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FACULDADE DE AGRICULTURA
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Tutor: Eng Moisés José Buduio
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Estabilidade de Taludes | Carolino Munguambe
Tutor:
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Estabilidade de Taludes | Carolino Munguambe
Declaração
Declaro por minha honra que este Protocolo de Trabalho de Culminação do Curso é resultado
da minha investigação pessoal e das orientações do meu tutor, o seu conteúdo é original e
todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na
bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra
instituição para propósito semelhante ou obtenção de qualquer grau académico.
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Estabilidade de Taludes | Carolino Munguambe
Índice
Página
I. Lista de abreviaturas....................................................................................................7
II. Resumo....................................................................................................................8
III. Abstract....................................................................................................................8
1. Antecedentes da investigação......................................................................................9
2. Introdução..................................................................................................................10
3. Objectivos..................................................................................................................11
3.1. Geral.......................................................................................................................11
3.2. Específicos.............................................................................................................11
4. Problema e Justificativa.............................................................................................12
5. Revisão Bibliográfica................................................................................................13
6. Metodologias.............................................................................................................20
7. Resultados Esperados................................................................................................25
9. Cronograma de actividades.......................................................................................27
12. Anexos...................................................................................................................29
Índice de Figuras
Índice de Tabelas
Índice de Equaçõe
Equação 1: Fórmula do momento resistente...........................................................................16
Y16
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I. Lista de abreviaturas
BPL – Barragem dos Pequenos Libombos
NA – Nível da Água
FS – Fator se Segurança
NPA - Nível de Pleno Armazenamento
NMC - Nível de Máxima Cheia
SW - Sudoeste
SD – Superfície de Deslizamento
V - Velocidade
W – Peso total da lamela
N – Força normal actuante na base da lamela
b – largura da lamela
En, En+1 - Resultante das forças horizontais totais
M – Momento
Sm – Resistência mobilizada
CP – Corpo de Prova
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II. Resumo
Dependendo das características do material de formação e a sua exposição à certas condições
ambientais, os taludes podem sofrer escorregamentos e/ou quedas, e como forma de evitar
esses problemas de instabilidade às quais os taludes estão expostos, optou-se em usar um
método de equilíbrio limite para verificar a superfície crítica de instabilidade nas taludes à
jusante da barragem dos pequenos libombos, tendo como fatores de interferência no cálculo
de estabilidade: a coesão, o ângulo de atrito, o peso específico, a tensão normal do solo, a
presença de água e a inclinação do talude. Baseando-se nos modelos de Fellenius e Bishop
(método de lamelas) para a determinação do fator de segurança, usar-se-ão alguns métodos
complementares de determinação de estabilidade (Ábacos de Hoek e Bray) para fazer a
comparação dos resultados. O processamento dos dados será realizado no programa
Geoslope.
III. Abstract
Depending on the characteristics of the forming material and its exposure to certain
environmental conditions, the slops may be and/or dropped, and in order to avoid these
instability problems to which the slops are exposed, one method of boundary equilibrium to
verify the critical surface of instability in the slopes downstream of the small libombo dam,
having as interference factors in the stability calculation: the cohesion, the friction angle, the
specific weight, the normal soil tension, the presence of water and the slope of the slope.
Based on the Fellenius and Bishop models (lamella method) for the determination of the
safety factor, some complementary stability determination methods (Hoek and Bray abacus)
will be used to compare the results. The data processing will be performed in the Geoslope
program.
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1. Antecedentes da investigação
Em Janeiro de 2019, Minas Gerais no Brasil, houve um incidente com este tipo de
infraestrutura, o qual foi causado por problemas de instabilidade, que dizimou terras e vidas
humanas, sendo este um exemplo da tragédia que o rompimento de um barramento aterrado
pode gerar, motivo este que colocou e motivou o estudante a se inclinar nesta área de estudo
para conhecer e, se puder, ajudar a controlar e/ou fazer a previsão de rompimentos não só em
barragens aterradas, assim como, de qualquer obra baseada no taludamento por meio de
análises de estabilidade no País, contribuindo para uma melhor segurança a nível Nacional.
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2. Introdução
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3. Objectivos
3.1. Geral
Avaliar a estabilidade de taludes à jusante da barragem dos Pequenos Libombos
3.2. Específicos
Analisar a composição do aterro (determinação de algumas propriedades físicas);
Determinar a linha freática do aterro;
Verificar o fator de segurança do aterro.
