Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Setembro de 1998
LISTA DE TABELAS................................................................................................................................... ii
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 1-1
1.1 Antecedentes.................................................................................................................. 1-1
1.2 Estrutura do Pavimento e Secção Transversal...............................................................1-2
1.3 Processo de Dimensionamento......................................................................................1-2
i
LISTA DE TABELAS
ii
LISTA DE FIGURAS
iii
1-1
1. INTRODUÇÃO
1.1 Antecedentes
É de notar, à partida, que existem limitações relativas ao uso do presente guião, em particular as
seguintes:
Para manter este Guião facilmente utilizável, a maior parte da informação foi reduzida ao
essencial. Embora se tenham feito esforços para garantir que todas as considerações práticas
de dimensionamento sejam abordadas, encoraja-se vivamente os utilizadores a familiarizarem-
se com outros documentos mais abrangentes sobre o dimensionamento de pavimentos, os quais
possam fornecer conhecimento adicional sobre o processo.
1
A guide to the structural design of bitumen-surfaced roads in tropical and sub-tropical countries . 1993. Crowthorne, UK:
Transport Research Laboratory. (Overseas Road Note, RN31)
2
Structural design of flexible pavements for inter-urban and rural roads. 1996. Pretoria, SA: Department of Transport.
(Technical Recommendations for Highways, Draft, TRH4).
A Figura 1.1 mostra a secção transversal tipo de um pavimento e a estrutura nominal do mesmo,
a fim de definir alguma da terminologia utilizada. A geometria específica da secção do pavimento
é definida separadamente pela aplicação quer dos padrões da SATCC, quer de outros padrões
regionais aceitáveis.
Este Guião centra-se apenas na obtenção da configuração de camadas mais apropriadas para
formar a estrutura do pavimento, mas devem cumprir-se as seguintes condições inerentes, para
que o pavimento funcione correctamente:
(i) Estimativa da carga de tráfego acumulada prevista para o período de vida útil da estrada;
(ii) Definição da capacidade de suporte da fundação sobre a qual a estrada será construída.
(iii) Definição do clima nominal de funcionamento (húmido ou seco).
(iv) Determinação de todos os aspectos práticos que irão influenciar o dimensionamento do
pavimento.
(v) Selecção das possíveis estruturas de pavimento.
2.1 Generalidades
A vida útil projectada é o período durante o qual se espera que a estrada suporte o tráfego a um
nível satisfatório de serviço, sem exigir grandes trabalhos de reabilitação ou reparação. Está
implícito, no entanto, que certos trabalhos de manutenção serão realizados ao longo deste
período, a fim de se atingir a vida útil prevista. A manutenção visa principalmente manter o
pavimento em bom estado operacional, e inclui actividades de manutenção de rotina e
resselagem periódica conforme necessário.
A ausência deste tipo de manutenção conduziria quase certamente a falhas prematuras (antes
da vida útil prevista) e a uma perda significativa do investimento inicial.
Recomenda-se uma vida útil máxima de 20 anos para estes pavimentos, após o que se espera
que a estrada necessite de um reforço, mas tenha ainda uma boa capacidade de suporte (e
valor) residual. Inversamente, recomenda-se uma vida útil mínima de 10 anos como um limite
prático por razões económicas, na maioria dos casos.
A escolha da vida útil dependerá de uma série de factores e incertezas, e deve ser especificada
pelo projectista com base em todas as informações disponíveis, mas na maioria das vezes deve
ser de 15 ou de 20 anos. A Tabela 2.1 dá alguma orientação sobre a escolha.
É importante notar que pode haver pouca diferença na estrutura do pavimento relativamente a
dois períodos de vida útil distintamente diferentes, sendo sempre útil verificar o tráfego de
dimensionamento estimado para diferentes períodos.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Estimativa da carga de tráfego
2-2
(ii.) Estimativa do número de veículos em diferentes categorias que compõem o valor inicial de
TMDA.
As categorias normais compreendem carros/pequenas carrinhas, veículos ligeiros de
mercadorias (incluindo os de tracção a 4 rodas, camionetas e mini-buses/combis); camiões
(que normalmente incluem várias subclassificações para diferenciar os veículos rígidos dos
articulados, camiões com reboques, e várias configurações multi-eixo típicas da área), e
autocarros. Estas classificações já devem existir em cada região e devem constituir a base
para esta estimativa.
(iii.) Previsão, para cada categoria de tráfego, do fluxo de tráfego unidireccional acumulado
esperado durante a vida útil.
Isto significa assumir metade do valor obtido no passo (ii) e projectá-lo a uma taxa de
crescimento escolhida, calculando o valor total acumulado ao longo do período de
dimensionamento. As taxas de crescimento situam-se, normalmente, no intervalo de 2 a 15
por cento por ano, e os valores escolhidos devem basear-se em todos os indicadores
disponíveis, incluindo dados históricos e tendências socioeconómicas.
A fórmula seguinte, usando o fluxo de tráfego médio diário durante o primeiro ano (não o
valor obtido à data da abertura da estrada ao tráfego, mas sim a média projectada para o
ano), dá o total acumulado:
Onde
DT é o tráfego acumulado de dimensionamento numa categoria de veículos, numa direcção,
e
T = é a média diária de tráfego numa categoria no primeiro ano (numa direcção)
r = taxa de crescimento média assumida, em percentagem por ano
p = período de dimensionamento expresso em anos.
(iv.) Utilização de dados de carga estática por eixo para determinar os factores de dano (efeito
destrutivo) causados pelo veículo médio (ESAs por cada classe de veículo).
Estes factores são determinados por conversão dos dados de cargas por eixo em
ESAs/categoria de classificação dos veículos e, em seguida, calculando um valor médio
representativo. Em alguns casos, haverá diferenças nítidas em cada um dos sentidos,
devendo ser calculados factores de danos em cada sentido.
Neste documento não se indicam factores de dano médios dos veículos para diferentes
classes de veículos, pois as classificações de veículos, utilização, grau de sobrecarga e
limites legais são susceptíveis de variar em toda a região. Todos estes factores irão
influenciar os factores médios, e considera-se imprudente propor neste documento valores
susceptíveis de serem inapropriados.
Usa-se a seguinte fórmula para converter cargas por eixo reais em ESAs:
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Estimativa da carga de tráfego
2-3
Onde:
F é o factor de equivalência de carga em ESAs, e
P = carga por eixo (em kg ou kN)
n = expoente de dano (efeito destrutivo) relativo
Para veículos que utilizam configurações multi-eixos (como eixos duplos e triplos), algumas
agências introduzem outros factores para obter as equivalências de carga modificadas com
base no facto de estes grupos de eixos poderem ser menos prejudiciais do que a soma de
cada um dos eixos tal como obtidos acima. Dentro dos limites do conhecimento actual e da
fiabilidade de dados, e de forma a manter o cálculo simples, recomenda-se que nenhum
desses processos adicionais seja adoptado nesta fase. line
A Tabela 2.2 indica os valores de "n" recomendados para os pavimentos neste Guião, e a
Tabela 2.3 apresenta os factores de equivalência de carga para diferentes cargas por eixo e
valores de "n" obtidos através da Equação 2. A combinação base/sub-base do pavimento em
material estabilizado com cimento/material granular não é utilizada neste Guião, nem
recomendada, devido a muitos exemplos de mau desempenho resultante da prematura
fissuração (fendilhamento) e deterioração da base estabilizada com cimento.
