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Mainardes Ferreira
Organização
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
Rafael Henrique Mainardes Ferreira
Organizadores
1º edição
Volume I
Apprehendere
Guarapuava
2023
Organização
Rafael Henrique Mainardes Ferreira
Conselho editorial
Claudio Luiz Chiusoli
Luiz Alberto Pila
Maria Helena da Fonseca
Sandra Mar ns Moreira
ISBN
FICHA TÉCNICA
Capa e diagramação: Luciano Or z
Revisão: Rafael Henrique Mainardes Ferreir
Editores: Isis Lenoah Or z e Luciano Or z
Foto da capa: Pixabay
202
APPREHENDERE
(42) 3304-0263
Rua Mato Grosso, 184 E
Bairro dos Estados - Guarapuava - PR
www.apprehendereeditora.com
Todos os direitos reservados
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
1. INTRODUÇÃO
O milho hoje é umas das maiores culturas agrícolas mundiais, tendo o
Brasil no ranking mundial de maiores produtores, com um acúmulo de cerca
de 100 milhões de toneladas por ano, possuindo o cul vo do grão em todo o
seu território. O estado do Mato Grosso, junto com o Paraná, Mato Grosso do
Sul, Goiás e Minas Gerais somam cerca de 75% da safra nacional (CONTINI et
al, 2019).
O expressivo cul vo do grão se dá em conta de sua versa lidade de
u lização, desde seu consumo como milho verde - comercializado por
pequenos produtores - até seu consumo em larga escala por indústrias de
transformação dos mais diversos segmentos, como: química, de bebidas,
farmacêu ca e de combus veis (REGITANO-D'ARCE, SPOTO E CASTELUCCI,
2015). Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Milho (ABIMILHO,
2019), a produção para o ano de 2022 pode chegar a 121,7 milhões de
toneladas, sendo 1,9 milhão de toneladas des nadas ao consumo humano, e
14,5 milhões ao consumo industrial.
Duarte (2021), cita as formas de industrialização do grão, que se dá
pela moagem úmida e seca, esse úl mo sendo o processo mais u lizado no
Brasil. Nesse processo é onde surgem todos os subprodutos derivados do
milho, como a farinha de milho, fubá, quirera, farelos, entre outros. Com a
globalização, segundo Silva e Amaral (2004), o setor de alimentação vive
mudanças a todo momento, seja pela rapidez com que as informações se
propagam quanto aos diferentes hábitos e culturas. Com isso ocorre um
número gigante de transformações no grão dentro do setor alimen cio, que
vai desde seu cul vo até a chegada no produto final.
Um dos grandes desafios do setor alimen cio é a segurança alimentar,
que tem como seu principal obje vo disponibilizar para o consumidor
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-luanpavelski@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
alimentos livres de agentes que possam colocar a sua saúde em risco (SILVA,
2012). A garan a da segurança no setor de alimentos está diretamente
vinculada à área da qualidade. Gomes, Ferreira e Silva (2017) em seu trabalho
jus ficam a importância da área no que visa a implementação de programas e
o cumprimento das normas que tem como seu obje vo principal garan r que
os produtos alimen cios não veiculem qualquer po de contaminantes.
A relação entre qualidade e produção de alimentos é restrita, Araújo
(2021) destaca em sua pesquisa a segurança no setor alimentar, que é
principalmente relacionada a segurança do consumidor, essa que tem como
principal obje vo disponibilizar produtos que não venham a causar nenhum
dano à sua saúde.
Alergias e intolerâncias alimentares acabam por impactar
diretamente na saúde do consumidor, Marques e Damy-Benede (2016)
pontuam que mais de 170 alimentos já foram iden ficados como alergênicos,
porém 90% de todos os casos de alergia alimentar são ocasionados por oito
alimentos diferentes: ovos, leite, peixe, crustáceos, castanhas, amendoim,
trigo e soja. Os autores também esclarecem a diferença entre alergia e
intolerância alimentar, onde as alergias são uma resposta imunológica que
ocorre nos indivíduos sensíveis a determinado po de alimento e a
intolerância se jus fica quando, o organismo do indivíduo não é capaz de
absorver os açúcares de determinado alimento, pois se determinado grupo de
pessoas que possuem alergias a um po de alimento consumirem, poderão ter
sua saúde afetadas. Daí a importância de monitorar essas substâncias nos
alimentos.
O presente ar go tem como obje vo validar um método u lizado para
a detecção dos alérgenos soja e trigo (glúten) em uma indústria de moagem de
milho no interior do Paraná.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Milho
De acordo com a ABIMILHO (2019), o milho tem seu cul vo em todos
os con nentes do planeta, e sempre figura entre os cereais mais cul vados
nos mesmos. Essa produção expressiva se dá em conta à sua capacidade de
plan o nas mais diversas condições ambientais e também pelo valor
nutricional do grão. Grande parte do seu cul vo é direcionado à alimentação
animal e humana (FONTANIVE et al, 2019).
No decorrer das úl mas décadas, o milho alcançou o patamar de
maior cultura agrícola do mundo, sendo a única a ter ultrapassado a marca de
1 bilhão de toneladas, deixando para trás an gos concorrentes, como o arroz e
o trigo (CONTINI et al, 2019).
No Brasil seu cul vo se dá por todo o território nacional, seu plan o e
colheita porém, ocorrem em diferentes épocas, por conta das condições
climá cas de cada região. A primeira safra, conhecida também como cul vo
de verão, é o semeio na primavera/verão, que é predominante na grande
maioria das regiões produtoras, com exceção das regiões Norte e Nordeste do
país. Já o semeio registrado no verão/outono, que é realizado após a colheita
da soja é conhecido popularmente como safrinha (CONTINI et al, 2019). É um
dos segmentos econômicos mais importantes do agronegócio brasileiro. O
milho responde por cerca de 37% da produção nacional de grãos, tendo em
conta apenas a produção primária (MAPA/SNA, 2017).
Para a Safra de 2022/23 a Companhia Nacional do Abastecimento
(CONAB, 2022) es ma para o milho uma produção total de 125,5 milhões de
toneladas, sendo esse valor correspondido por quase 30 milhões na primeira
safra, um valor pequeno já que nessa época o grão concorre com a soja, que
tem um cul vo mais expressivo. Já para a segunda safra a colheita es mada é
de aproximadamente 95 milhões de toneladas.
De forma geral, na indústria alimen cia são usados os grãos secos, que
passam por um processo de moagem e dão origem a diversos outros produtos.
Na indústria esse processo pode ser separado em duas etapas dis ntas:
moagem seca, onde o grão é separado em gérmen, pericarpo e endosperma,
dando origem a produtos como farinhas, fubá, grits e outros; e moagem
úmida, que tem as mesmas etapas da moagem seca e incluindo a maceração
dos grãos, onde é usada uma solução que torna possível a separação dos
componentes do grão e uma maior extração do amido e da proteína.
3.1 Metodologia
Segundo Marconi e Lakatos (2021), o método pode-se definir como a
totalidade das a vidades sistemá cas e racionais, que permitem ao
pesquisador a elaboração de um conhecimento válido e verdadeiro com
segurança, onde é possível realizar todo o caminho a ser seguido, pontuando
os erros e auxiliando na tomada de decisões do pesquisador. Ainda, Ma as-
Pereira (2019) considera que ao optar por seguir um método, o pesquisador
consegue definir todas as suas estratégias de intervenção no estudo.
Portanto, a pesquisa é um procedimento formal, onde existe um
método de pensamento reflexivo que necessita de um tratamento cien fico e
se cons tui no caminho para conhecer a realidade ou para obter verdades
parciais (MARCONI E LAKATOS, 2021). Os autores ainda citam seis passos para
o desenvolvimento de uma pesquisa:
3.2 A empresa
A empresa onde se desenvolveu a pesquisa atua no mercado de
moagem e comercialização de milho, atendendo principalmente a clientes do
mercado cervejeiro, de nutrição animal e indústria alimen cia. Possui um dos
mais modernos moinhos de milho do Brasil, tendo uma capacidade nominal
para produção anual de 180.000 t, e uma estrutura de armazenamento com
capacidade para 3.540 t.
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USO DA TECNOLOGIA IO-LINK NA INDÚSTRIA 4.0
1
PERICO, Diego
2
CAMPOS, Thiago Prado de
1 INTRODUÇÃO
A tecnologia IO-Link trata-se de uma tecnologia moderna que está
cada vez mais presente, podendo exercer uma função primordial na indústria
4.0 que é a troca de informações. Baseado na IEC (61131-9), um protocolo
aberto, não existe um dono especifico, e as empresas que quiserem usar a
tecnologia tem que se adaptar aos padrões que são usadas por ela. Formando
um ponto a ponto, se baseia em um disposi vo que está distribuído em campo
e se comunica a um mestre IO-Link (BETIOL, 2018).
A rede IO-Link é um protocolo eficiente, porém simples, com amplo
suporte na indústria. Há muitas razões para usar o IO-Link. Na maioria dos
locais em que um sensor digital ou analógico é usado, um sensor IO-Link pode
fornecer significa vamente mais informações, configurabilidade e controle.
Da instalação à operação e até mesmo à manutenção de um sistema de
automação, o IO-Link pode oferecer vantagens em relação às soluções desde a
instalação até a operação e até mesmo a manutenção de um sistema de
automação
Essa é uma rede de comunicação de baixo nível, de protocolo aberto,
desenvolvido para comunicação ponto a ponto, capaz de interligar sensores,
atuadores (disposi vos) com um módulo mestre e este com um Controlador
Lógico Programável (CLP) através de uma rede, podendo ser redes
padronizadas, ETHERNET, MODBUS TCP e entre outros. O protocolo IO-Link
não é de propriedade de nenhum fabricante. Atualmente o consorcio IO-Link
conta com 362 empresas ao redor do mundo tais como Siemens, Festo,
Schneider, Balluff, IFM, Turck, etc.
Segundo Balluff (2022) essa Interface Universal IO-Link com protocolo
próprio e o IO-Link mestre, revolucionaram e estão revolucionando a cada dia
mais a automação Industrial. Assim como a conexão de Porta Serial Universal
1
Graduado em Engenharia Elétrica - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: Eng-diegoperico@camporeal.edu.br
2
Graduado em Engenharia Elétrica pela UTFPR, Campus Pato Branco. Especialista em Educação
Profissional e Tecnológica pela Faculdade São Braz. Especialista em Docência no Ensino Superior
pelo Centro Universitário Campo Real. Mestrando em Administração pela Unicentro. Professor
no Centro Universitário do Campo Real.
E-mail: prof_thiagocampos@camporeal.edu.br
(USB), também revolucionou o mundo dos computadores, da mesma forma
que todos os disposi vos USB podem ser conectados a qualquer porta USB,
imediatamente são iden ficados de forma ligar e usar (Plug and Play).
Em comparação aos disposi vos USB, todos os disposi vos IO-Link
podem ser u lizados com qualquer IO-Link Mestre. Um exemplo prá co, é
u lização de um IO-Link Master da marca IFM vai funcionar normalmente um
disposi vo da SICK, um IO-Link Master da SIMENS com disposi vos da MURR,
finitas marcas podem ser u lizadas com esta tecnologia.
Tradicionalmente o CLP se conecta aos disposi vos em uma
comunicação através de módulos de entradas e módulos de saídas (Cartões de
I/O). Em um formato descentralizado temos os famosos módulos remotos, e
através deles ligamos os sensores nas entradas e os atuadores nas saídas. Já no
modo IO-Link, é algo muito parecido, onde se tem um módulo mestre IO-Link
que também se comunica nas redes padronizadas, e interliga os sensores e
atuadores. A grande diferença é que estes sensores e atuadores IO-Link
podem ser inteligentes, onde que é o grande ponto desta pesquisa.
A tecnologia IO-Link ela é um consorcio de muitas empresas, e isso
traz uma flexibilidade para todo esta tecnologia. O protocolo é aberto, o
consórcio tem cerca de 362 empresas em redor do mundo, tem uma
diversidade de aplicação, quadro 1, tendo suas vantagens e desvantagens, do
uso do IO-Link, tabela 1.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O mestre da rede IO-Link normalmente tem 8 portas (Figura 1) ou 4
portas e suas entradas fazem conexões ponto-a-ponto com os sensores,
permi ndo valores analógicos e digitais de 8, 12 e 16 bits. O grau de proteção é
IP67 ou IP69K para ser u lizado na indústria alimen cia. O mestre da rede
também pode estar disponibilizado no corpo de um CLP, não precisa ser um
módulo a parte.
Pino 1: 24V
Pino 2: Entrada Digital
Pino 3: 0V
Pino 4: Linha de chaveamento e comunicação (C/Q)
Pino 5: Não Conectado
Na conexão elétrica, Community (2018) propõe que o cabo de
interligação entre o mestre e o disposi vo, deve ter no máximo 20 metros de
distância, ou seja, é para que os atuadores e sensores estejam próximos ao
mestre. Normalmente o mestre vai estar perto da máquina ou disposi vos.
Be ol (2018) afirma que não necessariamente o cabo deve ser blindado,
podendo ser um cabo simples.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como os master IO-Link estão conectados a ethernet através de um
switch, é possível operar a planta remotamente a par r de um supervisório,
uma IHM (Interface Homem Maquina) onde a função da IHM é acessar o CLP,
ler os dados coletados e projetá-los de forma visual. O CLP (Controlador Lógico
Programável) exerce inúmeras funções e aplicação na automação, hoje em dia
não tem mais como se pensar em automação sem ter um controlador lógico.
O IO-Link é um protocolo de sistema simples de comunicação,
u lizado primariamente para comunicação com disposi vos através da
conexão com três fios. Com a u lização de um módulo IO-Link Master, a
comunicação se torna completa e eficiente. Com o módulo recebendo sinal IO-
Link dos sensores e atuadores e comunicando através do protocolo Fieldbus
com os CLPs da rede.
Na realização desta pesquisa, por ser algo novo aqui para o Brasil, ve
acesso a poucas fontes, mas, com o estudo deu de se entender que é uma
tecnologia incrível, barata e fácil de aplica-la em chão de fábrica. Há muitas
aplicações, por ser nova, tem muito a crescer, muito a se desenvolver ainda.
Sendo uma das opções de protocolos no mercado, é sempre importante
entender como as redes funcionam e os lados posi vos e nega vos da sua
adoção.
O IO-Link já faz parte do presente, mas com certeza será o ponto de
par da para tecnologias do futuro. Não faltam razões para u lizar o IO-Link,
independentemente do porte e do segmento em que a empresa que busca
uma solução em protocolo de comunicação atua. Felizmente, diversos
equipamentos, que vão além dos sensores IO-Link, já são compa veis com a
inovação, tornando a entrada na indústria 4.0 cada vez mais próxima das
organizações.
Em função da indisponibilidade de algumas informações e do tempo
para novas avaliações, sugere-se também um estudo posterior à aplicação das
tecnologias, com o obje vo de analisar e tratar o grande volume de dados
gerados pelos disposi vos e, além disso, verificar o impacto causado na
manutenção, principalmente com relação à manutenção preven va e
prescri va.
REFERÊNCIAS
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ESTUDO DE VIABILIDADE NA MIGRAÇÃO PARA O
MERCADO LIVRE DE ENERGIA
1. INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje a energia elétrica é obviamente essencial no dia-a-
dia, estando vigente em todos os lugares, pois é indispensável para a oferta de
produtos e serviços. Esta dependência energé ca faz com que as diferentes
empresas se preocupem em melhor equacionar suas despesas com o
consumo de energia. Com a reestruturação do Sistema Elétrico Brasileiro em
1994 foi ins tuído um novo modelo ins tucional e definiu dois ambientes de
contratação de energia elétrica, o Ambiente de Contratação Regulado (ACR) e
o Ambiente de Contratação Livre (ACL) (MACHADO & BARUSSUOL, 2019).
Para o consumidor ca vo, o distribuidor é o fornecedor compulsório
da região em que estão localizados, com tarifa regulada ela ANEEL, isonômica
para uma mesma classe (A1, A2, A3 e A4). Já para o consumidor livre a energia
é livremente negociada, seu valor é resultante de sua opção individual de
compra, que poderá incluir contratos de diferentes prazos com maior ou
menor exposição ao preço de curto prazo. No mercado livre o consumidor é
responsável por gerir incertezas e por seus erros e acertos na decisão de
contratação, tomando para si a tarefa de gerir suas compras de energia e os
riscos associados (MACHADO, 2019).
Hoje, o ACL com 26,6 mil a vos de consumo, teve crescimento de 2,47
vezes nos úl mos cinco anos. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE), avalia que o crescimento se deve a três fatores, viabilidade financeira,
flexibilidade contratual e negociação de valores mais compe va. A ACL
possui um bene cio de previsibilidade orçamentaria, aonde é possível as
unidades consumidoras contratar sob demanda. A sustentabilidade e os
impactos ambientais também são outro fator atra vo para os clientes. Isso
porque é possível escolher a fonte da energia consumida (MLEE, 2022).
Nesse contexto, é relevante a frequente avaliação da necessidade de
se avançar no mapeamento, estruturação e ampla divulgação de dados e
1
Graduado em Engenharia - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: Eng-lucashenrique@camporeal.edu.br
2
Graduado em Engenharia Elétrica. Mestrado/Especialização em gestão de pessoas. Professor
no Centro Universitário do Campo Real. prof_fernandogorski@camporeal.edu.br
informações do setor de energia elétrica, incluindo dados históricos (EPE,
2022).
A ampliação do ACL é aguardada por representantes do segmento,
uma vez que, no final de dezembro, a CCEE apresentou ao Ministério de Minas
e Energia (MME) e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propostas de
aprimoramentos regulatórios para que o País avance na abertura do mercado
livre a mais consumidores, de forma segura e equilibrada. As regras atuais
permitem que apenas grandes consumidores, com demanda superior a 500
kW, possam acessar o segmento (MLEE, 2022).
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2.1 Demanda
A demanda consiste-se no público alvo, isto é, o consumidor; e assim,
este trabalho foca-se no consumidor livre; um indivíduo que é atendido com
outro po de legislação; e assim, é o meio em que o consumidor exerce seu
direito de portabilidade da fatura de energia (MLEE, 2022).
Assim, a demanda de potência é medida em quilowa (kW) e
corresponde à média da potência elétrica solicitada pelo consumidor à
empresa distribuidora, durante um intervalo de tempo especificado
normalmente 15 minutos e é faturada pelo maior valor medido durante o
período de fornecimento, normalmente de 30 dias. As demandas de potência
são fixadas em reais por em reais por quilowa (R$/kW) e as tarifas de
consumo de energia elétrica são fixadas em reais por mega wa -hora
(R$/MWh) e especificadas nas contas mensais do consumidor em reais por
quilowa -hora (ANEEL, 2005).
Desta maneira, foram inves dos mais de R$ 186 bilhões em
distribuição de energia elétrica no horizonte 2010 - 2020. Com valores anuais
com tendência de crescimento, o segmento de distribuição de energia elétrica
apresentou uma média de inves mentos superior a R$ 16 bilhões no horizonte
(EPE, 2022); assim, nota-se as demandas:
Demanda contratada na ponta (kW): u lização do sistema de
distribuição no horário de ponta (normalmente das 18h às 21h).
Demanda contratada fora de ponta (kW): u lização do sistema de
distribuição no horário fora de ponta (normalmente das 0h às 18h e das 21h às
24h).
2.2.3 Tributação
Para analisar a viabilidade de migração de um consumidor para o
Ambiente de Contratação Livre (ACL) é necessário verificar os dados mensais
na fatura de energia do Ambiente de Contratação Regulado (ACR). Segundo
Tractebel (2017), os principais dados são:
Tipo de consumidor: Industrial, Comercial, Residencial.
Grupo e estrutura tarifária: Para o faturamento do fornecimento/
prestação de serviço de distribuição de energia elétrica, as unidades
consumidoras são divididas em dois grupos tarifários, A e B, que são
diferenciados pelo nível de tensão.
Dentro do grupo A, ainda existem modalidades/estruturas tarifarias
dis ntas para atender os diferentes perfis de consumidores, sendo elas:
3 METODOLOGIA
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A intenção desse trabalho de conclusão de curso foi desenvolver uma
analise de viabilidade de migração de um consumidor ca vo para o ambiente
de contratação livre. O desenvolvimento da pesquisa foi realizado em uma
fabrica de vidros em Guarapuava, PR.
