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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

ISSN: 2177-0719
REVISTA

O ANATOMISTA
Sociedade Brasileira de Anatomia

Anais do

09, 10 e 11 de junho de 2023


Arapiraca - AL. Brasil

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Sociedade Brasileira de Anatomia
Março (2024) ISSN: 2177-0719 / V1 / ANO 2024
2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia
2024, Anais do I Congresso
ISSN:Arapiraquense
2177-0719 de Morfologia / ISSN: 2177-0719

EDITORES
Prof. Dr. Eulâmpio José da Silva Neto
Prof. Dr. Célio Fernando de Sousa Rodrigues

EDITORES ASSOCIADOS

Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt


Prof. Dr. Bento João Abreu
Profa. Dra. Evelise Aline Soares
Prof. Dr. Geraldo Medeiros Fernandes
Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva
Prof. Dr. Yuri Karaccas de Carvalho
Prof. Dr. Paulo Pardi Sobrabe

REVISÃO GERAL

Profa. Dra. Elayne Cristina de Oliveira Ribeiro

DIRETORIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANATOMIA

Prof. Dr. Henrique Pereira Barros - Presidente


Prof. Dr. Márcio Antônio Babinski - Vice-Presidente
Profa. Dra. Valéria Paula Sassoli Fazan - Secretária Geral
Profa. Dra. Andrea Oxley da Rocha - 1a Secretária
Prof. Dr. Claudio Silva Teixeira - Tesoureiro Geral
Prof. Dr. Rafael Cisne de Paula - 1o Tesoureiro

CONSELHO FISCAL
Prof. Dr. Athelson Stefanon Bittencourt - Conselho Fiscal
Profa. Dra. Evelise Aline Soares - Conselho Fiscal
Prof. Dr. Marco Aurélio Pereira Sampaio - Conselho Fiscal
Prof. Dr. Waltercides Silva Junior - Suplente Conselho Fiscal

Todas as opiniões, textos e fotografias submetidas e publicadas em “O ANATOMISTA” são de inteira


responsabilidade dos seus autores, não refletindo a opinião da Sociedade Brasileira de Anatomia.
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EDITORIAL

Prezado(a)s anatomistas,

Nos dias 09 a 11 de junho de 2023 ocorreu o I Congresso Arapiraquense de


Morfologia, realizado na cidade de Arapiraca-AL. Este evento foi iniciativa da Liga de
Anatomia Humana da Universidade Federal da Alagoas no Campus de Arapiraca. O evento
foi um sucesso com adesão de discentes, técnicos e docentes em Anatomia. Os participantes
desfrutaram de uma rica experiencia se beneficiando de excelentes palestras, mesas redondas,
minicursos e apresentação de trabalhos científicos. Especialistas, mestres e doutores das áreas
que compõem a Morfologia, estavam presentes para uma grande troca de conhecimento.
Temos a grata satisfação de publicar Os Anais de um evento que veio para marcar o seu
espaço na região Nordeste. Além disso, o evento propiciou uma imersão de cultura e história,
tornando o momento muito especial.

Prof. Dr. Eulâmpio José da Silva Neto

Editor da Revista O Anatomista

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Comissão Organizadora do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

PRESIDENTE

Prof. Dr. Rafael Danyllo da Silva Miguel

VICE-PRESIDENTE

Profa. Dra. Eloiza Lopes de Lira Tanabe

PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA

Prof. Ms. José Emerson Xavier

LIGA ARAPIRAQUENSE DE ANATOMIA HUMANA

Carlos Eduardo Leonel dos Santos


Erika Salgueiro da Cruz
Gabriela Cristina Monteiro da Silva
José Ricardo Lima Santos
Letícia Gabrielly Soares Araújo
Letícia Henrique Leite da Silva
Lilian Florentino da Silva Nascimento
Monica Martins de Souza
Philippe de Oliveira Lima

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TRABALHOS PREMIADOS

Modalidade "Apresentação oral"

1º Lugar: PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ARTÉRIAS CEREBRAIS MAIS


ACOMETIDAS PELO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO E CLASSIFICAÇÃO DA
TOPOGRAFIA DAS LESÕES, com autoria de George do Nascimento Santana, Ana Dolores Firmino
Santos do Nascimento, Vanessa Cristina Fragoso Cassiano Alencar, Nathália Alves da Silva, José
Emerson Xavier e Rosana Christine Cavalcanti Ximenes.
2º (empate) Lugar: intitulado VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS ARTÉRIAS
MESENTÉRICAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA COM
METANÁLISE, com autoria de Manoel Pedro de Farias Candido Neto, Philippe Oliveira Lima, João
Lucas de Almeida Placido Ferreira, Valdilene Canazart dos Santos, José Emerson Xavier e Rafael
Danyllo da Silva Miguel.
2º (empate) Lugar: UTILIZAÇÃO DO ANKI COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO
COMPLEMENTAR PARA O ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA: RELATO DE CASO NO
CURSO MÉDICO DA UFAL/ARAPIRACA, com autoria de Ryan Lucas Barbosa Oliveira, Gabriel
Nobre Valle, Laís Souza Silva Vitorino, Maria Dácila Vitorino de Oliveira e Rafael Danyllo da Silva
Miguel.
3º Lugar: PREVALÊNCIA DE ESPINHA BÍFIDA OCULTA SACRAL EM UMA COLEÇÃO
OSTEOLÓGICA CONTEMPORÂNEA, com autoria de Izabella Maria Alves da Cruz, Anthony
Thompson Almeida Da Mota, Carla Beatriz de Melo Pereira, Tanaires Mirele de Lima Santos, Diego
Cabral Lacerda e Carolina Peixoto Magalhães.

Modalidade "Pôster"

1º Lugar: FATORES ASSOCIADOS AO BRUXISMO EM ADOLESCENTES, com autoria de


Mykaelly Sales Alves de Sousa, Leonilson Oliveira Silva, Bruno Padilha Souza Leão Siqueira Campos,
Niedje Siqueira de Lima, Saulo Lobo Chateaubriand do Nascimento e Rosana Christine Cavalcanti
Ximenes.
2º (empate) Lugar: PESSOAS DE PELE NEGRA E SUA REPRESENTATIVIDADE EM
ILUSTRAÇÕES ANATÔMICAS, com autoria de Letícia Henrique Leite da Silva, Pedro Bezerra de
Oliveira Neto, Guilherme Noia Barros, Lilian Florentino da Silva Nascimento, José Emerson Xavier e
Eloiza Lopes de Lira Tanabe.
2º (empate) Lugar: RECURSO INOVADOR NO ENSINO DA ANATOMIA: MODELO
DIDÁTICO DA DISTRIBUIÇÃO TRIGEMINAL ASSOCIADO A UMA PLATAFORMA
DIGITAL, com autoria de Irlen Lilianne de Souza Assis, Ana Darla da Silva Ferreira, Izabele Moreira
dos Santos, Suellen Cristina Barbosa de Amorim, Diego Cabral Lacerda e Carolina Peixoto Magalhães.
3º Lugar: COMPULSÃO ALIMENTAR, OBESIDADE E ALTERAÇÕES
NEUROANATÔMICAS, com autoria de Sérgio Ricardo Rosário França Filho, Elderson da Silva
Guedes, Wesley Álex da Silva Dionísio, Alisson Vinícius dos Santos e Rosana Christine Cavalcanti
Ximenes.

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Programação Científica

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SUMÁRIO

1. A UTILIZAÇÃO DA EXTREMIDADE COSTOESTERNAL PARA A ESTIMATIVA


DE IDADE NAS OSSADAS: UMA REPLICAÇÃO DO MÉTODO DA
UNIVERSIDADE COMPLUTENSE DE MADRID – ESPANHA...............................10
2. ALTERAÇÕES CITOLÓGICAS COMUNS NO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO
QUE PODEM SER RASTREADAS PELO EXAME DE CITOLOGIA
CERVICAL...................................................................................................................11
3. ALTERAÇÕES MORFOFISIOLÓGICAS NO NÚCLEO PUTÂMEN ASSOCIADAS
AO TRANSTORNO DEPRESSIVO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.....................12
4. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DERIVADAS DA SÍNDROME DO
ALCOOLISMO FETAL: UMA REVISÃO NARRATIVA...........................................13
5. ALTERAÇÔES MORFOLÓGICAS NO CÉREBRO DE INDIVIDUOS COM
SINTOMAS DEPRESSIVOS.......................................................................................14
6. ANÁLISE DA METODOLOGIA DE ENSINO DA DISCIPLINA DE ANATOMIA
HUMANA APLICADA NOS CURSOS DE MEDICINA DAS INSTITUIÇÕES DE
ENSINO SUPERIOR DE MACEIÓ/AL.......................................................................15
7. ANÁLISE DE OSTEOPATOLOGIAS PRESENTE EM OSSADA HUMANA
CONTEMPORÂNEA...................................................................................................16
8. ANÁLISE DO DESEMPENHO E SATISFAÇÃO DA DISCIPLINA DE ANATOMIA
COM ATLAS 3D - REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA............................17
9. ANGIOMIOLIPOMA RENAL GIGANTE: RELATO DE CASO ACHADO DE
FORMA INCIDENTAL EM CIRURGIA ELETIVA DE HISTERECTOMIA E
COLECISTECTOMIA..................................................................................................18
10. ANTROPOLOGIA FORENSE: UMA ANÁLISE DO DIMORFISMO SEXUAL
PELOS ACIDENTES ÓSSEOS DO CRÂNIO...........................................................19
11. ÁREAS ENCEFÁLICAS ENVOLVIDAS NA SÍNDROME DE PUSHER: REVISÃO
SISTEMÁTICA DA LITERATURA...........................................................................20
12. ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA ARTÉRIA ILÍACA COMUM DIREITA EM
RELAÇÃO A COMPREENSÃO DA VEIA ILÍACA COMUM ESQUERDA:
REVISÃO NARRATIVA............................................................................................21
13. AVALIAÇÃO DO COLÁGENO EM LESÕES DE RATOS DIABÉTICOS
TRATADOS COM CELULOSE BACTERIANA E MELATONINA........................22
14. COMPULSÃO ALIMENTAR, OBESIDADE E ALTERAÇÕES
NEUROANATÔMICAS............................................................................................23
15. CONSTRUÇÃO DE MODELO DIDÁTICO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO-
APRENDIZAGEM EM NEUROANATOMIA..........................................................24
16. CONSTRUÇÃO DE MODELO DIDÁTICO DOS MÚSCULOS DO PERÍNEO E
ASSOALHO PÉLVICO SOBRE PELVE ÓSSEA SECA...........................................25

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17. CONSTRUÇÃO DE MODELO DIDÁTICO PARA O CONHECIMENTO DA


ENDOMETRIOSE DESTINADO À POPULAÇÃO DEFICIENTE VISUAL..........26
18. DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL E A SÍNDROME DE PIERRE ROBIN:
UMA REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................27
19. DESENVOLVIMENTO DE MODELO ANATÔMICO DIDÁTICO DOS
MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS..............................................................................28
20. DESENVOLVIMENTO DE MODELO DIDÁTICO SOBRE OS SEGMENTOS
HEPÁTICOS..............................................................................................................29
21. DIMORFISMO SEXUAL ATRAVÉS DA MEDIÇÃO DA CABEÇA DO
ÚMERO......................................................................................................................30
22. EFEITOS DO TREINAMENTO MUSICAL PRECOCE EM CÉREBROS DE
PIANISTAS................................................................................................................31
23. ELABORAÇÃO DE ATLAS VÍDEO-MICROGRÁFICO PARA ESTUDO DA
HISTOLOGIA POR ESTUDANTES DO CURSO MÉDICO DA
UFAL/ARAPIRACA NO ENSINO DE HISTOLOGIA.............................................32
24. EROSÃO DENTÁRIA EM ADOLESCENTES COM RISCO DE BULIMIA
NERVOSA..................................................................................................................33
25. ESTUDO DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS INTERLIGADAS A SÍNDROME DE
PRIMROSE: RELATO DE CASO..............................................................................34
26. ESTUDO MORFOMÉTRICO DA LOCALIZAÇÃO DO FORAME MANDIBULAR
CONSIDERANDO MARCOS ANATÔMICOS DE REFERÊNCIA DO RAMO DA
MANDÍBULA: CONTRIBUIÇÃO ANATÔMICA PARA O BLOQUEIO DO
NERVO ALVEOLAR INFERIOR..............................................................................35
27. ESTUDO TOPOGRÁFICO E BIOMÉTRICO DOS RAMOS DO NERVO ULNAR
PARA O MÚSCULO TRICEPS BRAQUIAL............................................................36
28. FATORES ASSOCIADOS AO BRUXISMO EM ADOLESCENTES.......................37
29. HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO FERRAMENTA LÚDICO-DIDÁTICA
PARA O ENSINO DA ANATOMIA...........................................................................38
30. MALFORMAÇÃO RENAL CONGÊNITA DE DUPLICAÇÃO DE SISTEMA
PIELOCALICIAL COMPLETA EM PACIENTE DE 64 ANOS: RELATO DE
CASO..........................................................................................................................39
31. MARCADORES ESQUELÉTICOS DO ESCORBUTO: EVIDÊNCIAS DA
ESCASSEZ DE VITAMINA C EM UMA POPULAÇÃO OSTEOLÓGICA
CONTEMPORÂNEA.................................................................................................40
32. MÁS-FORMAÇÕES DE ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA FACE DA
SÍNDROME DE TREACHER COLLINS: UMA REVISÃO DE LITERATURA......41
33. NEUROGAMES, UMA FERRAMENTA PARA O ENSINO DE
NEUROANATOMIA HUMANA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.............................42

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34. O NÓDULO DE SCHMORL COMO FATOR INDIVIDUALIZANTE EM


OSSADAS HUMANAS.............................................................................................43
35. OCORRÊNCIA DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS NA PRIMEIRA VÉRTEBRA
CERVICAL C1............................................................................................................44
36. PESSOAS DE PELE NEGRA E SUA REPRESENTATIVIDADE EM
ILUSTRAÇÕES ANATÔMICAS...............................................................................45
37. PRESENÇA DO FORAME EMISSÁRIO ESFENOIDAL [DE VESÁLIUS] EM UM
CRÂNIO HUMANO: UM RELATO DE CASO.........................................................46
38. PREVALÊNCIA DA VÉRTEBRA DE TRANSIÇÃO LOMBOSSACRAL EM
COLEÇÕES OSTEOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS..........................................47
39. PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ARTÉRIAS CEREBRAIS MAIS
ACOMETIDAS PELO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO E
CLASSIFICAÇÃO DA TOPOGRAFIA DAS LESÕES.............................................48
40. PREVALÊNCIA DE ESPINHA BÍFIDA OCULTA SACRAL EM UMA COLEÇÃO
OSTEOLÓGICA CONTEMPORÂNEA....................................................................49
41. PREVALÊNCIA DE LESÕES EM COSTELAS HUMANAS EM UMA COLEÇÃO
OSTEOLÓGICA CONTEMPORÂNEA....................................................................50
42. RECURSO INOVADOR NO ENSINO DA ANATOMIA: MODELO DIDÁTICO DA
DISTRIBUIÇÃO TRIGEMINAL ASSOCIADO A UMA PLATAFORMA
DIGITAL.....................................................................................................................51
43. REGIÕES NEURAIS SOMATOSSENSORIAIS ASSOCIADO A SINESTESIA
ESPELHO-TOQUE....................................................................................................52
44. REVISÃO DA LITERATURA: OSTEOSSARCOMA COMO FATOR
INDIVIDUALIZANTE PARA IDENTIFICAÇÃO DE OSSADAS HUMANAS......53
45. REVISÃO SISTEMÁTICA DAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DO CÉREBRO
DURANTE EVENTOS DEPRESSIVOS...................................................................54
46. USO DA CELULOSE BACTERIANA NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: UMA
REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA............................................................55
47. UTILIZAÇÃO DO ANKI COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO
COMPLEMENTAR PARA O ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA: RELATO DE
CASO NO CURSO MÉDICO DA UFAL/ARAPIRACA...........................................56
48. VARIAÇÕES ANATÔMICAS DA MAMA E SUA RELAÇÃO COM A
AMAMENTAÇÃO.....................................................................................................57
49. VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS ARTÉRIAS MESENTÉRICAS: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA COM METANÁLISE.....................58
50. VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS VEIAS MESENTÉRICAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA COM METANÁLISE........................................................................59

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A UTILIZAÇÃO DA EXTREMIDADE COSTOESTERNAL PARA A ESTIMATIVA


DE IDADE NAS OSSADAS: UMA REPLICAÇÃO DO MÉTODO DA
UNIVERSIDADE COMPLUTENSE DE MADRID - ESPANHA

Évelly de Oliveira Silva Mesquita, Gemerson Clemenson da Silva, Samara Kerolainny


de Macena Oliveira, Anna Georgina Porto Gomes, Diego Cabral Lacerda, Carolina
Peixoto Magalhães.

