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Instituto Federal de Alagoas – IFAL

Campus Palmeira dos Índios

LUCAS EMANOEL WANDERLEY SILVA

Concreto Armado 1
2ª Avaliação formativa

Palmeira dos Índios, 19 de maio de 2021


Este relatório é parte do sistema de avaliação da
disciplina de Concreto Armado 1, do curso de
Engenharia Civil.

Semestre Letivo: 2020.2


Professor: Rafael Araújo Guillou

Palmeira dos Índios, 19 de maio de 202


SUMÁRIO
1. CÁLCULOS INICIAIS .............................................................................................................................................................. 3
1.1. Carregamentos ................................................................................................................................................................... 3
1.1.1. Peso Próprio ...................................................................................................................................................... 3
1.1.2. Contrapiso ......................................................................................................................................................... 3
1.1.3. Revestimento (Piso) .......................................................................................................................................... 3
1.1.4. Forro .................................................................................................................................................................. 3
1.1.5. Acidental 1 ........................................................................................................................................................ 3
1.2. Combinações de ações....................................................................................................................................................... 4
1.2.1. Combinações para o Estado Limite Ultimo (ELU)........................................................................................... 4
1.2.2. Combinação para o Estado Limite de Serviço Raro (ELS-F) ........................................................................... 4
1.2.3. Combinação para o Estado Limite de Serviço Frequente (ELS-W) ................................................................. 4
1.2.4. Combinação Estado Limite de Serviço Quase-Permanente (ELS-DEF) .......................................................... 4
2. TIPIFICAÇÃO ........................................................................................................................................................................... 5
3. PRÉ-DIMENSIONAMENTO ................................................................................................................................................... 6
4. DETERMINAÇÃO DOS MOMENTOS FLETORES ........................................................................................................... 7
4.1. Compatibilização de momentos ........................................................................................................................................ 8
4.1.1. Laje 7 ................................................................................................................................................................ 8
4.1.2. Laje 3 ................................................................................................................................................................ 9
4.1.3. Compatibilização com L2 ............................................................................................................................... 10
5. REAÇÕES DE APOIO ............................................................................................................................................................ 11
5.1. Propriedade dos materiais................................................................................................................................................ 12
5.1.1. Concreto .......................................................................................................................................................... 12
5.1.2. Aço .................................................................................................................................................................. 12
5.2. Verificação ao esforço cortante ....................................................................................................................................... 12
6. CÁLCULO DAS ÁREAS DE AÇO ........................................................................................................................................ 13
6.1. Cálculo da armadura mínima........................................................................................................................................... 13
6.2. Armadura – Momento positivo direção x........................................................................................................................ 14
6.3. Armadura – Momento positivo direção y........................................................................................................................ 14
6.4. Armadura – Momento negativo direção x ....................................................................................................................... 14
6.5. Armadura – Momento negativo direção y ....................................................................................................................... 14
6.6. Armadura negativa de borda sem continuidade .............................................................................................................. 15
6.7. Armadura negativa da borda com L1 .............................................................................................................................. 15
7. DETALHAMENTO ................................................................................................................................................................. 16
7.1. Detalhamento – Momento positivo direção x ................................................................................................................. 16
7.2. Detalhamento – Momento positivo direção y ................................................................................................................. 16
7.3. Detalhamento – Momento negativo direção x................................................................................................................. 16
7.4. Detalhamento – Momento negativo direção y................................................................................................................. 16
7.5. Detalhamento – Armadura negativa de borda sem continuidade .................................................................................... 16
7.6. Detalhamento – Armadura negativa de borda L1............................................................................................................ 16
8. VERIFICAÇÕES – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO ....................................................................................................... 17
8.1. Verificação da formação de fissuras (ELS-F) ................................................................................................................. 17
8.2. Verificação de deformação excessiva (ELS-DEF) .......................................................................................................... 17
8.3. Verificação de abertura de fissuras (ELS-W) .................................................................................................................. 19
9. ANEXOS ................................................................................................................................................................................... 21
3

