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Terapia

de família
Heloisa Szymanski Ribeiro Gomes
Professora do Depto. de Psicologia da
Universidade Católica de Santos - SP

terapia de famílias è uma baseia-se no fato de que o que ocorre os modos de interação entre seus

A nova forma de trabalho em


nosso meio, embora jâ ado¬
tada há mais ou menos 30
anos na América do Norte e Europa.
Ela è nova como proposta de atender-
num indivíduo que vive numa família
não decorre apenas de condições in-
ternas a ele, mas também de um in-
tenso intercâmbio com o contexto
mais amplo no qual está inserido. Ele
membros vão-se cristalizando, quer
na forma de distanciamento, ou de
excessiva interferência na vida uns
dos outros, formando alianças entre
alguns membros, deixando outros pe-
se ao mesmo tempo pais, filhos e até não só recebe o impacto desse am- riféricos, ou transformando outros
avós e tios, e, se necessário, até mes- biente como atua sobre ele, em bodes expiatórios (geralmente a
mo grupos de vizinhança e escola influenciando-o. Nesse enfoque, o criança). Sintomas como baixo rendi-
(Speck e Attneave, 1976). A razão de terreno da patologia, como diz Minu¬ mento na escola, agressividade, de-
se incluir toda a família no tratamen- chin(1982), é a família. pressão são vistos como próprios da
to de problemas de ajustamento Num grupo familiar disfuncional pessoa sintomática, e esta é vista co¬
mo um caso isolado. Nesse pano-de- micas. No enfoque sistêmico, Gre- sintoma do filho cumpre a função de
fundo as famílias enfermas fracassam gory Bateson deu uma grande contri- ao mesmo tempo manter os pais uni-
progressivamente no cumprimento de buição para a compreensão dos pro- dos na preocupação com ele, e afasta-
suas funções familiares essenciais, cessos de comunicação. Com Bate- dos de uma relação mais próxima en-
(Carneiro, T., 1983). son, e o grupo que se formou para es- tre si. Certamente esse processo não
Do ponto de vista da comunica- tudo de famílias de esquizofrênicos ocorre de forma voluntária, por parte
ção, a família sintomática perde-se (Don J. Jackson, Jay Haley e John dos pais e do filho, mas acaba se cris-
em críticas, acusações, silêncios, du- H. Weakland) tem início o enfoque talizando numa forma de relaciona-
plas mensagens: há muita dificuldade sistêmico no estudo de famílias, que mento que resiste à tentativa de mu-
em colocar-se no lugar do outro e ri- hoje se apresenta com nuanças dife- danças.
gidez em tentar novas formas de re- rentes, segundo seus vários autores. Do ponto de vista da teoria dos
solver problemas. Do ponto de vista A idéia central, entretanto, permane- sistemas, desenvolveram-se modelos
de estrutura, os papéis são mal defini- ce no abandono da explicação linear, teóricos e práticas terapêuticas que
dos, com filhos desempenhando pa- causal, histórica do distúrbio mental podem ser classificadas de várias ma-
péis paternos e pais formando alian- e na focalização do interrelacionai, neiras, (Hoffman, L'Abbate et alii,
ças com filhos, excluindo o outro onde a manipulação da informação e Madanes, Sluzki).
