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Apócrifos
Apócrifos
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O Concílio afirmou:
“Mas se alguém não aceitar o que está nos livros como sagrados e
canônicos, inteiros com todas as partes da Bíblia [...] e se consciente
e deliberadamente condenar a tradição mencionada anteriormente,
que seja anátema” (Denzinger, Sources, nº 784).
(3) Usados pelos pais da igreja. Citações dos pais da igreja para
apoiar a canonicidade dos apócrifos são seletivas e enganadoras.
Alguns pais pareciam aceitar sua inspiração; outros os usavam para
propósitos devocionais e homiléticos (pregação), mas não os
aceitavam como canônicos. Um especialista nos apócrifos, Roger
Beckwith, observa:
Também é importante lembrar que esses livros não são parte das
Escrituras cristãs (período do NT). Encontram-se, assim, sob a
jurisdição da comunidade judaica que os compusera e que, séculos
antes, os rejeitara como parte do cânon.
Os livros aceitos por esses concílios cristãos podem até não ser os
mesmos em cada caso. Portanto, não podem ser usados como prova
do cânon exato mais tarde proclamado "infalível" pela Igreja Católica
em 1546. Os Concílios locais de Hipona e Cartago no Norte da África
foram influenciados por Agostinho, a voz mais importante da
antigüidade, que aceitava os livros apócrifos canonizados mais tarde
pelo Concílio de Trento. Mas a posição de Agostinho é infundada: 1) O
próprio Agostinho reconheceu que os judeus não aceitaram esses
livros como parte do cânon ( A cidade de Deus , 19.36-38). 2) Sobre
os livros dos Macabeus, Agostinho disse: "...tidos por canônicos pela
igreja e por apócrifos por judeus. A igreja assim pensa por causa dos
terríveis e admiráveis sofrimentos desses mártires..."(Agostinho,
18.36). Nesse caso, O livro dos mártires , de Foxe, deveria estar no
cânon. 3) Agostinho era incoerente, já que rejeitou livros que não
foram escritos por profetas, mas aceitou um livro que parece negar
ser profético (1 Macabeus 9.27). 4) A aceitação errada dos apócrifos
por Agostinho parece estar ligada a sua crença na inspiração da LXX,
cujos manuscritos gregos mais recentes os continham. Mais tarde
Agostinho reconheceu a superioridade do texto hebraico de Jerônimo
comparado ao texto grego da LXX. Isso deveria tê-lo levado a aceitar
a superioridade do cânon hebraico de Jerônimo também. Jerônimo
rejeitava completamente os apócrifos.
1. Argumentos históricos.
2. Argumentos doutrinários.
Conclusão