Tabela 2.3: Factores de equivalência de carga para diferentes grupos de carga por
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Estimativa da carga de tráfego
2-4
eixo, em ESAs.
(v.) Conversão dos fluxos de tráfego unidireccional acumulado no número total acumulado de
ESAs em cada sentido
O valor total dos ESAs em cada sentido é a soma dos ESAs de cada categoria de veículos,
obtidos a partir do passo (iii) acima, usando os factores do passo (iv).
A carga de tráfego de dimensionamento real (ESAs) é então calculada a partir do exposto acima,
utilizando a largura das vias e o tipo de estrada previstos, com vista a finalizar a determinação das
prováveis necessidades do projecto. A Tabela 2.4 fornece a base para a carga de tráfego de
dimensionamento, utilizando os valores nominais totais para cada sentido, conforme determinado
acima.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Estimativa da carga de tráfego
2-5
No caso das faixas duplas não é recomendável adoptar projectos diferentes para as diferentes
vias, pela principal razão que, para além das questões práticas, haverá ocasiões em que
provavelmente o tráfego seja obrigado a mudar para a via rápida, ou outra via, devido a
necessidades de reparação. Isso poderia, então, conduzir à deterioração acelerada das vias
rápidas e quaisquer economias no custo inicial poderiam ser fortemente ultrapassadas por
despesas futuras e pela perda de operacionalidade da estrada.
(ii.) Converter o valor inicial de ESAs em ESAs acumulados em cada sentido, durante o período
de vida útil.
Pode usar-se a Equação 1, na qual a média diária de ESAs prevista para o primeiro ano
conforme o passo (i) é utilizada para o período variável T. O resultado, DT, é, então, o total
dos ESAs acumulados num determinado sentido. A carga de tráfego de dimensionamento é,
então, obtida da Tabela 2.4 nos moldes descritos anteriormente.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Estimativa da carga de tráfego
2-6
Intervalos T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8
de tráfego
(milhões de < 0.3 0.3 - 0.7 0.7 - 1.5 1.5 - 3 3-6 6 - 10 10 - 17 17 - 30
ESAs)
A menor classe de tráfego, T1, para tráfego de dimensionamento de menos de 0,3 milhões de
ESAs, é considerada como um mínimo prático, uma vez que espessuras realistas de camadas,
bem como as especificações dos materiais tendem a excluir estruturas mais leves para menor
tráfego. Em qualquer caso, o actual nível de conhecimento sobre o comportamento do pavimento
limita as possibilidades de dimensionamento racional de tais estruturas mais leves.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Estimativa da carga de tráfego
3-1
3.1 Generalidades
A capacidade de suporte da fundação é o segundo factor mais importante, para além da carga
do tráfego, que determina a configuração estrutural do pavimento. Assume-se neste guião, que
as primeiras fases da determinação de secções nominalmente uniformes, em termos de
condições da infra-estrutura já terão sido realizadas. Isto pode ser feito com base em estudos
geológicos e estudos das propriedades do solo, em conjunção com outras estudos físicos, tais
como o teste do Cone de Penetração Dinâmica (CPD, ou na sigla do inglês, DCP) ou testes de
capacidade de suporte in situ, ou qualquer outro meio que permita uma análise realista. A
Secção 5.8 aborda o uso geral do CPD.
Intervalos de S1 S2 S3 S4 S5 S6
CBR da
Fundação
2 3-4 5–7 8 - 14 15 - 29 30+
(%)
Da mesma forma, sempre haverá variações consideráveis entre os resultados das amostras, o
que torna difícil decidir sobre o valor de dimensionamento. Isto torna-se ainda mais complicado
devido à exigência de que a resistência assumida para a fundação está disponível até alguma
profundidade: uma camada fina de material, nominalmente de alta resistência, sobre um material
muito mais fraco, não irá fornecer o bom suporte esperado.
Estas orientações mantêm-se propositadamente tão simples quanto possível, o que significa que
são fornecidos detalhes limitados. Se forem necessárias informações mais detalhadas, sugere-
se a RN31 como a fonte primária de referência.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Determinação da capacidade de suporte da
fundação
3-2
Deve recorrer-se em primeiro lugar a todo o conhecimento local disponível acerca da fundação,
a zona e as condições prevalecentes na determinação do teor de humidade nominal. Deve fazer-
se amostragem directa se houver uma clara compreensão de como o teor de humidade da
amostra representa a condição mais húmida susceptível de ocorrer. Se essa informação
específica não estiver disponível, ou se for considerado necessário complementar as
informações disponíveis, sugere-se a seguinte abordagem para determinar o teor de humidade
de dimensionamento.
b) Áreas onde os níveis freáticos são normalmente profundos, a precipitação é baixa (digamos,
menos de 250 milímetros por ano), não ocorre estação húmida diferenciada, ou outros
indicadores sugerem reduzida possibilidade de ocorrência de humidade significativa na
fundação:
Use o teor de humidade determinado a partir da seguinte fórmula, baseada no teor óptimo
de humidade (OMC) determinado a partir do teste de compactação T-99 AASHTO (Proctor):
Onde
OMC é o teor óptimo de humidade determinado a partir do teste de compactação T-99 AASHTO
(Proctor), e a simples relação resulta de uma investigação exaustiva das características de
compactação (Semmelink, 19913).
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Determinação da capacidade de suporte da
fundação
3-3
Sempre que houver evidências de que maiores densidades podem ser realisticamente
atingidas durante a fase de construção (a partir de medições no campo sobre materiais
semelhantes, de informações comprovadas, ou de qualquer outra fonte), uma densidade
mais elevada deverá ser especificada pela Fiscalização. Esta maior densidade também deve
ser utilizada na classificação de CBR da Tabela 3.2, em vez dos 100 por cento do valor
MDD.
Pode haver casos em que, por causa dos elevados teores de humidade de compactação no
campo (superiores ao OMC), deficiências do material ou outros problemas, as condições dos
provetes para o ensaio CBR não sejam realistas. Nesses casos, a Fiscalização tem que
especificar uma meta mais baixa para a densidade e/ou maior teor de humidade no lugar
das condições de moldagem dos provetes da Tabela 3.2 para representar com maior
fidelidade as condições prováveis no terreno.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Determinação da capacidade de suporte da
fundação
3-4
Em alguns casos, a variação nos resultados pode dificultar a escolha. Em tais casos,
recomenda-se que, em primeiro lugar, o processo de teste laboratorial seja verificado para
garantir a uniformidade (para minimizar a variação inerente decorrente, por exemplo, da
secagem inconsistente das amostras). Em segundo lugar, deve-se testar mais amostras para
obter uma base mais fiável para a escolha.