membro do casal. Do ponto de vista a natureza das relações constituem os Há aqueles autores que enfatizam
dinâmico, há, em muitos casos, difi- elementos explicativos básicos. os aspectos estruturais do sistema fa-
culdade em assumir a função de pais, Nessa visão teórica, a forma de se miliar: limite (i. e., regras de partici-
com suas responsabilidades e limites, comunicar, e o impacto do comporta- pação) e hierarquia (i. e., regras de
bem como dificuldade em estabelecer mento de um em relação a outro na poder), (L'Abbate, Frly, Wagner). A
objetivos familiares e organizar-se família, agindo e retroagindo, são os estrutura familiar é o conjunto in-
para atingi-los. (Weitzman, 1985). elementos a serem considerados visível de exigências funcionais que
Assim, o sintoma de um dos mem- quando se tenta explicar tanto a dinâ- organiza as maneiras pelas quais os
bros da família vem acompanhado de mica de uma família como o desvio membros da familia interagem. Mi¬
disfunções em outras áreas de rela- de padrões de comportamento e os nuchin foi quem propôs esse enfoque
ções e envolem outros membros da problemas emocionais daí decorren- estrutural e desenvolveu sua teoria,
família. Tendo isto em mente, na si- tes. As famílias são vistas como siste- através da análise dos padrões transa-
tuação terapêutica trabalha-se com a mas vivos nos quais uma ... expressão cionais que se desenvolvem entre os
família real, presente, na busca de ou açâo particular (é vista) como vários subsistemas da família: o pa-
desvendar aspectos relacionais que es- parte do subsistema ecológico chama- rental, o fraternal, o conjugal. Para
tão emperrando uma comunicação do contexto e não como o produto ou ele, o comportamento sintomático
efetiva e o desenvolvimento saudável efeito daquilo que permanece no con- tem a função de manter as regras de
de seus membros. Os sintomas são texto depois que a parte que quere- interação que controlam o estabeleci-
vistos como tendo tanto uma função mos explicar foi cortada dele (Bate- mento de fronteiras e hierarquias, e,
individual como social no grupo fa- son, 1978). conseqüentemente, manter a patolo-
miliar e constituem-se numa denúncia Assim, cada ação e reação muda a gia da familia.
de que algo vai mal nesse grupo. natureza, o campo onde elas se dão. O objetivo da terapia, nesse mo-
Na medida em que os terapeutas O significado do sintoma, nesse enfo- delo, é o de: a) restabelecer a possibi-
começaram a lidar com a família co- que, muda radicalmente. Comporta- lidade de negociação entre os mem-
mo unidade terapêutica, afloraram mentos desviantes, irracionais ou sin- bros da família quanto ao uso do po-
outros aspectos inerentes à vida fami- tomáticos passam a servir a uma fun- der, evitando alianças transgeneracio¬
liar, aspectos causadores de sintomas ção no grupo no sentido de que os nais (pai com filho, mãe com filho,
e que tinham sido negligenciados (Sa- comportamentos que ocorrem no sis- avó com neto) e b) reorganizar as
tir, 1980). O trabalho da terapeuta é, tema familiar têm uma complementa¬ fronteiras entre os vários subsiste-
então, o de buscar esses aspectos cau- riedade geral (Dell, p. 2141). Desta mas, apontando para fronteiras ina-
sadores de sintomas, focalizando ou- forma, para desaparecer o sintoma dequadamente rígidas, ou difusas, e
tras relações dentro da família, tendo não basta o membro sintomático mu- trabalhando no sentido de torná-las
em vista mudanças que favoreçam a dar — sua mudança só se efetivará se mais adequadas.
família como um todo e cada mem- toda uma série de outras mudanças
bro em particular. Quando a família (nem sempre desejadas) ocorrerem Outro modelo, também no enfoque
passa a experimentar novos modos de dentro do sistema familiar. Essas mu- sistêmico, é o chamado estratégico-
se relacionar, os sintomas tendem a danças não são desejadas porque im- um modelo mais voltado para o pro-
desaparecer. Este trabalho não exclui plicam mudanças nos vários subsiste- cesso do que para a estrutura da
a possibilidade de encaminhamento mas da família — casal, pais, grupo família. Propõe a existência de regras
de um membro particular para um fraterno, avós — e o sistema familiar familiares poderosas e controladoras
trabalho individualizado, quando se apresenta uma tendência a um do comportamento dos membros da
constata que é necessário um apro- equilíbrio homeostático, onde tudo é família, no sentido de evitar a mu-
