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Centro de Treinamento Tático – CTT-CBC

Instrutor de Tiro

FORMAÇÃO DE INSTRUTOR DE
ARMAMENTO E TIRO

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma


ou meios eletrônicos e mecânicos, inclusive através de processos
reprográficos, sem a permissão expressa dos autores(leis 9.610 de
19/02/1998)

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INDICE

História das armas de fogo ................................................ Pag 03


Classificação das armas de fogo ........................................ Pag 09
Legislação .......................................................................... Pag 16
Munições ........................................................................... Pag 57
Balística ............................................................................. Pag 69
Didática ............................................................................. Pag 80
Fundamentos do Tiro ........................................................ Pag 88
Primeiros Socorros ............................................................ Pag 93
Regras de Segurança ......................................................... Pag 110
Pistola ................................................................................ Pag 112
Revolver ............................................................................ Pag 126
Espingarda ......................................................................... Pag 130
Carabina ............................................................................ Pag 140
Analise do Alvo................................................................... Pag 142

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História das Armas de Fogo

A história das armas de fogo tem sua origem não tanto nos processos sociais da humanidade,
estando mais afeita à busca da sobrevivência dos indivíduos que a hegemonia entre nações. Dentre
as ciências a que mais nos ajuda a explicar o porquê de terem uma eficiência tão grande que as faz
presentes em nossas vidas já há quase cinco séculos, é a parte da física denominada balística, que
nos explica tudo ou quase tudo, se a estudarmos em conjunto com a própria história do Homem.

Como recurso para melhor entendermos esse processo evocamos um filme do diretor Stanley
Kubrick, denominado aqui no Brasil "2001 Uma Odisséia no Espaço". Peça de ficção, o filme se
iniciava com a cena de um grupo de macacos em confronto com outro grupo rival na disputa por
comida. Num determinado momento um dos macacos toma nas mãos um longo osso de um animal
morto, provavelmente um fêmur, com ele desfere um violento golpe no crânio de um adversário,
matando-o. Pois bem, com essa imagem o cineasta pretendia mostrar o primeiro passo da
inteligência do primata, que ali simbolizava o início da linhagem humana, no sentido de produzir
uma ferramenta ou arma que ampliasse seus poderes, ajudando-o a fazer algo que ele não
conseguiria com as mãos nuas. Numa análise técnica o que aconteceu quando o macaco tomou um
osso e golpeou seu adversário? Nada mais que o princípio básico do confronto entre dois
oponentes. O osso utilizado, por ter suficiente massa permite a transmissão eficaz da força
aplicada e, em sendo longo, proporciona ao atacante afastar o próprio corpo do de seu adversário,
mantendo-o a uma distância segura o suficiente para se proteger do contra ataque. Toda a história
das armas pessoais do Homem tem essa mesma origem, desferir o golpe a uma distância segura.
Espadas, lanças, flechas e catapultas têm todas essa mesma finalidade.

O comprimento de uma arma de percussão (massas ferradas, bordunas), corte (espadas, machados)
ou chuço (lanças, alabardas) tem seu uso limitado por questões práticas às suas dimensões e pesos.
Com os arcos e bestas a humanidade passa a desenvolver conhecimentos rudimentares de
balística, que nada mais é que a parte da Física que estuda o comportamento dos projéteis
arremessados, isto é, sem energia própria. Até a aplicação da pólvora como propulsora de
projéteis, tudo o que havia era o arremesso dos mesmos (flechas e outros), valendo-se
exclusivamente da energia mecânica obtida pela flexão de um objeto qualquer que funcionasse
como mola propulsora. Com a introdução da pólvora como elemento propulsor tem-se uma
verdadeira revolução nos conceitos da balística. Para entender o quão significativa foi essa
descoberta, devemos nos valer da formula Newtoniana da Energia Cinética E=m.v²/2. Afinal que
significa isso? Simples, que a energia, no caso a de um golpe, aumenta na razão direta das massas
e ao quadrado da velocidade. Ainda está complicado? Pois bem, o que o Newton provou é que se
v. quer aumentar a energia de uma pedra disparada, por exemplo, por um estilingue, se v. dobrar o
tamanho da pedra, v. duplica a energia, mas se v. dobrar a velocidade, pondo talvez um elástico
mais forte, v. vai quadruplicar a energia.
O que é um golpe de um cassetete, de uma espada, o impacto de uma flecha ou de uma bala senão
uma transferência de energia? Tudo o que se faz nesses ataques é transferir uma quantidade de
energia suficiente para ferir, para causar um trauma tal que inabilite seu oponente a continuar a
luta ou seja lá o que ele estiver fazendo.
Até o uso da pólvora o homem estava limitado a uma combinação do peso de seus projéteis e
velocidade a que ele conseguia arremessa-los, fosse com arcos, balestras ou fundas. No que a
pólvora mudou esse processo? A energia do processo de combustão da pólvora é química e não
mecânica e a quantidade de energia liberada é tão maior que permite o lançamento de pequenos
projéteis a altíssimas velocidades. Como é o aumento da velocidade que confere maiores variações
de energia dos arremessos, o Homem logo aprendeu que poderia lançar uma pequena esfera de
peso muito menor que o de uma flecha, a uma velocidade muito maior, com um alcance também
proporcionalmente maior e ainda assim transferir uma quantidade de energia suficiente para ferir e

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matar. Esse é o princípio que rege o projeto de qualquer arma de fogo desde o século XV até
nossos dias.

A pólvora

Na arma de fogo tudo ocorre a partir do momento em que se incendeia uma pequena quantidade
de pólvora colocada em seu interior a cada disparo. Embora se tenha conhecimento de vários
compostos pirotécnicos na Antigüidade, seja no oriente pelos chineses ou no ocidente pelos
gregos, a pólvora com a composição aproximada daquilo que hoje chamamos de "Pólvora Negra"
só é conhecida à partir de 1260 e seu uso como propelente no arremesso de projéteis só é
registrada em 1326.

A Pólvora Negra era uma mera mistura física de carvão, salitre e enxofre. Sua principal
característica era a capacidade de, ao ser incendiada, queimar-se com uma grande velocidade,
liberando uma grande quantidade de energia. Conhecedores dessa característica os antigos a
utilizavam para a confecção dos mais variados explosivos. Seu uso como propulsora de projéteis
conduzidos através de um cano e anterior mesmo à evolução no domínio dos metais, havendo
registros de canos de armas rudimentares com canos de madeira e bambu. O fenômeno do tiro
consiste afinal em conter-se uma carga de pólvora em um recipiente que resista à sua explosão, no
caso a câmara da arma de fogo. Nesse recipiente, ou câmara, deixa-se uma única abertura que é
justamente onde se coloca o projétil. Ao se incendiar a pólvora, seja por qualquer um dos sistemas
que veremos a seguir, a pressão gerada pela expansão dos gases provenientes de sua queima,
impulsionará o projétil numa altíssima velocidade, fazendo-o percorrer o cano da arma, cuja
finalidade é a de direcionar sua trajetória, projetando-se nessa direção até que a energia de
impulsão se esgote dada a resistência do ar e da ação da gravidade. É importante frisar que toda a
energia de um projétil lhe é dada pela expansão dos gases gerados na queima da carga de pólvora.
Essa energia, na forma de impulso, só lhe é transmitida enquanto ele está dentro do cano da arma.
À partir do momento em que o projétil sai da boca do cano da arma, ele para de receber esse
impulso e não ganha mais velocidade, só perde, caso contrário não seria uma "bala", seria um
foguete!

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Pequenos canhões de mão

As primeiras armas de fogo eram simples canos de ferro ou bronze, fechados em uma
extremidade. Eram, portanto, carregadas pela boca ou, melhor denominadas, de ante carga. A
carga propriamente dita consistia de uma pequena quantidade de pólvora negra, sobre a qual se
depositava um projétil, normalmente uma esfera de chumbo, que entrava forçada pela boca do
cano e, para tal era sujeitada por uma vareta. Na base desse cano era construído um pequeno
orifício que se comunicava com a parte interna, onde estava a carga de pólvora. O disparo se dava
então quando se encostava nesse orifício uma pequena mecha, que o atirador deveria levar consigo
permanentemente acesa. Era uma peça pesada, desajeitada e de pouca efetividade, sendo que até
meados do século XVI as armas de fogo eram meros canhões em miniatura, sem mesmo qualquer
tipo de coronha que facilitasse seu manejo.

Os movimentos de conquista colonial dos séculos XVI e XVII proporcionaram o campo de


evolução que as armas pessoais há muito pediam. Dois detalhes que fizeram as armas mais
práticas e efetivas bem mostram a evolução nesse período.

O primeiro deve-se ao fato de que o maior domínio da metalurgia permitiu a produção de canos
mais leves que, concomitante passaram a ser instalados em coronhas que, ainda que rudimentares
proporcionavam um manejo muito mais confortável e efetivo. O segundo relaciona-se com o
surgimento de inúmeros sistemas de disparo que vieram a substituir a primitiva mecha encostada
com a mão.

Sistemas de disparo da Idade Moderna

Nesse período, embora ainda fossem de ante carga as armas de fogo já eram menores, existindo,
inclusive, pistolas para serem portadas presas à cintura e dotadas de diversos tipos de mecanismos
de disparo, que é o detalhe que melhor identifica sua evolução.

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GATILHOS DE MECHA

Os primeiros mecanismos adotados ainda utilizavam-se de mechas. Na verdade eram sistemas de


gatilho e martelo(cão) impulsionado por uma mola, em que na extremidade do cão estava presa
uma mecha. O gatilho era então armado e, ao ser premido fazia com que o cão, num "salto",
levasse a mecha até a base do cano.

SISTEMA DE RODA, SNAPHAUNCE e PEDERNEIRA.

No primeiro o cão não se arma pela compressão de uma simples mola de lâmina, mas por um
sistema de corda espiral, semelhante à de um relógio. O exótico é que para essas armas dispararem
há que se '"dar corda" a elas.

O Snaphaunce (do holandês "snap hann", bicada) e o conhecido simplesmente por Pederneira são
meras variações mecânicas de um sistema de cão mais simples, impulsionado por uma mola de
lâmina.

O que de mais importante que caracteriza todos os três é que a ignição, ou seja a transmissão de
fogo à carga de pólvora, se dá pelo uso de pedras "silex", num sistema que acabou por ser
denominado genericamente de Pederneira.

Nesse sistema uma pequena caixa é acoplada á base do cano e seu interior se comunica por um
orifício com a carga de pólvora. Nessa pequena caixa é depositada uma pequena "pitada" de uma
pólvora muito fina, sendo essa caixa fechada por uma tampa articulada e com uma "aba" vertical
ranhurada como se fosse uma lima. Completa o sistema um cão que tem preso à sua extremidade
uma pedra sílex, também conhecida modernamente como pedra de isqueiro.

A arma funciona armando-se o cão e, quando o gatilho o libera, a mola que o impulsiona faz com
que ele bata a pedra sílex violentamente contra a tampa da citada caixinha, gerando assim
inúmeras faíscas que atingirão a "pitada" de pólvora ali depositada, esta por sua vez, ao incendiar-
se transmite o fogo à carga principal, disparando a arma.

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Esse sistema era muito mais eficiente do que todos os anteriores, apresentando, no entanto, duas
características negativas, a primeira é que havia um longo hiato entre o momento em que se
premia o gatilho e aquele em que a arma disparava, dificultando bastante que se mantivesse a
pontaria. O segundo é que, embora mais moderno ainda se tratava de um sistema muito
susceptível à umidade, ou seja, em dias de chuva, pelo menos com armas de fogo, não havia
guerra.

RODA SNAPHAUNCE PEDERNEIRA

A espoleta e a retro carga

O salto tecnológico que fez as armas de fogo mais práticas deveu-se a um reverendo escocês que
gostava de caçar, mesmo em dias de chuva. Alexander James Forsyth foi o responsável pela
invenção do sistema de percussão que deu origem ao que conhecemos como espoleta.

Espoleta nada mais é que um pequeno "copo" de metal ao fundo do qual está depositada uma
minúscula quantidade de um composto químico na forma de cristais que, ao serem rompidos
produzem as fagulhas necessárias à ignição da carga de pólvora. Fulminato de mercúrio, cloreto
de potássio e, mais modernamente, estifinato de chumbo são as matérias primas dos cristais das
espoletas.

Para romper esses cristais a espoleta deve apenas receber o golpe da extremidade do cão. Como
ela está instalada em um pequeno tubo que se comunica com a carga de pólvora, está assim feito o
caminho da ignição. Em função da necessidade de ocorrer essa "martelada" na espoleta as armas
desse período são classificadas como "armas de fogo com disparo por percussão".

Foi um sistema que resolveu totalmente o problema do hiato entre o acionamento do gatilho e o
tiro e quase que totalmente o da susceptibilidade à umidade. As armas de percussão reinaram no
mundo desde a invenção de Forsyth em 1807, até que o cartucho metálico da forma como o
conhecemos hoje, se definisse por volta de 1860.

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O cartucho metálico e a pólvora "sem fumaça"

A descoberta de que determinadas ligas metálicas tem "memória", ou seja se deformadas pela ação
de pressão e temperatura, voltam às suas dimensões originais quando cessam essas forças, foi o
que permitiu o fácil desenvolvimento de armas carregadas por trás, também dito pela culatra, e o
desenvolvimento de cartuchos de munição. O cartucho é então um recipiente que contém a um só
tempo a pólvora, a espoleta e o projétil. Colocado na culatra da arma, ao ter sua espoleta percutida,
inflamando a carga de pólvora, suas paredes dilatam-se sob a pressão dos gases, aderindo-se
fortemente às paredes da câmara da arma, impedindo assim que os gases do disparo escapem por
qualquer outra direção que não seja aquela em se que impulsiona o projétil, é o que se denomina
"selo de gás". Na seqüência, assim que o projétil deixa a arma, a pressão se reduz a zero e o estojo
metálico volta a seu tamanho original, permitindo sua extração da arma com facilidade.
Os primeiros cartuchos metálicos, surgidos em meados do século dezenove ainda eram carregados
com pólvora negra, que tem como principal característica o fato de que sua composição é uma
mera mistura física de carvão, salitre e enxofre. Na prática é um propelente que requer cargas de
altos volumes e que ao disparar, além de muita fumaça, algo que lhe é muito peculiar, gera uma
grande quantidade de resíduos corrosivos.
No início do século vinte surge então a pólvora química, também conhecida como pólvora sem
fumaça. Esta, além de gerar muito mais energia por volume de carga, se comparada com sua
antecessora, quase não apresenta fumaça e os resíduos de sua combustão, além de serem em
menor quantidade, são muito pouco agressivos ao aço das armas. Sua composição é feita à partir
de reações químicas em que compostos de nitrogênio são embebidos em celulose, de onde
provém, portanto, outro de seus nomes, o de pólvora nitrocelulósica.

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CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATUA DAS ARMAS DE FOGO E MUNIÇÕES

Classificação das Armas de Fogo

Partindo do princípio de que as armas modernas todas disparam cartuchos convencionais, sua
classificação pode advir de quatro diferentes formas de divisão.

1.) Pelo tamanho:


- Armas curtas: São aquelas em que o disparo pode ser feito com apenas uma das mãos. São os
revólveres e pistolas e garruchas
- Armas longas: São aquelas cuja utilização correta requer o uso de ambas as mãos. São as
espingardas, fuzis e carabinas

2.) Pelo sistema de funcionamento


Antes dessa classificação cabe discorrer sobre o ciclo de disparo, a saber:

- Carregamento ou municiamento: é o ato de levar um ou mais cartuchos ao reservatório das armas


dotadas desse tipo de dispositivo, que são as de repetição, semi-automáticas e automáticas.

- Alimentação: é o ato de, manual ou mecanicamente levar um cartucho à câmara de explosão do


cano de uma arma de fogo.

- Disparo: é o resultado da percussão e ignição da espoleta e conseqüente combustão da carga


propelente (pólvora), provocado pelo acionamento do gatilho da arma.

- Extração: é a ação de retirada do estojo deflagrado da câmara da arma. Pode ser manual, por
repetição mecânica ou automática.

- Ejeção: é a expulsão do estojo extraído do ambiente do mecanismo da arma. Também pode se


dar de uma das formas acima.
Isto posto , pelo sistema de funcionamento temos então:

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- Armas de Tiro Singular: São aquelas em que há um mecanismo de disparo associado a cada
cano da arma e para que se repita o disparo há que se remunicia-la manualmente. São
exemplos as espingardas carabinas e fuzis de um ou mais canos e as garruchas.

- Armas de Repetição: São aquelas em que há um depósito com um número variável de


cartuchos que é carregado a um só tempo e a repetição do disparo requer que o atirador apenas
acione o mecanismo de repetição para que seja extraia o estojo deflagrado e um novo cartucho
se alinhe, ou seja colocado em posição de disparo. São os revólveres, carabinas e fuzis
acionados por ferrolhos, alavanca, corrediças, etc.

- Armas Semi-automáticas: São aquelas que requerem que, à partir de um depósito com vários
cartuchos, se faça manualmente apenas a alimentação do primeiro cartucho, sendo que após o
primeiro disparo a extração do estojo deflagrado e a alimentação da câmara com um novo
cartucho se dá automaticamente. Diz-se semi-automática porque para que se produza um novo
disparo o gatilho deve ser premido novamente. São exemplos as pistolas, espingardas,
carabinas e fuzis com esse tipo de mecanismo.

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- Armas Automáticas: São aquelas em que, alimentado manualmente o primeiro cartucho, ao
premer-se o gatilho todo o ciclo de disparo, extração do estojo deflagrado, alimentação de um
novo cartucho e repetição do disparo ocorre de maneira automática até que se esgotem os
cartuchos contidos no depósito ou que o atirador pare de apertar o gatilho da arma. São
também conhecidas como metralhadoras e metralhadoras de mão.

3.) Pelo tipo de "alma" do cano:

- São armas de Alma Lisa aquelas cujo interior do cano é liso já que se destinam ao disparo de
munição de projéteis múltiplos destinados, originalmente à caça de aves em vôo, à distâncias
relativamente curtas (25~50m). São quase que exclusivamente as espingardas, sejam de que
sistema de funcionamento for.

- Armas de Alma Raiada aquelas cujo interior do cano é dotado de múltiplas ranhuras em
espiral. Essas ranhuras tem por finalidade imprimir um movimento rotatório ao projétil de
forma a compensar sua distribuição de peso e assim melhor estabilizar sua trajetória. São todas
as armas, curtas ou longas, de qualquer tipo de sistema de funcionamento, que disparem
cartuchos com um único projétil.

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4.) Pela finalidade:

- Fuzil: Arma longa com cano de alma raiada, normalmente de grande calibre com sistema de
funcionamento que pode ser por tiro singular, de repetição, semi-automático, totalmente
automático ou ainda uma combinação de semi e totalmente automático.

- Carabina: Versão reduzida em tamanho e/ ou em calibre de um fuzil.

- Espingarda: Arma longa com cano de alma lisa ou raiada com sistema de funcionamento por
tiro singular, repetição ou semi-automático.

- Garrucha: Arma curta com cano(s) de alma raiada e funcionamento exclusivamente por tiro
singular.

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- Revólver: Arma curta com cano de alma raiada com sistema de repetição cujo depósito tem a
forma de um cilindro (tambor).

Dividem-se ainda entre

a) De ação simples. Quando para dispará-lo há que se armar o cão e depois premer o gatilho.

b) De ação dupla. Quando o gatilho desempenha duas funções, arma o cão e dispara a arma.

- Pistola Semi-automática: Arma curta com cano de alma raiada com sistema de funcionamento
exclusivamente semi-automático.

Pode ser classificada ainda em :

a) De ação simples: Quando para se efetuar o primeiro disparo há que se manobrar o ferrolho
e/ou armar o cão. Nos demais disparos o cão se armará automaticamente.

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b) De ação Dupla: Quando para o primeiro disparo bastará puxar o gatilho, que armará o cão e
seqüencialmente o libera para disparar a arma. Nos demais disparos também o cão se armará
automaticamente, passando assim a funcionar em ação simples.

c) Apenas de ação dupla: Quando a cada disparo o gatilho arma e libera o cão. Dessa forma todos
os disparos serão em ação dupla

d) De percussor lançado: Quando o gatilho aciona uma armadilha que retém uma mola que, ao
acionar-se o gatilho projeta um percussor contra o cartucho.

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e) De percussor lançado pré armado(Ação Hibrida). Também chamado "safe Action", segundo
patente da Glock GMBH da Austria. Trata-se de um sistema de percussor lançado melhorado e
mais seguro.

Pistola automática (ou pistola metralhadora): Arma curta com cano de alma raiada com sistema de
funcionamento automático , ou combinado automático e semi-automático.

Metralhadora: Arma longa de alma raiada, de funcionamento automático, normalmente nos


grandes calibres comuns aos fuzis, cujas dimensões a classificam como arma militar de apoio.

- Metralhadora de mão ou submetralhadora: Arma longa de alma raiada, funcionamento


totalmente automático ou combinado automático e semi-automático, normalmente em calibres
de pistola e destinadas a uso individual.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO USO DE ARMAS DE FOGO

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
o
LEI N 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.

Dispõe sobre registro, posse e comercialização de


armas de fogo e munição, sobre o Sistema
Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá
outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS


o
Art. 1 O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da
Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.
o
Art. 2 Ao Sinarm compete:

I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;

II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;

III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia
Federal;

IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências


suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de
segurança privada e de transporte de valores;

V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo;

VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;

VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e


judiciais;

VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a
atividade;

IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores


autorizados de armas de fogo, acessórios e munições;

X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e de


microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo
fabricante;

XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e


autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro
atualizado para consulta.

Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e
Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.

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CAPÍTULO II

DO REGISTRO
o
Art. 3 É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.

Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na
forma do regulamento desta Lei.
o
Art. 4 Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva
necessidade, atender aos seguintes requisitos:

I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais


fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial
ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; (Redação dada
pela Lei nº 11.706, de 2008)

II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;

III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,
atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
o
§ 1 O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos
anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta
autorização.
o
§ 2 A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e
na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 3 A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a
venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as características da
arma e cópia dos documentos previstos neste artigo.
o
§ 4 A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por
essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
o
§ 5 A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será
efetivada mediante autorização do Sinarm.
o o
§ 6 A expedição da autorização a que se refere o § 1 será concedida, ou recusada com a devida
fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
o o
§ 7 O registro precário a que se refere o § 4 prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I,
II e III deste artigo.
o
§ 8 Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do
regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a
portar arma com as mesmas características daquela a ser adquirida. (Incluído pela Lei nº
11.706, de 2008)
o
Art. 5 O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou
domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o
responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de
2004)
o
§ 1 O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de
autorização do Sinarm.
o o
§ 2 Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4 deverão ser comprovados
periodicamente, em período não inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento
desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo.
o
§ 3 O proprietário de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por órgão
estadual ou do Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega
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espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o dia
31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de
residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências
o
constantes dos incisos I a III do caput do art. 4 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
2008) (Prorrogação de prazo)
o o
§ 4 Para fins do cumprimento do disposto no § 3 deste artigo, o proprietário de arma de fogo
poderá obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na rede
mundial de computadores - internet, na forma do regulamento e obedecidos os procedimentos a
seguir: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, com validade inicial de 90 (noventa)
dias; e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia Federal do certificado de registro provisório


pelo prazo que estimar como necessário para a emissão definitiva do certificado de registro de
propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se
residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei nº 13.870, de
2019)

CAPÍTULO III

DO PORTE
o
Art. 6 É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos
em legislação própria e para:

I – os integrantes das Forças Armadas;

II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da
Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada
pela Lei nº 13.500, de 2017)

III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
(Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)

IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e
menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº
10.867, de 2004) (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)

V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de


Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; (Vide Decreto
nº 9.685, de 2019)

VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição
Federal;

VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas
de presos e as guardas portuárias;

VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta
Lei;

IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades


esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que
couber, a legislação ambiental.

