheceu que os
nutrientes são retirados do solo através das raízes, os solos são férteis apenas se os nutrientes
removidos pela planta forem repostos, cada tipo de espécie de planta requer nutrientes
diferentes (VAN STRAATEN 2007).
Van Straaten (2002) menciona a grande potencialidade e desenvolvimento de recursos
agrominerais em Angola. Por sua vez, esses recursos são dependentes das necessidades do solo,
das exigências do mercado e dos fatores de estabilidade infraestrutural e política. O autor
observou o potencial de desenvolvimentos de alguns depósitos em Angola tais como os
depósitos de calcário/dolomita a partir de sedimentos costeiros, metassedimentos dolomíticos
e de carbonatitos. Por causa da existência de pouca investigação e de dados, Van Straaten
(2002) sugeriu que se fizessem investigações nos depósitos de gipsite da área do Dombe
Grande, quanto ao seu potencial para reduzir as altas em solos ácidos e para a melhoria de solos
afetados por sódio.

1.3 PROCESSO DE REMINERALIZAÇÃO DO SOLO

A dissolução do pó de rocha é um processo muito lento e complexo, depende de vários


fatores como a composição química e mineralógica da rocha, da granulometria do material, do
tempo de reação, e de fatores do solo o pH e a atividades biológica (OSTERROHT 2003).
Segundo as pesquisas laboratoriais realizadas por Blum et al (1989), citado por Erhart
(2009) mostram que as taxas de liberação de nutrientes das rochas aconteçam de forma muito
18
lenta. Segundo Bolland e Baker (2000), a eficácia do pó de rocha como fonte de nutrientes para
o solo é questionada devido há baixa solubilidade e pela necessidade de aplicar grandes
quantidades de pó de rocha ao solo para se obter respostas positivas.
Os elementos são disponibilizados nos minerais pelo processo de intemperismo na qual
pode ser químico ou mecânico, ou seja, as rochas são submetidas a processo de desintegração
e decomposição da sua estrutura, como a composição da rocha é muito variada em espécies
minerais, cada uma libera seus elementos em velocidades diferentes. Para que ocorra a liberação
dos elementos que compõem as rochas, elas devem ser submetidas a alterações físicas e
químicas. O intemperismo físico corresponde a uma desagregação da estrutura da rocha sem
haver mudança na composição química. Já a alteração química ocorre quando a estrutura dos
minerais é quebrada (LUCHESE ET AL 2002).
Von Fragstein et al (1988) observaram que os basaltos apresentam taxas de liberação de
elementos minerais mais rápidos quando a comparadas as do granito. A granulometria da rocha
tem grande influência, pois quanto maior a área superficial exposta ao ataque dos agentes
químicos, físicos e biológicos do intemperismo, mais a rápida é a alteração do material
(OSTERROHT 2003).
As plantas necessitam de pelo menos 17 elementos nutritivos para seu desenvolvimento
e um longo ciclo de vida completar. Dentre estes nutrientes muito importante podemos destacar
os chamados Macronutrientes (que são elementos fundamental e preciso em quantidade muito
elevada para o desenvolvimento de um determinado sistema radicular, as mesma são
representada em porcentagem %); nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre; os
chamados Micronutrientes(são elementos necessários no sistema radicular, relativamente em
pequenas quantidades, e são representada por ppm ), ferro, manganês, zinco, cobre, cloro, boro,
molibdênio e níquel; bem como carbono, hidrogênio e oxigênio. Todos, exceto quatro desses
elementos (H, O, C e N) são derivados exclusivamente de rochas e minerais. (VAN
STRAATEN 2007).
Os materiais que são resultados das rochas moídas (remineralizadores) possuem baixa
solubilidade. Apesar disso, os resultados em várias pesquisas e uso comercial mostram que a
produtividade é comparável aquelas obtidas com os fertilizantes solúveis convencionais (NPK).
Epstein e Bloom (2006) mencionam que as raízes não precisam de uma concentração
levada de nutrientes, como as que são encontradas nas formulações usuais de fertilizantes.
Segundo as pesquisas feitas por mesmos autores, mostra que as raízes ou plantas consomem os
nutrientes até a faixa de 0,1 ppm de potássio, de fósforo e de nitrogénio em seus tecidos, o que
os leva a enfatizar que a taxa de suprimento de nutrientes é mais importante que a concentração
19
dos mesmos. Com esta afirmação o pó de rochas acumula-se, e é absorvido pelas plantas na
medida da necessidade. (Theodoro, et al., 2013). Além disso, Melahmed et al. (2009) informam
que a baixa solubilidade dos pós de rocha pode promover o aumento da Capacidade de Troca
Catiónica (CTC) dos solos, devido à neoformação de minerais de argila durante o processo de
alteração das rochas.