Uma boa regra prática baseada na experiência é usar a percentagem acumulada dos 10 por
cento (10.º percentil) como um guia para a classe da fundação, com base na probabilidade
de apenas 10 por cento dos valores reais do CBR serem menores do que o valor de CBR
indicado. Neste caso, a regra dos 10 por cento indica um CBR de aproximadamente 4,5 por
cento, confirmando assim que a classe da fundação S2 é mais adequada do que a S3.
Percentagem de amostras com CBR
menor do que um dado CBR
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Determinação da capacidade de suporte da
fundação
3-5
respectiva classe
S1 S2 S3 S4 S5 S6
Deve ser claramente entendido que as profundidades mínimas indicadas na Tabela 3.3 não são
profundidades previstas para serem recompactadas e novamente trabalhadas. Pelo contrário,
essas são as profundidades em relação às quais a Fiscalização deve confirmar que o valor
nominal da capacidade de suporte da fundação está garantido. Em geral, deve evitar-se
trabalhos desnecessários na fundação limitando-os à passagem de cilindro antes da construção
de camadas sobrejacentes.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Determinação da capacidade de suporte da
fundação
4-1
4.1 Generalidades
Os factores que terão influência na selecção acima referida, para além de considerações
climáticas gerais, incluem também os regimes de drenagem e manutenção previstos para a
estrada. É um facto básico que, para qualquer estrada, a frequente entrada de água nas
camadas de pavimento irá resultar em deterioração indesejada sob acção do tráfego. Portanto, a
taxa e o grau de tal deterioração também dependerão do nível do tráfego.
Embora o requisito subjacente para qualquer estrada seja a existência de uma boa drenagem e
a implementação de um programa eficiente de manutenção para garantir que a água não
penetre no pavimento, as condições da vida real podem nem sempre corresponder a estas
necessidades.
Quaisquer regiões que não se ajustem ao disposto acima devem ser consideradas como
predominantemente húmidas. Em consonância com a discussão anterior, existem alguns outros
factores que devem ter influência na selecção de modelos apropriados, e a Tabela 4.1 fornece
algumas orientações para tal. Dependendo das condições prováveis de manutenção e
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Definição de condições húmidas ou secas
4-2
drenagem, a Tabela 4.1 indica que conjunto de catálogos de dimensionamento pode ser
adequado. Contudo, a Fiscalização deve rever todos os factores predominantes na sua escolha
final.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Definição de condições húmidas ou secas
5-1
5. CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS
5.1 Generalidades
As secções anteriores forneceram orientação para o projectista na escolha dos parâmetros das
classes de tráfego, classificação da capacidade de suporte da fundação e condições nominais.
Estes são os principais factores utilizados para entrar no Catálogo do Apêndice C, para
determinar as estruturas de pavimento adequadas.
Até agora, porém, não se tomou em consideração outros factores que terão uma influência
prática sobre a escolha final de possíveis estruturas de pavimento. O mais importante destes é a
disponibilidade, quer em termos de quantidade, quer de qualidade, de materiais para construção
de estradas. Outros factores incluem a topografia geral, bem como a utilização de métodos
locais aprovados para a construção de camadas de estradas. Cada um destes factores
influenciará a escolha final do pavimento.
Embora os requisitos de especificações gerais devam ser cumpridos, e alguns destes são
indicados no Apêndice A e Apêndice C, pode também haver necessidade de a Fiscalização os
rever à luz de condições locais específicas. Esta secção tem por objectivo fornecer algumas
orientações a esse respeito.
Convém notar, porém, que está implicitamente assumido que se obterão materiais adequados
para revestimento betuminoso, sejam revestimentos superficiais (normalmente selagens simples
e duplas, incluindo variantes tais como “Cape seal” ou lamas asfálticas) ou misturas asfálticas
a quente. Estes não são, portanto, discutidos aqui.
Para os materiais granulares, apenas se especifica um requisito de resistência mínima, dado não
existirem geralmente desvantagens em atingir resistências mais elevadas, sendo o desempenho
a longo prazo provavelmente melhor nesses casos. Contudo, em conformidade com discussões
anteriores, deve notar-se que a densidade alcançada é criticamente importante, se se pretende
minimizar a deformação resultante do tráfego subsequente.
O revestimento do tipo “Cape seal” consiste na aplicação de um revestimento superficial simples seguido da aplicação de uma
ou duas camadas de lama asfáltica. (Nota da Tradução)
Deve ser reconhecido à partida que a utilização de camadas estabilizadas com cimento só será
normalmente considerada, se não estiverem disponíveis localmente materiais granulares
adequados. A primeira consideração é, portanto, determinar que materiais locais poderiam ser
utilizados de modo viável, e como estes poderiam satisfazer os requisitos nominais da tabela 5.1,
sem processamento significativo (tal como britagem, crivagem e recombinação, estabilização
mecânica ou química).
Tendo em conta que o preço do transporte de materiais se torna um importante factor de custos
se os materiais tiverem que ser trazidos de uma certa distância para o local da obra, vale
geralmente a pena em termos de custos, tentar utilizar os materiais locais, mesmo que isso exija
alguma forma de processamento. Conforme indicado anteriormente, este pode tomar várias
formas, mas a escolha é, declaradamente, uma questão de custo e economia e, na maioria dos
casos, o projectista do pavimento deve seleccionar materiais em conformidade com esses
aspectos.
Tratamento com cal ou qualquer outro ligante hidráulico (geralmente de 2 a 5 por cento em
peso): normalmente eficaz para reduzir elevados IPs; normalmente aumentará o CBR. A
carbonatação pode causar a longo prazo a reversão às propriedades originais, pelo que se
devem tomar alguns cuidados quando se usa este tratamento.
Tratamento simultâneo com emulsão betuminosa (normalmente de 0,7 a 1,5 por cento em
peso de betume residual) e cimento (normalmente de 1,0 por cento em peso): normalmente
aumentará a compactabilidade, resistência/CBR.
Tratamento com cal: pode aumentar o Limite Plástico (LP) e tornar os materiais friáveis/mais
estáveis; normalmente aumentará o CBR.
5.3 Terreno
O desempenho de uma estrada, em que as restantes condições são semelhantes, pode ser
influenciado pelo terreno, na medida em que o terreno ondulado ou montanhoso (nos quais se
encontram declives significativos,) tende a resultar em cargas significativamente maiores
relacionadas com o tráfego sobre superfícies e bases. Isto é razoavelmente comum em estradas
com o tráfego relativamente intenso (diga-se, classe T5 e superiores, com mais de 3 milhões de
ESAs), onde ocorrem a deterioração do revestimento e a formação de rodeiras. As rotas em que
são frequentes camiões sobrecarregados (cargas por eixo de 10 e mais toneladas) são
particularmente propensas.