X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do


Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de

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2007)

XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios


Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que
efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo
Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público -
CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
o
§ 1 As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar
arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora
de serviço, nos termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas
constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 1 -A Os servidores a que se refere o inciso X do caput deste artigo terão direito de portar armas de
fogo para sua defesa pessoal, o que constará da carteira funcional que for expedida pela repartição a que
estiverem subordinados. (Incluído pela Lei nº 11.118, de 2005) (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma
de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo
fora de serviço, desde que estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)

I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)

II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e (Incluído pela Lei nº


12.993, de 2014)

III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno.


(Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)

§ 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)

o
§ 2 A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas nos
incisos V, VI, VII e X do caput deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que se refere o
o
inciso III do caput do art. 4 desta Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 3 A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à
formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à existência
de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta
Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de
2004)
o
§ 4 Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais e estaduais e do Distrito Federal, bem
o
como os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4 , ficam
dispensados do cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento
desta Lei.
o
§ 5 Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender
do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia
Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido,
de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis),
desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados
os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

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I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

II - comprovante de residência em área rural; e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)


o
§ 6 O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de
outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo
de uso permitido. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 7 Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas
será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
Art. 7 As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e de
transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das
respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as
condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de
registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
o
§ 1 O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de
valores responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais
sanções administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal
perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam
sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.
o
§ 2 A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentar documentação
o
comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4 desta Lei quanto aos empregados
que portarão arma de fogo.
o
§ 3 A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo deverá ser atualizada
semestralmente junto ao Sinarm.
o
Art. 7 -A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso XI do art.
o
6 serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas instituições, somente podendo ser
utilizadas quando em serviço, devendo estas observar as condições de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos
pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
o
§ 1 A autorização para o porte de arma de fogo de que trata este artigo independe do pagamento
de taxa. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
o
§ 2 O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público designará os servidores de seus
quadros pessoais no exercício de funções de segurança que poderão portar arma de fogo, respeitado o
limite máximo de 50% (cinquenta por cento) do número de servidores que exerçam funções de
segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
o
§ 3 O porte de arma pelos servidores das instituições de que trata este artigo fica condicionado à
o
apresentação de documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4
desta Lei, bem como à formação funcional em estabelecimentos de ensino de atividade policial e à
existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
o
§ 4 A listagem dos servidores das instituições de que trata este artigo deverá ser atualizada
semestralmente no Sinarm. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
o
§ 5 As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e a
comunicar à Polícia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo,
acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
o
Art. 8 As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente constituídas devem
obedecer às condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, respondendo o
possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do regulamento desta Lei.

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o
Art. 9 Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pela
segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército, nos
termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para
colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional
oficial de tiro realizada no território nacional.

Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é
de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
o
§ 1 A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial
limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:

I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de


ameaça à sua integridade física;
o
II – atender às exigências previstas no art. 4 desta Lei;

III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no
órgão competente.
o
§ 2 A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua
eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de
substâncias químicas ou alucinógenas.

Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela
prestação de serviços relativos:

I – ao registro de arma de fogo;

II – à renovação de registro de arma de fogo;

III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;

IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;

V – à renovação de porte de arma de fogo;

VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma de fogo.


o
§ 1 Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à manutenção das atividades do Sinarm, da
Polícia Federal e do Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas responsabilidades.
o
§ 2 São isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituições a que
o o
se referem os incisos I a VII e X e o § 5 do art. 6 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
2008)

Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as condições do credenciamento de


profissionais pela Polícia Federal para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica para
o manuseio de arma de fogo. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 1 Na comprovação da aptidão psicológica, o valor cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao
valor médio dos honorários profissionais para realização de avaliação psicológica constante do item 1.16
da tabela do Conselho Federal de Psicologia. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 2 Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não
poderá exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munição. (Incluído pela Lei nº
11.706, de 2008)
o o o
§ 3 A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§ 1 e 2 deste artigo implicará o
descredenciamento do profissional pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

CAPÍTULO IV

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DOS CRIMES E DAS PENAS

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta,
ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Omissão de cautela

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja
de sua propriedade:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
registrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1)

Disparo de arma de fogo

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via
pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou


artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de


uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial,
perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar;

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IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente; e

VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição
ou explosivo.

§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso


proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Comércio ilegal de arma de fogo

Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)

§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado,
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019)

Tráfico internacional de arma de fogo

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo,
acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei;
ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
(Vide Adin 3.112-1)

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal para o

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cumprimento do disposto nesta Lei.

Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais
produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão
disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do
Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 1 Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens com
sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do
adquirente, entre outras informações definidas pelo regulamento desta Lei.
o o
§ 2 Para os órgãos referidos no art. 6 , somente serão expedidas autorizações de compra de
munição com identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento desta
Lei.
o
§ 3 As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei conterão
dispositivo intrínseco de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido pelo
o
regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no art. 6 .
o
§ 4 As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do caput
o o
do art. 6 desta Lei e no seu § 7 poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de munição para o fim
exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorização concedida nos termos definidos em
regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do
Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio
de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo
de colecionadores, atiradores e caçadores.

Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos,
quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao
Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos
de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. (Redação dada
pela Lei nº 13.886, de 2019)
o
§ 1 As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à
doação, obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública,
atendidos os critérios de prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando do
Exército, serão arroladas em relatório reservado trimestral a ser encaminhado àquelas instituições,
abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas em decorrência do tráfico de drogas de abuso, ou


de qualquer forma utilizadas em atividades ilícitas de produção ou comercialização de drogas abusivas,
ou, ainda, que tenham sido adquiridas com recursos provenientes do tráfico de drogas de abuso, perdidas
em favor da União e encaminhadas para o Comando do Exército, devem ser, após perícia ou vistoria que
atestem seu bom estado, destinadas com prioridade para os órgãos de segurança pública e do sistema
penitenciário da unidade da federação responsável pela apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886,
de 2019)
o
§ 2 O Comando do Exército encaminhará a relação das armas a serem doadas ao juiz competente,
que determinará o seu perdimento em favor da instituição beneficiada. (Incluído pela Lei nº
11.706, de 2008)
o
§ 3 O transporte das armas de fogo doadas será de responsabilidade da instituição beneficiada,
que procederá ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de
2008)
o
§ 4 (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 5 O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma,
conforme se trate de arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relação de armas
acauteladas em juízo, mencionando suas características e o local onde se encontram. (Incluído
pela Lei nº 11.706, de 2008)

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Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas
e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.

Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao


adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.

Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo
de uso restrito.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.

Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os
o
integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6 desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias
após a publicação desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004)

Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias
o o
poderá renová-la, perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4 , 6 e 10 desta Lei, no prazo de 90
(noventa) dias após sua publicação, sem ônus para o requerente.

Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não registrada
deverão solicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentação de documento de
identificação pessoal e comprovante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou
comprovação da origem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada
na qual constem as características da arma e a sua condição de proprietário, ficando este dispensado do
pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do
o
art. 4 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)

Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no caput deste artigo, o proprietário de arma
de fogo poderá obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na
o o
forma do § 4 do art. 5 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo adquiridas regularmente poderão, a


qualquer tempo, entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos termos do regulamento
desta Lei.

Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la,


espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do
regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse irregular da referida
arma. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais),
conforme especificar o regulamento desta Lei:

I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que


deliberadamente, por qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o transporte de arma ou munição
sem a devida autorização ou com inobservância das normas de segurança;

II – à empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade para venda,


estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.

Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 (um mil)
pessoas, adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de
o
pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5 da Constituição Federal.

Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação dos serviços de transporte internacional e
interestadual de passageiros adotarão as providências necessárias para evitar o embarque de
passageiros armados.

Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no Banco
Nacional de Perfis Balísticos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar
características de classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de munição deflagrados por arma
de fogo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído pelos registros de elementos de munição
deflagrados por armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações destinadas às apurações
criminais federais, estaduais e distritais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que
permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial
responderá civil, penal e administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de dados do Banco Nacional de Perfis


Balísticos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de Perfis Balísticos serão regulamentados


em ato do Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo
o
para as entidades previstas no art. 6 desta Lei.
o
§ 1 Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a
ser realizado em outubro de 2005.
o
§ 2 Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de
publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
o
Art. 36. É revogada a Lei n 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.

Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


o o
Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182 da Independência e 115 da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Márcio Thomaz Bastos
José Viegas Filho
Marina Silva

Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.12.2003

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Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 10.030, DE 30 DE SETEMBRO DE 2019

Aprova o Regulamento de Produtos Controlados.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV,
da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, e no art. 2º, §
2º, da Lei nº 10.834, de 29 de dezembro de 2003,

DECRETA:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento de Produtos Controlados, constante do Anexo I.

Art. 2º O Decreto nº 9.607, de 12 de dezembro de 2018, passa a vigorar com as seguintes


alterações:

“Art. 34-B

VIII - aos colecionadores, aos atiradores desportivos, aos caçadores e às pessoas físicas a que se referem
os incisos I a VII e X do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, nos termos do
disposto no Regulamento de Produtos Controlados, aprovado pelo Decreto nº 10.030, de 30 de setembro
de 2019.

.................................................................................................................” (NR)

Art. 3º O Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019, passa a vigorar com a seguintes alterações:

“Art. 2º .........................................................................................................

…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….................…….…

§ 1º O Comando do Exército estabelecerá os parâmetros de aferição e a listagem dos calibres nominais


que se enquadrem nos limites estabelecidos nos incisos I, II e IV do caput, no prazo de sessenta dias,
contado da data de publicação deste Decreto.

§ 2º Ato conjunto do Ministro de Estado da Defesa e do Ministro de Estado da Justiça e Segurança


Pública estabelecerá as quantidades de munições passíveis de aquisição pelas pessoas físicas
autorizadas a adquirir ou portar arma de fogo e pelos integrantes dos órgãos e das instituições a que se
referem o § 2º do art. 4º os incisos I a VII e X do caput art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, observada a
legislação, no prazo de sessenta dias, contado da data de publicação do Decreto nº 10.030, de 30 de
setembro de 2019.” (NR)

“Art. 3º ..........................................................................................................

…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…................….…

§ 10. Os requisitos de que tratam os incisos V, VI e VII do caput serão comprovados, periodicamente, a
cada dez anos, junto à Polícia Federal, para fins de renovação do Certificado de Registro.

§ 11. Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais, estaduais e do Distrito Federal e os
militares dos Estados e do Distrito Federal, ao adquirirem arma de fogo de uso permitido ou restrito ou
renovarem o respectivo Certificado de Registro, ficam dispensados do cumprimento dos requisitos de que
tratam os incisos I, II, IV, V, VI e VII do caput.

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§ 12. Os integrantes das entidades de que tratam os incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da
Lei nº 10.826, de 2003, ficam dispensados do cumprimento do requisito de que trata o inciso II do caput
deste artigo.” (NR)

Art. 4º O Decreto nº 9.846, de 25 de junho de 2019, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 3º .........................................................................................................

…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….................…….…

§ 1º Poderão ser concedidas autorizações para aquisição de arma de fogo de uso permitido em
quantidade superior aos limites estabelecidos no inciso I do caput, a critério do Comando do Exército.

§ 2º Para fins de registro de colecionadores, atiradores e caçadores no Comando do Exército, o


interessado deverá:

…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….……..................…….…….…

§ 5º A aquisição de armas de fogo por colecionadores, atiradores e caçadores ficará condicionada à


apresentação:

I - de documento de identificação e Certificado de Registro válidos; e

II - da autorização de aquisição expedida pelo Comando do Exército.” (NR)

“Art. 4º ..........................................................................................................

§ 1º O colecionador, o atirador e o caçador proprietário de arma de fogo poderá adquirir até mil munições
anuais para cada arma de fogo de uso restrito e cinco mil munições para as de uso permitido registradas
em seu nome e comunicará a aquisição ao Comando do Exército, no prazo de setenta e duas horas,
contado da data de efetivação da compra, e informará o endereço em que serão armazenadas.

....................................................................................…….…….…….…….” (NR)

“Art. 5º .…………………………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…..................

.……………………………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….................…….…….……...

§ 5º A Guia de Tráfego a que refere o § 4º poderá ser emitida no sítio eletrônico do Comando do
Exército.” (NR)

Art. 5º O Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2º .........................................................................................................

…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….……................…

§ 3º Ato conjunto do Ministro de Estado da Defesa e do Ministro de Estado da Justiça e Segurança


Pública estabelecerá as quantidades de munições passíveis de aquisição pelas pessoas físicas
autorizadas a adquirir ou portar arma de fogo e pelos integrantes dos órgãos e das instituições a que se
referem os incisos I a VII e X do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, observada a legislação, no
prazo de sessenta dias, contado da data de publicação do Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de
2019.” (NR)

“Art. 3º .…………………………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….….................

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.…………………………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…...............….…….……

§ 7º As ocorrências de extravio, furto, roubo, recuperação e apreensão de armas de fogo serão


imediatamente comunicadas à Polícia Federal pela autoridade competente.

.................................................................................................................” (NR)

“Art. 12. .........................................................................................................

…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…...............….…

§ 11. Os requisitos de que tratam os incisos IV, V e VI do caput serão comprovados, periodicamente, a
cada dez anos, junto à Polícia Federal, para fins de renovação do Certificado de Registro.

§ 12. Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais, estaduais e do Distrito Federal e os
militares dos Estados e do Distrito Federal, ao adquirirem arma de fogo de uso permitido ou restrito ou
renovarem o Certificado de Registro, ficam dispensados do cumprimento dos requisitos de que tratam os
incisos I, III, IV, V e VI do caput.

§ 13. Os integrantes das entidades de que tratam os incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da
Lei nº 10.826, de 2003, ficam dispensados do cumprimento do requisito de que trata o inciso I do caput
deste artigo.” (NR)

“Art. 29-A. A Polícia Federal, diretamente ou por meio de convênio com os órgãos de segurança pública
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do disposto no § 3º do art. 6º da Lei nº
10.826, de 2003, e observada a supervisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública:

I - estabelecerá o currículo da disciplina de armamento e tiro dos cursos de formação das guardas
municipais;

II - concederá porte de arma de fogo funcional aos integrantes das guardas municipais, com validade pelo
prazo de dez anos, contado da data de emissão do porte, nos limites territoriais do Estado em que exerce
a função; e

III - fiscalizará os cursos de formação para assegurar o cumprimento do currículo da disciplina a que se
refere o inciso I.

Parágrafo único. Os guardas municipais autorizados a portar arma de fogo, nos termos do inciso II do
caput, poderão portá-la nos deslocamentos para suas residências, mesmo quando localizadas em
município situado em Estado limítrofe.” (NR)

“Art. 29-B. A formação de guardas municipais poderá ocorrer somente em:

I - estabelecimento de ensino de atividade policial;


II - órgão municipal para formação, treinamento e aperfeiçoamento de integrantes da guarda municipal;
III - órgão de formação criado e mantido por Municípios consorciados para treinamento e aperfeiçoamento
dos integrantes da guarda municipal; ou
IV - órgão estadual centralizado e conveniado a seus Municípios, para formação e aperfeiçoamento de
guardas municipais, no qual seja assegurada a participação dos municípios conveniados no conselho
gestor.” (NR)

“Art. 29-C. O porte de arma de fogo aos integrantes das instituições de que tratam os incisos III e IV do
caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, será concedido somente mediante comprovação de
treinamento técnico de, no mínimo:

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I - sessenta horas, para armas de repetição; e
II - cem horas, para arma de fogo semiautomática.
§ 1º O treinamento de que trata o caput destinará, no mínimo, sessenta e cinco por cento de sua carga
horária ao conteúdo prático.
§ 2º O curso de formação dos profissionais das guardas municipais de que trata o art. 29-A conterá
técnicas de tiro defensivo e de defesa pessoal.
§ 3º Os profissionais das guardas municipais com porte de arma de fogo serão submetidos a estágio de
qualificação profissional por, no mínimo, oitenta horas anuais.” (NR)
“Art. 29-D. A Polícia Federal poderá conceder porte de arma de fogo, nos termos do disposto no § 3º do
art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, às guardas municipais dos Municípios que tenham instituído:

I - corregedoria própria e independente para a apuração de infrações disciplinares atribuídas aos


servidores integrantes da guarda municipal; e
II - ouvidoria, como órgão permanente, autônomo e independente, com competência para fiscalizar,
investigar, auditar e propor políticas de qualificação das atividades desenvolvidas pelos integrantes das
guardas municipais.” (NR)
“Art. 34. O Comando do Exército autorizará previamente a aquisição e a importação de armas de fogo de
uso restrito, munições de uso restrito e demais produtos controlados de uso restrito, para os seguintes
órgãos, instituições e corporações:

.......................................................................................................................

§ 1º-A Para a concessão da autorização a que se refere o caput, os órgãos, as instituições e as


corporações comunicarão previamente ao Comando do Exército o quantitativo de armas e munições de
uso restrito que pretendem adquirir.

§ 2º Serão, ainda, autorizadas a adquirir e importar armas de fogo, munições, acessórios e demais
produtos controlados:
......................................................................................................................

§ 3º Ato do Comandante do Exército disporá sobre as condições para a importação de armas de fogo,
munições, acessórios e demais produtos controlados a que se refere o § 2º, no prazo de trinta dias,
contado da data de publicação do Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019.

......................................................................................................................

§ 5º A autorização de que trata o caput poderá ser concedida pelo Comando do Exército mediante
avaliação e aprovação de planejamento estratégico, com duração de, no máximo, quatro anos, de
aquisição de armas, munições e produtos controlados de uso restrito pelos órgãos, pelas instituições e
pelas corporações de que trata o caput.

§ 6º A aquisição de armas de fogo e munições de uso permitido pelos órgãos, pelas instituições e pelas
corporações a que se refere o caput será comunicada ao Comando do Exército.” (NR)

“Art. 45. ..........................................................................................................

.........................................................................................................................

§ 4º A análise do cumprimento do requisito estabelecido no inciso III do § 2º será realizada no prazo de


trinta dias, contado da data de manifestação do Comando do Exército em relação à comprovação de
necessidade e adequação ao padrão do órgão interessado:

I - pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública, na

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hipótese de a manifestação ter sido apresentada pelos órgãos de segurança pública; ou
II - pelo Comando do Exército, na hipótese de a manifestação ter sido apresentada pelas Forças Armadas.
................................................................................................................” (NR)

Art. 6º Ficam revogados:

I - o Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000;

II - o Decreto nº 9.493, de 5 de setembro de 2018; e

III - do Decreto nº 9.845, de 2019:

a) o parágrafo único do art. 2º; e

b) o § 9º do art. 3º.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de setembro de 2019; 198º da Independência e 131º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Sérgio Moro

Fernando Azevedo e Silva

Este texto não substitui o publicado no DOU de 1º.10.2019 - Edição extra B e republicado em 1º.10.2019 -
Edição extra

ANEXO I

REGULAMENTO DE PRODUTOS CONTROLADOS

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DA FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS CONTROLADOS

Art. 1º Este Regulamento dispõe sobre os princípios, as classificações, as definições e as normas


para a fiscalização de produtos controlados pelo Comando do Exército, observado o disposto na Lei nº
10.826, 22 de dezembro de 2003.

Art. 2º Para fins do disposto neste Regulamento, Produto Controlado pelo Comando do Exército -
PCE é aquele que:

I - apresenta:

a) poder destrutivo;

b) propriedade que possa causar danos às pessoas ou ao patrimônio; ou

c) indicação de necessidade de restrição de uso por motivo de incolumidade pública; ou

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II - seja de interesse militar.

§ 1º Os PCE são classificados quanto:

a) ao tipo;

b) ao grupo; e

c) ao grau de restrição.

§ 2º As classificações dos PCE quanto ao tipo e ao grupo constam do Anexo II.

Art. 3º As definições dos termos empregados neste Regulamento são aquelas constantes do Anexo
III.

Art. 4º Compete ao Comando do Exército a elaboração da lista dos PCE e suas alterações
posteriores.

§ 1º As alterações de que trata o caput referem-se à inclusão, à exclusão ou à mudança de


nomenclatura dos PCE.

§ 2º O Ministério da Defesa poderá solicitar a inclusão ou a exclusão, na lista de que trata o caput,
dos Produtos de Defesa - Prode previstos na Lei nº 12.598, de 21 de março de 2012.

§ 3º A inclusão ou a exclusão de que trata o § 2º será condicionada ao enquadramento do produto


como PCE, nos termos estabelecidos no art. 2º.

Art. 5º A fiscalização de PCE tem por finalidade:

I - contribuir para a segurança da sociedade, por meio do controle das atividades com PCE;

II - cooperar com o Ministério da Defesa nas ações da Estratégia Nacional de Defesa;


III - colaborar com a mobilização industrial de recursos logísticos de defesa;
IV - acompanhar a evolução científico-tecnológica dos PCE; e

V- colaborar com a preservação do patrimônio histórico nacional, no que se refere a PCE.

Art. 6º Compete, ainda, ao Comando do Exército regulamentar, autorizar e fiscalizar o exercício,


por pessoas físicas ou jurídicas, das atividades relacionadas com PCE de fabricação, comércio,
importação, exportação, utilização, prestação de serviços, colecionamento, tiro desportivo ou caça.

Parágrafo único. Ficam excluídas do disposto no caput as competências atribuídas ao Sistema


Nacional de Armas - Sinarm, nos termos do disposto no art. 24 da Lei nº 10.826, de 2003.

Art. 7º É obrigatório o registro de pessoas físicas ou jurídicas junto ao Comando do Exército para o
exercício, próprio ou terceirizado, das atividades com PCE, previstas no art. 6º, as quais estarão sujeitas
ao seu controle e fiscalização.

§ 1º Fica dispensado o registro:

I - dos agentes públicos que utilizam PCE no exercício da função;

II - das pessoas que utilizam PCE eventualmente, conforme regulamentação do Comando do


Exército;

III - das pessoas físicas que utilizam PCE do tipo arma de pressão ou pirotécnico;

IV - das pessoas que utilizam PCE como fertilizantes ou seus insumos;

V - dos proprietários de veículos automotores blindados; e

VI - das pessoas jurídicas que exercem atividades de comércio, utilização ou prestação de serviços

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com PCE do tipo pirotécnico.

§ 2º O exercício das atividades com PCE fica restrito às condições estabelecidas no registro a que
se refere o caput.

Art. 8º Compete ao Comando do Exército a fiscalização de PCE, que será executada por meio de
seus órgãos subordinados ou vinculados.

Parágrafo único. Para a consecução dos fins de que trata o caput, o Comando do Exército poderá
firmar acordos ou convênios para a execução de atividades complementares e acessórias.

Art. 9º O fabricante, o produtor, o importador, o comerciante e o prestador de serviços que exercem


atividades com PCE responderão pelo fato do produto ou do serviço na forma estabelecida na Lei nº
8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor.

Art. 10. A reutilização ou a reciclagem de PCE ou de seus resíduos, após expirado o seu prazo de
validade, obedecerá, no que couber, o disposto na Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.

CAPÍTULO II

DO SISTEMA DE FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS CONTROLADOS

Art. 11. Fica instituído o Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados - SisFPC, com a
finalidade de promover a regulamentação, a autorização e a fiscalização de atividades referentes aos
PCE, com vistas a atingir, de maneira eficiente, eficaz e efetiva, os seguintes objetivos:

I - regulamentar, fiscalizar e autorizar as atividades de pessoas físicas e jurídicas referentes às


atividades com PCE;

II - definir o direcionamento estratégico do SisFPC;

III - assegurar aos usuários do SisFPC a prestação de serviço eficiente;

IV - assegurar a eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial; e

V - valorizar e aperfeiçoar os seus recursos humanos.

Art. 12. A governança do SisFPC assegurará:

I - a efetividade, a eficácia, a eficiência e a economicidade dos processos do SisFPC, garantida a


entrega dos produtos e dos serviços;

II - a transparência em suas ações, por meio do acesso da sociedade às informações geridas pelo
SisFPC;

III - a orientação para o usuário;

IV - a auditoria de seus processos e a gestão de riscos;

V - a responsabilidade na prestação de contas; e

VI - o aperfeiçoamento técnico-profissional dos integrantes do SisFPC.