Diante disso, o trabalho tratou de dois ambientes de contratação de
energia presente no Brasil, o Ambiente de Contratação Regulada (ACR),
dedicado para geradoras, distribuidoras de energia e consumidores ca vos, e
o Ambiente de Contratação Livre (ACL), que par cipam geradoras,
comercializadoras e consumidores livres.
No ACR, o consumidor não tem a possibilidade de negociar os preços
da energia elétrica e fica sujeito aos reajustes e bandeiras tarifárias, não tendo
previsibilidade orçamentaria. Em contrapar da, no ACL, há liberdade para os
grandes e médios consumidores negociarem diretamente com o fornecedor
os preços da energia, prazos e condições, proporcionando previsibilidade de
seus custos e consequentemente, os tornando mais compe vos no
mercado.
O consumidor analisado neste estudo, observa-se que, os obje vos
econômicos podem ser ob dos na migração para o mercado livre, onde,
através de uma decisão conservadora, sugere-se uma contratação de médio
prazo (máximo 4 anos), que darão à empresa uma previsibilidade de custos em
um momento com tendências de flutuação de preços no mercado ca vo,
principalmente por conta da instabilidade no regime de chuvas.
Vale ressaltar, que mesmo com tendências favoráveis à migração,
além dos aspectos econômicos, uma análise jurídica é necessária para definir
questões contratuais, pois é preciso respeitar o contrato celebrado com o
distribuidor local.
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
As instalações elétricas industriais são muito complexas porque são
projetadas para fornecer energia a uma ampla gama de equipamentos de
missão crí ca, como controles automá cos, sistemas de telecomunicações,
máquinas de processo, sistemas HVAC e iluminação, dentre outros. É
extremamente importante que os painéis de distribuição sejam verificados e
man dos regularmente para que um fluxo suave de energia esteja disponível o
tempo todo e que os problemas potenciais sejam iden ficados antes que se
tornem mais sérios e causem interrupções nos negócios ou falhas
dispendiosas de equipamentos (MOUBRAY, 1996).
Manter a integridade dos painéis de distribuição elétrica localizados
em uma grande instalação requer pessoal em tempo integral que possa
realizar medições rápidas e confiáveis, bem como analisar adequadamente os
dados registrados para fazer suposições e previsões que podem evitar reparos
caros e evitar desligamentos (KARDEC, 2009).
Embora alguns departamentos de manutenção dependam de uma
estratégia de execução até a falha, a maioria deseja fazer mais manutenção
preven va do que corre va. O problema é que muitas organizações não têm
recursos para expandir seu plano de manutenção para incluir trabalhos que
prolonguem a vida ú l dos a vos e minimizem o tempo de ina vidade. Para
isso, a u lização da termografia nas a vidades de manutenção industrial se
mostra como uma alterna va viável para a realização das manutenções
predi vas nas empresas (SLACK, 2002).
Sendo assim, diante do contexto apresentado, tem-se que este estudo
visa responder ao seguinte ques onamento: como a termografia pode
contribuir para a prevenção de paradas de funcionamento em painéis
elétricos.
1
Graduado em Engenharia Elétrica - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-ruhanpaula@camporeal.edu.br
2
Graduado em Engenharia Elétrica pela UTFPR, Especialista em Docência pelo Centro
Universitário Campo Real, Especialista em Educação Profissional e Tecnológica pela Faculdade
São Braz, Mestrando em Administração pela UNICENTRO.
Para responder a este ques onamento, foi traçado como obje vo
principal deste ar go verificar como a u lização da termografia em ações de
manutenção preven va podem se mostrar benéficas para o pleno
funcionamento de sistemas elétricos industriais. Para alcançar tais obje vos,
foram traçados obje vos específicos, sendo eles: conceituar a manutenção
industrial e a termografia e realizar estudo termográfico de painéis elétricos
de uma empresa para verificar sua u lização dentro da manutenção
preven va.
Como jus fica va para a realização deste estudo, tem-se que para o
acompanhamento da operação de painéis elétricos, se faz necessária a
manutenção, seja ela preven va ou corre va. De acordo com Tavares (2005),
considerando que a manutenção corre va oferece maiores prejuízos para os
processos industriais, a prá ca de manutenções preven vas se mostra a
melhor alterna va para o mizar os resultados de uma empresa. Com isso, a
u lização da termografia se mostra como uma alterna va viável para prevenir
paradas em painéis elétricos, possibilitando iden ficar problemas a par r de
suas funcionalidades técnicas a par r das fotos que fornecem.
Para a realização deste estudo, tem-se que o estudo de caso será a
metodologia de pesquisa adotada. Para a realização da mesma, serão feitas
fotografias de painéis elétricos de uma empresa, buscando iden ficar o perfil
de temperatura dos mesmos e, assim, iden ficar possíveis problemas
funcionais que possam aparecer de acordo com o padrão de temperatura dos
painéis elétricos.
Como forma de melhor organizar o ar go aqui produzido, a estrutura
de tópicos a ser adotada será: introdução, com a apresentação do assunto a
ser estudado em linhas gerais; fundamentação teórica, onde serão
apresentados todos os conceitos inerentes à manutenção e termografia;
metodologia, onde serão apresentadas as etapas a serem cumpridas para a
obtenção das conclusões; análise e discussão dos resultados, onde serão
apresentadas as informações coletadas do estudo de caso e os resultados
ob dos na mesma; e, por fim, as conclusões ob das após todo o estudo aqui
realizado.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O significado técnico de manutenção envolve a inspeção funcional,
manutenção, reparo ou subs tuição de equipamentos, equipamentos,
máquinas, infraestrutura predial e instalações de apoio necessárias em
instalações industriais, comerciais, governamentais e residenciais. Ao longo
do tempo, isso incluiu várias fórmulas que descrevem as várias prá cas
econômicas que mantêm os equipamentos funcionando; essas a vidades
ocorrem antes ou depois da falha. Essas funções são cole vamente chamadas
de Manutenção, Reparo e Revisão (MRO). A MRO também é u lizada para
manutenção, reparo e operações (TAVARES, 2005).
● manutenção regular;
● manutenção planejada, que pode incluir tempo de ina vidade
planejado para subs tuição de equipamentos;
● manutenção preven va planejada;
● Solução de problemas: repare apenas se es ver danificado. Isso
também é conhecido como estratégia de manutenção rea va e
pode envolver danos consequentes.
2.1.2 Manutenção Corre va
A manutenção corre va é a tarefa de manutenção realizada para
iden ficar, isolar e corrigir falhas para que equipamentos, máquinas ou
sistemas defeituosos possam retornar a um estado operacional dentro de
tolerâncias ou limites estabelecidos de operação em serviço. As etapas da
manutenção corre va são, após uma falha, diagnós co (eliminação da peça
que causou a falha), pedido de subs tuição - subs tuição da peça - teste
funcional e por fim uso con nuado (NETTO, 2008).
A forma básica de manutenção corre va é um procedimento passo a
passo. A falha do objeto aciona as etapas. Tecnologias modernas como o uso
de recursos Da Indústria 4.0 reduzem as desvantagens inerentes à
manutenção corre va. Por exemplo, fornecendo histórico do disposi vo,
padrões de falhas, conselhos de reparo ou disponibilidade de peças de
reposição (COSTA, 2013).
A manutenção corre va pode ser agrupada nas seguintes categorias,
de acordo com Tavares (2000):
● a norma ISO 55000 visa fornecer uma visão geral da gestão de a vos
e estabelece princípios e terminologia (consistente com outros
Sistemas de Gestão);
● a ISO 55001 define os requisitos necessários para implementar um
sistema de gerenciamento de a vos correto;
● a ISO 55002 fornece um guia ú l para a aplicação da ISO 55001.
O resultado é um sistema inovador para manutenção de a vos, que
melhora a qualidade e a eficiência, elimina falhas e promove grupos
de manutenção autônoma com a vidades diárias de melhoria (ISO,
2014).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O teste termográfico, também conhecido como inspeção por
infravermelho, é um método de manutenção predi va sem contato usado
para detectar defeitos de conexões, sobrecargas do sistema, isolamento
deteriorado e outros problemas potenciais em componentes elétricos. A
termografia infravermelha é usada para encontrar áreas de excesso de calor
para que os problemas possam ser corrigidos antes que eles levem ao uso
excessivo de energia, aumento dos custos de manutenção, interrupções de
serviço, falha catastrófica do equipamento e/ou danos ao equipamento.
A termografia mede as temperaturas da super cie de componentes
elétricos usando tecnologia de varredura visual infravermelha altamente
especializada. Durante uma varredura, uma 'câmera' térmica é usada para
captar traços de calor que de outra forma não aparecem no espectro de luz
visual, permi ndo que os inspetores iden fiquem facilmente anomalias de
calor por sua cor na imagem térmica.
Quando a corrente flui através de um sistema elétrico energizado, ela
encontra resistência das conexões e componentes individuais dentro do
sistema. À medida que esses componentes e conexões se deterioram com o
tempo, sua resistência aumenta, causando aumentos localizados no calor. Seja
devido a uma conexão an ga ou a um componente mal-feito, essas
concentrações de calor podem causar falhas no equipamento e desperdício de
energia se não forem controladas. A termografia pode detectar esses
aumentos de temperatura com antecedência, permi ndo que você resolva o
problema antes que ele se torne um problema sério.
Existem vários riscos associados à falha de equipamentos elétricos,
alguns mais graves que outros. A falha do equipamento pode ser bastante cara
quando você considera reparos e paralisações de trabalho. Mas também há
riscos sicos envolvidos. Falhas de componentes e conexões podem expor os
funcionários a circuitos elétricos energizados, colocando-os em risco de
ferimentos graves ou morte por eletrocussão. Serviços de manutenção
predi va, como testes termográficos, podem ajudá-lo a evitar esses perigos
muito antes que eles ocorram.
Todas as propriedades com sistemas elétricos energizados se
beneficiariam dos serviços de manutenção predi va. E quanto mais
equipamentos você ver, maior será a necessidade. Instalações comerciais
com níveis mais altos de consumo de energia, equipamentos pesados e vários
circuitos de ramificação e sistemas de distribuição
correm um risco consideravelmente maior de falhas dispendiosas e
podem se beneficiar muito de varreduras termográficas anuais em seus
sistemas crí cos.
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
1
Graduando de Engenharia Mecânica - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: engm-luizknuppel@camporeal.edu.br
2
Professor no Centro Universitário do Campo Real.
motor, pressão de turbo, pressão do óleo, emissão de gases poluentes, uso do
motor, entre outros (ENTLER, 2018). Ela é a vada por meio sensores que se
encontram distribuídos pelos componentes do motor, como: sensores de
temperatura, sensor lambda, sensor de posição do acelerador, sensor MAP e
sensor MAF, etc (TRIGUEIRA, 2014).
Já, a reprogramação eletrônica consiste em um procedimento de
alteração dos comandos eletrônicos do motor, por meio da alteração dos
valores tabelados,
denominados mapas de diferentes parâmetros que são controlados
pela ECU. A reprogramação permite diversas possibilidades de alteração e
combinações dos mapas veiculares para diferentes cenários de operação do
motor (TRIGUEIRA, 2014).
Resultados significa vos em relação a reprogramação só são ob dos,
quando se tem um obje vo bem definido, compreensão de cada valor
presente no mapa, bem como amplo conhecimento do motor que sofrerá a
modificação. Dentre esses resultados, os mais comuns são: ganho de
potência, ganho de torque, economia de combus vel em algumas faixas de
rotação, melhor dirigibilidade e menor delay do acelerador. Resultados
importantes e menos comuns, também podem ser observados, como: menor
emissão de poluentes, limitação de velocidade, limitação de RPM, entre
outros (KORPASCH, 2022).
A reprogramação veicular é classificada em stages, os quais na área
automobilís ca equivalem a estágios, fases ou nível de reprogramação que o
veículo se encontra. É importante evidenciar que há diferentes empresas
especializadas no ramo de reprogramação veicular com diferentes padrões
em relação aos so wares especializados em reprogramação. Sendo assim,
cada empresa estabelece seus parâmetros em relação ao stage 1 e ao stage 2.
Geralmente no stage 1 ocorre reprogramação sem alterações mecânicas;
diferente do stage 2, onde há reprogramação e subs tuições mecânicas como,
alterações de filtro e remoção do catalisador (STRIKE, 2021).
Destarte, a relevância da temá ca de estudo se traduz pelas questões
ambientais, de desenvolvimento tecnológico como destacado. Sendo assim, o
presente trabalho de pesquisa visa comparar os diferentes estágios de
preparação do motor de combustão interna EA888, original, com
reprogramação stage 1 e stage 2 através de uma pesquisa experimental, para
trazer dados significa vos em relação as variáveis de torque, potência,
pressão de turbo, tempo mínimo de ignição e proporção mínima de oxigênio.
A hipótese inicial da pesquisa é de que a reprogramação permite uma melhor
performance do carro em relação as variáveis apresentadas anteriormente, se
comprado com o veículo original, ou seja, sem reprogramação.
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Motor
Segundo Varella (2015), os motores são classificados como máquinas
mecânicas que tem como obje vo transformar qualquer forma de
energia, seja ela térmica, hidráulica ou elétrica em energia mecânica. Os
motores à combustão transformam energia calorífica em energia mecânica e
se dividem em dois pos: motores de combustão externa e motores de
combustão interna.
Os primeiros motores de combustão externa foram desenvolvidos por
volta do século XVIII, sendo que a energia era produzida fora do motor e o
combus vel u lizado era lenha para as locomo vas à vapor, posteriormente
outras formas de energia foram criadas, como o combus vel fóssil u lizado
nas Usinas Termoelétricas. Com o avanço tecnológico, novos motores foram
criados, como os de combustão interna. Nesse po de motor o principal
combus vel u lizado é a gasolina que é queimada dentro de uma câmara de
combustão interna do motor (UFPEL, s/d). Atualmente, os principais pos de
motores de combustão interna são os Motores de Ciclo O o ou de ignição por
centelha e Motores de Ciclo Diesel ou de ignição por compressão (SALOMÃO
et al, 2018).
2.3 ECU
A primeira u lização da Central Eletrônica de Gerenciamento do
motor ou Eletronic Control Unit (ECU), foi realizada pela Bosh em testes com
aeronaves, as quais veram a implementação da injeção de combus vel
direta, ou seja, a adição de combus vel diretamente na câmera de combustão
(MARQUES, 2019). Após testes bem-sucedidos, a ECU foi implementada em
veículos rodoviários, subs tuindo dessa forma o carburador. A popularização
da ECU fez com que diversas empresas inves ssem e produzissem o mesmo.
Grandes empresas como Simens, Bosh, Delphi e Denso, são as principais
fornecedoras desses disposi vos. Conforme a tecnologia avança, as
desenvolvedoras de ECU também avançam, lançando novas versões de ECUs e
so wares mais sofis cados (KORPASCH, 2020). A central eletrônica de
gerenciamento do motor pode ser visualizada na imagem 3.
Imagem 3 – Central Eletrônica de Gerenciamento do Motor
2.5.2 Potência
A potência é ob da através da rotação do motor, para os motres de
combustão interna são levadas em consideração cinco pos de potência:
potência térmica que está relacionada com a queima de combus vel e com o
calor fornecido para essa queima; potência indicada que é acontece nos
pistões do veículo, potência de atrito é considerada a perca da potência
indicada até as rodas do veículo. Já a potência efe va é a potência aferida na
saído do motor. Também temos a potência nas rodas do veículo, a qual é
representada por Weel Horse Power (wHP), que pode ser aferida em
dinamômetro e que considera todas as percas do conjunto mecânico do
veiculo (cambio, peso da roda, eixos, entro outros.) (LANES NETO, 2017).
2.5.3 Filtro de ar
O filtro de ar é o responsável pela qualidade do ar admi do pelo
motor, ele é feito em papel e tem a função de reter impurezas con das no ar,
como a poeira e também, capturar corpos estranhos, como por exemplo,
insetos, folhas e pedras que são barrados por esse filtro, preservando assim o
motor (CABRAL, 2016).
2.5.4 Catalisador
O catalisador tem como função realizar o tratamento dos gases
provenientes da combustão. Composto por cerâmica e por diversos dutos em
forma de colmeia, proporciona uma grande super cie de contato com os
gases. O material catalí co do catalisador é composto por vários metais
nobres, que por sua vez trabalham como
estabilizadores estruturais, reduzindo o teor de gás carbônico (CO),
NOx e hidrocarbonetos (SILVA, 2008).
2.5.5 Turbocompressor
O Turbocompressor tem a função de trazer uma maior quan dade de
ar ao motor, um ar mais denso com uma menor temperatura, o que contribui
para uma combustão em maior proporção e uma mistura mais homogênea. É
composto por uma turbina acoplada por um eixo a um compressor. Os gases
da combustão fazem a turbina girar, logo o eixo que une a turbina ao
compressor também rotaciona, a vando o compressor, com isso uma
quan dade maior de ar é sugado pelo compressor e enviado a um sistema de
refrigeração de ar, conhecido por intercooler, onde o ar capturado pelo
compressor é resfriado e por fim admi do pelo motor (COSTANTIN, 2017).
3. METODOLOGIA
Este estudo se caracteriza como uma pesquisa experimental
quan ta va, por meio de um experimento controlado, metodologicamente
pensado para produzir dados necessários ao processo inves ga vo que visa
comparar o motor de combustão interna EA888 original com o mesmo motor
após reprogramação de injeção eletronica em stage 1 e stage 2. Para a análise
dos motores em diferente estágios de reprogramação levou-se em
consideração as seguintes variáveis: potência, torque, pressão média de
turbo, tempo mínimo de ignição e proporção mínima de oxigênio após a
combustão.
3.1 Veículo
O experimento foi realizado em um veículo Je a GLI, ano 2019, motor
modelo EA888 de 3ª geração, 4 cilindros 2.0L; sobrealimentado com
turbocompressor IS20; com ECU marca SIMENS modelo SIMONS 18.1, com
potência de 230 HP e 35 Kgfm de torque, de acordo com as espeficicações do
fabricante.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Resultados
Após passar o veículo Je a GLI com mapa original no dinamômetro,
foram ob dos os seguintes resultados: potência de aproximadamente 244
wHP e torque de 42 Kgfm. Na sequência, u lizou-se o so ware VAG-COM
Diagnos c System (VCDS) para a leitura de parâmetros como: pressão média
de turbo, tempo mínimo de ignição e proporção mínima de oxigênio, os
resultados ob dos foram respec vamente: 1,97 Bar, -4,87 graus e 0,88 volts.
Os resultados podem ser observados na tabela 1.
O veículo passou por reprogramação com o aparelho de leitura e
gravação Kess V2 e recebeu o stage 1 de acordo com o mapa da preparadora
Prado Powerchips. Após a leitura em dinamômetro obteve-se potência de
271wHP e torque de 48 KgFM. E a leitura com o so ware VCDS foi possível
obter os seguintes resultados: pressão média de turbo 2,09 Bar, tempo
mínimo de ignição -7,12 graus e proporção mínima de oxigênio de 0,82 volts,
conforme tabela 1.
Antes da reprogramação com o aparelho Kess V2 stage 2 segundo a
preparadora Parado Powerchips, foi necessário o veículo passar por alterações
mecânicas como descrito. Após leitura em dinamômetro o stage 2 apresentou
potência de 283 wHP e torque de 53 KgFM. A leitura em VCDS mostrou:
pressão média de turbo de 2,13 Bar, tempo mínimo de ignição de -7,70 graus e
proporção mínima de oxigênio de 0,82 volts. Os resultados podem ser melhor
observados, na sequência.
Tabela 1 – Comparação dos diferentes parâmetros ob dos do Je a GLI em
mapa original, stage 1 e stage 2.