Autor correspondente: evelly.mesquita@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A osteologia forense, área dentro da antropologia, é uma ciência


fundamental para a caracterização do indivíduo, sendo, a idade um dos constituintes mais
relevantes. Entretanto, existe uma dificuldade pertinente para tal identificação através de
metodologias osteológicas, já que os método utilizados variam de acordo com cada etnia
e sexo. Dessa forma, torna-se importante buscar um estudo que se aplique ao território
brasileiro, em decorrência das características da nossa população, a elevada
miscigenação. OBJETIVO: Replicar o estudo morfológico da extremidade costoesternal
para estimativa da idade, da Universidade Complutense de Madrid - Espanha em uma
coleção osteológica brasileira. METODOLOGIA: Utilizando ossadas do Laboratório de
Identificação Humana e Osteologia Forense UFPE/CAV, foram selecionadas 46 ossadas,
sendo 35 masculinas e 11 femininas, para avaliação da 4ª costela direita e esquerda,
totalizando, respectivamente, 70 e 22 costelas. Em casos de falta ou em estado de má
conservação das mesmas, utilizou-se a 3ª ou 5ª costela. Foram avaliadas, levando em
consideração os intervalos de idades separados em quatro fases para cada sexo, as quais
as já estavam estipuladas no estudo supracitado. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de
Ética em pesquisa, sob o número 35349220.8.0000.9227. RESULTADOS: Na análise das
70 costelas masculinas obteve 80% de acertos (N=56). Das 22 costelas femininas
avaliadas, obteve-se 63,63% de acertos (N=14). Não houve diferença com relação a
lateralidade. CONCLUSÃO: Portanto, pode-se concluir que o estudo da extremidade
costoesternal para identificação da idade à morte de ossadas humanas contemporâneas
mostrou-se fidedigna para a coleção brasileira, porém com maior precisão para a
população masculina.

Palavras-chaves: Antropologia Forense; Estudo Comparativo; Costelas.

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ALTERAÇÕES CITOLÓGICAS COMUNS NO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO


QUE PODEM SER RASTREADAS PELO EXAME DE CITOLOGIA CERVICAL

Beatriz Gomes da Silva, José Eduardo Ferreira Dantas, Jarbas Ribeiro de Oliveira.

Autor correspondente: beatriz.gomes@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero é uma das principais causas de morte entre as
mulheres em todo o mundo. Sendo causado, comumente, pela infecção persistente por
alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV) que ocasionam alterações citológicas
significativas no tecido cervical. A citologia cervical é um exame de triagem amplamente
utilizado para detectar alterações neoplásicas no colo do útero, sendo assim, saber quais
alterações ele identifica é essencial para o diagnóstico precoce. OBJETIVO: Identificar
as alterações citológicas comuns no câncer do colo de útero que podem ser rastreadas
pelo exame de citologia cervical. METODOLOGIA: Revisão integrativa, nas bases de
dados Scientific Electronic Library Online e PubMed. Foram usados descritores do DeCS
e MeSH, de modo a construir a string de busca “cervical cancer” AND 'HPV' AND
'Neoplasms'. Foi realizado um recorte temporal dos últimos 5 anos, de modo que foram
obtidos 3.926 estudos dos quais 6 foram selecionados para o corpus da revisão.
RESULTADOS: O colo do útero é classificado, anatomicamente, em endocérvice, que
forma a parede do canal cervical e o ectocérvice, a parte do colo que se projeta para o
interior da vagina. O endocérvice possui um epitélio colunar simples com glândulas
cervicais e o ectocérvice possui um epitélio escamoso estratificado não queratinizado.
Dentro os artigos analisados, dois principais tipos de alterações foram detectadas, sendo
elas classificadas em lesões intraepiteliais cervicais de baixo grau (LSIL), que repercutem
no surgimento de condilomas, e lesões intraepiteliais cervicais de alto grau (HSIL), as
quais ocasionam reestruturação do epitélio com alterações no tamanho das células,
podendo progredir para um câncer invasivo. CONCLUSÃO: Portanto, a detecção precoce
do câncer de colo de útero ocorre a partir do exame citológico cervical que possui alta
sensibilidade para a identificação das principais alterações citológicas com potencial
cancerígeno, sendo elas as LSIL e HSIL.

Palavras-chaves: Papilomavírus Humano (HPV); Citologia Cervical; Histopatologia.

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ALTERAÇÕES MORFOFISIOLÓGICAS NO NÚCLEO PUTÂMEN ASSOCIADAS


AO TRANSTORNO DEPRESSIVO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Miguel Ângelo Guedes Pereira, Rosana Christine Cavalcanti Ximenes, George do


Nascimento Santana, Sérgio Ricardo Rosário de França Filho, Elderson da Silva
Guedes, Weslley Álex da Silva Dionisio.

Autor correspondente: miguel.guedes@ufpe.br

INTRODUÇÃO: O putâmen, parte do corpo estriado, é um dos um dos núcleos da base


do telencéfalo envolvidos no processamento cognitivo, a exemplo do controle motor e
memória. Alterações na estrutura e na função deste núcleo foram observadas em
indivíduos com transtorno depressivo. OBJETIVOS: Descrever as alterações
morfofisiológicas no putâmen em indivíduos com transtorno depressivo. MÉTODO:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que utilizou os descritores “Putamen”,
“Depressive disorder”, “Morphology”, na base de dados Pubmed. Para seleção dos
artigos, os critérios de inclusão foram: artigos originais, publicados de 2017 até 2023
associados à temática, sem restrição de idiomas. Estudos realizados com outro tipo de
transtorno, que investigaram outras áreas cerebrais e não disponíveis para leitura na
íntegra, foram excluídos. RESULTADOS: Foram encontrados 84 artigos, sendo
selecionados 25 para leitura na íntegra. Dezessete artigos compuseram a amostra final do
estudo. De forma geral, indivíduos deprimidos apresentaram uma diminuição de tamanho
e ativação do núcleo putâmen, principalmente do lado esquerdo do teléncefalo. Além
disso, ocorreu uma maior ativação deste núcleo frente a estímulos negativos, quando
comparado a estímulos positivos. Visto que o putâmen participa do circuito córtico-
tálamo-estriatal que modula o sistema de recompensa e a sensação de prazer, tais
alterações podem explicar a menor capacidade de sentir prazer e de autossatisfação em
indivíduos com depressão. CONCLUSÃO: A literatura apontou alterações significativas
no núcelo putâmen associadas à depressão. Sendo assim, o putâmen é considerado um
importante alvo para investigações que buscam compreender a sintomatologia depressiva,
assim como os processos fisiopatológicos envolvidos.

Palavras-chaves: Putamen; Depressive disorder; Morphology.

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ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DERIVADAS DA SÍNDROME DO


ALCOOLISMO FETAL: UMA REVISÃO NARRATIVA

Maria Emanuelle da Silva, Suellen Cristina Barbosa de Amorim, Priscila Sales Arruda,
Nathalia Lucia da Silva, Irlen Lilianne de Souza Assis, Renata Emmanuele Assunção
Santos.

Autor correspondente: mariaemanuelle.silva@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A síndrome do alcoolismo fetal (SAF) consiste em um grave transtorno


do espectro de desordens fetais alcoólicas, gerado a partir do consumo materno de álcool
durante a gestação, ocasionando um quadro clínico com diversas manifestações no feto,
das quais as alterações morfológicas no desenvolvimento do sistema nervoso e formação
facial se destacam. O diagnóstico desta síndrome se dá, parcialmente, pela análise de
alterações morfológicas, o que torna seu conhecimento e estudo importantes para ajudar
o paciente a receber o tratamento adequado. OBJETIVO: Compreender, por meio de uma
revisão narrativa, os efeitos da síndrome alcoólica fetal no desenvolvimento morfológico
do feto. METODOLOGIA: Para as buscas na literatura foram utilizados os seguintes
descritores da saúde (DeCS): “fetal alcohol syndrome” e “morphology”. A pesquisa
bibliográfica foi feita nas bases de dados MEDLINE/PUBMED, LILACS e SCIELO.
foram encontrados 1902 artigos, nos quais foram aplicados os filtros para “textos
completos” e “publicações dos últimos 5 anos”, restando 213 artigos, que, por leitura de
títulos e de resumo, foram reduzidos a 16, buscando responder ao objetivo da pesquisa.
RESULTADOS: Dentre os resultados encontrados, observamos que há, em crianças
diagnosticadas com SAF, diferenças entre a distância do sulco nasal direito e esquerdo,
uma diminuição na profundidade do filtro, também conhecido como depressão infranasal,
e uma diferença maior entre medidas verticais métricas na face, quando comparadas a
crianças sem SAF, avaliadas por meio de análises 3D, assim como a identificação de
diminuições em sub-regiões do hipocampo em crianças por ressonância magnética. Há
algumas outras modificações menos significativas como alterações oftalmológicas (uma
maior prevalência de estrabismo e anormalidades no fundo do olho). CONCLUSÃO: Em
suma, conclui-se que a identificação das alterações morfológicas faciais encontradas em
pacientes com histórico de síndrome do alcoolismo fetal podem facilitar o diagnóstico
dos demais pacientes, o que auxilia o acesso ao tratamento.

Palavras-chaves: Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal; Doenças fetais.

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ALTERAÇÔES MORFOLÓGICAS NO CÉREBRO DE INDIVIDUOS COM


SINTOMAS DEPRESSIVOS

Suyhanne Jeronimo de Oliveira, Elderson da Silva Guedes, Sérgio Ricardo Rosário


França Filho, Weslley Álex da Silva Dionísio, Alisson Vinícius dos Santos, Rosana
Christine Cavalcanti Ximenes.

Autor correspondente: suyhanne.oliveira@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A depressão é um problema neurobiológico complexo, associado a


diversas anormalidades fisiológicas e cognitivas, caracterizada por mudanças de humor,
tristeza profunda, alteração no sono e vários outros sintomas, podendo ser observado
também um desequilíbrio nos neurotransmissores como serotonina, dopamina e
noradrenalina. Esses sintomas têm relação com alterações em diversas regiões do cérebro
que podem ser observadas através de exames de imagem sendo eles essenciais para o
diagnóstico de depressão proporcionando uma forma não invasiva de explorar as
correlações neurais do comportamento desses indivíduos. OBJETIVO: Esse estudo tem
como objetivo analisar as alterações morfológicas no cérebro de indivíduos com sintomas
depressivos. MÉTODO: Trata-se de um estudo do tipo qualitativo, onde foi realizada uma
revisão integrativa da literatura que contou com a análise de 21 artigos dos 704
encontrados em bases de dados, sendo elas a PubMed, Scielo, Lilacs, e em livros sobre a
seguinte temática. A pesquisa contou com descritores em português e em inglês:
depressive, depressão, morfologia, anatomia, neuroanatomy/ neuroanatomia,
cérebro/brain e hipocampo. Foram priorizados os artigos que falavam sobre a morfologia
do cérebro e suas alterações relacionadas a sintomas depressivos. RESULTADOS: Foram
observadas através de tomografias e ressonâncias, alterações nas regiões corticais e
subcorticais do cérebro, onde destaca-se o córtex orbitofrontal que apresentou diminuição
em sua substância cinzenta. O córtex cingulado anterior, principalmente a região do
cingulado subgenual apresentou redução de volume, enquanto os gânglios da base, o
hipocampo, o giro parahipocampal e a amígdala, apresentaram também volumes
subcorticais menores e volumes ventriculares maiores sendo responsáveis por causar
problemas no processamento correto das informações. CONCLUSÃO: Através de
imagens de exames neurológicos é possível observar alterações na morfologia e função
do cérebro de pessoas diagnosticadas com depressão, porém necessita-se de mais estudos
recentes relacionados a essa temática dando a importância necessária às diferenças
morfológicas do cérebro desses indivíduos.

Palavras-chaves: Depressão; Cérebro; Morfologia.

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ANÁLISE DA METODOLOGIA DE ENSINO DA DISCIPLINA DE ANATOMIA


HUMANA APLICADA NOS CURSOS DE MEDICINA DAS INSTITUIÇÕES DE
ENSINO SUPERIOR DE MACEIÓ/AL

Klivson Kauam Melo Santos, Natanael de Oliveira Silva, Fernando Wagner da Silva
Ramos, Diêgo Lucas Ramos e Silva.

Autor correspondente: klivsonmelo47@gmail.com

INTRODUÇÃO: Os estudos relacionados com a educação na anatomia encontram-se,


atualmente, bem direcionados na metodologia de ensino aplicada nesta disciplina.
Infelizmente, o ensino da anatomia encontra-se bastante crítico devido à redução do
acesso ao material cadavérico pelos departamentos de anatomia. Desta forma, torna-se
necessária a adoção de outros métodos de ensino que independem do uso cadavérico
durante as aulas de anatomia em muitas instituições de ensino superior. OBJETIVO: Este
trabalho buscou avaliar os métodos mais utilizados por docentes de anatomia em
instituições de ensino superior de Maceió/AL e a contribuição de cada um no processo de
ensino-aprendizagem dos acadêmicos da área da saúde. MÉTODOS: Os estudantes
responderam um questionário quantitativo e qualitativo com questões referentes aos
materiais utilizados durante aulas práticas no laboratório de anatomia, os métodos
teóricos e práticos utilizados durante uma avaliação didática, e a percepção do discente
sobre os métodos utilizados e a importância da anatomia humana em sua formação
profissional. RESULTADOS: O uso do livro atlas, prova escrita e rodadas em bancadas
foram os métodos que os estudantes referiram mais utilizar durante as aulas de anatomia.
CONCLUSÃO: Conclui-se que trabalhos que mensurem a satisfação dos estudantes de
medicina quanto ao uso de alguns métodos na disciplina de anatomia humana são
necessários. Comitê de Ética: Este trabalho foi aprovado no comitê de ética do Centro de
Estudos Superiores de Maceió – CESMAC sob o número do parecer 2.002.759.

Palavras-chaves: Anatomia; Educação; Medicina.

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ANÁLISE DE OSTEOPATOLOGIAS PRESENTE EM OSSADA HUMANA


CONTEMPORÂNEA

Carla Beatriz de Melo Pereira, Diego Cabral Lacerda, Izabella Maria Alves da Cruz,
Suyhanne Jeronimo de Oliveira, Tanaires Mirele de Lima Santos, Carolina Peixoto
Magalhães.

Autor correspondente: carla.beatriz@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A Antropologia Forense é responsável por definir, através de


esqueletos, a identificação pela estimativa do sexo, idade à morte, estatura, características
congênitas, afinidade populacional e também osteopatias. Desse modo, esse estudo
relacionou osteoartroses, osteoporoses e anquiloses presentes em uma ossada de uma
coleção contemporânea. OBJETIVO: Analisar osteopatologias presentes em ossada
humana contemporânea. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de caso observacional,
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (n° 35349220.8.0000.9227), que avaliou
estruturas ósseas de um esqueleto humano pertencente à coleção de ossos
contemporâneos do Laboratório de Identificação Humana e Osteologia Forense. A
avaliação morfoscópica ocorreu inicialmente no esqueleto axial, no sentido crânio caudal,
seguido pelo esqueleto apendicular. Foram avaliadas as peças ósseas, especialmente as
porções articulares de cada uma, para identificar osteoartroses, osteoporoses e anquiloses.
RESULTADOS: Indivíduo adulto, sexo masculino, 65 anos, causa mortis insufiência
cardíaca, apresenta osteopatologias descritas nas regiões do esqueleto axial e apendicular.
No viscerocrânio, especificamente na mandíbula, foi identificado artrose condilar. Na
articulação esternoclavicular direita foi encontrado anquilose. Há uma fusão do corpo do
esterno com o processo xifóide. As 5 vértebras lombares apresentaram artrose nas facetas
articulares superiores e inferiores. Foram encontradas elevações irregulares no ponto de
inserção do ligamento coracoclavicular em ambos os lados. Nos membros superiores,
foram identificados artrose em cabeça de úmero direita e osteoporose na cabeça do úmero
esquerdo. Já nos membros inferiores, foram vistos a nível de quadril, anquilose
sacroilíaca esquerda, artrose acetabular esquerda e direita. No fêmur direito observou-se
artrose trocantérica direita mais acentuada que a esquerda. CONCLUSÕES: O estudo
aponta que a ossada apresenta diversas osteopatologias que refletem a situação desse
indivíduo em vida. Dessa forma, podemos compreender que a avaliação antropológica
forense é uma ciência que agrega informações importantes ao perfil biológico e também
promove a identificação de ossadas desconhecidas ou não identificadas.

Palavras-chaves: Osteoporose; Osteopatologias; Osteoartrose.

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ANÁLISE DO DESEMPENHO E SATISFAÇÃO DA DISCIPLINA DE ANATOMIA


COM ATLAS 3D - REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Arthur Brito Ribeiro, Guylherme Oliveira Lima, Jussara Almeida de Oliveira Baggio.

Autor correspondente: arthur.ribeiro@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: O ensino da anatomia humana é fundamental para a formação de


profissionais da área da saúde. O uso do atlas 3D pode tornar o estudo de anatomia
humana mais satisfatório e, consequentemente, aprimorar o desempenho acadêmico dos
alunos. OBJETIVOS: Analisar o efeito do uso de atlas 3D no aprendizado de anatomia
humana. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistemática nas bases de dados
LILACS, MEDLINE e PubMed. Foram utilizados os descritores “three dimensional
atlas”, “anatomy” e “education” com o operador “and” entre eles, encontrando 157
artigos. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis integralmente e que possuíam
relação como tema deste trabalho, enquanto os critérios de exclusão foram revisões
sistemáticas e trabalhos com dados secundários. Após leitura de título e resumo, foram
selecionados 9artigos para revisão. RESULTADOS: 921 estudantes (50,19% sexo
feminino) de todos os anos da graduação de cursos da saúde (medicina, educação física,
enfermagem, odontologia, terapia ocupacional, fisioterapia, biomedicina), idade média
de 21,36 ± 2,99anos analisados. 7 artigos compararam o desempenho e satisfação dos
estudantes, enquanto 2 artigos analisaram apenas satisfação. No que diz respeito ao
desempenho, 3(42,86%) estudos relataram superioridade de desempenho do atlas 3D
quando comparado ao atlas 2D tradicional por meio de notas em testes realizados pelos
alunos, 3(42,86%) relataram equivalência nas pontuações e 1 (14,28%) indicou
inferioridade. Em relação à satisfação, os 9 artigos referiram uma experiência mais
favorável ao uso de atlas 3D que ao atlas 2D. 1 artigo relatou maior velocidade de
execução do teste com uso de atlas 3D. DISCUSSÃO: Necessitam-se mais estudos no
tema. Entretanto, o uso de atlas 3D mostra-se com grande potencial de tornar-se uma
ferramenta complementar no estudo da anatomia humana a fim de melhorar, de forma
lúdica e agradável, o desempenho dos estudantes.

