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ANTONELLA
A descoberta dos fenômenos radioativos teve início em 1896, quando Antoine Henri Becquerel
investigou a possibilidade de substâncias fosforescentes e fluorescentes emitirem raios X. Ao
expor amostras de minério de urânio, sulfato duplo de potássio e uranila di-hidratada ao sol e
depois guardá-las em uma gaveta escura com filmes fotográficos, Becquerel observou que as
amostras deixaram impressões nos filmes, indicando emissão de radiação mesmo na ausência
de luz solar. Além disso, descobriu que essa radiação tinha o poder de ionizar gases,
transformando-os em condutores.
Como Surgiu?
NAAJUBAA
Essa descoberta acidental foi o ponto de partida para o estudo da radioatividade. Becquerel
percebeu que estava lidando com um fenômeno totalmente novo e desconhecido. Ele nomeou
essa propriedade como "radioatividade", derivada da palavra "raio", pois a radiação emitida
pelos sais de urânio lembrava raios invisíveis penetrando através de materiais.
CASAL CURIE
LEVII
Entrou então em cena o casal Pierre Curie (1859-1906) e Marie Curie (1867-1934). Juntamente
a eles, Becquerel descobriu que a propriedade que ele viu era pertencente ao urânio, pois
todos os minérios de urânio emitiam os raios que impressionavam o filme. Marie Curie batizou
essa propriedade de o urânio emitir raios de radioatividade.
Os trabalhos do casal Curie tive-ram crucial importância na mudança de rumo que tomaria a
radioatividade. Em abril de 1898, Marie Curie constatou que havia algum componente mais
ativo que o urânio em seus minerais naturais. Esse casal trabalhou durante três anos
exaustivamente, usaram 1400 litros de um minério de urânio chamado pechblenda ou
uraninita (UO2) e, em 1902, isolaram átomos de dois elementos químicos radioativos que não
eram conhecidos na época. O primeiro, eles chamaram de rádio, pois ele era 2 milhões de
vezes mais radioativo que o urânio; o segundo, eles chamaram de polônio, em homenagem à
Polônia, terra natal de Madame Curie.
Como Funciona?
KAUAN
Eles, Pierre e Marie Curie, começaram a estudar a radioatividade a partir dos sais de urânio. E
a partir disso perceberam que todos os sais tinham a capacidade de impressionar chapas
fotográficas e, com isso, concluíram que o urânio (U) era responsável por algum tipo de
emissão química. Para realizar o estudo, o casal purificou os sais de urânio a partir do minério
Pechblenda (U30). Ao fim, constataram que as impurezas eram mais radioativas que o próprio
metal.
Premiações
LEVII
A pesquisa de Becquerel inspirou outros cientistas, incluindo Marie Curie e Pierre Curie. Com
seu trabalho pioneiro, eles conseguiram isolar elementos radioativos como o polônio e o rádio.
Marie Curie, em particular, recebeu dois Prêmios Nobel, um de Física em 1903 (com Pierre
Curie e Becquerel) e outro de Química em 1911, por suas contribuições para a compreensão
da radioatividade.
É de grande relevância citar que Marie Curie foi a primeira mulher a receber o prêmio Nobel, e
que oito anos depois, em 1911, ela recebeu o Nobel de Química pelo descobrimento e estudo
dos elementos rádio e polônio, tornando-se assim a primeira pessoa a ter 2 Nobels.
Alfa, Beta e Gama
ANDRESSA
Em 1898, Ernest Rutherford testou as radiações provenientes de um material radioativo sob
uma tela fluorescente, descobrindo então dois tipos de radiação: alfa (α) e beta (β). Devido a
partícula alfa ser atraída pela placa negativa e sofrer um desvio, Rutherford constatou que esse
tipo de radiação deveria ter carga positiva. Já partícula beta, atraída pela placa positiva e
desviada em sua direção, teria carga negativa.
Em 1900, o químico e físico Frances Paul Ulrich Villard observou um terceiro tipo de radiação,
denominada radiação gama. Quando o feixe de uma amostra radioativa passa por duas placas
eletricamente carregadas ocorre a subdivisão em três tipos de radiações. Os diferentes tipos de
emissões foram comprovados pelo aparecimento de manchas luminosas em uma tela
fluorescente ou chapa fotográfica. As emissões α, β e γ tem energia suficiente para arrancar
elétrons e transformar átomos ou moléculas em íons ou radicais livres, por isso, são chamadas
de radiações ionizantes.