5 DISCUSSÃO
Através dos resultados ob dos é possível observar quan ta vamente
que o Je a GLI stage 1 apresentou um aumento significa vo de potência e
torque se comparado com o mapa original, 271 wHP e 48 Kgfm; 244 wHP e 42
Kgfm, respec vamente. Um ganho de aproximadamente 27 wHP e de 4 Kgfm,
o que leva a aproximadamente a 320 CV de motor, sendo que o mapa original
possuí 287 CV de motor. Agora se compararmos os resultados ob dos do
mapa stage 1 com o mapa stage 2, percebemos que também há um ganho
considerável de potência, pois o stage 1 apresenta 271wHP e o stage 2
283wHP, ganho de aproximadamente 12wHP. Em relação ao torque há ganho
de 5Kgfm, pois o stage 1 apresentou torque de 48Kgfm e o stage 2 de 53Kgfm.
O que leva a um ganho expressivo no desempenho do motor, cerca de 350 CV
de motor no stage 2. Portanto foi possível observar um ganho de 11% de
potência do mapa original para o stage 1; e um ganho de 15% do original para o
stage 2, ambos rela vamentes significa vos.
Em relação a pressão média de turbo, o stage 1 apresentou um melhor
resultado (2,09 Bar) se comparado com o mapa original (1,97 Bar), isto é
conforme o aumento das rotações por minuto o veículo se mantem constante.
Esse melhor desempenho também pode ser observado se comprararmos o
ponto máximo da pressão de trubo do stage 1 (2,43 Bar em 2656 RPM) com o
mapa original (2,30 Bar em 3211 RPM), ou seja, o stage 1 consegue obter uma
resposta mais eficiente consequentemente mais rápida do que o mapa
original. Logo, se comprarmos o stage 1 (pressão média de turbo 2,09 Bar
ponto máximo da pressão de turbo 2,43 Bar em 2656 RPM) com o stage 2 (2,13
Bar e ponto máximo da pressão de turbo 2,54 Bar em 2612 RPM) observamos
a mesma ideia, porém há uma maior linearidade do gráfico em relação aos
resultados ob dos no mapa stage 2, devido as modificações realizadas no
mapa associadas com a troca do filtro de ar, o qual permite um maior fluxo de
ar para admissão. A pressão de turbo é um parâmetro que influencia
diretamente na potência do veículo, pois quanto maior o volume de ar
admi do pelo motor maior será a injeção de combus vel, obtendo-se dessa
forma uma mistura mais homegênea, consequentemente a combustão se
torna mais eficiente por apresentar um maior rendimento, diminuindo dessa
forma os gasses poluntes (CONSTANTIN, 2017).
O tempo mínimo de ignição é uma variável muito importante para
obtenção de um melhor desempenho veícular, pois através dela é possível
controlar a pré-ignição evitando quebras e obtendo maior aproveitamento
energé co da queima (TORRES, 2018). É possível perceber que houve um
decrescimento gradual dos valores ob dos nos diferentes mapas do veículo:
mapa original –4,87º em 3318 RPM, mapa stage 1 -7,12º em 3112 RPM, mapa
stage 2 –7,70º em 2910 RPM. O descrescimento nos valores de ponto mínimo
de ignição estão relacionados diretamente com o ponto máximo de pressão
de trubo, pois com maior fluxo de ar admi do, há uma maior concentração de
ar na mistura ar combus vel, consequentemente a queima dessa mistura
ocorre mais rapidamente.
Já a proporção mínima de oxigênio, esta relacionada com a leitura da
queima da mistura ar combus vel pela sonda lambda e com a emissão de
gases após a combustão. Sendo que valores acima de 1volt demonstram que a
mistura apresenta uma maior concentração de oxigênio do que combus vel,
valores menores que 1volt demosntram o contrário, misturas mais ricas em
combus vel, portanto 1 volt equilave a queima de 50% ar e 50% combus vel
(TRIGUEIRA, 2014). Conforme os valores ob dos, percebe-se que o mapa
original apresentou um resultado mais próximo de 1 volt (0,88 volts), ou seja
uma mistura mais rica em combus vel. Entretanto, o stage 1 e stage 2
apresentam o mesmo valor (0,82 volts), também próximos de 1 volt, porém
menor se comprado com o mapa original, isso ocorre devido as
modificações nos mapas do veículo, pois com uma maior concentração de
combus vel temos uma menor temperatura na câmara de combustão
preservando dessa forma os conjuntos mecânicos e de ignição.
Sendo assim, os resultados mosntram que o Je a GLI com stage 2
apresentou um maior desempenho veicular diante das variáveis aplicadas, se
compararmos com os demais mapas.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atavés desse estudo experimental que teve como obje vo a
comparação dos diferentes estágios de preparação do motor EA888, foi
possível observar que a reprogramação apresenta resultados expressivos em
relação ao mapa original, pois o Je a com preparação e reprogramação stage
2 apresentou resultados mais significa vos que os demais mapas,
apresentando dessa forma uma melhor performance em relação ao torque e
potência, bem como em relação a pressão média de turbo e ao tempo mínimo
de ignição.
Os dados ob dos comprovam de forma quan ta va que a
reprogramação de injeção eletronica de veículos é uma opção viável e
promissora para condutores que desejam motores com maior
aproveitamento energé co, melhor performance, confiabilidade e segurança.
Pois com a reprogramação é possível o mizar parâmetros do mapa do veículo
para diferenets condições de funcionamento do motor, de acordo com as
preferências do condutor. Ademais, o veículo com reprogramação também
apresentou resultados qualita vos, como uma melhor dirigibilidade e menor
delay.
Porém, é importante resaltar que os resultados ob dos poderiam ser
superiores em relação ao desempenho e performance do veículo (torque e
potência) no stage 1 e 2, em razão das diferentes variáveis em relação a
aferição, como: cidades diferentes com pressão atemosférica dis ntas,
condições meteriológicas, modelos diferentes de dinamômetros e diferentes
combus veis. Essas variáveis influenciam diretamente na potência do motor,
em al tudes elevadas há menos oxigênio, desse modo menos ar entra no
motor e menor é a queima de combus el levando a um menor desempenho.
Temperaturas altas também reduzem o desempenho veicular, por deixar o ar
mais denso, dessa forma menos ar é admi do e menor é a queima de
combus vel (GONÇALVES et al, 2018).
Portanto, a reprogramção de injeção eletrônica é uma opção viável
para melhor desempenho e perfomance do veículo, pois tanto em stage 1
quanto em stage 2 apresentou melhores resultados do que o mapa original.
Através dela é possível adequar parâmetros do veículo de acordo com as
condições e necessidades do condutor. Além disso a reprogramação pode-se
definida como reprogramação de injeção eletrônica com alterações nos
valores do mapa central do veículo, o qual é responsável por comandar
diferentes dados que gerenciam o motor, adequando esses parâmetros de
acordo com a necessidade do condutor.
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Para Ballou (2006) a logís ca tem o compromisso de conduzir
produtos ou serviços certos para estarem no lugar certo e nas condições
desejadas e ao mesmo tempo fornecendo para a empresa a melhor
colaboração possível. Neste sen do, a escolha do modal adequado no sistema
logís co determina as possibilidades de redução de custos e maior
compe vidade (NAZÁRIO, 2000), englobando não só o preço de frete, mas
também, tempo de entrega, disponibilidade, volume, frequência,
preservação das condições dos produtos, rastreabilidade e confiabilidade.
Escolher o melhor meio de transporte exerce um grande impacto na
eficiência e reponsabilidade da cadeia de suprimentos, a empresa pode
u lizar o transporte como um fator-chave para tornar a cadeia de suprimento
mais comprome da, neste sen do, o po de transporte é relacionado com a
qualidade dos serviços logís cos, impactando diretamente na confiabilidade,
tempo de entrega e a segurança dos produtos (NOGUEIRA, 2018). Além de
que, o po de transporte u lizado pode afetar também os estoques, em geral,
no processo logís co, o item mais importante é o transporte, de acordo com
Bovet e Mar n (2000), entre 2 e 12% do valor da venda dos produtos depende
deste setor.
Para Caxito (2019) em geral, apesar da modalidade rodoviária ter mais
representa vidade no país e possuir infraestrutura favorável, o custo deste é
considerado um dos mais caros e devido às grandes dimensões do Brasil, e à
disponibilidade de uma extensa região costeira, espera-se que meios de
transporte como a cabotagem passem a ter uma maior par cipação na rede
logís ca. O Brasil é um país favorecido para a navegação, de acordo com a
ABAC Associação Brasileira de Cabotagem (2019), são cerca de 8 mil
quilômetros de costa e mais de 40 mil quilômetros de vias navegáveis. Ao todo
1
Graduada em Engenharia de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: engparianeravanello@camporeal.edu.br
2
Graduado em Engenharia Elétrica. Especialização em Logís ca. Professor no Centro
Universitário do Campo Real.
E-mail: prof_borsatol@camporeal.edu.br
são 34 portos - 8 na região Sul, 5 na Norte, 10 na Sudeste e 11 na região
Nordeste.
Em busca de uma alterna va para o meio de transporte que resulte na
redução dos custos logís cos, as empresas precisam adequar seus níveis de
estoque e de seus centros de distribuição para que não haja ruptura de
produção e queda no nível de serviço, para Nogueira (2018), enquanto o
transporte adiciona valor de lugar ao produto, o estoque agrega valor de
tempo. Segundo a Aliança (2019), uma das empresas que oferece o transporte
marí mo de cabotagem, a modalidade chega a consumir 8 vezes menos
combus vel para mover a mesma quan dade de carga se comparado a outros
modais. Deste modo, este trabalho visou comparar o transporte rodoviário em
uma empresa no Centro Oeste do Paraná, localizada no sul do país, para o
nordeste, dando ênfase no uso da cabotagem para a subs tuição parcial do
frete rodoviário.
Tendo em vista o potencial de crescimento encontrado no setor de
transportes e a melhoria de eficiência na questão logís ca da
mul modalidade, que tem a vantagem nos aspectos ambientais e redução de
custos, o desenvolvimento deste trabalho obje vou, comparar estes dois
modais.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.3 Cabotagem
No transporte marí mo, a cabotagem pode ser definida pela
Associação Brasileira de Cabotagem, ABAC ([2022]) como “navegação entre
portos do mesmo país, e se contrapõe à navegação de longo curso, que é
realizada entre portos de diferentes países”. A ABAC ([2022]) ainda aborda
que, as empresas de cabotagem operam em vários segmentos de cargas,
sendo o mais popular o transporte de container, onde atende quase todo po
de carga e possui grande versa lidade.
De acordo com a Log-In Logís ca Intermodal S.A ([2022]), empresa
especializada em cabotagem no Brasil, a cabotagem é o modal de transporte
que menos interfere no meio ambiente, pois u liza de modo natural as vias
navegáveis do país e reduz a emissão de CO2 e Nox na atmosfera. O índice de
avarias nas cargas transportadas pela Cabotagem é muito pequeno em
comparação aos danos causados pelos outros modais (ALIANÇA, 2019). A
Cabotagem apresenta também um índice de roubos de cargas muito baixo,
conforme afirma Ballou (2006), a grande vantagem da cabotagem é que os
custos em danos e perdas decorrente desse meio de transporte são
considerados baixos em relação ao outros modais.
Em 2020 foram movimentadas 271,7 milhões de toneladas de carga
via cabotagem, um aumento de 12,7% em comparação ao ano anterior,
conforme Anuário CNT do Transporte (2021). Relacionado à capacidade de
carregamento de cada modal, uma embarcação de 5.000 toneladas transporta
o equivalente a 143 carretas, conforme a pesquisa CNT do Transporte
Aquaviário (2013).
Assim, a maior u lização da cabotagem para fluxos internos
possibilitaria a redução da quan dade de veículos nas rodovias, reduzindo,
dessa forma, o desgaste das rodovias e contribuindo para a redução do custo
total do frete dos produtos movimentados no país (Pesquisa CNT do
Transporte Aquaviário, 2013).
Buscando fomentar a oferta da cabotagem no Brasil, no início de 2022
foi sancionado pelo governo a BR no mar: Programa de Es mulo ao Transporte
por Cabotagem. Esta medida legisla va busca incen var a concorrência,
reduzindo custos e criando novas rotas. De acordo com o Art. 1º da (Lei nº
14.301/2022), de 7 de janeiro de 2022 (BRASIL, 2022) seus obje vos são
voltados para ampliar a oferta de frota para a navegação de cabotagem,
melhorar a qualidade do transporte e de serviços de porto, além de, es mular
o desenvolvimento da indústria naval brasileira. Até então, o transporte de
cabotagem no Brasil era realizado de maneira restrita às embarcações
brasileiras, com a BR do Mar facilitou a entrada de embarcações estrangeiras
no país para realizar o transporte de cabotagem.
3 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do presente trabalho, u lizou-se a
abordagem da pesquisa qualita va em consonância à abordagem
quan ta va. De acordo com Fachin (2006), através da abordagem qualita va
busca se descrever a complexidade do problema e analisar a interação de
certas variáveis. U lizou-se também a abordagem quan ta va para o
tratamento dos dados de variáveis referente a custos, volumes e emissão de
CO2, para os quais se requer o uso de técnicas matemá cas. Referente aos
obje vos de pesquisa, a mesma caracteriza-se como pesquisa descri va (GIL,
2010), cuja finalidade é descrever as caracterís cas do objeto de pesquisa e
iden ficar possíveis relações entre as variáveis do mesmo.
A etapa seguinte foi iden ficar diversos atributos relevantes ao
processo de escolha. Esses atributos foram agrupados em três categorias:
custos, agilidade e níveis dos serviços oferecidos. Entre os atributos
selecionados, exis am variáveis quan ta vas, como custos e volume, e
qualita vas, como qualidade no atendimento e segurança. As variáveis
quan ta vas foram incorporadas por meio de valores e as qualita vas, por
meio de caracterís cas.
Este trabalho é um compara vo entre o modal rodoviário e a
cabotagem (container), para a entrega de farinha ensacada, do sul ao nordeste
do Brasil, foi analisado o período de agosto à outubro de 2022 em uma
agroindústria do centro-oeste do Paraná. Considerando vantagens e
desvantagens, foram analisados não apenas os custos, mas também, a
qualidade, segurança, tempo de entrega e confiabilidade.
No que se refere às fontes, houve uma triangulação nas múl plas
fontes dos dados, foram ob dos por meio de revisões bibliográficas,
englobando livros, trabalhos acadêmicos, sites de ins tuições públicas e
privadas. E também, dados reais da empresa sobre a operação, que foram
expressos através de tabelas, quadro, figuras e gráficos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente ar go teve como obje vo comparar o modal rodoviário e a
cabotagem, onde foi possível verificar as operações realizadas dos dois
modais, e também, criar um cenário para simular as modificações no valor do
frete e emissão de CO2. Atender as expecta vas do cliente e reduzir custos em
uma operação foi fator preponderante para o desenvolvimento deste
trabalho, juntamente com a relevância de melhorar a eficiência ambiental.
Com isso, conclui-se que os obje vos traçados foram alcançados e que o
transporte hidroviário aliando ao rodoviário é uma alterna va a ser
considerada, apresentando vantagens em termos de redução tanto de custos
operacionais quanto de impacto ambiental.
Conforme verificado, existe uma série de diferença entre os dois
modais, atualmente o rodoviário é o mais u lizado e mais flexível, mas com
emissão de Co2 muito elevado. No modo hidroviário, u lizando a cabotagem,
os custos são mais baixos, é possível transportar maior volume e emi ndo
menos gases de efeito estufa, além de consumir menos combus vel fóssil. É
importante verificar também, estes dois modais como complementares, pois
o navio faz o transporte entre portos no país e o modal rodoviário agrega no
trajeto até o porto, e do porto ao cliente final.
O Brasil, tendo como grande vantagem sua extensa costa territorial,
agora caminha para intensificar o modelo mul modal de transporte através
do BR no Mar, que incen va e aumenta a compe vidade entre os operadores
de cabotagem, consequentemente reduzindo custos, viabilizando ainda mais
sua u lização. Fato este que, foi de grande importância para a empresa
repensar no seu modal exclusivo de transporte rodoviário, despertando o
interesse em integrar com a cabotagem.
A logís ca de transporte de produtos é um fator decisivo no mercado
para a compe vidade de empresas em toda a cadeia produ va e de
distribuição. Um cenário relevante a ser observado, caso haja maior u lização
da empresa pela cabotagem, é em relação aos seus estoques, pois o tempo de
entrega pode ser maior que o do rodoviário, demandando assim, um estreito
alinhamento com o setor de PCP (Planejamento e Controle da Produção),
sendo esta uma oportunidade para futuros estudos.
REFERÊNCIAS
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a outros modos de transporte no sul do Brasil. UFSM, Santa Maria, v. 8, n. 3, p.
499-514, jun./2015.
LICITAÇÃO PÚBLICA - UM ESTUDO DE CASO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE
UMA EMPRESA DA CIDADE DE GUARAPUAVA-PR NO PROCESSO
LICITATÓRIO N° 010/2022 DA PREFEITURA DE INÁCIO MARTINS-PR
1
SANTOS, Suellem Aparecida dos
2
MARON, Bruno de Andrade
1. INTRODUÇÃO
A par cipação social pelas organizações empresariais, o
fortalecimento da cidadania e a obtenção dos direitos humanos e essenciais
são resultados da Cons tuição Federal de 1988, conforme afirma Nunes
(2022), a Administração Pública passou a ser regulada e exercida dentro das
determinações da Cons tuição Federal de 1988 para manter controles sociais.
Já, segundo Pereira e Vieira (2017) a Administração Pública está es mulada a
realizar mudanças em prol da eficiência e da desburocra zação, buscando,
dessa forma, humanizar e melhorar o acesso da sociedade aos serviços
públicos.
Em razão disso, o processo de licitação passou a ser um princípio
cons tucional, logo, a obtenção de serviços e produtos por parte da
Administração Pública tornou-se um procedimento obrigatório, segundo os
autores Pereira e Vieira (2017), a Cons tuição Federal de 1988 assegurou o
envolvimento e o controle social da Administração Pública brasileira ao
apresentar avanços nos mecanismos de par cipação do processo decisório
nos âmbitos local e federal.
Pouco a pouco, o Estado Brasileiro busca promover melhorias no
atendimento dos serviços públicos e com isso, segundo Nunes (2022), o
Estado par lha competências entre os órgãos federais, estaduais e municipais
a fim de criar mais agilidade no processo de prestação de serviços e parceria
com empresas privadas.
O processo licitatório provém de métodos administra vos defendidos
por órgãos governamentais e visa realizar a contratação de empresas
capacitadas para a execução de obras e serviços, compras ou locações,
segundo Rosa (2020), a licitação preza pelo princípio básico da isonomia, e
1
Engenheira de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-luanpavelski@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
seleciona a proposta mais vantajosa à administração junto ao
desenvolvimento nacional sustentável. De acordo com a Lei n° 8.666 (BRASIL,
1993) os procedimentos per nentes à realização de uma licitação
diferenciam-se entre modalidades e pos existentes.
Em um contexto geral, licitação é um método de disputa legal e
transparente entre organizações que pretendem prestar seus serviços à
Administração Pública, diante disso, é importante frisar que essa modalidade
de compe ção dá-se pelo fato de que ins tuições públicas não possuem
fundos próprios, ou seja, contam com recursos provenientes do governo,
dessa forma, devem ser aplicados e declarados adequadamente.
Tendo em consideração o exposto acima, o referido ar go tem como
obje vo obter maiores informações a respeito desse instrumento legal
u lizado pela Administração Pública na busca do melhor método de
gerenciamento do dinheiro público, explicar de forma sucinta os pos e
modalidades licitatórias aplicáveis para a realização de obras e prestação de
serviços na área de engenharia e demais segmentos, além de inves gar por
meio de estudo de caso a par cipação e o comportamento de uma empresa da
cidade de Guarapuava-PR diante do processo licitatório n° 010/2022 da
prefeitura de Inácio Mar ns-PR.
A metodologia empregada foi baseada em análises bibliográficas e
qualita vas, e, ainda diante do estudo de caso, a adquiriu um caráter
descri vo Por fim, espera-se que os resultados assegurem uma base sólida
para a aplicação em outros segmentos, sendo em parâmetros acadêmicos ou
organizacionais.
2. LICITAÇÃO
A Lei Federal n° 8.666, regulamentadora dos processos e normas para
licitações e contratos da Administração Pública foi sancionada em 21 de junho
de 1993, em virtude disso, a referida Lei trouxe todas as regras necessárias
para a realização de um procedimento licitatório, consequentemente as
normas con das na mesma devem obrigatoriamente obedecer a legislação.