Palavras-chaves: Anatomia; Atlas 3D; Aprendizado.

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ANGIOMIOLIPOMA RENAL GIGANTE: RELATO DE CASO ACHADO DE


FORMA INCIDENTAL EM CIRURGIA ELETIVA DE HISTERECTOMIA E
COLECISTECTOMIA

Aline Maria Matias dos Santos, Paulyana Fernandes Barbosa Quintino.

Autor correspondente: aline.matias@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: O angiomiolipoma é um tumor benigno, mais frequente no rim, que faz


parte dos tumores perivasculares de células epitelioides (PEComa) constituído por tecido
adiposo, vasos sanguíneos e células musculares lisas. Representa 1 a 3% dos tumores
renais, com maior frequencia em mulheres de meia idade. Geralmente possui tamanho
menor que 4 cm e é assintomático quando não ultrapassa essa medida. OBJETIVO:
Relatar um caso de angiomiolipoma renal gigante com 19,0 cm e destruição quase
completa do rim esquerdo. MÉTODO: Relato de um caso obtido a partir do prontuário e
laudo histopatológico do serviço de arquivo médico de um laboratório de Anatomia
Patológica de Alagoas. RESULTADOS: Paciente do sexo feminino, 40 anos, procedente
de Arapiraca-AL, foi submetida a ressecção de tumoração em topografia de rim esquerdo
diagnosticado durante o procedimento cirúrgico eletivo de histerectomia com
salpingectomia bilaterial e colecistectomia. Ao exame macroscópico, massa tumoral
pardo-amarelada, de aspecto gorduroso, pesou 1.220 g e mediu 19,0x13,0x10,0 cm. Aos
cortes, superficies amareladas e untuosas, com exígua área acastanhada na periferia. À
microscopia, neoplasia com predomínio de células com diferenciação adiposa,
vacuolização, neovascularização intensa e áreas de células fusiformes com diferenciação
muscular. Presença de focos periféricos de parênquima renal. O painel imuno-
histoquímico foi consistente com angiomiolipoma (neoplasia reagente para proteína S100
em células adiposas, com coexpressão de antígenos miogênicos, predominando AML, e
antígenos melanocíticos focalmente em células fusiformes e epitelioides, sem
imunoexpressão de antígenos ligados a sarcoma lipogênico CDK4 e MDM2).
CONCLUSÃO: O presente relato descreveu o achado de um angiomiolipoma renal
gigante, que embora apresentasse tamanho maior do que a maioria dos casos, foi
diagnosticado durante procedimento cirúrgico eletivo em outros órgãos abdominais.

Palavras-chaves: Angiomiolipoma; histopatológico; imuno-histoquímica.

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ANTROPOLOGIA FORENSE: UMA ANÁLISE DO DIMORFISMO SEXUAL


PELOS ACIDENTES ÓSSEOS DO CRÂNIO

Samara Kerolainny de Macena Oliveira, Maria Fernanda Gonçalves Lima, Évelly de


Oliveira Silva Mesquita, Gemerson Clemenson da Silva, Diego Cabral Lacerda,
Carolina Peixoto Magalhães.

Autor correspondente: samarakerolainny@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Antropologia Forense dedica seu conjunto de conhecimentos às


características específicas que individualizam o esqueleto, como idade, sexo, afinidade
populacional e estatura. Essa ciência é utilizada e explorada pela medicina legal em seu
trabalho na resolução de crimes. Na Antropologia Forense, uma das etapas primordiais
para execução do perfil antropológico do sujeito é a determinação do sexo do indivíduo.
Na diagnose sexual de ossadas, há um grau de preferência entre as peças do esqueleto, o
padrão ouro é a pelve óssea, seguida pelo crânio e pelos ossos longos. No crânio, é feita
uma análise morfoscópica, observando a robustez, angulação e saliência de alguns
acidentes ósseos que são de possível diagnose sexual. OBJETIVO: Analisar o dimorfismo
sexual utilizando acidentes ósseos do crânio em ossadas contemporâneas. MÉTODOS:
Foram inspecionados 103 crânios humanos, sendo 59 do sexo masculino e 44 do sexo
feminino da Coleção de Ossos Contemporâneos do Laboratório de Identificação Humana
e Osteologia Forense do Centro Acadêmico de Vitória, Brasil. Utilizou-se a tabela
adaptada de Vanrell (2009) para identificação do sexo. As análises ocorreram no antímero
esquerdo. Foram avaliados, levando em consideração a conservação dos acidentes:
Fronte, Glabela, Margem Supraorbital, Articulação Frontonasal, Apófises Mastóides,
Côndilo occipital e Linha do Arco Zigomático. RESULTADOS: Para o sexo masculino,
houve um percentual de acerto de 100% (N=59) e de 86,36% (N=38) para o sexo
feminino. CONCLUSÃO: A diagnose sexual utilizando acidentes ósseos do crânio pelo
método adaptado de Vanrell é válida para a amostra estudada. Identificar métodos que
sejam fidedignos e aplicáveis para traçar elementos do perfil biológico de ossadas é de
suma importância para reconhecimento de ossadas não identificadas, auxiliando na área
forense, desastres em massa e nas ações humanitárias.

Palavras-chaves: Antropologia Forense; dimorfismo sexual; crânio.

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ÁREAS ENCEFÁLICAS ENVOLVIDAS NA SÍNDROME DE PUSHER: REVISÃO


SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Giovanna Emanuelly Maurício Cardoso Ferro, Maria Anaysa Soares Santos, Jussara
Almeida de Oliveira Baggio.

Autor correspondente: giovanna.ferro@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Pusher (SP), também denominada de síndrome do


empurrador, pode ser definida como um distúrbio de controle postural que acomete
indivíduos com lesões encefálicas. OBJETIVO: Analisar quais as áreas encefálicas que
são afetadas na Síndrome de Pusher e sua relação com as manifestações clínicas dos
pacientes. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão sistemática utilizando os descritores
“Pusher Syndrome”, “Brain areas” e “Neuroimaging”, por meio das bases de dados:
PUBMED, LILACS, MEDLINE, SCIELO e EMBASE. As etapas operacionais foram
conduzidas da seguinte forma: Seleção de estudos; Extração da informação; Análise de
dados; Síntese dos estudos analisados. RESULTADOS: Foram encontrados 71 estudos
dos quais, após a verificação dos critérios de inclusão e exclusão, 26 permaneceram para
análise. Ao todo foram avaliados 156 pacientes diagnosticados com SP, os quais foram
examinados com ressonância magnética e tomografia computadorizada. Os principais
locais das lesões encefálicas foram: tálamo, ínsula, cápsula interna e a principal artéria
acometida foi a artéria cerebral média. Em um dos estudos analisados, observou-se que
80,6% dos pacientes avaliados possuíam dano no tálamo póstero-lateral, sendo esta a
característica mais frequente, além de 58,1% na ínsula. Foi averiguado também, em outro
estudo, que mais de 44% dos investigados apresentavam lesões na cápsula interna.
Ademais, estudos apontam que as principais manifestações clínicas da SP são negligência
espacial (32), afasia (59) e déficit sensitivo (22), além da hemiparesia. Por fim, essa
condição esteve mais associada a indivíduos com idade, geralmente, acima de 60 anos e
não foram observadas diferenças significativas entre os sexos. CONCLUSÃO: A SP é
uma condição relacionada com lesões em diferentes regiões encefálicas, tanto talâmicas,
quanto extratalâmicas, que estão envolvidas na orientação da vertical postural. Portanto,
torna-se importante o uso de neuroimagem para identificar a localidade, diagnosticar
rapidamente e auxiliar no melhor tratamento do paciente.

Palavras-chaves: Síndrome de Pusher; Áreas cerebrais; Neuroimagem.

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ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA ARTÉRIA ILÍACA COMUM DIREITA EM


RELAÇÃO A COMPREENSÃO DA VEIA ILÍACA COMUM ESQUERDA:
REVISÃO NARRATIVA

Ralmony de Alcantara Santos, Márcio Fernando Costa Medeiros.

Autor correspondente: ralmonydealcantara@gmail.com

INTRODUÇÃO: A síndrome de May-Thurner (SMT) é conhecida como a compressão


da veia ilíaca comum esquerda (VICE) entre a artéria ilíaca comum direita (AICD) e o
corpo das vértebras lombares pois ela estar associada à hipertensão venosa crônica
unilateral no membro inferior esquerdo (MIE). Contudo, essa variação apresenta de forma
assintomática na maioria dos casos, podendo causar uma morbidade grave em indivíduos
sintomáticos, mais frequentemente trombose venosa profunda e sequelas pós-
trombóticas. Desse modo, imaginamos que a avaliação clínica prévia poderá evitar
transtornos na drenagem venosa, e assim, reduzir os distúrbios nos pacientes.
OBJETIVO: Compreender as possíveis doenças associadas a SMT que conduz ao
paciente a prejuízos funcionais. METODOLOGIA: O processo de análise dos estudos por
meio de uma revisão narrativa sobre o tema considerando publicações que estivessem
contidas entre os períodos de 2013-2023, nos idiomas português e inglês, os quais foram
restaurados nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PubMed e
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As evidências científicas têm demonstrado que a
variação anatômica da AICD desencadeia enfermidades, como: trombose venoso
profunda, hipotensão venosa e linfedema. Pois, os pacientes com SMT possuem sérios
prejuízos na capacidade funcional vascular, e assim, adquirindo alterações irreversíveis
no sistema venoso. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, o para que o tratamento seja
eficaz dos pacientes com SMT será necessário o método para diagnóstico mais robusto
com intuito de realizar o procedimento endovascular, seguro e efetivo, e com isso, o
paciente ter uma melhor qualidade de vida.

Palavras-chaves: Síndrome de May-Thurner; Variação anatômica; Orientação.

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AVALIAÇÃO DO COLÁGENO EM LESÕES DE RATOS DIABÉTICOS


TRATADOS COM CELULOSE BACTERIANA E MELATONINA

Darlisson Rodrigues Duarte, Carla Patrícia Alves Barbosa, Glícia Maria de Oliveira,
Ismaela Maria Ferreira de Melo, Anderson Arnaldo da Silva, Jaiurte Gomes Martins da
Silva.

Autor correspondente: darlisson.duarte@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: A cicatrização é um processo natural do organismo que ocorre após


lesões na pele e tecidos subjacentes. O colágeno é uma proteína importante na formação
da cicatriz, pois ajuda a fornecer suporte estrutural e a fortalecer o tecido lesado. Na
condição diabética, esse processo cicatricial pode ser prejudicado, devido à diminuição
da circulação sanguínea e do comprometimento da produção de colágeno. OBJETIVO:
Avaliar o colágeno das feridas em ratos diabéticos tratados com celulose bacteriana e
melatonina. MÉTODOS: Foram utilizados 12 animais, divididos em 4 grupos, GC –
Ratos não diabéticos com lesões cutâneas; GDCC - Ratos diabéticos com lesões cutâneas
e tratados com cicatrizante comercial; GDCB - Ratos diabéticos com lesões cutâneas e
tratados com Celulose Bacteriana; GDMCB - Ratos diabéticos com lesões cutâneas e
tratados com Melatonina e Celulose Bacteriana. As lesões foram analisadas 14 dias após
a confirmação da diabetes. A quantificação de colágeno se deu pela coloração de
Tricrômico de Masson e o colágeno tipo I e III pela coloração de Picrosirius Red e
avaliadas através do software Image J®, o qual foram feitas marcações das cores através
de seleção dos pixels correspondentes em todas as imagens. Para o colágeno tipo I foram
marcados os pixels em cor vermelho e para o tipo III a cor verde. RESULTADOS:A
análise evidenciou marcação positiva em todos os grupos e aumento significativo nos
grupos GDCB e GDMCB. Em relação ao tipo de colágeno, observou-se maior
concentração de fibras colágenas tipo III nos grupos GC e GDCC, e maior concentração
de fibras colágenas de tipo I nos grupos GDCB e GDMCB. CONCLUSÃO: Conclui-se
que o tratamento com celulose bacteriana e melatonina, em condições diabéticas,
apresenta uma opção otimista como tratamento terapêutico para promover a cicatrização
de feridas em indivíduos com diabetes, tendo em vista o aumento do colágeno tipo I.

Palavras-chaves: Cicatrização; Colágeno; Diabetes Mellitus.

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COMPULSÃO ALIMENTAR, OBESIDADE E ALTERAÇÕES


NEUROANATÔMICAS

Sérgio Ricardo Rosário França Filho, Elderson da Silva Guedes, Wesley Álex da Silva
Dionísio, Alisson Vinícius dos Santos, Rosana Cristhine Cavalcanti Ximenes.

Autor correspondente: sergio.ricardof@ufpe.br

INTRODUÇÃO: O transtorno de compulsão alimentar (TCA), segundo o Manual


Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-5), se caracteriza pela ingestão de grandes
porções de alimentos em um curto período de tempo e constantemente, na ausência de
fome. O desenvolvimento de transtornos alimentares, especialmente o TCA, em
indivíduos obesos é um problema comum. A compulsão alimentar pode ocorrer em
pessoas com peso saudável, sendo mais comum em indivíduos obesos. Estudos indicam
que indivíduos obesos apresentam alterações relacionadas com a diminuição da atividade
de algumas regiões cerebrais. OBJETIVO: Verificar na literatura as possíveis alterações
neuroanatômicas e os seus impactos em indivíduos obesos com transtorno de compulsão
alimentar. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando
descritores em inglês e português, sendo eles Binge-Eating Disorder/Transtorno de
Compulsão Alimentar, Neuroanatomy/Neuroanatomia e Obesity/Obesidade, nas bases de
dados PubMed, Lilacs e Scielo. Foram selecionados artigos originais associados ao tema,
sem restrição de idiomas. RESULTADOS: Foram encontrados 54 artigos, sendo
selecionados 20 para leitura na íntegra. Foi possível identificar que as principais
alterações relatadas estão relacionadas principalmente a áreas responsáveis pelo controle
inibitório, como o lobo frontal, com função de dar suporte aos processos de
autorregulação. Redução nas atividades do lobo frontal, especificamente córtex pré-
frontal ventromedial e o giro frontal inferior. Essas alterações podem estar associadas a
comportamentos alimentares alterados, assim como o TCA. Além disso, foi encontrada
diminuição de recrutamento da ínsula, que compreende o córtex gustativo primário,
envolvida na decodificação de estímulos relacionados à saciedade, além de alterações nas
áreas temporais superior e média, bem como no giro occipital médio. CONCLUSÃO:
Através da literatura foi possível identificar que regiões do controle inibitório e associadas
à mediação da saciedade apresentam alterações, levando a um aumento da impulsividade
de ingestão alimentar, sendo um dos principais fatores para tornar o indivíduo obeso
suscetível ao desenvolvimento do TCA.

Palavras-chaves: transtorno de compulsão alimentar; obesidade; neuroanatomia.

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CONSTRUÇÃO DE MODELO DIDÁTICO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO-


APRENDIZAGEM EM NEUROANATOMIA

Eduarda Laryssa Moita Porto Silva, Lara Guedes Vanderlei, Janaína Kívia Alves Lima.

Autor correspondente: eduardalaryssal@gmail.com

INTRODUÇÃO: As metodologias ativas são importantes estratégias de ensino e


aprendizagem que propiciam ao aluno o desenvolvimento de habilidades tais como,
autonomia, criatividade, pensamento crítico, tornando-o agente ativo da sua formação. A
disciplina de Neuroanatomia para a psicologia, oferece a compreensão psicológica do
comportamento humano através do conhecimento do sistema nervoso, suas estruturas e
funções, e, nesta perspectiva, a confecção de materiais didáticos é apontada como uma
alternativa promissora para abordar o conteúdo de maneira mais interativa. OBJETIVO:
Confeccionar um modelo representacional dinâmico, dos planos e eixos anatômicos,
usando materiais de baixo custo foi a objetivo deste trabalho. MATERIAIS E
MÉTODOS: Para tal, foram utilizados, uma boneca de plástico cortada em metades
(inferior e superior, anterior e posterior, lateral direita e lateral esquerda), preenchida com
biscuit e colados pedaços de velcro em cada metade para a união e manuseio do modelo
de acordo com o plano a ser representado. Para retratar as estruturas interiores do corpo
de acordo com seus cortes, lâminas foram impressas, plastificadas e presas com velcro.
O suporte foi montado com um cano de pvc colado à uma tábua de madeira para sustentar
a boneca em pé, presa com elásticos. Já para explicar os eixos de rotação foram utilizados
pão e lápis, a fim de promover entendimento dos movimentos realizados de acordo com
cada eixo. RESULTADOS: O modelo foi apresentado a alunos do 3° período de
Psicologia e após a exposição do modelo para a turma, houve um retorno positivo quanto
à assimilação do conteúdo, incluindo alunos que apresentavam dificuldades no assunto.
CONCLUSÃO: Portanto, ao produzir um protótipo humano, foi possível a estimulação
da independência acadêmica, curiosidade, criatividade e domínio do conteúdo diante da
busca e entendimento, tal qual a segurança de dialogar e explicar o assunto para outros
colegas de turma.

