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Instrutor de Tiro
FORMAÇÃO DE INSTRUTOR DE
ARMAMENTO E TIRO
INDICE
A história das armas de fogo tem sua origem não tanto nos processos sociais da humanidade,
estando mais afeita à busca da sobrevivência dos indivíduos que a hegemonia entre nações. Dentre
as ciências a que mais nos ajuda a explicar o porquê de terem uma eficiência tão grande que as faz
presentes em nossas vidas já há quase cinco séculos, é a parte da física denominada balística, que
nos explica tudo ou quase tudo, se a estudarmos em conjunto com a própria história do Homem.
Como recurso para melhor entendermos esse processo evocamos um filme do diretor Stanley
Kubrick, denominado aqui no Brasil "2001 Uma Odisséia no Espaço". Peça de ficção, o filme se
iniciava com a cena de um grupo de macacos em confronto com outro grupo rival na disputa por
comida. Num determinado momento um dos macacos toma nas mãos um longo osso de um animal
morto, provavelmente um fêmur, com ele desfere um violento golpe no crânio de um adversário,
matando-o. Pois bem, com essa imagem o cineasta pretendia mostrar o primeiro passo da
inteligência do primata, que ali simbolizava o início da linhagem humana, no sentido de produzir
uma ferramenta ou arma que ampliasse seus poderes, ajudando-o a fazer algo que ele não
conseguiria com as mãos nuas. Numa análise técnica o que aconteceu quando o macaco tomou um
osso e golpeou seu adversário? Nada mais que o princípio básico do confronto entre dois
oponentes. O osso utilizado, por ter suficiente massa permite a transmissão eficaz da força
aplicada e, em sendo longo, proporciona ao atacante afastar o próprio corpo do de seu adversário,
mantendo-o a uma distância segura o suficiente para se proteger do contra ataque. Toda a história
das armas pessoais do Homem tem essa mesma origem, desferir o golpe a uma distância segura.
Espadas, lanças, flechas e catapultas têm todas essa mesma finalidade.
O comprimento de uma arma de percussão (massas ferradas, bordunas), corte (espadas, machados)
ou chuço (lanças, alabardas) tem seu uso limitado por questões práticas às suas dimensões e pesos.
Com os arcos e bestas a humanidade passa a desenvolver conhecimentos rudimentares de
balística, que nada mais é que a parte da Física que estuda o comportamento dos projéteis
arremessados, isto é, sem energia própria. Até a aplicação da pólvora como propulsora de
projéteis, tudo o que havia era o arremesso dos mesmos (flechas e outros), valendo-se
exclusivamente da energia mecânica obtida pela flexão de um objeto qualquer que funcionasse
como mola propulsora. Com a introdução da pólvora como elemento propulsor tem-se uma
verdadeira revolução nos conceitos da balística. Para entender o quão significativa foi essa
descoberta, devemos nos valer da formula Newtoniana da Energia Cinética E=m.v²/2. Afinal que
significa isso? Simples, que a energia, no caso a de um golpe, aumenta na razão direta das massas
e ao quadrado da velocidade. Ainda está complicado? Pois bem, o que o Newton provou é que se
v. quer aumentar a energia de uma pedra disparada, por exemplo, por um estilingue, se v. dobrar o
tamanho da pedra, v. duplica a energia, mas se v. dobrar a velocidade, pondo talvez um elástico
mais forte, v. vai quadruplicar a energia.
O que é um golpe de um cassetete, de uma espada, o impacto de uma flecha ou de uma bala senão
uma transferência de energia? Tudo o que se faz nesses ataques é transferir uma quantidade de
energia suficiente para ferir, para causar um trauma tal que inabilite seu oponente a continuar a
luta ou seja lá o que ele estiver fazendo.
Até o uso da pólvora o homem estava limitado a uma combinação do peso de seus projéteis e
velocidade a que ele conseguia arremessa-los, fosse com arcos, balestras ou fundas. No que a
pólvora mudou esse processo? A energia do processo de combustão da pólvora é química e não
mecânica e a quantidade de energia liberada é tão maior que permite o lançamento de pequenos
projéteis a altíssimas velocidades. Como é o aumento da velocidade que confere maiores variações
de energia dos arremessos, o Homem logo aprendeu que poderia lançar uma pequena esfera de
peso muito menor que o de uma flecha, a uma velocidade muito maior, com um alcance também
proporcionalmente maior e ainda assim transferir uma quantidade de energia suficiente para ferir e
A pólvora
Na arma de fogo tudo ocorre a partir do momento em que se incendeia uma pequena quantidade
de pólvora colocada em seu interior a cada disparo. Embora se tenha conhecimento de vários
compostos pirotécnicos na Antigüidade, seja no oriente pelos chineses ou no ocidente pelos
gregos, a pólvora com a composição aproximada daquilo que hoje chamamos de "Pólvora Negra"
só é conhecida à partir de 1260 e seu uso como propelente no arremesso de projéteis só é
registrada em 1326.
A Pólvora Negra era uma mera mistura física de carvão, salitre e enxofre. Sua principal
característica era a capacidade de, ao ser incendiada, queimar-se com uma grande velocidade,
liberando uma grande quantidade de energia. Conhecedores dessa característica os antigos a
utilizavam para a confecção dos mais variados explosivos. Seu uso como propulsora de projéteis
conduzidos através de um cano e anterior mesmo à evolução no domínio dos metais, havendo
registros de canos de armas rudimentares com canos de madeira e bambu. O fenômeno do tiro
consiste afinal em conter-se uma carga de pólvora em um recipiente que resista à sua explosão, no
caso a câmara da arma de fogo. Nesse recipiente, ou câmara, deixa-se uma única abertura que é
justamente onde se coloca o projétil. Ao se incendiar a pólvora, seja por qualquer um dos sistemas
que veremos a seguir, a pressão gerada pela expansão dos gases provenientes de sua queima,
impulsionará o projétil numa altíssima velocidade, fazendo-o percorrer o cano da arma, cuja
finalidade é a de direcionar sua trajetória, projetando-se nessa direção até que a energia de
impulsão se esgote dada a resistência do ar e da ação da gravidade. É importante frisar que toda a
energia de um projétil lhe é dada pela expansão dos gases gerados na queima da carga de pólvora.
Essa energia, na forma de impulso, só lhe é transmitida enquanto ele está dentro do cano da arma.
À partir do momento em que o projétil sai da boca do cano da arma, ele para de receber esse
impulso e não ganha mais velocidade, só perde, caso contrário não seria uma "bala", seria um
foguete!
As primeiras armas de fogo eram simples canos de ferro ou bronze, fechados em uma
extremidade. Eram, portanto, carregadas pela boca ou, melhor denominadas, de ante carga. A
carga propriamente dita consistia de uma pequena quantidade de pólvora negra, sobre a qual se
depositava um projétil, normalmente uma esfera de chumbo, que entrava forçada pela boca do
cano e, para tal era sujeitada por uma vareta. Na base desse cano era construído um pequeno
orifício que se comunicava com a parte interna, onde estava a carga de pólvora. O disparo se dava
então quando se encostava nesse orifício uma pequena mecha, que o atirador deveria levar consigo
permanentemente acesa. Era uma peça pesada, desajeitada e de pouca efetividade, sendo que até
meados do século XVI as armas de fogo eram meros canhões em miniatura, sem mesmo qualquer
tipo de coronha que facilitasse seu manejo.
O primeiro deve-se ao fato de que o maior domínio da metalurgia permitiu a produção de canos
mais leves que, concomitante passaram a ser instalados em coronhas que, ainda que rudimentares
proporcionavam um manejo muito mais confortável e efetivo. O segundo relaciona-se com o
surgimento de inúmeros sistemas de disparo que vieram a substituir a primitiva mecha encostada
com a mão.
Nesse período, embora ainda fossem de ante carga as armas de fogo já eram menores, existindo,
inclusive, pistolas para serem portadas presas à cintura e dotadas de diversos tipos de mecanismos
de disparo, que é o detalhe que melhor identifica sua evolução.
No primeiro o cão não se arma pela compressão de uma simples mola de lâmina, mas por um
sistema de corda espiral, semelhante à de um relógio. O exótico é que para essas armas dispararem
há que se '"dar corda" a elas.
O Snaphaunce (do holandês "snap hann", bicada) e o conhecido simplesmente por Pederneira são
meras variações mecânicas de um sistema de cão mais simples, impulsionado por uma mola de
lâmina.
O que de mais importante que caracteriza todos os três é que a ignição, ou seja a transmissão de
fogo à carga de pólvora, se dá pelo uso de pedras "silex", num sistema que acabou por ser
denominado genericamente de Pederneira.
Nesse sistema uma pequena caixa é acoplada á base do cano e seu interior se comunica por um
orifício com a carga de pólvora. Nessa pequena caixa é depositada uma pequena "pitada" de uma
pólvora muito fina, sendo essa caixa fechada por uma tampa articulada e com uma "aba" vertical
ranhurada como se fosse uma lima. Completa o sistema um cão que tem preso à sua extremidade
uma pedra sílex, também conhecida modernamente como pedra de isqueiro.
A arma funciona armando-se o cão e, quando o gatilho o libera, a mola que o impulsiona faz com
que ele bata a pedra sílex violentamente contra a tampa da citada caixinha, gerando assim
inúmeras faíscas que atingirão a "pitada" de pólvora ali depositada, esta por sua vez, ao incendiar-
se transmite o fogo à carga principal, disparando a arma.
O salto tecnológico que fez as armas de fogo mais práticas deveu-se a um reverendo escocês que
gostava de caçar, mesmo em dias de chuva. Alexander James Forsyth foi o responsável pela
invenção do sistema de percussão que deu origem ao que conhecemos como espoleta.
Espoleta nada mais é que um pequeno "copo" de metal ao fundo do qual está depositada uma
minúscula quantidade de um composto químico na forma de cristais que, ao serem rompidos
produzem as fagulhas necessárias à ignição da carga de pólvora. Fulminato de mercúrio, cloreto
de potássio e, mais modernamente, estifinato de chumbo são as matérias primas dos cristais das
espoletas.
Para romper esses cristais a espoleta deve apenas receber o golpe da extremidade do cão. Como
ela está instalada em um pequeno tubo que se comunica com a carga de pólvora, está assim feito o
caminho da ignição. Em função da necessidade de ocorrer essa "martelada" na espoleta as armas
desse período são classificadas como "armas de fogo com disparo por percussão".
Foi um sistema que resolveu totalmente o problema do hiato entre o acionamento do gatilho e o
tiro e quase que totalmente o da susceptibilidade à umidade. As armas de percussão reinaram no
mundo desde a invenção de Forsyth em 1807, até que o cartucho metálico da forma como o
conhecemos hoje, se definisse por volta de 1860.
A descoberta de que determinadas ligas metálicas tem "memória", ou seja se deformadas pela ação
de pressão e temperatura, voltam às suas dimensões originais quando cessam essas forças, foi o
que permitiu o fácil desenvolvimento de armas carregadas por trás, também dito pela culatra, e o
desenvolvimento de cartuchos de munição. O cartucho é então um recipiente que contém a um só
tempo a pólvora, a espoleta e o projétil. Colocado na culatra da arma, ao ter sua espoleta percutida,
inflamando a carga de pólvora, suas paredes dilatam-se sob a pressão dos gases, aderindo-se
fortemente às paredes da câmara da arma, impedindo assim que os gases do disparo escapem por
qualquer outra direção que não seja aquela em se que impulsiona o projétil, é o que se denomina
"selo de gás". Na seqüência, assim que o projétil deixa a arma, a pressão se reduz a zero e o estojo
metálico volta a seu tamanho original, permitindo sua extração da arma com facilidade.
Os primeiros cartuchos metálicos, surgidos em meados do século dezenove ainda eram carregados
com pólvora negra, que tem como principal característica o fato de que sua composição é uma
mera mistura física de carvão, salitre e enxofre. Na prática é um propelente que requer cargas de
altos volumes e que ao disparar, além de muita fumaça, algo que lhe é muito peculiar, gera uma
grande quantidade de resíduos corrosivos.
No início do século vinte surge então a pólvora química, também conhecida como pólvora sem
fumaça. Esta, além de gerar muito mais energia por volume de carga, se comparada com sua
antecessora, quase não apresenta fumaça e os resíduos de sua combustão, além de serem em
menor quantidade, são muito pouco agressivos ao aço das armas. Sua composição é feita à partir
de reações químicas em que compostos de nitrogênio são embebidos em celulose, de onde
provém, portanto, outro de seus nomes, o de pólvora nitrocelulósica.
Partindo do princípio de que as armas modernas todas disparam cartuchos convencionais, sua
classificação pode advir de quatro diferentes formas de divisão.
- Extração: é a ação de retirada do estojo deflagrado da câmara da arma. Pode ser manual, por
repetição mecânica ou automática.