Em tais situações, é imperativo que a compactação das camadas seja extremamente bem
controlada e, idealmente, acima dos padrões mínimos. É também aconselhável que a camada
de revestimento seja resistente à deformação e, evidentemente, esteja bem aderente à base,
para evitar defeitos prematuros devido ao descolamento e deslizamento induzido pelo tráfego na
interface.
Uma base betuminosa combinada com um revestimento em mistura asfáltica a quente pode ser
(e geralmente é) utilizada para criar uma espinha dorsal estável, relativamente rígida e resistente
à deformação, o que também pode ocultar possíveis deficiências de compactação nas camadas
subjacentes, que podem ocorrer devido a condições de trabalho difíceis. Vale a pena recorrer ao
uso de ligantes betuminosos especiais que podem ajudar a inibir a formação de rodeiras
provocadas por veículos pesados, devendo, em primeira instância, ser seguidas as indicações
do fornecedor do betume.
Também é comum observar que problemas induzidos pela humidade, que levam a possíveis
falhas prematuras locais, ocorrem em cortes e em curvas verticais côncavas (depressões),
enfatizando a necessidade de uma atenção especial à drenagem e manutenção nesses locais.
Embora o processo de dimensionamento deva contabilizar a quantidade das cargas por eixo dos
veículos pesados para a determinação da carga de tráfego de dimensionamento (Secção 2), os
efeitos específicos sobre o pavimento das cargas anormais por eixo excessivamente pesadas
devem ser considerados na finalização do dimensionamento.
Nesses casos, que devem ser tratados de acordo com a situação específica, algumas das
abordagens possíveis incluem:
Para estradas com tráfego extremamente pesado, devem ser utilizados outros métodos de
dimensionamento existentes, e é aconselhável que o projectista de pavimentos consulte as
práticas em uso no Reino Unido, EUA e Austrália, para além do Manual Sul-Africano TRH42.
Durante o levantamento inicial do terreno, o CPD pode auxiliar na determinação do estado actual
da fundação, em conjunto com o indicador normal e testes CBR e, portanto, na delimitação de
secções uniformes para o dimensionamento. Similarmente, durante a construção, o CPD pode
ser usado para monitorar a uniformidade das camadas, particularmente em termos de densidade
in situ. Também pode ser utilizado por si só como uma ferramenta de dimensionamento, tendo
sido desenvolvido um método para essa aplicação5.
Embora o CPD seja vulgarmente usado para estimar CBRs in situ a partir de taxas nominais de
penetração (mm/pancada), esta técnica só deve ser usada quando tenham sido especificamente
desenvolvidas correlações para o aparelho CPD utilizado. É sabido que são de utilização comum
vários tipos diferentes de CPD, com diferentes tipos de cones e de aplicação de energia
dinâmica. Se forem usados com correlações de CBR erradas, obter-se-ão estimativas
incorrectas de CBR. Uma vez que as alterações no teor de humidade irão influenciar a taxa de
penetração a uma dada densidade, a Fiscalização deve assegurar que se toma em consideração
este factor se o CPD for utilizado para a estimativa do CBR.
Contudo, o CPD não deve ser utilizado especificamente como base para determinar a aprovação
de trabalhos de construção (i.e., para verificar a conformidade da densidade ou resistência com
os requisitos de especificação): esta deverá ainda ser realizada utilizando os métodos
padronizados de teste apropriados.
O conjunto (ou conjuntos) de estruturas de pavimento apropriado(s) pode(m) ser acedido(s) com
base nas classificações do tráfego de dimensionamento (da Secção 2) e condições da fundação
(da Secção 3), e o projectista pode analisar as alternativas para fazer a escolha final (ver Nota
para a Construção, abaixo).
Como referido na introdução, o projectista deve considerar a estrutura escolhida, como sendo
uma de entre muitas possibilidades que poderão fornecer um serviço adequado para as
condições de dimensionamento consideradas. Por isso, recomenda-se que, quando possível, a
estrutura proposta seja revista em termos das condições específicas, e à luz das práticas locais
comprovadas (ou outras adequadas). Isto poderá possibilitar um aperfeiçoamento criterioso da
estrutura para a optimizar para as condições prevalecentes.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Selecção de possíveis estruturas de
pavimento
6-2
Embora não abordado neste documento, o projectista deve estar consciente que se definiria
como mais económica ou mais eficiente do ponto de vista de custos a estrada que minimiza o
custo total do empreendimento durante o seu período de vida útil. Factores que seriam incluídos
nessa análise são o custo inicial de construção, os custos de manutenção, os custos do
utilizador da estrada e qualquer valor residual assumido no fim do período de vida útil do
projecto.
Para efeitos práticos, onde os detalhes desta natureza não estejam disponíveis, não sejam
fiáveis, ou de alguma forma sejam considerados desnecessários, pode assumir-se que a
comparação de custos iniciais (de construção) fornecerá uma boa base para a selecção final das
estruturas de pavimento deste Guião.
Ambos os factores têm um efeito marcante sobre o desempenho posterior da estrada, e deve
fazer-se todo o esforço para alcançar a melhor compactação e ligação entre as camadas.
Devem seguir-se as boas práticas locais para materiais específicos e equipamento de
compactação, onde for considerado adequado. Deve promover-se monitoria e verificações, que
forneçam a confirmação da construção satisfatória das camadas.
Código de Boas Práticas para o Dimensionamento de Pavimento de Estradas Selecção de possíveis estruturas de
pavimento
7-1
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. Structural design of flexible pavements for inter-urban and rural roads. 1996. Pretoria, SA:
Department of Transport. (Technical Recommendations for Highways Draft TRH4).
[Dimensionamento estrutural de pavimentos flexíveis para estradas interurbanas e rurais;
Recomendações Técnicas para Estradas Principais – TRH4, Versão preliminar]
3. SEMMELINK, C.J. 1991. The effect of material properties on the compactibility of some
untreated roadbuilding materials. PhD dissertation, University of Pretoria, South Africa. [O
efeito das propriedades dos materiais na compactabilidade de alguns materiais de construção
rodoviária não tratados; tese de doutoramento]
4. Code of Practice for Pavement Rehabilitation. 1998. Maputo, Mozambique: Southern Africa
Transport and Communications Commission (SATCC). [Código de Práticas para Reabilitação de
Pavimentos].
5. DE BEER, M. 1991. Use of the dynamic cone penetrometer in the design of road structures.
Proceedings of the 10th Regional Conference for Africa on Soil Mechanics and Foundation
Engineering. Maseru, Lesotho. [Uso do cone de penetração dinâmica no dimensionamento de
pavimentos de estradas; Comunicações da 10a Conferência Regional para África sobre
Mecânica dos Solos e Engenharia das Fundações]
6. Standard specifications for road and bridge works. 1998. Maputo, Mozambique: Southern
Africa Transport and Communications Commission (SATCC). [Especificações para Obras
/Trabalhos em Estradas e Pontes]
7. Draft guidelines on the use of bitumen emulsion treated materials. 1998. Cape Town, SA.
Southern African Bitumen Association (Sabita). [Ante-Projecto das directrizes para o uso de
materiais tratados com emulsões betuminosas].