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4. Problema e Justificativa
A instabilidade dos taludes continua a ser um problema muito importante e ainda sem solução
definitiva. Por outro lado, o aumento das causas de instabilidade bem como as consequências
graves fazem com que a análise de estabilidade tenha cada vez maior importância em
Geotecnia. Por isso, apesar dos diversos progressos feitos no sentido de resolver esta
problemática, ainda há lugar para investigação[ CITATION Sil13 \l 1033 ].
A barragem dos Pequenos Libombos é uma das grandes infraestruturas responsáveis pela
gerência de um dos grandes rios internacionais de Moçambique (Umbeluzi), o qual armazena
e drena grandes volumes de água para consumo anualmente, no qual pela influência de um
factor interno ou externo pode vir a causar um rompimento, factor causador de interesse no
estudo da estabilidade dos taludes que formam a barragem, sabendo que, assim como
qualquer barramento que tiver sido projetado na base de aterragem, este foi escolhido para
correr com a investigação, tanto quanto podia ser qualquer outra, como por exemplo a
barragem de Massingir.
Desta forma surge a necessidade de fazer-se um estudo para avaliar a estabilidade dos
taludes da barragem dos Pequenos Libombos para aferir-se até que ponto se apresenta a
condição de segurança.
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5. Revisão Bibliográfica
5.1. Talude ou Encosta
Talude é um nome genérico dado a superfícies de solo ou rocha que formem um ângulo com
o plano horizontal de referência. Podem ser de origem natural, como no caso de encostas, ou
artificial, como os taludes de cortes e aterros. O principal problema que envolve essas
estruturas geotécnicas refere-se à análise de sua estabilidade, relacionada a movimentações de
massas de solo.[ CITATION Oli \l 1033 ].
Antes de iniciar o estudo de avaliação da sua estabilidade, é conveniente tratar das causas que
podem levar os taludes ou encostas a escorregar, sabendo que, estas, são complexas, pois
envolvem uma infinidade de factores a si associados.
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Esses processos podem ser tanto superficiais (erosão, escorregamento raso) quanto podem
envolver movimentos mais intensos de massa (queda de bloco, corrida de lama).
No geral, os fatores que interferem no cálculo de estabilidade são: coesão, ângulo de atrito,
peso específico, tensão normal do solo, presença de água e inclinação do talude. [ CITATION
Jún15 \l 1033 ]
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Como característica dos métodos de lamelas o fator de segurança é definido como a relação
entre a somatória dos momentos resistentes e os momentos actuantes [CITATION Mar \l 1033 ]
MR
FS=∑
MA
N N
MR=S∗R=∑ bo ( c ' + σ∗tg θ' )=R ∑ ( c '∗bo+ N ' tgθ ) – Fórmula do momento resistente.
i=1 i=1
(Equação 1)
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N
MA=∑ W ∗X=R ∑ W ∗sen ∝– Fórmula do momento actuante. (Equação 2)
i=1
Havendo qualquer esforço externo ao talude, (uma sobrecarga ou berma no pé do talude, por
exemplo), considera-se a sua interferência incluindo-o no somatório de momentos. [CITATION
Mar \l 1033 ]
Segundo [CITATION Mar \l 1033 ], o Modelo de Bishop leva-se em conta a iteração entre
as várias lamelas ou fatias.
A resistência mobilizada é dada por:
s 1 ' '
Sm= = [c + ( σ −μ ) tg θ ] (Equação 3)
FS FS
N
Sendo: σ =
bo
Considerando a relação entre momentos resistentes e atuantes resulta, identicamente ao
método de Fellenius.
R
FS= ∑ ¿¿
∑ W ∗X
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satisfazer a condição:
Σ(Wn – Xn+1) = 0
Estabelecendo-se a equação de equilíbrio para forças que agem na direção tangencial, tem-se:
S = (W + Xn – Xn+1) sen α + (En – En+1) cos α
Σ( Xn – Xn+1) Σ( En – En+1 )
∑ W ∗senα
i=1
∑{
i=1
[ cosα+
senα∗tgθ
FS ]
}= ∑
∑ W ∗senα Mα
(Equação 5)
As expressões de Mα dependem de FS. A análise por qualquer um dos dois processos é feita
atribuindo-se um valor arbitrário para FS. Se os valores de FS e FSarb não são coincidentes,
utiliza-se agora FSarb = FS para calcular uma primeira estimativa é comum tomar-se
[CITATION Mar \l 1033 ] afirma que, como procedimento prático recomenda-se dividir o talude
em cerca de dez lamelas; a partir deste valor há pouco ganho na precisão e um considerável
aumento dos cálculos. Cada par de valores, centro e raio de um círculo hipotético, conduz a
um valor de fator de segurança. O valor crítico será obtido por tentativas.