1. CÁLCULOS INICIAIS

A partir dos dados indicados em questão, obteve-se os parâmetros para iniciar o


detalhamento, utilizou-se o Mathcad para auxiliar nos cálculos. Na Tabela 1, segue os
dados indicados em questão.
Tabela 1 – Dados
Cargas
Espessura
Acidental
Nº Aluno Laje CAA do Piso Forro Acidental 1
2
Contrapiso
25 L2 II 7 cm Porcelanato Acartonado Edf. Comercial 1.0 kN/m²
Fonte: Autor
1.1. Carregamentos
1.1.1. Peso Próprio
Para o peso próprio, utilizou o gc = 25 kN/m³, peso específico do concreto

segundo a Tabela 5.1 da NBR 6120. Fez-se uma estimativa inicial da altura da laje (h),
sendo de 15 cm, o qual não foi alterado posteriormente, sendo então a carga de peso
próprio (Ppp) na laje de 3.75 kN/m².

1.1.2. Contrapiso
Também utilizando a NBR 6120, o peso específico da argamassa é de garg = 21

kN/m³, sendo a espessura do contrapiso de 7 cm, então o peso devido ao contra piso (P cp)
é de 1.47 kN/m².

1.1.3. Revestimento (Piso)


Já para o revestimento, o indicado em questão foi um porcelanato, o qual o peso
específico é de 25 kN/m³. Foi adotado uma espessura de 1 cm para as peças, tendo então
o peso devido ao piso (Ppi) de 0.25 kN/m².

1.1.4. Forro
O forro indicado foi o acetinado, onde, segundo a Tabela 5.8 da NBR 6120, o peso
devido ao forro (Pf) é de 0.25 kN/m².

1.1.5. Acidental 1
Para o carregamento acidental 1, foi indicado que a obra é de um edifício
comercial, sendo assim, pela Tabela 6.1 da NBR 6120, o carregamento acidental (P acid1)
adotado foi de 2.5 kN/m².
4

1.2. Combinações de ações


Para as combinações, somou-se as cargas permanentes em questão (Peso próprio,
contrapiso, piso e foro), sendo Pperm = 5.72 kN/m².
Para os coeficientes devido as cargas acidentais (gf2), utilizou-se y0 = 0.7, y1 =

0.6 e y2 = 0.4, através da Tabela 11.2 da NBR-6118/2014.

Para os cálculos e verificações utilizou-se dos valores de maior intensidade nas


combinações.
1.2.1. Combinações para o Estado Limite Ultimo (ELU)
Para os carregamentos em questão, é necessário utilizar os coeficientes de
ponderação das ações do ELU. Tais ações permanentes, e as condições de obra normal.
Utilizou-se a Tabela 11.1 da NBR-6118/2014 obter o coeficiente ponderador, o qual gg

= 1,4. Já para os carregamentos variáveis, também segundo a mesma tabela, é gq = 1,4.

Sendo assim, determinou-se a combinação última de maior valor (Pu1) através da


equação 1, Pu1 = 12.488 kN/m².

(1)

1.2.2. Combinação para o Estado Limite de Serviço Raro (ELS-F)


Com auxílio da equação 2 foi possível determinar a combinação, sendo Praro1 =
8.82 kN/m².

(2)

1.2.3. Combinação para o Estado Limite de Serviço Frequente (ELS-W)


Para a combinação frequente, utilizou-se a equação 3, podendo então encontrar
Pfreq1 = 7.62 kN/m².

(3)

1.2.4. Combinação Estado Limite de Serviço Quase-Permanente (ELS-DEF)


Já para a combinação quase permanente, com a equação 4, pode-se determinar
Pqper = 7.12 kN/m².