- Armas Semi-automáticas: São aquelas que requerem que, à partir de um depósito com vários
cartuchos, se faça manualmente apenas a alimentação do primeiro cartucho, sendo que após o
primeiro disparo a extração do estojo deflagrado e a alimentação da câmara com um novo
cartucho se dá automaticamente. Diz-se semi-automática porque para que se produza um novo
disparo o gatilho deve ser premido novamente. São exemplos as pistolas, espingardas,
carabinas e fuzis com esse tipo de mecanismo.
- São armas de Alma Lisa aquelas cujo interior do cano é liso já que se destinam ao disparo de
munição de projéteis múltiplos destinados, originalmente à caça de aves em vôo, à distâncias
relativamente curtas (25~50m). São quase que exclusivamente as espingardas, sejam de que
sistema de funcionamento for.
- Armas de Alma Raiada aquelas cujo interior do cano é dotado de múltiplas ranhuras em
espiral. Essas ranhuras tem por finalidade imprimir um movimento rotatório ao projétil de
forma a compensar sua distribuição de peso e assim melhor estabilizar sua trajetória. São todas
as armas, curtas ou longas, de qualquer tipo de sistema de funcionamento, que disparem
cartuchos com um único projétil.
- Fuzil: Arma longa com cano de alma raiada, normalmente de grande calibre com sistema de
funcionamento que pode ser por tiro singular, de repetição, semi-automático, totalmente
automático ou ainda uma combinação de semi e totalmente automático.
- Espingarda: Arma longa com cano de alma lisa ou raiada com sistema de funcionamento por
tiro singular, repetição ou semi-automático.
- Garrucha: Arma curta com cano(s) de alma raiada e funcionamento exclusivamente por tiro
singular.
a) De ação simples. Quando para dispará-lo há que se armar o cão e depois premer o gatilho.
b) De ação dupla. Quando o gatilho desempenha duas funções, arma o cão e dispara a arma.
- Pistola Semi-automática: Arma curta com cano de alma raiada com sistema de funcionamento
exclusivamente semi-automático.
a) De ação simples: Quando para se efetuar o primeiro disparo há que se manobrar o ferrolho
e/ou armar o cão. Nos demais disparos o cão se armará automaticamente.
c) Apenas de ação dupla: Quando a cada disparo o gatilho arma e libera o cão. Dessa forma todos
os disparos serão em ação dupla
d) De percussor lançado: Quando o gatilho aciona uma armadilha que retém uma mola que, ao
acionar-se o gatilho projeta um percussor contra o cartucho.
e) De percussor lançado pré armado(Ação Hibrida). Também chamado "safe Action", segundo
patente da Glock GMBH da Austria. Trata-se de um sistema de percussor lançado melhorado e
mais seguro.
Pistola automática (ou pistola metralhadora): Arma curta com cano de alma raiada com sistema de
funcionamento automático , ou combinado automático e semi-automático.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
o
LEI N 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.
CAPÍTULO I
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia
Federal;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a
atividade;
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e
Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.
DO REGISTRO
o
Art. 3 É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na
forma do regulamento desta Lei.
o
Art. 4 Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva
necessidade, atender aos seguintes requisitos:
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,
atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
o
§ 1 O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos
anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta
autorização.
o
§ 2 A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e
na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 3 A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a
venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as características da
arma e cópia dos documentos previstos neste artigo.
o
§ 4 A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por
essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
o
§ 5 A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será
efetivada mediante autorização do Sinarm.
o o
§ 6 A expedição da autorização a que se refere o § 1 será concedida, ou recusada com a devida
fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
o o
§ 7 O registro precário a que se refere o § 4 prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I,
II e III deste artigo.
o
§ 8 Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do
regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a
portar arma com as mesmas características daquela a ser adquirida. (Incluído pela Lei nº
11.706, de 2008)
o
Art. 5 O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou
domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o
responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de
2004)
o
§ 1 O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de
autorização do Sinarm.
o o
§ 2 Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4 deverão ser comprovados
periodicamente, em período não inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento
desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo.
o
§ 3 O proprietário de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por órgão
estadual ou do Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega
CTT – Centro de Treinamento Tático Ltda
17
Av. Humberto de Campos, 3220 – Ribeirão Pires – SP
Fones: (11) 3889.0070 ou (11) 3884.9865
www.cttbrasil.com.br
Centro de Treinamento Tático – CTT-CBC
Instrutor de Tiro
espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o dia
31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de
residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências
o
constantes dos incisos I a III do caput do art. 4 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
2008) (Prorrogação de prazo)
o o
§ 4 Para fins do cumprimento do disposto no § 3 deste artigo, o proprietário de arma de fogo
poderá obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na rede
mundial de computadores - internet, na forma do regulamento e obedecidos os procedimentos a
seguir: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, com validade inicial de 90 (noventa)
dias; e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se
residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei nº 13.870, de
2019)
CAPÍTULO III
DO PORTE
o
Art. 6 É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos
em legislação própria e para:
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da
Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada
pela Lei nº 13.500, de 2017)
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
(Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e
menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº
10.867, de 2004) (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição
Federal;
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas
de presos e as guardas portuárias;
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta
Lei;
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma
de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo
fora de serviço, desde que estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
o
§ 2 A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas nos
incisos V, VI, VII e X do caput deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que se refere o
o
inciso III do caput do art. 4 desta Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 3 A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à
formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à existência
de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta
Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de
2004)
o
§ 4 Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais e estaduais e do Distrito Federal, bem
o
como os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4 , ficam
dispensados do cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento
desta Lei.
o
§ 5 Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender
do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia
Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido,
de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis),
desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados
os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é
de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
o
§ 1 A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial
limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no
órgão competente.
o
§ 2 A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua
eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de
substâncias químicas ou alucinógenas.
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela
prestação de serviços relativos:
CAPÍTULO IV
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta,
ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa:
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja
de sua propriedade:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
registrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1)
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via
pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição
ou explosivo.
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado,
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019)
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo,
acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei;
ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
(Vide Adin 3.112-1)
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal para o
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais
produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão
disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do
Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
o
§ 1 Todas as munições comercializadas no País deverão estar acondicionadas em embalagens com
sistema de código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do
adquirente, entre outras informações definidas pelo regulamento desta Lei.
o o
§ 2 Para os órgãos referidos no art. 6 , somente serão expedidas autorizações de compra de
munição com identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento desta
Lei.
o
§ 3 As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei conterão
dispositivo intrínseco de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido pelo
o
regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no art. 6 .
o
§ 4 As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do caput
o o
do art. 6 desta Lei e no seu § 7 poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de munição para o fim
exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorização concedida nos termos definidos em
regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do
Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio
de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo
de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos,
quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao
Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos
de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. (Redação dada
pela Lei nº 13.886, de 2019)
o
§ 1 As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à
doação, obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública,
atendidos os critérios de prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando do
Exército, serão arroladas em relatório reservado trimestral a ser encaminhado àquelas instituições,
abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo
de uso restrito.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os
o
integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6 desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias
após a publicação desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de 2004)
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias
o o
poderá renová-la, perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4 , 6 e 10 desta Lei, no prazo de 90
(noventa) dias após sua publicação, sem ônus para o requerente.
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não registrada
deverão solicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentação de documento de
identificação pessoal e comprovante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou
comprovação da origem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada
na qual constem as características da arma e a sua condição de proprietário, ficando este dispensado do
pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do
o
art. 4 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no caput deste artigo, o proprietário de arma
de fogo poderá obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na
o o
forma do § 4 do art. 5 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 (um mil)
pessoas, adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de
o
pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5 da Constituição Federal.
Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação dos serviços de transporte internacional e
interestadual de passageiros adotarão as providências necessárias para evitar o embarque de
passageiros armados.
Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no Banco
Nacional de Perfis Balísticos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído pelos registros de elementos de munição
deflagrados por armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações destinadas às apurações
criminais federais, estaduais e distritais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele que
permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial
responderá civil, penal e administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo
o
para as entidades previstas no art. 6 desta Lei.
o
§ 1 Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a
ser realizado em outubro de 2005.
o
§ 2 Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de
publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
o
Art. 36. É revogada a Lei n 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV,
da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, e no art. 2º, §
2º, da Lei nº 10.834, de 29 de dezembro de 2003,
DECRETA:
“Art. 34-B
VIII - aos colecionadores, aos atiradores desportivos, aos caçadores e às pessoas físicas a que se referem
os incisos I a VII e X do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, nos termos do
disposto no Regulamento de Produtos Controlados, aprovado pelo Decreto nº 10.030, de 30 de setembro
de 2019.
.................................................................................................................” (NR)
Art. 3º O Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019, passa a vigorar com a seguintes alterações:
“Art. 2º .........................................................................................................
…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….................…….…
“Art. 3º ..........................................................................................................
…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…................….…
§ 10. Os requisitos de que tratam os incisos V, VI e VII do caput serão comprovados, periodicamente, a
cada dez anos, junto à Polícia Federal, para fins de renovação do Certificado de Registro.
§ 11. Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais, estaduais e do Distrito Federal e os
militares dos Estados e do Distrito Federal, ao adquirirem arma de fogo de uso permitido ou restrito ou
renovarem o respectivo Certificado de Registro, ficam dispensados do cumprimento dos requisitos de que
tratam os incisos I, II, IV, V, VI e VII do caput.
Art. 4º O Decreto nº 9.846, de 25 de junho de 2019, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 3º .........................................................................................................
…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….................…….…
§ 1º Poderão ser concedidas autorizações para aquisição de arma de fogo de uso permitido em
quantidade superior aos limites estabelecidos no inciso I do caput, a critério do Comando do Exército.
…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….……..................…….…….…
“Art. 4º ..........................................................................................................
§ 1º O colecionador, o atirador e o caçador proprietário de arma de fogo poderá adquirir até mil munições
anuais para cada arma de fogo de uso restrito e cinco mil munições para as de uso permitido registradas
em seu nome e comunicará a aquisição ao Comando do Exército, no prazo de setenta e duas horas,
contado da data de efetivação da compra, e informará o endereço em que serão armazenadas.
....................................................................................…….…….…….…….” (NR)
“Art. 5º .…………………………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…..................
.……………………………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….................…….…….……...
§ 5º A Guia de Tráfego a que refere o § 4º poderá ser emitida no sítio eletrônico do Comando do
Exército.” (NR)
Art. 5º O Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 2º .........................................................................................................
…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….……................…
“Art. 3º .…………………………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….….................
.................................................................................................................” (NR)
…………….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…….…...............….…
§ 11. Os requisitos de que tratam os incisos IV, V e VI do caput serão comprovados, periodicamente, a
cada dez anos, junto à Polícia Federal, para fins de renovação do Certificado de Registro.
§ 12. Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais, estaduais e do Distrito Federal e os
militares dos Estados e do Distrito Federal, ao adquirirem arma de fogo de uso permitido ou restrito ou
renovarem o Certificado de Registro, ficam dispensados do cumprimento dos requisitos de que tratam os
incisos I, III, IV, V e VI do caput.
§ 13. Os integrantes das entidades de que tratam os incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da
Lei nº 10.826, de 2003, ficam dispensados do cumprimento do requisito de que trata o inciso I do caput
deste artigo.” (NR)
“Art. 29-A. A Polícia Federal, diretamente ou por meio de convênio com os órgãos de segurança pública
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do disposto no § 3º do art. 6º da Lei nº
10.826, de 2003, e observada a supervisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública:
I - estabelecerá o currículo da disciplina de armamento e tiro dos cursos de formação das guardas
municipais;
II - concederá porte de arma de fogo funcional aos integrantes das guardas municipais, com validade pelo
prazo de dez anos, contado da data de emissão do porte, nos limites territoriais do Estado em que exerce
a função; e
III - fiscalizará os cursos de formação para assegurar o cumprimento do currículo da disciplina a que se
refere o inciso I.
Parágrafo único. Os guardas municipais autorizados a portar arma de fogo, nos termos do inciso II do
caput, poderão portá-la nos deslocamentos para suas residências, mesmo quando localizadas em
município situado em Estado limítrofe.” (NR)
“Art. 29-C. O porte de arma de fogo aos integrantes das instituições de que tratam os incisos III e IV do
caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, será concedido somente mediante comprovação de
treinamento técnico de, no mínimo:
.......................................................................................................................
§ 2º Serão, ainda, autorizadas a adquirir e importar armas de fogo, munições, acessórios e demais
produtos controlados:
......................................................................................................................
§ 3º Ato do Comandante do Exército disporá sobre as condições para a importação de armas de fogo,
munições, acessórios e demais produtos controlados a que se refere o § 2º, no prazo de trinta dias,
contado da data de publicação do Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019.
......................................................................................................................