1.4 CONDICIONADORES DE SOLO

Os condicionadores de solos são conceituados como produtos que promovem uma


melhoria nas propriedades físicas, químicas ou biológicas do solo (ALMEIDA, 2008).
Uma vez que são produtos com finalidade de melhorar as propriedades físicas e químicas de
solos, como esterco animal e casca de arroz, sejam utilizados a longa data pelos agricultores.
Além do potencial para melhorar as propriedades do solo, a utilização de condicionadores
orgânicos aplicados à superfície do solo, também podem atuar como cobertura de solo,
diminuindo a perda de humidade e aumentando a capacidade de retenção de água (GROSE,
2011).
O uso de condicionadores do solo dá-se basicamente pela adição de produtos, proveniente
de diferentes tipos de materiais orgânicos e inorgânicos e também, produzidos sinteticamente
(Shamp, Huylebroec & Sadones, 1975). Sojka (2007) cita três principais tipos de
condicionadores do solo:
 Matérias orgânicos naturais, que por sua vez apresenta algumas particularidades em
relação as outras: aumenta a capacidade de retenção e infiltração de água no solo,
fornece substrato para atividades biológicas, aumenta arejamento e resistência á
compactação;
 Matérias inorgânicos, por sua vez tem como finalidade: modificar processos químicos
ou físicos do solo;
 Matérias sintéticos tem como finalidade: produzir interações físicas e químicas
específicas no solo, otimizar taxa de infiltração e força de coesão entre partículas do
solo.
Segundo dados da organização das noções unidas para alimentação e agricultura (FAO),
cerca de 33% das terras têm alto ou médio grau de degradação. Para corrigir o problema, o uso
de condicionador de solo se mostra como uma excelente opção.
Seja pelo processo de erosão, salinização, compactação ou poluição química, os solos
tendem a se degradar com o passar do tempo. Consequentemente, ocorre uma diminuição na
20
capacidade das plantas em absorver água e nutrientes, o que compromete o correto
desenvolvimento da plantação. Os condicionadores desempenham um importante papel para
melhorar a fertilidade e qualidade do solo, reduzindo os efeitos de degradação e proporcionando
uma lavoura mais saudável e produtiva.
Segundo os pesquisadores Franco, et al. (1991) e Montagnini & Sancho (1990), os
condicionadores de solo são produtos elaborados com grandes quantidades de compostos
orgânicos e ácidos húmico e fúlvicos, sendo capaz de melhorar as propriedades físicas,
químicas e biológicas do solo. Os compostos presentes nos condicionadores de solo promovem
o aumento e restauração da fertilidade do solo. Uma das principais funções desses produtos é
reconstruir solos danificados e pobres em nutrientes, além de mantê-los em ótima condição para
o desenvolvimento das culturas.
Com a restauração da fertilidade do solo, o condicionador de solo promove uma série de
outras vantagens, como: melhoria da capacidade de absorção de nutrientes pelas plantas;
melhora o desenvolvimento radicular; aumenta a CTC do solo; favorece os processos
energéticos das plantas e aumenta a capacidade de germinação de sementes.
Geralmente, o condicionador de solo deve ser aplicado em grande quantidade, mais vai
depender de diversos fatores como o tipo de planta, a dose de condicionador utilizada, a área
de aplicação, etc. Também é importante realizar um estudo prévio do solo para coletar dados
importantes sobre as necessidades da área em estudo, deste modo é possível utilizar o
condicionador da melhor forma para poder trazer resultados positivos para a plantação.
Segundo a Instrução Normativa número 35 de 04 de julho de 2006, um condicionador de
solos deve apresentar como especificações de garantia uma CTC mínima de 200 mmolc.kg-1 e
capacidade de retenção de água mínima de 0,6 g.g-1 (BRASIL, 2006).
As especificações da IN 35 de 2006 supracitada é talvez um dos limitadores para a
comercialização de condicionadores de solos, já que, diversos materiais que são utilizados como
tal, não apresentam os requisitos mínimos de qualidade que permitam a sua comercialização
como condicionador de solos.
Os condicionadores de solos são caracterizados por serem produtos que concentram
grandes quantidades de matéria orgânica, e ácidos húmicos e fúlvicos fazem parte da
composição do húmus. Esses compostos proporcionam vários benefícios ás lavouras, como a
regulação do fluxo de nutrientes e melhoria nos processos do solo (CANELLAS et al., 2005).
De um modo geral os ácidos mencionados, contribuem direitamente para o crescimento
saudável das plantas, uma vez que o solo fica mais solto e aerado e menos denso, além disso,
também contribuem com a função de crescimento e metabolismo das plantas. As substâncias
21
húmicas particularmente são de extrema importância para a qualidade e desenvolvimento do
solo, proveniente da degradação biológica de resíduos animais e vegetais e da atividade
microbiológica do solo, elas possuem alta CTC e promovem melhorias físicas, químicas e
biológicas no solo.