Art. 13. Integram o SisFPC, na condição de auxiliares da fiscalização de PCE realizada pelo
Comando do Exército:

I - os órgãos de segurança pública;

II - os órgãos da administração pública federal aos quais compete a supervisão de atividades


relacionadas com o comércio exterior;

III - a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia;

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IV - o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro;

V - os serviços postal, similares ou de encomendas; e

VI - as entidades de tiro desportivo.

§ 1º Os órgãos e as entidades de que trata o caput comunicarão ao Comando do Exército as


irregularidades ou os delitos verificados na execução de atividades relacionadas com PCE.

§ 2º O Comando do Exército disponibilizará acesso aos dados do tráfego de PCE, em tempo real,
aos órgãos de que tratam os incisos I a III do caput.

Art. 14. Os órgãos e as entidades da administração pública federal cooperarão com o Comando do
Exército nas ações de fiscalização de PCE, quando solicitados.

§ 1º O Comando do Exército poderá promover reuniões temáticas, inclusive em nível regional, com
os órgãos e as entidades de que trata o caput, com a finalidade de estabelecer e aperfeiçoar os
instrumentos de coordenação e de controle nas ações de fiscalização de PCE.

§ 2º Os órgãos estaduais e distritais com poder de polícia judiciária poderão:

I - colaborar com o Comando do Exército na fiscalização de PCE, nas áreas sob a sua
responsabilidade, com vistas à manutenção da segurança da sociedade;

II - colaborar com o Comando do Exército na identificação de pessoas físicas e jurídicas que


exerçam irregularmente atividade com PCE;

III - comunicar imediatamente aos órgãos de fiscalização do Comando do Exército irregularidade


administrativa constatada em atividades com PCE;

IV - fornecer à pessoa idônea, conforme legislação estadual, carteira de encarregado de fogo


(blaster);

V - disponibilizar ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a relação atualizada dos dados


cadastrais das pessoas que portam as carteiras de que trata o inciso IV; e

VI - exercer outras atribuições estabelecidas em lei ou regulamento.

CAPÍTULO III

DOS PRODUTOS CONTROLADOS

Art. 15. Os PCE são classificados, quanto ao grau de restrição, da seguinte forma:

I - de uso proibido;

II - de uso restrito; ou

III - de uso permitido.

§ 1º São produtos controlados de uso proibido:

I - os produtos químicos listados na Convenção Internacional sobre a Proibição do


Desenvolvimento, Produção, Estocagem e Uso de Armas Químicas e sobre a Destruição das Armas
Químicas Existentes no Mundo, promulgada pelo Decreto nº 2.977, de 1º de março de 1999, e na
legislação correlata, quando utilizados para fins de desenvolvimento, de produção, estocagem e uso em
armas químicas;

II - as armas de fogo de uso proibido; e

III - as munições de uso proibido.

§ 2º São produtos controlados de uso restrito:

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I - armas de fogo de uso restrito;

II - os acessórios de arma de fogo que tenham por objetivo:

a) suprimir ou abrandar o estampido; ou

b) modificar as condições de emprego, conforme regulamentação do Comando do Exército;

III - as munições de uso restrito;

IV - os explosivos, os iniciadores e os acessórios;

V - os veículos automotores com blindagem às munições de uso restrito, conforme estabelecido em


norma editada pelo Comando do Exército;

VI - as proteções balísticas contra as munições de uso restrito, conforme estabelecido em norma


editada pelo Comando do Exército;

VII - os agentes lacrimogêneos e os seus dispositivos de lançamento;

VIII - os produtos menos-letais;

IX - os fogos de artifício da classe D a que se refere o Decreto-Lei nº 4.238, de 8 de abril de 1942;

X - os equipamentos de visão noturna ou termal de emprego militar ou policial;

XI - os PCE que apresentem particularidades técnicas ou táticas direcionadas exclusivamente ao


emprego militar ou policial; e

XII - os redutores de calibre de armas de fogo de emprego finalístico militar ou policial.

§ 3º São produtos controlados de uso permitido os PCE não relacionados nos § 1º e § 2º.

§ 4º A classificação de armas e munições de usos proibido, restrito e permitido é aquela prevista na


regulamentação da Lei nº 10.826, de 2003.

CAPÍTULO IV

DAS ATIVIDADES COM PRODUTOS CONTROLADOS

Seção I

Da fabricação

Art. 16. A autorização para a fabricação de PCE dos tipos arma de fogo, menos-letal, munição,
pirotécnicos e proteção balística será precedida da aprovação do protótipo, por meio de avaliação da
conformidade.

Art. 17. Compete ao Comando do Exército estabelecer os requisitos mínimos de segurança e


desempenho dos PCE a serem submetidos à avaliação da conformidade.

§ 1º Os requisitos mínimos de que trata o caput garantirão padrões adequados de qualidade,


segurança, durabilidade e desempenho.

§ 2º As normas técnicas que disciplinam os requisitos mínimos dos PCE serão revisadas
periodicamente.

§ 3º O Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública poderá estabelecer requisitos adicionais


aos PCE de interesse da segurança pública, com vistas à padronização de equipamentos, de tecnologias
e dos procedimentos de avaliação da conformidade, nos termos do disposto na Lei nº 13.675, de 11 de
junho de 2018.

Art. 18. A certificação do atendimento dos requisitos mínimos de segurança e desempenho do PCE

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será realizada por Organismo de Avaliação da Conformidade - OAC, designado pelo Comando do Exército
que seja acreditado:

I - pelo Inmetro; ou

II - por órgão de acreditação signatário de acordos de reconhecimento mútuo de cooperações


regionais ou internacionais de acreditação dos quais o Inmetro seja signatário.

§ 1º A avaliação positiva do PCE quanto ao cumprimento dos requisitos de segurança e


desempenho importará na emissão de certificado de conformidade por OAC.

§ 2º O certificado de conformidade de que trata o § 1º:

I - será homologado pelo Comando do Exército; e

II - terá prazo de validade estabelecido em norma editada pelo Comando do Exército.

Art. 19. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se protótipo o modelo ou a
implementação preliminar de produto ou sistema utilizado para:

I - avaliar a arquitetura, o desenho, o desempenho, o potencial de produção ou a documentação de


seus requisitos; ou

II - obter entendimento melhor sobre o produto.

Art. 20. É vedado ao fabricante comercializar PCE com características diferentes daquelas
constantes do certificado de conformidade.

§ 1º A garantia de que as alterações do processo de fabricação não impliquem modificações nas


características do PCE homologado será de responsabilidade de seu fabricante.

§ 2º Alterações no projeto ou nas características técnicas de PCE homologado serão submetidas a


OAC, competente para avaliação da necessidade de novo processo de certificação.

§ 3º É exigida nova homologação do Comando do Exército para o produto que for submetido a um
novo processo de certificação.

Art. 21. A relação entre fabricante, prestador de serviço e importador de PCE e consumidor de
PCE ocorrerá na forma estabelecida pela Lei nº 8.078, de 1990 - Código de Defesa do Consumidor.

Art. 22. É proibida a fabricação de fogos de artifício ou de artifícios pirotécnicos compostos por altos
explosivos, como iniciadores e explosivos de ruptura, ou por substâncias tóxicas.

Parágrafo único. As substâncias tóxicas referidas no caput poderão ser admitidas na composição
de fogos de artifícios ou de artifícios pirotécnicos, desde que atendidas as tolerâncias especificadas nas
normas técnicas editadas pelo Comando do Exército.

Seção II

Do comércio

Art. 23. Os produtos controlados de uso restrito e de uso permitido poderão ser comercializados em
estabelecimentos comerciais.

§ 1º Os produtos do tipo explosivos não poderão ser objeto de exposição no local de venda.

§ 2º É vedada a comercialização de munição recarregada, exceto quanto à munição de salva e


festim.

Art. 24. As pessoas que comercializarem PCE manterão à disposição da fiscalização, período de
cinco anos e na forma estabelecidos pelo Comando do Exército:

I - os dados referentes aos estoques; e

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II - a relação das vendas efetuadas.

Parágrafo único. As pessoas que comercializarem PCE manterão atualizado o sistema


informatizado online para registro dos dados referentes aos estoques e às vendas de produtos
controlados.

Seção III

Da importação e da exportação

Art. 25. A importação de PCE ficará sujeita à autorização prévia do Comando do Exército.
Art. 26. O Comando do Exército autorizará, mediante comunicação prévia, a importação de armas
de fogo, munições e demais produtos controlados para os seguintes órgãos, instituições e corporações:
I - Polícia Federal;
II - Polícia Rodoviária Federal;
III - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
IV - Agência Brasileira de Inteligência;
V - órgãos do sistema penitenciário federal ou estadual;
VI - Força Nacional de Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública
do Ministério da Justiça e Segurança Pública;
VII - órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal a que se referem o inciso IV
do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição, respectivamente;
VIII - polícias civis dos Estados e do Distrito Federal;
IX - polícias militares dos Estados e do Distrito Federal;
X - corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal; e
XI - guardas municipais.

Parágrafo único. As importações de PCE realizadas pelas Forças Armadas independerão de


autorização prévia do Comando do Exército.

Art. 27. O Certificado de Usuário Final relativo às autorizações de importação de PCE será
expedido pelo Comando do Exército.

Art. 28. A entrada no País de PCE objeto de importação ocorrerá somente em locais onde haja
fiscalização do Comando do Exército.

Art. 29. É vedada a importação, por meio de remessa postal ou expressa, dos PCE:

I - explosivos, iniciadores e acessórios; e

II - agentes de guerra química.

Art. 30. A autorização para a importação de armas de fogo, munições e demais produtos
controlados poderá ser concedida:

I - aos órgãos e às entidades da administração pública;

II - aos fabricantes de PCE;

III - aos representantes de empresas estrangeiras, em caráter temporário, para fins de exposições,
testes ou demonstrações;

IV - aos agentes de segurança de dignitários estrangeiros em visita oficial ao País, em caráter


temporário;

V - às representações diplomáticas;

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VI - aos integrantes de Forças Armadas estrangeiras ou de órgãos de segurança estrangeiros, para:

a) participação em exercícios conjuntos; e

b) participação, como instrutores, em cursos profissionais das Forças Armadas e dos órgãos de
segurança pública nacionais, desde que o PCE seja essencial ao curso ministrado;

VII - aos atiradores desportivos estrangeiros para competições oficiais no País, quando se tratar de
PCE pertinente à atividade realizada, em caráter temporário;

VIII - aos caçadores estrangeiros para abate de espécies da fauna, com autorização das
autoridades competentes, quando se tratar de PCE pertinente à atividade realizada;

IX - às pessoas jurídicas registradas no Comando do Exército não enquadradas nas hipóteses


previstas nos incisos I a VIII, conforme procedimentos estabelecidos pelo referido Comando; e

X - às pessoas a que se referem os incisos I a VII, X e XI do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de


2003.

Parágrafo único. Nas hipóteses previstas nos incisos III, IV, VI, VII e VIII do caput, a importação
ficará limitada às quantidades necessárias ao evento, vedada a importação do produto para outros fins e,
após o término do evento que motivou a importação, os PCE serão reexportados ou doados, mediante
autorização do Comando do Exército.

Art. 31. Os PCE importados serão marcados em observância às normas de marcação editadas pelo
Comando do Exército, para fins de rastreamento.

Parágrafo único. A marcação de que trata o caput não dispensa as marcações identificadoras do
importador.

Art. 32. A exportação de PCE ficará sujeita à autorização prévia do Comando do Exército.

§ 1º O Comando do Exército editará normas complementares para regulamentar os procedimentos


administrativos para exportação de PCE.

§ 2º As exportações de PCE realizadas pelas Forças Armadas independerão de autorização prévia


do Comando do Exército.

§ 3º A autorização prévia de que trata o caput considerará as restrições relativas à exportação de


PCE, conforme as informações disponibilizadas pelo Ministério das Relações Exteriores.

§ 4º A exportação de PCE catalogado como Prode ficará sujeita também à autorização prévia do
Ministério da Defesa.

Art. 33. A autorização para exportação de PCE em fase de avaliação da conformidade poderá ser
concedida, em caráter excepcional, para as pessoas com registro no Comando do Exército.

Art. 34. Os exportadores nacionais apresentarão ao Comando do Exército o Certificado


Internacional de Importação assinado e timbrado pelo governo do país importador para os seguintes PCE:

I - agente e precursor de agente de guerra química;

II - armas de fogo;

III - armas de guerra;

IV - explosivos, exceto dispositivo gerador de gás instantâneo com explosivos ou mistura pirotécnica
em sua composição, como air bag e cinto de segurança com pré-tensor; e

V - munições.

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§ 1º O Certificado Internacional de Importação de que trata o caput, no caso de países com livre
importação de PCE, poderá ser substituído por declaração da representação diplomática do país
importador ou de repartição diplomática brasileira no país de destino, com prazo de validade estabelecido
em norma editada pelo Comando do Exército.

§ 2º O exportador apresentará também o certificado de usuário final, quando solicitado.

§ 3º O Certificado Internacional de Importação e o certificado de usuário final serão traduzidos para


a língua portuguesa por tradutor juramentado, quando solicitado.

Art. 35. É vedada a exportação de explosivos e de agentes de guerra química por meio de remessa
postal ou expressa.

Art. 36. Os PCE a serem exportados serão objeto de desembaraço alfandegário como condição
para a anuência do registro de exportação ou de documento equivalente.

Art. 37. A autorização para importação e para exportação de PCE poderá ser concedida:

I - por meio eletrônico, no sítio eletrônico do Portal de Comércio Exterior - Portal Siscomex; ou

II - por meio de formulário, nas hipóteses exigidas em lei.

Seção IV

Da utilização

Art. 38. A utilização de PCE compreende a aplicação, o uso industrial, a demonstração, a


exposição, a pesquisa, o emprego na cenografia, o emprego em espetáculos pirotécnicos com fogos de
artifício, a apresentação de bacamarteiros, o emprego na segurança pública, o emprego na segurança de
patrimônio público, o emprego na segurança privada, o emprego na segurança institucional e outra
finalidade considerada excepcional.

Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, considera-se:

I - aplicação - emprego de PCE que pode resultar em outro produto, controlado ou não; e

II - uso industrial - emprego de PCE em processo produtivo com reação física ou química que
resulte em outro produto, controlado ou não.

Seção V

Da prestação de serviços

Art. 39. A prestação de serviço compreende o transporte, a armazenagem, a manutenção, a


reparação, a aplicação de blindagem balística, a capacitação para utilização de PCE, a detonação, a
destruição de PCE, a locação, os serviços de correios, a representação comercial autônoma e o serviço
de procurador legal de pessoas que exerçam atividade com PCE.

§ 1º A locação de que trata o caput se refere a veículos automotores blindados e a PCE para
emprego cenográfico.

§ 2º O PCE objeto de locação para emprego cenográfico não poderá permitir o disparo de projétil.

§ 3º Quando os serviços elencados no caput forem realizados por meios próprios das pessoas
jurídicas, serão considerados atividades orgânicas e serão apostilados ao registro.

§ 4º A representação comercial autônoma é regida pelo disposto na Lei nº 4.886, de 9 de dezembro


de 1965.

§ 5º O transporte de PCE obedecerá às normas editadas pelo Comando do Exército quanto à


fiscalização de PCE, sem prejuízo ao disposto em legislação e disciplina peculiar a cada produto e ao
meio de transporte empregado.

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§ 6º A armazenagem compreende a prestação de serviço por meio de acondicionamento em
depósitos, em local autorizado, conforme definido em norma técnica editada pelo Comando do Exército.

§ 7º O processo de blindagem compreende a aplicação de PCE em veículos automotores,


embarcações e aeronaves ou em estruturas arquitetônicas.

§ 8º Para fins do disposto neste Regulamento, os serviços de correios estão enquadrados na


prestação de serviços quando transportarem PCE no território nacional.

Art. 40. O Comando do Exército editará normas relativas à segurança do armazenamento de PCE.

Seção VI

Do colecionamento
Art. 41. O colecionamento de PCE tem por finalidade preservar e divulgar o patrimônio material
histórico, no que se refere a armas, munições, viaturas militares e outros PCE, e colaborar com a
preservação do patrimônio cultural brasileiro, nos termos estabelecidos no art. 215 e no art. 216 da
Constituição.

Art. 42. Para fins do disposto neste Regulamento, colecionador é a pessoa física ou jurídica
registrada no Comando do Exército que tem a finalidade de adquirir, reunir, manter sob a sua guarda e
conservar PCE e colaborar para a preservação e a valorização do patrimônio histórico nacional.

Art. 43. Para fins do disposto neste Regulamento, coleção é a reunião de PCE de mesma natureza,
de valor histórico ou não, ou que guardem relação entre si.

Art. 44. A classificação de produto como PCE de valor histórico ficará condicionada ao atendimento
de parâmetros de raridade, originalidade singularidade e de critérios de pertinência.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se:

I - raridade - refere-se à quantidade das armas de fogo existentes, em circulação ou fora de


circulação;

II - originalidade - refere-se aos atributos de autenticidade e de autoria do objeto;

III - singularidade - refere-se à ligação do PCE a acontecimento, fato ou personagem relevante da


história brasileira; e

IV- critérios de pertinência - referem-se à:

a) sua ligação à história das Forças Armadas ou das Forças Auxiliares;

b) sua ligação com a história do País; ou

c) sua contribuição para a mudança de paradigma estratégico, tático ou operacional da doutrina


militar brasileira.

Art. 45. É vedado o colecionamento dos seguintes PCE:

I - arma de fogo:

a) de uso proibido; e

b) de uso restrito, que seja:

1. automática, de qualquer calibre; e

2. não-portátil ou portátil semiautomática cuja data de projeto do modelo original tenha menos de
trinta anos;

II - acessório de arma de fogo que tenha por objetivo abrandar ou suprimir o estampido;

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III - explosivos;

IV - armas químicas, biológicas e nucleares de qualquer tipo ou modalidade;

V - granadas, exceto se descarregadas e inertes; e

VI - munições de uso proibido.

Art. 46. A utilização de PCE que pode ser colecionado em eventos públicos e o empréstimo para
fins artísticos ou culturais ficarão condicionadas à autorização prévia do Comando do Exército.

Art. 47. É vedada a realização de tiro com arma de fogo de acervo de coleção, exceto para
realização de testes eventualmente necessários à sua manutenção ou ao seu reparo.

Art. 48. Não é permitida a alteração das características originais de armamento objeto de coleção.

Art. 49. Os reparos ou as restaurações em armas de acervo de colecionador serão executados por
pessoas registradas no Comando do Exército, mantidas as características originais do armamento.

Art. 50. Os museus serão registrados no Comando do Exército, para fins de cadastramento de PCE
em seu acervo.

Seção VII

Do tiro desportivo

Art. 51. Para fins de fiscalização de PCE, o tiro desportivo enquadra-se como esporte de prática
formal e desporto de rendimento, nos termos da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.

Art. 52. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se:

I - atirador desportivo - a pessoa física registrada no Comando do Exército e que pratica


habitualmente o tiro como esporte; e

II - habitualidade - a prática frequente do tiro desportivo realizada em local autorizado, em


treinamentos ou em competições.

Parágrafo único. Os critérios de habitualidade da prática do tiro desportivo serão estabelecidos em


norma editada pelo Comando do Exército.

Art. 53. As entidades de tiro desportivo, na forma estabelecida no art. 16 da Lei nº 9.615, de 1998,
pessoas jurídicas registradas no Comando do Exército, são auxiliares da fiscalização de PCE quanto ao
controle, em suas instalações, da aquisição, da utilização e da administração de PCE e têm como
atribuições:

I - ministrar cursos sobre modalidades de tiro desportivo, armamentos, recarga de munições,


segurança e legislação sobre armas para os seus associados;

II - promover o aperfeiçoamento técnico dos atiradores desportivos vinculados;

III - manter cadastro dos matriculados, com informações atualizadas do registro, da participação em
treinamentos e das competições de tiro, com o controle de armas, calibres e quantidade de munição
utilizada pelos atiradores desportivos, com responsabilidade pela salvaguarda desses dados;

IV - manter atualizado o ranking dos atiradores desportivos filiados;

V - não permitir o uso de arma não registrada pelos órgãos competentes em suas dependências;

VI - notificar imediatamente os órgãos de segurança pública quando ocorrer a hipótese prevista no


inciso V;

VII - atualizar e disponibilizar os registros referentes à aquisição e ao consumo de munição pela


entidade;

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VIII - colaborar com o Comando do Exército durante as inspeções de competições de tiro ou de
treinamentos que ocorram em suas instalações;

IX - enviar ao Comando do Exército, até 31 de dezembro de cada ano, a programação de


competições para o ano seguinte e atualizá-la quando houver alteração;

X - informar imediatamente ao Comando do Exército o desligamento ou o afastamento de atirador


desportivo vinculado à entidade;

XI - promover ou participar de reuniões temáticas, seminários ou simpósios, para atualização de


informações, trocas de experiências ou propostas de sugestões sobre normas afetas às atividades de tiro
desportivo;

XII - emitir certificados e declarações referentes aos atiradores vinculados; e

XIII - responsabilizar-se, na pessoa de seu presidente ou de seu substituto legal, observado o


disposto na legislação penal, pelas informações prestadas ao Comando do Exército quanto aos atiradores
vinculados e às irregularidades ocorridas em suas instalações ou em atividades esportivas sob seu
patrocínio.

Parágrafo único. As entidades de tiro desportivo poderão fornecer munições recarregadas para
utilização das práticas previstas nesta Seção em suas instalações.

Art. 54. As escolas de tiro previstas no Decreto nº 9.846, de 2019, e no Decreto nº 9.847, de 2019,
são consideradas entidades de tiro, registradas no Comando do Exército, com a finalidade de realizar
cursos de tiro para pessoas autorizadas a ter a posse de armas de fogo.

Parágrafo único. Os clubes de tiro e as escolas de tiro estarão sujeitas às mesmas regras e
condicionantes aplicáveis às entidades de tiro desportivo de que trata esta Seção.

Seção VIII

Da caça

Art. 55. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se caçador a pessoa física registrada
no Comando do Exército vinculada a entidade ligada à caça e que realiza o abate de espécies da fauna,
em observância às normas de proteção ao meio ambiente.

Parágrafo único. São consideradas entidades de caça os clubes, as associações, as federações e


as confederações de caça que se dedicam a essa atividade e que estejam registradas no Comando do
Exército.

Art. 56. Para o exercício da atividade de abate de espécies da fauna, obedecida a competência dos
órgãos responsáveis pela tutela do meio ambiente, compete ao Comando do Exército a expedição de guia
de tráfego para a utilização de PCE.

Art. 57. São atribuições das entidades de caça:

I - ministrar cursos sobre modalidades de caça, armamentos, segurança e normas pertinentes a


essa atividade aos seus associados;

II - manter cadastro dos caçadores matriculados, com informações atualizadas da participação em


treinamentos;

III - manter o controle de armas, calibres e quantidade de munição utilizada e se responsabilizar


pela salvaguarda dos dados;

IV - não permitir o uso de arma não autorizada para a caça em suas dependências, por seus
associados ou terceiros, hipótese em que deverá notificar imediatamente os órgãos de segurança pública
quanto a essa tentativa;

V - informar imediatamente ao Comando do Exército o desligamento ou o afastamento de caçador

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vinculado à entidade;

VI - promover reuniões temáticas, seminários ou simpósios para atualização de informações, trocas


de experiências ou propostas de sugestões para o aperfeiçoamento do controle da atividade de caça;

VII - atualizar e disponibilizar os registros referentes à aquisição e ao consumo de munição pela


entidade;

VIII - colaborar com o Comando do Exército durante as inspeções que ocorram em suas
instalações; e

IX - responsabilizar-se, na pessoa de seu presidente ou de seu substituto legal, observado o


disposto na legislação penal, pelas informações prestadas ao Comando do Exército quanto aos caçadores
vinculados e às irregularidades ocorridas em suas instalações ou em atividades sob seu patrocínio.

