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CONCRETO ARMADO I
FISSURAÇÃO - DEFORMAÇÃO
_____________________________________________________________________________________ ii-42
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LISTADE TABELAS
LISTADE FIGURAS
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Segundo A NBR-6118 (cap. 5 e 6), as estruturas de concreto devem atender aos requisitos
mínimos de qualidade dados abaixo, durante sua construção e serviço, e aos requisitos adicionais
estabelecidos em conjunto entre o autor do projeto estrutural e o contratante. Esses requisitos de
qualidade são classificados em três grupos, a saber:
De uma forma geral, o primeiro requisito é verificado considerando-se o Estado limite último
que está relacionado mais diretamente com os processos de dimensionamento estrutural
comumente empregados, e os dois outros são verificados considerando-se os o Estado limite de
serviço da estrutura, quando são avaliados estados de fissuração, de deformações, rigidez
estrutural e adotadas definições de projeto e ações de execução no sentido de proteger e garantir
o desempenho estrutural e a vida útil desejados.
Além de atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas, relativos à
capacidade resistente, ao desempenho em serviço e à durabilidade, a solução estrutural deve
também considerar as condições arquitetônicas, funcionais, construtivas, estruturais, de
integração com os demais projetos (elétrico, hidráulico, ar-condicionado e outros) explicitadas
pelos responsáveis técnicos de cada especialidade, com anuência do contratante.
Por vida útil de projeto entende-se o período de tempo durante o qual se mantém as
características das estruturas de concreto, desde que atendidos os requisitos de uso e manutenção
prescritos pelo projetista e pelo construtor, bem como a execução de reparos necessários
decorrentes de danos acidentais.
O conceito de vida útil se aplica à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma,
determinadas partes das estruturas podem merecer consideração especial com valor de vida útil
diferente do todo.
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As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob as condições
ambientais previstas na época do projeto, e quando utilizadas conforme preconizado em projeto
conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à
sua vida útil.
A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre
as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas e
origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas o dimensionamento das estruturas de
concreto
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Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo
com o apresentado na Tabela 2 e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de
exposição da estrutura ou de suas partes.
¾ Lixiviação: por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e
carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento;
¾ Expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos,
dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado;
¾ Expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certo agregados reativos;
¾ Reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de
produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica.
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2. ESTADOS LIMITES
São estados a partir dos quais a estrutura passa a ter desempenho inadequado às finalidades da
construção ou apresenta riscos de ruína.
Depreende-se naturalmente dos requisitos esperados para uma edificação, que a mesma deva
reunir condições adequadas de segurança, funcionalidade e durabilidade, de modo a atender
todas as necessidades para as quais foi projetada, ao longo de sua vida e que as esigencias
relativas à capacidade resitente e ao desempsenho em serviço deixam de ser satisfeitas, quando
sao ultrapassados os respectivos estados limites.
Logo, quando uma estrutura deixa de atender a qualquer um desses três itens, diz-se que ela
atingiu um Estado Limite. Dessa forma, uma estrutura pode atingir um estado limite de ordem
estrutural ou de ordem funcional. Assim, se concebe dois tipos de estados limites, a saber:
Segundo a NBR-6118 (item 3.2), são aqueles relacionados ao colapso, ou a qualquer outra forma
de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. No projeto devem ser
considerados os estados limites últimos caracterizados por:
São aqueles relacionados à durabilidade das estruturas, aparência, conforto do usuário e a boa
utilização funcional das mesmas, seja em relação aos usuários, seja às máquinas ou aos
equipamentos utilizados.
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f) Estado limite de descompressão parcial (ELS-DP): Estado mais relacionado com o concreto
protendido (item 3.2.6 da NBR-6118).
Para a NBR-6118 (11.8.3), na verificação do estado limite de deformações excessivas podem ser
usadas as combinações quase permanentes de serviço.
Na verificação do estado limite de formação de fissuras também pode ser necessário o uso das
combinações raras de serviço.
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3. COEFICIENTES DE PODERAÇÃO
As ações devem ser majoradas pelo coeficiente γf, cujos valores estão indicados nas tabelas 11.1
e 11.2 da NBR-6118, válidas para o ELU e o ELS, transformando-as em ações de cálculo.
γf = γf1.γf2.γf3
γf = γf1. γf3
O coeficiente parcial γf1 leva em conta a variabilidade das ações e o coeficiente γf3 considera os
possíveis erros de avaliação dos efeitos das ações, seja por problemas construtivos, seja por
deficiência do método de cálculo empregado.
Para as verificações no estado limite de serviço (ELS), em geral o coeficiente de ponderação das
ações é dado pela expressão γf = γf2, onde γf2 tem valor variável conforme a verificação que se
deseja fazer. A Tabela 3 indica os valores de γf2 em função do tipo de ação considerada e da
construção analisada:
γf = γf2
Onde:
γf2 = 1,0 para combinações raras;
γf2 = Ψ1 para combinações freqüentes;
γf2 = Ψ2 para combinações quase permanentes.