Um processo de licitação inicia-se na etapa interna a par r da
necessidade de aquisição, venda, locação ou contratação de produtos ou
serviços. Após a iden ficação de tal carência, os responsáveis publicam o
edital com as regras da licitação para que as empresas aptas e interessadas na
disputa tenham conhecimento da demanda, segundo Amorim (2018) a etapa
interna é aquela realizada antes da publicação do aviso de licitação e é
entendida como a demonstração da necessidade de aquisição de produtos, de
contratação da prestação de serviços ou execução de obras. Ainda sobre os
procedimentos da fase interna, Amorim (2018) segue afirmando que a etapa
interna se inicia com a formalização da demanda administra va e se trata de
uma fase importante e imprescindível para garan r o sucesso da licitação.
É importante ressaltar que cada modalidade de licitação possui prazo
de intervalo mínimo e, conhecê-los garante que a empresa esteja preparada
para par cipação dos certames, além disso, estar ciente de tais prazos
assegura uma vantagem compe va às organizações. Os prazos a serem
cumpridos estão representados a seguir, na Tabela 1:
2.1.1. Legalidade
O princípio da legalidade trata-se de um método com vinculação à lei,
ou seja, os processos licitatórios precisam estar em conformidade com as
regras e normas determinadas por meio da legislação brasileira, segundo
Carvalho Filho (2022, p.244) “o administrador precisa cumprir o que a lei
determina, não podendo predominar seus desejos individuais”.
2.1.2. Impessoalidade
O princípio da impessoalidade assegura que o Estado tenha um
comportamento neutro diante dos interessados que estão na mesma situação
jurídica, ou seja, é totalmente proibido prejudicar ou beneficiar qualquer
licitante. “No tema rela vo aos princípios da Administração Pública, dissemos
que, se pessoas com idên ca situação são tratadas de modo diferente, e,
portanto, não impessoal, a conduta administra va estará sendo ao mesmo
tempo imoral”. (CARVALHO FILHO, 2022, p. 245).
2.1.3. Moralidade
O princípio da moralidade tem por obje vo obrigar que as a vidades
da Administração Pública não sejam ordenadas apenas pela lei, mas também
pela hones dade, boa-fé, é ca e lealdade. Segundo Rosa (2020), a moralidade
é um princípio de forte relevância no exercício dos atos administra vos e deve
ser resguardada pelo administrador.
2.1.4. Igualdade
O princípio da igualdade assegura que, diante da lei todos são iguais,
ou seja, todos os que es verem perante das mesmas condições jurídicas
devem possuir as mesmas oportunidades, sem preferência ou favori smo na
compe ção, segundo Marodin (2019), a Administração deve tratar todos os
licitantes que se encontrem na mesma situação jurídica de forma sensata. Já
conforme Silva (1995), para a garan a do princípio da igualdade deverá exis r
o sigilo das propostas, estas serão colocadas em envelope fechado e serão
abertas em conjunto com o público e funcionários.
2.1.5. Publicidade
O princípio da publicidade consiste no ato de divulgar as condições
que envolvem o processo licitatório para que todos os interessados tenham
acesso e ciência das exigências, ou seja, tem por obje vo assegurar a
transparência dos atos públicos, segundo Filho (2017), se inúmeras de pessoas
conhecerem e par ciparem do processo licitatório, a Administração terá
chances de captar a melhor proposta e terá maior proveito na disputa.
3. MODALIDADES DE LICITAÇÃO
As modalidades de licitação, segundo o art. 22 da Lei nº 8.666 (BRASIL,
1993) são cinco, denominadas concorrência, tomada de preços, convite,
concurso e leilão. Já a criação de uma sexta modalidade denominada de
pregão está regida pela Lei n° 10.520 de 17 de julho de 2002. “A modalidade de
licitação a ser adotada depende de como será conduzida a licitação ou do po
de objeto e o valor que a administração pretende contratar” (ALEXANDRINO;
PAULO, 2017).
Sobre as modalidades de licitação, Amorim (2018) afirma que:
3.1. Concorrência
Segundo Rosa (2020), esta modalidade de licitação é caracterizada
pela aceitação de qualquer interessado, desde que comprove os requisitos
mínimos de qualificação exigidos no edital. Além disso, esta categoria é
exclusiva para contratos de grande valor e é especialmente voltada para
contratação de bens e serviços e obras em engenharia.
Nesta modalidade, os valores empregados no processo licitatório para
obras e serviços de engenharia, segundo Amorim (2018), devem ser
superiores a R$ 3.300.000,00.
3.3. Convite
A modalidade convite é caracterizada como a mais simples das
categorias, isso ocorre devido ao seu método de convocação ser um convite e
não um edital como nas outras categorias, e porque é des nada a
contratações de pequeno valor. Neste modelo é necessário alcançar no
mínimo três propostas que sejam válidas, ou seja, a Administração Pública
escolhe e envia a quan dade mínima de convites necessários para o
acontecimento da licitação e, em um local fixo, concede a possibilidade de
mais par cipantes disputarem.
Conforme o art. 32, § 1° da Lei no 8.666 (BRASIL, 1993), a
documentação de habilitação técnica e financeira poderá ser dispensada no
caso de convite.
Na modalidade de convite, os valores u lizados para obras e serviços
de engenharia, conforme Kun (2018), são de até R$ 330.000,00.
3.4. Concurso
Segundo Marinela (2015, p. 417), “esta modalidade de licitação é
des nada especialmente para a escolha de trabalho técnico, ar s co ou
cien fico, consiste em uma disputa onde os vencedores poderão adquirir
premiação ou remuneração”. E, além disso, nesta modalidade de licitação,
segundo Marodin (2019) o valor do objeto não é tão relevante se comparado
com a sua natureza, seu julgamento não necessita ser realizado
obrigatoriamente por uma comissão de servidores públicos, mas sim por
quem possua conhecimento sobre o objeto em questão.
3.5. Leilão
A modalidade leilão, segundo o Tribunal de Contas da União (2014),
des na-se à venda de bens móveis que não possuem mais u lidade para a
Administração, e também para a venda de produtos que foram legalmente
apreendidos ou penhorados, neste caso a venda ocorre a quem ofertar o
maior lance.
É importante ressaltar que nesta modalidade, segundo Marodin
(2019), o valor global na alienação de bens não deverá exceder o valor de R$
650.000,00, além disso, o autor conclui afirmando que se caso a quan a
exceder o valor es pulado necessitará u lizar-se da modalidade de
concorrência.
3.6. Pregão
A modalidade de pregão foi pautada pela Lei n° 10.520 de 17 de julho
de 2002, e conforme seu art. 1° esta categoria é voltada para a obtenção de
bens e serviços comuns.
Tal modalidade possui algumas caracterís cas únicas, ou seja, para a
u lização deste método poderá ser aplicado qualquer valor es mado de
contratação, além disso, a modalidade é u lizada como critério de avaliação e
julgamento apenas para a proposta de menor preço, conforme Vasconcelos
(2005), a disputa ocorre em sessão pública através de lances para a
classificação e habilitação dos concorrentes ao certame, a fim de obter a
proposta com o menor preço.
4. TIPOS DE LICITAÇÃO
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Em nível mundial, o mercado empresarial depara-se com grandes
mudanças significa vas, com isso vem se tornando cada dia mais compe vo,
exigindo implantação de ferramentas e estratégias por partes das empresas
para se destacarem e até mesmo sobreviverem no cenário comercial
(ALBUQUERQUE FILHO et al., 2020). Diante desse cenário compe vo,
exigem-se que as empresas estejam sempre conectadas com as informações e
evoluções que o mercado tem a oferecer.
Segundo Pereira; Graciano; Verri (2018) existem dois fatores
importantes que requerem que as empresas estejam em constante
atualização, são eles: seus clientes e a concorrência. Os clientes que cada vez
estão se tornando mais exigentes e procuram por serviços e produtos de
qualidade. Para tanto, há necessidade da concorrência, que se concentra em
atender e superar as expecta vas dos clientes.
Diante desse cenário, intensificou-se a aplicação das ferramentas da
gestão de qualidade (OLIVEIRA et al., 2009). Pois essas ferramentas são
focadas na sa sfação dos clientes, além disso são u lizadas como técnicas
eficientes no controle dos processos, permi ndo a iden ficação e resolução
de problemas dentro da organização, quando bem alinhadas e executadas
resultam em um diferencial compe vo no mercado. (SILVA, 2017).
O presente estudo foi aplicado na cidade de Guarapuava, no interior
do Paraná, segundo o Departamento de economia rural (DERAL) (GODINHO,
2022), a cidade é responsável pela maior produção de cevada do estado, e
também sede da maior maltaria da América La na (AGRARIA, 2022). Onde
teve como objeto de estudo uma empresa no ramo distribuidora de chope,
atuante no mercado local desde 2016, com 6 colaboradores, sendo 2 externos.
Essa empresa possui treze concorrentes diretos na distribuição de
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-thiagogoncalves @camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
chope da região. Além disso, não contava com nenhum método de gestão de
qualidade como também nunca nha feito uma análise para iden ficar
minuciosamente os problemas que estava enfrentando nos seus setores.
Diante disso, nota-se a necessidade da aplicação dessas ferramentas da
qualidade na empresa. Portanto, indaga-se quais delas serão necessárias para
a empresa con nuar no mercado e se tornar diferencial diante do cenário
compe vo.
O obje vo geral de estudo foi implantar melhorias con nuas nas
ro nas dessa empresa, visando a iden ficação de erros na operação através
do Diagrama de Ishikawa e implantação do plano de ação para a sa sfação e
fidelização de seus clientes.
Portanto, foram feitas visitas periódicas na empresa durante o
período de 01/08/2022 à 31/10/2022, afim de analisar os setores estudados
buscando iden ficar e conhecer quais eram as falhas que estavam impactando
nos processos, u lizando o levantamento de dados para iniciação do
Diagrama de Ishikawa. Em seguida, foi confeccionado a ferramenta 5W2H,
como um plano de ação para a resolução das falhas encontradas.
O trabalho consis u em cinco seções, sendo elas, na seção 2, um
referencial teórico que abordou os conceitos de gestão da qualidade,
ferramentas da qualidade, diagrama de Ishikawa e 5w2h. Na seção 3, foi
apresentado sua metodologia aplicada ao estudo de caso, na seção 4 foram
apresentados os resultados encontrados e por fim, na seção 5, as
considerações finais.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.4 5W2H
Segundo Polacinski et al. (2012) essa ferramenta é um plano de ação
para a vidades já existentes que precisam ser desempenhadas com a maior
clareza possível, além de contribuir como um mapeamento dessas a vidades.
Foi criada no Japão, como uma ferramenta que auxilia na aplicação do PDCA,
imprescindível na etapa de planejamento (SILVA et al., 2013).
Conforme Nakagawa (2018), essa ferramenta tanto pode ser aplicada
de forma individual em decisões simples do dia a dia, como pode estar
interligada às ferramentas analí cas.
A ferramenta 5W2H pode também ser classificada e u lizada como
um checklist, para que seja garan do que as operações sejam realizadas de
forma correta, além de permi r o gerenciamento dessas mesmas a vidades
pelos gestores (CANDELORO, 2008). O método é cons tuído por 7 perguntas,
u lizadas para a implantação de soluções, conforme observado na Tabela 1.
3 METODOLOGIA
Fonte: Do autor
Para os pontos de vendas, os equipamentos são alugados em contrato
de comodatos, não sendo necessários levar nas entregas a chopeira elétrica e
kit extratora, e sim somente o chope em barril com o cilindro de CO2 conforme
solicitação do cliente (Figura 3).
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
Após essas análises foi iden ficado que o principal fator que estava
impactando nega vamente a empresa diante dos clientes era a falta de uma
ro na nos processos.
Além disso, iden ficou-se a falta de treinamento de todos os
colaboradores do setor da entrega.
Embora a empresa conte com uma interface de treinamento em seu
site para todos os colaboradores, detalhando o passo a passo da ro na de cada
setor, não há fiscalização e acompanhamento por parte do gestor no
cumprimento desse treinamento por parte dos colaboradores.
Ainda, a par r do Diagrama de Ishikawa, iden ficou-se que os
entregadores não estavam u lizando o aplica vo VTEX Traking por falta de
treinamento da parte do gestor.
Até então a empresa não contava com nenhum controle de
manutenção de suas máquinas. Muitas chopeiras retornavam do consumidor
e eram apenas limpas e guardadas em seus respec vos lugares sem nenhuma
iden ficação. Pela falta de iden ficação dessas chopeiras, muitas vezes o
entregador, que não nha feito a coleta anterior, não sabia que a chopeira
estava avariada e a u lizava para outras instalações.
A empresa contava apenas com uma balança fixa de pesagem. Com
isso, não se pesavam os cilindros. Nisso não conseguia iden ficar os cilindros
de meia carga e vazios.
Diante dos resultados do Diagrama de Ishikawa, foi observado a
necessidade da implantação de um plano de ação para diminuir e eliminar
essas causas que estavam provocando uma impacto nega vo na empresa,
conforme apresentado na tabela 4.
Tabela 4 – Plano de Ação na empresa em estudo
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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h ps://www.redalyc.org/ar culo.oa?id=557563980001 Acesso em: 20 out.
2022
CANDELORO, R. Não Tenha Dúvidas: Método 5W2H. 2008. Disponível em
h p://www.administradores.com.br/ar gos/negocios/nao-tenha-duvidas-
metodo-5w2h/26583/. Acesso: 22 maio 2022.
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PEREIRA, J. A.; GRACIANO, D. A.; VERRI, R. A. O processo de preparação para a
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TOLETO, J.C.D. et al. Qualidade - Gestão e Métodos. Rio de Janeiro: Grupo
GEN, 2012.
WILLIANS, R.L. Como Implantar a Qualidade Total na sua Empresa. Rio de
Janeiro Ed.: Campus, 1995.
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE NA ANÁLISE DO
ESTOQUE EM UMA EMPRESA NO RAMO DA SAÚDE
1
LUZ, Matheus
2
CESAR CABRAL, Julio
1. INTRODUÇÃO
O armazenamento requer organização em qualquer segmento,
tornando-se um fator importante para reduzir custos e o mizar processos.
Um dos problemas que geralmente acontece é o estoque excessivo, que gera
custos de armazenagem e recursos inves dos sem necessidade. Vamos
estudar o controle de estoque no campo da saúde sendo uma tarefa que
necessita de atenção e conhecimento, pois está vinculado a diversos setores, e
sua harmonia é muito importante para o funcionamento adequado da
empresa. O problema relacionado ao excesso possui vários fatores que devem
ser levados em consideração, pois tem-se uma demanda incerta que acaba
gerando muitas vezes um estoque desnecessário devido a um mau
planejamento. Podendo trazer um impacto nega vo principalmente ao setor
financeiro.
O estoque tem um grande potencial quando se é pra cado um bom
planejamento, e em sua totalidade os problemas ocorrem pela falta do
mesmo, juntamente com a organização e treinamento dos funcionários que
fazem parte do controle de movimentação dos itens. O histórico de saída dos
materiais pode ajudar a criar uma previsão de demanda que segundo Silva
(2020 p. 67), tem como obje vo dar apoio ao planejamento do setor a fim de
a ngir suas metas.
Em nosso trabalho usaremos, as ferramentas de gestão de qualidade
tais como diagrama de ishikawa e PDCA que vão auxiliar na busca pela
resolução do estoque excessivo, iden ficando o problema e fazendo o
planejamento da resolução. Com a aplicação destas ferramentas, será
reformulado a maneira de como são feitos os pedidos de compra e cálculos de
estoques de segurança, neste contexto u lizaremos a metodologia do estudo
de caso em questão, será o estoque de um hospital que possui um
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-matheusluz@camporeal.edu.br.
2
Graduado em Matemá ca; Mestrado em Física pela UFMT
E-mail: prof_juliocabral@camporeal.edu.br
armazenamento excessivo. O levantamento de dados será feito através de um
ques onário direcionado aos funcionários do setor.
Um dos problemas enfrentados pelos gerenciadores de estoque é
decidir a quan dade que deve manter e quando fazer a compra dos materiais,
tendo em mente a falta de padrão de demanda e a frequência de variação, pois
quando se trata de materiais hospitalares a falta dos mesmos podem gerar
graves problemas se tratando da saúde do paciente. Neste momento o cálculo
do estoque de segurança vai nos mostrar qual item deveremos colocar no
pedido e qual item ainda tem estoque.
De modo que haja sempre a disponibilidade de material para atender
o consumo da empresa, mantendo o estoque no menor nível possível,
conforme afirmam Buffa e Sarin (1987 p. 127) e Oliveira at. al. (2015 p. 3), que
deve-se fazer uma previsão de demanda e que pode ser de curto, médio e
longo prazo, através de planejamentos e estratégias para garan r o nível em
cada momento suprindo a demanda.
Após o levantamento dos dados, efetuamos a aplicação das
estratégias para a resolução do problema aplicando as diretrizes das
ferramentas mencionadas anteriormente, e assim buscando a padronização
de vários processos diminuindo a variação e consequentemente diminuindo
os erros.
Nosso plano de ação será baseado nas necessidades dos funcionários
e da empresa, já que o controle do estoque de um Hospital é vital e exige uma
certa importância pois se tratam desde procedimentos simples à usados em
cirurgias. O controle de estoque é dado pela demanda e pela importância do
produto. A comparação de dados será com o histórico de valor armazenado de
11 meses verificando a variação nesse espaço de tempo.
Os principais mo vos para possuir um bom gerenciamento de
estoque é o grande impacto financeiro que é possível causar em um setor que
possui uma parte grande em valores inves dos. Deste modo, o obje vo de
nosso trabalho é tornar o setor de almoxarifado em harmonia com os outros
setores de modo a equilibrá-los como um todo.
Pois segundo Martelli e Dandaro (2015 p. 172), o estoque deve ser um
processo integrado dentro da empresa para que tenha a maior qualidade em
todos os processos envolvidos até o consumo do item. Pensando assim, uma
das formas de ter um controle melhor e uma segurança é a o mização do
tempo de compra que pode ajudar a estabelecer estoques mais precisos de
acordo com a demanda.
2. FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Apesar de simples o PDCA pode não ter efe vidade na sua primeira
aplicação pois as vezes o problema tem vários fatores que tornam a resolução
em um longo prazo ou com vários formas de resolução, segundo Leonel
(2008), pode-se agir nas causas onde não se a ngiu o obje vo, ou buscando a
melhoria da primeira pode ser necessário a aplicação de outras vezes até
a ngir o nível de sa sfação esperado. As 4 etapas da ferramenta são essenciais
na projeção do plano e encontrar a causa raiz do problema. Essa fase pode ser
dividida nas seguintes etapas: análise do problema, plano de ação, observação
e padronização (CAMPOS, 2004).
A primeira parte é usar o problema inicial como base para achar a
causa raiz u lizando outra ferramenta de gestão de qualidade e ques onários.
A segunda parte é aplicar o plano de ação planejado a par r das informações
da primeira etapa. Logo em seguida é es pulado um período para o
acompanhamento e verificar os efeitos do plano de ação e por úl mo se o
resultado for posi vo, padronizar as melhorias.
• Título.
• Data de elaboração do diagrama.
• Responsáveis pela elaboração do diagrama.
3. METODOLOGIA APLICADA
REFERÊNCIAS
PAIVA, Bianca1
VASCONCELOS, Jessica2
1 INTRODUÇÃO
Projeto pode ser definido como um esforço temporário empreendido
para criar um produto, serviço ou resultado único (Guia PMBOK,6ª Edição).