§ 5º A autorização de que trata o caput poderá ser concedida pelo Comando do Exército mediante
avaliação e aprovação de planejamento estratégico, com duração de, no máximo, quatro anos, de
aquisição de armas, munições e produtos controlados de uso restrito pelos órgãos, pelas instituições e
pelas corporações de que trata o caput.
§ 6º A aquisição de armas de fogo e munições de uso permitido pelos órgãos, pelas instituições e pelas
corporações a que se refere o caput será comunicada ao Comando do Exército.” (NR)
.........................................................................................................................
b) o § 9º do art. 3º.
Sérgio Moro
Este texto não substitui o publicado no DOU de 1º.10.2019 - Edição extra B e republicado em 1º.10.2019 -
Edição extra
ANEXO I
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
Art. 2º Para fins do disposto neste Regulamento, Produto Controlado pelo Comando do Exército -
PCE é aquele que:
I - apresenta:
a) poder destrutivo;
a) ao tipo;
b) ao grupo; e
c) ao grau de restrição.
Art. 3º As definições dos termos empregados neste Regulamento são aquelas constantes do Anexo
III.
Art. 4º Compete ao Comando do Exército a elaboração da lista dos PCE e suas alterações
posteriores.
§ 2º O Ministério da Defesa poderá solicitar a inclusão ou a exclusão, na lista de que trata o caput,
dos Produtos de Defesa - Prode previstos na Lei nº 12.598, de 21 de março de 2012.
I - contribuir para a segurança da sociedade, por meio do controle das atividades com PCE;
Art. 7º É obrigatório o registro de pessoas físicas ou jurídicas junto ao Comando do Exército para o
exercício, próprio ou terceirizado, das atividades com PCE, previstas no art. 6º, as quais estarão sujeitas
ao seu controle e fiscalização.
III - das pessoas físicas que utilizam PCE do tipo arma de pressão ou pirotécnico;
VI - das pessoas jurídicas que exercem atividades de comércio, utilização ou prestação de serviços
§ 2º O exercício das atividades com PCE fica restrito às condições estabelecidas no registro a que
se refere o caput.
Art. 8º Compete ao Comando do Exército a fiscalização de PCE, que será executada por meio de
seus órgãos subordinados ou vinculados.
Parágrafo único. Para a consecução dos fins de que trata o caput, o Comando do Exército poderá
firmar acordos ou convênios para a execução de atividades complementares e acessórias.
Art. 10. A reutilização ou a reciclagem de PCE ou de seus resíduos, após expirado o seu prazo de
validade, obedecerá, no que couber, o disposto na Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
CAPÍTULO II
Art. 11. Fica instituído o Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados - SisFPC, com a
finalidade de promover a regulamentação, a autorização e a fiscalização de atividades referentes aos
PCE, com vistas a atingir, de maneira eficiente, eficaz e efetiva, os seguintes objetivos:
II - a transparência em suas ações, por meio do acesso da sociedade às informações geridas pelo
SisFPC;
Art. 13. Integram o SisFPC, na condição de auxiliares da fiscalização de PCE realizada pelo
Comando do Exército:
§ 2º O Comando do Exército disponibilizará acesso aos dados do tráfego de PCE, em tempo real,
aos órgãos de que tratam os incisos I a III do caput.
Art. 14. Os órgãos e as entidades da administração pública federal cooperarão com o Comando do
Exército nas ações de fiscalização de PCE, quando solicitados.
§ 1º O Comando do Exército poderá promover reuniões temáticas, inclusive em nível regional, com
os órgãos e as entidades de que trata o caput, com a finalidade de estabelecer e aperfeiçoar os
instrumentos de coordenação e de controle nas ações de fiscalização de PCE.
I - colaborar com o Comando do Exército na fiscalização de PCE, nas áreas sob a sua
responsabilidade, com vistas à manutenção da segurança da sociedade;
CAPÍTULO III
Art. 15. Os PCE são classificados, quanto ao grau de restrição, da seguinte forma:
I - de uso proibido;
II - de uso restrito; ou
§ 3º São produtos controlados de uso permitido os PCE não relacionados nos § 1º e § 2º.
CAPÍTULO IV
Seção I
Da fabricação
Art. 16. A autorização para a fabricação de PCE dos tipos arma de fogo, menos-letal, munição,
pirotécnicos e proteção balística será precedida da aprovação do protótipo, por meio de avaliação da
conformidade.
§ 2º As normas técnicas que disciplinam os requisitos mínimos dos PCE serão revisadas
periodicamente.
Art. 18. A certificação do atendimento dos requisitos mínimos de segurança e desempenho do PCE
I - pelo Inmetro; ou
Art. 19. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se protótipo o modelo ou a
implementação preliminar de produto ou sistema utilizado para:
Art. 20. É vedado ao fabricante comercializar PCE com características diferentes daquelas
constantes do certificado de conformidade.
§ 3º É exigida nova homologação do Comando do Exército para o produto que for submetido a um
novo processo de certificação.
Art. 21. A relação entre fabricante, prestador de serviço e importador de PCE e consumidor de
PCE ocorrerá na forma estabelecida pela Lei nº 8.078, de 1990 - Código de Defesa do Consumidor.
Art. 22. É proibida a fabricação de fogos de artifício ou de artifícios pirotécnicos compostos por altos
explosivos, como iniciadores e explosivos de ruptura, ou por substâncias tóxicas.
Parágrafo único. As substâncias tóxicas referidas no caput poderão ser admitidas na composição
de fogos de artifícios ou de artifícios pirotécnicos, desde que atendidas as tolerâncias especificadas nas
normas técnicas editadas pelo Comando do Exército.
Seção II
Do comércio
Art. 23. Os produtos controlados de uso restrito e de uso permitido poderão ser comercializados em
estabelecimentos comerciais.
§ 1º Os produtos do tipo explosivos não poderão ser objeto de exposição no local de venda.
Art. 24. As pessoas que comercializarem PCE manterão à disposição da fiscalização, período de
cinco anos e na forma estabelecidos pelo Comando do Exército:
Seção III
Da importação e da exportação
Art. 25. A importação de PCE ficará sujeita à autorização prévia do Comando do Exército.
Art. 26. O Comando do Exército autorizará, mediante comunicação prévia, a importação de armas
de fogo, munições e demais produtos controlados para os seguintes órgãos, instituições e corporações:
I - Polícia Federal;
II - Polícia Rodoviária Federal;
III - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
IV - Agência Brasileira de Inteligência;
V - órgãos do sistema penitenciário federal ou estadual;
VI - Força Nacional de Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública
do Ministério da Justiça e Segurança Pública;
VII - órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal a que se referem o inciso IV
do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição, respectivamente;
VIII - polícias civis dos Estados e do Distrito Federal;
IX - polícias militares dos Estados e do Distrito Federal;
X - corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal; e
XI - guardas municipais.
Art. 27. O Certificado de Usuário Final relativo às autorizações de importação de PCE será
expedido pelo Comando do Exército.
Art. 28. A entrada no País de PCE objeto de importação ocorrerá somente em locais onde haja
fiscalização do Comando do Exército.
Art. 29. É vedada a importação, por meio de remessa postal ou expressa, dos PCE:
Art. 30. A autorização para a importação de armas de fogo, munições e demais produtos
controlados poderá ser concedida:
III - aos representantes de empresas estrangeiras, em caráter temporário, para fins de exposições,
testes ou demonstrações;
V - às representações diplomáticas;
b) participação, como instrutores, em cursos profissionais das Forças Armadas e dos órgãos de
segurança pública nacionais, desde que o PCE seja essencial ao curso ministrado;
VII - aos atiradores desportivos estrangeiros para competições oficiais no País, quando se tratar de
PCE pertinente à atividade realizada, em caráter temporário;
VIII - aos caçadores estrangeiros para abate de espécies da fauna, com autorização das
autoridades competentes, quando se tratar de PCE pertinente à atividade realizada;
Parágrafo único. Nas hipóteses previstas nos incisos III, IV, VI, VII e VIII do caput, a importação
ficará limitada às quantidades necessárias ao evento, vedada a importação do produto para outros fins e,
após o término do evento que motivou a importação, os PCE serão reexportados ou doados, mediante
autorização do Comando do Exército.
Art. 31. Os PCE importados serão marcados em observância às normas de marcação editadas pelo
Comando do Exército, para fins de rastreamento.
Parágrafo único. A marcação de que trata o caput não dispensa as marcações identificadoras do
importador.
Art. 32. A exportação de PCE ficará sujeita à autorização prévia do Comando do Exército.
§ 4º A exportação de PCE catalogado como Prode ficará sujeita também à autorização prévia do
Ministério da Defesa.
Art. 33. A autorização para exportação de PCE em fase de avaliação da conformidade poderá ser
concedida, em caráter excepcional, para as pessoas com registro no Comando do Exército.
II - armas de fogo;
IV - explosivos, exceto dispositivo gerador de gás instantâneo com explosivos ou mistura pirotécnica
em sua composição, como air bag e cinto de segurança com pré-tensor; e
V - munições.
Art. 35. É vedada a exportação de explosivos e de agentes de guerra química por meio de remessa
postal ou expressa.
Art. 36. Os PCE a serem exportados serão objeto de desembaraço alfandegário como condição
para a anuência do registro de exportação ou de documento equivalente.
Art. 37. A autorização para importação e para exportação de PCE poderá ser concedida:
I - por meio eletrônico, no sítio eletrônico do Portal de Comércio Exterior - Portal Siscomex; ou
Seção IV
Da utilização
I - aplicação - emprego de PCE que pode resultar em outro produto, controlado ou não; e
II - uso industrial - emprego de PCE em processo produtivo com reação física ou química que
resulte em outro produto, controlado ou não.
Seção V
Da prestação de serviços
§ 1º A locação de que trata o caput se refere a veículos automotores blindados e a PCE para
emprego cenográfico.
§ 2º O PCE objeto de locação para emprego cenográfico não poderá permitir o disparo de projétil.
§ 3º Quando os serviços elencados no caput forem realizados por meios próprios das pessoas
jurídicas, serão considerados atividades orgânicas e serão apostilados ao registro.
Art. 40. O Comando do Exército editará normas relativas à segurança do armazenamento de PCE.
Seção VI
Do colecionamento
Art. 41. O colecionamento de PCE tem por finalidade preservar e divulgar o patrimônio material
histórico, no que se refere a armas, munições, viaturas militares e outros PCE, e colaborar com a
preservação do patrimônio cultural brasileiro, nos termos estabelecidos no art. 215 e no art. 216 da
Constituição.
Art. 42. Para fins do disposto neste Regulamento, colecionador é a pessoa física ou jurídica
registrada no Comando do Exército que tem a finalidade de adquirir, reunir, manter sob a sua guarda e
conservar PCE e colaborar para a preservação e a valorização do patrimônio histórico nacional.
Art. 43. Para fins do disposto neste Regulamento, coleção é a reunião de PCE de mesma natureza,
de valor histórico ou não, ou que guardem relação entre si.
Art. 44. A classificação de produto como PCE de valor histórico ficará condicionada ao atendimento
de parâmetros de raridade, originalidade singularidade e de critérios de pertinência.
I - arma de fogo:
a) de uso proibido; e
2. não-portátil ou portátil semiautomática cuja data de projeto do modelo original tenha menos de
trinta anos;
II - acessório de arma de fogo que tenha por objetivo abrandar ou suprimir o estampido;
Art. 46. A utilização de PCE que pode ser colecionado em eventos públicos e o empréstimo para
fins artísticos ou culturais ficarão condicionadas à autorização prévia do Comando do Exército.
Art. 47. É vedada a realização de tiro com arma de fogo de acervo de coleção, exceto para
realização de testes eventualmente necessários à sua manutenção ou ao seu reparo.
Art. 48. Não é permitida a alteração das características originais de armamento objeto de coleção.
Art. 49. Os reparos ou as restaurações em armas de acervo de colecionador serão executados por
pessoas registradas no Comando do Exército, mantidas as características originais do armamento.
Art. 50. Os museus serão registrados no Comando do Exército, para fins de cadastramento de PCE
em seu acervo.
Seção VII
Do tiro desportivo
Art. 51. Para fins de fiscalização de PCE, o tiro desportivo enquadra-se como esporte de prática
formal e desporto de rendimento, nos termos da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998.
Art. 53. As entidades de tiro desportivo, na forma estabelecida no art. 16 da Lei nº 9.615, de 1998,
pessoas jurídicas registradas no Comando do Exército, são auxiliares da fiscalização de PCE quanto ao
controle, em suas instalações, da aquisição, da utilização e da administração de PCE e têm como
atribuições:
III - manter cadastro dos matriculados, com informações atualizadas do registro, da participação em
treinamentos e das competições de tiro, com o controle de armas, calibres e quantidade de munição
utilizada pelos atiradores desportivos, com responsabilidade pela salvaguarda desses dados;
V - não permitir o uso de arma não registrada pelos órgãos competentes em suas dependências;
Parágrafo único. As entidades de tiro desportivo poderão fornecer munições recarregadas para
utilização das práticas previstas nesta Seção em suas instalações.