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γf2
Ações
Ψ0 Ψ1 Ψ2
Locais em que não há predominância de pesos
de equipamentos que permanecem fixos por
longos períodos de tempo, nem de elevada 0,5 0,4 0,3
concentrações de pessoas: (edifícios
residenciais)
Cargas
Locais em que há predominância de pesos de
acidentais de
equipamentos que permanecem fixos por longos
edifícios
períodos de tempo, ou de elevada concentrações 0,7 0,6 0,4
de pessoas: (edifícios comerciais, de escritórios,
estações e edifícios públicos)
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4. AÇÕES
Essa norma define ação como sendo toda causa que provoque esforços ou deformações nas
estruturas. As deformações impostas são por vezes designadas por ações indiretas e as forças,
por ações diretas.
Segundo sua variabilidade no tempo, a NBR-8681 classifica as ações são classificadas em três
categorias:
i) Ações permanentes;
ii) Ações variáveis;
iii) Ações excepcionais.
São aquelas que ocorrem com valores constantes ou de pequena variabilidade em torno de sua
média, ao longo de praticamente toda a vida da construção. As ações permanentes são
classificadas em:
a) Ações permanentes diretas: são constituídas pelo peso próprio da estrutura, dos elementos
construtivos fixos, das instalações e outras como equipamentos e empuxos.
b) Ações permanentes indiretas: são constituídas por deformações impostas por retração do
concreto, fluência, recalques de apoios, imperfeições geométricas e protensão.
São aquelas que variam de intensidade de forma significativa em torno de sua média, ao longo da
vida da construção. São classificadas em normais ou especiais:
a) Ações normais: que tem probabilidade de ocorrência suficientemente grande para que sejam
obrigatoriamente consideradas no projeto das estruturas de um dado tipo de construção.
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Exemplos: cargas acidentais previstas para o uso da construção, pela ação do vento e da chuva,
impacto lateral, força longitudinal de frenação ou aceleração, força centrífuga, etc. Deve-se
respeitar as prescrições feitas por normas específicas.
b) Ações especiais: são ações ou cargas acidentais de natureza ou de intensidade especiais, tais
como ação sísmica, variações da temperatura, podendo ser com variação uniforme e não
uniforme de temperatura, etc.
São ações decorrentes de causas tais como explosões, choques de veículos, incêndios, enchentes
ou sismos excepcionais. Os incêndios podem se levados em conta por meio de uma redução da
resistência dos materiais constitutivos da estrutura.
Para a NBR-8681, item 3.8, as cargas acidentais são as ações variáveis que atuam nas
construções em função de seu uso (pessoas, mobiliário, veículos, materiais diversos, etc).
Ainda para a NBR-8681, as ações são quantificadas por seus valores representativos em:
9 Valores característicos;
9 Valores característicos nominais;
9 Valores reduzidos de combinação;
9 Valores convencionais excepcionais;
9 Valores reduzidos de serviço;
9 Valores raros de utilização.
a) Valores Característicos
Os valores característicos das ações variáveis, estabelecidos por consenso e indicados em normas
especificas, correspondem a valores que tem de 25% a 35% de probabilidade de serem
ultrapassados no sentido desfavorável, durante um período de 50 anos.
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As ações variáveis que produzem efeitos favoráveis não são consideradas como atuantes na
estrutura.
Para as ações que não tenham sua variabilidade adequadamente expressa por distribuições de
probabilidade, os valores característicos Fk são substituídos por valores nominais
convenientemente escolhidos.
Para ações que tenham baixa variabilidade, diferindo muito pouco entre si os valores
característicos superior e inferior, adotam-se como característicos os valores médios das
respectivas distribuições.
Os valores reduzidos de combinação são determinados a partir dos valores característicos pela
expressão ψ0.Fk e são empregados nas condições de segurança relativas a estados limites
últimos, quando existem ações variáveis de diferentes naturezas.
Os valores ψ0.Fk levam em conta que é muito baixa a probabilidade de ocorrência simultânea dos
valores característicos de duas ou mais ações vaiáveis de naturezas diferentes.
Ao invés de serem adotados diferentes valores de ψ0 em função das ações que vão atuar
simultaneamente, por simplicidade, admite-se um único valor ψ0 para cada ação a ser
considerada no projeto.
Nos casos particulares em que sejam consideradas ações que atuem simultaneamente com ações
de período de atuação extremamente curto, adotam-se para ψ0 os mesmos valores especificados
para os coeficientes ψ2 definidos no item 4.2.2.2 da NBR-8681.
São valores arbitrados para as ações excepcionais. Devem ser estabelecidos por consenso entre o
proprietário da construção e as autoridades governamentais que nela tenham interesse.