Para um projeto ser bem sucedido é fundamental que desde seu início tenha
sido feito um bom planejamento das suas etapas, o tempo e o valor gasto para
sua realização, pode-se perceber então a necessidade de uma eficaz gestão de
projetos. Segundo o PMI, o gerenciamento de projetos é a aplicação de
conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas para projetar a vidades
que visem a ngir os requisitos do projeto. De acordo com a Euax Consul ng
(2018), o sucesso de um projeto depende diretamente da sua gestão e um
bom planejamento, o avanço tecnológico e o desenvolvimento de so wares
revolucionaram a maneira de gerenciar e o mizar diversos processos que
antes eram realizados de forma manual, dessa forma processos longos,
trabalhosos e demorados se tornaram ágeis, fáceis e mais baratos. Deloi e
(2014) afirma que a quarta revolução industrial, que é comumente chamada
de Indústria 4.0 realizou a integração das máquinas com a internet juntamente
com a automação de diversos processos impactou diretamente também a
engenharia civil e o gerenciamento de obras. Foi observado que uma boa e
eficaz gestão de obras impacta diretamente na organização, controle de gastos
e resultado final entregue ao cliente. Visto a necessidade desse setor, o
mercado tecnológico inves u no desenvolvimento de so wares que facilitam
o trabalho no canteiro de obras.
De forma geral o so ware Obra Prima possibilita ao construtor realizar
orçamentos, prever gastos, fazer um controle e fluxo de caixa, além de
consultar preços com fornecedores, realizar pedidos de materiais e exportar
relatórios sobre todo o andamento da obra regularmente, além disso o cliente
consegue ter a visualização de todo o processo da obra, ver fotos e visualizar os
gastos referentes aos serviços contratados. Esse trabalho fez a análise dos
impactos da implantação do so ware e o que essa implantação significou nos
1
Engenheira de Produção - Centro Universitário Campo Real.
2
Mestre e Graduada em Engenharia Mecânica. Professora no Centro Universitário Campo Real
processos e no gerenciamento de Obra para empresas de Engenharia Civil que
resolveram gerir suas obras de forma automa zada.
A análise e resultados dessa pesquisa foram realizadas a par r da
implantação em uma empresa de médio porte localizada em Ita ba, cidade do
interior do estado de São Paulo. Para isso, foram realizadas reuniões semanais
para entender quais os principais pontos de melhorias e obje vos com a
automa zação da gestão da obra, a par r disso foi visualizado o cenário antes
da implantação, começou-se a implantação do so ware de fato, de forma
prá ca, e foi possível visualizar o progresso da empresas durante e após a
u lização diariamente do so ware para gerenciar todas as obras.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Fonte: PMBoK
Quadro 2 - Fases do Projeto
Fonte: PMBoK
3 METODOLOGIA
A metodologia u lizada nesta pesquisa foi a exploratória, esta
metodologia foi escolhida pois a pesquisa foi realizada através da análise do
estudo de caso das implantações do sistema Obra Prima.
Fonte: A Autora,2022.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
Durante algum tempo as a vidades administra vas foram meios de
jus fica vas através das técnicas de Organização e Métodos (O&M)
(PRADELLA; FURTADO; KIPPER, 2012). Conforme Cruz (2003) afirma, isso se
deve por conta que quem as exerciam possuíam uma perspec va limitada,
não sendo possível firmar-se concretamente, pois somente havia
envolvimento com os processos administra vos, e com os industriais não,
limitando-se somente à análise e melhoramento de ro nas, fluxos de
documentos, criação de formulários e modificação de layout das áreas
administra vas.
Conforme Laurindo e Rotondaro (2006), entende-se que a gestão de
processos é uma visão de desenvolvimento organizacional que o obje vo é a
melhoria da qualidade dos processos, tendo uma visão obje va e sistêmica
das a vidades, estruturas e recursos necessários para enfim o cumprimento
dos obje vos da organização.
Segundo Kippel et al (2017) tempos de trabalho tem como definição
ser uma a vidade com imprescindível importância nos projetos de sistemas
produ vos, sendo através da compreensão do tempo ideal para a execução de
determinados trabalhos que então se torna possível a verificação dos recursos
do processo produ vo.
De acordo com Barnes (1977) os estudos de tempos e de movimentos
possuíram inúmeros entendimentos desde suas criações. O estudo de
tempos, iniciado por Frederick Taylor, foi empregado sobretudo na
determinação de tempos-padrão e o estudo de movimentos de Frank
Gilbreth, foi aplicado na melhoria de métodos de trabalho.
Em concordância com Barnes (1977), Klippel et al (2017) relata que
1
Graduada em Engenheira de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-luanpavelski@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
o estudo de tempos dos princípios da administração cien fica de Taylor e
também do estudo de tempos e movimentos de Gilbreth, cons tuem-se na
determinação do tempo previsto para executar determinadas tarefas e
conseguir avaliar o desempenho dos operadores e máquinas durante a
execução das a vidades.
O método u lizado para a realização da cronometragem e analises do
tempo que um determinado operador leva realizando sua tarefa des nada a
ele dentro do fluxo produ vo, considerando um tempo de tolerância afim de
necessidades fisiológicas, falhas de maquinas, entre outros (OLIVEIRA, 2009).
Goldenstein, Alves e Azevedo (2006), descrevem que um caminhão
completo é o conjunto de itens produzidos por dois âmbitos industriais. O
primeiro é a produção do veículo automóvel, composto pela cabine, chassi e
sistema de motor e tração, e o segundo é responsável pela fabricação dos
produtos acessórios e complementares ao caminhão (reboques, carrocerias,
entre outros), os chamados implementos rodoviários, que permitem ao
veículo cumprir efe vamente sua função de transporte de cargas.
Através disso, o presente trabalho possui como obje vo principal
trazer uma análise de tempos em um determinado setor na linha de produção
de uma fábrica de implementos rodoviários localizada em Joinville – Santa
Catarina. Outros obje vos da pesquisa, os específicos, são o aprofundamento
nos conhecimentos de Engenharia de Métodos através da aplicação dos
métodos do POP (Procedimento Operacional Padrão), cronoanalise e então a
definição de tempo-padrão, tem-se como obje vo também a verificação de
possíveis mo vos de atrasos que ocorrem no setor de estruturação na
produção de baús de alumínio, por fim a sugestão de mudanças no setor que
possam melhorar o ritmo de trabalho e como consequência trazer melhores
resultados na linha de produção dos implementos.
2.2 Fluxogramas
Um fluxograma é uma ferramenta que obje va apresentar em forma
de gráfico as etapas de um processo. Esta ferramenta pode ser u lizada para
analisar processos correntes, pois facilita a compreensão visual e rápida do
fluxo das a vidades (LUCINDA, 2010).
2.4 Cronoanalise
Segundo Swann (1973) cronoanálise é um processo de medição de
trabalho para armazenar os tempos e taxas para uma certa tarefa efetuada
através de determinadas condições, e para também analisar dados para
obtenção do tempo necessário para execução da a vidade em um nível de
trabalho estabelecido.
De acordo com Oliveira (2012), a cronoanálise usa-se quando existe
uma necessidade de melhoria da produ vidade de uma determinada tarefa,
para entender o que e como acontece no processo produ vo. Por meio desta é
possível encontrar pontos de ineficiência e tempos desperdiçados no
processo, isso auxilia no estudo de melhoria de processos e aumento de
produ vidade. O instrumento de medição u lizado para tal ação é o
cronômetro.
Barnes (1977) determina sete etapas para a realização da
cronoanálise:
3. METODOLOGIA
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-luizkosowski@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
2
Engenheira civil e Engenheira de Segurança do Trabalho CREA-PR 160.523/D. Mestre em
Engenharia Sanitária e Ambiental.
E-mail: hellumehl@hotmail.com
Nesse contexto, a presente pesquisa, realizada em uma empresa
fabricante de estruturas pré-fabricadas de concreto e estruturas metálicas,
localizada no município de Prudentópolis, jus fica-se pela necessidade de
aprimorar a gestão e o gerenciamento do setor operacional da empresa, visto
atualmente que a empresa não possui um departamento de Planejamento e
Controle de produção, contribuindo assim com a melhoria desses processos
existentes.
Além disso, demostrará a importância da atuação do engenheiro de
produção na gestão dos processos de tomada de decisões, para que haja
efe va realização das melhorias elencadas nesse estudo.
2. OBJETIVOS
Como visto acima a gestão da qualidade tem sido vital para qualquer
po de empresa sendo ela pequena, média ou grande, dessa forma tende-se a
busca pela engenharia de qualidade dentro da organização. No presente
trabalho notou a deficiência nessa questão relacionada a gestão da qualidade,
pois somente o estagiário de engenharia realizava as inspeções de peças, para
só assim liberá-las para a expedição, deixando assim um grande parêntese
sobre a capacidade da empresa em oferecer um produto de qualidade para
seus clientes.
Buscando as melhorias necessárias para o controle de qualidade
notou-se que a empresa estava com déficit de pessoal para esse po de
trabalho, assim sendo iniciou-se a contratação de inspetores de qualidade,
que com a ajuda do engenheiro de qualidade da empresa vão buscar a melhor
maneira de dar con nuidade a liberação do acabamento das peças após seu
término.
Segundo Paladini (2010), uma organização que produz com qualidade
reflete as seguintes caracterís cas, que irão beneficiá-lo: crescimento;
aumento da receita por meio de melhor desempenho e ganhos; nova gama de
mercado consumidor; aumento da compe vidade; preços mais altos,
estabilidade do produto, evitando descontos; vincula-se aos seus
consumidores, aumentando sua lealdade, o que acaba por colocar a empresa
em melhor posição no mercado, isso significa mais renda futuramente.
Paladini (2010) acrescentou que a declaração correta de qualidade
inclui originalmente uma combinação de atributos ou elementos que
compõem um produto ou serviço, ao
mencionar, há dois elementos importantes para contextualizar,
conceito de massa, a parte "espaço" e a parte "tempo" do conceito. Enfa za
que a qualidade é a diversidade do projeto, ou seja, muitos aspectos estão
envolvidos, enquanto isso, a outra parte refere-se ao fato de que a qualidade
muda ao longo do processo e tempo e, portanto, torna-se um processo
evolu vo. No entanto, a gestão da qualidade deve manipular os dois aspectos,
pois no primeiro caso está lidando com o conceito real e no segundo aspecto,
conduz o processo à qualidade total.
REFERÊNCIAS
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
Rafael Henrique Mainardes Ferreira
Organizadores
1º edição
Volume I
Apprehendere
Guarapuava
2023
Organização
Rafael Henrique Mainardes Ferreira
Conselho editorial
Claudio Luiz Chiusoli
Luiz Alberto Pila
Maria Helena da Fonseca
Sandra Mar ns Moreira
ISBN
FICHA TÉCNICA
Capa e diagramação: Luciano Or z
Revisão: Rafael Henrique Mainardes Ferreir
Editores: Isis Lenoah Or z e Luciano Or z
Foto da capa: Pixabay
2023
APPREHENDERE
(42) 3304-0263
Rua Mato Grosso, 184 E
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ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
1. INTRODUÇÃO
Sabemos que o mundo em que vivemos está em constante
movimento e avanço em todos os sen dos sejam eles sociais, tecnológicos,
estruturais, econômicos dentre outros, com a questão de criação e formação
de resíduos sólidos esse crescimento também vem com um aumento diário,
desta forma a administração das inúmeras cidades e localidades espalhadas
pelo mundo, buscam soluções para resolver ou de alguma forma amenizar,
diminuir ou dar fim a esses resíduos que são produzidos, devido ao
consumismo desvairado da sociedade atual.
Diversas pessoas não têm conhecimento ou sabem a quan dade de
resíduos sólidos e semissólidos que elas produzem diariamente, durante
a vidades co dianas, muitas vezes nem percebem que em quase todas as
suas ações estão diretamente ou indiretamente produzindo resíduos sólidos
ou semissólidos. Processos como reciclagem e criação de produtos com
composição biodegradável se mostram muito eficazes no controle desses
resíduos produzidos, contudo ainda não são suficientes para o controle total
da criação de resíduos sólidos. A par r disso a criação de alguns métodos e
locais para o controle de tais materiais se vê necessária, locais esses como
lixões a céu aberto, aterros controlados e aterros sanitários o qual se mostra
atualmente como umas das melhores alterna vas a se aplicar nos dias atuais.
Par ndo do cenário descrito, surgiu a necessidade de se aprofundar
mais o tema. No decorrer do presente trabalho ira se demonstrar alguns
métodos de produção, para iden ficação e possível solução dos problemas
localizados no local de estudo.
Atualmente existem diversos sistemas de produção que auxiliam no
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-leoszumilo@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
2. REFERENCIAL TEÓRICO
No presente tópico iremos observar a fundamentação teórica que
embasa o trabalho proposto, onde por meio de livros, ar gos, revistas e sites
serão abordados os temas que deram sustentação a pesquisa aplicada.
2.1 PCP
O sistema de planejamento e controle de produção ou PCP teve inicio
em meados do século XX, onde após a revolução industrial viu se a
necessidade de ter um sistema concreto e centrado para o controle geral dos
processos de produção das fabricas da época. Para o autor Lustosa et.al. o
surgimento do PCP tem como par cipação de autores como Frederick W.
Taylor, Henri Fayol, contudo um dos principais nomes a ser citado é o de Henry
Gan .
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
Após seu surgimento o sistema PCP vem crescendo cada dia mais de
forma que em alguns casos se torna indispensável para um bom
gerenciamento de uma empresa a ausência do mesmo. Veggian, Silva aplicam
que o sistema PCP tem função administra va crucial onde com sua aplicação é
possível determinar o que produzir, quando produzir e quanto produzir, assim
reduzindo percas e tempo ocioso.
Rodrigues, Inácio (2010) cita que, "O PCP têm como função a
coordenação e o apoio do sistema produ vo. Esse sistema caracteriza-se pelo
processo de transformação de entradas (inputs) em saídas (outputs),".
Figura 01 – Elementos do sistema PCP
2.2 HEIJUNKA
O método heijunka (nivelamento de produção) tem como função
principal reduzir estoques, aumentar a flexibilidade da produção e produzir
com maior qualidade, de forma que com sua aplicação correta torna-se
possível um maior aproveitamento de funcionários e uso de matéria prima
disponível, a fim de a ngir metas pré-estabelecidas de maneira uniforme e
controladas.
No entender do autor Niimi (2004), o sistema heijunka se aplicado de
maneira correta pode se obter resultados posi vos para qualquer processo,
sendo um dos principais do Sistema Toyota de Produção juntamente com o
kaizen e o trabalho padronizado.
Conforme também propõe Niimi (2004) para que o sistema de
nivelamento tenha êxito, deve se ter em mente que o agrupamento dos
pedidos é crucial, para que em seguida seja possível espalha-los para assim
adequá-los de acordo com o tempo disponível. Assim reduzindo possíveis
altas e baixas durante a produção, complementa também que sem as
adequações necessárias a empresas nunca alcançaram êxito com o sistema de
nivelamento.
Figura 02 – Caixa Heijunka.
3. METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado em uma associação de coletores de
materiais recicláveis, a qual tem uma parceria com a prefeitura municipal de
Pinhão – PR, onde realiza a separação de materiais recicláveis da coleta de
resíduos do município, a pesquisa foi elaborada com enfoque no setor de
enfarde de material reciclável para venda. A associação vem buscando
melhorar seus processos desde sua criação, a fim de se ter uma maior
qualidade de trabalho para seus colaboradores e um melhor aproveitamento
dos materiais recebidos diariamente, ideias de melhorias são bem vindas ao
setor, de maneira que a pesquisa foi bem recebida no local.
Anastasiou (1997) propõe que sempre ao mencionarmos o tema de
metodologia de ensino acabamos nos deparando com algo desafiador e
es mulante devido a cada procura sobre o tema nos deparamos com mais
informações e cada vez mais podendo superar as barreiras já existentes com
relação ao tema.
O presente trabalho visa realizar projeções de melhorias no processo
relacionadas ao local de estudo, com base em coleta de dados cedidos pela
diretoria ambiente de estudo e por meio de observações diárias do autor.
Podemos definir o presente trabalho como uma pesquisa
quan ta va, devido a ser aplicada em campo, coletando dados e informações
necessárias para futuras.
projeções do caso. O autor Dalfovo et. al. (2008) indica que estudos de
campo com foco quan ta vo são muito semelhantes a métodos de pesquisas
experimentais, onde autor ira buscar dados concretos para que se possa haver
uma formulação de hipóteses e quadros futurís cos.
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
Lista de siglas:
P = Papelão;
Pt = Pet;
S = Sacolas;
Pm = Papel misto;
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
Pc = Polipropileno colorido;
E = Embalagem para freezer;
Cx = Caixas de leite;
Pea = Polipropileno de alta densidade PEAD;
G = Garrafas de óleo;
PP = Polipropileno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os sistemas de Planejamento e controle de produção e Heijunka
mostram-se como uma excelente ferramenta para se es mar e norma zar os
processos no interior de uma empresa nota-se aspectos minuciosos e
específicos para que se possam solucionar falhas comuns em uma empresa,
deixam bem claro que se devidamente aplicados podem vir a trazer diversos
bene cios para o local onde é aplicado.
O presente trabalho fez uso de uma pesquisa de campo em uma
associação de materiais recicláveis de pequeno porte, ao nos referirmos aos
obje vos da pesquisa seria capaz de apresentar e iden ficar as possíveis falhas
presentes no local de estudo, visando demonstrar possíveis soluções e
melhorias no processo por meio do uso e aplicação das ferramentas PCP e
Heijunka, com foco principal no processo de enfarde de material reciclável.
Os métodos u lizados para possivel solução do problemas
iden ficados se deu por meio de projeções e analises futuras para aumento da
produção de fardos por mês, seguindo as etapas do planejamento e controle
de produção ou PCP e após se fez uso de alguns aspectos dos sistema Heijunka
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANASTASIOU, L. G. C. Metodologia de ensino: primeiras
aproximações.... In: ANASTASIOU, L. G. C. Educar em Revista, Vol:
38. Curitiba: UFPR, 1997. p. 93-100
BRAGA, Francisco A. S.; ANDRADE, José H. Planejamento e controle
da produção: relato do processo de implantação e uso de um sistema
de apontamento da produção. In: ENCONTRO NACIONAL DE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 32, 2012, Bento Gonçalves. Anais.
Rio de Janeiro: ABEPRO, 2012.
DALFOVO, Michael Samir; LANA, Rogério Adilson; SILVEIRA, Amélia.
Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista
Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.2, n.4, p.01- 13,
Sem II. 2008
FONCESA, Lucia Helena Araújo. Reciclagem: o primeiro passo para
a preservação ambiental. Bacharel em Administração. 2013. Centro
Universitário Barra Mansa, 2013.
KYRILLOS, S. L.; SACOMANO, J. B.; MILREU, F. J. S.; SOUZA, J. B.
Compreendendo as dimensões fundamentais do planejamento e
controle da produção em redes de empresas. Anais. XVIII SIMPEP –
SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 18. Anais... Bauru:
UNESP: 2010.
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
1. INTRODUÇÃO
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-matheusbap sta@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Definir cri cidade de um processo é sempre uma questão mais
obje va do que subje va. Entretanto, dependendo da visão geral que a alta
direção tem da linha produ va, dos recursos disponíveis e da necessidade por
mudanças, a cri cidade pode estar sujeita à desvios e vieses que podem ser
posi vos ou nega vos para a empresa.
Nesse cenário, Moss e Woodhouse (1999) apud Baran etal (2013)
dizem que a "cri cidade" de um processo está sujeita a diferentes opiniões e
entendimentos. Tudo isso dependendo, claro, do contexto no qual está sendo
aplicada a análise. Dessa forma, definem assim cri cidade como o atributo
que expressa a importância da função de um equipamento ou sistema dentro
de uma produção, levando em conta a segurança, qualidade, meio ambiente e
outros critérios a serem definidos e customizados de acordo com a aplicação.
Portanto, de acordo com Smith & Hawkins (2004) apud Baran etal
(2013) pode definir cri cidade como uma técnica que iden fica e classifica
efeitos e eventos potenciais baseados no seu impacto e importância para o
processo, sendo aplicada em estudos de risco, confiabilidade de projetos e
plantas em operação, sendo uma exigência em sistemas ambientais e de
segurança, podendo ser conduzida de forma quan dade ou qualita va.
Ou seja, é olhar mais para os efeitos do que para as causas e, apesar
disso, conseguir mapear e controlar as causas que gerem falhas inadmissíveis
em máquinas e equipamentos no seu grau de cri cidade pré-definido. Cabe
ressaltar que os teóricos dessa questão não limitam esta análise a meros
números e medições, mas sim tratam o tema por uma abordagem mais
holís ca, levando em conta também aspectos qualita vos, mais subje vos,
culturais e de comunicação: tão ou mais importantes que os indicadores
numéricos de desempenho operacional e de manutenção (FABRO, 2003).