1.5 CASCA DE ARROZ

A casca de arroz é um revestimento ou capa protetora formada durante o crescimento


do grão, de baixa densidade e elevado volume. É um material fibroso, cujos maiores
constituintes são celulose (5% em peso, de sílica, na forma amorfa hidratada, perfazendo 13 a
29% do total da casca (HOUSTON, 1972). Esta variação do percentual de sílica na casca de
arroz depende da safra, ou seja, da variedade plantada, do clima e das condições do solo, além
da localização geográfica (AMICK,1982; GOVINDARÃO,1980; HOUSTON,1972)
A casca de arroz carbonizada é um substrato estéril graças ao processo de carbonização.
Por ser leve e porosa, permite boa aeração, drenagem e troca de ar na base das raízes, sendo
recomendada para a germinação de sementes e enraizamento de estacas (SOUZA, 1993).
E a mesma é muito rica em matéria orgânica (80%), principalmente celulose e lignina.
Isso a torna de difícil decomposição, ou seja, ótima para essa função de cobertura vegetal e de
alta durabilidade até dois anos. A casca de arroz é usada como corretivo de acidez de solo, fonte
de nutrientes como por exemplo, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e silício.
Segundo Neto (2007, p.3, 5) o uso da cinza de casca de arroz pode ser destinado a
diversas finalidades industriais, como: na produção de refratários á base de sílica, vidros,
isolantes térmicos, cimento Portland, fonte de Si. Umas da principal utilização da cinza de casca
de arroz está ligado ao seu uso na agricultura.
Segundo os pesquisadores Ferreira, Schwarz e Streck (2000, p.36) a casca de arroz
apresenta várias vantagens, não só o aumento na produtividade.
Melhora a drenagem e aeração do solo quando incorporada a solo; promove a melhor
retenção da água ou seja, menos regas, quando usada como cobertura vegetal; acelera o
enraizamento, tanto na semeadura como no transplante e estaquia, quando incorporada a solo;
por ser rica em sílica, aumenta a resistência da planta ao ataque de doenças e pragas; acelera a
associação fungos nas raízes, micorrizas, que é benéfica para a melhor absorção de nutrientes
do solo pela planta.
22
1.6 SISTEMA DE CIRCULAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO E PLANTA

A distribuição e abundância de recursos natural geológicos, a liberação destes nutrientes


para o solo, e a absorção desses nutrientes e água pelas plantas é descrita como caminho solo-
cultivo, a principal transferência de nutrientes das rochas aos solos e às colheitas. Esta
disponibilidade de macro e micronutrientes das rochas aos solos e às colheitas é o caminho
natural para o desenvolvimento e melhoria da qualidade das plantas e para a compreensão da
produção de culturas usando recursos geológicos disponível na natureza (VAN STRAATEN
2007).
O crescimento das raízes tem uma relação direta com a quantidade e qualidade de água
e nutriente disponível para o solo, visto que as raízes se desenvolvem com as principais
finalidades de sustentação da planta, absorção de água e nutrientes, e conexão com os
microrganismos do solo e formação da rizosfera. Quando nos deparamos com um solo com
densidade muito elevada, e baixa porosidade, consequentemente, teremos series de dificuldades
no desenvolvimento das raízes e menor será infiltração e retenção de água no solo (CARNEIRO
et al 2009).
Todas as plantas absorvem água e nutrientes do solo. O solo é um sistema composto por
uma parte solida e outra porosa, a parte solida é formado por minerais que se agrupam,
constituindo os agregados. No interior dos poros, existem ar e água. após a chuva ou irrigação
parte da água fica retida nos poros para ser posteriormente utilizado pelas plantas. Por isso para
que elas se desenvolvam bem, é necessário haver no solo além dos nutrientes, água e ar em
quantidades adequados.
A disposição dos micro e macronutrientes que são absorvidos pelo sistema radicular
dos solos cultivos são chamados de processos dinâmicos, incluindo raiz interceptação, fluxo de
massa e difusão (BARBER 1995). A interceptação da raiz é o processo de absorção de água e
nutrientes na interface solo-raiz onde os nutrientes e água são absorvidos diretamente pelo
sistema radicular. Os nutrientes na interface solo-raiz não precisam mover para ficar disponível
para absorção (BARBER 1995). Superfície de raiz maior leva a maior capacidade de absorção,
de modo que a taxa de absorção através da interceptação da raiz é determinada pela extensão
da exploração das raízes no solo.
23
1.7 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DAS AMOSTRAS