(4)
5

2. TIPIFICAÇÃO
A laje indicada em questão é a 2 (L2), sendo suas dimensões l 2y = 605 cm e l2x =
545 cm. Sendo l2y a maior dimensão da laje e l2x a menor dimensão. Para as dimensões da
laje, foi considerado o vão livre somado a metade da dimensão das vigas, onde, as vigas
em questão eram de 20 cm de largura. A Figura 1 apresenta a laje 2.
Figura 1 – Laje 2

Fonte: Autor

A classificação quanto a direção, foi segundo a equação 5, determinando l2 =

1.11, sendo menor que 2, consequentemente, a Laje 2 será armada nas duas direções.

(5)
Para a verificação do tipo dos apoios da laje, foi necessário analisar as lajes ao
redor da L2, sendo ilustrado na Figura 2.
Figura 2 – Lajes da questão

Fonte: Prof. Rafael Guillou


6

Incialmente, foi considerado que a laje L2 está engastada em L3 e L7, o que


posteriormente confirmou-se tal consideração. Já para a L1, foi necessário fazer uma
verificação, o qual, seu comprimento ligado a L2 é menor que 2/3 l 2y, não sendo L2
engastada em L1. Então, a laje 2 é do Tipo 3. A Figura 3 ilustra as condições de apoio da
laje 2.
Figura 3 – Condições de apoio de L2

Fonte: Autor

3. PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Para pré-dimensionar a altura da laje (h), é necessário estimar a altura útil (d), com
auxílio das equações 6 e 7. Sendo l’2 = 4.235 e d = 9.741 cm. Para os cálculos em questão,
foi utilizado d = 12 cm. Onde n2 é a quantidade de bordas engastadas, sendo 2 para L2.

(6)

(7)
Para determinar a espessura da laje, utilizou-se da equação 8, o qual h = 15 cm.
Para a equação em questão utilizou-se o diâmetro (f) de 10 mm de uma possível armação,

sendo verificado posteriormente. Onde o cobrimento (c), para a Classe de Agressividade


Ambiental II, segundo a Tabela 7.2 da NBR-6118/2014, é 25 mm.

(8)
7

4. DETERMINAÇÃO DOS MOMENTOS FLETORES


Para a determinação dos momentos, é necessário encontrar os coeficientes
tabelados, os quais, utilizou-se das tabelas da USP do professor Libânio.
Para a laje 2, onde o tipo da laje é 3, pela Tabela 2.3b, encontrou-se os seguintes
coeficientes:
Tabela 2 – Coeficientes para Momento Fletor – L2 (Tipo 3)
Coeficientes - Momento Fletor em L2 (Tipo 3)
l mx m'x my m'y
1.11 3.236 7.953 2.666 7.388
Fonte: Autor

Fez-se necessário fazer uma interpolação do l, com os coeficientes, determinando


assim, valores mais precisos. Para a determinação dos momentos nas bordas da laje,
utilizou-se a equação 9, com a carga última de maior intensidade (Pu1).

(9)
Sendo assim, os momentos nas bordas de L2, estão apresentados na Tabela 3, e
ilustrados em L2 na Figura 4.
Tabela 3 – Momentos Fletores de L2
Momentos Fletores nas bordas de L2 (kN.m/m)
Laje m2x m'2x m2y m'2y
2 12 29.5 9.9 27.4
Fonte: Autor

Figura 4 – Momentos em L2

Fonte: Autor
8

4.1. Compatibilização de momentos


Para a compatibilização dos momentos, é necessário verificar os momentos
fletores das lajes L3 e L7, como também, verificar se são engastadas em L2.

4.1.1. Laje 7
A laje 7 tem dimensões l7x = 422 cm e l7y = 710 cm. Sendo então l7 = 1.682,

também sendo armada nas duas direções. Considerou-se L7 como do tipo 3, sendo
engastada em L2 e L8, como ilustrado na Figura 5.
Figura 5 – Condições de apoio de L7

Fonte: Autor

Os coeficientes para os momentos na laje 7 segue na Tabela 4.