8. Surfacing seals for rural and urban roads. 1998. Pretoria, SA: Department of Transport.
(Technical Recommendations for Highways Draft TRH3). [Revestimentos superficiais para
estradas rurais e urbanas; Recomendações Técnicas para Estradas Principais – TRH3, Versão
preliminar].
9. Subsurface drainage for roads. 1994. Pretoria, SA: Department of Transport. (Technical
Recommendations for Highways Draft TRH15). [Drenagem subterrânea de estradas;
Recomendações Técnicas para Estradas Principais – TRH15]
MATERIAIS
A-1
APÊNDICE A : MATERIAIS
A.1 Introdução
Por isso, a informação aqui apresentada deve ser considerada como orientação geral, a qual
também pode constituir uma base para a consideração do uso de materiais que, de outro modo,
poderão não cumprir plenamente os requisitos da especificação.
Este apêndice aborda os materiais por classes nas seguintes secções: sem adição de ligante,
estabilizados com ligante hidráulico e betuminoso.
Uma vasta gama de materiais pode ser utilizada para bases sem ligante. Estes incluem rocha ou
pedra britada, que ocorre naturalmente como cascalhos “escavados”, e diversas combinações de
britagem e crivagem, estabilização mecânica, ou outra modificação. A sua aptidão para uso
depende principalmente da classe de tráfego de dimensionamento do pavimento e do clima, mas
todos os materiais para base devem ter uma granulometria e forma das partículas que
proporcionem alta estabilidade mecânica. Em particular, devem ter suficiente material fino
(material que passa no peneiro de 0,425 milímetros) para produzir um material denso quando
compactado.
Nos casos em que vários tipos de base são apropriados, a escolha final deveria ter em conta o
nível esperado de manutenção futura e o custo total durante o período de vida previsto para o
pavimento. Encoraja-se a utilização de materiais disponíveis localmente, em particular para
baixos volumes de tráfego (i. e., categorias T1 e T2).
Para estradas com baixo volume de tráfego, os requisitos da especificação podem ser
demasiado rigorosos e deve fazer-se referência aos estudos de casos específicos, de
preferência para estradas em condições semelhantes, para se decidir sobre a adequação dos
materiais que não cumprem completamente os requisitos da especificação.
“Tout-venant” é uma expressão francesa muito usada em Moçambique para designar agregado britado de granulometria extensa.
(N.Trad.)
natural, rochas ou pedras, aos quais se pode adicionar uma certa quantidade de agregado
natural fino.
Após a britagem, o material deve ser angular, mas não excessivamente lamelar, a fim de
promover uma boa interligação e um bom desempenho. Se a quantidade de agregado fino
produzido durante a britagem for insuficiente, pode ser utilizada areia não plástica adicional para
corrigir a deficiência.
Ao construir uma base de agregado britado, o objectivo deve ser atingir a máxima densidade e
alta estabilidade sob condições de tráfego. A durabilidade do agregado é normalmente avaliada
por ensaios de resistência ao esmagamento, mas estes não são tão discriminantes como o teste
de resistência ao desgaste (‘Los Angeles’), que é o método preferido.
O requisito primordial para o uso de tais materiais é o alcance de um valor mínimo de CBR
embebido de 80 por cento, à densidade e teor de humidade in situ, e a conservação desta
resistência em serviço (longa durabilidade) sem indesejáveis mudanças de volume do material.
Há alguma discussão adicional na sub-secção sobre materiais potencialmente problemáticos,
apresentada abaixo.
Também deve ser claramente entendido que as granulometrias são para indicação e não
cumprimento obrigatório: material fora dos limites granulométricos que satisfaça a resistência
CBR e os requisitos de durabilidade a longo prazo deverá ser considerado aceitável. Por outras
palavras, os critérios de desempenho são o parâmetro crítico na selecção dos materiais.
Sempre que o desempenho exigido não puder ser alcançado consistentemente por um
determinado material de empréstimo, é admissível a mistura de materiais provenientes de
diferentes fontes, a fim de alcançar as propriedades exigidas, podendo a mistura incluir o
acréscimo de materiais finos ou grossos, ou combinações dos dois.
3
. A classificação CBR é utilizada no presente documento como sendo o método mais amplamente adoptado a nível regional para
materiais sem ligante. Quando são utilizados outros métodos (como o Ensaio Triaxial Texas), pode ser necessária orientação
adicional na correlação com materiais locais. Contudo, como regra prática, os materiais locais já considerados como tendo
qualidade para "base" ou "sub-base", de acordo com a utilização e o desempenho anteriores, deverão cumprir os requisitos
nominais de CBR do presente documento. O critério principal é, então, garantir que um grau satisfatório de compactação seja
atingido no terreno, para minimizar a consolidação induzida pelo tráfego e falhas prematuras devidas a rodeiras.
Onde for necessária a mistura de materiais diferentes, tem-se verificado que uma elevada
proporção de partículas grossas (mais de 10 mm de diâmetro) deve ter faces angulares,
irregulares ou britadas, uma vez que isso ajuda na interligação das partículas e na estabilidade.
Pela mesma razão, deve manter-se tão baixa quanto possível a quantidade de partículas de
agregado lisas e arredondadas, de preferência não acima de 50 por cento do volume das
partículas grossas.
Os finos devem ser preferencialmente não plásticos, mas como norma nunca devem exceder um
IP de 6, ou uma retracção linear de 3. Se houver dificuldades no cumprimento destes critérios,
poderia tentar-se a adição de uma baixa percentagem de cal hidratada ou cimento.
Identificar esses materiais pode ser difícil com os testes normais de classificação
dos agregados, pelo que se deve utilizar outros métodos (incluindo análise
depois o agregado fino espalhado sobre a superfície. A espessura de cada camada compactada
não deve ultrapassar o dobro da dimensão nominal do agregado grosso.
Para o macadame a seco, os finos são vibrados para penetrarem nos vazios e produzir uma
camada densa. No macadame hidráulico, os finos são compactados e regados para o interior da
camada, a fim de produzir um material denso. Qualquer material restante solto é varrido e a
compactação final é realizada normalmente com um cilindro pesado de rastos lisos.
Esta sequência (pedras grandes, compactação, preenchimento de vazios) é então repetida até
se alcançar a espessura de projecto. Pode conseguir-se economia de produção se forem usadas
simultaneamente camadas compostas por agregados de dimensão nominal de 50 mm e
camadas de agregados de dimensão nominal de 37,5 mm, para permitir que a espessura total
necessária seja obtida com mais precisão e fazer uma melhor utilização global da produção da
instalação de britagem.
A dureza dos agregados, a sua durabilidade, a forma das partículas e a densidade in situ devem
estar de acordo com as utilizadas para o agregado britado de granulometria extensa.