O pH refere-se a acidez ou alcalinidade de uma substância onde o mesmo é classificado


em uma escala de 0 a 14. Quanto menor for o pH, mais íon H+ ativo estará presente na solução
do solo e maior será também a necessidade de calagem tornando o solo menos ácido. Portanto
a maioria dos solos cultivos o seu pH varia entre os valores de 4 a 9. O pH em H 2O já foi
considerado durante muito tempo como o método padrão, o mesmo tem como finalidade,
indicar a acidez ativa dos íons de H+ livre na solução do solo, portanto, surgiu o problema de
que os ácidos fracos contidos no solo não apareciam na determinação do pH em água.
Atualmente usa-se mais o pH em CaCl por ser um método eficaz por sua vez, corrige a
condutividade eléctrica, além de melhorar a decantação da argila suspensa durante a agitação
facilitando a leitura do pH sem contaminar o elétrodo. (NOVAIS; BARROS; et al., 2007). O
pH em KCl esta relacionado na maioria dos casos para classificação de solo na pedologia e o
mesmo consiste basicamente para indicar a predominância de cargas positivas ou negativas, ou
seja, se o pH em KCl apresenta-se menor que o pH em H2O, é indicativo da presença de
alumínio trocável; se o pH em KCl é maior, o solo é eletropositivo, isto é, predominam as
cargas positivas.
A acidez do solo é dividida em três componentes: a) acidez activa que corresponde à
actividade dos íons hidrogênio em solução e determinada através de potenciômetro ou
medidor de pH; b) acidez trocável que corresponde, normalmente, à quantidade de Al3+
adsorvido aos colóides do solo; e c) acidez potencial que corresponde à soma da acidez trocável
com os íons hidrogênio adsorvidos na superfície dos colóides, utilizando uma solução tampão.
Já o cálcio sendo um catião básico e nutriente secundário, por sua vez ela é determinada
para pode conhecer a quantidade do mesmo na solução de um solo cultivo.
Os catiões são ião ou moléculas de nutrientes presentes no solo com cargas positivas
(cálcio, magnésio e potássio etc.) Portanto as partículas de argilas, são nutrientes presente no
solo que tem cargas negativas, os mesmos nutrientes quando atraem, seguram e liberam
partículas de nutrientes com cargas positivas. Logo CTC é a capacidade que o solo tem de reter
e trocar os catiões Ca, Mg, e K etc., sendo que a energia da carga positiva dos catiões varia,
fazendo com que o catião substitua outras partículas de cargas negativa no solo. (ALFREDO
SCHEID LOPES 1995)
Todos os solos agrícolas na sua constituição contêm algum teor de argila e de matéria
orgânica, logo as partículas de argilas e de matéria orgânica apresentam cargas negativas, essas
partículas são trocáveis com bases (K, Ca e Mg) que apresentam cargas positivas. Sendo que
24
as bases são retidas nas partículas de argilas e matéria orgânica por atração magnética. Polos
diferentes se atraem e polos iguais se repelem.

1.8 PROCESSO DE CARBONIZAÇÃO DA CASCA DE ARROZ (CCA)

A CCA é um processo que pode ser feito de modo mecânico, na qual tem como finalidade
a queima da casca de arroz até que ela fique totalmente preta. Deve-se ter um controlo da
combustão, para poder liberar a sílica da casca de arroz. Logo, as propriedades de SiO2 e a
quantidade de carbono resultante na cinza (resíduo), dependem significativamente das
condições que prevalecem durante a combustão (James e Rao, 1986-2 e 3). A CA tende a ter a
cor preta devido a presença de carbono residual. No entanto, ela também pode ser cinza, púrpura
ou branca dependendo das impurezas presentes e das condições de queima (HOUSTON, 1972,
BOATENG E SKEETE. 1990).

Um ponto muito crucial a ter em conta no processo de carbonização da casca de arroz


é a homogeneidade, isto é, o produto final obtido deve ser uniforme, não admitindo ter uma
casca não carbonizada ou transformada em cinza pela queima excessiva.
A casca de arroz carbonizada, salvo pequenas oscilações em sua constituição mineral,
apresenta composição química relativamente constante. Merecem ser mencionadas também
características como o pH ligeiramente alcalino do material e sua riqueza em minerais,
particularmente potássio, e a baixa retenção de água. Independentemente dos parâmetros
empregados no processo de combustão, a composição das CA sempre apresenta elevados teores
de sílica. No processo de carbonização, as elevadas temperaturas atingidas eliminam a
possibilidade de contaminação da casca de arroz por patógenos, nematóides ou plantasdaninhas,
dispensando-se dessa forma qualquer tratamento destinado à sua desinfestação. (SILVEIRA
1996, MEHTA 1994).

1.9 EXPERIMENTO DE INCUBAÇÃO

Segundo a pesquisadora Silveira et al. (2016) nas suas abordagens, definiu incubação
como sendo intervalo entre o tempo que foi adicionado o remineralizador no solo ate o inicio
do seu estagio, que por sua vez possibilita realizar grandes números de combinações entre
fatores de tratamento, diferentes tipos de solo, tipo de granulometria e dose do remineralizador,
duração da incubação. Com isso a pesquisadora sugere que sejam contemplados os tipos de
25
solos mais representativos de cada região (no mínimo dois tipos) selecionados a partir de suas
representatividades agrícolas.