Con nuando, é importante destacar que nem toda máquina e
equipamento tem a mesma cri cidade dentro de uma unidade fabril. Alguns
podem ter seu desempenho variável ou até mesmo reduzido sem que,
necessariamente, comprometa o processo produ vo como um todo, não
impactando significa vamente na produção, na segurança ou no meio
ambiente. Como viu-se anteriormente, estes são os chamados equipamentos
redundantes. Entretanto, existem equipamentos que devem manter sua
condição operação "full". Se eles não es verem disponíveis, isso pode causar
impactos em outras áreas da organização além da produção: vendas,
financeiro, segurança no trabalho, administra vo, entre outros. Logo, a
manutenção deve estar focada em manter ditos a vos operantes quase que
em sua totalidade de vida ú l. E é exatamente nessa situação que aplicam-se
método para priorizar e classificar equipamentos em termos de sua cri cidade
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
3 METODOLOGIA
De acordo com Silva e Menezes (2015 p. 20) "Pesquisa é um conjunto
de ações propostas para encontrar a solução para um problema, que têm por
base procedimentos racionais e sistemá cos".
Classificam as pesquisas cien ficas como quan ta vas e qualita vas.
A quan ta va leva em consideração todos os fatores que possam gerar
números opiniões e contexto para a inves gação. A análise quan ta va se
baseia em técnicas esta s cas, já a qualita vas, é necessário realizar um
trabalho de campo. O campo é o momento em que o pesquisador se insere no
local onde ocorre o fenômeno (Silva e Menezes, 2015).
Este Trabalho consiste em uma caracterís cas mista, quan ta va e
qualita va, essa miscigenação ocorre pois muitos dos dados gerados têm
como base análises abstratas, bem como a experiência dos mecânicos
profissionais e gestores de manutenção.
Com foco na classificação de a vos de uma indústria cimenteira,
fazendo-se a u lização de uma Matriz de Cri cidade, desenvolvida para esse
projeto. Os dados foram coletados para a formação de um padrão de
cri cidade, e para o auxílio dos planos sistemá cos e predi vos de
manutenção e a melhor abordagem dos recursos da ins tuição.
A metodologia e sistema zação de dados usada é descrita a seguir.
Dividiu-se a planta em vários setores de acordo com caracterís cas
semelhantes de aplicação e proximidade geográfica.
Esses setores são: Forno de Clínquer; Resfriador de Clínquer; Moinho
de cru (matéria prima); Moinho de carvão (combus vel para forno); Moinho
de cimento (produto acabado); Britagem (Calcário principal matéria prima);
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De acordo com esses critérios, que podem ter números de cri cidade
iguais a 1, 3 ou 5. Cada parâmetro tem seu peso, chamado de "Nota
importância" na planilha de cri cidade. Produção tem peso 5, Qualidade peso
5, Segurança peso 5, Gravidade da quebra peso 4 e Custo da Manutenção peso
3.
Após isso, somam-se, de forma ponderada, os critérios de cri cidade
e chega-se a um valor de CRITICIDADE TOTAL. Se:
- CRITICIDADE TOTAL >= 65 -> EQUIPAMENTO CLASSE A
- CRITICIDADE TOTAL < 65 E >=41 -> EQUIPAMENTO CLASSE B
- CRITICIDADE TOTAL < 41 -> EQUIPAMENTO CLASSE C
Por outro lado, muitas decisões verem que ser centralizadas em virtude de
conhecimento técnica e necessidade de fluidez da construção da matriz de
cri cidade.
O fruto de todo esse trabalho, pelo prisma de um dos setores, é
mostrado a seguir:
4.1 FORNO
Setor responsável por aquecer e processar parte da matéria prima.
Conta com 98 equipamentos. A seguir os resultados da classificação. VERDE
=A; AMARELO = B E VERMELHO = C:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista o exposto, pode-se considerar que uma correta
aplicação de análise de cri cidade em máquinas e equipamentos,
independentemente da localização e da sua aplicação, é de extrema
importância para definir-se uma prioridade de energia, inves mentos e
cuidados.
Como pode ser visto, somente em um dos setores da indústria
cimenteira citada, tem-se quase 100 equipamentos. Seguindo essa média,
tem-se quase 3000 equipamentos a serem monitorados em uma única
indústria. Ter o mesmo foco e energia na manutenção de cada um deles é
tarefa hercúlea, árdua e ina ngível sob diversos aspectos. Tentar cuidar e
controlar tudo sem priorizar é justamente um dos maiores problemas
enfrentados na gestão da manutenção. E é nesse âmbito que a análise de
cri cidade encontra a sua principal vantagem: aplicar o princípio de Pareto,
minimizando 80% dos efeitos, controlando-se de forma rigorosa 20% das
causas.
Essa lógica é aplicada na análise de cri cidade exposta no presente
trabalho e fica clara ao observar, por exemplo, que equipamentos classe A,
responsáveis por 80% dos danos que o processo pode sofrer na situação em
falhem, representam menos de 20% do total de a vos a serem controlados.
Portanto, ao priorizar através da matriz de cri cidade, consegue-se
abrir um horizonte de possibilidades nos quais focar energia, economizar
tempo e recursos ao tratar do que realmente tem um maior impacto. Dessa
forma, o plano de manutenção por vir após a matriz de cri cidade terá
ferramentas e dados suficientes para ser eficiente e eficaz em sua tarefa de
aumentar a confiabilidade e disponibilidade da planta de operação,
diminuindo custos e riscos para os trabalhadores, o patrimônio e o negócio
como um todo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2018.
BARAN, Leandro Roberto; TROJAN, Flávio; KOVALESKI, João Luiz; PIECHINICKI,
Stefano. Métodos e Ferramentas aplicados na Análise de Cri cidade em
Sistemas Industriais. Ponta-Grossa. III Congresso Brasileiro de Engenharia de
Produção. Associação Paranaense de Engenharia de Produção (APREPRO).
Dezembro de 2013.
BRUSSIUS JR, William. Estratégia de manutenção centrada na confiabilidade
para três máquinas de produção em uma empresa de transformação
mecânica. Dezembro de 2016. 26 f. Ar go de Conclusão de Pós-graduação.
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Porto Alegre. 2016.
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
CAVESKI, Bruno 1
MARON, Bruno de Andrade2
1. INTRODUÇÃO
A qualidade quando se trata em produtos e serviços, é uma das
preocupações principais dentro de qualquer organização, e no comércio
varejista como, mercados e supermercados, não são diferentes, pois precisam
estar preparados para atender as necessidades e expecta vas das pessoas.
De acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados,
2022), em 2021 o setor varejista de supermercados faturou R$ 611,2 bilhões,
através das a vidades de todos os seus meios de comercialização como os
mercados familiares, supermercados, hipermercados e atacarejos, nesse
âmbito o setor dos supermercados compõem 7,03% do Produto Interno Bruto
(PIB) nacional.
Segundo Lobo (2020) atualmente, a qualidade está sendo
considerada um fator determinante na escolha de produtos e serviços. Os
consumidores estão em busca de segurança e qualidade a preços
compe vos, exigindo excelência em suas escolhas.
Se tratando de um setor que faz parte do co diano das pessoas, a
aplicação da gestão da qualidade na empresa, é uma forma de conseguir
valorizar e incen var a equipe como um todo, além do mais aprimorar o
ambiente e processos. Os clientes procuram produtos e serviços de forma
rápida, com qualidade e confiança, no qual a empresa precisa estar em
constante evolução, para a sa sfação dos mesmos, de acordo com Santos
(2013).
Para Junior et.al (2019), cada segmento que visa a implantação das
ferramentas da qualidade, a u lização de métodos como soluções de
problemas e monitoramento das melhorias nos processos, tem como
propósito a redução de retrabalhos, desperdícios, custos e perdas,
colaborando para o aumento da produ vidade na empresa.
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng- brunocaveski@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
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2. QUALIDADE
A elaboração e implementação da qualidade ocorreu entre as décadas
de 1930 nos Estados Unidos e 1940 no Japão, e nos anos 50 houve uma maior
preocupação com o gerenciamento da qualidade, onde passam a valorizar a
aplicação de métodos que possibilitam a percepção da qualidade em produtos
e serviços. (SOUZA, 2018).
De acordo com Oliveira (2012), a qualidade passou por um processo
de evolução em 3 grandes fases, era da inspeção, era do controle esta s co e a
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De acordo com Toledo et. al (2017, pág. 204), Kaoru Ishikawa sugeriu
alguns passos, a ser seguido para a montagem do diagrama, conforme o
quadro 1:
2.1.3. PROGRAMA 5S
De acordo com Filho et.al (2013), o programa 5S, foi desenvolvido no
Japão e pra cado inicialmente pelas famílias japonesas com o intuito de
envolver todos os ocupantes da casa na administração e organização da
residência.
Por outro lado, o autor Lobo (2020, pág. 90) propõe que, "as
a vidades do 5S veram início no Japão, logo após a Segunda Guerra Mundial,
para combater a sujeira das fábricas. Contudo, somente chegou ao Brasil,
formalmente, em 1991.
Para o autor Filho et. al (2013), nos anos 60, período em que as
indústrias do Japão, passaram a implantar o sistema da Qualidade Total,
notaram que a ferramenta 5S se tratava de um programa simples para a ngir
melhores resultados no sistema implantado.
O autor Carpine (2016, pág. 102) menciona, "o 5S é um conjunto de
conceitos e prá cas que tem por obje vos principais a organização e
racionalização do ambiente de trabalho. "
Complementa Junior et.al (2019), o programa tem como obje vo
principal coordenar as pessoas para um melhor ambiente de trabalho, tendo
em vista a segurança e limpeza, além do mais organizar e arrumar com
disciplina e cuidado o ambiente, com o intuito de padronizar produtos e
serviços, contribuindo para uma organização preocupada com a qualidade.
Segundo Souza (2018), o programa 5S conta com a capacidade de
pra car um sistema capaz de gerar um aumento na produ vidade
contribuindo para um ambiente o mizado e colaboradores incen vados, o
aumento da produ vidade é caracterizado por conta de o colaborador
diminuir o tempo de procura de materiais, no qual devem apenas permanecer
no local materiais e mercadorias classificadas como necessárias, próximas das
mãos.
Essa ferramenta possibilita a facilidade de compreensão e monitoria,
na qual permite colaborar com a gestão da qualidade dos produtos vendidos
pela empresa, contribuindo com a conquista de novos clientes e se destacar
no ramo empresarial frente a seus concorrentes. (FERREIRA; RIBEIRO, 2018).
De acordo com Carpine (2016), o programa 5S tem seu nome
derivado de 5 palavras japonesas que se iniciam com a letra S: Seiri; Seiton;
Seiso; Seiketsu; e Shitsuke. No entendimento de Junior et. al (2019), as
palavras foram traduzidas em português como sensos, sendo eles: senso de
u lização, senso de organização, senso de limpeza, senso de saúde e senso de
auto disciplina.
De acordo com Lobo (2020), as nomeações dos 5S mais u lizadas
conforme o quadro 3 são:
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1º SEIRI (UTILIZAÇÃO):
Segundo Lobo (2020), a aplicação do senso de u lização, se refere a
iden ficar tudo que se faz necessário e desnecessário no ambiente de
trabalho, descartando e des nando corretamente tudo aquilo que for
desnecessário na execução das tarefas.
No entanto, o material classificado como desnecessário não deve ser
descartado como defini vo, eventualmente pode ser preciso u liza-lo, o
correto é criar um local de descarte no qual fiquem armazenados matérias e
informações por um determinado período de tempo, afirma Carpine (2016).
De acordo com Lobo (2020), o senso de u lização trabalha na
iden ficação de excessos e desperdícios, porém é interessante entender o
mo vo desses excessos, no qual a tudes de prevenção devem ser u lizadas
com o intuito de resolver essas falhas e monitorando para que não ocorram
novamente.
Dentre os bene cios do primeiro senso (Seiri), estão abertura de
espaços e a re rada de itens e dados que acabam dificultando a realização das
a vidades no dia a dia de trabalho, como afirma Carpine (2016).
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2º SEITON (ARRUMAÇAO):
O segundo senso (Seiton), busca arrumar tudo o que foi separado
como necessário depois do descarte, alocando os materiais e informações em
lugares de fácil acesso e manipulação, quando for necessário o uso dos
mesmos. (CARPINETTI, 2016).
U lizar lugares des nados a armazenamento de materiais e produtos,
proporciona ao ambiente uma fácil localização, transporte e manipulação
padronizando o uso dos mesmos, obrigatoriamente expondo e estocando
produtos que estejam com validade próxima, sempre à frente dos demais, no
entendimento de Lobo (2020).
De acordo com Santos (2013), quando definidos os locais de
armazenamento dos determinados itens, fica de fácil acesso a localização dos
mesmos, para a realização das a vidades, que após serem executadas, tudo
aquilo que permaneceu no setor, se faz necessário arrumar e ordenar
novamente.
O fácil acesso, aumenta o ganho de tempo e produ vidade quando se
está à procura dos itens necessários para a realização das a vidades, são os
bene cios principais do segundo senso (Seiton), afirma Carpine (2016).
3º SEISO (LIMPEZA):
No terceiro senso (Seiso), de acordo com Carpine (2016), que tem
por obje vo principal a verificação no dia a dia de trabalho a sujeira do
ambiente e adotar regras para a limpeza dessa sujeira, incluindo postos de
trabalho e equipamentos. Afirma o autor que o obje vo é criar um hábito de
cuidado com os equipamentos e o ambiente de trabalho.
Segundo Souza (2018), ao pra car o senso de limpeza, cabe ao
colaborador re rar materiais que não fazem parte do determinado ambiente,
acabando com a sujeira para manter o local devidamente limpo, conservar e
manter atualizados os avisos, também fazem parte do senso de limpeza.
Como afirma Lobo (2020), o senso de limpeza não busca apenas a ação
de limpar e sim a conscien zação de não sujar, porém é necessário constatar o
mo vo da sujeira e suas possíveis causas, com o intuito de bloquear as causas.
5º SHITSUKE (AUTODISCIPLINA):
No quinto senso (Shitsuke), como principal caracterís ca, está em
manter a casa em ordem, ao ser seguido os padrões criados a par r dos sensos
anteriores, ou seja, realizar as tarefas como devem ser realizadas, de acordo
com Carpine (2016).
Para obter o senso de autodisciplina, é necessário criar hábitos e
concordar com as regras estabelecidas, sejam elas formais ou informais, desta
forma é possível es mular a mente obtendo como resultado, a espontânea
vontade e ro na do colaborador em seguir o que está estabelecido com as
regras, segundo Lobo (2020).
A redução de custos, a adequada acomodação de materiais, pois o
acumulo em excesso de materiais, contribuem para um ambiente
desorganizado, contribuir com a melhora da qualidade na venda de produtos e
atendimento aos clientes, aumento da segurança no ambiente de trabalho,
maior comprome mento das partes envolvidas, são os bene cios oferecidos
pelo programa 5S, segundo Souza (2018).
3. METODOLOGIA APLICADA
A metodologia cien fica nos permite uma melhor visão e análise do
mundo, construindo o conhecimento, que ocorre quando os estudantes
percorrem pelo caminho da sabedoria, ou seja, a metodologia cien fica é um
caminho de estudo, como afirma Marconi e Lakatos (2022).
A pesquisa em questão de forma a ser classificada como uma pesquisa
aplicada, visto que segundo Marconi e Lakatos (2022, pág. 297) "cujo obje vo
é adquirir conhecimento para a solução de um problema específico. "
Quanto aos obje vos da pesquisa, apresenta-se nas formas,
exploratória e descri va. Segundo Lozada e Nunes (2019), uma pesquisa
exploratória, permite ao pesquisar um conhecimento mais afundo sobre um
determinado assunto, na qual o torna capaz de gerar hipóteses sobre o
mesmo, complementando seu entendimento. A pesquisa descri va, tem
como obje vo a descrição de todas as caracterís cas do tema abordado.
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A figura ilustra além disso ao lado direito, uma falta de layout em expor
mercadorias nos caixas como balas e guloseimas, ocupando espaço no qual
acaba atrapalhando a passagem e re rada de compras dos clientes.
Conforme a figura 4, apresenta-se o estoque principal sem um layout
para a separação de materiais, caixas tendo que ser empilhadas para
aproveitamento de espaço, colaborando para riscos de maior esforço e
acidentes aos colaboradores quando manipulam as caixas superiores.
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Além do mais foi possível propor aos gestores a subs tuição das
cadeiras dos operadores de caixa por uma com ajuste de altura e encosto
adequado proporcionando melhor conforto ao colaborador, conforme a figura
17 apresenta ao lado esquerdo a cadeira an ga e o lado direito a atual.
Figura 17 – Aplicação do senso de saúde e padronização.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi apresentado, a pesquisa possibilitou analisar
separadamente os setores disponibilizados, observando a ro na de trabalho
dos colaboradores no qual foi possível encontrar como problema a falta de
organização nos ambientes, afetando as realizações das a vidades e causando
um impacto nega vo, visual e operacional na empresa. Desta forma através da
ferramenta diagrama de causa e efeito, possibilitou encontrar as causas
relacionadas ao problema, além do mais auxiliou no planejamento de
aplicação do programa 5S como método de gestão para a solução do problema
encontrado.
Com a aplicação dos sensos foi possível obter melhorias para os
ambientes, o senso de u lização proporcionou a abertura de espaço,
mantendo no local de trabalho apenas o que for necessário para ser realizada
as a vidades.
No senso de arrumação foi possível organizar o ambiente de trabalho,
trazendo como melhoria para o setor de checkout a realocação de expositores
facilitando o acesso e o mizando o espaço, enquanto o setor de estoque foi
possível armazenar produtos em ordem e classificá-los, além do mais realizou-
se a divisão dos estoques, deixando ambos funcionais facilitando a
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAS. Associação brasileira de supermercados. A con nua escala do varejo
alimentar brasileiro. 2022. Disponível em: h ps://www.abras.com.br/
economia-e-pesquisa/ranking-abras/dados-gerais. Acesso em: 03.10.2022
ARAÚJO, A. L. S. Gestão da qualidade: implantação das ferramentas 5s e
5w2h como plano de ação no setor de oficina em uma empresa de
automóveis na cidade de João Bessoa-PB. Orientador: Prof: Dr. Ivson Ferreira
dos Santos. Trabalho de conclusão de curso – Engenharia de produção
mecânica - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2017. Disponível
em: h ps://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/13421/1/
ALSA05122018.pdf. Acesso em: 01.06.2022.
CARNEIRO. E. M. CONBREPRO. A Importância da Gestão da Qualidade e de
Suas Ferramentas na Atuação da Engenharia de Produção: Uma Revisão
B i b l i o g rá fi c a . A ra ra q u a ra , S ã o Pa u l o , 2 0 2 0 . D i s p o n í v e l e m :
h ps://aprepro.org.br/conbrepro/2020/anais/arquivos/09262020_180932_
5f6 7e4ed48e.pdf. Acesso em: 05.05.2022.
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OLIVEIRA, Lucas1
BORSATO, Carlos Roberto2
COSTA, Bárbara Pergher Dala3
1. INTRODUÇÃO
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-lucasnogueira@camporeal.edu.br.
2
Graduado em Engenharia Elétrica – UFSC, Professor do curso de Engenharia Elétrica no Centro
Universitário Campo real, prof_borsato@camporeal.edu.br.
3
Graduada em Engenharia Civil – UTFPR, Professora do curso de Engenharia Civil no Centro
Universitário Campo real, prof_barbaracosta@camporeal.edu.br.
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2.2. INSUMOS
Para a fabricação de painéis de compensado são u lizados alguns
insumos para a sua fabricação. De acordo com Pizzol, Man lla e Carrasco
(2017), o painel é produzido a par r de lâminas de madeira com fina espessura
e adesivo resistente para a colagem das camadas de lâminas.