Devido ao método de construção dos macadames, a superfície acabada pode ser relativamente
ondulada e para se atingir uma qualidade aceitável de rodagem, pode ser necessária uma
camada de regularização em asfalto, assim como um revestimento. Geralmente, é mais
económico e agradável para a mão-de-obra usar um agregado britado de granulometria extensa
devidamente especificado, o que irá proporcionar uma superfície de rodagem mais bem
acabada.
A execução de macadame hidráulico nem sequer deve ser considerada onde materiais plásticos,
sensíveis à água, são utilizados na sub-base ou na fundação, pois é praticamente impossível
impedir a penetração de humidade (ou mesmo a saturação) durante a construção. Se este
método de construção da base for utilizado, ele deve ser implementado sobre uma sub-base
estabilizada, o que irá minimizar os riscos de danos às camadas subjacentes.
Um valor mínimo de CBR de 30 por cento é exigido a 95 por cento da densidade AASHTO
modificada (método de teste T-180). Sempre que a carga de tráfego ou o clima durante a
construção forem severos, aconselha-se a Fiscalização a especificar requisitos mais rigorosos.
De um modo geral, quanto mais pobres forem as condições, menores devem ser os limites do
índice de plasticidade (IP) e da retracção linear, e maior será a necessidade de um material com
melhor qualidade e bem graduado. Inversamente, para condições menos severas,
particularmente em áreas mais secas, pode considerar-se justificável alguma flexibilização
desses requisitos.
Os requisitos são menos rígidos do que para as sub-bases, sendo o principal critério o valor
mínimo de CBR de 15 por cento a 93 por cento da densidade AASHTO modificada (método de
teste T-180), ao teor de humidade máximo previsível em serviço. A estimativa deste teor de
humidade deve ter em conta as funções da camada sobrejacente, sub-base, e a sua condição de
humidade esperada, assim como as condições de humidade da fundação. Se qualquer uma
destas camadas é susceptível de ficar saturada durante a vida útil da estrada, então o leito do
pavimento (última camada, seleccionada, da fundação) deverá também ser avaliado nesse
estado.
Esta secção fornece orientações sobre o uso de materiais estabilizados com ligante como
camadas de base e sub-base na estrutura do pavimento. Neste documento, o termo "materiais
estabilizados com ligante" cobre as principais categorias de tratamento ou de estabilização com
cimento Portland, o tratamento com cal e o tratamento com emulsão betuminosa.
Para uma discussão mais completa sobre estes materiais, recomenda-se a Nota Rodoviária 31
(RN31)1 como uma fonte sobre tratamentos com cimento e cal. Para tratamento com emulsão
betuminosa, a Southern African Bitumen Association, Sabita (Associação do Betume para a
África Austral) da África do Sul está actualmente a desenvolver directrizes para a utilização
desses materiais, que deverão estar disponíveis até Abril de 1998.
A utilização de outros materiais com propriedades ligantes naturais (pozolanas), tais como cinzas
de combustível pulverizado (PFA, cinzas volantes resultantes da queima de carvão), não é
discutida especificamente aqui, embora algumas das considerações de projecto sejam
semelhantes às dos materiais aqui considerados. Aconselha-se a Fiscalização a apoiar-se na
experiência local comprovada e em consultoria especializada, se o uso de pozolanas puder ser
justificado.
Os potenciais problemas ou perigos latentes com estes tipos de materiais, de que a Fiscalização
deve estar consciente no âmbito da sua aplicação, incluem:
Resultados em pavimentos utilizando materiais tratados com emulsão betuminosa indicam que
este tipo de material é imune aos primeiros dois potenciais problemas, mas é mais caro e exige
maiores níveis de capacidade de execução e de controlo durante a construção (em comparação
com materiais estabilizados com cimento) para alcançar resultados satisfatórios.
Por esta razão, é actualmente prática comum definir os limites mais alto e mais baixos para a
resistência desses materiais, para minimizar os efeitos nocivos da fissuração, com base no facto
de a formação de fissuras menos espaçadas, mas de menor abertura (que ocorrem com
materiais de menor resistência), ser mais desejável do que a formação de fissuras mais
espaçadas, mas de maior abertura (que ocorrem em materiais com teor de cimento mais
elevado).
Este último tipo de fissuração causa uma perda muito maior da integridade estrutural da camada,
bem como maior susceptibilidade à reflexão das fissuras através das camadas sobrejacentes,
aumentando também o potencial para a indesejável penetração de humidade no pavimento.
Como orientação, o material adequado para o tratamento com cimento terá normalmente um
Índice de Plasticidade (IP) baixo (inferior a 10), com uma granulometria razoavelmente contínua.
Materiais com IPs mais elevados podem primeiramente ser tratados com cal (modificados), antes
do tratamento com cimento. O tratamento directo com cimento de materiais com IPs mais
elevados será provavelmente insatisfatório.
Deverão fazer-se ensaios de misturas em laboratório, sempre que tal tratamento pareça ter
potencial, para uma série de teores de cimento (normalmente 2, 4 e 6 por cento em peso), com
teores de humidade adequados para uma mistura no terreno e para uma densidade seca que
reflicta a provável compactação no terreno.
Deve fazer-se uma cura húmida durante sete dias a 25 C, em que as amostras estejam seladas
com cera, ou envolvidas numa película aderente de plástico e fechadas em sacos plásticos,
mantidas fora do contacto directo da luz do sol, para representar as condições in situ. Isto
permite o ganho da resistência que deverá ser alcançada na prática, durante a cura in situ.
No entanto, o ensaio de resistência deve ser feito após mais quatro horas de imersão
(novamente a 25 C), com as amostras testadas directamente a partir do “banho-maria”, para
representar o pior cenário de condições operacionais. Em regiões secas, onde a possibilidade de
saturação da camada é considerada neglegenciável, pode ser mais realista permitir alguma
secagem antes do ensaio (digamos, 24 horas a 25 C, mantidas fora do alcance da luz directa do
sol).
No caso de uso de provetes com uma relação de altura para largura/diâmetro de 2:1, os
intervalos correspondentes devem ser 0,6 a 1,2 MPA e 1,2 a 2,4 MPA.
O catálogo (Apêndice C) indica os intervalos de resistência específica que devem ser utilizados,
dependendo da camada de aplicação (sub-base ou base) e, para alguns modelos, inclui uma
exigência de 3 a 5 MPA de resistência não confinada (UCS). Isto deve ser determinado a partir
do mesmo processo. As resistências limites correspondentes para os provetes com uma rela ção
de altura para largura/diâmetro de de 2:1 são 2,4 a 4 MPA, respectivamente.
Em certas regiões a cal é produzida em pequena escala, em fornos locais, enquanto em outras
ela pode estar comercialmente disponível em grande escala. O controlo de qualidade dos
produtos pode diferir consideravelmente, pelo que a Fiscalização deve primeiramente confirmar
que tanto o ritmo de produção como a sua qualidade são satisfatórios para as necessidades
identificadas. Duas categorias principais de cal podem ser produzidas: cal hidratada e não
hidratada (cal viva). O uso de cal viva é fortemente desaconselhado devido aos riscos para a
saúde, e seu uso para a construção de estradas já é proibido em vários países.
adição de cal, em especial a solos húmidos, são rápidos e a reacção química leva a aumentos
na resistência e traficabilidade desses materiais.