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Os valores reduzidos de serviço são determinados a partir dos valores característicos pelas
expressões ψ1.Fk e ψ2.Fk, e são empregados na verificação da segurança em relação a estados
limites de serviço, decorrentes de ações que se repetem muitas vezes e ações de longa duração,
respectivamente.
Os valores reduzidos ψ1.Fk são designados por valores freqüentes e os valores reduzidos ψ2.Fk
por valores quase permanentes das ações variáveis.
Os valores raros de serviço quantificam as ações que podem acarretar estados limites de serviço,
mesmo que atuem com duração muito curta sobre a estrutura.
São obtidos a partir dos valores representativos, multiplicado-os pelos respectivos coeficientes
de ponderação γf. quando se consideram estados limites de serviço, os coeficientes de
ponderação das ações são tomados com valor γf =1,0, salvo exigência em contrário, expressa em
norma específica.
4.4 Carregamentos
Um tipo de carregamento é especificado pelo conjunto das ações que têm probabilidade não
desprezível de atuarem simultaneamente sobre uma estrutura, durante um período de tempo
preestabelecido.
Em cada tipo de carregamento as ações devem ser combinadas de diferentes maneiras, a fim de
que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para que a segurança seja verificada
em relação a todos os possíveis estados limites da estrutura.
A verificação da segurança em relação aos estados limites últimos é feita em função das
combinações últimas de ações. A verificação da segurança em relação aos estados limites de
serviço é feita em função das combinações de serviço.
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i) Carregamento normal;
ii) Carregamento especial;
iii) Carregamento excepcional.
Além destes, em casos particulares, também pode ser necessária a consideração do carregamento
de construção.
i) Carregamento normal
Decorre do uso previsto para a construção e admite-se que possa ter duração igual ao período de
referência da estrutura, e sempre deve ser considerado na verificação da segurança, tanto em
relação a estados limites ultimo quanto de serviço.
Decorre da atuação de ações excepcionais que podem provocar efeitos catastróficos. Somente
devem ser considerados no projeto de estrutura de determinados tipos de construção, para os
quais a ocorrência de ações excepcionais não possa ser desprezada e que não possam ser tomadas
medidas que anulem ou atenuem a gravidade das conseqüências dos efeitos dessas ações. São
carregamentos transitórios, com duração extremamente curta e considera-se apenas a verificação
da segurança em elação a estados limites últimos, através de uma única combinação ultima
excepcional de ações.
Deve ser considerado apenas nas estruturas em que haja risco de ocorrência de estados limites já
na fase de construção. É transitório e sua duração deve ser definida em cada caso particular.
Devem ser consideradas todas as combinações de ações necessárias para verificação das
condições de segurança em relação a todos os estados limites que são passiveis de ocorrerem
durante a fase de construção.
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A NBR-8681 prescreve que nas combinações últimas (ELU), as ações permanentes devem
figurar em todas as combinações de ações. Elas são classificadas em:
Nessa combinação, uma das ações variáveis é considerada como a principal, admitindo-se que
ela atue com seu valor característico Fk; as demais ações variáveis são consideradas como
secundarias, admitindo-se que elas atuem com seus valores reduzidos de cominação ψ0 Fk. A
NBR-8681, em seu item 5.1.3.1, apresenta a Equação 1 que representa as combinações últimas
normais:
m ⎡ n ⎤
Fd = ∑
i=1
γ
gi . FGi,k + γq . ⎢ FQ1,k +
⎢ ∑ (ψ0j . FQj,k) ⎥
⎥
Equação 1
⎣ j=2 ⎦
Onde:
FGk,i – valor característico das ações permanentes.
FQ1,k – valor característico da ação variável considerada como principal para a combinação.
Ψ0j.FQj,k – valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações variáveis.
A NBR-6118 define em sua tabela 11.3 a Equação 2 para as combinações últimas normais,
relacionada com o esgotamento da capacidade resistentes para elementos estruturais de concreto
armado:
Observação: Para a perda do equilíbrio como corpo rígido ver tabela 11.3 da NBR-6118.
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A NBR-8681 (item 5.1.3.2) define essas combinações através da Equação 3, como segue:
m ⎡ n ⎤
Fd = ∑
i=1
γ gi . FGi,k + γq . ⎢ FQ1,k +
⎢ ∑ (ψ0j,ef . FQj,k) ⎥
⎥
Equação 3
⎣ j=2 ⎦
Onde:
FGi,k – valor característico das ações permanentes.
FQ1,k – valor característico da ação variável admitida como principal para a situação transitória
considerada.
Ψ0f,ef – fator de combinação efetivo de cada uma das demais variáveis que podem agir
concomitantemente com a ação principal FQ1, durante a situação transitória.
O fator Ψ0f,ef é igual ao fator Ψ0j adotado nas combinações normais, salvo quando a ação
principal FQ1 tiver um tempo de atuação muito pequeno, caso em que pode ser tomado co o
correspondente.