Palavras-chaves: Cultura Maker; Metodologias Ativas; Psicologia.

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CONSTRUÇÃO DE MODELO DIDÁTICO DOS MÚSCULOS DO PERÍNEO E


ASSOALHO PÉLVICO SOBRE PELVE ÓSSEA SECA

Ana Darla da Silva Ferreira, Ana Vitória da Silva Ferreira, Izabele Moreira dos Santos,
Gemerson Clemenson Da Silva, Irlen Lilianne de Souza Assis, André Pukey Oliveira
Galvão.

Autor correspondente: anadarla.ferreira@ufpe.br

INTRODUÇÃO: Tanto a pelve quanto o períneo são estruturas que se inter-relacionam e


estão associadas aos ossos da pelve e as partes terminais da coluna vertebral. A pelve
menor estará relacionada às partes inferiores dos ossos do quadril, o sacro e cóccix. O
períneo é uma região em formato de losango que está posicionada inferiormente ao
assoalho pélvico, divido em trígono urogenital e trígono anal. Por fim, são estruturas
como o períneo e assoalho pélvico que quando estão fortes e flexíveis, reduzem o risco
de lacerações e outros traumas, como no parto. OBJETIVO: Construir um modelo
didático de biscuit sobre uma pelve seca com peças removíveis por auxílio de ímãs, dos
músculos do períneo e assoalho pélvico, do sistema genital feminino e masculino.
MÉTODOS: Para a construção do modelo didático, foi selecionado da Coleção de Ossos
Contemporâneos da Universidade Federal de Pernambuco, no período de março de 2023:
sacro, cóccix, quadril direito e esquerdo. Para articulação da pelve foi feito o ligamento
interósseo do quadril e a sínfise púbica, enquanto o sacro foi ligado ao cóccix com cola.
Os músculos fixados à pelve, foram: músculo coccígeo, obturador interno e iliococcígeo.
E os músculos pubococcígeo e puborretal removíveis por ímãs, assim também como o
espaço profundo do períneo e os músculos do períneo, que são: o bulboesponjoso e as
três porções do músculo esfíncter externo do ânus. RESULTADO: O modelo didático foi
desenvolvido, possibilitando a visualização dos músculos do períneo e assoalho pélvico,
desde os externos aos mais profundos, assegurando uma maior facilidade na compreensão
do assunto e qualidade de ensino. CONCLUSÃO: A construção do modelo didático
apresentado informa como a modelagem proporciona novas ferramentas didáticas para o
meio acadêmico. E como a riqueza de detalhes e possibilidades de visualizações
favorecem na formação de profissionais futuros.

Palavras-chaves: Períneo; Assoalho pélvico; Pelve.

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CONSTRUÇÃO DE MODELO DIDÁTICO PARA O CONHECIMENTO DA


ENDOMETRIOSE DESTINADO À POPULAÇÃO DEFICIENTE VISUAL

Izabele Moreira dos Santos, Ana Darla da Silva Ferreira, Irlen Lilianne de Souza Assis,
Paula Haranna dos Santos, Jefferson Araujo da Silva, André Pukey Oliveira Galvão.

Autor correspondente: izabelemoreiraoficial@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Segundo o IBGE cerca de 0,3% da população têm perda total da visão
e baixa visão com 3,2%. A acessibilidade ao conhecimento e a metodologia para estes
indivíduos é um desafio pela falta de materiais adequados e o alto custo, impactando no
entendimento dessa população e aumentando a dificuldade do ensino nos cursos de saúde,
desigualando a equidade entre os alunos. A endometriose, uma condição clínica com alta
frequência, e que apresenta amplas variedades anatômicas envolvidas, torna-se pertinente
à construção de um modelo voltado a esse público. OBJETIVO: Confeccionar peça
palpável em cores vibrantes, sobre a endometriose para a população deficiente visual,
como material pedagógico de baixo custo. METODOLOGIA: No Laboratório de
Identificação Humana e Osteologia Forense da UFPE-CAV durante o período de março
de 2023. Em placa de cake board foi realizado o decalque do sistema reprodutor feminino
com a presença da endometriose com inspiração em imagem colhida do site
artmedicina.com.br, medindo 30cm de altura e 35cm de largura. Utilizado biscuit tingido
em cores em espessura de 1,5cm preencheu cada parte do desenho de forma que as linhas
fossem substituídas por fissuras e sulcos para os detalhes, tudo feito manualmente.
RESULTADO: O material permite identificar e compreender as estruturas presentes do
sistema reprodutor feminino juntamente com as características da endometriose. Sendo
assim, um suporte na assimilação do conteúdo para os alunos com deficiência visual.
Além disso, o baixo custo financeiro permite que haja uma maior acessibilidade ao
material. CONCLUSÃO: A criação de material para o conhecimento desse grupo de
pessoas se faz necessário, pois, peças que facilitem o entendimento de doenças frequentes
na sociedade é uma forma de inclusão, bem como, as mesmas auxiliam na didática para
os cursos de saúde, igualando o nível de aprendizagem comparando-os com os indivíduos
que não possuem deficiência visual.

Palavras-chaves: Deficiência visual; modelo didático; endometriose.

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DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL E A SÍNDROME DE PIERRE ROBIN:


UMA REVISÃO DE LITERATURA

José Rafael dos Santos Silva, Mayara Dária Rodrigues Lima.

Autor correspondente: rafaeljosesantos4@gmail.com

INTRODUÇÃO: A síndrome de Pierre Robin é caracterizada por um conjunto de


anomalias do desenvolvimento craniofacial, sendo a tríade de características especificas
definida por micrognatia, palato fissurado e glossoptose. Com uma prevalência de 1:8500
nascidos vivos, a forma de herança é autossômica recessiva. Essa condição congênita
ocorre ao nível do arco braquial, pelo qual os pacientes acometidos desenvolvem
problemas respiratórios e digestivos desde o nascimento. OBJETIVOS: Retratar as
alterações morfológicas do desenvolvimento crânio facial em pacientes portadores da
síndrome de Pierre Robin. MÉTODOS: Revisão de literatura pela base de dados
acadêmicos SciELO, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e também bibliografia clássica
sobre anatomia de cabeça e pescoço. RESULTADO: Foi constatado que a etiologia da
SPR estaria relacionada a causas multifatoriais e diretamente a genética, tendo em vista
sua caracterização como doença congênita com forma de herança autossômica recessiva.
A sequência de anomalias ligadas a essa síndrome é uma tríade composta por uma
anomalia primária, que seria a micrognatia (mandíbula inferior anormalmente menor que
o normal), e duas secundárias, a glossoptose (retroposicionamento anormal da língua)
acompanhada por fissura palatina. A condição de deslocamento posterior da língua pode
causar obstrução da via aérea, já a micrognatia dificulta o correto desenvolvimento da
sucção, o que afeta diretamente a nutrição do portador dessa síndrome, assim como a
fenda palatina provoca dificuldades funcionais na deglutição. Devido a essas alterações
no sistema estomatognático, lactentes com SPR frequentemente necessitam de intubação
nasofaríngea e sonda alimentadora. O tratamento multidisciplinar deve ser pautado,
geralmente, são necessárias múltiplas cirurgias para corrigir as estruturas afetadas e
permitir o desenvolvimento das funções estomatognáticas na infância. CONCLUSÃO:
Com a análise do desenvolvimento morfológico da SPR é possível identificar suas
anomalias comuns e fomentar um diagnóstico e tratamento mais adequado, visando
sempre a melhoria da qualidade de vida do portador.

Palavras-chaves: Desenvolvimento craniofacial; síndromes; doença congênita.

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DESENVOLVIMENTO DE MODELO ANATÔMICO DIDÁTICO DOS MÚSCULOS


MASTIGATÓRIOS

Rayssa Gabriela Evaristo Correia de Melo, Sandrelly Mirely da Silva Santos, Maria
Luiza Silva Afonso Barbosa, Ana Beatriz da Silva Carneiro, Ana Darla da Silva
Ferreira, Lisiane dos Santos Oliveira.

Autor correspondente: rayssa.correia@ufpe.br

INTRODUÇÃO: Os músculos mastigatórios são um grupo de quatro músculos estriados


esqueléticos, formado pelos Músculos masseter, temporal, pterigóideo lateral e
pterigóideo medial. Estão localizados no crânio, fixados na mandíbula e articulados pela
articulação temporomandibular, separados de acordo com suas respectivas funções de
protrusão, retração, depressão e elevação. Desempenham tais funções, a fim de promover
a mastigação e trituração dos alimentos, auxiliando no processo de nutrição do indivíduo.
O modelo didático desenvolvido, servirá de objeto de ensino-aprendizagem, a fim de
incentivar e facilitar o mesmo. OBJETIVO: Desenvolver um modelo anatômico didático
dos músculos mastigatórios. MÉTODOS: A peça foi desenvolvida em ossada humana,
disponibilizada pelo Laboratório de Identificação Humana e Osteologia Forense da
Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória. O crânio e uma
mandíbula foram articulados, e para promover os movimentos de depressão e elevação,
músculos sintéticos foram desenvolvidos com biscuit e elásticos em diferentes tons, para
promover uma fácil compreensão e demonstrar os movimentos realizados por eles. Os
tendões, feitos em biscuit, foram fixados no crânio e o corpo muscular confeccionados
em elástico para que seja possível a mobilidade deste. RESULTADOS: Com o modelo
anatômico didático desenvolvido, é possível observar uma melhora significativa na
prática do ensino, uma vez que ficou possível demonstrar de forma clara suas origens e
inserções, bem como o desempenho de sua função no ato da mastigação e trituração. A
peça é uma forma dinâmica de transmitir o assunto para os alunos, além de excelente
objeto de estudo para os mesmos. CONCLUSÃO: O modelo anatômico didático dos
músculos mastigatórios desempenha a função esperada com êxito e contribui para o
ensino da anatomia de forma clara e didática.

Palavras-chaves: Músculos mastigatórios; Modelos anatômicos; Mastigação.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

ISSN: 2177-0719

DESENVOLVIMENTO DE MODELO DIDÁTICO SOBRE OS SEGMENTOS


HEPÁTICOS

Maria Luiza Silva Afonso Barbosa, Rayssa Gabriela Evaristo Correia de Melo,
Sandrelly Mirely da Silva Santos, Ana Darla da Silva Ferreira, Lisiane dos Santos
Oliveira.

Autor correspondente: luiza.afonso@ufpe.br

INTRODUÇÃO: O fígado é um dos órgãos acessórios do sistema digestório, com


importantes funções, como a produção da bile e o armazenamento e metabolização de
diversas substâncias essenciais à sobrevivência. Os segmentos do fígado são regiões
autônomas que apresentam vascularização, drenagem biliar e venosa próprias, tais
características possibilitam segmentectomias e é por esse motivo que seu estudo é tão
importante. OBJETIVOS: Apresentar um modelo didático que facilite o processo de
aprendizagem sobre o tema. Métodos: A peça foi projetada para que sua escala e peso se
aproximassem ao máximo ao órgão real de um adulto. A priori, cada segmento foi
estruturado e moldada em papel alumínio, logo após revestidos com massa de biscuit. O
modelo didático foi desenvolvido para que fosse desmontado e montado de acordo com
a necessidade dos discentes, todos os segmentos foram unidos através de pequenos ímãs.
A vascularização e os canais de drenagem, por sua vez, foram estruturados com fios
metálicos, para que tivessem a maleabilidade necessária e, assim como os segmentos,
foram revestidos por biscuit e unidos por ímãs. Resultados: A partir da peça construída,
observou-se uma melhora na compreensão dos alunos acerca do tema segmentos
hepáticos. Tal efeito foi possibilitado através da interação com a peça didática.
Conclusão: Conclui-se então que o modelo realiza o que foi proposto, servindo como
excelente peça didática e auxiliando os discentes na sua compreensão acerca do tema.

Palavras-chaves: Segmentos hepáticos; modelo didático.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

ISSN: 2177-0719

DIMORFISMO SEXUAL ATRAVÉS DA MEDIÇÃO DA CABEÇA DO ÚMERO

Paula Haranna dos Santos, Izabele Moreira dos Santos, Ewerton Felipe de Araújo Silva,
Diego Lacerda Cabral.

Autor correspondente: paula.haranna@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A estimativa de sexo é geralmente o primeiro passo na análise


osteológica forense, uma das etapas mais críticas na criação de perfis de cadáveres não
identificados. A ossada humana é o material mais resistente do corpo, capaz de registrar
muitos episódios da vida, no momento da morte e após a morte. Ossos como pélvis e
crânio oferecem uma taxa de precisão alta, há casos onde não podem ser encontrados ou
usados em um contexto forense. Gerando assim uma necessidade de métodos alternativos
para estimar o sexo, os ossos longos como o úmero, são frequentemente bem preservados
em casos forenses e mais fáceis de definir metricamente, tornando-os um material ósseo
confiável para a avaliação do sexo. OBJETIVO: Utilizar a medida transversal da cabeça
do úmero para a determinação do sexo. MÉTODOS: O estudo foi aprovado pelo Comitê
de Ética em pesquisa, sob o número 35349220.8.0000.9227, os dados foram coletados
através da análise morfométrica transversal da cabeça do úmero, com o uso do paquímetro
digital. Foram utilizadas ossadas do Laboratório de Identificação Humana e Osteologia
Forense UFPE/CAV, totalizando 100 ossadas de sexo conhecido, das quais 35 foram
excluídas em razão do úmero danificado onde não é possível definir as delimitações
transversais, sendo incluídas 65 ossadas. RESULTADOS: Mediante a análise
morfométrica os resultados encontrados evidenciam que 55% (n=35) foram femininos,
45% (n=30) foram masculinos, fazendo um comparativo com as informações existentes
sobre o sexo das ossadas previamente conhecido, a taxa de acerto foi de 95,39%.
CONCLUSÃO: O estudo foi essencial para assegurar a eficiência do dimorfismo sexual
através do diâmetro da cabeça do úmero.

Palavras-chaves: Osteologia forense; Úmero; dimorfismo sexual.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

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EFEITOS DO TREINAMENTO MUSICAL PRECOCE EM CÉREBROS DE


PIANISTAS

Aline Ananias de Lima, Plinio Gladstone Duarte, Sandra Lopes de Sousa, Levi Guedes,
Leonilson Oliveira Silva, Rosana Cristhine Cavalcanti Ximenes.

Autor correspondente: alineananias.al@gmail.com

INTRODUÇÃO: O treinamento musical (TM) desenvolve habilidades motoras finas,


coordenação bimanual, integração áudio-motora e processos cognitivos. O TM extensivo
durante a infância impacta no desenvolvimento cortical. Devido à alta demanda de
destreza bimanual, os pianistas são um grupo potencial para o estudo das alterações
corticais. OBJETIVOS: Identificar e analisar estudos sobre modificações no cérebro de
pianistas submetidos ao treinamento musical precoce. MÉTODO: Trata-se de uma
revisão integrativa com estudos publicados até 2023, sem restrição de idioma. As bases
de dados utilizadas foram: PubMed, Scientific Electronic Library Online e Science
Direct, utilizando os descritores Cerebrum, Music, Neuronal Plasticity, Neurosciences e
Pianist, com o conectivo AND (Mesh). Os artigos selecionados foram submetidos a
análise interpretativa direcionada à pergunta condutora. Foram incluídos estudos
epidemiológicos (transversais, caso controle, coorte e ensaio clínico) e excluídas as cartas
ao editor, estudos de caso, revisões da literatura e experimentos em animais, além de
trabalhos que divergissem da temática proposta. RESULTADOS: Comparados aos não
músicos, os pianistas apresentavam maior volume cortical em áreas relacionadas à
aprendizagem (hipocampo), controle e processamento sensório-motor (putâmen e
tálamo), sistema de recompensa e processamento emocional (amídala), e processamento
auditivo e de linguagem (córtex temporal superior esquerdo). Semelhantemente,
mostraram menor volume cortical em áreas de controle sensório-motor (giro pós-central),
processamento de estímulos musicais (córtex temporal superior direito) e que o
relacionam à leitura de partitura (giro supra-marginal). Entre os pianistas, observou-se
relação significante do putâmen e a idade de início do TM e também, maior eficiência
cerebral e na performance musical dos começaram antes dos 7 anos. CONCLUSÃO: O
TM intenso modifica áreas sensório-motoras e melhora a discriminação auditiva e
sincronização motora. O TM precoce favorece o aumento das modificações corticais. Isso
pode ser útil na educação, aumentando as horas de TM nas instituições ou usando a
música como ferramenta de aprendizagem na infância.

Palavras-chaves: Treinamento Musical; Pianista; Cérebro.