fundamento, bem como uma mudan- feito para que as coisas permaneçam dança. A intervenção terapêutica se
ça ao nível do indivíduo. como estão. Exemplificando (e sim- dá através de estratégias que visam
plificando): muitas vezes o sintoma quebrar aquelas regras, via prescrição
No decorrer do tempo, foram-se da criança (medo, p. ex.) pode desa-
desenvolvendo vários enfoques, ou do comportamento sintomático, ou
parecer, se o casal mudar a forma de não. A prescrição do sintoma tem sua
escolas de terapia de famílias, que, de se relacionar entre si (buscando uma
forma geral, tiveram duas grandes base teórica na teoria matemática dos
aproximação, p. ex.). Como nem grupos e na teoria dos Tipos Lógicos
raízes: a teoria dos sistemas, informa- sempre o casal está disposto a isso, o
ção e cibernética e teorias psicodin⬠(Watzlawick, Beavim, Jackson,
1981). Paul Watzlawick, Jay Haley, grupo de vizinhança e família extensa Diferem destes também quanto aos
J. Weakland e R. Fisch são figuras (família de origem dos pais). A siste- objetivos a alcançar, pois, em vez de
proeminentes na terapia estratégica. matização desse modelo foi o resulta- trabalhar no sentido de promover al-
Com muitos pontos em comum do do trabalho em saúde mental com terações imediatas no contexto, onde
com a e s c o l a e s t r a t é g i c a , comunidades economicamente caren- surge o problema,visam ao crescimen-
desenvolveu-se a escola sistêmica.com tes, que necessitavam de profissionais to individual dos membros da
o Grupo de Milão: Mara Selvini Pa¬ de saúde com uma visão holística do família.
lazzoli, Giuliana Prata, Luigi Bosco¬ problema de saúde mental. Esse mo- O terapeuta, nesse enfoque, tra-
lo, Gianfranco Cecchin. Para esses delo ecológico de tratamento de situa- balha com memórias, sentimentos e
autores há a necessidade de um reen- ções de crise exige a combinação de emoções do passado; não são dadas
quadramento da situação, dando fatores biológicos, psicológicos, so- diretivas e o processo terapêutico é
uma conotação positiva ao sintoma, ciais e ambientais. demorado. O objetivo terapêutico é o
prescrevendo-o. Assim, ao nível ex- Além das escolas que se desenvol- atingimento de um self individuado.
presso (verbal) há uma diretiva no veram a partir do paradigma sistêmi- Hoffman sintetiza esse enfoque com
sentido de não mudança, mas ao nível co, há aquelas, chamadas psicodin⬠a seguinte proposição: Os terapeutas
não verbal há a proposta de mudança micas, que se desenvolveram a partir com maior orientação psicodinâmica
- que é a finalidade da terapia. Trata- do trabalho de terapeutas que, embo- acreditam que precisamos atingir fa-
se de uma proposta terapêutica que, ra não estivessem necessariamente as- tores históricos ou causais para ali-
para ser dominada, exige trabalho em sociados à prática psicanalista, adota- viar um sintoma. As versões dos con-
equipe e um bom período de treina- ram uma forma de procedimentos e ceitos psicanalíticos de insight,
mento específico, como, evidente- interpretações que vão ao encontro de catarse e abreaçâo aplicadas à terapia
mente, o exige qualquer outra técnica conceitos psicanalíticos. Teóricos psi¬ de famílias parecem ser as maiores
de trabalho terapêutico. codinâmicos de orientação kleíniana, avenidas para mudança, e o resultado
Também numa perspectiva sistêmi- por exemplo, vêem a dinâmica da or- desejado é uma objetividade madura,
ca alguns autores (Speck, Attneave) ganização familiar como expressão como numa terapia freudiana
desenvolveram o que Hoffman cha- do entrelaçamento destas várias rela- (Hoffman, p. 243). Entre os maiores
ma de modelo ecológico, no qual o ções objetais relacionadas (Meyer), representantes dessa escola estão
trabalho terapêutico com famílias vai numa visão de família muito diferen- Murrey Bowen, Ivan Boszormenyi-
além da família nuclear, incluindo o te dos sistêmicos que vimos acima. Nagy, Lyman Wynne.
Atualmente, estão se desenvolven-
do modelos de trabalho com famílias
baseados em teorias existencialistas,
humanistas, fenomenológicas e de
construção de realidade (L'Abbate
et alii, Sluzki).Estas propõem que ca-
da um de nós carrega também "estru-
turas de crenças que não só organi-
zam a realidade com tal, mas, organi-
zam nosso comportamento na base de
suposições, algumas claramente cris-
talizadas em ideologias, algumas em
convicções e muitas de atribuições,
que fundem percepções e pre-
conceitos em assim è que as coisas
devem ser. (Sluzki).