Tabela 4 – Coeficientes para Momento Fletor – L7 (Tipo 3)
Coeficientes - Momento Fletor em L7 (Tipo 3)
l mx m'x my m'y
1.682 5.171 11.1 1.938 8.146
Fonte: Autor
Já os momentos fletores em L7, utilizando também a equação 9, são apresentados
na Tabela 5.
Tabela 5 – Momentos Fletores de L7

Momentos Fletores nas bordas de L7 (kN.m/m)


Laje m7x m'7x m7y m'7y
7 11.5 24.7 4.3 18.1
Fonte: Autor

O m'7x será o momento a compatibilizar com L2, o que será apresentado


posteriormente.
9

Para verificar as condições de engastamento entre as lajes, é necessária uma razão


entre m'2y e m'7x, sendo tal razão menor que 2, concluindo que serão engastadas entre si.

4.1.2. Laje 3
A laje 3 tem dimensões l3x = 390 cm e l3y = 605 cm. Sendo então l3 = 1.551,

também sendo armada nas duas direções. Considerou-se L3 como do tipo 5B, sendo
engastada em L2, L4 e L8, como ilustrado na Figura 6.
Figura 6 – Condições de apoio de L3

Fonte: Autor
Os coeficientes para os momentos na laje 3 segue na Tabela 6.
Tabela 6 – Coeficientes para Momento Fletor – L3 (Tipo 5B)

Coeficientes - Momento Fletor em L3 (Tipo 5B)


l mx m'x my m'y
1.551 3.80 8.07 1.29 5.29
Fonte: Autor
Já os momentos fletores em L3, utilizando também a equação 9, são apresentados
na Tabela 7.
Tabela 7 – Momentos Fletores de L3
Momentos Fletores nas bordas de L3 (kN.m/m)
Laje m3x m'3x m3y m'3y
3 7.2 15.3 2.5 10
Fonte: Autor
O m'3x será o momento a compatibilizar com L2, o que será apresentado
posteriormente.
Para verificar as condições de engastamento entre as lajes, é necessária uma razão
entre m'3y e m'3x, sendo tal razão menor que 2, concluindo que serão engastadas entre si.
10

4.1.3. Compatibilização com L2


A Figura 7 ilustra os momentos das lajes, onde serão necessários a
compatibilização.
Figura 7 – Momentos brutos nas lajes

Fonte: Autor
Para a compatibilização dos momentos entre L7 e L2, utilizou-se a equação 10.
Sendo o novo momento negativo em y em L2: 26.052 kN.m/m, sendo o máximo valor
em função na equação.

(10)
Já entre L2 e L3, utilizou-se a equação 11, similar a anterior, onde o momento
compatibilizado negativo x em L2 é 23.599 kN.m/m.

(11)
Também é necessário compatibilizar os momentos positivos, devido a alteração
nos momentos negativos. Onde para L2, o momento positivo em y compatibilizado é
10.565 kN.m/m, e em x 14.955 kN.m/m, os quais, utilizou-se as equações 12 e 13.

(12)
11

(13)
Sendo então, os momentos nas bordas em L2 ilustrados a Figura 8.
Figura 8 – Momentos compatibilizados em L2

Fonte: Autor

5. REAÇÕES DE APOIO
Para a determinação das reações de apoio são necessários os coeficientes das
reações, também encontrados da Tabela 2.2b documento do professor Libânio. Segue os
coeficientes para a laje 2, na Tabela 8.
Tabela 8 – Coeficientes para Reações de apoio – L2 (Tipo 3)

Coeficientes – Reações de apoio em L2 (Tipo 3)


l nx n'x ny n'y
1.11 3.378 3.484 2.17 3.17
Fonte: Autor
Com auxílio da equação 14, determinou-se as reações de apoio em L2, ilustrados
na Tabela 9.

(14)
Tabela 9 – Reações de apoio em L2

Reações nos apoios de L2 (kN/m)


Laje v2x v'2x v2y v'2y
2 16.186 23.714 14.769 21.575
Fonte: Autor
12

A Figura 9 resume as reações dos apoios.