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ELABORAÇÃO DE ATLAS VÍDEO-MICROGRÁFICO PARA ESTUDO DA


HISTOLOGIA POR ESTUDANTES DO CURSO MÉDICO DA UFAL/ARAPIRACA
NO ENSINO DE HISTOLOGIA

William Correia da Silva Filho, Antonio da Costa Neto, Weskley Pereira Lima,
Manuella Marla Melo Monteiro, Sabrina Pyetra Souza e Silva, Rafael Danyllo da Silva
Miguel.

Autor correspondente: william.filho@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: A Histologia é a área da Biologia que estuda a estrutura, a organização


e a função dos tecidos biológicos, bem como as células que os constituem, sendo de suma
importância para a compreensão da anatomia e fisiologia dos seres vivos. Nesse contexto,
ao enfatizar o organismo humano, para que haja uma maior compreensão e maiores
experiências pedagógicas por parte dos estudantes sobre a temática, é fundamental contar
com um atlas digital que funcione como uma ferramenta didática interdisciplinar,
preenchendo as lacunas possíveis na estruturação educacional e nos consolidados atlas
existentes. Assim, o objetivo deste trabalho foi disponibilizar um portal online contendo
vídeos de lâminas histológicas com textos descritivos de forma gratuita, a princípio para
os estudantes do curso médico do Complexo de Ciências Médicas e Enfermagem do
campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (CCME/UFAL). MÉTODOS:
Para captura Das vídeo-micrografias, utilizou-se um microscópio trinocular acoplado
com câmera digital da marca Opticam®, modelo O400S. As lâminas histológicas
filmadas foram produzidas pela Lumen® e compradas pelo curso médico da UFAL,
integrando o acervo do Laboratório de Microscopia do CCME/UFAL. Após a obtenção
dos vídeos os mesmos foram editados para inserir textos explicativos sobre as estruturas
filmadas. RESUTADOS: No total, elaborou-se 230 vídeo-micrografias, as quais foram
disponibilizados aos discentes do curso médico através do Google Drive®. Os vídeos
podem ser acessados para estudo a qualquer momento, servindo como uma ferramenta
adicional para os estudos. CONCLUSÃO: Este trabalho elaborou um atlas em vídeo das
lâminas histológicas disponíveis no CCME, sendo o único tipo de atlas nestes termos
disponível aos estudantes de medicina da UFAL/Arapiraca sem custo. Como perspectivas
futuras, espera-se disponibilizar este recursos à estudantes de enfermagem, educação
física e ciências biológicas do campus¸ além de avaliar sua aplicabilidade prática como
ferramental didática alternativa.

Palavras-chaves: Histologia; Atlas em vídeo; Lâminas histológicas; Ensino em


Histologia.

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EROSÃO DENTÁRIA EM ADOLESCENTES COM RISCO DE BULIMIA


NERVOSA

Leonilson Oliveira Silva, Mykaelly Sales Alves de Sousa, Tatyana Felix de Souza,
Saulo Lôbo Chateaubriand do Nascimento, Niedje Siqueira de Lima, Rosana Christine
Cavalcanti Ximenes.

Autor correspondente: leonilson.oliveira@ufpe.br

INTRODUÇÃO: Os dentes possuem tecidos duros mineralizados, incluindo a dentina,


esmalte e cemento, além do tecido mole, a polpa. A dentina é revestida pelo esmalte na
coroa e pelo cemento na raiz. O esmalte, sendo o tecido mais externo, está propenso ao
desgaste por diversos fatores, incluindo a erosão dental relacionada à Bulimia Nervosa
(BN), um transtorno alimentar que envolve episódios recorrentes de compulsão alimentar,
seguidos por comportamentos compensatórios inadequados purgativos. OBJETIVO:
Determinar possíveis associações entre erosão dentária e o risco de BN em adolescentes.
MÉTODOS: Trata se de um estudo transversal analítico, em uma amostra de 336
adolescentes. Foi utilizado o Teste de Avaliação Bulímica de Edinburgh BITE para
identificação do risco de BN; um questionário sobre hábitos alimentares para fornecer
informações dietéticas e o desgaste dentário foi avaliado pelo TWI (Tooth Wear Index)
em um exame clínico odontológico. Um examinador treinado e calibrado realizou as
avaliações (Kappa = 0,95, IC 95% 0,92 a 0,98). Para avaliação das características
socioeconômicas da amostra foi utilizado o Critério de Classificação Econômica Brasil
(CCEB). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPE (CAEE:
34589814.0.0000.5208). RESULTADOS: Os exames odontológicos revelaram que 194
adolescentes (57,7%) apresentaram erosão dentária. O percentual de erosão dentária foi
mais elevado na faixa etária de 10 a 12 anos (68%), no sexo masculino (58,3%) e maior
proporção naqueles com risco de BN (65,5%). Participantes que consumiam refrigerantes
mais de uma vez por semana apresentaram alto percentual de erosão (69,7%),
especialmente aqueles com risco de BN. CONCLUSÃO: Foi observada uma alta
prevalência de erosão dentária e forte associação com risco de BN, principalmente em
adolescentes mais jovens (10 a 12 anos), além de associação positiva entre desgaste
erosivo e frequência de consumo de refrigerantes nesse grupo.

Palavras-chaves: Bulimia Nervosa (BN); Erosão dentária; Adolescentes.

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ESTUDO DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS INTERLIGADAS A SÍNDROME DE


PRIMROSE: RELATO DE CASO

Rayan Mateus Moraes do Nascimento, George do Nascimento Santana, Ana Beatriz da


Silva Carneiro, Bianca Maria Mendes da Silva, Sandrelly Mirely da Silva Santos,
Carolina Peixoto Magalhães.

Autor correspondente: rayan.mateus@ufpe.br

INTRODUÇÃO: Síndrome de primrose é uma condição autossômica dominante causada


por variantes heterozigóticas no gene ZBTB20. Acarretando deficiência intelectual,
propriedades faciais atípicas, anormalidades do corpo caloso e autismo. Observa-se perda
auditiva neurossensorial, hipotonia, macrocefalia, problemas comportamentais, dislexia,
diabetes resistente à insulina e perda de massa muscular distal. Os distúrbios diabéticos
são causados pela desregulação do ZBTB20 que controla o metabolismo energético.
OBJETIVO: Objetivou-se descrever a evolução das manifestações anatômicas da
Síndrome de Primrose por meio de relato de caso de um paciente adulto do município de
Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife, diagnosticado com
Síndrome de Primrose desde 2016. METODOLOGIA: Será realizada uma análise dos
exames médicos pré-existentes do paciente, além de exames físicos e registro na forma
de fotografia do mesmo. Também serão realizadas entrevistas com o próprio voluntário,
bem como com seus familiares, seguindo as diretrizes do TCLE. Relato de caso: Paciente
(F.A.N.), sexo masculino, brasileiro, 30 anos de idade, diagnosticado com Síndrome de
Primrose aos 26 anos. O referido paciente apresenta características adicionais aquelas
relatadas na literatura como a calcificações ectópicas e anormalidades musculares e
esqueléticas singulares, com dificuldades de movimento principalmente nas mãos. Além
de apresentar um histórico de desmaios e diminuição peso corporal. CONCLUSÃO:
Observou-se que a Síndrome de Primrose é certamente um distúrbio genético raro
relacionado a mutação autossômica e por isso não se sabe a causa da mesma. Além de ser
pouco conhecido na literatura médica por ter sua descrição publicada apenas 5 vezes
desde 1984. Estudos que descrevam as características anatômicas e fisiológicas da
referida síndrome são necessários para ajudar no diagnóstico precoce, incidência e
tratamento, fornecendo uma melhor definição e entendimento desta condição.

Palavras-chaves: Síndrome de primrose; ZBTB20; Variação anatômica.

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ESTUDO MORFOMÉTRICO DA LOCALIZAÇÃO DO FORAME MANDIBULAR


CONSIDERANDO MARCOS ANATÔMICOS DE REFERÊNCIA DO RAMO DA
MANDÍBULA: CONTRIBUIÇÃO ANATÔMICA PARA O BLOQUEIO DO NERVO
ALVEOLAR INFERIOR

Taianne Aída Joia Malta, João Argel Candido da Silva, Hugo José Batista Pinheiro,
Lucas Brito Meira, Marcílio Ferreira de Paiva Filho, Olavo Barbosa de Oliveira Neto.

Autor correspondente: maltataianne@gmail.com

INTRODUÇÃO: O forame mandibular (FM) é a entrada para o canal mandibular,


localizado na metade superior da face medial do ramo da mandíbula. Ele é atravessado
pelo feixe vásculonervoso alveolar inferior, representando pelo nervo e pelos vasos
alveolares inferiores. Devido à sua importância clínica para a realização do bloqueio do
nervo alveolar inferior, torna-se necessário conhecer sua distância para marcos
anatômicos de referência. OBJETIVO: Analisar morfometricamente a localização do FM
em relação a marcos anatômicos mandibulares. MÉTODO: Trata-se de um estudo
observacional transversal realizado com 12 mandíbulas humanas secas pertencentes ao
Setor de Anatomia do ICBS-UFAL, medidas com paquímetro digital de 150mm (MTX,
Guarulhos – SP, Brasil). Os dados coletados foram alocados no software Microsoft Excel
versão 2016. Foi realizada análise estatística para comparação entre os antímeros (nível
de significância 5%, intervalo de confiança de 95%). RESULTADOS: Para a FM-A, a
média do lado direito foi de 16.00 mm (+/-2.43) e 16.41 mm (+/-2.43) no lado esquerdo.
Em FM-B, a média do lado direito foi de 12.31 mm (+/-2.48) e 11.38 (+/-2.20) para o
lado esquerdo. Em FM-C a mediana do lado direito foi de 21.12mm (máximo= 35.11mm
e mínimo=17.91mm) e do lado esquerdo a mediana foi de 21.40mm (máximo = 33.80mm
e mínimo=16.88mm). Em FM-D, a média lado direito foi de 25.66 mm (+/-2.97) e 26.08
(+/-2.92) para o lado esquerdo. Para distância D-E a média foi de 37.26 mm (+/-4.94)
para o lado direito e 36.38 (+/-4.72). Houve significância estatística (p<0,05) para as
distâncias de FM para o ponto B (p=0,0027) e para a distância entre os pontos D e E
(p=0,0070). CONCLUSÃO: O cirurgião-dentista deve estar ciente de que pode haver
assimetrias mandibulares quando às variáveis FM-B e D-E, sendo estas medidas menos
previsíveis do que as demais, as quais mostraram-se estatisticamente simétricas.

Palavras-chaves: Forame Mandibular; Nervo Alveolar Inferior; Anesteia.

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ESTUDO TOPOGRÁFICO E BIOMÉTRICO DOS RAMOS DO NERVO ULNAR


PARA O MÚSCULO TRICEPS BRAQUIAL

Laiza Helena Santos de Oliveira, Michael Pereira de Barros, Tássio Gabriel Sampaio
Freire, Natanael de Oliveira Silva, Diêgo Lucas Ramos e Silva.

Autor correspondente: laizaaoliveira7@gmail.com

INTRODUÇÃO: O nervo ulnar é um ramo terminal do fascículo medial do plexo braquial


e inerva alguns músculos do antebraço, principalmente o músculo flexor ulnar do carpo,
porção medial do flexor profundo dos dedos, músculos da região hipotenar, os interósseos
da mão e o adutor do polegar. A maioria dos autores considera que junto com o mediano
não emite ramos para o braço. Estudos relataram a inervação da cabeça medial do
músculo tríceps braquial, localizado na face posterior do braço. OBJETIVO: Este estudo
tem por objetivo identificar a possível presença de ramos do nervo ulnar nas cabeças do
músculo tríceps braquial. MÉTODOS: Foram utilizados os membros superiores de 30
cadáveres de brasileiros adultos, de ambos os sexos, com idade estimada entre 25 e 80
anos. Todos os casos estudados tiveram os nervos e seus ramos quantificados, medidos
com paquímetro mecânico manual, bem como fotografados. Os dados colhidos foram
registrados em fichas individuais. RESULTADOS: Foram encontrados ramos do nervo
ulnar para as três cabeças do músculo tríceps braquial, sendo 1 ramo (9,1%) para a cabeça
lateral, 2 ramos (18,1%) para a cabeça longa e 8 ramos (72,7%) para a cabeça medial. O
comprimento dos ramos variou entre 1,1cm e 8,1cm, com uma média de 3,72cm e desvio
padrão de 2,57cm. CONCLUSÃO: Conclui-se que, a contribuição de ramos do nervo
ulnar para o músculo tríceps braquial constitui variação anatômica que pode ocorrer em
cerca de 10% dos casos.

Palavras-chaves: Nervo ulnar; Tríceps braquial; Inervação.

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FATORES ASSOCIADOS AO BRUXISMO EM ADOLESCENTES

Mykaelly Sales Alves de Sousa, Leonilson Oliveira Silva, Bruno Padilha Souza Leão
Siqueira Campos, Niedje Siqueira de Lima, Saulo Lobo Chateaubriand do Nascimento,
Rosana Cristhine Cavalcanti Ximenes.

Autor correspondente: mykaelly.sales@ufpe.br

INTRODUÇÃO: O bruxismo é uma manifestação clínica decorrente de uma atividade


repetitiva dos músculos temporais, masseteres, pterigóideos mediais e laterais,
classificados como agrupamento mastigatório; caracterizado pelo ato de apertar e ranger
dos dentes, além do deslize por lateralização e protrusão da mandíbula, havendo
alterações morfológicas e anatômicas devido a esses atos e por consequência, ocorrendo
possíveis fraturas, aumento da sensibilidade e desgaste dentário, além dos danos às fibras
musculares e tecidos circundantes, dentre outros sintomas. OBJETIVO: Investigar as
associações entre o bruxismo e os fatores biossociais, tal qual a qualidade de sono,
estresse, ansiedade e depressão em adolescentes. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo transversal, realizado com uma amostra de 240 adolescentes de ambos os sexos,
em escolas estaduais do Recife - PE. A avaliação foi feita por meio de exame físico para
bruxismo, utilizando os parâmetros do Consenso Internacional, seguida dos questionários
de Qualidade de Sono de Pittsburgh; Inventário de Ansiedade Traço e Estado (IDATE);
Escala de Percepção (PSS-10); e Inventário de Depressão Infantil (CDI). Este estudo foi
aprovado pelo comitê de ética da UFPE (CAAE 73693317.8.0000.5208).
RESULTADOS: Houve prevalência dos indivíduos do sexo feminino (57,5%) e do
bruxismo em vigília (37,5%). Nos sinais e sintomas houve 18,3% de cansaço/dor na face;
15% apresentaram sintomas depressivos. O percentual do bruxismo aumentou conforme
o estresse, sendo grau severo (53,6%), além da associação com o cansaço na face (61.4%)
e da cefaléia temporal (46%). CONCLUSÃO: Não foi identificada associação
significativa entre o bruxismo e as variáveis de ansiedade e qualidade de sono, todavia,
obteve associação nas variáveis de depressão e estresse, além de sintomas de cansaço nos
músculos da face e cefaléia secundária temporal.

Palavras-chaves: Bruxismo; Adolescentes; Estresse.

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HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO FERRAMENTA LÚDICO-DIDÁTICA


PARA O ENSINO DA ANATOMIA

Sandrelly Mirely da Silva Santos, Rayan Mateus Morais do Nascimento, Rayssa


Gabriela Evaristo Correia de Melo, Maria Luiza Silva Afonso Barbosa, Ana Beatriz da
Silva Carneiro, Lisiane dos Santos Oliveira.

Autor correspondente: sandrelly.santos@ufpe.br

INTRODUÇÃO: As Histórias em Quadrinhos (HQs) caracterizam-se por uma


combinação dinâmica de imagens e textos que, atribuídas de um caráter lúdico, se dispõe
como uma ferramenta promissora no processo de ensino-aprendizagem. A utilização de
metodologias alternativas, como as HQs, têm demonstrado grande potencial para o ensino
da anatomia, aperfeiçoando a prática docente e facilitando o entendimento pelos
discentes. Dentre os assuntos abordados na disciplina, a História da Anatomia tem sido,
muitas vezes, negligenciada, visto a demanda de conteúdo e curta carga horária
disponibilizada. No entanto, é evidente sua importância no dinamismo e entendimento
etiológico da ciência anatômica. OBJETIVO: Demonstrar o potencial da História em
Quadrinhos como ferramenta lúdico-didática para o ensino da anatomia. MÉTODOS: Foi
realizada uma revisão da literatura nas plataformas de buscas PUBMED, BVS e
Periódicos CAPES, utilizando o cruzamento dos descritores “Anatomia“ e ‘História’, em
inglês, português e espanhol. Após o levantamento e análise do referencial teórico, foi
elaborado o roteiro das HQs e, posteriormente, realizou-se a construção dos rascunhos e
finalização dos desenhos no aplicativo Autodesk Sketchbook, utilizando um smartphone
e uma caneta touch. RESULTADOS: Contrariando a perspectiva imutável de uma
educação tradicional e já bem posicionada como instrumento didático, as HQs mostram-
se como uma alternativa eficaz para o ensino da anatomia, proporcionando uma
aprendizagem atrativa e prazerosa. A abordagem semiótica, unindo símbolo e texto em
uma estrutura indissociável, transforma as HQs em instrumentos perfeitos para uma
representação integral de um cenário, algo essencial para a anatomia, onde, em livros, a
escrita é ineficiente sem uma representação gráfica. Da mesma forma, a narrativa sobre a
História da Anatomia ganha uma sagacidade idônea, proporcionada pela eficácia da
mensagem transmitida pelos quadrinhos. CONCLUSÃO: A História em quadrinhos
demonstra considerável potencial como ferramenta didática no processo de ensino-
aprendizagem da anatomia.