A NBR-6118 define em sua tabela 11.3 a mesma Equação 1 para as combinações últimas
especiais ou de construção.
Para a NBR-8681 as combinações últimas excepcionais são definidas pela Equação 4, como
segue:
m n
Fd = ∑ γgi . FGi,k + FQ,exc + γq.∑ ψ0j,ef . FQj,k
i=1 j=1
Equação 4
Onde:
FQ,exc – valor da ação transitória excepcional.
A NBR-6118 define em sua tabela 11.3 a Equação 5 para as combinações últimas excepcionais:
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Nas combinações de serviço (ELS) são consideradas todas as ações permanentes, inclusive as
deformações impostas permanentes e as ações variáveis correspondentes a cada um dos tipos de
combinações.
Segundo a NBR-8681 (item 11.8.3) elas são classificadas de acordo com sua permanência na
estrutura, como segue:
Podem atuar durante grande parte do período de vida da estrutura e sua consideração pode ser
necessária na verificação do estado limite de deformações excessivas.
Todas as ações variáveis são consideradas com seus valores quase permanentes Ψ2.FQk. A
Equação 6 indica como se processa o cálculo das solicitações nessa combinação:
m n
Fd,ser = ∑
i=1
F
Gi,k + ∑
j=1
ψ
2j . FQj,k Equação 6
Onde:
Fd,ser – valor de cálculo das ações para combinações de serviço;
Ψ2j – fator de redução de combinação quase permanente para ELS.
São combinações que se repetem muitas vezes durante o período de vida da estrutura e sua
consideração pode ser necessária na verificação dos estados limites de formação de fissuras,
estados limites de abertura de fissuras e estados limites de vibrações excessivas. Podem também
se consideradas para verificações de estados limites de deformações excessivas decorrentes de
vento ou temperatura que podem comprometer as vedações.
A ação variável principal FQk é tomada com seu valor freqüente Ψ1.FQ1,k e todas as demais ações
variáveis são tomadas com seus valores quase-permanentes Ψ2.FQk. A Equação 7 indica como
se processa o cálculo das solicitações nessa combinação:
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m n
Fd,ser = ∑
i=1
FGi,k + ψ1j . FQ1,k + ∑
j=2
ψ2j . FQj,k Equação 7
Onde:
Ψ1 – fator de redução de combinação frequente para ELS.
Ocorrem algumas vezes durante o período de vida da estrutura e sua consideração pode ser
necessária na verificação do estado limite de formação de fissuras.
A ação variável principal FQ1 é tomada com seu valor característico FQ1,k e todas as demais ações
variáveis são tomadas com seus valores freqüentes Ψ1.FQk. A Equação 8 indica como se processa
o cálculo das solicitações nessa combinação:
m n
Fd,ser = ∑
i=1
FGi,k + FQ1,k +∑ ψ1j . FQj,k
j=2
Equação 8
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6. ESTÁDIOS DE FLEXÃO
6.1 Estádio I
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6.2 Estádio II
Define-se estádio II como sendo aquele em que o concreto não mais resiste à tração e surgem as
primeiras fissuras na peça. Apesar de existir um trecho próximo da linha neutra ainda resistindo
à tração, sua contribuição será desprezada e admitir-se-á que toda região abaixo da linha neutra
de tensões está fissurada. Portanto, para o cálculo no estádio II, todo esforço de tração deve ser
resistido agora pela armadura. No estádio II o diagrama de tensões de compressão ainda varia
linearmente, crescendo do valor zero, na linha neutra, para um valor máximo na borda
comprimida.
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Quando a estruturas de concreto armado estão sujeitas às ações de serviço normalmente elas
trabalham dentro do estádio II. Nesse estádio também pode ser calculado o momento de
fissuração (Mr) da peça, que equivale ao momento fletor que causa o aparecimento da primeira
fissura no elemento.
O estádio III é definido como sendo a fase em que o concreto comprimido está na ruptura, ou
seja, estado limite último de ruptura do concreto por compressão. Admite-se que as tensões de
compressão na seção transversal das peças tenham uma distribuição de acordo com o diagrama
parábola-retângulo ou com o diagrama retangular de tensões.
Nas verificações dos Estados Limites Últimos, admite-se a peça de concreto armado trabalhando
nesse estádio, com a distribuição de tensões de compressão representadas pelo diagrama
retangular ou parábola-retângulo de tensões.
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7. CÁLCULO EM SERVIÇO
O cálculo em serviço é feito pelo método clássico, que decorre da adaptação das hipóteses que
regem a teoria clássica da Resistência dos Materiais às peças de concreto. As equações que
regem o cálculo em serviço de flexão consideram, em geral, equilíbrio, compatibilidade de
deformações e as leis constitutivas dos materiais. Para que se apliquem ao concreto essas
hipóteses é necessário transformar a seção heterogênea, composta de concreto e de aço, em uma
seção homogênea, através dos processos de homogeneização indicados a seguir.