2.6. ADESIVO
O adesivo u lizado na confecção de compensados é produzido através
de 3 componentes principais, resina, extensores e água. De acordo com
Jankowsky (1980), para que exista uma colagem de qualidade, o adesivo deve
ser espalhado na super cie da lamina de forma homogênea. Compensados
estruturais tem em seu adesivo a u lização de resina fenol-formaldeida, que
assim como Jankowsky (1980) afirma, a formulação do adesivo influencia
diretamente na resistência do compensado a agua.
2.7. PRENSAGEM
A produção de compensados é caracterizada pela junção de laminas
de madeira e adesivo, contudo, essa junção se dá após a prensagem. Para Júnir
e Alberto (1992), o ciclo de prensagem representa um fator importante no
fluxo de produção, pois o tempo e a temperatura da prensagem são variáveis
limitantes do ponto de vista da qualidade do compensado e da economia no
processo produ vo.
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3. METODOLOGIA APLICADA
O presente trabalho teve como obje vo uma abordagem quan ta va,
assim como uma pesquisa experimental. Para Aguiar (2017), a pesquisa
experimental é um método de pesquisa quan ta va, u lizado para verificar a
relação de dependência entre causas ou variáveis independentes e efeitos, ou
variáveis dependentes. Os dados do experimento foram registrados,
observados e analisados, mostrando qual composição de montagem tem
maior resistência mecânica e qual detém o melhor custo-bene cio para o uso
dos clientes.
Para a realização do trabalho, foi u lizado como base as normas
europeias EN 310 e EN 326-1/2, sendo selecionado 30 painéis de compensado
com 18mm de espessura de cada composição, destes foram cortadas 12
amostras de cada chapa, 06 no sen do paralelo as fibras da capa e contracapa,
e 06 no sen do perpendicular as fibras da capa e contracapa, totalizando 360
amostras de cada composição e 1080 amostras no total.
Para comparação, as amostras foram selecionadas através de uma
avaliação visual, sendo u lizadas somente amostras sem nenhum defeito em
sua estrutura, sem nós e espaços sem madeira (janelas). Conforme ilustram as
imagens a seguir.
Imagem 07: 18mm 5 camadas – visão lateral do corte
na espessura final dos corpos de prova, sendo o 18mm o alvo, para isso, a
montagem seguiu os parâmetros da tabela a seguir.
5. CONCLUSÃO
Após análise de resultados, fica claro a superioridade da resistência do
18mm 9 camadas, essa resistência elevada se dá principalmente pelas lâminas
internas, que realizam uma forma de amarração maior no painel devido a
técnica de montagem trançada. Tal painel dispõe de capa, contracapa e 3
miolos compridos que tem suas fibras em uma mesma direção, e 4 camadas de
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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laminação de Pinus spp. Floresta e Ambiente, Curi ba, v. 12, n. 2, p. 35-41, abr.
/2004. Disponível em: h ps://floram.org/journal/floram/ar cle/588e220f
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EUROPEAN STANDARD. EN 310: Placas de derivados de madeira:
Determinação do módulo de elas cidade em flexão e da resistência à flexão.
Capacarica, 2002.
EUROPEAN STANDARD. EN 325: Placas de derivados de madeira:
Determinação das dimensões dos provetes. Capacarica, 2013.
EUROPEAN STANDARD. EN 326-1: Placas de derivados de madeira:
Amostragem e corte dos provetes e expressão dos resultados dos ensaios.
Capacarica, 2002.
EUROPEAN STANDARD. EN 326-2: Placas de derivados de madeira: Ensaio de
po inicial e controlo da produção em fábrica. Capacarica, 2002.
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
1. INTRODUÇÃO
Com o aumento da compe vidade no mercado e com empresas cada
vez mais globalizadas, alcançar o destaque necessário para atrair e manter
clientes e mercado, não é uma tarefa simples. De acordo com Marino (2006),
muitas empresas investem em programas que tenham relação com a
qualidade, para a ngir os obje vos esperados.
Além de oferecer um produto ou serviço, é necessário que se faça isso
com qualidade em todos os processos, segurança e comprome mento com os
colaboradores e clientes. Coral et al. (2004) posiciona-se dizendo que ter uma
vantagem compe va, significa estar à frente de seus concorrentes, sendo
diferenciado e em busca de tornar-se líder em seu setor ou processo.
Em concordância, Kriedt et al. (2005) menciona que as empresas
devem ter consciência da necessidade da busca de cada vez mais ter vantagem
compe va sobre as demais, para que haja crescimento não somente no
mercado nacional, mas também internacional.
Consequentemente, as empresas devem inves r em soluções para se
destacar entre as demais, por isso a busca por uma acreditação é tão
importante, pois o cliente sente mais segurança ao contratar um laboratório
que segue uma norma internacional, no caso a ISO (Interna onal Organiza on
for Standardiza on) / IEC (Interna onal Electrotechnical Commission)
17025:2017, a qual possui os requisitos gerais para a competência de
laboratórios de ensaio e calibração (ABNT, 2017).
Roldan e Ferraz (2017) definem que a gestão da qualidade tem sido
iden ficada como um fator de vantagem compe va, podendo ser
caracterizada também como um trabalho integrado focado nos ganhos de
1
Engenheira de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-brunajomes@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção - UTFPR-PG. Mestre em Engenharia de Produção - UTFPR-PG. Mestre
em Desenvolvimento Regional - UTFPR-PB. Professor no Centro Universitário do Campo Real.
E-mail: prof-rafaelferreira@camporeal.edu.br
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
2.2 ACREDITAÇÃO
2.2.1 DEFINIÇÃO DE ACREDITAÇÃO
De acordo com a NBR ISO/IEC 17000 acreditação é a “atestação de
terceira parte rela va a um organismo de avaliação da conformidade, que
cons tui um reconhecimento formal da sua competência para a realização de
a vidades específicas da avaliação da conformidade”. Ou seja, a acreditação é
a verificação formal, por meio de um organismo de acreditação, de que um
laboratório possui as competências técnicas para pra car as a vidades de
acordo com os requisitos da norma acreditada no laboratório.
Assis (2018), em concordância, cita que uma das primeiras etapas para
obter a acreditação é ter conhecimento sobre a NBR ISO/IEC 17025 (ABNT,
2017) e realizar a estruturação do laboratório conforme os requisitos da
mesma, tendo assim, um sistema de gestão documentado de acordo com a
norma. Também deve ser realizado um escopo para definição dos obje vos a
serem alcançados.
O mesmo autor, Assis (2018) cita que é necessário a par cipação em
um Programa de Ensaio de Proficiência, o qual baseia-se em comparações com
outros laboratórios já acreditados, ou que estão em processo de acreditação.
Toda essa preparação deve ser documentada e enviada para o INMETRO, após
a análise da documentação e aprovação começa a etapa de auditoria.
Após o início da auditoria podem surgir não conformidades, as quais
devem ser tratadas e enviadas ao INMETRO dentro do prazo. Após aprovação
na auditoria, os dados são enviados para avaliação do CGCRE, caso aceito,
ocorre a assinatura e concessão da acreditação ao laboratório, Assis (2018).
3 METODOLOGIA
Neste capítulo será descrito como a pesquisa foi realizada, quanto a
natureza, a metodologia, aos obje vos, procedimentos e escolha da
empresa.Quanto à natureza, essa pesquisa trata-se de ser aplicada. De acordo
com Nascimento (2016), quando a pesquisa é aplicada ela é voltada para a
formação de conhecimento para resolução de problemas específicos, sendo
dirigida em busca da verdade para certa aplicação prá ca em situações
par culares.
No que se refere a metodologia, é u lizado o método qualita vo que
como cita Nascimento (2016), é fundamentado na interpretação dos
acontecimentos observados e em seus significados, ou no significado que o
pesquisador atribuiu, levando em consideração a realidade em que os
acontecimentos estão inseridos. Ou seja, também considera a realidade e as
caracterís cas de cada indivíduo objeto da pesquisa. O processo dessa
pesquisa é descri vo, indu vo e de observação.
No que se relaciona aos obje vos, este estudo refere-se a pesquisa
descri va e exploratória. Como leciona Gil (1991), o obje vo das pesquisas
exploratórias é facilitar o contato pesquisador com o problema objeto da
empresa, permi ndo a construção de hipóteses ou tornando mais clara a
questão.
A pesquisa descri va, ainda em conformidade com Gil (1991, p. 42),
“tem como obje vo primordial a descrição das caracterís cas de determinada
população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis”. Uma de suas principais caracterís cas é a u lização de uma
observação sistemá ca.
Quanto aos procedimentos de pesquisa, nesse estudo são u lizados
dois: pesquisa documental e estudo de caso. De acordo com Lakatos e
Marconi (2003), a principal caraterís ca desse po de pesquisa é a fonte de
coleta dos dados, a qual está limitada a documentos, sendo eles escritos ou
não, o que cons tui as fontes primárias. Estas fontes podem ser coletadas no
momento do fato ou depois.
O estudo de caso, conforme cita Nascimento (2016), trata-se do
estudo de um caso único buscando a descoberta de acontecimentos em
determinado contexto, enfa zando a interpretação do fenômeno e a procura
de retratar a realidade de maneira mais profunda.
De acordo com a norma NBR ISO/IEC 17025:2017 (ABNT, 2017)
permite-se a divisão da mesma em 5 seções básicas: requisitos gerais,
requisitos de estrutura, requisitos de recursos, requisitos de processo e
requisitos de gestão. A úl ma seção, descrita como requisitos de gestão, foi
deixada de fora por pedido da própria gestão da empresa, tendo em vista que
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
a seção 5 traz muita subje vidade, e alinha-se melhor com os es los de gestão.
O local escolhido para o estudo, foi uma empresa de carvão a vado
localizada na cidade de Guarapuava/PR, a pesquisa foi aplicada no laboratório
de testagem e amostragem da empresa, o estudo levou cerca de 5 meses para
ser realizado. Os gestores da companhia gostariam de que o laboratório fosse
acreditado pela NBR ISO/IEC 17025, para o aumento de compe vidade no
mercado e maior valorização do produto. A seguir um depoimento de um dos
gestores da empresa, demonstrando a importância da acreditação para a
organização:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por conseguinte, visto a importância da acreditação da norma NBR
ISO/IEC 17025:2017 para um laboratório de ensaio e calibração, que garante
produtos e serviços de qualidade e com segurança, garante também a
aceitação em qualquer país que seja signatário do MRA - Acordo de
Reconhecimento Mútuo, sendo um dos maiores bene cios da acreditação,
Squirrel (2008). Em concordância, Ramjun (2009) cita que a acreditação
aumenta o desempenho da empresa, havendo um controle melhor de seus
procedimentos, melhorando o potencial devido ao aumento da sa sfação dos
clientes.
O obje vo principal deste estudo foi alcançado, sendo ele o
mapeamento do laboratório de carvão a vado sob a ó ca da NBR ISO/IEC
17025:2017 na cidade de Guarapuava-PR. Neste estudo foram apontados os
itens faltantes e os ajustes necessários para seguir para a próxima etapa da
acreditação do laboratório, foram analisadas 4 seções de 5 e 157 requisitos da
norma. Chegando ao resultado que a empresa atende a 30% dos requisitos,
parcialmente a 48% e não atende a 22% dos mesmos.
Após a realização deste estudo e tendo em vista os resultados ob dos,
a empresa poderá iniciar a primeira etapa da acreditação, que segundo o
INMETRO (2022), é a preparação do laboratório além da estruturação
conforme os requisitos da norma, Assis (2018). Outra ação que deve ser
realizada é a criação de um escopo para definir os obje vos que pretendem
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Simpósio Internacional de Probabilidade e Esta s ca 24 a 29 de julho de 1994:
Belo Horizonte, 1994.
CALIA, Rogério Cerávolo; GUERRINI, Fábio Müller. Estrutura organizacional
para a difusão da produção mais limpa: uma contribuição da metodologia
seis sigma na cons tuição de redes intra-organizacionais. EESC, São Carlos, SP,
2006.
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
TOMACHESKI, Gabriel1
MARON, Bruno de Andrade2
1. INTRODUÇÃO
A qualidade é um dos principais fatores dentro de uma indústria em
todos os seus segmentos, ponto de grande importância para manter a
padronização e a compe vidade de uma organização no mercado que é cada
dia mais exigente. Na indústria alimen cia a qualidade é um fator de grande
importância para o quesito de segurança alimentar.
Para Ritzman e Krajewski (2004) qualidade é atender ou exceder as
expecta vas sobre um produto ou serviço, quem define a qualidade são os
clientes, eles também definem o po de produto, modelo e forma de produzir,
e para se manter no mercado a empresa precisa atender às exigências dos
consumidores.
Na indústria de alimentos a gestão da qualidade está ligada aos riscos
da sanidade do produto e segurança do consumidor. Os órgãos de fiscalização
exigem a garan a de segurança alimentar através das Boas Prá cas de
Fabricação (BPF) e da Análise de Perigos e Pontos Crí cos de Controle (APPCC),
que são esses pré-requisitos para um bom gerenciamento da qualidade
(GRIGG; McALINDEN, 2001).
De acordo com Lima (2012), às Boas Prá cas de Fabricação (BPF) e o
sistema de Análise de Perigos e Pontos Crí cos de Controle (APPCC) são
métodos de gestão da qualidade mais preven vos e menos corre vos, que
tem como principal obje vo aumentar a qualidade e a segurança dos
alimentos produzidos pelas empresas, ampliando sua compe vidade no
mercado nacional e internacional.
Segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) o Brasil
produziu 841005 toneladas de peixe em 2021, e é o quarto maior produtor de
lápia do mundo. Nos úl mos anos a produção de peixe no Brasil subiu de
578800 (2014) para 841005 (2021) toneladas, um crescimento de 45,4% nos
úl mos 7 anos (PEIXE BR, 2021).
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-gabrieltomacheski@camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 QUALIDADE
O conceito de qualidade tem diferentes entendimentos que variam
em relação a perspec va e análise dos autores que o conceituam.
De acordo com Chiavenato (2022) a qualidade é a combinação de
alguns padrões previamente definidos, quando as especificações de um
produto ou serviço não são bem definidas a qualidade torna-se duvidosa e a
aceitação ou rejeição do produto ou serviço torna-se discu vel. O autor
salienta que um produto de alta qualidade é aquele que atende com exa dão
os padrões e especificações adotados.
Qualidade para Slack e Johnston (2002) significa fazer certo as coisas,
tudo o que se for produzir se deve ter atenção redobrada, estudar todo o
processo para evitar ao máximo falhas e defeitos.
Já para Falconi (2007) um produto ou serviço de qualidade tem que
atender as necessidades do cliente, de forma acessível, segura, confiável e no
tempo certo, tudo especificado de acordo com a vontade e necessidade do
cliente.
Consoante com os autores citados acima, Germano (2013) salienta
que o termo qualidade pode ter diferentes interpretações dependendo do
contexto em que se é aplicado, frequentemente sendo u lizado com o
significado de “caracterís cas do produto que atendem às necessidades do
cliente, ausência de defeitos e adequação ao uso”.
Interpreta-se, com as definições dos autores acima citados, que a
qualidade é fazer as coisas da melhor forma possível, atendendo os padrões
pré estabelecidos pelos clientes e partes interessadas buscando assim uma
aproximação entre os obje vos e os resultados.
Portanto, a qualidade se torna cada vez mais um fator de grande
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3. METODOLOGIA
A pesquisa trata-se de um estudo de caso, pois o pesquisador relata as
operações que envolvem a gestão da qualidade em um abatedouro de peixes
localizado na região oeste do estado do Paraná.
O estudo de caso permite ao pesquisador trazer descrições exatas da
pesquisa que se está desenvolvendo, trazendo relatos e menções dos
acontecimentos que encontra perante o obje vo que se é proposto para a
pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2002).
Para a realização da pesquisa, foi u lizada a técnica de observação
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iden ficar onde estão os pontos que precisam de mais atenção ou que
necessitam de melhorias dentro do processo de produção.
4.3 FILETAGEM
4.3.1 Filé
A lápia eviscerada e sem a cabeça é cortada ao meio e separado o filé
da barriguinha. Realizada a re rada da pele do filé, em seguida é feito o refile,
onde é cortado o filé de acordo com o padrão que está sendo produzido em
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4.3.2 Barriguinha
A barriguinha é lavada, cortada ao meio e re rada todas as
imperfeições (espinhos, vísceras, entre outros), classificada como iscas e
barrigas e direcionadas para o túnel de congelamento IQF. Assim como o filé,
são monitoradas durante todo o turno avaliando se o produto está dentro do
padrão descrito em POP, e repassadas as não conformidades aos responsáveis
pela produção.
4.4 GLACIAMENTO
Durante o congelamento e a armazenagem, os peixes oxidam
rapidamente e levam a sabores e odores estranhos e a um valor nutricional
reduzido. Portanto, existem diferentes estratégias e técnicas para prolongar a
vida ú l do mesmo durante o armazenamento congelado. Uma técnica
amplamente u lizada é reves r o produto de peixe congelado com uma
camada de água gelada, chamada de glaciamento. Portanto, o glaciamento
adequado antes do armazenamento congelado pode proteger o produto final
da desidratação, oxidação e perda geral de qualidade (TRIGO et al., 2018).
Depois de congelado o produto então é glaciado (absorção de água),
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Também são feitas coletas de amostras para laboratório, onde são analisadas
de forma a iden ficar possíveis contaminações por micro-organismos nas
máquinas e estruturas do abatedouro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da pesquisa realizada no abatedouro de peixes, constata-se
que os obje vos da pesquisa foram alcançados, pois foi realizada a análise dos
monitoramentos da gestão da qualidade em todo o processo de produção por
meio da observação par cipante. Pode-se dizer que a qualidade é uma das
maiores preocupações da empresa, pois a mesma investe recursos e se u liza
de ferramentas metodológicas para que o produto final chegue ao
consumidor com a qualidade esperada.
Observou-se também que a gestão da qualidade realiza inspeções em
todas as etapas do processo e em todos os produtos produzidos, iniciando-se
no recebimento dos peixes, passando pelo atordoamento, sangria,
descamação e evisceração, filetagem, congelamento, glaciamento,
empacotamento, estocagem e carregamento do produto final, também
monitorando a higiene e sanidade dos produtos e processos.
O resultado deste estudo fornecerá ao mercado consumidor o
conhecimento quanto à qualidade do produto que está sendo produzido no
Brasil, e também a importância da gestão da qualidade para a produção e
segurança dos alimentos.
Concluindo que a gestão da qualidade acompanha todo o processo de
abate dos peixes, conferindo e inspecionando todo o processo de produção e
de higienização. Não foi iden ficado nenhuma limitação ou ponto de melhoria
ENGENHARIAS E MÉTODOS
Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução
Norma va n° 21, de 31 de maio de 2017. Regulamento Técnico que fixa a
iden dade e as caracterís cas de qualidade que deve apresentar o peixe
congelado.
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KIRCHNER, Arndt. Gestão da qualidade. Rua Pedroso Alvarenga, 1245 – 4º
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ENGENHARIAS E MÉTODOS
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1. INTRODUÇÃO
O crescimento tecnológico, a movimentação do mercado e alta
compe vidade entre as indústrias vem buscando através das organizações
meios para a melhoria de seu processo para assegurar a con nuidade de seus
negócios. Diante dessas circunstancia, saber medir de forma aperfeiçoado a
eficiência dos sistemas produ vos, iden ficar e eliminar ou diminuir as
perdas, tem sido uma das necessidades urgentes por parte das indústrias para
a melhoria de seus processos (RAPOSO, 2011).
O crescimento de novas tecnologias vem tornando os procedimentos
mais eficientes e adicionando os recursos de produção vantagens que os tem
experimentado níveis mais altos de mecanização e automação. Essas
vantagens, por outro lado, vem crescendo a dependência dessas ins tuições
de formas e gestão que buscam eficiência elevada em seus recursos, com
proposito de aumentar a u lização de equipamentos de alto valor. ( RAPOSO,
2011; BUSSO; MIYAKE, 2013)
Uma das ferramentas u lizadas para a avalição do desempenho dos
equipamentos, análises de perdas de produção e iden ficação de melhorias é
conhecida como OEE (Overall Equipment Effec venes) (AMINUDDIN et al.,
2015). O OEE permite um levantamento de dados relacionados com a
capacidade produ va de determinado equipamento no processo produ vo,
auxiliando nos procedimentos para a solução e melhoria dos problemas de
baixo desempenho. O OEE é um medidor de desempenho u lizado para medir
a eficácia do uso dos equipamentos e também serve como ajuda para os
colaboradores monitorarem e reagirem a quaisquer problemas no processo
produ vo. (BECKER; BORST; VEEN, 2015).