A atuação do terapeuta nesse en-
foque visa à reformulação desses mo-
dos de interpretação cristalizados,
apresentando outras possibilidades
interpretativas, de forma que tanto o
passado como o presente podem ser
reformulados. Isto trará como conse-
qüência novas modalidades de atua-
ção entre os membros da família.
Numa perspectiva existencialista,
o ponto de partida é o da importância
da busca de significado para a vida de
relação com outro, no desenvolvi-
mento do ser si-mesmo, na responsa-
bilidade de cada um no modelar seu
destino, na atentividade aos dados da
experiência (sensações, emoções, per¬
cepções e reações). No nível terapêu- Por se constituir num campo ain- sas e trabalhos começam a ser publi-
tico não se trata de remover proble- da em formação, não conta com cados. Na medida em que esse tipo de
mas, mas analisá-los em termos da re- grande número de profissionais espe- atendimento for se tornando mais co-
lação do indivíduo com outros no cializados e carece de mais cursos de nhecido, as Instituições Estatais de
mundo, tendo em vista a busca de formação e aprofundamento, no nos- Saúde poderão sensibilizar-se para es-
possibilidades alternativas de viver- so meio. Os psicólogos que desejam sa modalidade de trabalho, criando
com. Essa reestruturação de valores um aprofundamento maior na área condições para um atendimento mais
nos níveis familiar e social coloca precisam arcar com enormes despesas amplo da população, bem como para
problemas existenciais que deverão de locomoção para o exterior, para a formação de profissionais. Deve-se
ser analisados e compreendidos no assistirem a cursos caríssimos, minis- lembrar que o êxito do atendimento
contexto da vida familiar. Do ponto trados por especialistas americanos e familiar no exterior veio em função
de vista terapêutico, parte-se nessa europeus. Ou então, trazê-los para cá, de sua eficiência efeitos terapêuticos -
perspectiva de um pressuposto oposto desembolsando grandes quantias. duradouros e diminuição de interna-
ao das teorias sistêmicas: o alívio do ções (Hoffman P- 259). O trabalho
sintoma vem como conseqüência de Deve-se levar em conta o fato de terapêutico com famílias é um campo
mudanças na experiência interna. Di- que o trabalho com famílias, como que apresenta inúmeras possibilida-
fere das psicodinâmicas no fato de fo- nas demais especializações, requer des, e, aumentando-se o número de
calizar mais o presente do que o pas- um cuidadoso treinamento do profis- trabalhos, passar-se-á a desenvolver
sado, embora às vezes seja necessário sional. Este, na terapia de famílias, novos modelos, adequados à nossa
reelaborar o passado, em vista do fu- trabalhará com pessoas de diferentes cultura e população.
turo. faixas etárias, que constituem um
Finalmente, há alguns autores que grupo social numa intrincada dinâmi-
não se localizam especificamente em ca, da qual o (a) terapeuta passa a fa- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
nenhuma escola de terapia, em virtu- zer parte. Alguns autores chegam
BATESON, G. Steps to an Ecology of
de de sua excepcional criatividade na mesmo a sugerir que profissionais Mind. London, Granada Publishing,
condução de seu trabalho terapêuti- amadurecidos que tenham se casado 1978.
co: Virginia Satir, Nathan Acker¬ e tenham filhos, serão mais facilmen- CARNEIRO, Terezinha F. Família: Diag-
mann e Carl Whitaker. (cf. Hoffman) te treinados... (Minuchin). O treina- nóstico e Terapia. Rio de Janeiro, Zahar
Ed. 1983.