Em função do tempo de incubação Silveira et al. (2016) aborda que, pode ser semelhante
aquele que são aplicados para os corretivos de acidez, a pesquisadora defende que a duração do
experimento para os corretivos de acidez é aproximadamente 3 meses, com amostragens de
solo que são feitas quinzenais ou mensais, ao longo deste período, sendo que a primeira
amostragem poderá ser realizada após uma semana de incubação. Desta forma, ao final do
período de incubação será possível determinar a reatividade (liberação dos nutrientes para a
solução do solo), a dose e a granulometria de cada remineralizado nos diferentes solos testados.

CAPÍTULO II ENQUADRAMENTO GERAL DA ÁREA DE ESTUDO

2.1 LOCALIZAÇÃO

O presente trabalho tem como área de estudo a província de Malanje. Amostra de calcário
dolomítico foi recolhida na província de Malanje propriamente no município do Cacuso na
comuna do Lombe, dentro de uma pedreira que pertence a empresa Engineering Services
Angola (ESA), acesso a pedreira é feito através da estrada nacional, que intercepta com a cidade
de Malanje.
Figura 1- Mapa de localização da pedreira (ESA)

Fonte: autor, adaptado carta topográfica IGCA (1982)


26
2.2 GEOLOGIA

O mapa geológico elaborado por Araújo et al, (1990) do município do Cacuso (figura 2)
mostra que o calcário faz parte do Supergrupo Congo Ocidental, pertencendo ao Proterozóico
Superior, período Rifeano.
A área está situada numa região marcada pela presença de extensas falhas profundas
continentais, as quais individualizam as seguintes estruturas de grande porte:
1. O Horst do Kwanza é representado pelas rochas do Arcaico Inferior;
2. A Depressão do Lutete (“RiftValey”) ao sul do Horst do Kwanza abrange as partes
centrais e o nordeste da área e é representada pelas rochas do Supergrupo Congo
Ocidental, do Proterozóico Superior (570 a 1.650 milhões de anos), especialmente
pelo Grupo Xisto Calcário, que se assenta diretamente sobre as rochas do Arcaico;
3. A Placa Precâmbrica do Congo, situada imediatamente ao sul da unidade anterior, é
representada pelas rochas do Grupo Xisto Gresoso do Proterozóico Superior.
(ARAÚJO et al, 1998).

Figura 2- Mapa geológico regional de Cacuso

Fonte: autor, adaptado de araújo et al, (1988)


27
2.3 SOLOS

As amostras de solo, foram coletadas em Luanda, especificamente dentro do Centro de


Investigação de Ciências Geológicas Aplicadas (CICGA), situado no Campus Universitário
Agostinho Neto.
Segundo o mapa de solos de Luanda (figura 3), o tipo de solo predominante na zona é
cromico, o mesmo faz parte da formação Quelo da era Cenozoico, período Quaternário e idade
Pleistocénico, depositado num ambiente continental. Este solo faz parte do grupo luvissolos,
em função das suas características, o mesmo apresenta uma coloração que varia de amarela a
avermelhada, possuindo um pH acido a neutro, é permeável por natureza, quimicamente fértil
boa saturação por bases, teor de alumínio baixo ou mesmo nulo, apresentam uma granulometria
que varia de silte, a areias finas e∕ ou media.
Figura 3- Mapa de solos de Luanda

Fonte: autor, adaptado na versão simplificada da carta de solo de angola á escala 1:1.000.000 (1997)
28
CAPÍTULO III- RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este item tem como foco principal interpretar os resultados obtido durante as analises
feitas no laboratório. Para a interpretação dos dados, serão analisados dois pontos principais,
acidez do solo que esta relacionado com todos os elementos que apresentam comportamento
ácidos no solo; e a disponibilidade dos nutrientes que se refere a todos os elementos que servem
como micro e macronutriente no solo.

Figura 4 Fluxograma da metodologia usada no trabalho

Fonte: autor, 2022

3.1 COLETA DAS AMOSTRAS

As amostras que foram usadas neste trabalho de pesquisa, foram coletadas nas
províncias de Malanje e Luanda. Amostras de solo foram coletadas em Luanda, dentro do
Campus Universitário Agostinho Neto, nos arredores do Centro de Investigação de Ciências
Geológicas Aplicadas (CICGA), e o mesmo forneceu as amostras e os resultados das análises
prévias. De lembrar que foram usados dois tipos de solos que, em função da classificação
granulométrica, siltes e areia fina intercaladas com media. Já a amostra de rocha de calcário,
veio do município do Cacuso proveniente da pedreira que faz parte da empresa Engineering
Services Angola (ESA), a mesma empresa forneceu os resultados das análises prévias da rocha.
29
3.2 PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DA CCA