Figura 9 – Reações de apoio em L2

Fonte: Autor

Para a verificação da resistência ao esforço cortante, são necessários identificar as


propriedades dos materiais (concreto e aço).

5.1. Propriedade dos materiais


5.1.1. Concreto
Como indicado em questão, a classe de agressividade ambiental é II, então a
resistência característica do concreto (fck), segundo a Tabela 7.1 da NBR-6118/2014, é de
25 MPa. Utilizou-se o coeficiente de ponderação da resistência do concreto de gc = 1,4,

sendo a resistência característica de projeto fcd = 17.857 MPa.


5.1.2. Aço
Para a questão foi utilizado o aço CA-50, com fyk = 500 MPa. O coeficiente de
ponderação da resistência do aço utilizado foi de gs = 1,15, então a resistência
característica de projeto do aço é de 434.783 MPa.

5.2. Verificação ao esforço cortante


Utilizou-se as equações a seguir para a determinação da resistência ao esforço
cortante (VRd1), encontrando VRd1 = 76.811 kN/m, sendo maior que v'2x (maior esforço
atuante na laje), portanto, a laje 2 resiste aos esforços de cisalhamento. A taxa de aço r1

foi determinada posteriormente no detalhamento, e em seguida corrigida na equação 15,


sendo a taxa da maior seção de aço da laje.

(15)
13

(16)

(17)

(18)

(19)

(20)
Onde:
k é um coeficiente para a armadura;
tRd é a tensão de cisalhamento;

fctd é a tensão resistente de tração do concreto, em MPa;


fctk_inf é a resistência à tração inferior característica, em MPa;
fctm é a resistência à tração média, em MPa;

6. CÁLCULO DAS ÁREAS DE AÇO


6.1. Cálculo da armadura mínima
Para o cálculo da armadura mínima, utilizou-se as equações a seguir, encontrando
o momento mínimo (Mmín) sendo 10.003 kN.m e a área de aço mínima (As_mín) 2.25
cm²/m. Para a determinação das áreas de aço, as equações foram obtidas através do
equilíbrio de forças atuantes na seção, pelo dimensionamento a flexão. Encontrando,
também, ξ = 0.059.

(21)

(22)

(23)

(24)
14

(25)

(26)

(27)

Onde:
fctk_sup é a resistência à tração superior característica, em MPa;
Wo é o módulo resistente, em cm³;
I é a inércia da seção, em cm4;
y é a distância da LN à face mais distante, em cm;
ξ é a razão entre a linha neutra e a altura útil.

6.2. Armadura – Momento positivo direção x


Para o cálculo da área de aço através dos momentos encontrados, também foi
utilizado a equação 26, descrita anteriormente, como também, a equação 28. Sendo
encontrado ξ = 0.089, e a área de aço: As_px = 2.972 cm²/m. Segundo a Tabela 19.1 da
NBR 6118, onde os valores das áreas de aço, em armaduras positivas de lajes armadas
nas duas direções, podem ser no mínimo 2/3 da armadura mínima, não sendo utilizada
nesse caso.

(28)

6.3. Armadura – Momento positivo direção y


Seguindo a mesma linha do dimensionamento anterior, para o momento positivo
com direção y, tem-se: ξ = 0.062, e As_py = 2.076 cm²/m.

6.4. Armadura – Momento negativo direção x


Já para as armaduras negativas, também segundo a Tabela 19.1 da NBR 6118, o
valor mínimo para a armadura deve ser a própria área de aço mínima, também não sendo
necessária. Sendo assim, determinou-se ξ = 0.143, e As_nx = 4.798 cm²/m.

6.5. Armadura – Momento negativo direção y


Para o momento negativo em y, tem-se ξ = 0.159 e As_ny = 5.333 cm²/m.
15

A Figura 10 apresenta as áreas de aço das seções em questão.