Palavras-chaves: Anatomia; História em quadrinhos; Ensino-aprendizagem.

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MALFORMAÇÃO RENAL CONGÊNITA DE DUPLICAÇÃO DE SISTEMA


PIELOCALICIAL COMPLETA EM PACIENTE DE 64 ANOS: RELATO DE CASO

Marina Sampaio De Araújo, Paulyana Fernandes Barbosa Quintino.

Autor correspondente: marina.araujo@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: O sistema coletor renal desenvolve-se de um único botão ureteral que


surge de um ducto mesonéfrico (de Wolff) que migra ao encontro do metanefro. Acredita-
se que anormalidades nas vias de sinalização podem resultar em uma variedade de
malformações, incluindo o surgimento de dois brotos uretéricos e subsequente duplicação
do sistema pielocalicial (DSPC), com uma incidência de 0,7% a 4% em adultos. Infecções
do trato urinário (ITUs) são frequentes nos pacientes com DSPC, e exames de imagem
são úteis no diagnóstico da malformação. OBJETIVOS: Relatar um caso de DSPC
completa em paciente sem diagnóstico da malformação anteriormente ao exame
anatomopatológico. MÉTODO: Relato de um caso obtido a partir do prontuário e laudo
histopatológico do serviço de arquivo médico de um laboratório de Anatomia Patológica
de Alagoas. RESULTADO: Paciente do sexo masculino, 64 anos, procedente de Penedo-
AL, com história de perda de nefrostomia prévia à esquerda há 48h. Foi submetido à
nefrectomia esquerda após tentativas de reposição da nefrostomia, sem débito adequado.
Ao exame macroscópico, rim com superfíce enegrecida, com fibrina, pesando 220g,
medindo 11,5x7,5x5,0 cm. Aos cortes, encontra-se sistema pielo-calicial duplicado, com
duas pelves que se estendem para formação de dois ureteres. Solução de continuidade da
nefrostomia em pelve da porção inferior renal. Parênquima renal pálido com perda da
delimitação córtico-medular. À microscopia, pielonefrite crônica, agudizada, com
esteatonecrose e processo inflamatório crônico, agudizado em uroepitélio de pelves e
ureteres. CONCLUSÃO: Malformações anatômicas congênitas renais devem ser
incluídas no diagnóstico diferencial de produtos de nefrectomia de adultos sendo o exame
macroscópico essencial.

Palavras-chaves: Malformação; duplicação pielocalicial.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

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MARCADORES ESQUELÉTICOS DO ESCORBUTO: EVIDÊNCIAS DA


ESCASSEZ DE VITAMINA C EM UMA POPULAÇÃO OSTEOLÓGICA
CONTEMPORÂNEA.

Suellen Cristina Barbosa de Amorim, Irlen Lilianne de Souza Assis, Maria Emanuelle
da Silva, Priscila Sales Arruda, Tanaires Mirele de Lima Santos, Ewerton Felipe de
Araújo Silva.

Autor correspondente: suellencris353@gmail.com

INTRODUÇÃO: O conhecimento dos hábitos alimentares é de extrema importância na


Osteologia Forense, sendo determinante na avaliação da relação do homem com o meio.
A vitamina C é um micronutriente fundamental para o metabolismo humano, por fornecer
contribuições ao funcionamento do corpo, favorecendo a robustez e a compacidade dos
ossos. Entretanto, manifestações ósseas do escorbuto, como lesões de hiperporosidade,
são amplamente descritas na literatura, sendo um exemplo de como sua deficiência pode
impactar na vida das pessoas. OBJETIVO: Investigar os impactos da deficiência de ácido
ascórbico em uma coleção osteológica, mediante a presença de lesões esqueléticas por
hipovitaminose como um bom índice para avaliar carências nutricionais.
METODOLOGIA: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa, sob o
número 35349220.8.0000.9227; trata-se de uma pesquisa analítica, quantitativa e
transversal. Os dados foram coletados por análise observacional macroscópica no
Laboratório de Identificação Humana e Osteologia Forense, da Universidade Federal de
Pernambuco. Foram incluídas apenas ossadas compostas por crânio, e contendo, no
mínimo, 2 das 7 áreas estabelecidas para observação. Assim, foram analisadas 206
ossadas, das quais 109 foram excluídas segundo os critérios de exclusão, enquanto 97
foram incluídas. RESULTADOS: Mediante a análise observacional dos crânios, os
resultados evidenciam a área de maior prevalência sendo a superfície do palato, com 39
presenças (40,2%), 50 ausências (51,5%) e 8 de impossível visualização (8,2%).
Enquanto a asa maior do osso esfenóide como a região craniana com menor prevalência
de lesões de hiperporosidade, sendo 89 ausências (91,7%), 5 presenças (5,2%) e 2 áreas
que impossibilitam a visualização (2,1%). CONCLUSÃO: Conclui-se que a vitamina C
impactou significativamente as ossadas analisadas, o que oferece um contributo para a
reconstrução das condições de vida dos indivíduos após a morte, fornecendo informações
sobre sua saúde e seus hábitos alimentares.

Palavras-chaves: Ácido ascórbico; Osteologia; Escorbuto.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

ISSN: 2177-0719

MÁS-FORMAÇÕES DE ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA FACE DA


SÍNDROME DE TREACHER COLLINS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Isabella Maria da Silva Guruba, Pedro Henrique Nobre Silva, Ana Carla Reis Branco da
Silva, Jacqueline Silva Brito Lima.

Autor correspondente: isabellamariaguruba@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Treacher Collins (STC), uma condição hereditária, é


capaz de ocasionar deformidades físicas na face e na cabeça, assim como perda auditiva.
Estudos mostram que ela está relacionada a um defeito genético no quinto cromossomo,
o qual afeta o desenvolvimento facial. Os pacientes apresentam características faciais
atípicas, a citar hipoplasia da região malar, hipoplasia de mandíbula, ausência parcial ou
completa dos cílios nas pálpebras inferiores, malformação dos pavilhões auriculares e
fenda palatina. OBJETIVOS: Analisar as manifestações da Síndrome de Treacher Collins
na anatomia facial. MÉTODOS: O presente estudo é uma revisão de literatura, realizada
por meio de busca bibliográfica, para levantar artigos sobre o tema proposto. Os artigos
foram consultados nas bases de dados: PUBMED, SCIELO, CAPES e Google Scholar.
Os descritores foram: 'Síndrome de Treacher Collins” ‘’Malformação’’ e ‘’Anatomia’’.
As buscas foram realizadas sem delimitação de tempo e idioma. RESULTADOS: Neste
artigo de revisão foram incluídos estudos observacionais e transversais. Para Bhatia S et
al (1996), o esqueleto craniofacial de portadores da STC apresenta-se com anormalidades
na mandíbula, maxila, zigomático, órbitas, ouvidos e base do crânio. A distorção existente
na sínfise mentoniana contribui para a deficiência mandibular e para o aumento da altura
inferior da face. O ângulo mentoniano pode encontrar-se maior que o padrão. Desse
modo, em pacientes portadores de STC, a mandíbula é retrognática, a articulação
temporomandibular encontra-se deslocada anteriormente, e a mandíbula é menor que a
maxila. CONCLUSÃO: O que se conclui nesta investigação é a necessidade de futuros
estudos para consolidação das informações referentes à anatomia e embriologia de
pacientes acometidos pela Síndrome.

Palavras-chaves: Síndrome de Treacher Collins; Morfologia; Anatomia.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

ISSN: 2177-0719

NEUROGAMES, UMA FERRAMENTA PARA O ENSINO DE NEUROANATOMIA


HUMANA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Tatyana Felix de Souza, Mykaelly Sales Alves de Sousa, Aline Ananias de Lima,
George do Nascimento Santana, Elayne Cristina de Oliveira Ribeiro, Rosana Christine
Cavalcanti Ximenes.

Autor correspondente: tatyanasoouza@gmail.com

INTRODUÇÃO: O estudo do sistema nervoso é desafiador, pois além da complexidade


e densidade do tema, a visualização das estruturas anatômicas é rica em detalhes. A
utilização de metodologias ativas de ensino, como jogos didáticos, são ferramentas
essenciais para potencializar a aprendizagem sobre a neuroanatomia. O neurogames é um
exemplo de recursos que auxiliam a formação de habilidades fundamentais, como a
autonomia, o trabalho em grupo e a criatividade. OBJETIVO: Relatar a experiência
vivenciada no neurogames, como atividade complementar no período pandêmico e pós-
pandêmico. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O período de realização dos neurogames
online foi de 2020.2 a 2021.1, ministrada nos cursos de saúde do Centro Acadêmico de
Vitória da Universidade Federal de Pernambuco, enquanto os períodos presenciais
analisados foram de 2021.2 a 2022.2. Ambos foram realizados após as aulas do sistema.
Os alunos foram previamente divididos em equipes. Foram elaboradas 40 questões sobre
assuntos ministrados nas aulas de neuroanatomia para compor o banco de questões do
“quiz”. Os monitores auxiliaram os alunos na construção de paródias apresentadas no
formato de vídeo sobre o sistema nervoso e confeccionaram uma apresentação em
powerpoint com design inspirado no “show do milhão” (programas de competição da TV
aberta), utilizando de recursos de sonoplastia e animações contendo as perguntas. Houve
também a divisão das questões para compor o “Neuroquiz”, cujo conteúdo da disciplina
era associado às artes visuais, música e esporte. CONCLUSÃO: O neurogames
demonstrou ser uma ferramenta essencial para criação de vínculo entre professores e
alunos no ambiente virtual e presencial, refletindo no bom desempenho dos discentes
durante a atividade e nas avaliações da neuroanatomia.

Palavras-chaves: Neurogames; Neuroanatomia.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

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O NÓDULO DE SCHMORL COMO FATOR INDIVIDUALIZANTE EM OSSADAS


HUMANAS

Deyse Laís da Silva, Larissa Ellen Pereira Vieira, Eduarda Taína da Silva Mendonça,
Laís Maria da Silva santana, Ewerton Felipe de Araújo Silva, André Pukey Oliveira
Galvão.

Autor correspondente: deyse.lais@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A antropologia e a osteologia forense trabalham para construir um perfil


biológico (o sexo, a idade aproximada, a ancestralidade e a estatura) quando cadáveres
esqueletizados são encontrados sem nenhuma identificação. Porém, no Brasil, são
utilizados modelos e técnicas antropológicas estrangeiras que são padronizadas conforme
o perfil predominante de cada continente, e portanto, não determina de forma precisa
alguns dos componentes que constroem um perfil da biotipologia da população brasileira.
Dessa forma, as alterações patológicas ósseas causadas por eventos antemortem, se
estiverem presentes no cadáver, podem ser características individualizantes e se
comparados a informações prévias, contribuem no processo de identificação humana.
Portanto, o presente estudo analisa dentre as osteopatologias, o nódulo de Schmorl (NS),
que trata-se de uma herniação que acontece no núcleo pulposo do disco intervertebral,
acometendo o corpo vertebral, caracterizando um defeito arredondado ou também em
forma de rim. OBJETIVO: Analisar a prevalência do nódulo de Schmorl entre os sexos
em coleção osteológica contemporânea. METODOLOGIA: A pesquisa em questão tem
caráter quantitativo transversal e foi realizada no Laboratório de Identificação Humana e
Osteologia Forense, no Centro Acadêmico de Vitória e no Laboratório de Antropologia
e Osteologia Forense, no Recife. Foi analisada a presença do Nódulo de Schmorl nas
vértebras torácicas (T1-T12) em ambos os sexos, presentes nas coleções osteológicas
supracitadas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob numeração
CAAE: 61345322.8.0000.5208. RESULTADOS: Foram identificadas 24 ossadas
acometidas pelo nódulo de Schmorl, sendo a maior prevalência no sexo masculino com
valor de 58,33%, contra 41,67% femininas. CONCLUSÃO: A partir dos resultados
obtidos, pode-se identificar maior prevalência masculina, demonstrando que as
osteopatologias podem ser ferramentas precisas na determinação do sexo. A identificação
humana é um direito social, logo, patologias como o NS, podem ser vistas como parte do
processo de identificação.

Palavras-chaves: Antropologia forense; Vértebras Torácicas; Osteopatologia.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

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OCORRÊNCIA DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS NA PRIMEIRA VÉRTEBRA


CERVICAL C1

Gemerson Clemenson da Silva, Évelly de Oliveira Silva Mesquita, Samara Kerolainny


de Macena Oliveira, Ana Darla da Silva Ferreira, Diego Cabral Lacerda, Carolina
Peixoto Magalhães.

Autor correspondente: gemerson.clemenson@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A primeira vértebra cervical, atlas (C1), revela conformação


tridimensionais complexas, e possui grande importância devido às estruturas
neurovasculares que passam por ela ou ao seu redor, como a medula espinhal, e as artérias
vertebrais. O arco posterior pode conter o forame posterolateral, uma variante anatômica
da primeira vértebra cervical que consiste em um canal ósseo completo ou parcial sobre
o sulco da artéria vertebral. Essas variações anatômicas podem causar o
comprometimento do segmento V3 da artéria vertebral e ocasionar insuficiência
vertebrobasilar, acidentes vasculares cerebrais e complicações na inserção cirúrgica do
parafuso de massa lateral C1. OBJETIVO: Avaliar a ocorrência das variações anatômicas
da primeira vértebra cervical em ossadas humanas. METOLOGIA: Utilizando ossadas do
Laboratório de Identificação Humana e Osteologia Forense UFPE/CAV, foram
analisadas 91 vértebras C1 íntegras, 50 do sexo masculino e 41 do sexo feminino. As
vértebras cervicais foram classificadas na frequência do aparecimento do forame
posterolateral e do sulco retrotransverso em ausente, presente unilateral esquerdo ou
direito e presente bilateral. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa, sob
o número 35349220.80000.9227. RESULTADOS: A análise das 91 vértebras cervicais
revelou a frequência do forame posterolateral e do sulco retrotransverso nas ossadas
masculinas, ausente N=18 (36,00%); presente direita N=4 (8,00%); presente esquerda
N=6 (12,00%); presente bilateral N=22 (44,00%). Nas ossadas femininas, ausente N=27
(65,85%); presente direita N=2 (4,87%); presente esquerda N=1 (2,43%); presente
bilateral N=11 (26,82%). O estudo confirmou as diferenças morfológicas do atlas e sua
relação com o segmento V3 da artéria vertebral e estruturas neurovasculares.
CONCLUSÃO: As coleções osteológicas são importantes para identificação de ossadas
humanas e as análises das variações anatômicas são consideráveis para neurocirurgia,
evitando ou reduzindo complicações como lesões vasculares e medulares.

Palavras-chaves: Vértebra cervical; Atlas; Variações anatômicas.

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PESSOAS DE PELE NEGRA E SUA REPRESENTATIVIDADE EM


ILUSTRAÇÕES ANATÔMICAS

Letícia Henrique Leite da Silva, Pedro Bezerra de Oliveira Neto, Guilherme Noia
Barros, Lilian Florentino da Silva Nascimento, José Emerson Xavier, Eloiza Lopes de
Lira Tanabe.

Autor correspondente: leticiahlsilva@gmail.com

INTRODUÇÃO: Estudos relatam a representação do homem branco nos livros de


anatomia como uma padronização do corpo humano em virtude das antigas discussões
sobre a simetria e hierarquia anatômica frente a moral do homem caucasiano. No entanto,
estudos mostram a importância na representatividade étnico-racial, inclusive no ambiente
acadêmico e as consequências do racismo estrutural na conduta dos profissionais de
saúde. OBJETIVO: Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho foi realizar um
levantamento de ilustrações de pessoas de pele negra em livros de anatomia humana. Para
isto, foram analisadas as figuras de 9 livros-texto e atlas de anatomia físicos e digitais, e
observados os quesitos: presença de ilustrações e fotos; a presença de ilustrações e fotos
por capítulo ou seção; e sexo do indivíduo representado. RESULTADOS: Através da
pesquisa foi possível verificar que 3 dos 9 livros não tinham sequer uma imagem de
pessoa de pele negra. Além disso, houve a prevalência de ilustrações de homens negros,
enquanto as mulheres foram observadas em apenas 4 destes, sendo representadas em
poucos capítulos. Destaca-se também que apenas um livro trouxe a representação de uma
gestante negra. Outro ponto que merece atenção é a ausência de ilustrações de pele negra
na abordagem de Sistema Tegumentar, visto que este trata da pele e com isto suas
diferentes colorações. CONCLUSÃO: Sendo assim, é notório que há a prevalência de
corpos brancos e especialmente do sexo masculino, sendo as mulheres negras as menos
representadas. Diante do exposto, é necessário que seja discutido sobre como o corpo
humano está sendo ilustrado e com isto contribui e impacta na representatividade étnico-
racial e dissociar a branquidade normativa de hierarquia anatômica.

Palavras-chaves: Representatividade étnico-racial; Figuras anatômicas; Ensino em


Anatomia.

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PRESENÇA DO FORAME EMISSÁRIO ESFENOIDAL [DE VESÁLIUS] EM UM


CRÂNIO HUMANO: UM RELATO DE CASO

Gysllaynne Araujo dos Santos, Manoel Pedro de Farias Candido Neto, Philippe Oliveira
Lima, Maria Danyelle Farias de Oliveira, Rafael Danyllo da Silva Miguel, José
Emerson Xavier.