Para a aplicação do método clássico de cálculo, a presença de dois materiais distintos na mesma
seção transversal é considerada através da homogeneização da seção transversal, tomando-se
como referência o material concreto. A homogeneização da seção consiste em considerar no
lugar da área de aço existente (As), uma área de concreto equivalente (Aceq), ou seja, uma área
fictícia de concreto que forneça a mesma resultante (Rs) que atue na posição da área de aço (As).
Esse procedimento é desenvolvido considerando as hipóteses de linearidade física para os dois
materiais (Lei de Hooke) e uma perfeita aderência entre ambos. A área fictícia de concreto (Aceq)
pode ser obtida a partir da manutenção da condição de equilíbrio do sistema:
Es
Rs = As.εs.Es = Aceq.εc.Ec → Aceq = .As = αe.As Equação 9
Ec
Desse modo as tensões na seção transversal podem ser obtidas através da equação clássica da
Resistência dos Materiais:
M
σc = .y
I1
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A profundidade da linha neutra (X1) no estádio I pode ser obtida fazendo o momento estático da
seção homogeneizada em relação à linha neutra igual à zero:
(h − X1) X12
M s,LN = b.(h − X1). − b. +(αe − 1).As.(d − X1) = 0
2 2
b.h 2
+(αe − 1).As.d
Equação 10
X1= 2
b.h+(αe − 1).As
Onde:
X1 – profundidade da linha neutra no estádio I.
b – largura da seção;
h – altura total da seção;
d – altura útil da seção;
As – área de aço da seção;
αe = Es/Ec.
Pode-se então calcular a rigidez do elemento nesse estádio considerando a seção homogeneizada
e a contribuição do concreto na resistência à tração. Assim, o momento de inércia (I1) da seção
no estádio I fica:
2
b.h 3 ⎛ h⎞
I1 = +b.h. ⎜ X1 − ⎟ + (αe − 1).As.(d − X1)2 Equação 11
12 ⎝ 2⎠
Onde:
I1 – momento de inércia da seção homogeneizada no estádio I;
X1 – profundidade da linha neutra no estádio I.
Quando se adota a suposição que todo o concreto da região tracionada está sendo desprezado e o
esforço de tração é resistido somente pelas armaduras, tem-se a fase que é nomeada de estádio II
puro. Para o cálculo da posição (x) da linha neutra no estádio II puro, impõe-se o momento
estático da seção homogeneizada, em relação à linha neutra, igual a zero. O cálculo da
profundidade da linha neutra pode ser encontrado em Ghali & Favre (1986), para vigas de seção
retangular, como segue:
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X2
M s,LN = b.X2. − (αe − 1).As.(d − X2) = 0
2
b
.X2 2 +(αe − 1).As.X2 − (αe − 1).As.d = 0 Equação 12
2
b.X23
+(αe − 1).As. ( d − X2 )
2
I2 = Equação 13
3
Onde:
- I2 → Momento de inércia da seção homogeneizada no estádio II;
- X2 → Posição da LN no estádio II.
Nas seções mais solicitadas, onde há fissuração, a peça apresenta um comportamento de estádio
II. Porém, à medida que se afastam dessas regiões, as seções não-fissuradas se encontram no
estádio I. Assim, um procedimento mais coerente consiste em considerar um grau de fissuração
intermediário entre o de peça não-fissurada e o de peça completamente fissurada. Deve-se
utilizar uma rigidez equivalente, situada entre a do estádio I e a do estádio II, pois a peça
apresenta regiões fissuradas e regiões entre fissuras, configurando uma situação intermediaria
entres os dois estádios. Para essa situação, podem ser empregadas as expressões de Branson:
⎛ Mr ⎞
2,5 ⎡ ⎛ ⎛ Mr ⎞ 2,5 ⎞ ⎤
Xe = ⎜ ⎟ . X 1 + ⎢1 − ⎜ ⎜ ⎟ ⎟⎟ ⎥. X 2 ≤ X 1
⎝ Md , rara ⎠ ⎜
⎢⎣ ⎝ ⎝ Md , rara ⎠ ⎠ ⎥⎦
⎛ Mr ⎞
3 ⎡ ⎛ ⎛ Mr ⎞ 3 ⎞ ⎤
Ie = ⎜ ⎟ .I 1 + ⎢1 − ⎜⎜ ⎜ ⎟ ⎟ ⎥ .I 2 ≤ I 1
⎝ Md , rara ⎠ ⎢⎣ ⎝ ⎝ Md , rara ⎠ ⎟⎠ ⎥⎦
Onde:
Xe,Ie – posição efetiva da linha neutra e momento de inércia efetivo.
X1,I1 – posição da linha neutra e momento de inércia no estádio I.
X2,I2 – posição da linha neutra e momento de inércia no estádio II.
Mr – momento de fissuração.
Md,rara – momento calculado para combinação rara das ações.