O tratamento com cal pode ser utilizado tanto para a construção de bases como de sub-bases,
adoptando os mesmos limites de resistência para materiais tratados com o cimento (como
indicado acima), e há muitos exemplos da sua utilização com sucesso em todo o sub-continente.
Na selecção do teor de cal para uso como sub-base, deve seguir-se o mesmo procedimento
utilizado para a adição de cimento Portland, tal como acima descrito, com a diferença principal
no tempo de cura permitido. Para a cal, deverão ser 11 dias de cura húmida em vez de 7 dias.
Os ensaios devem então ser realizados após uma imersão posterior de 4 horas, tal como
indicado para o material tratado com cimento.
Note-se que para o controlo de resistência durante a construção, o regime de cura acima é
impraticável, e a Fiscalização deverá determinar limites mínimos de resistência aos 7 dias para
este propósito.
A abordagem adoptada com sucesso na África do Sul é o uso de emulsão aniónica estável a 60
por cento, normalmente aplicada em 1 a 3 por cento em peso (teores residuais de betume
correspondentes a 0,6 e a 1,8 por cento), combinada com a adição de 1 por cento de cimento
Portland normal.
A natureza exacta da reacção não é ainda clara, mas admite-se que a emulsão ajude
inicialmente na compactação (conduzindo a uma maior densidade e resistência do que material
não tratado), em seguida o cimento leva a emulsão a romper, e o efeito combinado do betume e
do cimento contribui para um ganho de resistência a longo prazo.
Contudo, é certo que este tipo de tratamento pode, de uma maneira geral, melhorar as
características de cascalhos naturais e material local para construção de estradas, permitindo
assim a utilização de material de menor qualidade que de outra forma não cumpriria os requisitos
especificados. O Guião da Sabita6 dá orientação e detalhes sobre esta abordagem.
Como indicado na Secção 6 do Guião, a utilização deste tipo de material tratado é actualmente
recomendada apenas até determinados níveis de tráfego, simplesmente porque a técnica tem
um historial relativamente curto. Existe, no entanto, um bom número de trechos de estrada na
África do Sul que já estão em serviço há mais de 10 anos (e alguns há mais de 20), em alguns
casos com tráfego substancial, não tendo sido relatadas quaisquer falhas.
Por isso, aconselha-se a Fiscalização, a usar a devida discrição, e encoraja-se esta a considerar
a inclusão de trechos experimentais, a fim de estabelecer um registo de desempenho numa
determinada região.
Não se discutem aqui especificamente as regas de impregnação e regas de colagem, mas o seu
uso correcto é implicitamente assumido nas aplicações de camadas betuminosas.
O uso de alcatrão como ligante não é especificamente excluído da discussão seguinte, mas o
seu uso não é encorajado, devido aos riscos de saúde reconhecidos como agente cancerígeno.
Apela-se vivamente a que todos os Estados-membros se esforcem por eliminar
progressivamente a utilização de alcatrão e por o substituir por ligante betuminoso à base de
petróleo.
A mistura deve ser concebida para proporcionar uma elevada resistência à deformação
(rodeiras), alta resistência à fadiga, boa degradação de carga (alta rigidez), e boa durabilidade,
embora suficientemente trabalhável durante a construção para permitir a compactação
satisfatória.
Os “rolled asphalts” diferem dos betões betuminosos por serem menos grossos e mais finos, usarem betumes mais duros, terem
teor de betume mais elevado e deverem grande parte da sua capacidade de suporte ao mastique asfáltico constituído pela mistura
dos seus finos com o betume. (N. Trad.)
Obviamente, quanto mais severo for o ambiente operacional, particularmente o relacionado com
os factores referidos acima, mais rigorosa deverá ser a especificação exigida. Portanto, a
Fiscalização deverá recorrer à consultoria especializada para a definição da especificação da
mistura betuminosa para uma aplicação específica.
Deverá dar-se especial atenção à selagem de quaisquer fissuras que possam aparecer durante
a vida útil da estrada, a fim de prevenir deterioração prematura, geralmente resultante de
penetração de água nas camadas subjacentes.
como agente aglutinante e selante. O ligante betume-borracha (no qual borracha natural e/ou
sintética, obtida principalmente de pneus velhos, é misturada com um betume) também tem sido
utilizado com sucesso para proporcionar um ligante resiliente, durável e com maior resistência à
deformação e fissuração. O seu uso pode ser adequado em estradas com tráfego mais pesado,
onde a sobrecarga dos veículos é significativa, ou onde há deflexões elevadas.
Brita monogranular, rija e durável é normalmente utilizada para proporcionar uma superfície de
rodagem antiderrapante. Mais recentemente, selagens com agregados de granulometria
contínua (selagens do tipo “Otta seal”) têm mostrado muito bons resultados sob tráfego ligeiro,
possibilitando o uso economicamente mais eficaz de um material com requisitos de construção
menos exigentes.
Revestimentos superficiais simples podem ser extremamente eficientes quando utilizados para
resselar pavimentos revestidos existentes, enquanto revestimentos superficiais duplos deverão
ser usados em novas construções. Onde as condições de carga de tráfego são particularmente
Em Moçambique é preferível a utilização de betumes de penetração (N. Trad.)
A acção normal de correcção seria a aplicação de uma resselagem, como parte de um programa
de manutenção periódica, e isto deve ser considerado como um requisito padrão que deverá ser
tido em conta aquando da escolha da estrutura do pavimento. Falhas na manutenção dos
revestimentos superficiais podem, portanto, conduzir a uma redução da vida útil do pavimento.
DRENAGEM E BERMAS
B-1
B.1 Introdução
O desempenho satisfatório a longo prazo de uma estrada é influenciado tanto pela drenagem
como pelas bermas. A execução de drenagem adequada tem claramente um efeito directo sobre
a probabilidade de qualquer uma das camadas do pavimento ser afectada negativamente pela
penetração de água. As bermas contribuem tanto para a drenagem eficiente da água superficial
para fora da estrutura do pavimento, como para o apoio lateral providenciado à estrutura,
impedindo a deterioração dos materiais das camadas durante a circulação do tráfego.
Este apêndice fornece algumas orientações sobre esses dois factores, para garantir o
desempenho satisfatório de uma estrada durante a sua vida útil. Ao projectista do pavimento é,
no entanto, recomendado ter pleno conhecimento das orientações pormenorizadas sobre os
aspectos de drenagem abordados no documento sul-africano TRH15 9, bem como de quaisquer
guiões locais sobre estes aspectos.
B.2 Drenagem
Há evidência de que também se obtêm benefícios com a utilização de declives mais acentuados
nas camadas a diferentes profundidades do pavimento.