Autor correspondente: gysllaynnevalentim@gmail.com

INTRODUÇÃO: O forame emissário esfenoidal, conhecido pelo epônimo forame de


Vesálius, é uma pequena abertura no osso esfenoide que dá passagem a uma pequena veia
emissária, a qual comunica o seio cavernoso com o plexo venoso pterigóideo.
OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo relatar um caso de forame emissário
esfenoidal em um crânio humano. MÉTODOS: O crânio utilizado pertence ao
Laboratório de Anatomia da Universidade Federal de Alagoas, campus Arapiraca. A
idade, o sexo e a etnia deste crânio não são conhecidas. Para descrição morfológica foi
investigado a localização e as comunicações deste forame. Já para as descrições
morfométrica, foi utilizado um paquímetro manual de precisão 0,05mm. RESULTADOS:
O forame emissário esfenoidal estava presente bilateralmente no crânio. Externamente,
ele estava situado anteriormente ao forame oval e na base do processo pterigóideo. No
antímero esquerdo, ele distava aproximadamente 1,7 cm da abertura externa do canal
carotico, e no antímero direito 1,9 cm. Em relação ao arco zigomático, ele se situava a
aproximadamente 3,61 cm medial no antímero esquerdo e 3,63 cm no antímero direito,
distando 4,0 cm entre eles. Internamente, ele se abriu na fossa média do crânio, ântero-
medialmente ao forame oval e posteriormente ao forame redondo. CONCLUSÃO: Este
estudo demonstrou um caso de forame emissário esfenoidal de formato irregular e
presença bilateral em um crânio humano. O reconhecimento deste forame é importante
pelo fato de que a veia emissária que o atravessa proporciona um meio de disseminação
de infecções da região extracraniana para a região intracraniana.

Palavras-chaves: Variação anatômica; Forame emissário esfenoidal; Anatomia Humana.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

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PREVALÊNCIA DA VÉRTEBRA DE TRANSIÇÃO LOMBOSSACRAL EM


COLEÇÕES OSTEOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS

Bianca Maria Mendes da Silva, Ellen Karine de Araujo, Ewerton Fylipe de Araújo
Silva, Maria Bárbara Romão de Santana Silva, Rayan Mateus Moraes do Nascimento,
Carolina Peixoto Magalhães.

Autor correspondente: biancamariiia@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A coluna vertebral, parte subcranial do esqueleto axial, é uma área vital
do corpo humano devido a sua estrutura diferenciada e especializada para favorecer o
desempenho de suas funções. Existe uma anomalia congênita no nível vertebral L5-S1,
denominada vértebra de transição lombossacral (VTLS), caracterizada por seu processo
transverso alargado, que pode estar ou não fusionado ao sacro. OBJETIVO: Analisar a
prevalência da vértebra de transição lombossacral em coleções osteológicas
contemporâneas. MÉTODOS: Estudo descritivo, quantitativo e transversal, realizado nos
laboratórios de Identificação Humana e Osteologia Forense e de Antropologia e
Osteologia Forense da Universidade Federal de Pernambuco. Incluiu-se ossadas que
apresentavam as regiões torácica e lombar da coluna vertebral completas, de população
adulta de ambos os sexos. As colunas aptas a análise, foram examinadas para a
identificação da VTLS e classificadas de acordo com os subtipos de Castellvi descrito em
1984. Os dados foram submetidos a uma análise estatística para averiguar correlações
com o sexo. O estudo encontra-se aprovado pelo comitê de ética em pesquisa.
RESULTADOS: Ao comparar a presença e ausência da VTLS com o sexo nas 131
colunas vertebrais analisadas, houve correlação entre os dados, comprovada
estatisticamente (p= 0,038) através do teste qui-quadrado de Pearson, observando maior
frequência de colunas do sexo masculino (22,1%) do que do sexo feminino (6,8%). As
colunas com VTLS foram separadas em quatro subgrupos de acordo com a classificação
de Castellvi e conforme a tabulação dos dados, foi realizado o teste exato de Fisher, não
observando correlação significativa com o sexo. CONCLUSÃO: Diante a escassez de
estudos sobre a VTLS, o debate sobre sua identificação, prevalência e fisiopatologia
continua. Entretanto, destaca-se sua importância para área clínica, pela necessidade do
diagnóstico prévio a qualquer intervenção cirúrgica na coluna vertebral e para a
antropologia forense, por sua contribuição no processo de caracterização de ossadas
humanas.

Palavras-chaves: Antropologia Forense; Coluna vertebral; Região lombossacral.

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PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ARTÉRIAS CEREBRAIS MAIS ACOMETIDAS


PELO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO E CLASSIFICAÇÃO DA
TOPOGRAFIA DAS LESÕES.

George do Nascimento Santana, Ana Dolores Firmino Santos do Nascimento, Rosana


Cristhine Cavalcanti Ximenes, Nathália Alves da Silva, José Emerson Xavier, Vanessa
Cristina Fragoso Cassiano Alencar.

Autor correspondente: georgesantana110@gmail.com

INTRODUÇÃO: O Acidente vascular encefálico (AVE) é caracterizado por uma abrupta


interrupção do fluxo sanguíneo cerebral, causando lesões focais e déficits neurológicos.
Sendo uma das principais causas de morte e incapacidade em todo mundo, observa-se a
necessidade em saber quais principais artérias são acometidas pelo AVE, visando maior
agilidade no diagnóstico e tratamento adequado. OBJETIVO: O estudo em questão teve
por finalidade identificar quais das principais artérias que suprem o sistema nervoso
central são mais acometidas pelo AVE e, classificar a topografia da lesão em: território
anterior (carotídeo) e posterior (vertebrobasilar). METODOLOGIA: Trata-se, de um
estudo observacional, do tipo transversal, de caráter analítico, baseado na análise dos
prontuários de 700 pacientes com diagnóstico de AVE, admitidos em um hospital de
referência, durante o período de março a julho de 2020. Quanto aos meios de investigação
e diagnóstico para a avaliação e determinação de quais artérias foram acometidas, foi
utilizado a tomografia computadorizada de crânio sem contraste em 96,9% dos casos e a
ressonância magnética combinada com angioressonância em 3,1% dos pacientes.
Trabalho aprovado pelo comitê de ética. RESULTADOS: Em relação a topografia do
AVE, houve predomínio das lesões na circulação carotídea, correspondendo a 76,1%,
circulação vertebrobasilar, responsável por 22,2% e 1,6 % ocorreram em mais de um
território arterial. De acordo com o exame de neuroimagem, localizamos o território
correspondente das artérias cerebrais em 314 pacientes e foi identificado que a principal
artéria acometida foi a cerebral média (ACM), em 67,1% dos casos, seguida de artéria
cerebral posterior/cerebelar (16,5%), carótidas internas 6,6%, vertebrais em 3,5% e tanto
artéria cerebral anterior quanto a basilar corresponderam a 2,2%. CONCLUSÃO: Após
análise dos dados verificou-se que artéria cerebral média foi o principal vaso acometido
pelo AVE, a qual é pertencente a circulação carotídea, que topograficamente foi o
território arterial mais atingido.

Palavras-chaves: Acidente vascular encefálico; etiologia; classificação; subtipos;


epidemiologia.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

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PREVALÊNCIA DE ESPINHA BÍFIDA OCULTA SACRAL EM UMA COLEÇÃO


OSTEOLÓGICA CONTEMPORÂNEA

Izabella Maria Alves da Cruz, Anthony Thompson Almeida Da Mota, Carla Beatriz de
Melo Pereira, Tanaires Mirele de Lima Santos, Diego Cabral Lacerda, Carolina Peixoto
Magalhães.

Autor correspondente: izabellaalves41@gmail.com

INTRODUÇÃO: A antropologia forense é a ciência responsável por devolver a


identidade de um indivíduo, podendo ser utilizada na resolução de crimes. Possui como
foco, a identificação do sexo, afinidade populacional, estatura e idade à morte. Sabendo
disso, as osteopatologias também são recursos utilizados a favor deste processo,
fornecendo informações valiosas de ossadas humanas. O foco foi a Espinha Bífida Oculta
Sacral (EBOS). Definida como uma má-formação congênita, que caracteriza-se como
uma falha na união dos arcos vertebrais, ocasionado pelo fechamento inadequado ou
ineficiente do tubo neural embrionário. OBJETIVO: Avaliar a prevalência da EBOS em
uma coleção osteológica contemporânea. MÉTODO: Pesquisa observacional, descritivo,
quantitativo e transversal, foram selecionados 75 ossadas do Laboratório de Identificação
Humana e Osteologia Forense do Centro Acadêmico de Vitória, que apresentavam o sacro
completo, para a avaliação da prevalência da EBOS, aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa (n° 35349220.8.0000.9227). A EBOS foi classificada em graus, de acordo com
as vértebras afetadas. Grau I para imperfeição das lâminas do processo espinhosos, grau
II para aquelas com apenas uma vértebra com o fechamento inadequado, grau IIII, IV, V
e VI para os apresentam respectivamente duas, três, quatro e cinco vértebras com o
mesmo defeito. Os sacros que apresentaram alto índice de desgaste foram excluídos da
amostra. RESULTADOS: Mediante análise, foram vistos 86,6% dos casos em homens.
Quanto à classificação em graus, o grau II obteve maior frequência (73,33%), seguido do
grau VI (13,33%), sendo os graus III e I (6,66%) os de menor frequência. Não foram
identificadas ossadas que apresentassem os graus IV e V. CONCLUSÃO: Os ossos
guardam informações relevantes sobre a vida do indivíduo, mesmo após sua morte. Foi
possível perceber a importância da caracterização das osteopatologias e sua relação com
a antropologia forense na identificação de ossadas humanas durante o delineamento do
perfil biológico.

Palavras-chaves: Antropologia forense; Espinha bífida oculta sacral; Defeitos do tubo


neural.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

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PREVALÊNCIA DE LESÕES EM COSTELAS HUMANAS EM UMA COLEÇÃO


OSTEOLÓGICA CONTEMPORÂNEA

Anna Georgina Porto Gomes, Diego Cabral Lacerda, Evelly De Oliveira Silva
Mesquita, Gabriela de Moura Rodrigues, Suyhanne Jeronimo de Oliveira, Carolina
Peixoto Magalhães.

Autor correspondente: anna.georgina@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A antropologia é caracterizada como o estudo do indivíduo abrangendo


suas práticas sociais de linguagem e comunicação, a partir de seus aspectos físicos e
biológicos. A mesma, é nomeada de antropologia forense quando refere-se a atuação para
se obter informações sobre o indivíduo em seu estado de óbito, e interesse da justiça.
OBJETIVO: Identificar a prevalência de lesões em costelas de uma coleção osteológica
contemporânea. MÉTODO: Trata-se de uma análise quantitativa, onde foram observados
141 ossadas no Laboratório de Identificação Humana de Osteologia Forense do Centro
Acadêmico de Vitória. Aprovado pelo Comitê de Ética nº 55287722.4.0000.5208. Entre
as quais 21 possuíam fraturas nas costelas. Foram classificadas, quanto ao período,
natureza da lesão, localização e quantidade de lesões. Cada costela foi identificada de
acordo com o sexo, lateralidade (direita e esquerda) e dividida em 3 terço para localizar
a fratura e, dessa forma, verificar a posição exata da lesão. Foi levado em consideração o
período da lesão: ante-mortem, peri-mortem e post-mortem. RESULTADOS: Foram
identificadas 13 ossadas masculinas e 8 femininas, totalizando 21 ossadas que
apresentaram 81 fraturas nas costelas. Dessas, 5 costelas possuem duas fraturas em cada.
Entre as fraturas encontradas, 58 foram ante-mortem, 21 peri-mortem e 2 post-mortem,
sendo 41 fraturas em costelas direitas e 40 em esquerdas, das quais 12 lesões foram
encontradas no 1° terço, 32 no 2° terço e 37 no 3° terço. CONCLUSÃO: A maior parte
das fraturas foram observadas em indivíduos do sexo masculino, decorrentes de lesão
peri-mortem. Provavelmente pelo fato dos indivíduos do sexo masculinos estarem mais
expostos à acidentes e lesões contusa e contundentes. Assim, a adequada interpretação
das lesões pode auxiliar na identificação da localização do impacto, estabelecendo a
sequência de golpes, bem como, determinar as características do objeto que causou a
lesão.

Palavras-chaves: Antropologia forense; Costelas; Fraturas.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

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RECURSO INOVADOR NO ENSINO DA ANATOMIA: MODELO DIDÁTICO DA


DISTRIBUIÇÃO TRIGEMINAL ASSOCIADO A UMA PLATAFORMA DIGITAL

Irlen Lilianne de Souza Assis, Ana Darla da Silva Ferreira, Izabele Moreira dos Santos,
Suellen Cristina Barbosa de Amorim, Diego Cabral Lacerda, Carolina Peixoto
Magalhães.

Autor correspondente: irlen.lilianne@ufpe.br

INTRODUÇÃO: O ensino da anatomia baseia-se em livros, cadáveres, aulas teóricas e


práticas, entretanto, esses recursos têm limitações, como a dificuldade da observação do
trajeto dos nervos em peças cadavéricas. O estudo exclusivo em livros torna ainda
maiores os desafios de aprendizagem, uma vez que a anatomia é uma disciplina palpável
e tridimensional. Tais dificuldades se evidenciam no estudo do nervo trigêmeo (NT),
devido ao seu extenso território de inervação. Dessa forma, a criação de um modelo
didático da distribuição trigeminal, com a combinação de um recurso digital para a
identificação dos ramos e sub ramos do NT é a inovação no ensino da
anatomia.OBJETIVO: Construir um modelo didático, associado a um recurso digital
referente a origem e distribuição do nervo trigêmeo. MÉTODOS: Foi elaborado um
modelo didático utilizando um crânio humano para montagem da inervação do NT. O
crânio foi seccionado parassagital e transversalmente para visualização do tronco
encefálico e origem do gânglio trigeminal. Todas as estruturas implantadas no crânio,
referentes a origem e distribuição trigeminal foram confeccionadas, utilizando massa de
biscuit, em três tons de amarelo. Além dessas estruturas, também foram confeccionados
dentes, tronco encefálico, globo ocular, glândula lacrimal, nervo óptico, músculo
masseter e pterigóideo medial. Para uma melhor caracterização da peça. Em seguida,
foram tiradas fotografias para a elaboração do recurso digital, com acesso ao QR code.
RESULTADOS: O uso do modelo permite atrair a atenção dos alunos por ser colorido,
tridimensional e palpável, além de facilitar a aprendizagem pelo uso de metodologias
ativas, como o recurso digital. Espera-se, ainda, que após a aplicação na sala de aula seja
possível mensurar a sua eficiência. CONCLUSÃO: A construção de um modelo didático
para facilitar o estudo do nervo trigêmeo permite a inovação no ensino da anatomia, sendo
capaz de superar os desafios vivenciados por alunos e professores.

Palavras-chaves: Anatomia; Sistema nervoso; Nervo Trigêmeo.

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2024, Anais do I Congresso Arapiraquense de Morfologia

ISSN: 2177-0719

REGIÕES NEURAIS SOMATOSSENSORIAIS ASSOCIADO A SINESTESIA


ESPELHO-TOQUE

Ana Andrielle de Souza do Nascimento, Maria Bárbara Romão de Santana Silva,


Lisiane dos Santos Oliveira.

Autor correspondente: andrielle.souza@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A sinestesia toque-espelho (STE) é a experiência consciente de


sensações táteis induzidas ao ver alguém ser toca, isso acontece devido uma função
atípica da excitabilidade cortical de regiões neurais somatossensoriais como por exemplo
o córtex somatossensorial primário, a região posterior do córtex somatossensorial
secundário, o córtex pré-morto esquerdo e a insula anterior, mas ainda está por concluir
o que contribui para a hiperexcitabilidade. A prevalência da sinestesia do mundo é
estimada em 4 %, onde 1,6% da população apresenta STE. Há duas teorias que tentam
explicar essa condição neurológica: A Teoria Do Limiar que defende o ocorrido devido
a uma hiperatividade no sistema frontoparietal dos neurônios espelho motores, que faz
com que haja uma ativação sesoriomotora prematura com certos estímulos. Já a Teoria
do Próprio-Outro defende que ocorre devido uma representação danificada do próprio e
do outro na junção parietotemporal e no córtex pré-frontal medial. OBJETIVO: Realizar
uma revisão da literatura sobre regiões neurais somatossensoriais, sintomas e tratamento
associado a sinestesia espelho-toque. MÉTODOS: Revisão integrativa da literatura. As
buscas foram realizadas na base de dados pubmed, com os descritores: Synesthesia,
mirror-touch e nervous system. Com restrição dos artigos dos últimos dez anos, onde
foram utilizados quatro artigos. RESULTADOS E CONCLUSÃO: Dentre os artigos
analisados notou-se que cerca de 30% dos indivíduos com STE são portadores do espectro
autismo. Ela também é facilmente confundida com patologias psiquiátricas e ou sintomas
semelhantes por isso é essencial que o profissional de saúde que presta apoio a estes
utentes coloque a hipótese de que os sintomas podem ser causados por uma patologia.
Diante disso ainda não foram encontrados artigos que demonstrem que a STE faça parte
de uma patologia, apesar de existir alguns medicamentos para o tratamento, ainda não
existe um guia de tratamento para esses casos.