Art. 54. As escolas de tiro previstas no Decreto nº 9.846, de 2019, e no Decreto nº 9.847, de 2019,
são consideradas entidades de tiro, registradas no Comando do Exército, com a finalidade de realizar
cursos de tiro para pessoas autorizadas a ter a posse de armas de fogo.
Parágrafo único. Os clubes de tiro e as escolas de tiro estarão sujeitas às mesmas regras e
condicionantes aplicáveis às entidades de tiro desportivo de que trata esta Seção.
Seção VIII
Da caça
Art. 55. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se caçador a pessoa física registrada
no Comando do Exército vinculada a entidade ligada à caça e que realiza o abate de espécies da fauna,
em observância às normas de proteção ao meio ambiente.
Art. 56. Para o exercício da atividade de abate de espécies da fauna, obedecida a competência dos
órgãos responsáveis pela tutela do meio ambiente, compete ao Comando do Exército a expedição de guia
de tráfego para a utilização de PCE.
IV - não permitir o uso de arma não autorizada para a caça em suas dependências, por seus
associados ou terceiros, hipótese em que deverá notificar imediatamente os órgãos de segurança pública
quanto a essa tentativa;
VIII - colaborar com o Comando do Exército durante as inspeções que ocorram em suas
instalações; e
TÍTULO II
DO CONTROLE E DA SEGURANÇA
CAPÍTULO I
Art. 58. Os processos de controle de PCE são mecanismos operacionais, automatizados ou não,
que têm a finalidade de:
Art. 59. A pessoa que exercer atividade com PCE estabelecerá mecanismos de controle próprios
de entrada e saída de PCE, por meio de registros, que serão informados ou ficarão à disposição do
Comando do Exército, conforme norma editada pelo Comando do Exército.
Art. 60. As informações pessoais e técnicas sobre pessoas que exerçam atividades com PCE serão
consideradas de acesso restrito.
Seção I
Do registro
Art. 61. O registro conterá os dados de identificação da pessoa, do PCE, da atividade autorizada ou
de outra informação complementar considerada pertinente pelo Comando do Exército.
Parágrafo único. As alterações nos dados do registro, a alienação ou alteração de área perigosa e
o arrendamento de estabelecimento empresarial, seja este fábrica ou comércio, e de equipamentos fixos
ou móveis de bombeamento ficarão condicionados à autorização prévia do Comando do Exército.
Art. 62. Cada registro será vinculado a apenas um número de Cadastro da Pessoa Física - CPF ou
de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do
Ministério da Economia.
CTT – Centro de Treinamento Tático Ltda
43
Av. Humberto de Campos, 3220 – Ribeirão Pires – SP
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Art. 63. A concessão de registro é o processo que atesta o atendimento aos requisitos para o
exercício de atividades com PCE.
Art. 65. O registro permanecerá válido até decisão final sobre o processo de revalidação, desde
que esta tenha sido solicitada no prazo estabelecido.
Art. 66. A expiração da validade do registro implicará o seu cancelamento, ressalvado o disposto no
art. 65.
Art. 67. O cancelamento do registro ou do apostilamento é uma medida administrativa que poderá
ocorrer, a qualquer tempo, nas seguintes hipóteses:
Art. 68. A pessoa física ou jurídica cujo registro seja cancelado terá o prazo de noventa dias,
contado da data do cancelamento, para providenciar:
I - a destinação ao PCE; ou
Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput poderão ser transferidos para pessoa física ou
jurídica autorizada ou destruídos.
Art. 69. O prazo previsto no art. 68 poderá ser prorrogado, em caráter excepcional, por igual
período, mediante solicitação fundamentada ao Comando do Exército.
Art. 70. O apostilamento ao registro é o processo de alteração de dados, por meio de inclusão,
exclusão ou modificação, da pessoa, do PCE, da atividade ou de informações complementares, mediante
iniciativa do interessado.
Parágrafo único. O apostilamento de PCE poderá ser cancelado quando for alterada característica
do produto sem autorização do Comando do Exército.
Art. 71. As vistorias têm por objetivo a verificação das condições de segurança do local e da
capacidade técnica da pessoa com a finalidade de subsidiar os processos de concessão, de revalidação
ou de apostilamento ao registro, ou como medida de controle de PCE nos processos de cancelamento de
registro.
§ 3º A vistoria para verificação da capacidade técnica a que se refere o caput se aplica somente à
atividade de fabricação, conforme norma editada pelo Comando do Exército.
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Art. 72. A suspensão é a medida administrativa preventiva que interrompe temporariamente, a
qualquer tempo, a autorização para o exercício de atividades com PCE, aplicada na hipótese de ser
identificada atividade realizada em desconformidade com o registro concedido à pessoa física ou jurídica.
Art. 73. O Comando do Exército editará normas complementares para dispor sobre os
procedimentos necessários à concessão, à revalidação, ao apostilamento e ao cancelamento de registro.
Seção II
Da aquisição
§ 1º A aquisição de que trata o caput se refere a qualquer forma de aquisição que implique
mudança de titularidade do PCE.
Art. 75. A aquisição de PCE pelas Forças Armadas para uso institucional dispensa autorização do
Comando do Exército, observado o disposto no § 2º do art. 74.
I - Polícia Federal;
VI - Força Nacional de Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública
do Ministério da Justiça e Segurança Pública;
VII - órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal a que se referem o inciso IV
do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição, respectivamente;
XI - guardas municipais.
Art. 76. Serão, ainda, autorizados a adquirir armas de fogo, munições, acessórios e demais
produtos controlados, nos termos da regulamentação do Comando do Exército:
I - integrantes das Forças Armadas e das instituições a que se refere o parágrafo único do art. 75;
II - pessoas naturais autorizadas a adquirir arma de fogo, munições ou acessórios, de uso permitido
ou restrito, nos limites da autorização obtida; e
III - pessoas jurídicas credenciadas no Comando do Exército para comercializar armas de fogo,
Parágrafo único. Outras pessoas físicas ou jurídicas que necessitem, justificadamente, utilizar PCE,
poderão ser excepcionalmente autorizadas pelo Comando do Exército a adquirir o PCE.
Art. 77. A aquisição de PCE por empresa de segurança privada será autorizada pela Polícia
Federal.
Art. 78. Caberá à Polícia Federal definir a dotação de PCE das empresas de segurança privada,
justificadas a sua necessidade e a sua conveniência, e encaminhá-la ao Comando do Exército para
aprovação.
Art. 79. Os órgãos e as entidades da administração pública que realizarem licitações para aquisição
de PCE farão constar do instrumento convocatório a exigência de registro válido no Comando do Exército,
para fins de habilitação jurídica.
Seção III
Do tráfego
Art. 80. Para fins do disposto neste Regulamento, tráfego é a circulação de PCE no território
nacional.
Art. 81. A guia de tráfego é o documento que materializa a autorização para o tráfego de PCE no
território nacional e corresponde ao porte de trânsito previsto no art. 24 da Lei nº 10.826, de 2003.
Parágrafo único. A guia de tráfego será expedida com código verificador que permitirá aos órgãos
de fiscalização e policiamento a conferência da autenticidade de seus dados por meio eletrônico.
Art. 82. A pessoa que transportar PCE deverá portar a guia de tráfego correspondente aos
produtos, desde a origem até o seu destino, e ficará sujeita à fiscalização em todo o trajeto.
Parágrafo único. O trânsito aduaneiro entre a unidade da Receita Federal do Brasil de entrada e a
de despacho deverá estar coberto por guia de tráfego.
Art. 83. O tráfego de PCE no território nacional seguirá as normas editadas pelo Comando do
Exército no que concerne ao controle de PCE.
§ 1º O PCE importado por países fronteiriços em trânsito aduaneiro de passagem pelo território
nacional ficará sujeito ao controle de tráfego.
Seção IV
Do desembaraço alfandegário
Art. 84. A autorização para o desembaraço alfandegário de PCE é o tratamento administrativo que
antecede o deferimento da licença de importação ou a efetivação do registro de exportação, ou de
documentos equivalentes, e compreende o exame documental e a conferência física.
I - faixa verde - o desembaraço alfandegário será realizado apenas por meio de exame documental;
II - faixa amarela - o desembaraço alfandegário será realizado por meio de exame documental, em
todos os casos, e de conferência física por amostragem; e
Art. 85. As importações de países limítrofes, quando se tratar de PCE, serão desembaraçadas pela
fiscalização de PCE para fins de trânsito aduaneiro de passagem.
Parágrafo único. A fiscalização de PCE observará as normas editadas pela autoridade aduaneira, a
quem compete dispor sobre a matéria, de maneira a indicar as mercadorias passíveis de trânsito
aduaneiro de passagem.
Seção V
Do rastreamento
Art. 86. O rastreamento é a busca de registros relativos a PCE com a finalidade de proceder a
diligências próprias ou em atendimento a órgãos policiais ou judiciais.
Art. 87. As medidas de controle que permitam o rastreamento do PCE por meio das embalagens ou
dos próprios produtos serão aquelas previstas em norma editada pelo Comando do Exército, mediante
manifestação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Seção VI
Da destruição
Art. 88. Ressalvadas as disposições referentes às Forças Armadas e aos órgãos e às entidades da
administração pública, a destruição de PCE ocorrerá em decorrência de:
II - previsão legal;
§ 3º Os PCE que oferecerem risco iminente à segurança poderão, motivadamente, ser destruídos
sem a manifestação prévia do interessado, independentemente da instauração de processo administrativo
necessário para a destruição.
Art. 89. A destruição de PCE será documentada em termo de destruição do qual constarão os
produtos destruídos, as quantidades, os responsáveis, as testemunhas, o local, a data e a identificação
seriada do produto, quando for o caso.
Art. 90. Na destruição de PCE, serão observadas as prescrições relativas à segurança e à saúde
do trabalho e ao meio ambiente.
Seção VII
Da avaliação da conformidade
Art. 92. Para fins do disposto neste Regulamento, avaliação da conformidade é o processo de
verificação do atendimento aos requisitos mínimos de segurança e desempenho do PCE.
I - assegurar que os produtos fabricados no País estejam em conformidade com as normas técnicas
vigentes ou com as normas adotadas pelo Comando do Exército;
V - dar tratamento de acesso restrito às informações técnicas, que assim o exijam, entre aquelas
disponibilizadas pelas partes interessadas por força deste Regulamento.
II - designar OAC; e
§ 1º O Ministério da Justiça e Segurança Pública, nos termos da Lei nº 13.675, de 2018, poderá:
I - designar OAC para realizar certificação de conformidade adicional para os PCE de interesse da
segurança pública; e
Art. 95. O OAC, será acreditado pelo Inmetro ou por órgão de acreditação signatário de acordos de
reconhecimento mútuo.
Art. 96. A conformidade do PCE apostilado com o produto fabricado poderá ser verificada por meio
Art. 97. O fabricante, o comerciante ou o importador de PCE, por iniciativa própria ou por meio de
suas associações representativas, poderão buscar as certificações do produto em OAC.
CAPÍTULO II
DA SEGURANÇA
I - segurança de área; e
II - segurança de PCE.
Art. 99. O planejamento e a implementação das medidas de segurança previstas no art. 98 serão
de responsabilidade da pessoa jurídica detentora de registro e serão consubstanciadas em um plano de
segurança de PCE.
§ 2º A pessoa jurídica registrada designará responsável pelo plano de que trata o caput e a
execução da segurança poderá ser terceirizada.
Art. 100. A pessoa, física ou jurídica, que detiver a posse ou a propriedade de PCE é a responsável
pela guarda ou pelo armazenamento dos produtos e deverá seguir as medidas de segurança previstas
neste Regulamento, nas normas complementares ou na legislação editada por órgão competente.
CAPÍTULO III
Art. 102. As ações de fiscalização são medidas executadas pelo Comando do Exército com a
finalidade de evitar o cometimento de irregularidade com PCE.
II - operações de fiscalização.
Art. 104. As ações de fiscalização não se estendem às Forças Armadas e aos órgãos de segurança
pública na hipótese de emprego de PCE para utilização própria.
Art. 105. As pessoas físicas ou jurídicas que exercerem atividades com PCE sem autorização ficam
sujeitas às ações de fiscalização e às penalidades previstas neste Regulamento e na legislação
complementar.
Art. 109. O Comando do Exército editará normas complementares sobre as ações de fiscalização
de PCE.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DAS INFRAÇÕES
Parágrafo único. Para fins do disposto neste Regulamento, considera-se infração administrativa a
ação ou a omissão de pessoas físicas ou jurídicas que violem norma jurídica referente a PCE.