TÍTULO II

DO CONTROLE E DA SEGURANÇA

CAPÍTULO I

DOS PROCESSOS DE CONTROLE

Art. 58. Os processos de controle de PCE são mecanismos operacionais, automatizados ou não,
que têm a finalidade de:

I - verificar a conformidade normativa do PCE em relação ao disposto neste Regulamento;

II - produzir indicadores institucionais;

III - fornecer informações para subsidiar a tomada de decisão; e

IV - permitir a fiscalização efetiva de PCE pelo Comando do Exército.

§ 1º Os processos de controle compreendem o registro, a autorização para aquisição, a


autorização para o tráfego, a autorização para importação e exportação, o desembaraço alfandegário, o
rastreamento, o controle da destruição, a avaliação da conformidade e o destino final.

§ 2º O destino final de PCE de que trata o § 1º refere-se ao controle do Comando do Exército na


fase final do ciclo de vida do produto, após o emprego de PCE nas atividades elencadas neste
Regulamento.

Art. 59. A pessoa que exercer atividade com PCE estabelecerá mecanismos de controle próprios
de entrada e saída de PCE, por meio de registros, que serão informados ou ficarão à disposição do
Comando do Exército, conforme norma editada pelo Comando do Exército.

Art. 60. As informações pessoais e técnicas sobre pessoas que exerçam atividades com PCE serão
consideradas de acesso restrito.

Seção I

Do registro

Art. 61. O registro conterá os dados de identificação da pessoa, do PCE, da atividade autorizada ou
de outra informação complementar considerada pertinente pelo Comando do Exército.

Parágrafo único. As alterações nos dados do registro, a alienação ou alteração de área perigosa e
o arrendamento de estabelecimento empresarial, seja este fábrica ou comércio, e de equipamentos fixos
ou móveis de bombeamento ficarão condicionados à autorização prévia do Comando do Exército.

Art. 62. Cada registro será vinculado a apenas um número de Cadastro da Pessoa Física - CPF ou
de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do
Ministério da Economia.
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Art. 63. A concessão de registro é o processo que atesta o atendimento aos requisitos para o
exercício de atividades com PCE.

Art. 64. A revalidação de registro é o processo de renovação de sua validade, mediante o


atendimento aos parâmetros preestabelecidos pelo Comando do Exército e a validade do certificado de
conformidade.

Art. 65. O registro permanecerá válido até decisão final sobre o processo de revalidação, desde
que esta tenha sido solicitada no prazo estabelecido.

Art. 66. A expiração da validade do registro implicará o seu cancelamento, ressalvado o disposto no
art. 65.

Art. 67. O cancelamento do registro ou do apostilamento é uma medida administrativa que poderá
ocorrer, a qualquer tempo, nas seguintes hipóteses:

I - por solicitação do interessado, do representante ou do responsável legal; ou

II - ex officio, nos casos de:

a) decorrência de cassação do registro;

b) término de validade do registro e inércia do titular;

c) perda da capacidade técnica para a continuidade da atividade inicialmente autorizada;

d) perda de idoneidade da pessoa; ou

e) inaptidão psicológica, quando se tratar de pessoa física.

Art. 68. A pessoa física ou jurídica cujo registro seja cancelado terá o prazo de noventa dias,
contado da data do cancelamento, para providenciar:

I - a destinação ao PCE; ou

II - a autorização para a concessão de novo registro.

Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput poderão ser transferidos para pessoa física ou
jurídica autorizada ou destruídos.

Art. 69. O prazo previsto no art. 68 poderá ser prorrogado, em caráter excepcional, por igual
período, mediante solicitação fundamentada ao Comando do Exército.

Art. 70. O apostilamento ao registro é o processo de alteração de dados, por meio de inclusão,
exclusão ou modificação, da pessoa, do PCE, da atividade ou de informações complementares, mediante
iniciativa do interessado.

Parágrafo único. O apostilamento de PCE poderá ser cancelado quando for alterada característica
do produto sem autorização do Comando do Exército.

Art. 71. As vistorias têm por objetivo a verificação das condições de segurança do local e da
capacidade técnica da pessoa com a finalidade de subsidiar os processos de concessão, de revalidação
ou de apostilamento ao registro, ou como medida de controle de PCE nos processos de cancelamento de
registro.

§ 1º É facultado ao vistoriado a presença de até três testemunhas de sua escolha para o


acompanhamento da vistoria.

§ 2º A decisão quanto à conveniência, à oportunidade e aos critérios para a realização de vistoria


serão estabelecidos em norma editada pelo Comando do Exército.

§ 3º A vistoria para verificação da capacidade técnica a que se refere o caput se aplica somente à
atividade de fabricação, conforme norma editada pelo Comando do Exército.
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Art. 72. A suspensão é a medida administrativa preventiva que interrompe temporariamente, a
qualquer tempo, a autorização para o exercício de atividades com PCE, aplicada na hipótese de ser
identificada atividade realizada em desconformidade com o registro concedido à pessoa física ou jurídica.

Parágrafo único. A suspensão da atividade deverá ser motivada e fundamentada, observado o


disposto em lei, e deverá ser comunicada à Polícia Federal quando se tratar de armeiro ou de empresa
que comercializa armas de fogo.

Art. 73. O Comando do Exército editará normas complementares para dispor sobre os
procedimentos necessários à concessão, à revalidação, ao apostilamento e ao cancelamento de registro.

Seção II

Da aquisição

Art. 74. A aquisição de PCE será autorizada pelo Comando do Exército.

§ 1º A aquisição de que trata o caput se refere a qualquer forma de aquisição que implique
mudança de titularidade do PCE.

§ 2º A aquisição de PCE será documentada, com identificação do alienante, do adquirente e do


produto.

Art. 75. A aquisição de PCE pelas Forças Armadas para uso institucional dispensa autorização do
Comando do Exército, observado o disposto no § 2º do art. 74.

Paragráfo único. O Comando do Exército, nos termos da regulamentação e mediante comunicação


prévia, autorizará a aquisição de armas de fogo, munições e demais produtos controlados, para os
seguintes órgãos, instituições e corporações:

I - Polícia Federal;

II - Polícia Rodoviária Federal;

III - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;

IV - Agência Brasileira de Inteligência;

V - órgãos do sistema penitenciário federal ou estadual;

VI - Força Nacional de Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública
do Ministério da Justiça e Segurança Pública;
VII - órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal a que se referem o inciso IV
do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição, respectivamente;

VIII - polícias civis dos Estados e do Distrito Federal;

IX - polícias militares dos Estados e do Distrito Federal;

X - corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal; e

XI - guardas municipais.

Art. 76. Serão, ainda, autorizados a adquirir armas de fogo, munições, acessórios e demais
produtos controlados, nos termos da regulamentação do Comando do Exército:

I - integrantes das Forças Armadas e das instituições a que se refere o parágrafo único do art. 75;

II - pessoas naturais autorizadas a adquirir arma de fogo, munições ou acessórios, de uso permitido
ou restrito, nos limites da autorização obtida; e

III - pessoas jurídicas credenciadas no Comando do Exército para comercializar armas de fogo,

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munições e produtos controlados.

Parágrafo único. Outras pessoas físicas ou jurídicas que necessitem, justificadamente, utilizar PCE,
poderão ser excepcionalmente autorizadas pelo Comando do Exército a adquirir o PCE.

Art. 77. A aquisição de PCE por empresa de segurança privada será autorizada pela Polícia
Federal.

Art. 78. Caberá à Polícia Federal definir a dotação de PCE das empresas de segurança privada,
justificadas a sua necessidade e a sua conveniência, e encaminhá-la ao Comando do Exército para
aprovação.

Art. 79. Os órgãos e as entidades da administração pública que realizarem licitações para aquisição
de PCE farão constar do instrumento convocatório a exigência de registro válido no Comando do Exército,
para fins de habilitação jurídica.

Parágrafo único. O disposto no caput não será aplicado às licitações internacionais.

Seção III

Do tráfego

Art. 80. Para fins do disposto neste Regulamento, tráfego é a circulação de PCE no território
nacional.

Art. 81. A guia de tráfego é o documento que materializa a autorização para o tráfego de PCE no
território nacional e corresponde ao porte de trânsito previsto no art. 24 da Lei nº 10.826, de 2003.

Parágrafo único. A guia de tráfego será expedida com código verificador que permitirá aos órgãos
de fiscalização e policiamento a conferência da autenticidade de seus dados por meio eletrônico.

Art. 82. A pessoa que transportar PCE deverá portar a guia de tráfego correspondente aos
produtos, desde a origem até o seu destino, e ficará sujeita à fiscalização em todo o trajeto.

Parágrafo único. O trânsito aduaneiro entre a unidade da Receita Federal do Brasil de entrada e a
de despacho deverá estar coberto por guia de tráfego.

Art. 83. O tráfego de PCE no território nacional seguirá as normas editadas pelo Comando do
Exército no que concerne ao controle de PCE.

§ 1º O PCE importado por países fronteiriços em trânsito aduaneiro de passagem pelo território
nacional ficará sujeito ao controle de tráfego.

§ 2º O tráfego de PCE das empresas de segurança privada e transporte de valores seguirá as


normas editadas pela Polícia Federal.

Seção IV

Do desembaraço alfandegário

Art. 84. A autorização para o desembaraço alfandegário de PCE é o tratamento administrativo que
antecede o deferimento da licença de importação ou a efetivação do registro de exportação, ou de
documentos equivalentes, e compreende o exame documental e a conferência física.

§ 1º Para efeitos de desembaraço alfandegário, os PCE são classificados em três faixas:

I - faixa verde - o desembaraço alfandegário será realizado apenas por meio de exame documental;

II - faixa amarela - o desembaraço alfandegário será realizado por meio de exame documental, em
todos os casos, e de conferência física por amostragem; e

III - faixa vermelha - o desembaraço alfandegário exigirá, sempre, o exame documental e a


conferência física.
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§ 2º A autorização do desembaraço alfandegário é materializada com o deferimento da licença de
importação, a efetivação do registro de exportação ou por meio de formulários.

Art. 85. As importações de países limítrofes, quando se tratar de PCE, serão desembaraçadas pela
fiscalização de PCE para fins de trânsito aduaneiro de passagem.

Parágrafo único. A fiscalização de PCE observará as normas editadas pela autoridade aduaneira, a
quem compete dispor sobre a matéria, de maneira a indicar as mercadorias passíveis de trânsito
aduaneiro de passagem.

Seção V

Do rastreamento

Art. 86. O rastreamento é a busca de registros relativos a PCE com a finalidade de proceder a
diligências próprias ou em atendimento a órgãos policiais ou judiciais.

Art. 87. As medidas de controle que permitam o rastreamento do PCE por meio das embalagens ou
dos próprios produtos serão aquelas previstas em norma editada pelo Comando do Exército, mediante
manifestação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Seção VI

Da destruição

Art. 88. Ressalvadas as disposições referentes às Forças Armadas e aos órgãos e às entidades da
administração pública, a destruição de PCE ocorrerá em decorrência de:

I - decisão judicial transitada em julgado;

II - previsão legal;

III - perda de estabilidade química ou apresentação de indícios de decomposição;

IV - solução exarada em processo administrativo;

V - apreensão de PCE por motivo de cancelamento de registro do titular e de não cumprimento ao


disposto no art. 68; ou

VI - término de validade, quando se tratar de explosivos, produtos químicos e outros PCE.

§ 1º A destruição é de responsabilidade do proprietário do PCE, que poderá realizá-la diretamente


ou contratar serviço para esse fim.

§ 2º Na hipótese de solução de processo administrativo de que trata o inciso IV do caput, os PCE


serão destruídos quando:

I - forem considerados impróprios para o uso;

II - estiverem em mau estado de conservação ou sem estabilidade química;

III - for desaconselhável a recuperação ou o reaproveitamento, técnica ou economicamente; ou

IV - oferecerem risco ao meio ambiente.

§ 3º Os PCE que oferecerem risco iminente à segurança poderão, motivadamente, ser destruídos
sem a manifestação prévia do interessado, independentemente da instauração de processo administrativo
necessário para a destruição.

§ 4º As armas de fogo entregues espontaneamente à Polícia Federal ou aos postos de


recolhimento credenciados, nos termos do disposto nos art. 31 e art. 32 da Lei nº 10.826, de 2003, e as
armas e munições arrecadadas pela Polícia Federal, nas hipóteses de cancelamento de autorização para
funcionamento das empresas de segurança privada e de transporte de valores, com trânsito em julgado da

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decisão administrativa, serão encaminhadas ao Comando do Exército para destruição.

Art. 89. A destruição de PCE será documentada em termo de destruição do qual constarão os
produtos destruídos, as quantidades, os responsáveis, as testemunhas, o local, a data e a identificação
seriada do produto, quando for o caso.

Parágrafo único. O termo de destruição constará de registros permanentes do proprietário e será


disponibilizado para a fiscalização de PCE, quando solicitado.

Art. 90. Na destruição de PCE, serão observadas as prescrições relativas à segurança e à saúde
do trabalho e ao meio ambiente.

Art. 91. O Comando do Exército estabelecerá as normas técnico-administrativas sobre os


procedimentos referentes à destruição ou a outra destinação de PCE.

Seção VII

Da avaliação da conformidade

Art. 92. Para fins do disposto neste Regulamento, avaliação da conformidade é o processo de
verificação do atendimento aos requisitos mínimos de segurança e desempenho do PCE.

Art. 93. São princípios gerais do processo de avaliação da conformidade de PCE:

I - assegurar que os produtos fabricados no País estejam em conformidade com as normas técnicas
vigentes ou com as normas adotadas pelo Comando do Exército;

II - assegurar o atendimento aos requisitos de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho;

III - facilitar a inserção do País em acordos internacionais de reconhecimento mútuo;

IV - promover a isonomia no tratamento dado aos interessados na avaliação da conformidade de


PCE; e

V - dar tratamento de acesso restrito às informações técnicas, que assim o exijam, entre aquelas
disponibilizadas pelas partes interessadas por força deste Regulamento.

Art. 94. Compete ao Comando do Exército:

I - estabelecer os requisitos mínimos de segurança e desempenho dos PCE;

II - designar OAC; e

III - homologar certificado de conformidade e relatório de avaliação técnica.

§ 1º O Ministério da Justiça e Segurança Pública, nos termos da Lei nº 13.675, de 2018, poderá:

I - designar OAC para realizar certificação de conformidade adicional para os PCE de interesse da
segurança pública; e

II - homologar certificado de conformidade adicional para os PCE de interesse da segurança


pública.

§ 2º Os OAC, designados e os certificados homologados pelo Comando do Exército e pelo


Ministério da Justiça e Segurança Pública serão publicados em seus respectivos sítios eletrônicos.

Art. 95. O OAC, será acreditado pelo Inmetro ou por órgão de acreditação signatário de acordos de
reconhecimento mútuo.

Parágrafo único. Na hipótese de descumprimento do disposto no caput, o Comando do Exército


poderá estabelecer prazo para que a acreditação seja realizada.

Art. 96. A conformidade do PCE apostilado com o produto fabricado poderá ser verificada por meio

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de avaliações técnicas complementares a qualquer tempo.

§ 1º Na hipótese de não conformidade, serão determinados a correção da produção, a apreensão


dos produtos estocados e o recolhimento dos produtos já vendidos, sem prejuízo da aplicação das
medidas repressivas previstas neste Regulamento.

§ 2º A certificação do atendimento aos requisitos de avaliação da conformidade de PCE não exime


o fabricante, o comerciante ou o importador da responsabilidade pela qualidade, pelo desempenho e pela
garantia do PCE.

Art. 97. O fabricante, o comerciante ou o importador de PCE, por iniciativa própria ou por meio de
suas associações representativas, poderão buscar as certificações do produto em OAC.

CAPÍTULO II

DA SEGURANÇA

Art. 98. Para fins do disposto neste Regulamento, a segurança refere-se à:

I - segurança de área; e

II - segurança de PCE.

§ 1º A segurança de área corresponde à observação das condições de segurança das instalações


onde haja atividade com PCE, contra acidentes que possam colocar em risco a integridade de pessoas e
de bens.

§ 2º A segurança de PCE corresponde à adoção de medidas contra desvios, extravios, roubos e


furtos de bens e aquisição ilícita do conhecimento relativo às atividades com PCE, a fim de evitar a sua
utilização na prática de ilícitos.

Art. 99. O planejamento e a implementação das medidas de segurança previstas no art. 98 serão
de responsabilidade da pessoa jurídica detentora de registro e serão consubstanciadas em um plano de
segurança de PCE.

§ 1º O plano de segurança abordará os seguintes aspectos:

I - análise de risco das atividades relacionadas com PCE;

II - medidas de controle de acesso de pessoal;

III - medidas ativas e passivas de proteção ao patrimônio, às pessoas e ao conhecimento envolvidos


em atividades relacionadas com PCE;

IV - medidas preventivas contra roubos e furtos de PCE durante os deslocamentos e as paradas, na


hipótese de tráfego de PCE;

V - medidas de contingência, na hipótese de acidentes ou de detecção da prática de ilícitos com


PCE, incluída a informação à fiscalização de PCE; e

VI - medidas de capacitação e treinamento do pessoal para a implementação do plano de


segurança, com o registro adequado.

§ 2º A pessoa jurídica registrada designará responsável pelo plano de que trata o caput e a
execução da segurança poderá ser terceirizada.

§ 3º O plano de segurança permanecerá na sede da empresa, atualizado e legível, disponível para


a fiscalização de PCE, quando solicitado.

Art. 100. A pessoa, física ou jurídica, que detiver a posse ou a propriedade de PCE é a responsável
pela guarda ou pelo armazenamento dos produtos e deverá seguir as medidas de segurança previstas
neste Regulamento, nas normas complementares ou na legislação editada por órgão competente.

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Art. 101. O Comando do Exército editará normas técnico-administrativas sobre segurança de área e
segurança de PCE de que trata este Capítulo.

CAPÍTULO III

DAS AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO

Art. 102. As ações de fiscalização são medidas executadas pelo Comando do Exército com a
finalidade de evitar o cometimento de irregularidade com PCE.

Art. 103. As ações de fiscalização de PCE compreendem:

I - auditoria física ou de sistemas; e

II - operações de fiscalização.

Art. 104. As ações de fiscalização não se estendem às Forças Armadas e aos órgãos de segurança
pública na hipótese de emprego de PCE para utilização própria.

Art. 105. As pessoas físicas ou jurídicas que exercerem atividades com PCE sem autorização ficam
sujeitas às ações de fiscalização e às penalidades previstas neste Regulamento e na legislação
complementar.

Art. 106. Os órgãos e as entidades da administração pública poderão participar de operações de


fiscalização de PCE juntamente ao Comando do Exército.

Parágrafo único. O planejamento e a coordenação das operações de fiscalização de que trata o


caput são de competência do Comando do Exército.

Art. 107. As pessoas fiscalizadas garantirão, durante as ações de fiscalização:

I - o acesso às instalações e à documentação relativa a PCE; e

II - a indicação de responsável para acompanhamento.

Art. 108. Na hipótese de risco iminente à segurança de pessoas ou de patrimônio, a fiscalização


militar poderá, excepcional e motivadamente, adotar providências acauteladoras, sem a prévia
manifestação do interessado, nos termos do art. 45 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

§ 1º A instauração de processo administrativo não é condição para a adoção de providências


acauteladoras para a fiscalização de PCE.

§ 2º As providências acauteladoras não constituem a sanção administrativa de que trata este


Regulamento e terão a extensão necessária, no tempo e no espaço, até a remoção do motivo de sua
adoção ou até a decisão final do processo administrativo.

§ 3º As providências de que trata o caput referem-se à suspensão da atividade com PCE e à


apreensão ou à destruição do PCE.

§ 4º Cessados os motivos da interdição, a fiscalização de PCE revogará a medida, por meio de


auto de desinterdição.

Art. 109. O Comando do Exército editará normas complementares sobre as ações de fiscalização
de PCE.

TÍTULO III

DAS MEDIDAS REPRESSIVAS

CAPÍTULO I

DAS INFRAÇÕES

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Art. 110. As infrações administrativas às normas de fiscalização de PCE e as sanções
administrativas são aquelas previstas neste Regulamento.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se infração administrativa a
ação ou a omissão de pessoas físicas ou jurídicas que violem norma jurídica referente a PCE.

Art. 111. São infrações administrativas às normas de fiscalização:

I - fabricar, comercializar, importar, exportar, prestar serviço, utilizar, colecionar ou praticar tiro
desportivo com PCE sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida;

II - utilizar PCE autorizado para a prática de caça em desacordo com a autorização concedida;

III - adquirir, aplicar, armazenar, arrendar, doar, embalar, empregar em cenografia, emprestar,
ceder, expor, locar, permutar, possuir, transferir, transformar, transportar, usar industrialmente ou vender
PCE sem autorização;

IV - realizar demonstração, detonação, espetáculo pirotécnico ou pesquisa ou trafegar com PCE


sem autorização;

V - recarregar munição, realizar manutenção ou reparação em PCE ou exercer representação


comercial sem autorização;

VI - desenvolver ou fabricar protótipo de PCE sem autorização ou em desacordo com a autorização


concedida;

VII - alterar documentos ou fazer uso de documentos falsos, ou que contenham declarações falsas;

VIII - impedir ou dificultar a ação da fiscalização de PCE;

IX - deixar de cumprir normas de segurança ao lidar com PCE;

X - portar ou ceder arma de fogo constante de acervo de colecionador, atirador desportivo ou


caçador para segurança pessoal;

XI - utilizar PCE que esteja sob a sua guarda, na condição de fiel depositário;

XII - não comprovar a origem lícita de PCE;

XIII - exercer atividade com PCE com prazo de validade expirado, sem estabilidade química ou que
apresente sinal de decomposição, de maneira a colocar em risco a integridade de pessoas ou de
patrimônio;

XIV - comercializar ou fornecer munição recarregada sem autorização ou para pessoa não
autorizada;

XV - extraviar arma de fogo ou munição pertencente a acervo de colecionador, atirador desportivo


ou caçador, por dolo ou culpa;

XVI - deixar de apresentar registros documentais de controle, quando solicitado pela fiscalização de
PCE;

XVII - deixar as entidades de tiro e de caça de verificar, em suas instalações físicas, o cumprimento
das normas deste Regulamento pelos seus associados e usuários; e

XVIII - deixar de comunicar furto, perda, roubo ou extravio de PCE no prazo estabelecido neste
Regulamento.

Art. 112. A infração administrativa é imputável a quem lhe deu causa ou a quem para ela
concorreu.

Parágrafo único. Concorre para infração quem de alguma forma poderia ter evitado ou contribuído
para evitar o cometimento da infração.
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CAPÍTULO II

DAS PENALIDADES

Art. 113. Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal, serão aplicadas as seguintes
penalidades às pessoas físicas e jurídicas que cometerem as infrações administrativas de que trata o
Capítulo I deste Título:

I - advertência;

II - multa simples;

III - multa pré-interditória;

IV - interdição; ou

V - cassação.

Art. 114. A penalidade de advertência corresponde à admoestação, por escrito, ao infrator.

Art. 115. As penalidades de multa correspondem ao pagamento de obrigação pecuniária pelo


infrator.

Art. 116. A penalidade de interdição é a sanção administrativa que suspende o exercício de


atividade com PCE.

Art. 117. A penalidade de cassação implica o cancelamento do registro do infrator.

CAPÍTULO III

DA APLICAÇÃO DE PENALIDADE

Art. 118. A aplicação de penalidade será precedida da análise da conduta e do enquadramento ao


tipo administrativo correspondente.

§ 1º A análise da infração a que se refere o caput compreende a apuração de sua gravidade e dos
riscos para a incolumidade pública.

§ 2º O enquadramento a que se refere o caput corresponde à classificação da infração em uma


das penalidades previstas no art. 113.