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Os átomos de alguns elementos químicos, como urânio, cobalto, rádio e iodo, são muito
instáveis. Para aliviar essa instabilidade, emitem partículas do núcleo do átomo. Esse processo
é conhecido como desintegração ou decaimento nuclear.
LEVII
A estabilidade do núcleo atômico é determinada pelo número de massa (A) e só é rompida nos
átomos com número de massa muito grande. A partir do polônio (PO, A = 84), todos os
elementos têm instabilidade.
Desintegração radioativa
1. Desintegração Alfa
KAUAN
As partículas alfa (α) são emitidas durante a desintegração nuclear. Elas têm uma carga
positiva de 2+ e consistem em dois prótons e dois nêutrons expelidos do núcleo. Essa emissão
ocorre quando um núcleo instável busca se tornar mais estável, liberando partículas alfa para
reduzir seu excesso de energia. Essas partículas têm uma massa relativamente grande em
comparação com outras formas de radiação, o que as torna menos penetrantes, sendo
frequentemente bloqueadas por materiais comuns.
1ª Lei da Radioatividade (Lei de Soddy): quando um núcleo emite uma partícula Alfa (α), seu
número atômico diminui 2 unidades, e seu número de massa diminui 4 unidades.
2. Desintegração Beta
ANDRESSA
A emissão de partícula beta (β) ocorre durante a desintegração nuclear quando um nêutron se
transforma em um próton dentro do núcleo. Durante esse processo, um elétron é emitido do
núcleo em alta velocidade. Essa emissão ocorre porque a transformação de um nêutron em
um próton resulta em um excesso de carga negativa, que é compensado pela emissão do
elétron. Esse elétron, ao ser expelido do núcleo, é chamado de partícula beta. Essa forma de
radiação é penetrante e pode ser bloqueada por materiais como alumínio ou chumbo,
dependendo da energia da partícula beta.
2ª Lei da Radioatividade (Lei de Soddy – Fajans – Russel): quando um núcleo emite uma
partícula Beta (β), seu número atômico aumenta 1 unidade, e seu número de massa não se
altera.
3. Desintegração Gama
ANTONELLA
As emissões Gama (γ) não são partículas, mas ondas eletromagnéticas. Elas possuem um poder
de penetração maior que a Alfa e a Beta. As ondas Gama conseguem atravessar até 20 cm no
aço e 5 cm no chumbo. Por esse motivo, tais emissões são muito perigosas do ponto de vista
fisiológico, podendo danificar tecidos vivos e até matar.
A emissão Gama (γ) não altera o número atômico nem o número de massa. O rádio (A = 226),
por exemplo, se transforma em radônio (A = 222), emitindo radiação Gama e partículas Alfa
(α).
Efeito da Radioatividade
NAAJUBAA
A radiação é impossível de ser percebida, pois, no momento do impacto, não ocorre dor ou
lesão visível. Ela ataca as células do corpo, alterando os átomos e sua estrutura. Isso provoca
danos biológicos no funcionamento do corpo com o tempo, sendo percebidos a curto ou longo
prazo. Os herdeiros (filhos e netos) das pessoas que foram afetadas pela radioatividade
também podem sofrer alteração genética.
PRINCIPAIS AUTORES
KAUAN
ANDRESSA
2. Marie Curie (1867-1934): • Curie é uma das figuras mais proeminentes no estudo da
radioatividade. Ela isolou o rádio e o polônio, dois elementos altamente radioativos, e
estabeleceu o termo "radioatividade". Suas pesquisas sobre os efeitos da radioatividade na
saúde abriram novos caminhos na medicina, por exemplo. Por suas contribuições, Marie Curie
foi contemplada com dois Prêmios Nobel, um em Física (1903) e outro em Química (1911).
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3. Pierre Curie (1859-1906): • Pierre Curie, marido de Marie Curie, foi um físico que auxiliou
sua esposa nos estudos sobre a radioatividade. Juntos, descobriram novos elementos e
investigaram suas propriedades. Pierre também recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1903
junto com Marie e Becquerel.
LEVII
ANTONELLA
Conclusão
KAUAN
Portanto, consideramos que nosso estudo sobre a radioatividade constrói uma análise
abrangente e detalhada de nosso objeto de estudo, destacando sua importância histórica, seus
princípios fundamentais, além das contribuições significativas dos principais pesquisadores.
Agradeço em nome de nossa equipe a atenção de todos.