I - fabricar, comercializar, importar, exportar, prestar serviço, utilizar, colecionar ou praticar tiro
desportivo com PCE sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida;
II - utilizar PCE autorizado para a prática de caça em desacordo com a autorização concedida;
III - adquirir, aplicar, armazenar, arrendar, doar, embalar, empregar em cenografia, emprestar,
ceder, expor, locar, permutar, possuir, transferir, transformar, transportar, usar industrialmente ou vender
PCE sem autorização;
VII - alterar documentos ou fazer uso de documentos falsos, ou que contenham declarações falsas;
XI - utilizar PCE que esteja sob a sua guarda, na condição de fiel depositário;
XIII - exercer atividade com PCE com prazo de validade expirado, sem estabilidade química ou que
apresente sinal de decomposição, de maneira a colocar em risco a integridade de pessoas ou de
patrimônio;
XIV - comercializar ou fornecer munição recarregada sem autorização ou para pessoa não
autorizada;
XVI - deixar de apresentar registros documentais de controle, quando solicitado pela fiscalização de
PCE;
XVII - deixar as entidades de tiro e de caça de verificar, em suas instalações físicas, o cumprimento
das normas deste Regulamento pelos seus associados e usuários; e
XVIII - deixar de comunicar furto, perda, roubo ou extravio de PCE no prazo estabelecido neste
Regulamento.
Art. 112. A infração administrativa é imputável a quem lhe deu causa ou a quem para ela
concorreu.
Parágrafo único. Concorre para infração quem de alguma forma poderia ter evitado ou contribuído
para evitar o cometimento da infração.
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CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES
Art. 113. Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal, serão aplicadas as seguintes
penalidades às pessoas físicas e jurídicas que cometerem as infrações administrativas de que trata o
Capítulo I deste Título:
I - advertência;
II - multa simples;
IV - interdição; ou
V - cassação.
CAPÍTULO III
DA APLICAÇÃO DE PENALIDADE
§ 1º A análise da infração a que se refere o caput compreende a apuração de sua gravidade e dos
riscos para a incolumidade pública.
Art. 120. As infrações administrativas cometidas com arma de fogo e suas peças, com munição e
seus insumos ou com explosivos e seus acessórios ou aquelas previstas nos incisos I, V, VI e X do caput
do art. 111 serão consideradas faltas graves.
Art. 121. A penalidade de advertência não será aplicada para as faltas consideradas graves.
I - a multa simples mínima será aplicada quando forem cometidas até duas infrações simultâneas;
II - a multa simples média será aplicada quando forem cometidas até três infrações simultâneas;
III - a multa simples máxima será aplicada quando forem cometidas até cinco infrações simultâneas
ou quando a falta for grave; e
IV - a multa pré-interditória será aplicada quando forem cometidas mais de cinco infrações, no
período de dois anos, ou mais de uma falta grave, simultaneamente.
Art. 123. A penalidade de interdição será aplicada quando houver cometimento de, no mínimo, três
faltas graves, no período de dois anos.
Parágrafo único. A penalidade de interdição será aplicada pelo prazo mínimo de quinze e máximo
de noventa dias corridos.
II - a pessoa jurídica fizer uso do exercício de sua atividade para o cometimento de prática delituosa,
respeitada a independência das esferas penal e administrativa.
Art. 125. A pessoa que sofrer a penalidade de cassação somente poderá obter novo registro após
decorrido o prazo de cinco anos, contado da data da cassação.
CAPÍTULO IV
I - autoridades militares;
II - autoridades policiais;
IV - autoridades ambientais; e
V - autoridades judiciárias.
VIII - houver sido fabricado com especificações técnicas distintas da autorização apostilada.
Art. 128. A apreensão de PCE não isentará os infratores das penalidades previstas neste
Art. 129. A autoridade que efetuar a apreensão de PCE comunicará imediatamente o fato ao
Comando do Exército.
Art. 130. Na hipótese de encaminhamento de PCE apreendido por outro órgão da administração
pública caberá ao SisFPC providenciar a destinação do material e verificar a necessidade de instauração
de processo administrativo sancionador.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à apreensão de armas de fogo, seus
acessórios, munições e explosivos.
CAPÍTULO V
Parágrafo único. O não pagamento da multa administrativa no prazo estipulado no caput acarretará
a cobrança judicial, mediante inscrição do devedor na Dívida Ativa da União.
Art. 133. Após a instauração do processo administrativo será possível a celebração de termo de
ajustamento de conduta entre os órgãos da fiscalização militar e os administrados do SisFPC, com vistas
à correção das ilicitudes verificadas.
Art. 135. Os processos administrativos poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de
ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis para justificar a inadequação
da sanção aplicada.
Art. 136. Na hipótese da existência de indícios da prática de crimes por parte da pessoa, registrada
ou não no Comando do Exército, o fato será levado ao conhecimento da autoridade policial ou do
Ministério Público para a adoção das medidas cabíveis.
Art. 137. A prescrição da ação punitiva ocorrerá na forma estabelecida na Lei nº 9.873, de 23 de
novembro de 1999.
Art. 138. Os ritos do processo administrativo serão estabelecidos em norma editada pelo Comando
do Exército.
TÍTULO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 139. Os estandes de tiro credenciados pelo Comando do Exército, nos termos do disposto no
§ 1º Os estandes de tiro de pessoas jurídicas a que se refere o caput atenderão aos requisitos
estabelecidos pelo Poder Público municipal quanto à sua localização.
§ 3º As condições de segurança operacional dos estandes de tiro das Forças Armadas e dos
órgãos de segurança pública poderão ser atestadas por profissional capacitado da própria organização.
Art. 140. A exposição e a demonstração dos seguintes PCE serão precedidas de autorização do
Comando do Exército, exceto quando promovidas pelos órgãos referidos no art. 6º da Lei nº 10.826, de
2003:
I - as armas de fogo;
II - as munições;
Art. 141. Os valores das multas relacionadas às sanções administrativas são aqueles constantes do
Anexo IV.
Art. 142. A perda, o furto, o roubo e o extravio de produto controlado do explosivo serão informados
ao Comando do Exército em até setenta e duas horas.
Art. 143. A edição de normas pelo Comando do Exército sobre a atividade de fiscalização de PCE
poderá ser precedida de consulta pública, na forma estabelecida no Decreto nº 9.191, de 1º de novembro
de 2017.
Art. 144. Compete ao Comando do Exército a edição de normas complementares sobre o exercício
das atividades, os processos de controle de PCE e as proteções balísticas de que trata este Regulamento,
ressalvadas as competências do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 145. Ficam mantidos os atos administrativos para o exercício das atividades com PCE em vigor
que não contrariem o disposto neste Regulamento.
Art. 146. O Ministério das Relações Exteriores consultará o Comando do Exército, por meio do
Ministério da Defesa, previamente à assinatura de tratados internacionais que envolvam atividades com
PCE.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO LOGÍSTICO
DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS CONTROLADOS
COMANDO DA 2ª REGIÃO MILITAR
Dados do Proprietário:
NOME DO PROPRIETÁRIO:
NÚMERO DO REGISTRO: CR No – SFPC/2 Nº CPF:
TELEFONE:
Local de origem:
São Paulo - SP
Local de destino:
A arma a seguir especificadas destinam-se com a finalidade exclusiva de
apresenta-la no SFPC/2, para identificação, de acordo com o prescrito no Oficio nº
087 Dlog/DFPC-SPIC/1, de 15 Abr 04 estando assegurado o retorno à origem:
Arma
SELO DE AUTENTICIDADE
______________________________________________
ANTONIO CARLOS PASSOS DA SILVA – Coronel
Chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados/2
Instruções:
1) No caso de transporte aéreo, apresentar mais 03 (três) vias à Aeronáutica.
2) As alterações devem ser anotadas no verso.
3) Amparo Legal Art.24 da Lei 10.826, de 23 de dezembro 2003.
Munições
CALIBRE
Dimensão utilizada para definir o diâmetro entre cheios do raiamento do cano de uma arma
(calibre real) ou o diâmetro do projétil (calibre do projétil), ou designar um tipo particular de
munição.
Calibre do Projétil: calibre aproximado a que nos referimos ou a distância entre os fundos
opostos do raiamento é chamado de diâmetro entre fundos.
Calibre Real: é a medida entre cheios opostos do cano da arma, no caso de serem pares o número
de raias.
Calibre Nominal: é a dimensão usada para definir ou caracterizar um tipo de munição ou arma
designado pelo fabricante, nem sempre tendo relação com o calibre real ou do projétil.
A evolução das armas de fogo está diretamente relacionada com a evolução das munições que
utilizam.
Na atualidade, os cartuchos mais usuais são os de corpo metálico e reúnem, em si, todos os
elementos necessários ao tiro.
CARTUCHOS
1) Culote
2) Alojamento da espoleta
3) Bigorna
4) Evento(s)
5) Gola
6) Virola
7) Corpo
8) Gargalo
9) Boca
10) Ombro
Tres tipos de pólvoras sem fumaça são utilizadas atualmente em armas de defesa:
Pólvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera menos calor durante a queima,
aumentando a durabilidade da arma.
Pólvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior conteúdo
energético.
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Instrutor de Tiro
Pólvora de base tripla: fabricada com nitrocelulose, nitroglicerina e nitroguanina, tem maior
conteúdo energético.
PROJETIL
PROJÉTEIS DE CHUMBO
O moderno projétil de liga de chumbo, isto é, chumbo endurecido com antimônio e/ou estanho
É um composto de chumbo mole, puro, apenas tendo sua parte externa protegida por uma fina
camada de liga ("camisa" ou "jaqueta") não ferrosa (cobre e níquel, Lubaloy, Tombac, etc.) que,
tendo resistência e dureza superiores ao chumbo, protege o núcleo, impedindo a deformação do
mesmo em seu trânsito pelo cano.
PROJETIL ou PROJETIS
Bagos de chumbo: os chumbos usados para cartuchos variam geralmente de 1,25 mm a 8,50 mm
de diâmetro. Existem ainda o tipo denominado balote ou bala ideal, que consiste em um projétil
único, cilíndrico e com o diâmetro equivalente ao calibre da arma.
Balística
É por definição, a ciência que estuda o movimento dos projéteis.
Balística interna: Desde o momento em que se inicia a detonação no misto fulminante até o
momento em que abandona o cano da arma.
Balística de transição: É o estudo dos fenômenos sobre os projéteis desde a saída da boca do
cano, até o momento em que deixam de ser influenciados pelos gases remanescentes da queima do
propelente
Balística externa: É o estudo das forças que atuam sobre o projétil e os correspondentes
movimentos deste durante sua travessia, desde o momento em que deixa de ser influenciado pelos
gases do propelente, até o momento que atinge o alvo.
Balística Terminal: Desde É o estudo dos fenômenos que se sucedem sobre o projétil, desde o
momento em que o atinge o alvo até a sua completa parada, ou seja, sua deformação, penetração e
a resultante destes no alvo
Balística Terminal: É o estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e efeitos próprios
dos tiros destas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimento e à prova de questões de fato, no
interesse da justiça.
BALISTICA DE TRANSIÇÃO
BALISTICA EXTERNA
• Comportamento do Projetil
TRAJETÓRIA
O alcance de um projétil é sempre relativo, e depende da arma da qual foi disparado, e demais
elementos que influenciam em sua trajetória, como o angulo entre cano e solo, por exemplo
Como a resistência do ar é o maior fator de influencia no alcance dos projeteis de arma de fogo,
podemos afirmar que esta resistência tem grande efeito sobre sua performance balística, ou seja
sobre sua trajetória e o alcance do projétil.
Nos projeteis de cartuchos de armas curtas, a configuração será quase sempre mais ou menos
ogival ou arredondada, e a base plana, o que faz com que, em média, a cada 100 metros percam de
20 a 25% de sua velocidade inicial._[1]_ Nas armas longas raiadas o desempenho aerodinâmico
dos projeteis é melhorado a ponto de, em calibres como 7mm ou .30 a perda de velocidade ficar
limitada apenas a 6% a cada 100 metros de trajetória.
Por alcance útil entende-se o alcance determinado pela dispersão da arma e pelas possibilidades
praticas de sua utilização. De modo geral, é definido como sendo a distancia em que o projétil
causará ferimento de certa gravidade em alvo humano, ou, ainda, na qual possuirá energia
equivalente a 13,6 Kgm(quilogrametros), segundo o "Hatcher´s Notebook". É sempre um valor
estimado.
Por alcance máximo tem-se a distancia compreendida entre a boca do cano da arma e o ponto de
chegada do projétil. É calculado normalmente através de formulas balísticas que consideram a
velocidade inicial, o angulo de projeção e o coeficiente de resistência(balístico).