Os materias usadas neste trabalho para realização da CCA são: balde de ferro, tubo de
ferro, lenha, papelão, fosforo, água e recipiente de vidro.
A realização do processo de carbonização da casca de arroz, foi feita a céu aberto. A
chaminé foi fixada ao solo (figura 5) na terra bem fixado, onde seguidamente foi depositada,
lenha, papelão e outras matérias de rápida combustão ao redor da chaminé (Figura 5).
Figura 5- Chaminé e Lenhas

Fonte: autor, 2022

O balde de ferro que foi usado no procedimento, apresentava cortes na parte superior e
nas laterais para liberação de fumaça (Figura 6), o balde foi introduzido à chaminé,
posteriormente foi depositado a casca de arroz ao redor do balde em chama.
30
Figura 6- Balde Cortado

Fonte: autor, 2022

Figura 7- Processo de CCA

Fonte: autor, 2022


O procedimento de carbonização da casca de arroz teve a duração de mais ou menos 3h,
terminado o processo de carbonização, a casca de arroz carbonizada foi colocada num recipiente
de vidro (figura 8), adicionou-se água com finalidade de baixar a temperatura. Segundo os
pesquisadores Houston, 1972, Boateng e Skeete. 1990, nas suas pesquisas dizem que, a casca
de arroz deve estar totalmente queimada, isto é, ela preta.
31
Figura 8 Casca de Arroz Carbonizada

Fonte: autor, 2022

3.3 PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO DE INCUBAÇÃO

O experimento de incubação realizado neste trabalho de pesquisa, usou-se as seguintes


matérias: peneira, espátula, balança, tigelinha de vidro, recipiente de alumínio, copo de plástico,
água destilada, martelo de borracha, martelo convencional, tabuleiro de alumínio e moinho de
bolas (figura 9).
32
Figura 9- Os matérias

Fonte: autor, 2022

Para realização do experimento de incubação obedeceu-se varias etapas. A rocha foi


triturada manualmente usando o martelo convencional, com finalidade de reduzir o tamanho da
rocha (figura 10), posterior usou-se o moinho de bolas (figura 11), este procedimento teve
duração de 15 a 20 segundos no laboratório do CIGA. A peneira (figura 10) usada no
experimento ABNT/ASTM nº 200, abertura 75 µm, com objetivo de peneirar e usar a menor
granulometria de pó de rocha. Quanto menor for a granulometria maior será a liberação dos
macro e micronutrientes.
33
Figura 10- Martelo convencional e rocha moída

Fonte: autor, 2022

Figura 11 moinho de bola e peneira

Fonte: autor, 2022


Foi fornecido pelo CICGA dois tipos de amostra de solo, segundo a classificação
granulometria temos, silte (S1) e areia fina intercaladas com media (S2) (figura 12). As
amostras foram recolhidas dentro do campus universitário da Agostinho Neto.
34
Figura 12- Martelo e tabuleiro de areia

Fonte: autor,2022

Realizou-se 8 experimentos de incubação, usando um recipiente de plástico (de 300ml


(Figura 12). Usou-se o paquímetro com finalidade de obter medidas do recipiente, h=4.537mm;
d=3.103mm; r =1.5515mm e π =3,14 conhecendo o volume do copo 300ml, calculou-se a área
total (2x (πr2) + (2π.r.h)) do recipiente como sendo5,929x10-6ha. Portanto foram usadas
medidas especifica recomendada pela EMBRAPA, para 5t de pó de rocha deve-se usar em uma
área de 1ha, e nos usamos 4t/ha para o pó de rocha, e para a casca de arroz usou-se 1t/ha.

Figura 13- Copo de plástico 300ml, espátula e recipiente de alumínio

Fonte: autor, 2022


35
Figura 14- Experimento de incubação

Fonte: autor, 2022

Como foi mencionado acima, são 8 recipientes (figura 14) de incubação e os mesmos
foram simplificados por 4, conforme ilustrado na Tabela 1 S = Substrato; PC = Pó de Calcário;
CA = Casca de Arroz). Os dois primeiros experimentos são substratos de areia com
características diferentes; a seguir obtivemos solo mais pó de calcário (S + PC); posteriormente
solo mais casca de arroz (S + CA); por último temos solo mais pó de calcário mais casca de
arroz (S + PC+ CA). O procedimento foi realizado em um recipiente de alumínio (figura 12)
com o auxilio de uma espátula (figura 12), com finalidade de misturar os substratos com pó e a
casca de arroz carbonizada.