Figura 10 – Áreas de aço em L2

Fonte: Autor

6.6. Armadura negativa de borda sem continuidade


Para a borda sem continuidade de L2, pela Tabela 19.1 da NBR 6118, é indicado
utilizar 2/3 da área de aço mínima, sendo então 1.5 cm²/m.
6.7. Armadura negativa da borda com L1
É necessário calcular a o momento negativo para a laje 1, para determinar a área
de aço da armadura negativa.
A laje 1 tem dimensões l1x = 165 cm e l2y = 322 cm. Sendo então l1 = 1.952,

também sendo armada nas duas direções. Considerou-se L1 como do tipo 2B, sendo
engastada em apenas em L2, como ilustrado na Figura 11. Para o dimensionamento, só é
necessário o coeficiente e o momento negativo em x, de L1, onde: m’1x = 12.08 e m’1x =

4.1 kN.m/m.
Figura 11 – Condições de apoio em L1

Fonte: Autor
16

Então, com ξ = 0.024, a área da armadura negativa encontrada foi de 0.795 cm²/m,
sendo menor que o da armadura mínima, então utilizou-se a área de aço mínima (2.25
cm²/m).

7. DETALHAMENTO
7.1. Detalhamento – Momento positivo direção x
Para a área de aço encontrado em tal momento, utilizou-se de barras com 6,3 mm
de diâmetro, com espaçamento de 10 cm entre barras. Podendo assim determinar a área
efetiva de aço, Asef_px = 3.117 cm²/m.

7.2. Detalhamento – Momento positivo direção y


Também foi utilizado de barras de 6,3 mm, com espaçamento de 15 cm. Sendo
Asef_py = 2.078 cm²/m.

7.3. Detalhamento – Momento negativo direção x


Para o tal momento, utilizou-se barras de 8 mm de diâmetro e espaçamento de 10
cm. Então Asef_nx = 5.027 cm²/m.

7.4. Detalhamento – Momento negativo direção y


Também foi utilizado barras de 8 mm, com espaçamento de 9 cm. Sendo Asef_ny
= 5.585 cm²/m.

7.5. Detalhamento – Armadura negativa de borda sem continuidade


Para a borda sem continuidade, utilizou-se barras de 5 mm, com espaçamento de
12,5 cm, com a área efetiva de 1.571 cm²/m.

7.6. Detalhamento – Armadura negativa de borda L1


Já para a armadura negativa da borda com a laje 1, foi utilizado barras de 6.3 mm,
com espaçamento de 12.5 cm, já a área efetiva de aço é 2.494 cm²/m.

Tais espaçamentos seguem os limites de norma.


Após o detalhamento foi verificado a altura útil, nas situações acima, onde dreal >
dadotado, não sendo necessário a alteração da estimativa inicial.
O esboço das plantas com as armaduras segue ao final do documento em anexo.
Foi feito uma estimativa da quantidade de barras, de acordo com os vãos das lajes.
17

8. VERIFICAÇÕES – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO


8.1. Verificação da formação de fissuras (ELS-F)
Para verificar se a laje forma fissuras, utilizou-se equação 29 para determinar o
momento de fissuração (Mr) da laje 2, sendo 10.1 kN.m/m, com a = 1,5 (para seções

retangulares). Sendo Ic o momento de inércia bruta da seção de concreto e y t sendo a


distância do centro de gravidade da seção a fibra mais tracionada.

(29)

(30)

(31)
Para a formação de fissuras, é necessário a comparação com o momento raro da
laje, e para a determinação utilizou-se o momento de maior magnitude da laje (momento
negativo na direção y), com auxílio da equação 32, pode-se determinar o momento fletor
raro, onde Mraro = 18.4 kN.m/m. Como Mr < Mraro haverá formação de fissuras na laje 2.
A laje se encontra no estádio 2.

(32)
8.2. Verificação de deformação excessiva (ELS-DEF)
Já para a verificação da deformação, é necessária determinar o momento de
fissuração com fc = fctm, sendo então Mr_DEF = 14.428 kN.m.
Para determinar a flecha elástica, sendo nesse caso fissurada, é necessário
determinar a inércia equivalente (Ieq) da laje, utilizado a equação 33.