Art. 119. Na aplicação de penalidade, a pena será agravada se houver reincidência.

§ 1º A reincidência será caracterizada pelo cometimento de qualquer outra infração administrativa


no período de três anos, contado da data da decisão administrativa irrecorrível em processo
administrativo.

§ 2º O agravamento da penalidade ocorrerá da seguinte forma:

I - a advertência será convertida em multa simples;

II - a multa simples será convertida em multa pré-interditória;

III - a multa pré-interditória será convertida em interdição; e

IV - a interdição será convertida em cassação.

Art. 120. As infrações administrativas cometidas com arma de fogo e suas peças, com munição e
seus insumos ou com explosivos e seus acessórios ou aquelas previstas nos incisos I, V, VI e X do caput
do art. 111 serão consideradas faltas graves.

Art. 121. A penalidade de advertência não será aplicada para as faltas consideradas graves.

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Art. 122. Na aplicação de multa, serão observados os seguintes critérios:

I - a multa simples mínima será aplicada quando forem cometidas até duas infrações simultâneas;

II - a multa simples média será aplicada quando forem cometidas até três infrações simultâneas;

III - a multa simples máxima será aplicada quando forem cometidas até cinco infrações simultâneas
ou quando a falta for grave; e

IV - a multa pré-interditória será aplicada quando forem cometidas mais de cinco infrações, no
período de dois anos, ou mais de uma falta grave, simultaneamente.

Art. 123. A penalidade de interdição será aplicada quando houver cometimento de, no mínimo, três
faltas graves, no período de dois anos.

Parágrafo único. A penalidade de interdição será aplicada pelo prazo mínimo de quinze e máximo
de noventa dias corridos.

Art. 124. A penalidade de cassação será aplicada quando:

I - houver cometimento de, no mínimo, três faltas graves, no período de um ano; ou

II - a pessoa jurídica fizer uso do exercício de sua atividade para o cometimento de prática delituosa,
respeitada a independência das esferas penal e administrativa.

Art. 125. A pessoa que sofrer a penalidade de cassação somente poderá obter novo registro após
decorrido o prazo de cinco anos, contado da data da cassação.

CAPÍTULO IV

DA APREENSÃO DE PRODUTOS CONTROLADOS

Art. 126. São autoridades competentes para determinar a apreensão de PCE:

I - autoridades militares;

II - autoridades policiais;

III - autoridades fazendárias;

IV - autoridades ambientais; e

V - autoridades judiciárias.

Art. 127. O PCE ou o protótipo de PCE poderá ser apreendido quando:

I - for utilizado em atividades sem autorização ou em desacordo com normas legais;

II - não for comprovada a sua origem;

III - estiver em poder de pessoas não autorizadas;

IV - estiver em circulação no País sem autorização;

V - houver expirado o seu prazo de validade de registro;

VI - não estiver apostilado ao registro;

VII - apresentar risco iminente à segurança de pessoas e bens, com motivação; ou

VIII - houver sido fabricado com especificações técnicas distintas da autorização apostilada.

Art. 128. A apreensão de PCE não isentará os infratores das penalidades previstas neste

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Regulamento e na legislação penal.

Art. 129. A autoridade que efetuar a apreensão de PCE comunicará imediatamente o fato ao
Comando do Exército.
Art. 130. Na hipótese de encaminhamento de PCE apreendido por outro órgão da administração
pública caberá ao SisFPC providenciar a destinação do material e verificar a necessidade de instauração
de processo administrativo sancionador.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à apreensão de armas de fogo, seus
acessórios, munições e explosivos.

CAPÍTULO V

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR

Art. 131. O processo administrativo sancionador é o instrumento para apuração e aplicação de


penalidades administrativas quando constatada a autoria e a materialidade do ilícito administrativo.

Art. 132. Encerrado o processo administrativo e imputada a penalidade de multa administrativa, o


sancionado será intimado para efetuar o pagamento no prazo de trinta dias, contado da data da intimação.

Parágrafo único. O não pagamento da multa administrativa no prazo estipulado no caput acarretará
a cobrança judicial, mediante inscrição do devedor na Dívida Ativa da União.

Art. 133. Após a instauração do processo administrativo será possível a celebração de termo de
ajustamento de conduta entre os órgãos da fiscalização militar e os administrados do SisFPC, com vistas
à correção das ilicitudes verificadas.

§ 1º A celebração do termo de ajustamento de conduta importará na suspensão do processo


administrativo sancionador até a solução das pendências encontradas, hipótese em que ocorrerá o
arquivamento do processo.

§ 2º Na hipótese de descumprimento das obrigações previstas no termo de ajustamento de conduta


pelo administrado, o trâmite do processo administrativo sancionador será retomado e seguirá até decisão
final.
Art. 134. O administrado poderá interpor recurso administrativo das decisões proferidas pela
Administração Militar, no prazo de dez dias, contado da data de ciência da decisão.
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão e, na hipótese de não
haver reconsideração no prazo de cinco dias, será encaminhado à autoridade superior.

Art. 135. Os processos administrativos poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de
ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis para justificar a inadequação
da sanção aplicada.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

Art. 136. Na hipótese da existência de indícios da prática de crimes por parte da pessoa, registrada
ou não no Comando do Exército, o fato será levado ao conhecimento da autoridade policial ou do
Ministério Público para a adoção das medidas cabíveis.

Art. 137. A prescrição da ação punitiva ocorrerá na forma estabelecida na Lei nº 9.873, de 23 de
novembro de 1999.

Art. 138. Os ritos do processo administrativo serão estabelecidos em norma editada pelo Comando
do Exército.

TÍTULO IV

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 139. Os estandes de tiro credenciados pelo Comando do Exército, nos termos do disposto no

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Decreto nº 9.846, de 2019, são aqueles apostilados às pessoas jurídicas registradas no Comando do
Exército ou aqueles vinculados às Forças Armadas ou aos órgãos de segurança pública.

§ 1º Os estandes de tiro de pessoas jurídicas a que se refere o caput atenderão aos requisitos
estabelecidos pelo Poder Público municipal quanto à sua localização.

§ 2º As condições de segurança operacional do estande poderão ser atestadas por engenheiro


inscrito regularmente no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, mediante Anotação de
Responsabilidade Técnica.

§ 3º As condições de segurança operacional dos estandes de tiro das Forças Armadas e dos
órgãos de segurança pública poderão ser atestadas por profissional capacitado da própria organização.

Art. 140. A exposição e a demonstração dos seguintes PCE serão precedidas de autorização do
Comando do Exército, exceto quando promovidas pelos órgãos referidos no art. 6º da Lei nº 10.826, de
2003:

I - as armas de fogo;

II - as munições;

III - as armas menos-letais; ou

IV - os explosivos, exceto quanto aos pirotécnicos.

Art. 141. Os valores das multas relacionadas às sanções administrativas são aqueles constantes do
Anexo IV.

Art. 142. A perda, o furto, o roubo e o extravio de produto controlado do explosivo serão informados
ao Comando do Exército em até setenta e duas horas.

Art. 143. A edição de normas pelo Comando do Exército sobre a atividade de fiscalização de PCE
poderá ser precedida de consulta pública, na forma estabelecida no Decreto nº 9.191, de 1º de novembro
de 2017.

Art. 144. Compete ao Comando do Exército a edição de normas complementares sobre o exercício
das atividades, os processos de controle de PCE e as proteções balísticas de que trata este Regulamento,
ressalvadas as competências do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

TÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 145. Ficam mantidos os atos administrativos para o exercício das atividades com PCE em vigor
que não contrariem o disposto neste Regulamento.

Art. 146. O Ministério das Relações Exteriores consultará o Comando do Exército, por meio do
Ministério da Defesa, previamente à assinatura de tratados internacionais que envolvam atividades com
PCE.

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Modelo de Guia de Trafego Especial (GTE)

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO LOGÍSTICO
DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS CONTROLADOS
COMANDO DA 2ª REGIÃO MILITAR

GUIA DE TRÁFEGO No _________ - SFPC/ 2

Validade até __/___/_____

Dados do Proprietário:
NOME DO PROPRIETÁRIO:
NÚMERO DO REGISTRO: CR No – SFPC/2 Nº CPF:
TELEFONE:

Local de origem:
São Paulo - SP

Local de destino:
A arma a seguir especificadas destinam-se com a finalidade exclusiva de
apresenta-la no SFPC/2, para identificação, de acordo com o prescrito no Oficio nº
087 Dlog/DFPC-SPIC/1, de 15 Abr 04 estando assegurado o retorno à origem:
Arma

Produto Nr de Série Espécie Calibre Modelo Marca


Arma

SELO DE AUTENTICIDADE
______________________________________________
ANTONIO CARLOS PASSOS DA SILVA – Coronel
Chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados/2

SFPC/2 em São Paulo, _____ de ________________de 2005

Instruções:
1) No caso de transporte aéreo, apresentar mais 03 (três) vias à Aeronáutica.
2) As alterações devem ser anotadas no verso.
3) Amparo Legal Art.24 da Lei 10.826, de 23 de dezembro 2003.

NÃO VALE COMO PORTE DE ARMA

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Munições

CALIBRE

Dimensão utilizada para definir o diâmetro entre cheios do raiamento do cano de uma arma
(calibre real) ou o diâmetro do projétil (calibre do projétil), ou designar um tipo particular de
munição.

Calibre do Projétil: calibre aproximado a que nos referimos ou a distância entre os fundos
opostos do raiamento é chamado de diâmetro entre fundos.

Calibre Real: é a medida entre cheios opostos do cano da arma, no caso de serem pares o número
de raias.

Calibre Nominal: é a dimensão usada para definir ou caracterizar um tipo de munição ou arma
designado pelo fabricante, nem sempre tendo relação com o calibre real ou do projétil.

A evolução das armas de fogo está diretamente relacionada com a evolução das munições que
utilizam.

Na atualidade, os cartuchos mais usuais são os de corpo metálico e reúnem, em si, todos os
elementos necessários ao tiro.

Duas unidades de medida são adotadas:

O padrão inglês, baseado na “unidade imperial”, polegada, denominado “ESCOLA INGLESA”;


(.380, .308)
E o padrão baseado no sistema métrico decimal, denominado “ESCOLA EUROPÉIA”.
Ambos são adotados por todos os países no mundo. (9mm, 10mm)

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CARTUCHOS

1) Culote
2) Alojamento da espoleta
3) Bigorna
4) Evento(s)
5) Gola
6) Virola
7) Corpo
8) Gargalo
9) Boca
10) Ombro

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Carga de Projeção (PROPELENTE)

Genericamente conhecida como pólvora, a carga de projeção é responsável pela produção de


gases; mediante sua combustão para expelir o projétil.

Tres tipos de pólvoras sem fumaça são utilizadas atualmente em armas de defesa:

Pólvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera menos calor durante a queima,
aumentando a durabilidade da arma.

Pólvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior conteúdo
energético.
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Pólvora de base tripla: fabricada com nitrocelulose, nitroglicerina e nitroguanina, tem maior
conteúdo energético.

PROJETIL

É o principal componente da munição, o qual é projetado do cano da arma quando ocorre o


disparo.

PROJÉTEIS DE CHUMBO
O moderno projétil de liga de chumbo, isto é, chumbo endurecido com antimônio e/ou estanho

Atualmente temos três modelos básicos:


CANTO-VIVO: utilizado em velocidades modestas para a prática de Tiro ao Alvo;
OGIVAL: cujo desenho é mais tradicional e obtém bons níveis de aerodinâmica e balanceamento;
SEMI CANTO-VIVO: que utiliza as qualidades dos dois anteriores.

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PROJÉTEIS JAQUETADOS ou ENCAMISADOS

É um composto de chumbo mole, puro, apenas tendo sua parte externa protegida por uma fina
camada de liga ("camisa" ou "jaqueta") não ferrosa (cobre e níquel, Lubaloy, Tombac, etc.) que,
tendo resistência e dureza superiores ao chumbo, protege o núcleo, impedindo a deformação do
mesmo em seu trânsito pelo cano.

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ESPOLETA TIPO BATERIA

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PROJETIL ou PROJETIS

Bagos de chumbo: os chumbos usados para cartuchos variam geralmente de 1,25 mm a 8,50 mm
de diâmetro. Existem ainda o tipo denominado balote ou bala ideal, que consiste em um projétil
único, cilíndrico e com o diâmetro equivalente ao calibre da arma.

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Balística
É por definição, a ciência que estuda o movimento dos projéteis.

• Parte da Física (Mecânica) que estuda o movimento de corpos, deslocando-se livremente


no espaço em virtude de um impulso recebido;
• Ciência que estuda o movimento dos projéteis, particularmente os disparados por armas de
fogo, do inicio de seu impulsionamento até sua parada.
– Ballo - do grego – “atirar”, “arremessar”.
– -ica - do grego - “técnica”, “arte”, “ciência”.

Balística interna: Desde o momento em que se inicia a detonação no misto fulminante até o
momento em que abandona o cano da arma.

Balística de transição: É o estudo dos fenômenos sobre os projéteis desde a saída da boca do
cano, até o momento em que deixam de ser influenciados pelos gases remanescentes da queima do
propelente

Balística externa: É o estudo das forças que atuam sobre o projétil e os correspondentes
movimentos deste durante sua travessia, desde o momento em que deixa de ser influenciado pelos
gases do propelente, até o momento que atinge o alvo.

Balística Terminal: Desde É o estudo dos fenômenos que se sucedem sobre o projétil, desde o
momento em que o atinge o alvo até a sua completa parada, ou seja, sua deformação, penetração e
a resultante destes no alvo

Balística Terminal: É o estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e efeitos próprios
dos tiros destas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimento e à prova de questões de fato, no
interesse da justiça.

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BALISTICA DE TRANSIÇÃO

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BALISTICA EXTERNA

• Comportamento do Projetil

• ROTAÇÃO: Giro do projétil no próprio eixo forçado pela


raiamento da arma.

• PRECESSÃO: Deslocamento angular do eixo de simetria do


projétil, compreendido, entre dois máximos, deslocamento esse que
gera um cone de revolução e é bem menos sensível que o
movimento de rotação do projétil.

• NUTAÇÃO: É produzida por um movimento epicicloide do eixo


do projétil, ao deslocar-se na periferia do cone determinado pela
precessão, é pois, um movimento vibratório.

TRAJETÓRIA

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O alcance de um projétil é sempre relativo, e depende da arma da qual foi disparado, e demais
elementos que influenciam em sua trajetória, como o angulo entre cano e solo, por exemplo

Como a resistência do ar é o maior fator de influencia no alcance dos projeteis de arma de fogo,
podemos afirmar que esta resistência tem grande efeito sobre sua performance balística, ou seja
sobre sua trajetória e o alcance do projétil.

Nos projeteis de cartuchos de armas curtas, a configuração será quase sempre mais ou menos
ogival ou arredondada, e a base plana, o que faz com que, em média, a cada 100 metros percam de
20 a 25% de sua velocidade inicial._[1]_ Nas armas longas raiadas o desempenho aerodinâmico
dos projeteis é melhorado a ponto de, em calibres como 7mm ou .30 a perda de velocidade ficar
limitada apenas a 6% a cada 100 metros de trajetória.

Temos diversos tipos de alcance que nos interessam neste estudo.

Por alcance útil entende-se o alcance determinado pela dispersão da arma e pelas possibilidades
praticas de sua utilização. De modo geral, é definido como sendo a distancia em que o projétil
causará ferimento de certa gravidade em alvo humano, ou, ainda, na qual possuirá energia
equivalente a 13,6 Kgm(quilogrametros), segundo o "Hatcher´s Notebook". É sempre um valor
estimado.

Por alcance máximo tem-se a distancia compreendida entre a boca do cano da arma e o ponto de
chegada do projétil. É calculado normalmente através de formulas balísticas que consideram a
velocidade inicial, o angulo de projeção e o coeficiente de resistência(balístico).

Já o alcance com precisão é a distancia na qual um atirador experimentado é capaz de atingir, com
razoável grau de certeza e precisão, um quadrado de 30cm de lado, que simula a área onde se
localizam os principais órgãos vitais do corpo humano. Aqui, também a experiência do atirador
influenciará o resultado.
_______________________________________________________________________________
[1]_ Testes realizados pelo Exercito dos Estados Unidos, quando da escolha da sua atual arma de
coldre regulamentar em calibre 9mm Parabellum, revelaram que o projétil da arma, disparada a
1,5m do solo, em posição perfeitamente horizontal (0º de inclinação). teve alcance de
aproximadamente 250 metros antes de tocar o solo.
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Balistica Terminal

CONCEITO:

É o estudo dos fenômenos que se sucedem sobre o projétil, desde o momento em que o atinge o
alvo até a sua completa parada, ou seja, sua deformação, penetração e a resultante destes no alvo.

Os elementos de estudo da balística terminal dependem:

• Energia de propulsão do projétil


• Massa do projétil
• Tipo de projétil
• Calibre do projétil

Diversos são os efeitos dos projeteis em seu ponto de chegada, dependendo de sua trajetória, bem
como do tipo de estrutura do alvo (madeira, metal, tecido humano, etc.) o que vai determinar seus
maiores ou menores efeitos.

PERFIL DAS LESÕES

CAVIDADE PERMANENTE – Lesão perfuro contundente que pelo mecanismo de martelo e


cunha provocado pelo impacto do projétil, empurra e rasga dos tecidos deslocando-os..

CAVIDADE TEMPORÁRIA – Choque hidrostático que direciona os tecidos externamente em


uma direção radial, para longe do caminho percorrido pelo projétil, lesionando órgãos e tecidos
que não foram atingidos diretamente pelo mesmo.
(fenômeno notado em projéteis que foram disparados em velocidades superiores à 370 m/s)

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PENETRAÇÃO MÍNIMA REQUERIDA

De acordo com o Protocolo do F.B.I., todo projétil, mesmo depois de expandido, deve penetrar
suficientemente para atingir órgãos vitais (08 a 12 pol.) mesmo que o ângulo de incidência sobre o
alvo seja lateral.

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POSSIBILIDADES DA INCAPACITAÇÃO ABSOLUTA

• Um disparo que atinja a cabeça e acerte estruturas do tronco cerebral;


• Um disparo que seccione a medula espinhal;
• Um disparo com um projétil que penetre suficientemente para atingir órgãos vitais e causar
intensa hemorragia.

PROJÉTEIS EXPANSIVOS

Possuem a característica de deformar-se ao impactar com o alvo humano ou animal, aumentando


sua área frontal e freando em sua trajetória, gerando uma maior transferência de energia, onde as
lesões sobre órgãos e tecidos são ampliadas pela geometria agressiva do projétil, produzindo um
maior canal hemorrágico. (cavidade permanente).

Stopping Power

• Expressa a capacidade de um determinado projétil em neutralizar um agressor, pondo-o


fora de combate, sem necessariamente matá-lo, ou mais precisamente para expressar a
relação entre calibre e incapacitação efetiva de um oponente com um só disparo,
impedindo que o mesmo continue sua ação.

• Stopping Power deriva da capacidade que um projétil tem de descarregar sua energia
cinética real sobre o alvo, imediatamente após o impacto.

• Neste estudo chegou-se as seguintes conclusões:

• Projéteis mais leves, por consequência maior velocidade, preferencialmente na


configuração ponta oca, possui melhor desempenho de poder de parada;

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• Padrão ideal de penetração do projétil é entre 10” e 12” (254 e 304,8 mm)

• O projétil, preferencialmente, não deverá transfixar o alvo, e sim, deter-se nele para
uma eficiente transmissão de sua energia cinética;

• Projéteis de ponta oca possuem melhor transferência de energia cinética, além de


gerarem maior cavidade temporária;

• O melhor poder de parada é obtido com o uso de disparos múltiplos, por isso a importância
do “Double Tap”

• Projéteis que ocasionem uma cavidade temporária maior, possuem melhores condições de
poder de parada;

• Fator mais importante para cessar o ataque de um agressor é, a colocação correta do tiro
em seu corpo;

• Não existe munição mágica, mas sim uma soma de fatores que possibilitam um aumento
no poder de parada, sem esquecer que, “stopping power” não é uma ciência exata, onde a
individualidade biológica do indivíduo é, uma variável importante e não mensurável.

Casos em que houve


Tipo de
Calibre Casos analisados a incapacitação Stopping Power - %
Projétil
imediata

.32 ACP HP 71 43 60,56%

HP 106 69 65,09%
.380 ACP
FMJ 87 45 51,74%

HP+P 75 50 66,66%
.38 SPL
(2" cano)

HP+P 183 126 68,85%


.38 SPL
(4" cano)

HP +P+ 76 68 89,47%
9 mm
Parabellum FMJ 159 99 62,26%

HP 462 448 96,96%


.357
Magnum

Hydra Shock 53 48 90,56%

HP 96 83 86,45%
.45 ACP
FMJ 139 89 64,92%

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SUPER-PENETRAÇÃO E TRANSFIXAÇÃO DO ALVO

É exagerada a preocupação de que um projétil que venha a transfixar o corpo do oponente e atingir
um espectador inocente, sendo que na maioria dos casos, a energia residual contida nos projéteis
expansivos de arma curta, não é suficiente para causar letalidade, desde que o mesmo se expanda
de forma adequada.
Estudos atuais comprovam que disparos que acertam pessoas inocentes não atingiram sequer o
alvo pré-determinado.

TEORIA DO CHOQUE NEUROGÊNICO

Fenômeno causado pela cavidade temporária, onde existe a transmissão de impulsos nervosos para
o sistema nervoso central, em áreas que governam a consciência e o tônus dos músculos anti-
gravitacionais da pernas, os extensores. (quase 100 % de eficácia quando se utiliza projéteis de
alta velocidade)

OBSERVAÇÕES FINAIS

Quanto mais rápida e violenta a expansão do projétil, maior será o dano ao órgão atingido. Mesmo
que o suprimento sanguíneo ao cérebro seja totalmente interrompido, uma pessoa ou animal ainda
pode reagir durante 10 segundos ou mais antes de entrar em colapso;
Psicologicamente, alguns indivíduos podem ser incapacitados com lesões pequenas ou
secundarias, e outros, quando sob a influência do medo, da adrenalina, de drogas, do álcool, ou
com grande pré-disposição a sobreviver, podem não ser incapacitados mesmo depois de sofrer
graves ferimentos;
A energia cinética produzida pelos calibres anêmicos das armas de porte disponíveis para defesa,
não criam junto ao alvo humano uma cavidade temporária capaz de incapacitar o agressor,
portanto, o elemento crítico na lesão por projétil continua sendo a penetração, onde órgãos
importantes e grandes vasos calibrosos são destruídos pela geometria agressiva que os projéteis
adquirem após sua correta deformação(expansão).
Se o alvo for atingido por dois disparos no mesmo local ou bem próximos, os efeitos do choque
hidrostático e traumatismos decorrentes serão ampliados, sendo mais provável a ocorrência da
incapacitação. No entanto, é de suma importância que o conjunto arma/munição possibilite um
segundo disparo imediato ao primeiro, onde o uso de munições mais controláveis nas armas de
porte favorecem as condições de enfrentamento.

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BLINDAGENS

• Blindagem é a tecnologia utilizada para a proteção pessoal contra armas de fogo.


• Criada para a guerra, a inovação em pouco tempo alcançou centros urbanos de países com
altos índices de violência.
• Existem vários tipos de blindagem, sendo as mais comuns a II e a IIIA.
– I :Calibres 22, 38 e ataques com ferros e pedras;
– II-A :Armas do nível I-A e mais Magnum.357 (ponta macia ou soft point) e pistola
9 mm;
– III-A :Todas as anteriores e mais Magnum.44 e submetralhadora Uzi;
– III :Todas as anteriores e mais fuzis M16, AK-47, AR-15, FAL, G36 e G3;
– IV :Todas as anteriores e mais munições perfurantes, como a .30-06 e a .338 e
granadas;

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Balística Forense

Segundo Rabello (1982), Balística Forense é a aquela parte do conhecimento criminalístico e


médico legal, que tem por objeto, especial, o estudo das armas de fogo, da munição e dos
fenômenos e efeitos próprios dos tiros destas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimento e à
prova de questões de fato, no interesse da justiça

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DIDÁTICA

Técnicas de Ensino
Técnicas de Ensino/ Instrutor de Tiro Centro de Treinamento Tático CBC.