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8. FISSURAÇÃO
Diversas são as circunstâncias que podem acarretar a formação de fissuras, que de um modo
geral podem ser divididas em dois grandes grupos:
9 Fissuras produzidas por solicitações devidas ao carregamento: são causadas por ações
diretas de tração, flexão ou cisalhamento;
9 Fissuras não produzidas por carregamento: são causadas por deformações impostas (ações
indiretas), tais como retração, variação de temperatura e recalques diferenciais.
As fissuras podem ainda ocorrer por outras causas, como retração plástica térmica ou devido a
reações químicas internas do concreto nas primeiras idades, devendo ser evitadas ou limitadas
por cuidados tecnológicos, especialmente na definição do traço e na cura do concreto.
Deve-se observar que o risco e a evolução da corrosão do aço na região das fissuras de flexão
transversais à armadura principal dependem essencialmente da qualidade e da espessura do
concreto de cobrimento da armadura (item 7.6 da norma).
O processo de oxidação das armaduras é lento em meio básico e rápido em meio agressivo
(ácido). Um dos efeitos do ar ao penetrar pelas fissuras é diminuir a basicidade do concreto ao
provocar a carbonatação da cal. Com a queda do PH de 12-13 para 9-8, ocorre o favorecimento
da oxidação.
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Segundo CÂNOVAS, a oxidação do aço pode causar um aumento significativo de seu volume
inicial, produzindo tensões internas no concreto que podem ultrapassar sua resistência à tração e,
consequentemente, um agravamento do estado de fissuração com o descobrimento total da
armadura.
Visando obter bom desempenho relacionado à proteção das armaduras quanto à corrosão e à
aceitabilidade sensorial dos usuários, busca-se controlar as aberturas dessas fissuras. A abertura
máxima característica Wk das fissuras, desde que não exceda valores da ordem de 0,2mm a
0,4mm, não tem importância significativa na corrosão das armaduras passivas, conforme item
13.4.2 da norma e indicados na Tabela 4.
O estado limite de abertura das fissuras (ELS-W) corresponde ao instante em que as fissuras se
apresentam com abertura máxima característica (wk).
A NBR-6118 (13.4.2) considera que se a abertura máxima característica (wk) das fissuras não
exceder valores da ordem de 0,2mm a 0,4mm, sob ação das combinações freqüentes de serviço,
não têm importância significativa na corrosão das armaduras passivas, observando as classes de
agressividade ambiental (CAA) definidas item 6.4.2 da NBR-6118 e resumidamente indicadas na
Tabela 4.
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Define-se como momento de fissuração (Mr), o momento fletor capaz de provocar o surgimento
da primeira fissura na peça de concreto fazendo com que o elemento de concreto trabalhe
parcialmente do estádio I e parcialmente no estádio II. Esse momento, que representa o nível de
solicitação que corresponde à passagem do estádio I para o estádio II, pode ser obtido pela
Equação 14 segundo o item 17.3.1 da NBR-6118.
α ⋅ f ct ⋅ I c
Mr = Equação 14
yt
Onde:
- Ic → momento de inércia da seção bruta de concreto;
- yt → distância do centro de gravidade à fibra mais tracionada;
- fct → Resistência à tração direto do concreto (item 8.2.5).
A NB1-6118 (item 17.3.3.3) considera que para se dispensar a avaliação da grandeza da abertura
de fissuras (wk) e atender ao estado limite de fissuração (0,3mm para o concreto armado), um
elemento estrutural deve ser dimensionado respeitando as restrições da Tabela 5 quanto ao
diâmetro máximo (φmax) e ao espaçamento máximo das armaduras (Smax), bem como as
exigências de cobrimento e armadura mínima da norma. A tensão na barra (σs) deve ser
determinada no estádio II.
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O cálculo da tensão de tração (σsi) que ocorre em cada barra de aço nos elementos sujeitos à
flexão (vigas e lajes) deve ser feito no estádio II, como segue:
σ si σ cs σ si M d , freq
ε s = ε cs → = → σ cs = = ⋅ (d − X 2 )
Es Ec αe I2
α e ⋅ M d , freq ⋅ (d − X 2 )
⇒ σ si = Equação 15
I2
Onde:
- εcs → deformação no concreto na seção homogeneizada, na fibra correspondente à armadura tracionada
(As);
- σsi → tensão no aço tracionado;
- σcs→ tensão no concreto na seção homogeneizada, na fibra correspondente à armadura tracionada (As);
- Md,freq → momento fletor calculado para combinação freqüente das ações;
- αe → relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto;
- X2 → Posição da LN no estádio II;
- I2 → Momento de inércia da seção no estádio II.
M d , freq Equação 16
σ si =
0,80 ⋅ d ⋅ As
A NBR-6118 (item 17.3.3.2) indica que o valor da abertura das fissuras pode sofrer a influência
de restrições às variações volumétricas da estrutura, difíceis de serem consideradas, além de
sofrer também a influência das condições de execução da estrutura.