Já o alcance com precisão é a distancia na qual um atirador experimentado é capaz de atingir, com
razoável grau de certeza e precisão, um quadrado de 30cm de lado, que simula a área onde se
localizam os principais órgãos vitais do corpo humano. Aqui, também a experiência do atirador
influenciará o resultado.
_______________________________________________________________________________
[1]_ Testes realizados pelo Exercito dos Estados Unidos, quando da escolha da sua atual arma de
coldre regulamentar em calibre 9mm Parabellum, revelaram que o projétil da arma, disparada a
1,5m do solo, em posição perfeitamente horizontal (0º de inclinação). teve alcance de
aproximadamente 250 metros antes de tocar o solo.
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CONCEITO:
É o estudo dos fenômenos que se sucedem sobre o projétil, desde o momento em que o atinge o
alvo até a sua completa parada, ou seja, sua deformação, penetração e a resultante destes no alvo.
Diversos são os efeitos dos projeteis em seu ponto de chegada, dependendo de sua trajetória, bem
como do tipo de estrutura do alvo (madeira, metal, tecido humano, etc.) o que vai determinar seus
maiores ou menores efeitos.
De acordo com o Protocolo do F.B.I., todo projétil, mesmo depois de expandido, deve penetrar
suficientemente para atingir órgãos vitais (08 a 12 pol.) mesmo que o ângulo de incidência sobre o
alvo seja lateral.
PROJÉTEIS EXPANSIVOS
Stopping Power
• Stopping Power deriva da capacidade que um projétil tem de descarregar sua energia
cinética real sobre o alvo, imediatamente após o impacto.
• O projétil, preferencialmente, não deverá transfixar o alvo, e sim, deter-se nele para
uma eficiente transmissão de sua energia cinética;
• O melhor poder de parada é obtido com o uso de disparos múltiplos, por isso a importância
do “Double Tap”
• Projéteis que ocasionem uma cavidade temporária maior, possuem melhores condições de
poder de parada;
• Fator mais importante para cessar o ataque de um agressor é, a colocação correta do tiro
em seu corpo;
• Não existe munição mágica, mas sim uma soma de fatores que possibilitam um aumento
no poder de parada, sem esquecer que, “stopping power” não é uma ciência exata, onde a
individualidade biológica do indivíduo é, uma variável importante e não mensurável.
HP 106 69 65,09%
.380 ACP
FMJ 87 45 51,74%
HP+P 75 50 66,66%
.38 SPL
(2" cano)
HP +P+ 76 68 89,47%
9 mm
Parabellum FMJ 159 99 62,26%
HP 96 83 86,45%
.45 ACP
FMJ 139 89 64,92%
É exagerada a preocupação de que um projétil que venha a transfixar o corpo do oponente e atingir
um espectador inocente, sendo que na maioria dos casos, a energia residual contida nos projéteis
expansivos de arma curta, não é suficiente para causar letalidade, desde que o mesmo se expanda
de forma adequada.
Estudos atuais comprovam que disparos que acertam pessoas inocentes não atingiram sequer o
alvo pré-determinado.
Fenômeno causado pela cavidade temporária, onde existe a transmissão de impulsos nervosos para
o sistema nervoso central, em áreas que governam a consciência e o tônus dos músculos anti-
gravitacionais da pernas, os extensores. (quase 100 % de eficácia quando se utiliza projéteis de
alta velocidade)
OBSERVAÇÕES FINAIS
Quanto mais rápida e violenta a expansão do projétil, maior será o dano ao órgão atingido. Mesmo
que o suprimento sanguíneo ao cérebro seja totalmente interrompido, uma pessoa ou animal ainda
pode reagir durante 10 segundos ou mais antes de entrar em colapso;
Psicologicamente, alguns indivíduos podem ser incapacitados com lesões pequenas ou
secundarias, e outros, quando sob a influência do medo, da adrenalina, de drogas, do álcool, ou
com grande pré-disposição a sobreviver, podem não ser incapacitados mesmo depois de sofrer
graves ferimentos;
A energia cinética produzida pelos calibres anêmicos das armas de porte disponíveis para defesa,
não criam junto ao alvo humano uma cavidade temporária capaz de incapacitar o agressor,
portanto, o elemento crítico na lesão por projétil continua sendo a penetração, onde órgãos
importantes e grandes vasos calibrosos são destruídos pela geometria agressiva que os projéteis
adquirem após sua correta deformação(expansão).
Se o alvo for atingido por dois disparos no mesmo local ou bem próximos, os efeitos do choque
hidrostático e traumatismos decorrentes serão ampliados, sendo mais provável a ocorrência da
incapacitação. No entanto, é de suma importância que o conjunto arma/munição possibilite um
segundo disparo imediato ao primeiro, onde o uso de munições mais controláveis nas armas de
porte favorecem as condições de enfrentamento.
DIDÁTICA
Técnicas de Ensino
Técnicas de Ensino/ Instrutor de Tiro Centro de Treinamento Tático CBC.
- Adaptação - A atividade intelectual é uma adaptação, ou seja, uma inter-relação entre indivíduo
e meio (equilíbrio progressivo entre assimilação e acomodação). Cada vez que acomodamos um
novo problema ou acontecimento, geramos um esquema mais adaptativo.
- Acomodação - é a ação do meio sobre o indivíduo fazendo com que este se modifique, ou seja,
modifique seus esquemas e estruturas mentais ajustando-os aos novos dados fornecidos pela
assimilação.
CTT – Centro de Treinamento Tático Ltda
80
Av. Humberto de Campos, 3220 – Ribeirão Pires – SP
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Centro de Treinamento Tático – CTT-CBC
Instrutor de Tiro
Podemos aprender:
Técnicas de Ensino
As técnicas de ensino devem estar relacionadas diretamente com o objetivo a ser alcançado, com a
habilidade envolvida, com o grau de complexidade do comportamento esperado, com o conteúdo a
ser desenvolvido e com o nível de interação a ser proporcionado na aprendizagem.
O objetivo educacional do facilitador deve ser desenhado visando alcançar a satisfação das
necessidades do grupo. Tendo como orientador três objetivos principais:
3) Tornar-se sensível, ou seja, mudar atitudes negativas ou reforçar as positivas (querer fazer).
Isto precisa de todos os sentidos: Ver, ouvir, tocar, sentir, experimentar e até provar se for
possível.
• 4. Conteúdo: Deve ser selecionado, dosado, programado, afim de que sejam alcançados os
objetivos.
As técnicas e métodos criativos e de ensino ativo oferecem a melhor probabilidade para assegurar
a participação ativa e integrada dos participantes.
a) Técnicas de discussão:
• Apresentação e Discussão
Seguindo a apresentação, uma discussão informal é útil para esclarecer pontos e facilitar o
processo de conversão de ideias em práticas.
Essas discussões devem ser conduzidas ou dirigidas por um apresentador que tente envolver todos
os participantes. É viável que o apresentador prepare uma série de questões disponíveis para
iniciar a discussão.
• Painel de Discussão
• Grupos de Trabalho
Estes grupos são criados com a divisão dos participantes em pequenos grupos de
aproximadamente 5 a 6 pessoas. Cada grupo recebe um tópico para discussão, um problema para
resolver ou algo concreto para produzir, observado um pequeno espaço de tempo - de no máximo
50 minutos. Um facilitador pode, quando necessário, ser escolhido por cada grupo. Ao final do
período de tempo estipulado cada líder apresenta a conclusão do seu grupo para o grupo maior,
podendo então os participantes discutir sobre as mesmas, chegando a uma síntese, quando for o
caso.
Diversos critérios podem ser usados para dividir os alunos em pequenos grupos:
− por homogeneidade;
− por heterogeneidade;
Obs: Quando desejar quebrar “panelinhas” ou promover maior interação basta contar o número
total de alunos (N), dividir pelo número de alunos que deseja colocar em cada grupo (n). Isto dá o
número de grupos (x). Numere os alunos de 1 a x, convidando depois todos os números iguais a se
juntarem em cantos diferentes da sala.
• Brainstorming e Brainwriting
Essas sessões podem ser conduzidas como exercícios intensivos para gerar ideias ou procurar
soluções que sejam tanto teóricas quanto práticas. Elas requerem que um problema seja analisado
e ideias ou soluções desenvolvidas. O brainstorming encoraja e requer um alto grau de
participação e estimula aqueles envolvidos com o máximo de criatividade.
Após a apresentação do problema, todas as ideias surgidas são escritas no quadro-negro ou no flip-
chart. Todas as respostas são registradas, nenhuma explicação é exigida e nenhuma intervenção é
julgada ou rejeitada nesse estágio. O apresentador então categoriza e analisa as respostas - em cujo
estágio algumas são combinadas, adaptadas ou rejeitadas. Finalmente, o grupo faz recomendações
e toma decisões sobre o problema. O processo de aprendizagem ou de sensibilização ocorre como
um resultado da discussão do grupo sobre cada sugestão.
c) Técnicas de Simulação
• Dinâmica de Grupo
No início, o nome dinâmica de grupo aplicava-se com exclusividade à técnica desenvolvida por
Kurt Lewin.
Portanto qualquer jogo de treinamento que provoque ou envolva o contexto grupal é praticado
aproveitando a dinâmica do grupo.
• Dramatização
Esse exercício requer que os participantes executem uma tarefa ou tarefas em uma situação
realística da vida real que seja estimulante. Os exercícios de dramatização podem ser usados para
praticar uma habilidade ou para proporcionar aos participantes situações até agora não familiares a
eles.
A técnica de estudo de casos surgiu em 1910 na Escola de Administração de Havard. Talvez pela
simplicidade definida na ação de tomar um caso (descrição minuciosa de uma situação real) como
exemplo, estudar suas nuanças e implicações, elaborando um plano de ação para, por meio dele,
chegar a solução eficaz.
As etapas de trabalho na técnica de estudo de caso não seguem uma sequência rígida, mas
dependem do contexto de ensino - aprendizagem em que a mesma será utilizada.
Outras Técnicas:
Atividades realizadas em lugares pré- determinados e com roteiro elaborado para levantamento de
informações pelos participantes.
• Demonstração ou Aula Prática
• Ações do Instrutor:
• Quadro Branco;
• Retroprojetor;
• Projetor Multimídia;
• Cartaz;
• Flipchart;
• Selecione o seu público alvo: Antes de todo processo de ensino é importante selecionar o
seu público alvo, momento esse que possibilitará uma orientação junto a demanda do
grupo e sua abordagem.
Entre outras...
Todo intervalo deverá respeitar o critério de envolvimento do aluno, respeitar a sua percepção
sempre levanto em conta o grau de atenção, podendo observa-ló na esfera física(aparente
desconforto) e psicológica (rebaixamento mental).
Importante considerar os fatores externos e internos que possam estar presentes durante o
processo de aprendizagem, sejam eles de maneira teórica ou prática.
Referências Bibliográficas
Antunes, C. Um método para o ensino fundamental: o projeto. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2001.
Chardwick, C. Aprender e Ensinar. 4ª ed. São Paulo, Global, 2002.
Fontes W. M., Martins I. - Metodologia, Métodos E Técnicas De Ensino, São Paulo, 2010.
IPAE. Apostila, Pós-graduação. Planejamento Educacional - Fundamentos Teóricos e
Práticos. Palmas-2008.
Japiassu, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
Rangel, M. Técnicas de Ensino para Aprendizagem e Dinamização das Aulas, editora Papirus
2ª Edição, Rio de Janeiro, 2005.
Empunhadura:
Mão forte:
Segure a arma pelo punho (grip) e gire o cotovelo para baixo e puxe a arma
diretamente para trás contra o ombro forte.
Mão fraca:
• Com a palma da mão voltada para cima, agarre firmemente a telha (guarda mão);
• Gire o cotovelo do braço fraco por baixo, enquanto estiver empurrando a coronha
contra o ombro forte.
A posição de tiro é muito importante, deve-se buscar o ponto natural de disparo, ou seja,
uma posição confortável e que forneça uma base firme e estável para o disparo.
A posição dos pés é muito importante e deve fornecer a base estável que falamos, sendo
que o peso do corpo deve estar na planta do pé e não no calcanhar.
A posição ideal é a mesma utilizada nas lutas, ou seja, a perna da mão forte um pouco para
traz, corpo levemente inclinado para frente e joelhos e braços levemente flexionados.
O olho humano não consegue focar dois objetos mesmo tempo. Como temos que alinhar
três objetos ao mesmo tempo, devemos focar nosso olho na MASSA, pois ela esta no meio
do caminho. Assim a ALÇA vai ficar meio embaçada e o alvo também.
Correto alinhamento de ALÇA e MASSA: O alinhamento entre alça e massa deve ser
feito da seguinte forma: a MASSA deve ficar exatamente no centro do vão da ALÇA e os
topos devem estar alinhados.