O OEE tem uma grande importância para as empresas, pois ele tem
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-izabeledenck@camporeal.edu.br
2
Graduado em Engenharia Elétrica. Especialização em Logis ca Professor no Centro
Universitário do Campo Real.
E-mail: prof-borsato@camporeal.edu.br
ENGENHARIAS E MÉTODOS
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 OEE (Overall Equipment Effec veness)
O OEE também conhecido como Eficiência total do Equipamento ou
Maquina, foi criado por Seiichi Nakagima e é umas das principais partes do
TPM (Manutenção Produ va Total). Hansen (2006) diz que a maior parte dos
custos de produção está nas perdas no processo produ vo e às despesas
indiretas e ocultas, com isso o OEE ajuda a iden ficar tais despesas que estão
ocultas. Segundo o mesmo, o indicador OEE é ob do por meio de três valores
de fácil rastreabilidade: a disponibilidade, o desempenho e a qualidade.
A sua disseminação em âmbito mundial surgiu de acordo com a
adoção das metodologias do Sistema Toyota de Produção e a Manufatura
Enxuta por parte das empresas, que cada vez mais buscam a perda zero. Por
ser indicador tridimensional, reflete bem as principais perdas que ocorrem em
um equipamento e ainda permite outras funcionalidades, como o
planejamento de capacidade, controle de processo, melhoria de processo e
quan ficar os custos das perdas (SILVA, 2009).
Stor e et al (2014) ressaltam que o uso do OEE em seu estudo trouxe
possibilidades de melhorias na eficiência da moeda e da caldeira, nas quais as
perdas de disponibilidade puderam ser qualificadas e quan ficadas,
norteando a adoção de medidas que aumentassem o desempenho do
sistema.
De acordo com Na e Rigoto (2014), a aplicação dos cálculos de
ENGENHARIAS E MÉTODOS
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(4)
3 METODOLOGIA
3.1 Caracterís cas metodológicas.
A pesquisa é de obje vo descri vo e de Natureza qualita va, foi
realizada por meio de uma pesquisa-ação (MIGUEL et al., 2012) , em uma
empresa do segmento de alimentos, na qual o pesquisador faz o estagio
obrigatório e foi responsável por implantar a ferramenta de eficiência global
(OEE) em uma maquina da produção.
Os dados foram rados da base de indicadores de produção da
empresa, do ramo alimen cio, que fica no estado do Paraná, produtora de
erva-mate para exporta para a matriz nos Estados Unidos para a fabricação de
tereré, energé cos e a própria erva. A coleta dos dados foi realizada no setor
da produção, no processo do sapeco e da secagem da erva, na fornalha com
trocador de calor acoplado escolhido por apresentar muita perda de calor.
Essa maquina é responsável por sapecar e secar a erva para que ela possa ser
cancheada, para ser ensacada para ir pro estoque onde ela passa seis meses
em “repouso” para da ser exportada.
Os dados coletados foram: Tempo total de máquina, tempo de
paradas dessa máquina, paradas planejadas e não planejadas, quan dade de
produtos produzidos, quan dade de produto descartado, quan dade de
produtos que não são descartados e a hora total de produção.
Os dados foram coletados durante 60 dias, no período de 01/08/2022
a 30/09/2022 (período no qual estava em safra e havia começado o estagio)
3.2 Procedimentos Operacionais.
Para realizar a pesquisa, foram feitas uma serie de ações, desde a
revisão de literatura ate a coleta de dados, devido o período da safra vemos
que interromper o levantamento de dados e as aplicações das ferramentas
que iriam auxiliar na melhora do processo e da eficiência global. Segue abaixo
as etapas que foram feitas e as etapas que gostaríamos de ter feito para a
melhoria:
1. Escolha do processo;
2. Escolha da máquina;
3. Coleta de dados;
4. Calculo dos indicadores do OEE (Disponibilidade, Desempenho e
Qualidade);
5. Calculo do OEE;
6. Analise dos resultados.
Etapas que não foram concluídas.
7. Aplicação das Ferramentas;
· DIAGRAMA DE PARETO
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· DIAGRAMA DE PARETO
· BRAINSTORMING
· DIAGRAMA DE ISHIKAWA
8. Com os resultados ob dos iriamos aplicar o plano de ação:
· 5 PORQUES
· 5W2H
9. Análise dos resultados;
10. Coleta de dados após as mudanças;
11. Cálculo dos indicadores;
12. Calculo do OEE.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio dessa pesquisa, nota-se a ampla aplicação do indicador de
eficiência OEE. Seu uso foi capaz de mostrar as perdas no processo de sapeco e
secagem de erva-mate associando os pilares de disponibilidade, desempenho
e qualidade, aspecto que podem definir a excelência e a compe vidade entre
as empresas.
O indicador Overall Equipment Effev veness (OEE) e as ferramentas
da qualidade foram importantes no desenvolvimento do trabalho pois a par r
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
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Diálogos contemporâneos, dinâmicos e inovativos
1. INTRODUÇÃO
A globalização do mercado atual está cada vez mais compe va, e
com mudanças constantes, isso faz com que as empresas estejam cada vez
mais atualizadas, busquem melhorias con nuas na qualidade, entrega e
custos, para assim conseguir se manter no mercado. Um dos assuntos que
mais afeta as empresas é a gestão de processos, pois afeta diretamente os
custos de uma empresa, além disso, uma correta gestão permite conhecer
melhor o seu negócio, auxilia a ter processos claros e bem definidos e a
mensuração de bons resultados.
Seguindo esse cenário, originou-se a necessidade de escolher esse
tema de atuação. O presente trabalho demonstra modelo de método que
auxiliara iden ficar os principais problemas, e buscar soluções, como uma
gestão de processos mais eficaz, e para que possa ser realizado com êxito será
u lizado método de melhoria con nua.
Existem diversas metodologias de melhorias que auxiliam nos
planejamentos, gerenciamentos e tomadas de decisões dentro de uma
empresa. Dentre elas, uma das mais u lizadas atualmente é o ciclo PDCA
(Planejamento, Execução, Checar e Agir) que permite de uma maneira fácil e
pra ca iden ficar o problema e soluciona-lo, ou seja, dentro de uma empresa
esse método auxilia a o mizar processos e reduzir custos significa vos.
Para que essa metodologia ser executada com êxito, faz-se
indispensável as ferramentas da qualidade na etapa do planejamento, nesse
trabalho será u lizada a ferramenta diagrama de Ishikawa, que permite
iden ficar a causa e o efeito, e também a ferramenta 5W2H, a qual
proporciona resultados de maneira fácil e eficiente. Diante do contexto
apresentado, será u lizado o método do ciclo PDCA em uma agência bancária
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-milenamedeiros @camporeal.edu.br
2
Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
Estratégica de Negócios, Especialista em Docência no Ensino Superior.
E-mail: prof-brunomaron@camporeal.edu.br
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1.2 OBJETIVOS
Implantar o ciclo PDCA como um método de melhoria con nua no
processo de emissão de cartão de crédito; e como plano de ação u lizar o
5W2H, para assim realizar melhorias no processo, aumento de desempenho, e
principalmente diminuir os custos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esse tópico possui como função apresentar a fundamentação teórica
para sustentar o trabalho proposto. Será abordado temas que deram
sustentação como termos, ferramentas e modelos para a pesquisa aplica.
A figura acima destaca as quatro etapas do ciclo, sendo elas, PLAN, DO,
CHECK, ACT, que significa, planejar, executar, checar e agir.
Faz-se válido, destacar ainda que essa ferramenta tem custo zero,
sendo ainda intui va, pois facilita treinamentos e por tratar-se de um ciclo,
gera padronização em diversas áreas, desde administra va até industrial
podendo ser de pequeno ou grande porte.
O ciclo PDCA faz parte de um processo de melhoria con nua,
basicamente, todo processo ou produto pode ser melhorado, em sendo
realizado como um inves mento para a empresa pois ele possibilita
resultados posi vos na organização. O processo de melhoria con nua não se
trata de crescimentos ou mudanças, se refere a um processo grada vo de
mudanças constantes (Gozzi,2015).
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Fonte:Publi (2021)
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3 METODOLOGIA
Lakatos e Marconi (2016) definem métodos cien ficos como obje var
a verdade e para chegar a conclusões obje vas deve-se u lizar a comprovação
de hipótese, através da observação da teoria cien fica e do fenômeno
estudado. Porém para Mascarenhas (2012) os métodos de pesquisa são
divididos em etapas com a base lógica, abordagem e os obje vos.
Os Autores Lakatos e Marconi (2017) o método de pesquisa indu vo
ele parte da observação de alguns fenômenos de determinada classe para
todos os outros dessa mesma classe, já o método dedu vo ele parte da
generalização, para casos concretos, ou seja, parte da classe já generalizada.
Para este trabalho foi u lizado o método de dedução, pois trata-se de pesquisa
de campo, com natureza aplicada.
Para Ma as-Pereira (2012) os métodos podem ser caracterizados por
qualita vos, o qual os dados são analisados de forma indu va e descri va, não
podendo ser quan ficado, e por métodos quan ta vos, que u liza dados
esta s cos para análise e tratamento de dados. Portanto essa pesquisa
u lizará procedimento pra co no estudo de caso, mostrando contexto real a
par r de teorias estudadas, e para análise e discussão dos resultados será
u lizado gráficos e numerário, tornando-se assim uma pesquisa de
abordagem quan ta va e seu obje vo descri vo.
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ciclo PDCA apresenta na gestão de processos sua maior u lização
dentro das empresas, pois com ele é possível trabalhar problemas do dia-a-dia
obtendo bons resultados, além de ser um método de fácil entendimento e
aplicação é possível aplaca-lo com os próprios recursos disponíveis na
empresa, e o colaborador ainda par cipa de forma a va de todo o processo.
O presente trabalho u lizou-se de uma pesquisa de campo em uma
agência bancária de médio porte, no que se refere aos obje vos a pesquisa
seria capaz de iden ficas as principais causas que estavam ocasionando o
acumulo de cartão de crédito e causando assim prejuízos para e empresa e
apresentar resultados posi vos em seu plano de ação.
O método u lizado para solucionar o problema da empresa foi o
CICLO PDCA, que através de suas quatro etapas foi possível iden ficar os erros,
criar um plano de ação que no caso deste trabalho foi u lizado o 5W2H,
acompanhar a execução, correção e manutenção dos resultados.
Jus ficado pela fundamentação teórica e focado na proposta da
aplicação das ferramentas propostas, além de apoiado por estudos, cálculos,
gráfico e análise conclui-se que este trabalho alcançou seu obje vo foi possível
diminuir mais de 70% dos cartões de crédito armazenados na agência, em uma
escala de 3 meses, a projeção ate final de dezembro de 2022 é ter apenas até
70 cartões armazenados na agência para que a gestão de processos seja
executada com qualidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. INTRODUÇÃO
Para que haja compe vidade dentro do mercado de trabalho, é
necessário que as empresas se reinventem, agilizem seus processos e os
desenvolvam com qualidade e disciplina. Iden ficar como são desenvolvidos
os processos é de extrema importância para a solução de problemas.
Portanto, estudá-los e u lizar-se do apoio de ferramentas certas de gestão são
alterna vas viáveis dentro desse panorama, assim como afirma Lins (apud
BRITO & BRITO, 2020)
Bueno et al (2013) retrata que, se um problema é iden ficado e
solucionado, o sistema produ vo sobe para um nível superior de qualidade,
considerando que os problemas são geralmente vistos como oportunidades
de desenvolvimento e melhoria do processo. Por essa razão, tal trabalho
mostra-se per nente à resolução dos problemas relacionados à carência de
informações nas amostras de trigo analisadas na Coopera va Agrária.
Diversas companhias começaram a adotar uma nova estratégia
usando o tempo como um recurso de vantagem compe va. Esse modelo de
gestão, ao reduzir o tempo improdu vo, faz com que as companhias adeptas
consigam uma redução expressiva de custos e melhoria de qualidade,
proporcionando mais aproximação por parte de seus consumidores
(GUERREIRO & SOUTES, 2013).
A par r disso, o presente trabalho busca realizar por meio do ciclo
PDCA (Plan, Do, Check, Act, "Planeja, Fazer, Checar, Agir" - tradução nossa)
uma melhoria con nua dentro do processo de recebimento e entrada de
amostras no laboratório da empresa supracitada, a fim de agilizar a entrega de
resultados e diminuir o tempo de espera e atraso de mercadorias.
1
Engenheiro de Produção - Centro Universitário Campo Real.
E-mail: eng-eduardoalmeida@camporeal.edu.br
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Engenheiro de Produção, Engenheiro de Segurança do Trabalho. Especialista MBA - Gestão
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Rastreabilidade
Segundo Leite (2009), rastrear é manter os registros necessários para
iden ficar e informar os dados rela vos à origem e ao des no de um produto.
Ou seja, para que esse produto se torne confiável desde a sua origem, é
importante se manter um padrão de rastreabilidade adequado, tanto para
aspectos relacionados à saúde dos consumidores, quanto para certos ajustes
dentro do processo produ vo, pois "rastreabilidade é a a vidade de
reconstrução das informações sobre a procedência do material u lizado em
determinado produto e/ou caracterís cas do mesmo" (MACHADO,2005).
Tal procedimento tem como foco descobrir e resolver uma
problemá ca relacionada a certos desvios de segurança ou qualidade do
produto em pontos delimitados dentro do ciclo de produção, armazenagem
ou industrialização. Esta prá ca permite que haja a manutenção e
possivelmente a re rada dos produtos fora do padrão es pulado do mercado,
regularizando os processos e gerando menos impacto financeiro às partes
envolvidas. (CERUTI, 2007)
2.3.2. DO (executar)
Após passada a etapa de planejamento, cabe à empresa seguir para o
ciclo de execução. Nessa etapa, tudo o que foi planejado deverá ser realizado
exatamente como previsto anteriormente, seguindo um padrão pré-
es pulado pelas partes envolvidas e treinamentos devem ser realizados para
os envolvidos no projeto, com a inicia va de sair tudo conforme o planejado
(Correa et al 2007).
Neco (2011) ainda explica que essa etapa se torna crí ca ao processo,
visto que, para se obter êxito nesse sistema, é necessário que haja inicia va ao
educar e treinar os colaboradores. A par r disso, as pessoas envolvidas no
processo se tornarão aptas para as tomadas de decisões seguintes ao projeto.
Correa et al (2007, p. 20), complementa, ainda, que, nesse passo, são
realizadas as coletas de dados para os próximos ciclos, u lizadas mais
precisamente no ciclo de verificação (Check).
2.4. KAIZEN
Desenvolvido em meados da década de 40 no Japão, o Kaizen surgiu
com o intuito de reconstruir a indústria japonesa após a ocupação das tropas
americanas. Por ser uma ferramenta fácil, rápida, de baixo custo e alto retorno
produ vo, ganhou popularidade em todo o país. (NECO, 2011).
Fonseca et al (2016, p.8) explica que a ferramenta é embasada em um
simples sistema de soluções de problemá cas; por apresentar uma
metodologia simplificada, a metodologia está ligada a "razões simples e
baratas, unidas ao bom senso". O kaizen, ligado a uma esfera empresarial,
mostra ser uma metodologia que possibilita a baixa de custos e o aumento da
produ vidade (DINIS,2016).
A filosofia kaizen dita que o melhoramento con nuo deve ser
realizado em qualquer lugar, desde o trabalho até em casa. Sua metodologia
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2.5.2. Histograma
O histograma é um gráfico de barras, o qual mostra a variação de uma
faixa específica com as especificações e podendo conhecer as carcteris cas de
um processo por inteiro, o qual nos dá uma visão geral da variação dos dados
(COOPER E SCHINDLER, 2001).
Foi desenvolvido por Guerry em 1833, a fim de descrever suas análises
sobre crime. Atualmente o histograma é aplicado em diversas áreas para
descrever a frequência com que variam o processo, a forma de distribuição
dos dados e para agrupar os valores das variáveis em intervalos. O histograma
contém certas vantagens em seu uso como, por exemplo, uma rápida
elaboração de gráficos com a u lização de so wares específicos, em uma
rápida análise compara va de dados historicos e a facilitação em soluções de
problemas, tal como afrima Daniel et all (2014).
2.5.6. Brainstorming
O brainstorming foi desenvolvido em 1938 pelo inglês Alex Osborn
quando era presidente de uma agência de publicidade, como uma
contribuição que envolvia um curto período e todos os membros, em um
método de geração de ideias em grupo para obter soluções inovadoras e
cria vas para problemas. Ao envolver todos os membros, essa abordagem
garante a qualidade da tomada de decisão da equipe, o comprome mento e a
responsabilidade compar lhada (MEIRELES, 2001).
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2.6. SAP
Com o passar dos anos, novas ferramentas de gestão estão sendo
integradas ao mercado. Segundo o SAP Brasil, a ferramenta SAP ou System
Analysis Program Development é um sistema fundado na Alemanha que tem
como foco a introdução de so wares de planejamentos de recursos
empresariais.
Segundo o blog do so ware, a empresa mantém mais de 230 milhões
de usuários no mundo todo, e é retratado ainda que por seu gerenciamento
ser centralizado, a ferramenta fornece diversas funções de negócios,
auxiliando empresas a gerenciar melhor os seus processos e proporcionando
aos departamentos diferentes um fácil acesso em tempo real aos conteúdos
presentes nele.
3. METODOLOGIA APLICADA
Segundo Oliveira (2011) "A pesquisa qualita va tem o ambiente
natural como fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal
instrumento". Baseado nisso, o presente trabalho tem como obje vo uma
análise qualita va sobre o sistema de desenvolvimento e recebimento de
amostras dentro do laboratório de trigo da coopera va, juntamente como a
execução de um plano de ação para solucionar esses problemas.
Dentro do sistema de recebimento do laboratório central da
coopera va são efetuadas as entradas das amostras na ferramenta SAP e essa
ferramenta necessita de certos requisitos para ser possível o início das
análises, uma vez que esses requisitos não estejam contemplados no sistema,
acaba sendo impossível o início das análises.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante a checagem do projeto, realizou-se uma nova coleta de
dados, a qual se mostrou muito efe va quando comparada aos dados
coletados anteriormente. Com o mesmo número de lotes analisados, obteve-
se uma porcentagem de erros rela vamente baixa, subindo o índice de lotes
asser vos, esses resultados foram indicados na Tabela 02 e no Gráfico 02.
5. CONCLUSÃO
A compe vidade do mundo empresarial vem aumentando com o
decorrer dos anos, a u lização de ferramentas da gestão de qualidade vem
auxiliando as empresas nas tomadas de decisões a par r de seus produtos e
serviços. Portanto, o presente trabalho buscou alcançar, com o auxílio da
ferramenta PDCA, uma melhoria dentro do processo de recebimento de
amostras em um laboratório de farinha de trigo.
O intuito inicial do projeto era reduzir o número de erros vindos da
criação das amostras, assim como o mizar o tempo de início delas. Para isso,
u lizaram-se métodos da qualidade junto com os conceitos do ciclo PDCA, o
qual se mostrou eficiente se seguido corretamente. Sendo assim, pode-se
concluir que os obje vos de redução e o mização do processo foram
alcançados. Também se conclui que, a ferramenta de melhoria con nua PDCA
agrega diversos bene cios se u lizada corretamente desde o seu
planejamento até a úl ma etapa do agir.
Com o auxílio da ferramenta, o número de erros provenientes da
entrega de amostras ao laboratório teve uma melhora de aproximados 86%
em relação aos lotes antes da fase de desenvolvimento do projeto. Sendo
assim, é certo dizer que a ferramenta cumpriu com o que foi es pulado,
provando ser uma excelente metodologia para um plano de melhoria con nua
dentro de empresas que buscam por compe vidade e o mização dentro do
mercado de trabalho atual.
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