Palavras-chaves: Sinestesia Espelho-Toque; Somatossensoriais; Hiperexcitabilidade.

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REVISÃO DA LITERATURA: OSTEOSSARCOMA COMO FATOR


INDIVIDUALIZANTE PARA IDENTIFICAÇÃO DE OSSADAS HUMANAS

Geisi Kelly de Oliveira Santos, Ewerton Felipe de Araújo Silva, Tanaires Mirele de
Lima Santos.

Autor correspondente: geisi.santos@ufpe.br

INTRODUÇÃO: A Antropologia Forense busca estabelecer a identificação de um


indivíduo, de modo a verificar características individuais dos esqueletos. A presença de
marcas osteológicas e inúmeras informações, como: espécie, sexo, idade à morte, estatura
e afinidade populacional, são importantes fatores na investigação de crimes ou no estudo
de desastres em massa. Portanto, sucede-se a identificação das osteopatatologias como
meios em prol da identificação, fornecendo dados importantes para o desenvolvimento
de análises de ossadas humanas e as particularidades patológicas de cada indivíduo. Desse
modo, diante das diversas patologias clínicas que apresentam demarcações ósseas, este
trabalho será voltado ao levantamento da produção científica disponível para a construção
de pensamentos e conceitos atuais, visando utilizar o osteossarcoma como fator
individualizante para identificação de ossadas humanas. OBJETIVO: Realizar uma
revisão da literatura sobre a identificação de marcas osteológicas de osteossarcoma como
fator individualizante. MÉTODOS: Este é um estudo de revisão bibliográfica, onde foram
utilizadas as seguintes bases de dados: Medline/PubMed, SciELO e Google Acadêmico.
Foram triados artigos científicos completos nos idiomas de português e inglês, ademais,
foram revisados artigos publicados nos últimos cinco anos, através dos descritores
indexados no DeCS/MeSH: antropologia forense, identificação humana e osteossarcoma.
RESULTADOS: Foram selecionados dez artigos para compor este estudo, a partir da
busca nas bases de dados supracitadas. Entre os estudos incluídos, a maioria dos
indivíduos foram do sexo masculino, ademais, entre os sinais anatômicos observados o
osteossarcoma foi mais evidente no osso do fêmur distal, tíbia proximal e úmero
proximal. CONCLUSÃO: Os dados propõem que a presença de osteossarcoma resulta
em alterações na ossada humana. Portanto, a descrição acerca da identificação do
esqueleto humano, demonstra a importância da antropologia forense, de modo a
contribuir com o conhecimento científico na área de identificação de ossadas humanas.

Palavras-chaves: Antropologia Forense; Identificação Humana; Osteossarcoma.

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REVISÃO SISTEMÁTICA DAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DO CÉREBRO


DURANTE EVENTOS DEPRESSIVOS

Vitória Gabriele Simplicio Santos, Henrique Costa Hermenegildo da Silva.

Autor correspondente: vitoria3gabriele@gmail.com

Considerando que depressão é um tipo de transtorno psicológico de elevada ocorrência,


é necessário compreender o seu funcionamento através das estruturas cerebrais para
melhores recomendações de tratamento. O presente trabalho teve como objetivo avaliar
as associações entre estruturas do cérebro e seus aspectos funcionais após eventos
depressivos em indivíduos. A pesquisa foi realizada utilizando as bases de dados Scopus,
Web of Science, Medline e Lilacs, usando os descritores “brain structure” AND
“depression”; “neurobiology” AND “depression”; “brain anatomy” AND “depression”;
“neurogenesis” AND “depression”. Ademais, foram incluídos trabalhos que envolvam
exames de neuroimagens no cérebro que demonstrem o que acontece durante a depressão
e artigos com o descritor no título. Ainda, foram excluídos trabalhos feitos com revisão
literária, artigos relacionados a fases depressivas da bipolaridade e artigos com modelos
de neuroimagem não humana. Através das pesquisas bibliográficas realizadas, utilizando
os critérios de exclusão e inclusão, obteve-se 15 artigos, dos quais restaram 6 após as
leituras na íntegra. Durante o processo de leitura, observa-se que várias regiões do cérebro
sofreram alterações durante o estado depressivo. Alguns artigos relatam perda de massa
cinzenta e redução de regiões corticais, relacionado a perda da capacidade cognitiva.
Alguns giros tiveram alteração, onde esses estão associadas a várias doenças, distúrbios
e disfunções mentais. A região do hipocampo associada à memória e emoção também
tiveram modificações. Já na região do adesio interthalamico houve alteração, mas não se
sabe qual é a sua função. O cuneus, área ativada após a sensação de dor, apresentou
algumas mudanças. Ademais, o opérculo rolândico que está associado a percepções e
autoconsciência corporal movida por alterações decorrentes de fatores emocionais,
tiveram variações. Conclui-se, então, que a depressão compromete regiões cerebrais que
têm funções que alteram a percepção do ambiente e autopercepção, alterando também
aspectos da memória, levando o indivíduo a quadros melancólicos.

Palavras-chaves: Neurobiologia; Estrutura Cerebral; Neuroimagem.

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USO DA CELULOSE BACTERIANA NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: UMA


REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA

Carla Patrícia Alves Barbosa, Darlisson Rodrigues Duarte, Glícia Maria de Oliveira,
Ismaela Maria Ferreira de Melo, Anderson Arnaldo da Silva, Jaiurte Gomes Martins da
Silva.

Autor correspondente: carlapalves18@gmail.com

INTRODUÇÃO:A cicatrização é um processo dinâmico que envolve complexa interação


de vários tipos celulares, que interagem para que ocorra a restituição tecidual. A formação
de cicatriz cutânea depende de diversas etapas e sob influência de fatores ou condições
patológicas como a idade, o estado nutricional e a existência de doenças de base. Nestes
casos, o uso da celulose bacteriana pode atuar como suporte ou substituto de pele para
auxiliar e acelerar o processo de reparação do tecido. OBJETIVO: Analisar a eficácia da
utilização da celulose bacteriana no processo de cicatrização. METODOLOGIA: O
presente estudo é baseado em revisão de literatura do tipo narrativa, realizada com buscas
nas bases de dados Pubmed e Scielo, sendo utilizado os descritores 'bacterial cellulose ',
'healing' e 'biomaterials' cruzados com o operador booleano “and”. Foram incluídos na
pesquisa os artigos dos últimos 5 anos em português e inglês, e excluídos os que não
foram encontrados na íntegra e os que após a leitura completa estavam fora da temática,
sendo selecionados 10 artigos. RESULTADOS: Os estudos demonstram que a celulose
bacteriana é um material biocompatível, biodegradável e altamente absorvente que pode
ser utilizado como uma camada protetora que impede a entrada de bactérias e outros
agentes patogênicos, enquanto mantém um ambiente úmido favorável à cicatrização.
Outra vantagem da celulose bacteriana como curativo é que ela pode ser facilmente
moldada para se adaptar a diferentes formas de feridas. Além disso, a celulose bacteriana
estimula a proliferação de células da pele e a produção de colágeno, que são essenciais
para o processo de cicatrização. CONCLUSÃO: A eficácia da celulose bacteriana como
substitutivo de tecidos danificados ou como suporte para reparação tecidual, baseia-se na
habilidade da superfície do material em regular a adesão celular, proliferação de
fibroblastos e formação de novos vasos, tornando a região propícia à cicatrização.

Palavras-chaves: Biocompatibilidade; Lesões Cutâneas; Pele.

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UTILIZAÇÃO DO ANKI COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO


COMPLEMENTAR PARA O ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA: RELATO DE
CASO NO CURSO MÉDICO DA UFAL/ARAPIRACA.

Ryan Lucas Barbosa Oliveira, Gabriel Nobre Valle, Rafael Danyllo da Silva Miguel,
Laís Souza Silva Vitorino, Maria Dácila Vitorino de Oliveira.

Autor correspondente: ryan.oliveira@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: A Anatomia Humana é considerada uma ciência desafiadora devido à


grande quantidade de termos complexos que precisam ser memorizados pelos estudantes
da saúde e das ciências biológicas. Para o seu aprendizado, diversos métodos podem ser
utilizados, dentre os quais está a Técnica de Repetição Espaçada. O Anki® é uma das
plataformas mais utilizadas que apresentam este método, demonstrando grande
potencial para o ensino da anatomia. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo analisar
o desempenho acadêmico dos estudantes mediante as notas obtidas nas avaliações
bimestrais antes e após o uso do Anki durante as monitorias de anatomia. MÉTODOS:
Esta pesquisa tratou-se de um estudo observacional, retrospectivo, do tipo longitudinal,
que utilizou como banco de dados as notas de anatomia obtidas pela turma do curso
médico do campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas, semestre letivo
2021.2, no Módulo Práticas Ampliadas 1. Neste módulo, foram realizadas duas
avaliações bimestrais, AB1 e AB2, sendo que na segunda unidade utilizou-se a plataforma
Anki durante as monitorias. Devido a isso, as notas obtidas na AB1 foram comparadas
com aquelas obtidas na AB2. A estatística analítica foi realizada através do software IMB
SPSS®, versão 22. Os dados coletados foram analisados através do Test t pareado,
considerando como valor de significância o p?0,05. RESULTADOS: As análises dos
dados mostraram que as notas da AB1 e da AB2 apresentaram uma distribuição normal
(Kolmogorov-Smirnov, p>0,05). A média destas notas na AB1 foi de 6,59 ± 1,36, e na
AB2 foi de 8,11 ± 1,69, diferindo estatisticamente entre si (t22=-4,731, p

Palavras-chaves: Anatomia Humana; Ensino; Monitoria.

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VARIAÇÕES ANATÔMICAS DA MAMA E SUA RELAÇÃO COM A


AMAMENTAÇÃO

Lilian Florentino da Silva Nascimento, José Nazário Viana Neto, Letícia Henrique Leite
da Silva, Maria Sophia de Lima Silva, Maria Valteísa Firmino Araújo, Eloiza Lopes de
Lira Tanabe.

Autor correspondente: lilian.nascimento@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: As mamas são estruturas superficiais proeminentes na parede anterior


do tórax. As glândulas mamárias (tecido glandular) que as compõe estão relacionadas a
reprodução em mulheres, pois durante e depois da gestação recebem estímulos para
produção de leite. O leite é produzido nos lóbulos mamários e conduzido pelos ductos
lactíferos e seios lactíferos até luz da glândula, na papila mamária. Ainda, a estrutura da
mama é mantida por tecido conjuntivo, rico em vasos sanguíneos e linfáticos, e seu
preenchimento, que confere forma e tamanho, é feito por tecido adiposo. Sabe-se que
variações anatômicas nessas estruturas podem afetar a amamentação. OBJETIVO:
Examinar se variações na anatomia da mama estão associadas aos desafios na
amamentação. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática que contemplou
publicações indexadas nas bases de dados PubMed e SciElo, publicadas no período de
2020 a 2022, e contendo os descritores: “breast anatomy”; “breastfeeding”; “variation in
breast”. RESULTADOS: As mamas hipoplásicas são mamas pequenas que têm menos
tecido glandular e gordura, afetando a produção de leite materno e tornando a
amamentação mais difícil. Papilas mamárias invertidas, planas ou curtas podem dificultar
a sucção do bebê e afetar a produção de leite. A ausência ou subdesenvolvimento de
ductos mamários também pode afetar a amamentação, pois são responsáveis por
transportar o leite materno e sua ausência ou subdesenvolvimento pode tornar a
amamentação impossível. CONCLUSÃO: As alterações morfológicas na mama alteram
o processo de aleitamento materno, no entanto, não anulam o êxito em amamentar. Assim,
conhecer estas variações anatômicas é de extrema importância, pois várias mulheres
podem estar enfrentando desafios na amamentação devido essas variações. Ainda,
informar e capacitar profissionais de saúde sobre este contexto, qualifica-os para auxiliar
mulheres a cumprir as recomendações da organização mundial da saúde quanto ao
aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê.

Palavras-chaves: Anatomia mamária; amamentação; variações na mama.

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VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS ARTÉRIAS MESENTÉRICAS: UMA REVISÃO


SISTEMÁTICA DA LITERATURA COM METANÁLISE

Manoel Pedro de Farias Candido Neto, Philippe Oliveira Lima, João Lucas de Almeida
Placido Ferreira, Valdilene Canazart dos Santos, José Emerson Xavier, Rafael Danyllo
da Silva Miguel.

Autor correspondente: manoel.neto@arapiraca.ufal.br

INTRODUÇÃO: As artérias mesentéricas superior (AMS) e inferior (AMI) suprem,


respectivamente, a porção proximal e distal dos intestinos. Entretanto, frequentemente
apresentam variações anatômicas de relevância clínico-cirúrgica. OBJETIVOS:
Determinar os padrões normais, mais frequentes, dos vasos mesentéricos (VM), a partir
de uma revisão sistemática da literatura com metanálise. MÉTODOS: O protocolo deste
estudo e estratégia de busca/seleção de artigos, está registrado na plataforma PROSPERO
(CRD42022336763). RESULTADOS: Foram encontrados 2920 artigos. Após a exclusão
das duplicidades, leitura dos títulos e resumos e aplicação dos critérios de
inclusão/exclusão, restaram 128, dos quais 23 foram usados para metanálise, agrupando-
se os resultados nas seguintes categorias: a) variação da origem dos VM em relação ao
nível vertebral: a AMS emergiu em nível de T12 em 12/334 (3,5%) dos casos; entre T12-
L1 em 80/334 (24%); em nível de L1 em 179/334 (53,6%); entre L1-L2 em 55/334
(16,5%) e em nível de L2 em 8/334 (2,4%). Já a AMI surgiu em nível de L2 em 10/267
(3,74%) dos casos; entre L2-L3 em 67/267 (25,1%); em nível de L3 em 132/267 (49,4%);
entre L3-L4 em 38/267 (14,23%); em nível de L4 em 19/267 (7,12%) e em nível de L5
em 1/267 (0,37%). b) variações na origem da AMS: emergiu do tronco hepatomesentérico
em 39/1450 (2,69%) dos casos e do tronco celiacomesentérico em 14/2143 (0,65%). c)
variação dos ramos emitidos pela AMS: ela emitiu a artéria hepática direita em 535/4659
(11,48%) dos casos; a artéria hepática comum em 98/4366 (2,24%); a artéria hepática
direita acessória em 58/3064 (1,89%); e a artéria hepática esquerda em 2/90 (2,22%).
CONCLUSÃO: O padrão normal de origem da AMS foi em nível de L1 e o da AMI foi
em nível de L3. A variação anatômica mais observada foi a presença da artéria hepática
direita surgindo da AMS ao invés de emergir do tronco celíaco.

Palavras-chaves: Artéria mesentérica superior; Artéria mesentérica inferior; Variações


anatômicas.

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VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS VEIAS MESENTÉRICAS: UMA REVISÃO DE


LITERATURA COM METANÁLISE

Philippe Oliveira Lima, Manoel Pedro de Farias Candido Neto, Valdilene Canazart dos
Santos, Beatriz Moura Nunes, José Emerson Xavier, Rafael Danyllo da Silva Miguel.

Autor correspondente: philippeolivlima@gmail.com

Introdução: As veias mesentéricas (VM) superior (VMS) e inferior (VMI) são vasos que
contribuem para formação da veia porta-hepática (VPH). Uma vez que os vasos
sanguíneos apresentam muitas variações anatômicas, a identificação das variações das
VM é importante para a clínica cirúrgica. Objetivo: Identificar e descrever as variações
anatômicas das VM a partir de uma revisão sistemática da literatura. Metodologia: As
buscas foram realizadas entre 25 de Outubro e 3 de Novembro de 2022, utilizando como
descritores ‘‘Mesenteric vein’’, ‘‘Mesenteric veins’’; ‘‘Anatomy’’; ‘‘Anatomical’’;
‘‘Morphology’’ e ‘‘Morphological’’ com o operador booleano ‘‘And’’ através das bases
de dados: BVS, Scopus e PubMed. As etapas operacionais foram conduzidas da seguinte
forma: seleção de estudos; extração de informação; análise dos dados; síntese dos
resultados e metanálise. Este estudo foi previamente registrado e aprovado pela
plataforma PROSPERO (CRD42022336763). Resultados: Após as buscas, seleções e
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 10 estudos foram incluídos para revisão
sistemática (6 relatos de caso e 4 estudos epidemiológicos) e 2 para metanálise. A
principal variação anatômica observada foi a VMI sendo tributária da VMS. Em relação
à metanálise dos dois artigos, obteve-se um total de 60 cadáveres. Nesta amostra, as duas
VM se uniram à veia esplênica (VE) para formar a VPH em 11,7% dos casos. A união da
VE apenas com a VMS ocorreu em 85% dos casos, dos quais em 55%, a VMI foi
tributária da VE e em 30% a VMI foi tributária da VMS. Por fim, VMS, VMI e VE se
uniram à veia jejunal para formar a VPH em 3,3% dos casos. Conclusões: As variações
anatômicas das VM estão relacionadas principalmente com suas configurações para
formar a VPH. Assim, é necessário o conhecimento destas variações para melhor
interpretação de exames de imagens, tal como realização de procedimento cirúrgico.

Palavras-chaves: Veias Mesentéricas; Anatomia Humana; Variações Anatômicas.

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APOIO:

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