Escopo: Proporcionar ao instrutor de tiro técnicas e ferramentas frente a condução de uma


instrução de tiro, respeitando os princípios do aprendizado, bem como os critérios de segurança
exigido pela função.

Compreendendo o Processo de Construção do Conhecimento


(Segundo Piaget)
Perspectiva histórica:

Processo de construção do conhecimento:


Processo de Equilibração
O desenvolvimento intelectual se dá por meio do processo de equilibrarão sucessivas que envolve
as seguintes funções de adaptação e organização.

- Adaptação - A atividade intelectual é uma adaptação, ou seja, uma inter-relação entre indivíduo
e meio (equilíbrio progressivo entre assimilação e acomodação). Cada vez que acomodamos um
novo problema ou acontecimento, geramos um esquema mais adaptativo.

- Organização - articula esses processos com as estruturas existentes e reorganiza todo o


conjunto.
A adaptação tem duas formas básicas:

- Assimilação - o indivíduo age sobre o mundo (objetos e pessoas) incorporando-os em si mesmo,


ou seja em seus esquemas de ação, em suas estruturas mentais.

- Acomodação - é a ação do meio sobre o indivíduo fazendo com que este se modifique, ou seja,
modifique seus esquemas e estruturas mentais ajustando-os aos novos dados fornecidos pela
assimilação.
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Relação Ensino e Aprendizagem


A aprendizagem sistematizada se caracteriza por um processo de assimilação de conhecimentos,
ações físicas e mentais, conduzidas pelo processo de ensino, ou seja, a ação intencional do ensino
criará condições para que a partir da ação do sujeito, ocorra a aprendizagem (mudança de
comportamento).

Podemos aprender:

• SABER- Fatos, conceitos, princípios, entre outros conhecimentos sistematizados;

• SABER FAZER - Observar fatos, extrair conclusões, dominar procedimentos, usar


adequadamente os sentidos, manipular objetos e instrumentos, entre outras habilidades e hábitos;

• QUERER FAZER - Resolver problemas assertivamente e a utilizar nossas convicções, valores


e senso crítico nos momentos de tomadas de decisão.

Contudo, a aprendizagem significativa só ocorre efetivamente, quando o professor mediante o


processo intencional de ensino, cria condições para que o aluno opere física, mental e
emocionalmente sobre o objeto do conhecimento, apropriando-se do mesmo (processo de
assimilação ativa).

Assimilação Ativa - processo de percepção, compreensão, reflexão e aplicação desenvolvidos


mediante ações intelectuais, motivacionais e atitudinais do aluno, sob a ação e orientação
intencional do professor.

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Técnicas de Ensino
As técnicas de ensino devem estar relacionadas diretamente com o objetivo a ser alcançado, com a
habilidade envolvida, com o grau de complexidade do comportamento esperado, com o conteúdo a
ser desenvolvido e com o nível de interação a ser proporcionado na aprendizagem.

O objetivo educacional do facilitador deve ser desenhado visando alcançar a satisfação das
necessidades do grupo. Tendo como orientador três objetivos principais:

1) Receber informações e desenvolver o conhecimento (saber);

2) Adquirir e reforçar as habilidades (saber fazer);

3) Tornar-se sensível, ou seja, mudar atitudes negativas ou reforçar as positivas (querer fazer).

Método : Caminho para se chegar a um determinado lugar e alcançar objetivos estabelecidos no


planejamento.

• Os métodos podem ser divididos em dois:

• Métodos Tradicionais: Exigem um comportamento passivo do aluno. Muitas vezes o


professor é como o possuidor do poder que deve ser transmitido ao estudante aquém se
considera vazio e que precisa de encher a sua mente.

• Métodos Modernos: Consideram o desenvolvimento natural do aluno e a necessidade de


aprendizado ativo, participante e de descobertas.

Isto precisa de todos os sentidos: Ver, ouvir, tocar, sentir, experimentar e até provar se for
possível.

Componentes Fundamentais do processo de ensino


• 1. Aluno: Sua aprendizagem é planejada, estimulada, orientada, consolidada e controlada.

• 2. Aprendizagem: Aluno – Professor

• 3. Objetivos: Governam toda marcha do trabalho escolar.

• 4. Conteúdo: Deve ser selecionado, dosado, programado, afim de que sejam alcançados os
objetivos.

• 5. Métodos: É a organização racional de todos os fatores pessoais, condições e recursos


para atingir os objetivos.

Objetivos da instituição, disponibilidade de tempo, recursos materiais (local e outros), potenciais


humanos (quantidade e qualidade), disponibilidade orçamentária podem também interferir na
escolha das técnicas a serem utilizadas durante o treinamento e estão relacionadas a uma quarta
dimensão: poder fazer.
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As técnicas e métodos criativos e de ensino ativo oferecem a melhor probabilidade para assegurar
a participação ativa e integrada dos participantes.

Podemos identificar as seguintes técnicas como especialmente apropriadas e efetivas em


capacitação de adultos:

a) Técnicas de discussão:

• Apresentação e Discussão
Seguindo a apresentação, uma discussão informal é útil para esclarecer pontos e facilitar o
processo de conversão de ideias em práticas.

Essas discussões devem ser conduzidas ou dirigidas por um apresentador que tente envolver todos
os participantes. É viável que o apresentador prepare uma série de questões disponíveis para
iniciar a discussão.

Na conclusão da apresentação e da discussão, o facilitador deve fornecer um histórico ou sumário.


O facilitador pode mesclar a porção de leitura com o uso de recursos audiovisuais ou materiais de
estudo.

• Painel de Discussão

A formulação de um painel de apresentadores ou especialistas, possivelmente seguindo uma


apresentação por mais de um deles, tem frequentemente sido mostrada como uma ótima
alternativa de capacitação.

Tal abordagem é particularmente efetiva quando os apresentadores são especialistas em diferentes


aspectos de um tópico em seu histórico profissional.

Um apresentador deve agir como um coordenador para proporcionar a maior participação


possível; assegurar que as necessidades sejam atingidas; e fornecer uma visão ou sumário na
conclusão da discussão.
Esse método deve incluir trocas diretas entre os membros do painel e entre o painel e a audiência.

• Grupos de Trabalho

Estes grupos são criados com a divisão dos participantes em pequenos grupos de
aproximadamente 5 a 6 pessoas. Cada grupo recebe um tópico para discussão, um problema para
resolver ou algo concreto para produzir, observado um pequeno espaço de tempo - de no máximo
50 minutos. Um facilitador pode, quando necessário, ser escolhido por cada grupo. Ao final do
período de tempo estipulado cada líder apresenta a conclusão do seu grupo para o grupo maior,
podendo então os participantes discutir sobre as mesmas, chegando a uma síntese, quando for o
caso.

Diversos critérios podem ser usados para dividir os alunos em pequenos grupos:

− por homogeneidade;

− por heterogeneidade;

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− por resultado de um sociograma, isto é colocando juntos aqueles alunos que manifestaram
simpatia mútua;

− por ordem de chamada ou de localização. Exemplos: os 7 primeiros formam o grupo A, os 7


seguintes o grupo B e assim sucessivamente;

Obs: Quando desejar quebrar “panelinhas” ou promover maior interação basta contar o número
total de alunos (N), dividir pelo número de alunos que deseja colocar em cada grupo (n). Isto dá o
número de grupos (x). Numere os alunos de 1 a x, convidando depois todos os números iguais a se
juntarem em cantos diferentes da sala.

b) Técnicas de Geração de Ideias:

• Brainstorming e Brainwriting

Essas sessões podem ser conduzidas como exercícios intensivos para gerar ideias ou procurar
soluções que sejam tanto teóricas quanto práticas. Elas requerem que um problema seja analisado
e ideias ou soluções desenvolvidas. O brainstorming encoraja e requer um alto grau de
participação e estimula aqueles envolvidos com o máximo de criatividade.

Após a apresentação do problema, todas as ideias surgidas são escritas no quadro-negro ou no flip-
chart. Todas as respostas são registradas, nenhuma explicação é exigida e nenhuma intervenção é
julgada ou rejeitada nesse estágio. O apresentador então categoriza e analisa as respostas - em cujo
estágio algumas são combinadas, adaptadas ou rejeitadas. Finalmente, o grupo faz recomendações
e toma decisões sobre o problema. O processo de aprendizagem ou de sensibilização ocorre como
um resultado da discussão do grupo sobre cada sugestão.

Brainwriting (variação do brainstorming) surge com a constatação de se produzir ideias novas e de


pensar enquanto os outros estão falando. O brainwriting permite que cada participante,
individualmente, escreva todas as ideias antes de serem compartilhadas com o grupo maior.

c) Técnicas de Simulação

• Dinâmica de Grupo

No início, o nome dinâmica de grupo aplicava-se com exclusividade à técnica desenvolvida por
Kurt Lewin.

Atualmente, dinâmica de grupo é a expressão que nomeia genericamente o processo de


mobilização social de quem lançam mão todos os métodos ou técnicas da chamada didática ativa.

Portanto qualquer jogo de treinamento que provoque ou envolva o contexto grupal é praticado
aproveitando a dinâmica do grupo.

• Dramatização

Esse exercício requer que os participantes executem uma tarefa ou tarefas em uma situação
realística da vida real que seja estimulante. Os exercícios de dramatização podem ser usados para
praticar uma habilidade ou para proporcionar aos participantes situações até agora não familiares a
eles.

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Podemos distinguir duas formas de dramatização:

- Dramatização-Simples: os próprios participantes testam, na prática simulada, o que aprenderam


teoricamente;

- Dramatização-Demonstração: os participantes previamente treinados para reproduzir diante


dos aprendizes uma ação ou problema com o qual estes terão de se confrontas no dia a dia.

• Estudo de Casos (cases)

A técnica de estudo de casos surgiu em 1910 na Escola de Administração de Havard. Talvez pela
simplicidade definida na ação de tomar um caso (descrição minuciosa de uma situação real) como
exemplo, estudar suas nuanças e implicações, elaborando um plano de ação para, por meio dele,
chegar a solução eficaz.

Os estudos de casos requerem que os participantes exercitem suas habilidades profissionais


quando respondem a eles e apliquem os conceitos aprendidos.

O cenário para um estudo pode ser apresentado aos participantes para


consideração em sua totalidade (estudo de caso análise) ou “alimentado” por eles sequencialmente
como uma situação em desenvolvimento (estudo de caso problema) para a qual eles têm que
responder.

As etapas de trabalho na técnica de estudo de caso não seguem uma sequência rígida, mas
dependem do contexto de ensino - aprendizagem em que a mesma será utilizada.

Outras Técnicas:

• Visitas de Campo ou Missões de Estudo

Atividades realizadas em lugares pré- determinados e com roteiro elaborado para levantamento de
informações pelos participantes.
• Demonstração ou Aula Prática

A técnica de demonstração tem por objetivo repassar modelos de procedimentos.

Envolve as seguintes etapas:

- Demonstração - O facilitador mostrará os procedimentos fundamentando teoricamente.

- Experimentação - Os participantes são convidados a experimentarem, envolvendo feedback por


parte do facilitador.

- Automatização - Os participantes exercitam os procedimentos que experimentaram, corrigindo


os erros evidenciados no feedback.

- Aplicação - Os participantes são capazes de executar os procedimentos sozinhos.

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• Maneiras de minimizar as barreiras da comunicação:


 Usar linguagem apropriada e direta;
 Fornecer informações claras e completas;
 Empatia;
 Escuta ativa;
 Usar canais múltiplos;
 Comunicação face a face.

• Ações do Instrutor:

• Preparar e organizar o material didático ; Manter o ambiente organizado;


• Testar equipamentos; Chegar com antecedência; Verificar acomodações;
• Controlar o tempo, Entre outras...

Recursos auxiliares mais conhecidos


• Quadro Negro;

• Quadro Branco;

• Retroprojetor;

• Projetor Multimídia;

• Cartaz;

• Flipchart;

• Slides, entres outros.

Aplicando as Técnicas de Ensino

• Selecione o seu público alvo: Antes de todo processo de ensino é importante selecionar o
seu público alvo, momento esse que possibilitará uma orientação junto a demanda do
grupo e sua abordagem.

• Apresentação Pessoal: Importante apresentar seu currículo e experiências profissionais que


o habilita a frente do trabalho proposto.

• Controle do Ambiente: Vale ressaltar a importância do instrutor de controlar e organizar o


ambiente de trabalho, conseguindo conduzir as instruções e guiar o aluno de forma segura
em direção do conhecimento.

• Domínio do Processo de Comunicação: Importante realizar o processo de comunicação


com excelência, emitindo a mensagem para o aluno receptor que emitirá o retorno com a
consolidação do conhecimento apreendido.

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Evitando Erros:

• Evite Vícios de linguagem;

• Evite Gestos inadequados;

• Evite Olhar repetido para o relógio;

• Cuidado para não Perder o controle visual com os participantes;

• Evite o Olhar focado somente para um aluno;

• Evite Sotaques forçados;

• Evite Críticas a instituição/ ou ao evento.

Entre outras...

Programando Pausa ou Intervalo:

Todo intervalo deverá respeitar o critério de envolvimento do aluno, respeitar a sua percepção
sempre levanto em conta o grau de atenção, podendo observa-ló na esfera física(aparente
desconforto) e psicológica (rebaixamento mental).

Importante considerar os fatores externos e internos que possam estar presentes durante o
processo de aprendizagem, sejam eles de maneira teórica ou prática.

Referências Bibliográficas
Antunes, C. Um método para o ensino fundamental: o projeto. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2001.
Chardwick, C. Aprender e Ensinar. 4ª ed. São Paulo, Global, 2002.
Fontes W. M., Martins I. - Metodologia, Métodos E Técnicas De Ensino, São Paulo, 2010.
IPAE. Apostila, Pós-graduação. Planejamento Educacional - Fundamentos Teóricos e
Práticos. Palmas-2008.
Japiassu, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
Rangel, M. Técnicas de Ensino para Aprendizagem e Dinamização das Aulas, editora Papirus
2ª Edição, Rio de Janeiro, 2005.

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FUNDAMENTOS DO TIRO

Empunhadura:

Na empunhadura correta, o alinhamento do cano da arma deve seguir a linha do osso


do antebraço.

A empunhadura da arma deve ser sempre


firme e com a pressão constante, sendo que
a mão forte exerce 40% da pressão e a mão
fraca 60%. A arma não deve ser
“estrangulada” sendo que a pressão deve ser
suficiente para manter a arma na mão
durante os disparos, nunca devemos “brigar”
com a arma ou tentar impedir o seu recuo e sim controlá-la para
que volte a sua posição inicial e efetuar o próximo disparo.

Mão forte:

 Segure a arma pelo punho (grip) e gire o cotovelo para baixo e puxe a arma
diretamente para trás contra o ombro forte.

Mão fraca:
• Com a palma da mão voltada para cima, agarre firmemente a telha (guarda mão);
• Gire o cotovelo do braço fraco por baixo, enquanto estiver empurrando a coronha
contra o ombro forte.

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Postura
Posição de tiro
Base estável
Postura Agressiva
Posição de Combate
FRONTALIDADE

A posição de tiro é muito importante, deve-se buscar o ponto natural de disparo, ou seja,
uma posição confortável e que forneça uma base firme e estável para o disparo.

A posição dos pés é muito importante e deve fornecer a base estável que falamos, sendo
que o peso do corpo deve estar na planta do pé e não no calcanhar.

A posição ideal é a mesma utilizada nas lutas, ou seja, a perna da mão forte um pouco para
traz, corpo levemente inclinado para frente e joelhos e braços levemente flexionados.

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Visada:

A visada nada mais é que o alinhamento do OLHO DOMINANTE, ALÇA DE MIRA,


MASSA DE MIRA E O ALVO.

Olho diretor Alça de mira Massa de mira Alvo

Primeiramente temos que identificar nosso OLHO DOMINANTE. O olho dominante é


aquele que nos guia e também é chamado de diretor, ele é o responsável pelo foco central
da visão, sendo que o olho dominado fica com a função de visão periférica e auxilia o olho
dominante.

O olho humano não consegue focar dois objetos mesmo tempo. Como temos que alinhar
três objetos ao mesmo tempo, devemos focar nosso olho na MASSA, pois ela esta no meio
do caminho. Assim a ALÇA vai ficar meio embaçada e o alvo também.

Correto alinhamento de ALÇA e MASSA: O alinhamento entre alça e massa deve ser
feito da seguinte forma: a MASSA deve ficar exatamente no centro do vão da ALÇA e os
topos devem estar alinhados.

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Controle de Gatilho:

A precisão no tiro é alcançada não somente pela visada correta, mas também pelo
correto acionamento do gatilho. Independente do funcionamento da arma (ação
SIMPLES ou DUPLA), o gatilho sempre possui um pequeno curso que não produz
efeito nenhum no disparo, curso este chamado de FOLGA. Terminada a folga existe a
resistência da armadilha, até o momento que esta é liberada e efetua-se disparo.

O controle no acionamento do gatilho nada mais é que o atirador sentir onde termina a
folga e começa a liberação do cão ou percussor. Neste momento o movimento do dedo
deve ser muito suave e a pressão constante. NUNCA devemos APERTAR o gatilho de
forma abrupta e SIM ESPREME-LO de forma suave e constante para que o tiro nos
SURPEENDA. Feito isso o tiro será sempre PRECISO. A volta do gatilho deve ser
feita suavemente até que se sinta que o gatilho rearmou. NUNCA se deve desencostar
do dedo do gatilho, sempre devemos manter o contato do dedo com o gatilho durante
os disparos, para que evitemos “bater” no gatilho o que prejudicará bastante a precisão
do tiro.

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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

- Definição: É o conjunto de procedimentos técnicos realizados no local da


emergência e durante o transporte da vítima, visando mantê-la com vida e
em estabilidade até sua chegada à unidade hospitalar.

- Conceito dos dez minutos de platina: intervalo de tempo entre o trauma e


o atendimento inicial (pré-hospitalar), proporcionando à vítima maior chance
de sobrevida.

- Conceito de período de ouro: intervalo de tempo decorrido para o


tratamento definitivo e precoce dos traumas, que garante maior chance de
sobrevida à vítima.

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ANÁLISE PRIMÁRIA
- Exame RÁPIDO realizado por *socorrista para detectar problemas que
ameacem a vida de vítimas de ACIDENTE ou ENFERMIDADE
IMPREVISTA, em curto prazo.

VÍTIMA DE TRAUMA
(D)anger– perigo: verificação do cenário e seus respectivos riscos

(R)esponsividade– verificação do nível de consciência da vítima

(A)ir Way – vias aéreas

(B)reathing– respiração: verificar a frequência ventilatória da vítima

(C)irculation– circulação: verificar a frequência circulatória da vítima

PROCEDIMENTOS:
Trauma
- Nível de consciência da vítima (responsividade)

- Abertura de vias aéreas:

- Estabilização da coluna cervical

- Tração da mandíbula/elevação do mento (queixo)

- Respiração:

- Respiração lenta: menos de 12

- Respiração normal: entre 12 e 20

- Respiração rápida: mais de 20

- Circulação: checagem por 10s

- Normal: menor do que 80bpm

- Controle de grandes hemorragias

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ABERTURA DE VIAS AÉREAS

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OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS


- Se a vítima tosse, respira e fala: obstrução parcial.

- Permitir que a vítima continue tossindo, sem interferência, colaborando


para que encontre uma posição confortável

- Se a vítima não fala, não respira, não tosse: obstrução total.

- Executar a manobra de Heimlich.

MANOBRA DE HEIMLICH
- Posicionar-se atrás da vítima;

- Posicionar sua mão fechada com a face do polegar encostada na parede


abdominal, entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical; e

- Com a outra mão espalmada sobre a primeira comprima o abdome num


movimento rápido direcionado para trás e para cima.

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RESPIRAÇÃO
Ver – Ouvir – Sentir

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CIRCULAÇÃO
- Circulação adequada

- Normal: menor do que 80bpm

- Controle de grandes hemorragias

Onde e como verificar?

- Reconhecimento de parada cardiorespiratória:

- 3 P's = PULSO, PELE e PERFUSÃO CAPILAR

- Ausência de pulso e respiração;

- Pele fria e pálida;

- Cianose de extremidades; e

- Inconsciência.

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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
O QUE É?
- A parada cardiopulmonar ou parada cardiorrespiratória (PCR) é definida
como a ausência de atividade mecânica cardíaca, que é confirmada por
ausência de pulso detectável, ausência de responsividade e apneia ou
respiração agônica, ofegante. O termo “ parada cardíaca” é mais
comumente utilizado quando se refere a um paciente que não está
respirando e não tem pulso palpável.

O QUE FAZER?
- Colocar a vítima deitada de costas (decúbito dorsal horizontal – DDH)
sobre uma superfície plana e rígida;

- Posicionar-se lateralmente à vítima, na altura do tórax;

- Abrir corretamente as vias aéreas para a entrada do ar e certificar-se que


o ar está sendo enviado para os pulmões;

- Identificar obstrução das vias aéreas com 02 (duas) ventilações;

- Posicionar corretamente as mãos para a compressão torácica e executá-


las com a intensidade e frequência ideais;

- Permitir retorno total entre as compressões; e

- Não interromper a RCP por mais de cinco segundos após seu início.

REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
- 30 compressões x 2 ventilações (sem mecanismos de assistência
ventilatória, apenas as compressões são realizadas)

- 100 compressões por minuto (mínimo)

- 5 ciclos (dois minutos)

OU SEJA: - 30x2 (100bpm) durante 2 minutos

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CASOS DE INTERRUPÇÃO
- Quando a vítima recobra pulso e mantém pulso espontaneamente;

- Na substituição de socorrista (não exceder 5s);

- Determinação médica; e

- Instalação e aplicação do DEA.

ANÁLISE SECUNDÁRIA
- É o exame realizado pelo socorrista para descobrir lesões ou
enfermidades que poderão ameaçar a vida da vítima.

Sinais x Sintomas

- Sinais: reconhecimento objetivo do que se vê.

- Sintomas: sensação manifestada pela vítima.


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Exposição
- Expor e avaliar lesões;

- Atencão com a hipotermia

- Indicação de onde cortar as roupas da vítima

PROCEDIMENTOS
1 – Entrevista (SAMPLA)
- Sintomas;

- Alergias;

- Medicamentos;

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- Problemas antecedentes;

- Líquidos e alimentos ingeridos; e

- Ambiente.

2 – Sinais Vitais
- Frequência cardíaca; e

- Frequência respiratória.

3 – Exame da cabeça aos pés


- Hemorragias;

- Deformidades; e

- Anomalias.

HEMORRAGIAS
Tipos:

- Arterial, venoso e capilar.

- Externa e interna.

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O QUE FAZER?

- Externa: Pressão local (curativo compressivo) ou pressão entre o coração


e a ferida, manter a região elevada.

TORNIQUETE
- Usar ou não usar, eis a questão.

- 66 % das mortes em combate (Armas de fogo) são por hemorragias de


extremidades.

- O tempo de tolerância à isquemia nos músculos, ossos e pele, de forma


geral, é de 4 a 6 horas; e

- Um torniquete aplicado em um membro até duas horas, não representa


qualquer dano ao membro, se usado um equipamento validado e de forma
correta.

HEMORRAGIA INTERNA
Manifestações:
- Pulso rápido e fraco;

- Pele fria;

- Transpiração abundante;

- Palidez acentuada;

- Sede intensa;

- Calafrios; e

- Tonturas.

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FRATURAS
- Perda de continuidade de um osso.

Sinais e sintomas
- Deformação;

- Impotência funcional;

- Edema; e

- Dor.

Fraturas
Tipos:

- Fechadas

- Completa; e

- Incompleta.