Desenhado o talude em escala, determina-se uma malha de centros potenciais; em seguida,
escolhe-se um centro e um raio que determinarão uma superfície deslizamento e calcula-se o
fator de segurança para essa superfície.
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Escolhe-se um novo centro e repetem-se os passos anteriores, até percorrer toda malha
desejada. Após a determinação dos valores mínimos de FS para cada centro, traçam-se curvas
que unem os fatores de segurança iguais (como se faz com as curvas de nível de topografia)
com o intuito de determinar a posição do centro que fornece o coeficiente se segurança
(mínimo).
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Os ábacos (Anexo 2 á 6) mostram as soluções para cinco situações distintas de linha freática,
definidas geometricamente pela razão Lw / H. Onde: H - é a altura do talude; Lw - é a
distância entre o pé do talude e o ponto onde a linha freática atinge a superfície do terreno.
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Fonte: Autor.
Para se realizar a análise da composição do aterro que constitui o talude à jusante, ter-se-á em
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(a) (b)
Figura 6: Equipamento de análise de amostras: Detalhe da caixa de cisalhamento com o
extensómetro para medição da deformação vertical do corpo de prova (a); Aspeto do
equipamento durante a realização de um ensaio (b).
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Linha freática é uma linha de fluxo, que limita o fluxo de água na parte superior da barragem
de terra. A linha freática será determinada (ou traçada) pelo uso do método gráfico da
Parábola de Kozeny [ CITATION Vil02 \l 1033 ].
Procedimentos de determinação:
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Sabendo que:
Após a colecta dos dados primários, os mesmos serão utilizados para alimentar o software
Geoslope, o programa utiliza parâmetros geotécnicos como ângulo de atrito, coesão e peso
específico do solo.
7. Resultados Esperados
Sabendo que com a devida colecta e análise dos dados, sem contaminá-los ou permitir
qualquer erro técnico, a obtenção de resultados de estabilidade com base nos métodos
propostos é certa, visto que, prevê-se obedecer a sequência de implementação na
determinação do factor de segurança e da superfície crítica. Com o sucesso deste trabalho,
espera-se a promoção e aplicação destas técnicas para a devida previsão de instabilidade para
se tomarem metodologias adequadas de correção de taludes em barragens, vias de acesso ou
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qualquer estrutura geotécnica baseada no taludamento, sendo assim, espera-se ainda que este
trabalho seja de grande contributo científico na engenharia de barragens no País.
Para a realização deste trabalho de investigação com sucesso, nota-se uma série de impasses
em termos financeiros (valores de deslocação); de materiais para o processamento do trabalho
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e equipamentos para análise das amostras em estudo, sabendo que, estes, podem vir a
interferir no decorrer, assim como, nos resultados finais do trabalho e na aquisição de dados
para a comparação dos resultados. No entanto, para o contorno do problema, prevê-se
estabelecer medidas de contenção de custos num período estimado de dois (2) meses, com o
objetivo de angariar valores necessários para a deslocação e aquisição do material.
Em relação aos dados de comparação, prevê-se requerer a entidade competente, por meio de
um credencial da instituição, o fornecimento da informação necessária para a conclusão do
trabalho em andamento, sabendo que, verifica-se uma falta parcial de equipamentos para o
processamento dos dados no laboratório do ISPG, o que significa total dependência no
fornecimento dos mesmos (dados) pelo arquivo do laboratório da entidade competente.
9. Cronograma de actividades
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Caputo, H. P., 1988. Resistência ao Cisalhamento dos Solos. Em: Mecânica dos Solos e suas
Aplicações . Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, p. 160.
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Filho, O. A. & Virgili, J. C., 1998. Estabilidade de Taludes. Em: São Paulo: Associação
Brasileira de Geologia de Engenharia, p. 243.
Marangon, M., 2013. Estabilidade de Taludes. Geotecnia e Obras de Terra, pp. 13-14.
Marangon, M., 2018. Resistência ao Cisalhamento dos Solos. Em: Mecânica dos Solos II.
s.l.:s.n., p. 123.
Oliveira, N. P. & Almeida, S. R. M., s.d. Introdução. Em: Análise de estabilidade de taludes
usando técnicas de busca automática. Goiânia: s.n.
Romanini, A., 2016. Fluxo no solo - Fluxo nao confinado. s.l., s.n.
Silva, M. J. F., 2013. Análise de estabilidade de taludes pelo método de equilíbrio Geral.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto ed. Porto: s.n.
Soares, F. L., s.d. Analise de estabilidade de taludes. Em: Notas de aula. s.l.:s.n.
Vilar, O. M. & Bueno, B. S., 2002. Mecânica dos solos - Volume II. São Carlos -SP: Escola
de Engenharia de São Carlos.
12. Anexos
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