Assim, idealmente o topo da sub-base deverá ter um declive de 3-4 por cento (o mesmo mínimo
que para a faixa de rodagem) e o topo da fundação deverá ter 4-5 por cento. Estes declives não
só melhoram o desempenho da drenagem das várias camadas, mas também proporcionam uma
espessura de material um pouco maior na borda do pavimento, onde a estrutura é mais
vulnerável a danos (nota: a espessura de projecto deve ser a espessura na linha central do
pavimento).
Quando são utilizados materiais permeáveis na base, deve dar-se atenção especial à drenagem
desta camada. Idealmente, a base e sub-base deverão estender-se a toda a largura das bermas
até às valetas. Em nenhuma circunstância deverá ser utilizado um perfil transversal em
escavação (do tipo "trincheira"), no qual as camadas do pavimento estão confinadas entre
bermas impermeáveis contínuas. Isto levará, sem dúvida, a um "efeito de piscina", em que a
água fica presa no interior das camadas do pavimento, deteriorando-se estas rapidamente sob a
acção do tráfego.
Se não for possível estender o material da base e sub-base a toda a largura da berma, uma
camada de drenagem contínua de material permeável (geralmente de 75 a 100 mm de
espessura) pode ser aplicada por baixo da berma, de modo que o fundo da camada de
drenagem fique ao nível do topo da sub-base. Isto é muito eficiente e altamente recomendado.
Se a própria sub-base for permeável e puder drenar livremente, é preferível dar lugar à
drenagem vertical. Isto pode ser alcançado se se garantir que cada camada do pavimento é mais
permeável do que a camada acima, mas nem sempre isso é viável.
Portanto, a questão mais importante é que a estrutura da estrada seja projectada para permitir a
saída de água das camadas e que nenhuma barreira inadvertidamente construída impeça a livre
drenagem. Deverá fazer-se uma análise completa das permeabilidades dos diversos materiais
de construção, a fim de definir se estabelecer o melhor método de drenagem.
B.3 Bermas
Para as bases estabilizadas com ligante as larguras das bermas podem ser reduzidas, se
necessário, e em algumas situações em que larguras de construção possam ser limitadas (por
exemplo, zonas montanhosas), isto pode influenciar a selecção da estrutura do pavimento.
Onde haja um grande volume de tráfego não motorizado, a largura de berma deve ser
aumentada para um mínimo de 3,0 m, para manter seguro e desimpedido o fluxo de tráfego
motorizado.
Para excluir a água da estrada, o topo das bermas deverá ser impermeável e recomenda-se um
revestimento superficial ou outro revestimento impermeável. Bermas revestidas impedem a
entrada de água no bordo do pavimento, que é uma área particularmente vulnerável a danos
estruturais. Em regiões húmidas, a impermeabilização das bermas (mesmo quando estas têm
apenas um metro largura) deve ser considerada como essencial.
Bermas não revestidas não são geralmente recomendadas porque exigem manutenção
considerável, para garantir um desempenho satisfatório. Elas podem ser adequadas em regiões
secas, mas em geral deverão ser aplicadas selagens.
Onde a base e sub-base não podem ser alargadas para formar as bermas, o material da berma
deve ser seleccionado usando os mesmos critérios que numa estrada revestida com material
granular, ou que numa sub-base para suportar o tráfego de construção. Assim, o material deve
ser suficientemente resistente para suportar veículos ocasionais e deve ser tão coesivo quanto
possível, sem ser demasiado fraco quando húmido.
Para bermas revestidas em pendentes, deve ser utilizado material com qualidade de base, para
evitar ruína precoce resultante da circulação de veículos pesados na berma, se não se puderem
tomar precauções adequadas (tais como faixas de ultrapassagem) no projecto geométrico.
É também muito desejável que pelo menos o limite exterior da berma seja capaz de sustentar o
crescimento de ervas rasteiras (capim), que ajudam a fixar a superfície e a evitar a erosão. Em
estradas rurais onde as bermas raramente precisam de suportar tráfego, pode obter-se um
excelente desempenho da berma se toda ela estiver coberta de capim.
Nestas circunstâncias, é necessário que o capim seja cortado regularmente, para evitar que o
nível da berma passe acima do nível da ligação berma-faixa, onde aquele possa penetrar na
estrutura da estrada e causar enfraquecimento estrutural.
CATÁLOGO DE DIMENSIONAMENTO
C-1
C.1 Introdução
LEGENDA:
Revestimento superficial ou mistura betuminosa a quente, como indicado
Base granular (CBR saturado > 80%) Ver Apêndice A e as Especificações
Sub-base granular (CBR saturado > 30%) para detalhes
Leito do pavimento (CBR saturado > 15%)
Nota: 50 mm de mistura betuminosa a quente podem ser reduzidos para 40 mm, onde a experiência local
mostre que isso é adequado
LEGENDA:
Revestimento superficial ou mistura betuminosa a quente, como indicado
Base granular (CBR saturado> 80%)
Sub-base superior com ligante (UCS 7 dias 3 – 5 MPa)
Sub-base com ligante (UCS 7 dias 1,5 – 3,0 MPa)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)
Nota: 50 mm de mistura betuminosa a quente podem ser reduzidos para 40 mm, onde a experiência
local mostre que isso é adequado
LEGENDA:
Revestimento superficial
Base com ligante (UCS 7 dias 1,5 – 3,0 MPa)
Sub-base com ligante (UCS 7 dias 0,75 – 1,5 MPa)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)
LEGENDA:
Revestimento superficial ou mistura betuminosa a quente, como indicado
Base betuminosa
Sub-base granular (CBR saturado> 30%)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)
Nota: 50 mm de mistura betuminosa a quente podem ser reduzidos para 40 mm, onde a experiência
local mostre que isso é adequado
LEGENDA:
Revestimento superficial ou mistura betuminosa a quente, como indicado
Base betuminosa
Sub-base com ligante (UCS 7 dias 1,5 – 3,0 MPa)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)
LEGENDA:
Revestimento superficial ou mistura betuminosa a quente, como indicado
Base granular (CBR saturado> 80%)
Sub-base granular (CBR saturado> 30%)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)
LEGENDA:
Revestimento superficial ou mistura betuminosa a quente, como indicado
Base granular (CBR saturado > 80%)
Sub-base superior com ligante (UCS 7 dias 3 – 5 MPa)
Sub-base com ligante (UCS 7 dias 1,5 – 3,0 MPa)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)
LEGENDA:
Revestimento superficial ou mistura betuminosa a quente, como indicado
Base com ligante (UCS 7 dias 1,5 – 3,0 MPa)
Sub-base com ligante (UCS 7 dias 0,75 – 1,5 MPa)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)
Nota: 50 mm de mistura betuminosa a quente podem ser reduzidos para 40 mm, onde a experiência
local mostre que isso é adequado
LEGENDA:
Mistura betuminosa a quente
Base betuminosa
Sub-base granular (CBR saturado> 30%)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)
LEGENDA:
Mistura betuminosa a quente
Base betuminosa
Sub-base com ligante (UCS 7 dias 1,5 – 3,0 MPa)
Leito do pavimento (CBR saturado> 15%)