- Expostas ou abertas

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FERIMENTOS NO TÓRAX
Fechados
- Pneumotórax hipertensivo

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Abertos
- Manter a vítima em repouso e recostada; e

- Fazer curativo de três pontas.

EMPALAMENTO
- Perfuração na qual o objeto penetrante está parcialmente exteriorizado.

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O QUE FAZER?

- Exponha a lesão retirando a roupa;

- Nunca remova objetos empalados, sem que o paciente esteja no ambiente


hospitalar;
- Estabilize o objeto no local encontrado com curativo apropriado; e

- Não tente partir ou mobilizar o objeto, exceto se isto for essencial para o
transporte.

EVISCERAÇÃO
- Saída das vísceras de sua posição anatômica (exteriorização das
vísceras)

- Não tente reintroduzir os órgãos eviscerados;

- Cubra as vísceras com pano limpo umedecido em solução salina ou água limpa;

- Envolva o curativo com bandagem; e

- Transporte o paciente em posição com o ventre para cima, com os joelhos fletidos.

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POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA


- Esta posição possibilita a manutenção das vias aéreas abertas e evita que
a pessoa engasgue com vômito ou qualquer outra secreção

Quando fazer:
- Vítima inconsciente;

- Respirando; e

- Sem suspeita de lesão na coluna.

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FERIMENTOS POR PROJÉTEIS DE ARMA DE FOGO

- As causas mais comuns de morte em conflito armado são:

1- Hemorragias de extremidades (60%)

2- Pneumotórax (33%)

3- Lesões de vias aéreas (6%)

Assim temos como prioridades no atendimento:

1) Contenção de hemorragias;

2) prevenção do pneumotórax e

3) liberação de vias aéreas.

O operador de APH deverá realizar o atendimento de acordo com a regra


mnemônica MARCH:

M- Maciça Hemorragia(Controlar sangramento com uso de torniquete e


hemostáticos)

A- Vias aéreas (manter permeabilidade, com dispositivos como cânula


nasofaringea, i-gel, e cricostomia)

R- Respiração(buscar ferimentos por arma de fogo e tratar o pneumotórax


aberto e hipertensivo, com curativo oclusivo e punção respectivamente)

C- Circulação(procurar e revisar fontes de sangramento, avaliar sinais de


choque através do pulso e níve l de consciência; se necessário acesso
venoso e Transamin)

H- Controle de Hipotermia e Head(Cabeça-Trauma de crânio)

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Regras de segurança na utilização de armas de fogo. (REVÓLVER/PISTOLA)

1. armas, drogas e álcool não combinam;


2. nunca deixe sua arma ao alcance de crianças, mesmo que esteja descarregada;
3. evite abandonar munição não deflagrada em lixeiras ou terrenos baldios
4. tenha em mente que uma arma de fogo esta sempre carregada e, somente você, pelo
exame da mesma poderá constatar o contrário, evitando acidentes;
5. Uma arma somente deve ser municiada quando alguém for iniciar uma serie de tiro.
Não deixe uma arma municiada sobre a bancada de tiro enquanto se procede a troca
dos alvos;
6. ao repassar a arma de fogo, abra-a e desmunicie-a, antes de repassá-la. No caso de
revólver, o repasse deve ser feito com o tambor aberto e, no caso de pistola, com o
ferrolho aberto;
7. quando for praticar tiro, tenha certeza de que o alvo está colocado em lugar
adequado, evitando possíveis acidentes com ricochetes ou mesmo transfixação. Atrás
dos alvos deve sempre existir um para balas adequado.
8. se for executado um disparo e você notar que o som da explosão da carga de projeção
não foi normal, verifique sua arma, antes de executar outro disparo. O excesso de
carga pode causar dano na arma ou numa carga menor poderá ocasionar a não
expulsão do projétil, deixando-o alojado no interior do cano, fato que poderá causar
acidente, no caso de um segundo disparo;
9. reexamine sua arma quando for fazer prática simulada de tiro e verifique se esta
descarregada. Execute o exercício sempre de frente para o alvo;
10. quando estiver em posição para execução e tiro, sua arma deve estar sobre a bancada
ou no coldre. A empunhadura somente ocorrerá a partir da liberação para execução
do disparo;
11. armas que são levadas aos locais de exercícios, ou retiradas deles, deverão estar
descarregadas;
12. sempre que executar a carga ou descarga, a arma deverá estar com o cano voltado
para o alvo;
13. quando estiver executando tiro, se houver alguma pessoa nas imediações, esta deverá
ficar sempre atrás da linha de tiro e não ao lado dela;
14. ao praticar tiro em locais particulares, sítios, etc. tenha o cuidado de escolher os
alvos, evitando possíveis ricochetes em latões, garrafas, árvores e muros de pedra ou
alvenaria;
15. percutida a espoleta e não ocorrendo o disparo, aguarde 20 (vinte) segundos,
mantendo a arma apontada para o alvo. Pode estar ocorrendo queima lenta da
pólvora, fenômeno que retarda a detonação e, com isso, produz sérios acidentes, se
não houver tal preocupação pelo atirador;
16. quando sacar a arma, faça-o com o dedo indicador fora da guarda do gatilho. No
movimento, o seu dedo pode acionar o gatilho antes da arma estar apontada para o
alvo. Ao "coldrear" sua arma, verifique se o gatilho não é acionado por alguma peça
da vestimenta ou outro acessório;
17. jamais tente atirar com uma arma se você desconhece o seu manejo e funcionamento.
Procure alguém que tenha conhecimento e condições de ensiná-lo;
18. nunca atire para o alto, a título de advertência, pois os projéteis em queda podem
ferir outras pessoas em sua trajetória;
19. quando em treinamento em estande de tiro, obedeça às ordens vigentes. Os atiradores
só efetuarão o manuseio das armas sob comando de um instrutor;
20. utilize, sempre, a munição adequada para o tipo e calibre da arma que irá usar;
21. sempre que descarregar sua arma, verifique as câmaras do tambor do revólver, e,
sempre, reconte a munição extraída; No caso de pistolas, retire o carregador e
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manobre pelo menos duas vezes o ferrolho, certificando-se adicionalmente com uma
inspeção fisica e visual da câmara.
22. na limpeza da arma, deve-se obedecer às regras de segurança, como,
desmuniciamento total e retirada do tambor, no revólver e/ou retirada do ferrolho,
na pistola. Evite participação de curiosos e crianças durante tal operação;
23. a trava de segurança de toda arma é apenas o dispositivo mecânico de proteção, não
substituindo o bom senso;
24. segurança é prevenção e prevenção é treinamento. Antecipe-se sempre ao inesperado,
caso contrário, só restará o arrependimento.

Comandos de pista CTT


PISTA QUENTE (TODOS DEVEM COLOCAR PROTEÇÃO VISUAL E AUDITIVA E NÃO É
PERMITIDO AVANÇAR A FRENTE DA LINHA DE TIRO)

ARMAS EM PRONTO EMPREGO OS PROCEDIMENTOS DE SACAR,


SACAR AS ARMAS CARREGAR, ALIMENTAR,
INSERIR CARREGADORES (CARREGAR) REALIZAR O PRÉ-CHECK,
INSERIR MUNIÇÃO NA CAMARA (ALIMENTAR) TRAVAR E COLDREAR A ARMA
REALIZAR O PRE-CHECK PODEM SER RESUMIDOS PELO
DESARMAR CÃO COMANDO:
TRAVAR A ARMA
COLDRE “ARMAS EM PRONTO
EMPREGO”

COMANDOS DE APITO
 UM APITO CURTO PARA INICIO DOS TIROS (COMANDO VERBAL SERÁ A
APALAVRA “UP”)
 DIVERSOS APITOS CURTOS PARA INTERROMPER A LINHA DE TIRO A
QUALQUER MOMENTO

ARMAS PARA INSPEÇÃO OS PROCEDIMENTOS DE RETIRAR


RETIRAR OS CARREGADORES O CARREGADOR E TRAVAR O
TRAVAR O FERROLHO A RETAGUARDA
FERROLHO ABERTO PODEM SER
INSPEÇÃO VISUAL
RESUMIDOS PELO COMANDO:
INSPEÇÃO FISICA
MOSTRAR PARA O COLEGA AO LADO
FECHAR O FERROLHO ”ARMAS PARA INSPEÇÃO”
DESARMAR O CÃO ou TRAVA
COLDRE
PISTA FRIA (TODAS AS ARMAS NO COLDRE, DESCARREGADAS E É PERMITIDO
AVANÇAR A FRENTE DA LINHA DE TIRO)

OBS: A Inspeção MATERIAL, ou seja, percutir sobre câmara vazia, é um procedimento realizado
pela Polícia Federal em sua Academia e em algumas competições de tiro esportivo.

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Pistola
Nomenclatura

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Carregador:

O carregador de uma pistola semiautomática é onde a munição a ser utilizada é


acondicionada.

Carregar:

 Mantendo a arma em direção segura, trave o ferrolho na posição aberta;

 Encaixe carregador na arma. Certifique-se de que está encaixado da forma apropriada;

 Mantendo seu dedo fora do guarda mato, use o polegar para destravar o ferrolho e deixe
que ele corra a frente;

 Verifique se há munição na câmara “pré-check”;

 Trave a arma caso seja necessário.

 Coldre

Descarregar:

 Aponte a arma para uma direção segura;

 Remova o carregador;

 Destrave a arma;

 Trave o ferrolho na posição aberta;

 Inspecione visual e fisicamente a câmara.

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Funcionamento:

 Municiamento

É o ato de colocar os cartuchos no carregador da pistola semiautomática;

 Alimentação:

É o ato de inserir o carregador municiado na pistola semiautomática;

 Carregamento:

Ocorre quando o ferrolho, em seu movimento para frente, remove um cartucho do topo do
carregador e o assenta na câmara;

 Disparo:

Ocorre quando o gatilho, articulando-se com a armadilha, libera o cão e o faz bater no
percussor que atinge a espoleta do cartucho, causando a ignição da pólvora. Os gases em
expansão projetam o projétil para fora do cano;

 Extração:

Movimento do ferrolho para traz impulsionado pelo estojo vazio mantido sob a tensão do
extrator;

 Ejeção:

O estojo vazio, preso pelo extrator, é forçado a sair pela janela de ejeção quando sua base
bate contra o ejetor;

 Armar:

O movimento para trás do ferrolho, durante o recuo, após o disparo força o cão para trás
prendendo-o na armadilha e comprimindo a mola real.

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Retenção de arma:

Quando não estamos efetuando disparos ou quando em deslocamentos, devemos


manter a arma em uma posição retraída ou de retenção. Esta posição também é
chamada de PRONTO COMPRIMIDO, e consiste em recolher os braços junto
ao peito, manter a dupla empunhadura e o dedo fora do guarda mato, a arma
deve estar apontada em direção ao alvo nunca em direção ao chão ou para cima.

Saque:

Podemos dividir o saque em quatro movimentos distintos:

1. Pegada: o Atirador faz a “pegada” da arma, é nesta hora que a mão forte faz a
empunhadura correta da arma ainda no coldre, a mão fraca vem para frente do
corpo na altura do umbigo;

2. Giro: o Atirador retira arma do coldre e IMEDIATAMENTE a gira em


direção ao alvo destravando-a caso seja necessário;

3. Posição de RETENÇÃO ou PRONTO EMPREGO: é


neste momento que o Atirador traz a arma na altura do
peito e a mão fraca faz a dupla empunhadura
corretamente, mantendo o dedo fora do guarda mato;

4. Enquadramento: a arma é
empurrada em direção ao alvo
enquanto é trazida à altura da visada.

5. Disparo: neste momento é feito o controle do gatilho até que o disparo seja efetuado.

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Carregadores:

Os carregadores devem ser colocados no cinto com os cartuchos voltados para


frente, assim quando este for pego do cinto, apenas gire a mão para cima que
ele estará na posição correta para ser inserido na arma.

Sempre pegue o carregador da mesma forma no cinto, retire o carregador


segurando-o entre o polegar e o dedo médio, com o indicador apoiado na
“frente”. O dedo indicador nesta posição serve como um guia para facilitar a
inserção na arma e também é possível verificar se ele está com munição,
mesmo em condições de pouca luz.

Trocas de Combate: São as trocas de carregadores efetuadas durante o combate, sem a


necessidade de se procurar abrigo para realizar a troca de carregadores, são elas:

Troca Emergencial: é utilizada quando acaba a munição do carregador.

A troca de carregadores deve ser feita o mais rapidamente possível. A correta troca de
carregador pode ser dividida em três movimentos distintos:

1. Ao mesmo tempo em que o carregador vazio é liberado, a


mão fraca deve pegar o outro carregador no cinto;

2. A arma é trazida para junto do corpo na altura do peito e deve


ser torcida levemente para visualização do alojamento do
carregador e facilitar a entrada do mesmo. Ao inserir o
carregador deve-se fechar o ferrolho acionando-se o retém com
o polegar da mão forte (fig1) ou da mão fraca (fig2), ou então
manobrando o ferrolho pela parte traseira (fig3) ou
dianteira(fig4).

Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4

3. A mão fraca refaz a dupla empunhadura e projeta-se a arma na direção dos alvos.

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Troca rápida: é utilizada quando efetuamos vários disparos e não vamos esperar o
termino da munição do carregador, nesta recarga o carregador contendo alguns poucos
cartuchos é dispensado e um novo é inserido na arma para que fiquemos sempre com a
capacidade total.

A troca de carregadores deve ser feita o mais rapidamente possível. A correta troca de
carregador pode ser dividida em três movimentos distintos:

4. Ao mesmo tempo em que o carregador que esta sendo


utilizado é liberado, a mão fraca deve pegar o outro
carregador no cinto;

5. A arma é trazida para junto do corpo na


altura do peito e deve ser torcida
levemente para facilitar a entrada do
carregador. O foco da visão continua na
direção geral dos alvos;

6. A mão fraca refaz a empunhadura e a arma é “empurrada” na direção do alvo.

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Troca tática: é utilizada quando efetuamos alguns disparos e trocamos de carregador para que
fiquemos sempre com a capacidade total da arma, o carregador que estava sendo utilizado é
guardado, pois a munição que ainda está nele poderá ser utilizada posteriormente. Este
procedimento deve ser efetuado sempre que possível com o uso de uma cobertura.

Esta troca de carregador pode ser dividida em três movimentos distintos:

1. Ao mesmo tempo em que a mão forte trás a arma para junto


do peito, a mão fraca deve pegar o outro carregador no cinto;

2. O polegar da mão forte aciona o retém do carregador enquanto a mão fraca retira o
carregador que está sendo utilizado, segurando-o entre o dedo mínimo e anular e a palma
da mão, e em seguida coloca o novo carregador na arma. O foco da visão continua na
direção geral dos alvos;

3. A mão fraca coloca o


carregador que foi retirado no
bolso e refaz a empunhadura e a
arma é “empurrada” na direção do
alvo.

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Troca administrativa: é utilizada quando efetuamos alguns disparos e a arma volta para o coldre,
neste momento trocamos de carregador para que fiquemos sempre com a capacidade total da arma,
o carregador que estava sendo utilizado é guardado, pois a munição que ainda esta nele poderá ser
utilizada posteriormente. Este procedimento é efetuado em situação de calmaria, sendo possível
também o remanejamento das munições que sobraram dos outros carregadores já utilizados.

O carregador é retirado da arma ainda no coldre, e um novo carregador é inserido.

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Mão forte e fraca:

Disparo:

Mão FORTE:

Para efetuar os disparos com a mão FORTE, mantenha a


perna da mão FORTE à frente. A mão FRACA deve ficar
junto ao corpo na altura do peito.

Gire levemente a arma para dentro, para que fique no


alinhamento natural do braço.

A arma vai ficar meio de lado, em um ângulo próximo ao de


45º.

Mão FRACA:

Para efetuar os disparos com a mão FRACA, mantenha a


perna da mão FRACA à frente. A mão FORTE deve ficar
junto ao corpo na altura do peito.

Gire levemente a arma para dentro, para que fique no


alinhamento natural do braço.

A arma vai ficar meio de lado, em um ângulo próximo ao de


45º.

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Medidas imediatas e corretivas (panes)

Sempre que um problema no funcionamento da arma ocorre, o atirador deve identificá-lo e


tomar as medidas necessárias para sua solução o mais rapidamente possível. Estas medidas
devem ser sempre realizadas com o DEDO FORA DO GUARDA-MATO.

Falha de munição:

As falhas de munição, ou negas de disparo (picotar a espoleta), são panes que


ocorrem geralmente por uso de cartuchos velhos ou mal acondicionados. A
forma de solução é muito simples, sendo necessário apenas realizar a
manobra do ferrolho, para retirar o cartucho defeituoso e inserir um novo
cartucho na câmara.

Falha de alimentação:

As falhas de alimentação são causadas geralmente por carregadores


defeituosos ou mal encaixados, ou falhas no trancamento da arma decorrente
de acumulo de sujeira ou defeitos de fabricação.

Carregador mal encaixado:

Bata com a palma da mão no fundo do carregador e manobre o ferrolho para


inserir um cartucho na câmara.

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Arma não tranca:

A falha de trancamento pode ocorrer por defeito na arma ou acumulo de sujeira.


O primeiro caso geralmente ocorre em armas novas e a arma deve ser levada
para assistência técnica do fabricante para reparos.
No segundo caso a forma correta de solucionar a pane é batendo no Carregador e
em seguida na culatra.

Falha de extração:
Chaminé:

A chaminé geralmente ocorre ao utilizar munição velha ou fraca, assim a força


gerada pela detonação do cartucho não é suficiente para levar o ferrolho
totalmente para trás e ejetar o estojo vazio.
A forma correta de resolver esta situação é virar a arma de “ponta-cabeça” de
forma que a janela de ejeção fique para baixo e manobrar o ferrolho, a gravidade
auxiliará a extrair o estojo.

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Dupla alimentação:

Este tipo de falha geralmente ocorre quando o EXTRATOR solta o


estojo vazio antes que o EJETOR o jogue para fora, e quando o
ferrolho vai à frente, leva um novo cartucho em direção à câmara
travando a arma.

A forma correta de solucionar esta pane é a seguinte:

Trave o ferrolho atrás, retire o carregador, manobre o ferrolho


diversas vezes até que a câmara esteja vazia, insira novamente o
carregador e manobre o ferrolho.

Dilatação do estojo:

Este tipo de falha é gerada por uma munição com excesso de carga, o que gera
uma pressão muito grande e uma dilatação anormal do estojo travando a arma.

A forma correta de solucionar esta situação é:

1. Segure firmemente o ferrolho com a mão fraca;

2. Com a mão forte bata vigorosamente na


empunhadura, repita este movimento até que o
estojo vazio seja ejetado da arma e um novo
cartucho seja inserido na câmara;

Obervação: Nem sempre isso funciona, podendo até ocorrer


a quebra do extrator. Caso não se resolva a pane desta forma
deve-se lavar a arma até um armeiro.

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Instrutor de Tiro
Manutenção e limpeza da arma

Toda arma de fogo deve ser mantida limpa e lubrificada. Sempre, após uma seção de tiros, a arma
deve ser desmontada, limpa e lubrificada, tomando a precaução de verificar se a mesma está
descarregada antes de efetuar sua limpeza.

Os carregadores devem ser desmontados e limpos sempre que caírem no chão, pois o acumulo de
areia, terra ou barro pode prejudicar seu funcionamento.

Desmontagem:

Retire a trava do ferrolho e separe o ferrolho da armação

Retire a mola recuperadora e a guia

Retire o cano de dentro do ferrolho

Manutenção e limpeza:

 Remova os resíduos da deflagração de todas as peças da arma com uma escova de dente
embebida em solvente e retire o excesso com um pano seco;

 CANO: Molhe uma parte do pano com solvente e corra-o por dentro do cano. A seguir use
uma escova apropriada para desprender e retirar todos os resíduos da deflagração. A seguir
use partes secas do pano para finalizar a limpeza do cano;

NOTA: Não use objeto pontiagudo para limpar a arma (como, por exemplo, faca ou chave de
fenda) a fim de raspar os depósitos de sujeira visto que isto poderá também raspar o
revestimento antiferrugem.

 Aplique uma leve camada de óleo em todas as peças da arma, com um pano limpo ou uma
escova de barbear. Aplique diversas gotas de óleo para a face e os trilhos do ferrolho;

 Evite quantidade excessiva de óleo porque isto dificultará a limpeza da arma e partículas
de pó e detritos vão ficar presos a ela.

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Montagem:

Insira o cano no ferrolho

Insira a guia e a mola recuperadora

Insira o ferrolho na armação e recoloque a trava

Verificação do Funcionamento:

 Manobre a arma diversas vezes;

 Aperte o gatilho mantendo-o para trás;

 Manobre o ferrolho;

 Solte o gatilho lentamente. Deve-se ouvir um clique e o cão não deverá cair;

 Aperte o gatilho. O cão deve cair.

Com a utilização de uma caneta tipo BIC, ou até mesmo um pedaço de madeira similar a um
lápis, podemos verificar a integridade do percussor de uma pistola da seguinte forma:

Com a arma descarregada e apontada para o teto, introduza a caneta/lápis no cano da arma
com a ponta para cima e acione o gatilho, o percussor deve bater no fundo da caneta/lápis
impulsionando-a para cima.

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REVOLVER

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MANUSEIO E APRONTO DA ARMA DE FOGO E ACESSORIOS PARA SERVIÇO

Carregar:

 Mantendo a arma em direção segura e o dedo fora do guarda mato, abra o tambor;

 Insira os cartuchos nas câmaras manualmente ou com auxilio de um Carregador rápido.


Certifique-se de que todos os cartuchos estão devidamente assentados nas suas respectivas
câmaras;

 Use o polegar da mão fraca para fechar o tambor;

Descarregar:

 Aponte a arma para uma direção segura;

 Abra o tambor;

 Esvazies as câmaras;

 Inspecione visual e fisicamente as câmaras.

Funcionamento:

 Carregamento e alimentação:

Ocorre quando o atirador inseri os cartuchos nas câmaras;

 Disparo (ação dupla):

Ocorre quando o gatilho, articulando-se com a armadilha, faz o tambor girar ao mesmo
tempo em que arma e libera o cão, este por sua vez bate na barra de transferência que
aciona o percussor que atinge a espoleta do cartucho, causando a ignição da pólvora. Os
gases em expansão projetam o projétil para fora do cano;

 Disparo (ação simples):

Ocorre quando o atirador arma o cão manualmente, e ao se acionar o gatilho o cão é


liberado e este por sua vez bate na barra de transferência que aciona o percussor que atinge
a espoleta do cartucho, causando a ignição da pólvora. Os gases em expansão projetam o
projétil para fora do cano;

 Extração e ejeção:

Ocorre quando o atirador abre o tambor e aciona a vareta do extrator que retira todos os
estojos das câmaras;

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Recarga (REMUNICIAMENTO):

A troca de carregadores deve ser feita o mais rapidamente possível. Existem três maneiras
diferentes de efetuar a recarga nos revolveres, sendo elas:

A) Esta forma de recarregar o revolver pode ser dividida em 3 movimentos distintos:

1. Após o disparo, o polegar da mão forte aciona o botão


liberador do tambor e o dedo indicador da mão forte empurra o
tambor para fora da armação ao mesmo tempo em que inclina a
arma para cima em um ângulo próximo ao de 45º, a mão fraca
após o disparo desfaz a empunhadura e aguarda a arma estar
com o tambor aberto e com o cano inclinado para cima, para
então com a palma acionar a vareta do extrator e ejetar todos
os estojos das câmaras;

2. A mão forte, após todos os estojos terem sido ejetados do


tambor, gira a arma para baixo em um ângulo próximo ao de 45º
ao mesmo tempo em que a mão fraca apanha o carregador rápido
do cinto e inseri os cartuchos nas câmaras;

3. Assim que todos os cartuchos estiverem assentados em suas


respectivas câmaras, o polegar da mão fraca fecha o tambor e refaz
a dupla empunhadura.