A precisão no tiro é alcançada não somente pela visada correta, mas também pelo
correto acionamento do gatilho. Independente do funcionamento da arma (ação
SIMPLES ou DUPLA), o gatilho sempre possui um pequeno curso que não produz
efeito nenhum no disparo, curso este chamado de FOLGA. Terminada a folga existe a
resistência da armadilha, até o momento que esta é liberada e efetua-se disparo.
O controle no acionamento do gatilho nada mais é que o atirador sentir onde termina a
folga e começa a liberação do cão ou percussor. Neste momento o movimento do dedo
deve ser muito suave e a pressão constante. NUNCA devemos APERTAR o gatilho de
forma abrupta e SIM ESPREME-LO de forma suave e constante para que o tiro nos
SURPEENDA. Feito isso o tiro será sempre PRECISO. A volta do gatilho deve ser
feita suavemente até que se sinta que o gatilho rearmou. NUNCA se deve desencostar
do dedo do gatilho, sempre devemos manter o contato do dedo com o gatilho durante
os disparos, para que evitemos “bater” no gatilho o que prejudicará bastante a precisão
do tiro.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
ANÁLISE PRIMÁRIA
- Exame RÁPIDO realizado por *socorrista para detectar problemas que
ameacem a vida de vítimas de ACIDENTE ou ENFERMIDADE
IMPREVISTA, em curto prazo.
VÍTIMA DE TRAUMA
(D)anger– perigo: verificação do cenário e seus respectivos riscos
PROCEDIMENTOS:
Trauma
- Nível de consciência da vítima (responsividade)
- Respiração:
MANOBRA DE HEIMLICH
- Posicionar-se atrás da vítima;
RESPIRAÇÃO
Ver – Ouvir – Sentir
CIRCULAÇÃO
- Circulação adequada
- Cianose de extremidades; e
- Inconsciência.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
O QUE É?
- A parada cardiopulmonar ou parada cardiorrespiratória (PCR) é definida
como a ausência de atividade mecânica cardíaca, que é confirmada por
ausência de pulso detectável, ausência de responsividade e apneia ou
respiração agônica, ofegante. O termo “ parada cardíaca” é mais
comumente utilizado quando se refere a um paciente que não está
respirando e não tem pulso palpável.
O QUE FAZER?
- Colocar a vítima deitada de costas (decúbito dorsal horizontal – DDH)
sobre uma superfície plana e rígida;
- Não interromper a RCP por mais de cinco segundos após seu início.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
- 30 compressões x 2 ventilações (sem mecanismos de assistência
ventilatória, apenas as compressões são realizadas)
CASOS DE INTERRUPÇÃO
- Quando a vítima recobra pulso e mantém pulso espontaneamente;
- Determinação médica; e
ANÁLISE SECUNDÁRIA
- É o exame realizado pelo socorrista para descobrir lesões ou
enfermidades que poderão ameaçar a vida da vítima.
Sinais x Sintomas
Exposição
- Expor e avaliar lesões;
PROCEDIMENTOS
1 – Entrevista (SAMPLA)
- Sintomas;
- Alergias;
- Medicamentos;
- Problemas antecedentes;
- Ambiente.
2 – Sinais Vitais
- Frequência cardíaca; e
- Frequência respiratória.
- Deformidades; e
- Anomalias.
HEMORRAGIAS
Tipos:
- Externa e interna.
O QUE FAZER?
TORNIQUETE
- Usar ou não usar, eis a questão.
HEMORRAGIA INTERNA
Manifestações:
- Pulso rápido e fraco;
- Pele fria;
- Transpiração abundante;
- Palidez acentuada;
- Sede intensa;
- Calafrios; e
- Tonturas.
FRATURAS
- Perda de continuidade de um osso.
Sinais e sintomas
- Deformação;
- Impotência funcional;
- Edema; e
- Dor.
Fraturas
Tipos:
- Fechadas
- Completa; e
- Incompleta.
- Expostas ou abertas
FERIMENTOS NO TÓRAX
Fechados
- Pneumotórax hipertensivo
Abertos
- Manter a vítima em repouso e recostada; e
EMPALAMENTO
- Perfuração na qual o objeto penetrante está parcialmente exteriorizado.
O QUE FAZER?
- Não tente partir ou mobilizar o objeto, exceto se isto for essencial para o
transporte.
EVISCERAÇÃO
- Saída das vísceras de sua posição anatômica (exteriorização das
vísceras)
- Cubra as vísceras com pano limpo umedecido em solução salina ou água limpa;
- Transporte o paciente em posição com o ventre para cima, com os joelhos fletidos.
Quando fazer:
- Vítima inconsciente;
- Respirando; e
2- Pneumotórax (33%)
1) Contenção de hemorragias;
2) prevenção do pneumotórax e
COMANDOS DE APITO
UM APITO CURTO PARA INICIO DOS TIROS (COMANDO VERBAL SERÁ A
APALAVRA “UP”)
DIVERSOS APITOS CURTOS PARA INTERROMPER A LINHA DE TIRO A
QUALQUER MOMENTO
OBS: A Inspeção MATERIAL, ou seja, percutir sobre câmara vazia, é um procedimento realizado
pela Polícia Federal em sua Academia e em algumas competições de tiro esportivo.
Pistola
Nomenclatura
Carregador:
Carregar:
Mantendo seu dedo fora do guarda mato, use o polegar para destravar o ferrolho e deixe
que ele corra a frente;
Coldre
Descarregar:
Remova o carregador;
Destrave a arma;
Municiamento
Alimentação:
Carregamento:
Ocorre quando o ferrolho, em seu movimento para frente, remove um cartucho do topo do
carregador e o assenta na câmara;
Disparo:
Ocorre quando o gatilho, articulando-se com a armadilha, libera o cão e o faz bater no
percussor que atinge a espoleta do cartucho, causando a ignição da pólvora. Os gases em
expansão projetam o projétil para fora do cano;
Extração:
Movimento do ferrolho para traz impulsionado pelo estojo vazio mantido sob a tensão do
extrator;
Ejeção:
O estojo vazio, preso pelo extrator, é forçado a sair pela janela de ejeção quando sua base
bate contra o ejetor;
Armar:
O movimento para trás do ferrolho, durante o recuo, após o disparo força o cão para trás
prendendo-o na armadilha e comprimindo a mola real.
Saque:
1. Pegada: o Atirador faz a “pegada” da arma, é nesta hora que a mão forte faz a
empunhadura correta da arma ainda no coldre, a mão fraca vem para frente do
corpo na altura do umbigo;
4. Enquadramento: a arma é
empurrada em direção ao alvo
enquanto é trazida à altura da visada.
5. Disparo: neste momento é feito o controle do gatilho até que o disparo seja efetuado.
A troca de carregadores deve ser feita o mais rapidamente possível. A correta troca de
carregador pode ser dividida em três movimentos distintos:
3. A mão fraca refaz a dupla empunhadura e projeta-se a arma na direção dos alvos.
A troca de carregadores deve ser feita o mais rapidamente possível. A correta troca de
carregador pode ser dividida em três movimentos distintos:
2. O polegar da mão forte aciona o retém do carregador enquanto a mão fraca retira o
carregador que está sendo utilizado, segurando-o entre o dedo mínimo e anular e a palma
da mão, e em seguida coloca o novo carregador na arma. O foco da visão continua na
direção geral dos alvos;
Disparo:
Mão FORTE:
Mão FRACA:
Falha de munição:
Falha de alimentação:
Falha de extração:
Chaminé:
Dilatação do estojo:
Este tipo de falha é gerada por uma munição com excesso de carga, o que gera
uma pressão muito grande e uma dilatação anormal do estojo travando a arma.
Toda arma de fogo deve ser mantida limpa e lubrificada. Sempre, após uma seção de tiros, a arma
deve ser desmontada, limpa e lubrificada, tomando a precaução de verificar se a mesma está
descarregada antes de efetuar sua limpeza.
Os carregadores devem ser desmontados e limpos sempre que caírem no chão, pois o acumulo de
areia, terra ou barro pode prejudicar seu funcionamento.
Desmontagem:
Manutenção e limpeza:
Remova os resíduos da deflagração de todas as peças da arma com uma escova de dente
embebida em solvente e retire o excesso com um pano seco;
CANO: Molhe uma parte do pano com solvente e corra-o por dentro do cano. A seguir use
uma escova apropriada para desprender e retirar todos os resíduos da deflagração. A seguir
use partes secas do pano para finalizar a limpeza do cano;
NOTA: Não use objeto pontiagudo para limpar a arma (como, por exemplo, faca ou chave de
fenda) a fim de raspar os depósitos de sujeira visto que isto poderá também raspar o
revestimento antiferrugem.
Aplique uma leve camada de óleo em todas as peças da arma, com um pano limpo ou uma
escova de barbear. Aplique diversas gotas de óleo para a face e os trilhos do ferrolho;
Evite quantidade excessiva de óleo porque isto dificultará a limpeza da arma e partículas
de pó e detritos vão ficar presos a ela.
Verificação do Funcionamento:
Manobre o ferrolho;
Solte o gatilho lentamente. Deve-se ouvir um clique e o cão não deverá cair;
Com a utilização de uma caneta tipo BIC, ou até mesmo um pedaço de madeira similar a um
lápis, podemos verificar a integridade do percussor de uma pistola da seguinte forma:
Com a arma descarregada e apontada para o teto, introduza a caneta/lápis no cano da arma
com a ponta para cima e acione o gatilho, o percussor deve bater no fundo da caneta/lápis
impulsionando-a para cima.
Nomenclatura
Carregar:
Mantendo a arma em direção segura e o dedo fora do guarda mato, abra o tambor;
Descarregar:
Abra o tambor;
Esvazies as câmaras;
Funcionamento:
Carregamento e alimentação:
Ocorre quando o gatilho, articulando-se com a armadilha, faz o tambor girar ao mesmo
tempo em que arma e libera o cão, este por sua vez bate na barra de transferência que
aciona o percussor que atinge a espoleta do cartucho, causando a ignição da pólvora. Os
gases em expansão projetam o projétil para fora do cano;
Extração e ejeção:
Ocorre quando o atirador abre o tambor e aciona a vareta do extrator que retira todos os
estojos das câmaras;
A troca de carregadores deve ser feita o mais rapidamente possível. Existem três maneiras
diferentes de efetuar a recarga nos revolveres, sendo elas:
2. Assim que todos os estojos sejam ejetados, a mão fraca gira a arma
para baixo em um ângulo próximo ao de 45º, enquanto a mão forte
inseri os cartuchos nas câmaras com o auxilio do Jet Loader;
Espingarda
Nomenclatura
Mantenha o cano apontado numa direção segura, trave o ferrolho para trás e coloque a
arma na posição segura;
Coloque um cartucho na sua mão fraca e, passando por baixo do receptáculo, coloque-o na
saída de ejeção;
Puxe o ferrolho para frente. A arma está agora carregada com um cartucho na câmara;
Continuando a usar a sua mão fraca, coloque com o polegar outros cartuchos no tubo e
termine de alimentar a arma.
Descarregar:
Incline a arma para a direita, pressione o elevador de munição para cima, aperte o botão de
liberação interno e acione-o até que todas os cartuchos tenham sido ejetados;
Esvazie a arma;
Funcionamento:
Carregamento:
Puxa um cartucho do tubo mediante movimento para traz do ferrolho. Ao se deslocar para
frente, o cartucho é assentado na câmara;
Disparo:
Ocorre quando o gatilho, articulando-se com a armadilha, libera o cão e o faz bater no
percussor que atinge a espoleta do cartucho, causando a ignição da pólvora. Os gases em
expansão projetam os projéteis para fora do cano;
Extração:
O movimento para trás da telha puxa o cartucho vazio da câmara por meio de uma pequena
garra de metal (extrator) que mantêm o estojo no lugar ;
Ejeção:
O estojo vazio, preso pelo extrator, é forçado a sair pela porta de ejeção quando sua base
bate contra um pequeno braço de metal (o ejetor);
O movimento para trás do ferrolho durante a manobra da telha, força o cão para trás
prendendo-o no entalhe do armador e comprimindo a mola principal.
Choque cilíndrico;
2. Choque ¾ de mm;
3. Choque 2/4 de mm ;
4. Choque ¼ de mm.
Recarga (REMUNICIAMENTO):
Assuma a posição 3;
Falha de munição:
As falhas de munição, ou negas de disparo (picotar a espoleta), são panes que não
são muito comuns e a forma de solução é muito simples, sendo necessário apenas
realizar a manobra do ferrolho, para retirar a munição defeituosa e inserir um novo
cartucho na câmara.
Falha de Alimentação:
Falha de extração:
Chaminé:
Na posição 4, incline a arma para esquerda, com mão fraca retire a munição e leve o ferrolho para
frente.
Dilatação da Estojo:
Este tipo de falha é gerada por uma munição com excesso de carga, o que gera uma pressão
muito grande e uma dilatação da cápsula dentro da câmara travando a arma.