Tabela 1- Amostras de experimento de incubadora (onde S = Substrato; PC = Pó de Calcário; CA = Casca de


Arroz)
Substrato Substrato + Pó Substrato+ Casca Arroz Substrato+ Pó+ Casca de Arroz
S1 S + PC S + CA S + PC + CA
S2 S + PC S + CA S + PC+ CA
Fonte: autor,2022

A tabela 2 ilustra os resultados de alguns parâmetros do calcário dolomítico, a mesma


foi feita pela empresa (ESA). O método usado para analisar amostra de calcário dolomítico são
(Fluorescência de Raios– X e LOI com forno), usou-se as seguintes matérias (balança metler
toledo ML-204; forno heraeus modelo MR170ET 1000C; Prenca hidráulica para pelato P-010),
36
em função dos objetivos deste trabalho, o gráfico da (figura 15) mostra as percentagens dos
elementos que serão analisados neste trabalho.

Tabela 2- Resultados obtido pela pedreira (ESA)


Identidade da SiO2 % CaO % Al2O3 % Fe2O3 % MgO % SO %
amostra
ESA 2.10 34.40 0.27 0.25 19.90 0.06
Identidade da Cl % MnO % ZnO % SrO % L.O.I % Total %
amostra
ESA 0.05 0.03 0.02 0.01 42.93 100.02
Fonte: ESA,2022

Figura 15- Elementos analisados no calcário

Fonte: autor,2022

3.4 ACIDEZ DO SOLO


 Para analise do solo usou-se pHmetro um aparelho que faz medição do pH
 O método usado para realização das analises do experimento de incubação foi o
Método clássico, é um método analítico. Os materiais usados: suporte universal,
erlemeyer, agitador magnético, bureta e proveta.
Esta relacionada com atividade dos íons hidrogênio na solução do solo, logo quanto
menor for o ião hidrogênio na solução maior este solo será considerado ácido, e quanto maior
for actividade do H+ no solo menor o solo será acido. A concentração de H+ livre na solução do
37
solo, que é liberada pela substância que compõem acidez potencial e é medida pelo valor do pH
em escala, sendo que, os solos cultivos correspondem um pH que varia de 4 a 9.
Segundo os resultados obtidos na análise dos solos, antes do experimento de incubação,
como mostra a (figura 16), verificou-se comportamentos semelhantes nas atividades ácidas
presente no solo. Portanto, os seus pH em H2O e pH em CaCl2 estão dentro dos parâmetros de
solo cultivo, com isso, pode-se perceber que este solo é eletropositivo, isto é, predominam as
cargas positivas, porque o pH em KCl é maior que o pH em H2O e pH em CaCl2.

Figura 16- Resultado analítico das amostras de solo antes do experimento de incubação

Fonte: autor,2022

As tabelas 3 e 4 ilustram os resultados finais do experimento de incubação, estando elas


divididas em duas partes, os elementos que apresentam um comportamento acido, e os
elementos que indicam a presença de macro e micronutrientes no solo.
Para que o solo seja considerado acido, o seu pH deve ser maior que o pH KCl. O
pesquisador Novais; Barros; et al., (2007) nas suas abordagens diz que, quando isto acontece,
estamos diante de um solo acido, portanto, verifica-se a liberação de acidez trocável que
corresponde, normalmente, à quantidade de Al3+ adsorvido aos colóides do solo.
As tabelas 3 e 4 mostram que S1 (solo1) e S2 (solo2), os seus primeiros resultados
apresentam um pH ácido, logo, verifica-se que a liberação dos elementos ácidos trocável como
Al+3 no solo, portanto, o pH KCl é menor que o pH H2O, com isso não há presença de
disponibilidade dos macro e micronutriente no solo.
38
Depois de serem adicionados os remineralizadores e condicionadores aos solos, os
mesmos apresentaram um pH menor em relação ao pH KCl, logo estamos diante de um solo
neutro, em que a quantidade dos elementos com cargas positivas é maior. Portanto, verifica-se
que os elementos como Al+3 e H+ que possuem cargas negativas no solo, foram atraídos pelos
elementos que possuem cargas positivas, ou seja, pelos macro e micronutrientes (Ca+ Mg+ K+).

Tabela 3 Amostra S1 experimento de incubação


Amostra pH ph pH Ca²⁺ Mg²⁺ H⁺ Al³⁺ CTC
S1 H₂O KCl CaCl₂ (Cmolc/Kg) (Cmolc/Kg) (Cmolc/Kg) (Cmolc/Kg) (Cmolc/Kg)
S 6,67 5,7 6,34 - - - - -
S+PC 8,03 8,32 7,11 15,71 11,84 0,83 0,014 28,39
S+CA 6,58 6,76 6,62 6,03 2,58 0,66 0,136 9,40
S+PC+CA 7,87 8,12 7,1 4,09 3,44 0,83 0,014 8,37
Fonte: autor,2022