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B) Esta forma de recarregar o revolver pode ser dividida em 3 movimentos distintos:

1. Após o disparo, o polegar da mão forte aciona o botão liberador do


tambor e a mão fraca segura a arma de forma que os dedos anular e
médio empurrem o tambor para fora da armação, neste momento a
arma é girada para cima em um ângulo próximo ao de 90º e com o
polegar aciona-se a vareta do extrator para que todos os estojos das
câmaras sejam ejetados, enquanto a mão forte apanha um carregador
rápido do cinto;

2. Assim que todos os estojos sejam ejetados, a mão fraca gira a arma
para baixo em um ângulo próximo ao de 45º, enquanto a mão forte
inseri os cartuchos nas câmaras com o auxilio do Jet Loader;

3. Assim que todos os cartuchos estiverem assentados em suas


respectivas câmaras, o polegar da mão fraca fecha o tambor e refaz a
dupla empunhadura.

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Espingarda
Nomenclatura

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Carregar:

 Mantenha o cano apontado numa direção segura, trave o ferrolho para trás e coloque a
arma na posição segura;

 Coloque um cartucho na sua mão fraca e, passando por baixo do receptáculo, coloque-o na
saída de ejeção;

 Puxe o ferrolho para frente. A arma está agora carregada com um cartucho na câmara;

 Continuando a usar a sua mão fraca, coloque com o polegar outros cartuchos no tubo e
termine de alimentar a arma.

Descarregar:

 Aponte a arma para uma direção segura;

 Puxando a telha para trás;

 Incline a arma para a direita, pressione o elevador de munição para cima, aperte o botão de
liberação interno e acione-o até que todas os cartuchos tenham sido ejetados;

 Esvazie a arma;

 Recolha os cartuchos ejetados.

Funcionamento:

 Carregamento:

Puxa um cartucho do tubo mediante movimento para traz do ferrolho. Ao se deslocar para
frente, o cartucho é assentado na câmara;

 Disparo:

Ocorre quando o gatilho, articulando-se com a armadilha, libera o cão e o faz bater no
percussor que atinge a espoleta do cartucho, causando a ignição da pólvora. Os gases em
expansão projetam os projéteis para fora do cano;

 Extração:

O movimento para trás da telha puxa o cartucho vazio da câmara por meio de uma pequena
garra de metal (extrator) que mantêm o estojo no lugar ;

 Ejeção:

O estojo vazio, preso pelo extrator, é forçado a sair pela porta de ejeção quando sua base
bate contra um pequeno braço de metal (o ejetor);

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 Armar:

O movimento para trás do ferrolho durante a manobra da telha, força o cão para trás
prendendo-o no entalhe do armador e comprimindo a mola principal.

CHOKE – CONSTRIÇÃO DA BOCA DO CANO

 Choque cilíndrico;

 Choque pleno, que se divide em quatro estágios:

1. Choque pleno que ocorre com a redução 1 mm do diâmetro da boca do cano;

2. Choque ¾ de mm;

3. Choque 2/4 de mm ;

4. Choque ¼ de mm.

Recarga (REMUNICIAMENTO):

 Assuma a posição 3;

 Retire os cartuchos do seu bornal, cinto ou bolso e com o polegar


coloque-o no tubo carregador;

 Erga a cabeça e esquadrilhe a área. Se o objetivo for visto enquanto


estiver alimentando a arma, não use a que estiver na sua mão e dispare
contra o objetivo;

 Se a arma estiver completamente descarregada, carregue normalmente.

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Medidas imediatas e corretivas (panes)

Falha de munição:

As falhas de munição, ou negas de disparo (picotar a espoleta), são panes que não
são muito comuns e a forma de solução é muito simples, sendo necessário apenas
realizar a manobra do ferrolho, para retirar a munição defeituosa e inserir um novo
cartucho na câmara.

Falha de Alimentação:

Ocorre quando o cartucho sai do alinhamento da câmara e bate na parede da


armação, interrompendo a alimentação.

Falha de extração:

Chaminé:

Na posição 4, incline a arma para esquerda, com mão fraca retire a munição e leve o ferrolho para
frente.

Dilatação da Estojo:

Este tipo de falha é gerada por uma munição com excesso de carga, o que gera uma pressão
muito grande e uma dilatação da cápsula dentro da câmara travando a arma.

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 Retire a arma da posição 3, segure firmemente a báscula, descendo na
posição de joelho e batendo a soleira da coronha ao solo trazendo o
ferrolho para trás. Talvez tenha que fazer mais vezes.

Munições para a Calibre 12

O calibre é o número de esferas de chumbo que juntas compõem o diâmetro necessário para
refazer uma libra de peso. Por exemplo, 12 esferas de chumbo ou diâmetro da espingarda
CBC perfazem uma libra.

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Munições e Balística

Tabela de tipos mais comuns de munição comercial para uso na Calibre 12.

Câmara Chumbo Balística


Calibre Peso V E Provete Utilização / Características
mm Polegadas Tipo
gramas m/s joules cm
Série Hi-Impact
3T 32 430 2.957 76,2 Uso policial em situações em que
SG 32 430 2.957 76,2 se faz necessário maior poder de
defesa. O alcance útil dos
12 70 2 3/4" cartuchos carregados com chumbo
Balote 28,4 450 2.870 76,2 3T é de 30 a 50m, os com SG de
50 a 100m e aqueles carregados
com balote até 150m.
Série Magnum
SG 42,5 380 3.068 76,2 Uso policial. Estes cartuchos
superam aqueles de calibre 12
convencionais em quantidade de
12 76,2 3"
3T 42,5 380 3.068 76,2 chumbo e, portanto, em letalidade.
Não utilizar em armas com câmara
menor do que 3".
V (Velocidade) e E (Energia) medidas na boca. Provete (comprimento do cano). Obs.: Disparos a
distâncias inferiores às recomendadas podem ser letais.

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Câmara Bagos Balística


Utilização /
Calibre Peso V E Provete Características
mm Polegadas Tipo
gramas m/s joules cm
Série Antidistúrbio "Less Lethal"
Controle de distúrbios a
Plástico 6,6 480 760 76,2
curta distância (até 5m).
20 bagos de Controle de distúrbios a
borracha de 7,7 230 204 48,3 média distância (de 10 a
12 70 2 3/4"
8mm 20m).
3 bagos de Controle de distúrbios a
borracha de 12 162 157 48,3 longa distância (de 20 a
18mm 50m).
V (Velocidade) e E (Energia) medidas na boca. Provete (comprimento do cano). Obs.: Disparos a
distâncias inferiores às recomendadas podem ser letais.

Ainda temos as munições de Chumbo Fino ou Bird Shot, são as munições de caça e tiro esportivo,
que tem uma menor carga de pólvora e grande quantidade de esferas de tamanhos pequenos.

Munições explosivas GL 101 Efeito moral lacrimogênea CS e 102 Efeito moral.

Para cartuchos, a regra geral é que cada tiro se espalha à razão de 2,5 cm por metro ou 62 cm de
área de impacto por 25 metros. Isto varia de arma para arma e deve ser confirmado através de um
disparo de teste para cada arma.

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Munição especial

A espingarda também é uma ferramenta usada para desfazer portas, dobradiças e permitir a
entrada forçada num ponto de crise. A munição especial foi criada para realizar esse tipo de
trabalho. Geralmente essas munições consistem de metal pulverizado com uma base de cerâmica
tal como gesso odontológico. O cartucho desprende toda sua energia no impacto contra a
fechadura ou a dobradiça e se pulveriza imediatamente, minimizando a quantidade de estilhaços
que saem da porta.

Desmontagem:

 Abra o ferrolho;

 Retire a tampa do depósito

 Remova o cano e o tubo carregador juntamente com mola e mesa;

 Remova os pinos do receptáculo e retire o mecanismo do gatilho;

 Remova ferrolho e báscula com suas hastes, acionando o retentor da munição tubo
carregador, do tubo carregador;

 Separe as hastes da báscula do ferrolho;

Manutenção e limpeza:

 Molhe um pano com solvente e passe-o pelo interior do cano. Logo depois, insira uma
escova cilíndrica para remover os resíduos de carbono e de pólvora. Faça novamente a
limpeza com vários panos limpos. Depois da limpeza, passe um pano umedecido com
óleo;

 Remova carvão e sujeira das outras peças da arma usando uma escova de dente ou um
pano limpo embebido com solvente;

 Aplique uma camada fina de óleo a todas as peças da arma com uma esponja limpa ou com
um pincel de barba. Aplique várias gotas de óleo à parte interior do ferrolho, à câmara e
também aos trilhos laterais;

 Evite excesso de óleo. Excesso de óleo tornará difícil manter a arma limpa porque haverá
adesão de poeira e sujeira;

NOTA: Não use objeto pontiagudo para limpar a arma (como, por exemplo, faca ou chave de
fenda) a fim de raspar os depósitos de carvão visto que isto poderá também raspar o
revestimento antiferrugem.

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Montagem:

 Coloque as hastes da báscula nos trilhos do conjunto do ferrolho;

 Coloque esse conjunto de peças no receptáculo, primeiramente acionando o retentor de


munição do tubo carregador e posteriormente o retém do ferrolho;

 Encaixe o mecanismo de disparo e os pinos do receptáculo do lado do retém do ferrolho;

 Fixe o tubo carregador no receptáculo rosqueando da direita para esquerda;

 Encaixe o cano no receptáculo rosqueando a tampa do tubo carregador, lembre-se o


ferrolho tem que estar na posição retaguarda;

 Coloque o ferrolho em posição semi-aberta e coloque o cano no receptáculo;

Verificação do Funcionamento:

 Limpe a arma;

 Carregue a arma e coloque na posição segura;

 Aperte o gatilho. O martelo deverá fazer a percussão;

 Coloque a arma na posição fogo;

 Aperte o gatilho e mantenha-o apertado. O cão deve percutir;

 Com o dedo ainda apertado o gatilho, carregue a arma;

 Solte vagarosamente o gatilho até ouvir um clique;

 Aperte o gatilho O cão deve percutir.

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Nomenclatura

Carabina PUMA

Carabina 22LR

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QUADRO DE ANÁLISE DE TIRO DE ARMA CURTA

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Wyanet Enterprises – Revista O Tiro DA CBTA - 1977
(Tradução do atirador Paulo Sérgio Carvalhães e Souza)

Este é um artigo muito interessante extraído da revista “O Tiro”, editado pela antiga
Confederação Brasileira de Tiro ao Alvo (CBTA), em 1977, e que ainda hoje pode ser útil na
aprendizagem dos atiradores iniciantes e juniores sobre fundamentos técnicos, onde o autor
apresenta um quadro elucidativo, analisando os diversos tipos de grupamentos, causados por
falhas diversas, e a maneira correta de corrigí-las.

1. INTRODUÇÃO
O primeiro passo para se obter a melhor precisão no uso de arma curta é entender, antes de
mais nada, alguns itens básicos sobre o tiro. Atingir o “x” da zona do10 no seu alvo é tão
fácil quanto apontar com o dedo para um relógio de parede. Experimente fazer isso:
constatou que é muito fácil. Então, por que razão, num estande de tiro torna-se tão difícil
apontar para o alvo? Se você entender a resposta a essa pergunta irá aprimorar a sua
técnica e tornar-se um campeão de fato.

Quando você aponta o seu dedo para o relógio, ele não dá recuo e nem fumaça. Portanto aí
reside o problema. Qualquer ser humano sofre as influências do estampido e do choque
(salto) de um tiro de arma curta. É essa influência que dificulta a sua habilidade em obter a
precisão. Antecipar o disparo com o estampido é o principal fator que causa um desempenho
negativo no tiro ao alvo.

Você já notou como é que os atiradores veteranos disparam suas armas. Eles atiram
naturalmente sem maiores esforços. Desprovidos de receios ou de antecipações do
subconsciente, eles já descobriram o segredo. Você também tem que compreender que o
estampido e o choque (salto) da arma são os fatores que tornam o tiro ao alvo um dos
esportes mais antigos e de maior difusão no mundo inteiro.

2. COMO FUNCIONA O QUADRO DE ANÁLISE


Tanto os instrutores de tiro como os próprios atiradores experientes já descobriram que uma
série de tiro falhos, numa determinada área do alvo, indicam a existência de um erro definido
e específico por parte de um atirador. A causa do erro será indicada exatamente pelo setor
do alvo atingido por esses disparos fora do centro, denominados “tiros escapados”.

Todos os tiros disparados sobre o seu alvo de ensaio atingirão algum dos oito setores no
quadro de análise. A simples leitura desse quadro lhe informará o que você fez para que o
seu tiro atingisse aquele setor. É quase impossível tentar analisar os seus tiros ao mesmo
tempo em que você dispara. O “choque” da arma tende a bloquear sua visão, impedindo-o de
verificar o que aconteceu imediatamente antes de disparar. Evidentemente, para utilizar
corretamente o seu quadro de análise, temos de presumir que a

sua arma está com a mira devidamente regulada para o centro do dez.

3. A LEITURA DO SEU QUADRO DE ANÁLISE


O seu quadro está provido de abreviaturas codificadas, que lhe ajudarão a interpretá-lo sem
maiores problemas. Agora vamos examinar a sua divisão em setores, para descobrir qual o
erro do seu disparo, quando os seus tiros se agrupam repetidamente em um determinado
setor do alvo. Caso você seja canhoto, devem-se inverter todas as posições.

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a. Espalmar - (ESP)

Os tiros que atingem a parte superior direita do seu alvo, entre 01:00 e 02:00hs, do quadro
de análise, mostra que você está “espalmando” a arma. Esse tipo de antecipação demonstra
que o atirador está empunhando a arma com força demasiada durante o momento do disparo
em que aperta o cabo da arma para dentro da palma da mão. Isso causa a elevação da
massa de mira para cima e para direita.

ESP

Esse erro comum pode ser corrigido simplesmente se você mantiver uma pressão constante
ao empunhar a sua arma durante toda a seqüência do seu disparo. Você não pode modificar
alternadamente a pressão de sua empunhadura enquanto aguarda ansiosamente o comando
de disparo. Concentre-se no alinhamento das miras e mantenha uma pressão igual e firme na
empunhadura até depois de ter efetuado o disparo. Um bom acompanhamento (follow
trough) é muito importante, se quiser evitar que os seus tiros continuem atingindo esse
setor do alvo.

b. Inclinação da arma (INC)

Muitos atiradores nunca repararam no fato de que estão inclinando a arma para o lado direito
enquanto alinham as miras. Isso é geralmente causado pela pressão do polegar sobre o lado
direito da arma. Quando ocorre o disparo, essa pressão fará com que o tiro “caia” para o lado
direito do alvo, ou seja, no setor das 02:00 às 04:00hs do quadro de análise.

O seu polegar oferece um grande auxílio na correção do alinhamento das miras. Deverá
exercer a mesma pressão sobre o lado esquerdo da arma que a base do dedo indicador
exerce sobre o lado direito. Todas as forças empregadas devem ser equivalentes. Uma
empunhada incorreta causará disparos desiguais.

INC

Lembre-se de que a única parte da sua mão que deverá se mover durante toda a ação do
disparo é o dedo do gatilho. Qualquer outro movimento provocará um tiro incorreto.

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c. Estrangulamento

A maioria dos atiradores iniciantes comete o erro de empunhar a arma com excesso de força.
Um atirador que empunha a arma com força de um “torno de bancada” encontrará seus tiros
todos agrupados no setor entre as 04:00 e 05:00hs. À medida que o disparo é efetuado com
uma empunhadura “estrangulada”, o cano tenderá a desviar-se para baixo e para direita.

EST

A solução para esse problema da empunhadura “estrangulada” é muito fácil se você


compreender que empunhar uma arma com demasiada força é totalmente desnecessário
para se obter um bom tiro. A arma deve “repousar” confortavelmente em sua mão. Exerça
apenas a pressão de empunhadura suficiente para lhe assegurar o controle da mesma.
Retesar os músculos excessivamente, transformando a sua mão num “torno” causará o
cansaço prematuro, além de outros fatores que prejudicam a precisão. Uma empunhadura
firme, com a ajuda de todos os dedos, lhe ajudará a obter ótimos resultados. Igualdade de
empunhadura e consistência durante toda a seqüência do disparo eliminarão a ausência de
precisão causada pela empunhadura errada.

d. Torção do pulso

Aqui temos outro exemplo de um problema causado pelo receio do recuo. O atirador
descobre que muitos de seus tiros se concentram no setor das 05:00 às 07:00 hs de seu
quadro. Provavelmente está inclinando a arma para baixo ou torcendo o pulso no momento
do disparo. Isso é causado pela antecipação do recuo. Em outras palavras, o atirador tenta
conter o recuo ou tenta diminuir ou compensar o recuo da arma, inclinando-a para baixo.

TOR

Neste caso, a chave do problema é obter um “follow trough” correto. Acompanhar o tiro
(follow trough) não se restringe a manter corretamente a empunhadura, acionamento do
gatilho e o enquadramento do alvo durante o disparo, e sim que todos esses fundamentos
têm que ser controlados mesmo depois que o disparo tenha sido efetuado e que a arma já
deu o “salto”. O salto é a última experiência na emoção de um disparo... devemos apreciá-lo

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com prazer.

e. Gatilhada

O ato de acionar o gatilho para trás de uma forma rápida demais, é um erro chamado de
“gatilhada” e fará com que os tiros atinjam a parte inferior esquerda do alvo. Quando
aparecem muitos tiros neste setor você pode ter certeza que você puxou o gatilho para trás
muito depressa, de uma forma brusca, para apressar o disparo.

GAT

Quando se consegue um correto alinhamento das miras, isso não é um sinal de que seu dedo
deva acionar o seu gatilho imediatamente, antes que aconteça algo. Quando as miras estão
alinhadas, seu cérebro deverá comandar para o dedo indicador uma pressão constante e
uniforme sobre o gatilho. A maior parte da sua concentração deverá estar focada no aparelho
de pontaria: além disso, o acionamento do gatilho é o segundo aspecto mais importante no
disparo da arma. Atirar “em seco” poderá lhe dar uma grande ajuda. Você poderá eliminar o
estampido e o salto, concentrando-se totalmente num acionamento de gatilho lento e
constante.

f. Dedo do gatilho

Os atiradores demonstram uma tendência a subestimar a importância da correta colocação


do dedo sobre a tecla do gatilho. A maioria dos atiradores introduz demasiadamente o dedo
do gatilho (indicador) no “guarda mato” da arma. Isso faz com que os tiros atinjam a parte
esquerda do alvo, ou seja, o setor das 08:00 às 10:00hs do quadro.

DED

O meio da falangeta deverá repousar sobre o centro da tecla do gatilho. Se, ao início, isso lhe
parecer desconfortável, essa sensação logo irá desaparecer quando você verificar a melhoria
rápida de seus resultados. Outro fator muito importante a respeito do acionamento do gatilho
é o seguinte: ele deverá ser puxado diretamente para trás e no prolongamento do seu
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antebraço. Se qualquer pressão for aplicada lateralmente, por menor que seja, os tiros
voltarão a atingir o setor das 08:00 às 10:00hs.

g. Antecipação do recuo

Um atirador que, ao mesmo tempo, aciona o gatilho e aguarda o “salto”, invariavelmente


acabará por se antecipar ao salto. Isso acontece ao se erguer o cano da arma antes de
ocorrer o disparo. O atirador que demonstra “ajudar” a arma no seu salto verificará que seus
tiros irão atingir a parte superior esquerda do alvo, ou seja, o setor das 10:00 às 11:00hs do
seu quadro.

ANT

Para corrigir esse problema carregue sua arma deixando algumas câmaras vazias. Dispare a
arma sem saber quais as câmaras que estão com cartuchos. Você se surpreenderá ao
perceber que está se antecipando ao salto, quando disparar sobre uma câmara vazia e
constatará a mira subindo para a esquerda. A chave está no correto follow trough observado.
Efetue o disparo sem perturbar nenhum dos fundamentos de precisão. Esqueça-se do “salto”.
Acione o gatilho para trás lentamente e deixe que o disparo lhe surpreenda. Se você estiver
ciente do exato momento em que a arma for disparar estará se antecipando ao “salto”.

h. Sobressalto

O sobressalto é o sintoma menos compreendido pelo atirador iniciante. Algumas pessoas sem
muito controle emocional tremem na ocasião do disparo. Outros atiradores tremem apenas
com a cabeça, mão ou piscam os olhos. Geralmente um disparo acompanhado do sobressalto
jogará o tiro na parte superior do alvo, ou seja, no setor das 11:00 às 01:00hs do quadro.

SOB

O sobressalto é uma tendência nervosa de antecipação, que ocorre quando você aciona o
gatilho e o seu corpo ainda não está preparado para tal. Mais uma vez, carregando
alternadamente as câmaras de sua arma ou colocando estojos deflagrados em seu
carregador, será mais fácil observar o que está ocorrendo. Quando você realmente puder
visualizar o seu sobressalto estará começando a controlá-lo.

Verifique a posição do cano quando escutar o estalido de um disparo inesperado sobre uma

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câmara vazio. Vai ver e sentir todo o seu corpo reagir ao que você pensava que iria acontecer
se tivesse realmente ocorrido um disparo. Antes de atirar, tome um gole d’água ou leia algo.
Experimente chegar cedo ao estande de tiro ... fique tranqüilo. A ansiedade é o seu maior
concorrente. O tiro ao Alvo é um esporte de precisão e de controle muscular. Os seus
músculos não lhe permitirão um tiro preciso se estiverem todos tensos ou cansados.

Agora que você conhece o significado de cada setor do seu quadro, já está em condições de
passar à prática. Leve o quadro de análise para o estande de tiro. Talvez prefira cola-lo ao
lado da sua maleta de tiro onde transporta a sua arma. Examine-o e estude-o antes de iniciar
o treinamento. Basta o simples conhecimento do significado do quadro para que você possa
aprimorar a sua perícia no Tiro.

Comece a efetuar séries de cinco disparos sobre o seu alvo. Compare os resultados com o
quadro de análise. Veja quais são os seus erros e efetue as correções necessárias. Se os seus
tiros estão espalhados sobre toda a superfície do alvo é sinal de que você precisa de maior
treino, até que obtenha um grupamento mais fechado. Quando conseguir isso, desloque esse
agrupamento para dentro da parte preta do alvo, consultando o quadro de análise e
concentrando-se naquilo que não deve fazer. Seguindo passo-a-passo as instruções acima,
corrigindo individualmente cada segmento do quadro, você estará em condições de disparar
com a mesma facilidade com que aponta o seu dedo para um relógio de parede.

por Eduardo Ferreira


Recordista e campeão brasileiro de armas longas da CBTE e das Forças Armadas. Ex vice-
presidente da CBTE e da federação do DF, ex presidente das federações do RJ e CE, e diretor
das federações da PB e RS. Autor de "Arma Longa" e "História do Tiro"
ferreiraedu@terra.com.br

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Bibliografia

BARREIROS JR., HELIO. Artigos Publicados Revista MAGNUM, vários

CENTRO DE TREINAMENTO TATICO – CTT. Apostila de Operador de Arma Curta, São


Paulo, 2006

CENTRO DE TREINAMENTO TATICO – CTT. Apostila de Curso de Pistola Tática, São Paulo,
2006

CENTRO DE TREINAMENTO TATICO – CTT. Apostila de Curso de Espingarda, São Paulo,


2006

COMPANHIA BRASILEIRA DE CARTUCHOS – CBC. Catálogos de Produtos, São Paulo

D.O.U. (Diário Oficial da União). Leis 10.826/03, 10.030/19

IAN V. HOGG. The Illustrated Encyclopedia of Firearms. Inglaterra: Newnes Books, 1978

POLICIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO – DGP. Manual Operacional do Policial Civil,
São Paulo, 2002

Autores:

Fabio Fanganiello
Hélio Barreiros Junior
Luis César de Oliveira Rodrigues Costa
Edson Dias Santos

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meios eletrônicos e
mecânicos, inclusive através de processos reprográficos, sem a permissão expressa dos
autores(leis 9.610 de 19/02/1998)

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