(33)
Já ma é o momento quase permanente, sendo determinado com a equação
semelhante a eq. 32, com a combinação quase permanente, então ma = 14.854 kN.m.
Para determinar I2 é necessário fazer uma equivalência de áreas, com os momentos
encontrados na laje. A razão entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto (ae)

é o fator que multiplica a área de aço para determinar a área equivalente, sendo ae =

8.824, para a laje em questão. Como também, determinar a linha neutra (LN) para cada
18

área de aço efetiva, através da raiz equação 34. E determinando I2, sendo utilizado o
menor momento de inércia entre as áreas, com auxílio da eq 35.

(34)

(35)

(36)

(37)

(38)

(39)
A Tabela 10 resume os valores de LN e de I2 para cada momento fletor da laje,
sendo utilizado a inércia menor (2,099.103 cm4), para a determinação do momento de
inércia equivalente pela eq 33, o qual Ieq = 2,595.104 cm4.
Tabela 10 – LN e I2 das “seções” da laje
mx m'x my m'y
x2 (cm) 2.309 1.922 2.849 2.981
I2 (cm4) 2,994.103 2,099.103 4,485.103 4,892.103
Fonte: Autor
Podendo então determinar a flecha elástica fissurada da laje, com a eq 40, e com
a = 2.96 – através da Tabela 2.5a (Tipo 3) do artigo do prof. Libânio. Então dela = 2.509

mm.

(40)
Também é necessário a determinação da flecha diferida (ddif), a qual é a flecha no

tempo, com auxílio das equações a seguir. Encontrando: ddif = 3.654 mm. Dξ é um

coeficiente em relação o tempo, onde o t 0 = 0.5 meses e t = 70 meses, sendo a relativo à


aplicação da carga até a o valor da flecha diferida em 2 anos. Como não foi calculado
armadura de compressão utilizou-se r’= 0

(41)
19

(42)

(43)

(44)
Então, pode-se determinar a flecha total na laje, sendo a soma da flecha elástica e
deferida, dtotal= 0.616 cm. Para a verificação em relação ao aspecto visual, a Tabela 13.3

da NBR 6118 aborda os deslocamentos limites – eq 45, sendo para a laje em questão dlim

= 2.18 cm, sendo maior que a flecha total da laje, portanto, L2 não deforma
excessivamente.

(45)

8.3. Verificação de abertura de fissuras (ELS-W)


Para a determinação do valor da abertura de fissuras (w) na laje 2, é necessário
conhecer outros parâmetros. Inicialmente, determinou-se o momento frequente (mfreq),
semelhante aos momentos das combinações anteriores – eq 32, onde mfreq = 15.897
kN.m.
Com a equação 46 determinou-se a tensão normal atuante no aço (ss), com base

no momento de maior intensidade da laje (m'2y), encontrando ss = 258.611 MPa.

(46)
Utilizou-se as equações 47 e 48 para determinar a abertura de fissuras, sendo
utilizada a menor para comparação com o limite de norma (w k). Sendo h o coeficiente

de conformação superficial da armadura, o qual segundo a Tópico 9.3.2.1 da NBR 6118,


h= 2.25 para barras nervuradas.

(47)

(48)
20

Para determinar a taxa de aço (r) foi utilizado a eq. 49, após verificar a área de
concreto das barras da seção em questão, ilustrado na Figura 12.

(49)

(50)

(51)
Figura 12 – Detalhe de “seção” da laje 2

Fonte: Autor
Então, pode-se determinar o menor valor para w, sendo igual a 0.106 mm.
Segundo a Tabela 13.4 da NBR 6118, na CAA II, temos que wk = 0.3 mm, sendo maior
que o valor de abertura encontrado em questão.

Todos os dimensionamentos, detalhamentos e verificações foram baseados na


NBR 6118/2014. O memorial de cálculo está disponível em anexo para possíveis
considerações.
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9. ANEXOS
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