Por essas razões, os critérios apresentados a seguir devem ser encarados como avaliações
aceitáveis do comportamento geral do elemento, mas não garantem avaliação precisa da abertura
de um fissura específica.
Para cada elemento ou grupo de elementos das armaduras que controlam a fissuração do
elemento estrutural, deve ser considerada uma área Acr do concreto de envolvimento, constituída
por um retângulo cujos lados não distam mais de 7,5Φ do eixo da barra da armadura, conforme
Figura 7:
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Compressão X (LN)
≤7φi Região de
Linha Neutra envolvimento de
φi com área Acri
≤7φi
Tração φi (Asi)
Armadura de Pele
tracionada da viga φj
O valor característico da abertura de fissuras (wk) determinado para cada parte da região de
envolvimento é o menor entre os obtidos através da Equação 17 dada pela NBR-6118 (17.3.3.2):
⎧ φ i σ si ⎛ 4 ⎞
⎪ . .⎜ + 45 ⎟ (a)
⎪12,5.η1 Esi ⎝ ρ ri ⎠
⎪
wk ≤ ⎨ Equação 17
⎪ φ i σ 3.σ
⎪ . si . si (b)
⎪⎩12,5.η1 Esi f ctm
Com:
Asi
ρ ri =
Acri
Onde:
Φi, σsi, Esi, ρsi – definidos para cada área de envolvimento em exame;
Φi – diâmetro da barra que protege a região de envolvimento considerada;
σsi – tensão de tração no CG da armadura considerada, calculada no estádio II, com αe=15;
Esi – módulo de elasticidade do aço da barra φi considerada (210.000 MPa);
ρsi – taxa de armadura aderente em relação à área da região de envolvimento (Acri) (figura 8);
2/3
fctm – resistência média do concreto à tração: fctm = 0,3. fck ( MPa);
η1 – coeficiente de conformação superficial da armadura considerada (ver Tabela 6);
≤ 7,5φi
φi
Acri ≤7,5φi
A Equação 17 (a) baseia-se na aplicação na teoria dos tirantes fictícios, ou seja, parte de um
estudo de abertura de fissuras em uma viga submetida a um esforço de tração centrada em um
tirante e, através de aproximações, estende-se os resultados obtidos para vigas submetidas a
esforços de flexão. Essa teoria é valida para peças com taxas de armadura iguais ou maiores do
que a relação entre a resistência do concreto à tração e a tensão atuante em serviço (ρ ≥ fctk/σs),
ou seja, para peças com alta taxa de armadura, ou com armadura pelo menos igual à armadura
mínima.
Nas vigas usuais, com altura menor que 1,20m, pode-se considerar atendida a condição de
abertura de fissuras em toda a pele tracionada, se a abertura de fissuras calculada na região das
barras mais tracionadas for verificada e se existir uma armadura lateral (armadura de pele) que
atenda ao item 17.3.5.2.3 da norma, como segue:
¾ A armadura mínima lateral (de pele) dever ser de 0,10% Ac,alma em cada face da alma da viga
e composta por barras de alta aderência (η1≥2,25) com espaçamento não maior que 20cm nem
que 15φi.
¾ Em vigas com altura igual ou inferior a 60cm, pode ser dispensada a utilização da armadura
de pele.
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Dentre as providências que podem ser tomadas nos casos em que as aberturas nominais das
fissuras ultrapassam os respectivos valores limites, destacam-se:
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9. DEFORMAÇÕES
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ii) Deformações que não dependem do carregamento: essas deformações não são função do
carregamento imposto e não têm direção definida. São decorrentes da variação de volume
causadas por retração e por variação de temperatura.
O efeito da retração numa peça de concreto armado sob flexão caracteriza-se pela contração
diferencial das faces do elemento, resultando em flechas. Esta contração diferencial é devida ao
fato de que nas regiões onde há armadura, a contração é parcialmente impedida, provocando o
abaulamento da peça. O mesmo abaulamento pode ser causado por variações de temperatura.
Neste caso, uma face do elemento expande mais do que a outra, por apresentar maior
temperatura.
Para a NBR-6118 (item 17.3.2.1) o cálculo de flechas em vigas de concreto armado deve ser
desenvolvido com base nas seguintes considerações:
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determinadas no estádio I, desde que seus esforços não superem aquele que dá início à
fissuração, e no estádio II quando o ultrapassarem.