O calibre é o número de esferas de chumbo que juntas compõem o diâmetro necessário para
refazer uma libra de peso. Por exemplo, 12 esferas de chumbo ou diâmetro da espingarda
CBC perfazem uma libra.
Tabela de tipos mais comuns de munição comercial para uso na Calibre 12.
Ainda temos as munições de Chumbo Fino ou Bird Shot, são as munições de caça e tiro esportivo,
que tem uma menor carga de pólvora e grande quantidade de esferas de tamanhos pequenos.
Para cartuchos, a regra geral é que cada tiro se espalha à razão de 2,5 cm por metro ou 62 cm de
área de impacto por 25 metros. Isto varia de arma para arma e deve ser confirmado através de um
disparo de teste para cada arma.
A espingarda também é uma ferramenta usada para desfazer portas, dobradiças e permitir a
entrada forçada num ponto de crise. A munição especial foi criada para realizar esse tipo de
trabalho. Geralmente essas munições consistem de metal pulverizado com uma base de cerâmica
tal como gesso odontológico. O cartucho desprende toda sua energia no impacto contra a
fechadura ou a dobradiça e se pulveriza imediatamente, minimizando a quantidade de estilhaços
que saem da porta.
Desmontagem:
Abra o ferrolho;
Remova ferrolho e báscula com suas hastes, acionando o retentor da munição tubo
carregador, do tubo carregador;
Manutenção e limpeza:
Molhe um pano com solvente e passe-o pelo interior do cano. Logo depois, insira uma
escova cilíndrica para remover os resíduos de carbono e de pólvora. Faça novamente a
limpeza com vários panos limpos. Depois da limpeza, passe um pano umedecido com
óleo;
Remova carvão e sujeira das outras peças da arma usando uma escova de dente ou um
pano limpo embebido com solvente;
Aplique uma camada fina de óleo a todas as peças da arma com uma esponja limpa ou com
um pincel de barba. Aplique várias gotas de óleo à parte interior do ferrolho, à câmara e
também aos trilhos laterais;
Evite excesso de óleo. Excesso de óleo tornará difícil manter a arma limpa porque haverá
adesão de poeira e sujeira;
NOTA: Não use objeto pontiagudo para limpar a arma (como, por exemplo, faca ou chave de
fenda) a fim de raspar os depósitos de carvão visto que isto poderá também raspar o
revestimento antiferrugem.
Montagem:
Verificação do Funcionamento:
Limpe a arma;
Nomenclatura
Carabina PUMA
Carabina 22LR
Este é um artigo muito interessante extraído da revista “O Tiro”, editado pela antiga
Confederação Brasileira de Tiro ao Alvo (CBTA), em 1977, e que ainda hoje pode ser útil na
aprendizagem dos atiradores iniciantes e juniores sobre fundamentos técnicos, onde o autor
apresenta um quadro elucidativo, analisando os diversos tipos de grupamentos, causados por
falhas diversas, e a maneira correta de corrigí-las.
1. INTRODUÇÃO
O primeiro passo para se obter a melhor precisão no uso de arma curta é entender, antes de
mais nada, alguns itens básicos sobre o tiro. Atingir o “x” da zona do10 no seu alvo é tão
fácil quanto apontar com o dedo para um relógio de parede. Experimente fazer isso:
constatou que é muito fácil. Então, por que razão, num estande de tiro torna-se tão difícil
apontar para o alvo? Se você entender a resposta a essa pergunta irá aprimorar a sua
técnica e tornar-se um campeão de fato.
Quando você aponta o seu dedo para o relógio, ele não dá recuo e nem fumaça. Portanto aí
reside o problema. Qualquer ser humano sofre as influências do estampido e do choque
(salto) de um tiro de arma curta. É essa influência que dificulta a sua habilidade em obter a
precisão. Antecipar o disparo com o estampido é o principal fator que causa um desempenho
negativo no tiro ao alvo.
Você já notou como é que os atiradores veteranos disparam suas armas. Eles atiram
naturalmente sem maiores esforços. Desprovidos de receios ou de antecipações do
subconsciente, eles já descobriram o segredo. Você também tem que compreender que o
estampido e o choque (salto) da arma são os fatores que tornam o tiro ao alvo um dos
esportes mais antigos e de maior difusão no mundo inteiro.
Todos os tiros disparados sobre o seu alvo de ensaio atingirão algum dos oito setores no
quadro de análise. A simples leitura desse quadro lhe informará o que você fez para que o
seu tiro atingisse aquele setor. É quase impossível tentar analisar os seus tiros ao mesmo
tempo em que você dispara. O “choque” da arma tende a bloquear sua visão, impedindo-o de
verificar o que aconteceu imediatamente antes de disparar. Evidentemente, para utilizar
corretamente o seu quadro de análise, temos de presumir que a
sua arma está com a mira devidamente regulada para o centro do dez.
Os tiros que atingem a parte superior direita do seu alvo, entre 01:00 e 02:00hs, do quadro
de análise, mostra que você está “espalmando” a arma. Esse tipo de antecipação demonstra
que o atirador está empunhando a arma com força demasiada durante o momento do disparo
em que aperta o cabo da arma para dentro da palma da mão. Isso causa a elevação da
massa de mira para cima e para direita.
ESP
Esse erro comum pode ser corrigido simplesmente se você mantiver uma pressão constante
ao empunhar a sua arma durante toda a seqüência do seu disparo. Você não pode modificar
alternadamente a pressão de sua empunhadura enquanto aguarda ansiosamente o comando
de disparo. Concentre-se no alinhamento das miras e mantenha uma pressão igual e firme na
empunhadura até depois de ter efetuado o disparo. Um bom acompanhamento (follow
trough) é muito importante, se quiser evitar que os seus tiros continuem atingindo esse
setor do alvo.
Muitos atiradores nunca repararam no fato de que estão inclinando a arma para o lado direito
enquanto alinham as miras. Isso é geralmente causado pela pressão do polegar sobre o lado
direito da arma. Quando ocorre o disparo, essa pressão fará com que o tiro “caia” para o lado
direito do alvo, ou seja, no setor das 02:00 às 04:00hs do quadro de análise.
O seu polegar oferece um grande auxílio na correção do alinhamento das miras. Deverá
exercer a mesma pressão sobre o lado esquerdo da arma que a base do dedo indicador
exerce sobre o lado direito. Todas as forças empregadas devem ser equivalentes. Uma
empunhada incorreta causará disparos desiguais.
INC
Lembre-se de que a única parte da sua mão que deverá se mover durante toda a ação do
disparo é o dedo do gatilho. Qualquer outro movimento provocará um tiro incorreto.
c. Estrangulamento
A maioria dos atiradores iniciantes comete o erro de empunhar a arma com excesso de força.
Um atirador que empunha a arma com força de um “torno de bancada” encontrará seus tiros
todos agrupados no setor entre as 04:00 e 05:00hs. À medida que o disparo é efetuado com
uma empunhadura “estrangulada”, o cano tenderá a desviar-se para baixo e para direita.
EST
d. Torção do pulso
Aqui temos outro exemplo de um problema causado pelo receio do recuo. O atirador
descobre que muitos de seus tiros se concentram no setor das 05:00 às 07:00 hs de seu
quadro. Provavelmente está inclinando a arma para baixo ou torcendo o pulso no momento
do disparo. Isso é causado pela antecipação do recuo. Em outras palavras, o atirador tenta
conter o recuo ou tenta diminuir ou compensar o recuo da arma, inclinando-a para baixo.
TOR
Neste caso, a chave do problema é obter um “follow trough” correto. Acompanhar o tiro
(follow trough) não se restringe a manter corretamente a empunhadura, acionamento do
gatilho e o enquadramento do alvo durante o disparo, e sim que todos esses fundamentos
têm que ser controlados mesmo depois que o disparo tenha sido efetuado e que a arma já
deu o “salto”. O salto é a última experiência na emoção de um disparo... devemos apreciá-lo
e. Gatilhada
O ato de acionar o gatilho para trás de uma forma rápida demais, é um erro chamado de
“gatilhada” e fará com que os tiros atinjam a parte inferior esquerda do alvo. Quando
aparecem muitos tiros neste setor você pode ter certeza que você puxou o gatilho para trás
muito depressa, de uma forma brusca, para apressar o disparo.
GAT
Quando se consegue um correto alinhamento das miras, isso não é um sinal de que seu dedo
deva acionar o seu gatilho imediatamente, antes que aconteça algo. Quando as miras estão
alinhadas, seu cérebro deverá comandar para o dedo indicador uma pressão constante e
uniforme sobre o gatilho. A maior parte da sua concentração deverá estar focada no aparelho
de pontaria: além disso, o acionamento do gatilho é o segundo aspecto mais importante no
disparo da arma. Atirar “em seco” poderá lhe dar uma grande ajuda. Você poderá eliminar o
estampido e o salto, concentrando-se totalmente num acionamento de gatilho lento e
constante.
f. Dedo do gatilho
DED
O meio da falangeta deverá repousar sobre o centro da tecla do gatilho. Se, ao início, isso lhe
parecer desconfortável, essa sensação logo irá desaparecer quando você verificar a melhoria
rápida de seus resultados. Outro fator muito importante a respeito do acionamento do gatilho
é o seguinte: ele deverá ser puxado diretamente para trás e no prolongamento do seu
CTT – Centro de Treinamento Tático Ltda
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Centro de Treinamento Tático – CTT-CBC
Instrutor de Tiro
antebraço. Se qualquer pressão for aplicada lateralmente, por menor que seja, os tiros
voltarão a atingir o setor das 08:00 às 10:00hs.
g. Antecipação do recuo
ANT
Para corrigir esse problema carregue sua arma deixando algumas câmaras vazias. Dispare a
arma sem saber quais as câmaras que estão com cartuchos. Você se surpreenderá ao
perceber que está se antecipando ao salto, quando disparar sobre uma câmara vazia e
constatará a mira subindo para a esquerda. A chave está no correto follow trough observado.
Efetue o disparo sem perturbar nenhum dos fundamentos de precisão. Esqueça-se do “salto”.
Acione o gatilho para trás lentamente e deixe que o disparo lhe surpreenda. Se você estiver
ciente do exato momento em que a arma for disparar estará se antecipando ao “salto”.
h. Sobressalto
O sobressalto é o sintoma menos compreendido pelo atirador iniciante. Algumas pessoas sem
muito controle emocional tremem na ocasião do disparo. Outros atiradores tremem apenas
com a cabeça, mão ou piscam os olhos. Geralmente um disparo acompanhado do sobressalto
jogará o tiro na parte superior do alvo, ou seja, no setor das 11:00 às 01:00hs do quadro.
SOB
O sobressalto é uma tendência nervosa de antecipação, que ocorre quando você aciona o
gatilho e o seu corpo ainda não está preparado para tal. Mais uma vez, carregando
alternadamente as câmaras de sua arma ou colocando estojos deflagrados em seu
carregador, será mais fácil observar o que está ocorrendo. Quando você realmente puder
visualizar o seu sobressalto estará começando a controlá-lo.
Verifique a posição do cano quando escutar o estalido de um disparo inesperado sobre uma
Agora que você conhece o significado de cada setor do seu quadro, já está em condições de
passar à prática. Leve o quadro de análise para o estande de tiro. Talvez prefira cola-lo ao
lado da sua maleta de tiro onde transporta a sua arma. Examine-o e estude-o antes de iniciar
o treinamento. Basta o simples conhecimento do significado do quadro para que você possa
aprimorar a sua perícia no Tiro.
Comece a efetuar séries de cinco disparos sobre o seu alvo. Compare os resultados com o
quadro de análise. Veja quais são os seus erros e efetue as correções necessárias. Se os seus
tiros estão espalhados sobre toda a superfície do alvo é sinal de que você precisa de maior
treino, até que obtenha um grupamento mais fechado. Quando conseguir isso, desloque esse
agrupamento para dentro da parte preta do alvo, consultando o quadro de análise e
concentrando-se naquilo que não deve fazer. Seguindo passo-a-passo as instruções acima,
corrigindo individualmente cada segmento do quadro, você estará em condições de disparar
com a mesma facilidade com que aponta o seu dedo para um relógio de parede.
Bibliografia
CENTRO DE TREINAMENTO TATICO – CTT. Apostila de Curso de Pistola Tática, São Paulo,
2006
IAN V. HOGG. The Illustrated Encyclopedia of Firearms. Inglaterra: Newnes Books, 1978
POLICIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO – DGP. Manual Operacional do Policial Civil,
São Paulo, 2002
Autores:
Fabio Fanganiello
Hélio Barreiros Junior
Luis César de Oliveira Rodrigues Costa
Edson Dias Santos
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meios eletrônicos e
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autores(leis 9.610 de 19/02/1998)