A partir desse breve apanhado mento, além da parte teórica, exige DELL, P.F. Beyond Homeostasis; To-
aparecem alguns referenciais para observação de sessões, co-terapia, ward a Concept of Coherence Family
descrever famílias, interpretá-las e equipamento como salas com vidro Process, v. 21, p.21-41 s.d.
propor-lhes tratamento. A escolha de espelhado e, desejavelmente, HALDANE, D. and MC CLUSKEY, V.
um deles depende, muitasvezes,de fa¬ vídeo-tape . Dispõe-se de poucos Existentialism and Family Therapy: a ne-
glected perspective. Journal of Family
tores fortuitos, outras, de crenças já tapes, os de terapeutas famosos or- Therapy 4: 117-132, 1982.
estabelecidas e também de fatores de çam em quantias inacessíveis para a HOFFMAN, L. Foundations of Family
personalidade da (do) terapeuta. Os maioria dos psicólogos brasileiros. Therapy. New York, Basic Books, 1981.
proponentes de cada escola Disso tudo deduz-se a dificuldade pa- L'ABBATE, L., FREY J. and WAGNER
apresentam-na como a escola, e isso ra formação de profissionais na área. V. Toward a Classification of Family
talvez seja necessário para que seus Therapy Theories: Further Elaboration
Além dos mais, por ser um traba- and Implications of the E-R.A. Awc. C.
elementos indentif icadores lho ainda pouco conhecido, poucos Model. Family Therapy, v. IX, n. 3, 1982.
evidenciem-se. são os encaminhamentos de famílias MADANES, C. Strategic Family Therapy.
Quanto à formação da (do) tera- para terapia. Muitas vezes um enca- San Francisco, Jossey Bass Publ. 1981.
MEYER, Luiz Família - Dinâmica e
peuta, há a possibilidade de especiali¬ minhamento para terapia individual é Terapia (Uma Abordagem Psicanalítica).
zação em uma linha específica ou o caso de terapia familiar, mas essa mo- São Paulo, Brasiliense. 1983.
conhecimento de várias. A primeira dificação de tratamento às vezes fica MINUCHIN, S. Famílias: Funcionamento
dá a segurança de estar aplicando difícil de ser implementada, uma vez e Tratamento. Trad. J.A. Cunha. Porto
uma forma de atuação testada e con- Alegre, Ed. Artes Médicas, 1982.
que acarreta um custo mais elevado e SATIR, V. Terapia do Grupo Familiar. 2a
sagrada. Porém, corre o risco de ver porque o foco está tão centrado no ed. Trad. A. Nolli. Rio de Janeiro, Livra-
todos os problemas de família numa paciente individual que a família não ria Francisco Alves, 1980.
única perspectiva. A segunda possibi- aceita a mudança. SLUZKI, C. Process, Structur and World
lidade— que prevê um treinamento No que diz respeito ao atendimen- Views: Toward an Integrated View of Sis¬
eclético- só é possível quando o (a) temic Models in Family Therapy, Family
to à nossa população, este tem-se res- Process, 22: 469-476,1983.
terapeuta aprofunda sua formação tringido às famílias de maior poder SPECK, R. and ATTNEAVE, C. Social
tanto prática como teórica em vários aquisitivo, devido ao seu elevado cus- Networks as the limit of Intervention, In;
enfoques terapêuticos, a fim de evitar to, uma vez que a duração da sessão é GUERIN, P. (ed) Family Therapy:
a aplicação insistente de uma aborda- maior e há, na maioria das vezes, ne- Theory and Practice, New York, Gardner
gem que pode ser inadequada para Press, 1976.
cessidade de trabalho em co-terapia. WATZLAWICK, P., BEAVIN, J.H.
uma família. Por aprofundamente Com isso, a população como um todo JACKSON, D.D. Pragmática da Comu-
entenda-se o conhecimento da consis- fica privada de um atendimento que nicação Humana, Trad. A. Cabral, São
tência interna de cada escola de tera- Paulo, Cultrix, 1981.
pia estudada e da justificativa teórica lhe traria grandes benefícios. WEITZMAN, J. Engaging the Severely
de suas formas de ação. Caso esse Essas dificuldades aos poucos vão Dysfunctional Family in Treatment: Basic
cuidado não seja tomado, há o risco sendo superadas, à medida em que Considerations. Family Process, v.24,
de superficialidade. surgem Sociedades e Institutos con- 1985.
gregando profissionais e que pesqui-

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