Figura 17- Gráfico S1 experimento de incubação

Fonte: autor,2022

3.5 DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES

Calcário dolomítico é constituído por seguintes minerais CaCO3(54,3%) e MgCO3(45,7%)


por sua vez tem a seguinte composição química Ca, Mg(CO3)2.
Os minerais Ca e Mg são macronutrientes presente no calcário dolomítico, que por sua vez,
os solos que apresentam um teor baixo de macronutrientes que geralmente tem um
39
comportamento acido, logo quando é aplicado o pó do calcário dolomítico que contem um alto
teor de Ca e Mg no solo, é aliado ao seu efeito de neutralizar acidez do solo, e adição dos
mesmos macronutrientes que será usado para poder insolubilizar os ions Al3+ trocáveis e elevar
os mesmos teores.
A tabela 3 e 4 apresentam quantidades diferentes de S1+PC e S2+PC respetivamente
relacionado a macronutriente, um dos fatores importantes esta relacionado com o tipo de solo,
visto que temos dois solos, e que cada um possui características físico-químicas diferente.
Sendo CTC, capacidade de troca catiónica, que tem como finalidade trocar os cations que
possuem comportamento acido no solo, por cations básicos que servem como macronutrientes
para solo. O CTC é expresso pela soma de bases mais hidrogénio e alumínio trocáveis (Ca+
Mg+ Al+ H+), adsorvidos por forças electroestáticas nas superfícies dos coloides minerais ou
orgânicos.
Tabela 4- Amostra dos resultados das análises químicas do solo2, após experimento de incubação.
Amostra pH ph pH Ca²⁺ Mg²⁺ H⁺ Al³⁺ CTC
S2 H₂O KCl CaCl₂ (Cmolc/Kg) (Cmolc/Kg) (Cmolc/Kg) (Cmolc/Kg) (Cmolc/Kg)
S 6,2 4,22 5,94 - - - - -
S+PC 7,48 7,85 7,25 10,76 4,3 0,99 6,8*10⁻³ 16,05
S+CA 6,43 4,98 6,23 4,09 1,94 0,83 0,204 7,06
S+PC+CA 7,64 7,39 7,15 4,3 1,083 0,99 0,068 6,44
Fonte: autor,2022

Figura 18- Gráfico S2 experimento de incubação

Fonte: autor,2022
40
CONCLUSÃO

Após a elaboração do trabalho, sobre os remineralizador de solo, foi observado que, para
ser aplicado as técnicas de rochagem ao solo, primeiro deve-se conhecer as características
físico-químicos do solo, e depois será feita a escolha do tipo de rocha em função das
características, para poder melhorar os índices de fertilidade dos solos, uma das características
são os macro e micronutrientes presentes no pó de rocha, a sua composição química. Estes
pontos são extremamente cruciais para remineralizar um solo, uma vez conhecendo a
necessidade que o solo precisa, no caso os macro e micronutrientes essências, logo é aplicado
pó de rocha.
Em função dos resultados obtidos em analise dos solos, mostra que os dois tipos de
solos, são pobres em Ca e Mg. Após, o processo de incubação esta necessidade foi suprida pela
adição de pó de calcário dolomítico que contem os macronutrientes necessários.
Portanto, quando foi aplicado o pó do calcário dolomítico no solo, apresentou resultados muito
satisfatório, logo há potencialidade como remineralizador de solo. A adição de condicionadores
no pó de rocha, garantiu uma melhoria na fertilidade do solo, melhorando as propriedades
físico-químicas do solo, como porosidade, permite melhor circulação de ar, drenagem e troca
de ar na base das raízes
41
RECOMENDAÇÕES

Para futuras investigações cientificas relacionado a remineralização do solo, para


obtenção de melhores resultados recomendo que se façam analises sobre;

 Petrografia com finalidade de obter melhores resultados sobre a descrição dos minerais
presente na amostra, suas características estruturais e os aspetos texturais;
 DRX (Difratrometria de Raios-X) estas análises são feitas durante o processo de
incubação o mesmo tem como foco principal revela informações estruturais do cristal,
tamanho do cristal, orientação preferida e espessura da camada;
42
BIBLIOGRAFIA

ALFREDO SCHEID LOPES. Manual internacional de fertilidade do SOLO 1995. 2ª edição,


revisada e ampliada.pg 19 a 20
ALMEIDA, B. G. Métodos alternativos de determinação de parâmetros físicos do solo e uso
de condicionadores químicos no estudo da qualidade do solo. Tese Doutorado. Piracicaba:
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ARAÚJO et al, (1998) - Notícia Explicativa da Carta Geológica de Angola a
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BOYNTON R. S. Chemistry and Technology of Lime and Limestone. 2. ed. New York:
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BENEDUZZI, E. B. Rochagem: Agregação das rochas como alternativa sustentável para a
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BOATENG, A.A ; SKEET,D.A.. Incineration of Rice Hull for use as a Cementitious Material
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