Para uma avaliação aproximada da flecha imediata em vigas pode-se utilizar a expressão de
rigidez equivalente indicada pela NBR-6118 (item 17.3.2.1.1) e dada a seguir:
⎧ Mr ⎞ 3 ⎡ ⎛ Mr ⎞3 ⎤ ⎫⎪
( EI )eq = Ecs. ⎨⎪⎜⎛ ⎟ .Ic + ⎢1- ⎜ ⎟ ⎥ .I2 ⎬ ≤ Ecs.Ic Equação 18
⎪⎩⎝ M a ⎠ ⎢⎣ ⎝ Ma ⎠ ⎥⎦ ⎭⎪
Onde:
(EI)eq – rigidez equivalente da viga fissurada;
Ic – momento de inércia da seção bruta de concreto;
I2 – momento de inércia da seção no estádio II (fissurada);
Ma – momento fletor na seção crítica do vão considerado (momento máximo no vão para vigas biapoiadas
ou contínuas e momento no apoio para balanços);
Mr – momento fletor de fissuração do elemento estrutural, cujo valor deve ser reduzido à metade quando
se usar barras lisas: ver Equação 14;
Ecs – módulo de elasticidade secante do concreto.
A flecha adicional diferida (fad), decorrente das cargas de longa duração em função da fluência,
poderá ser calculada de maneira aproximada pela multiplicação da flecha imediata (fi) pelo fator
αf, como indicado a seguir:
Equação 19
f ad = αf .fi
Onde:
Δξ
αf =
1+50.ρ'
Com:
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A's
Δξ = ξ(t) - ξ(t 0 ) e ρ' =
b.d
Valores o coeficiente ξ:
Onde:
t – tempo, em meses, em que se deseja o valor da flecha diferida;
t0 – idade, em meses, em que se aplicou a carga de longa duração.
No caso de parcelas da carga de longa duração serem aplicadas em idades diferentes, pode-se
tomar para t0 o valor ponderado a seguir:
t0 = ∑
Pi .t 0i
∑ Pi
Onde:
Pi – representa as parcelas de carga;
T0i – é a idade em que se aplicou cada parcela de carga.
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Equação 20
f f = (1+αf ).fi
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10. BIBLIOGRAFIA
AMERICAN CONCRETE INSTITUTE (1992). ACI 318: Building code requirements for
reinforced concrete. Detroit, Michigan.
MacGREGOR, James G. (1992). Reinforced concrete: Mechanics and design. 2.ed. Englewood
Cliffs, New Jersey, Prentice Hall. 848p.
ARAÚJO, José Milton de (1999). Curso de concreto armado. 1.ed. Rio Grande, Editora Dunas.
v.3.
SÁNCHEZ, Emil. (1999). Nova normalização brasileira para o concreto estrutural. 1.ed. Rio de
Janeiro, Editora Interciência Ltda.
BRANSON, D. E. (1968). Procedures for computing deflections. ACI Journal, 65. New York,
setembro.
GHALI, A. & FAVRE,R. (1986). Concrete structures: stresses and deformations. Londres,
Chapman $ Hall.
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11. ANEXOS
Tabela 9 – Valores de cortante (V), momentos (M) e flechas (δ) para vigas.
⎛L ⎞
V = p. ⎜ − X⎟
⎝ 2 ⎠
p.X
M= (L − X)
2
δ=
p.X
24EI
( L − 2LX + X )
3 2 3
⎛L ⎞
V = p. ⎜ − X⎟
⎝2 ⎠
M=
p
12
( 6LX − L − 6X )
2
2
p.X
δ= ( L − X )2
24EI
⎛ 3L ⎞
V = p. ⎜ − X⎟
⎝ 8 ⎠
⎛ 3L X ⎞
M = p.X. ⎜ − ⎟
⎝ 8 2⎠
2
p.X
δ= ( L − X )2
24EI
V = − p.X
2
p.X
M= −
2
δ=
p
24EI
( X4 − 4L 3 X + 3L 4 )
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Continuação da Tabela 9
Pb (0)
V= − P X −a
L
PbX (1)
M= − P X −a
L
P ⎛ PX 3 abX (3) ⎞
δ= ⎜ − ( 2L − a ) − X −a ⎟⎟
6EI ⎜⎝ L L ⎠
Pb2
V= 3
( L+2a ) − P X −a (0)
L
2
Pab Pb2X (1)
M= − + 3 ( L+2a ) − P X −a
2 L
L
2 3 2 2
P ⎛b X 3ab X (3) ⎞
δ= ⎜⎜ 3 ( L+2a ) −
2
− X −a ⎟⎟
6EI ⎝ L L ⎠
Pb2
V= 3
( 2L+a ) − P X −a (0)
2L
2
Pb X
M=
3
( 2L+a ) − P X −a (1)
2L
2 3 2
P ⎛b X 3ab X (3) ⎞
δ= ⎜⎜ 3 ( 2L+a ) − − X −a ⎟⎟
6EI ⎝ 2L 2L ⎠
(0)
V= −P X −a
(1)
M= −P X −a
δ=
P
6EI
(3b2X − 2L3 +3aL2 − a3 − X−a (3) )
(0) (n)
Se X < a → X −a =0 Se X < a → X −a =0
(0) (n)
Se X > a → X −a =1 Se X > a → X −a = ( X −a )(n)
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