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A HIERARQUIA NA UMBANDA

Uma vez que você aceite participar de uma corrente


mediúnica, é necessário respeito à hierarquia da
casa. Disciplina. Você tem todo o direito de não
concordar com as decisões do Pai de Santos. Mas
enquanto participar da casa, deve seguir suas
orientações.

A hierarquia é fundamento da Umbanda, parte


central de sua organização. Ela é necessária para
manter a organização e harmonia dos trabalhos.
Isto porquê, a sua frente, deve estar alguém com
preparo e experiência necessária. Embora a
simplicidade seja uma das características da religião
de Umbanda, é preciso conhecimento de causa.

A Espiritualidade, por sua vez, é também


organizada. Ela é quem melhor compreende a
necessidade de hierarquia e disciplina. Os guias se
organizam em falanges, que é uma estrutura
bastante hierarquizada.
Caso você não concorde com alguma coisa,
converse com o seu dirigente. Explique a ele seu
ponto de vista. Mas, também, aceite que nem tudo
precisa ser da forma como achamos correto.
No entanto, caso esteja vendo algo que seja
absurdo, que destoe fortemente de seus princípios,
lembre-se de que você pode procurar um outro
espaço, afim com suas conceções.

Tudo há necessidade de equilíbrio. Não há mais


espaço, atualmente, para obediência cega. Não se
submeta àquilo que claramente está errado. Não
permita que sua fé ou sofrimento seja usado para
controlar. Procure estudar constantemente para
compreender a razão por detrás de cada
fundamento do terreiro.

Os dirigentes não possuem a obrigação de serem


perfeitos. Eles possuem os seus problemas e
aprendizados, assim como todos nós.
O terreiro não precisa ser perfeito também.
Ele é constituído de pessoas, todos em processo de
aprendizado. Em vez de alimentar a negatividade
com crítica e fofoca, pergunte-se como pode
contribuir mais com a casa.

A Umbanda é disciplina e humildade. Entenda, o


nosso objetivo no terreiro é prestar nossa caridade,
receber nossa dose de auxílio quando necessário.
Não estamos ali para medir forças com o dirigente
ou outras pessoas, para afirmar o ego ou provarmos
quanto evoluído somos. Apenas para fazer o bem
ao próximo. Isto tem que ser muito claro. A
Umbanda é uma coisa muito séria.

QUER FICAR NUM TERREIRO? REFLITA SOBRE


ALGUMAS COISAS...
1) Evite intimidades excessivas com irmãos do
terreiro. NUNCA ACABAM BEM!
2) Não tenha dúvidas sobre o fato de suas próprias
Entidades, o terem levado até aquela casa de Axé;
3) Fale menos e ouça mais;
4) Não participe de todas as conversas, não tenha
opinião formada sobre tudo o que acontece, nem
use de sua franqueza habitual com todos os
membros da Casa;
5) Procure se lembrar sempre dos bons momentos,
da sua caminhada espiritual, de todo sacrifício e de
todas as pessoas que participaram da sua obrigação
de camarinha;
6) Ame e confie em seu Pai/Mãe, mas seja
igualmente empático. Eles são humanos;
7) Busque sempre a verdade das coisas e mantenha
uma canal de comunicação respeitoso e aberto com
seu pai/mãe de santo;
8)Não invente mentiras e não crie movimentos
destrutivos, não compare, não conspire;
9) Entenda que está em uma família com muitos
filhos e entenda também, olhando para a sua
família biológica, no quanto é difícil lidar com um
número grande de pessoas diferentes;
10) Se flexibilize e não encare o seu umbigo como o
centro de todas as coisas do mundo;
11) Cultive o bom caráter e a verdade;
12) Se flexibilize novamente;
13) Vá para o terreiro por suas entidades, Não pelas
pessoas ou pensando nas pessoas que lá estarão,
mas por você;
14) Ouça e siga as orientações de seu Pai/Mãe,
mesmo quando não forem dadas diretamente à
você;
15) Pratique a escuta generosa e as boas palavras
sempre;
16) Aprenda com os erros dos outros, para não
cometer os mesmos erros !

DISSE UMA SABIA ANCIÃ CURANDEIRA:

Não são as costas que dóem, são as cargas que


depositam nelas.
Não dóem os olhos, dóem as injustiças registradas
por eles.
Não dói a cabeça, dóem os pensamentos.
Não dói o estômago, dói as emoções não digeridas.
Não dói a garganta, dói o que não se expressa, ou o
que se expressa com raiva.
Não dói o fígado, dói a raiva nele contida.
Não dói o coração, dói a falta de amor. E é
precisamente ele o amor, que contém o remédio
para tudo.

