Etapa 1

Inicialmente busquei abordar em que nível eles tinham contato com textos literários,
hábitos de leitura e em que medida eles entendiam o valor da literatura.

Etapa 2
Em sequência busquei conceituar o conceito de fruição, demonstrando como a leitura
de um objeto artístico exigia também uma relação mais bem estabelecida para com
este. Por consequência, durante a discussão do conceito, demonstrei como seu
oposto, o ato de fluir, era algo que impedia e subtraia o potencial sensível da arte.

Etapa 3
Após algumas discussões de categoria filosófica e reflexiva, partilhei com os alunos
algumas crônicas, de Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Rubem Braga.
Adiante iniciamos a leitura dos textos (demandei que cada um, se desejasse fizesse a
leitura das crônicas). Todas as leituras ocorrendo em voz alta. Após a leitura, em busca
de encontrar as impressões pedir que eles desenvolvessem comentários e reflexões
acerca dos textos lidos.

Etapa 4
Conforme as reflexões foram se desenvolvendo, foi-se apresentando certas respostas
que entendiam a dinâmica de um texto nos moldes de uma crônica, que compõem-se
do cotidiano como instrumento de produção artística e reflexiva. Iniciando-se assim
uma abordagem mais expositiva, na qual eu apresentava elementos que
circunscrevem uma crônica, suas características e particularidades. Demonstrando
como isso é constituído estruturalmente dentro do texto, trabalhando o objeto literário,
revelando os aspectos de liberdade composicional e as condições mais gerais de
textos classificados como crônica, isto é; as semelhanças que haviam entre todas as
crônicas lidas.

Etapa 5
Demonstrei através da leitura do artigo de Machado Assis, sobre o nascimento da
crônica, como ela fora se desenvolvendo durante o percurso histórico. Além de trazer
ideias sobre as características da arte, através do prisma da obra - Por que ler os
clássicos de Italo Calvino, em que ele faz uma abordagem sobre o caráter universal e
inesgotável de uma obra clássica. Propondo refletir sobre o poder transformador que
livros clássicos têm em nossas vidas.

Etapa 6
Para finalizar, demandei que fizessem a escrita de uma crônica, com uma única
limitação, de que os textos escritos por eles não dialogassem tematicamente com as
crônicas lidas em sala.