Umbanda Esquecida!!!
Antigamente, luxo era menos e simplicidade era
mais.
A festa de Exu era ritual e não um desfile de
superfluidades.
A gira dos Malandros não era um concurso de
samba.
Os Pretos Velhos davam seus conselhos, davam
passes e auxiliavam seus filhos, não vinham só por
vir.
Ser um médium pobre não era motivo para sentir
vergonha.
Usava-se Zelador, Zeladora, Dirigente Espiritual.…
mas hoje isso é sinônimo de pequeno, pouco...
Os médiuns iam no terreiro cumprir seu papel e
honrar seu compromisso... hoje o prazer da
paquera e da fofoca é essencial.
Tinha reunião para resolver as diferenças... hoje
nem isso.
Antes era diálogo, hoje monólogo.
As mulheres não eram desrespeitadas e diminuídas.
Os homens pegavam no pesado sem pestanejar.
Todos louvavam os Orixás nos pontos com
consciência de que quem respondia eram os
falangeiros.

Opção sexual não era crachá e nem motivo de


destaque ou apaziguamento como médium de
Umbanda.

Você se sentia importante e útil no seu centro, hoje


você é tratado como acessório.

Se camboneava por amor aos guias, hoje o médium


não serve e nem auxilia... não é obrigação dele
mesmo.

Os ensinamentos do guia que estava falando eram


ouvidos e assimilados com muitas atenções, hoje a
vida alheia é mais interessante ser explanada.
Tinham provas e testes, hoje se ter "eu vou te
processar".

A leitura como aprendizagem tinha valor, hoje


ninguém quer ler livro: olha no Google.

Perguntava-se as coisas pro seu Zelador, hoje até


um estranho sabe mais que ele.

O sincretismo como herança sagrada dos


antepassados não era desrespeitado, hoje querem
tirar o sagrado na marra.

O terreiro alheio era respeitado, hoje "a minha casa


é melhor que a casa tal", ninguém elogia a casa tal
porque a minha é melhor!

Não tinha ganância, não tinha ego, não tinha


disputa! As pessoas só queriam fazer sua parte.
Antes era humildade e abnegação, hoje é trabalho,
emprego, pensando no que se vai ganhar fazendo
as coisas,

QUANDO ACABA UM TERREIRO DE UMBANDA

Um terreiro de Umbanda acaba quando a vaidade é


maior que a caridade;
Um terreiro de Umbanda acaba quando a fofoca e a
intriga são maiores que o estudo e a disciplina;

Um terreiro de Umbanda acaba quando a


maledicência fala mais alto que a beneficência;

Um terreiro de Umbanda acaba quando a atração


sexual fala mais alto que a união fraternal;

Um terreiro de Umbanda acaba quando a higiene


física, astral e mental não é rigorosamente
observada;
Um terreiro de Umbanda acaba quando falsos
médiuns são admitidos pelo dirigente na corrente
apenas com o intuito de aumentar a arrecadação
financeira da casa;

Um terreiro de Umbanda acaba quando as “festas”


e “homenagens” são mais importantes e
concorridas que as “giras de atendimento” e
“reuniões de estudo”;

Um terreiro de Umbanda acaba quando as “guias”


(colares) são mais importantes que os “Guias”
(mentores);

Um terreiro de Umbanda acaba quando os “pontos”


são cantados sem emoção e quando os “pontos”
são riscados sem noção;

Um terreiro de Umbanda acaba não porque os


Guias se afastam dos médiuns, mas porque os
médiuns é que se afastam dos Guias;
Um terreiro de Umbanda acaba quando se cobra o
que NÃO DEVE SER COBRADO;

Um terreiro de Umbanda acaba quando NÃO SE


COBRA o que deve ser cobrado;

Um terreiro de Umbanda acaba quando a “mágica”


substitui a verdadeira Magia;

Um terreiro de Umbanda acaba quando o “visível” é


mais importante que o invisível;

Um terreiro de Umbanda acaba quando faltam a


ética, o bom-senso e o respeito;

Um terreiro de Umbanda acaba quando acabam a


Fé, o Amor e a Verdade.
HORA DE DESCANSO.
Sim, é para ti. Para ti, que te levantas cedo e
levantas a cabeça perante as dificuldades.
Para ti, que trabalhas todo o dia e dás o melhor de
ti em tudo o que fazes.
Para ti, que não desistes dos teus sonhos e que não
desistes de ninguém para quem existes.
Para ti, que lutas sem entrar em guerras, para ti que
consegues a pulso aquilo por que pulsa o teu
coração.
Para ti, que vences o medo sem ter medo de
mostrar as tuas fragilidades.
Para ti, que não negas ajuda a quem podes ajudar,
para ti que caminhas sempre e com mais
determinação quando te querem tirar do caminho.
O Descanso do Guerreiro é para ti, que aprendeste
a cansar o teu cansaço para ensinar alguém a
continuar.
Para ti, que não queres para ti o que não te
pertence nem foste tu a conseguir.
Para ti, que não queres nada que não sejas tu a
conquistar.
O Descanso do Guerreiro é para ti,
que amanhã tens outros desafios à tua espera.

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