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Olhares Históricos
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
R585 Rio Grande Século XX: olhares históricos / Leandro Braz da Costa,
Lidiane Friderichs, organizadores; [autores] Cíntia Lima
Crescêncio ... [et al.] - Pelotas: Editora e Gráfica Universitária,
2012.
205p., il.
CDD : 981.65
3
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
Sumário
1
Professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus
Erechim. Doutor em História pela UFRGS.
7
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
8
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
9
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
10
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
11
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
12
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
13
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
1
Mestre em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Atualmente cursa o doutorado na mesma instituição. Bolsista CNPq.
Email: cintialima23@gmail.com
2
Doutora em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Docente nos cursos de Graduação e Pós-Graduação em História da
Universidade de Passo Fundo (UPF). Email: gizele@upf.br
15
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
3
Sobre a ideação legada a questão da ideologia do progresso ver LE GOFF,
Jacques. Progresso/Reação. In: História e Memória. 5ª. ed. Campinas: Ed.
UNICAMP, 2003. p. 235-281.
4
FOLLIS, Fransérgio. Modernização urbana na Belle Époque paulistana. São
Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 15.
16
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
5
Antônio José Gonçalves Chaves destacou-se como político, jornalista e
empresário de Pelotas. Naquela cidade foi proprietário da Charqueada São
João, construída entre 1807 e 1810 às margens do Arroio Pelotas. Suas
considerações sobre a necessidade de modernização urbana de Rio Grande
foram publicadas na obra Memórias ecônomo-políticas sobre a
administração pública no Brasil (Editora ERUS, 1978).
6
ALVES, Francisco das Neves. TORRES, Luiz Henrique. A cidade de Rio
Grande: uma abordagem histórico-historiográfica. Rio Grande: Ed. URG,
1997. p. 45.
7
Segundo o Dicionário de Termos Médicos, a varíola é uma “doença
infecciosa aguda, muito contagiosa e com carácter epidémico e com
características de endemia em certas regiões do Mundo. Nos países mais
evoluídos (...) a doença foi erradicada graças às muito eficazes medidas
profiláticas adoptadas, como a vacinação obrigatória. É uma doença
17
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
18
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
9
ECHO DO SUL. As Quintas. Rio Grande, número 201, 01de setembro de
1904. - Por motivos de melhor compreensão por parte do público leitor os
excertos extraídos do jornal tiverem o português atualizado.
10
Idem.
11
Sobre a história da colonização em Rio Grande ver: ALVES, Francisco das
Neves. TORRES, Luiz Henrique. A cidade de Rio Grande: uma abordagem
histórico-historiográfica. Rio Grande: Ed. URG, 1997. / ALVES, Francisco
das Neves. Cronologia básica da História da cidade do Rio Grande (1737-
1947). Biblos, Rio Grande, 22 (2), p. 09-18, 2008.
19
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
12
Há pequenas divergências entre os números apresentados por vários
autores para ilustrar a progressão demográfica de Rio Grande, todavia, eles
explicitam seu crescimento intermitente. Segundo dados apresentados por
Alves e Torres a partir de observações de viajantes e locais sobre o número
de citadinos, pode-se indicar que a população, em 1809 era de mais de 2.000
habitantes; em 1834 havia cerca de 4.000; em 1851 o número ficaria entre 12
e 14.000 almas; em 1865 14.000 e em 1900 haveria por volta de 30.000
habitantes na localidade. ALVES, Francisco das Neves. TORRES, Luiz
Henrique, 1997. p. 49.
13
Idem, p. 37ss.
20
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
14
Ver: ALVES, Francisco das Neves (Org.). Imprensa & História no Rio
Grande do Sul. Rio Grande: Ed. FURG, 2001. / ALVES, Francisco das
Neves. Cronologia básica da História da cidade do Rio Grande (1737-1947).
Biblos, Rio Grande, 22 (2), p. 09-18, 2008. / MARTINS, Solismar Fraga. . O
papel da cidade do Rio Grande (RS) na economia rio-grandense durante a
industrialização dispersa (1873/1930). In: Segundas Jornadas de História
Regional Comparada e Primeiras Jornadas de Economia Regional
Comparada. Porto Alegre: FEE, 2005. p. 01-17. / PAULITSCH, Vivian da
Silva. Rheingantz: uma vila operária em Rio Grande-RS. Dissertação
(Mestrado em História da Arte e da Cultura) – Programa de Pós-Graduação
em História, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003. /
PEDROSO, Ticiano Duarte. Saneamento e Progresso: o projeto de
Saneamento da cidade de Rio Grande do plano a implantação (1909-1923).
Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em História) – Comissão do
Curso de História, Rio Grande, 2008.
21
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
22
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
15
O governo do Rio Grande do Sul foi regido pelo PRR ininterruptamente
entre 1882 - com a nomeação de Fernando Abbot - e 1923, tendo eleitos
como presidentes do estado os partidários Júlio de Castilhos (1893-1898),
Borges de Medeiros (1898-1908), Carlos Barbosa Gonçalves (1908-1913),
novamente Borges de Medeiros (1913-1928), Getúlio Vargas (1928-1930),
Osvaldo Aranha e Sinval Saldanha (nomeados, 1930). Em dezembro de
1937, com o Decreto no. 37, o PRR foi extinto pelas determinações do
governo Vargas de abolir todos os partidos políticos do país.
16
Ver: RODRÍGUEZ, Ricardo Vélez. O castilhismo e as outras ideologias.
In: BOEIRA, Nelson. GOLIN, Tau (Dir.). RECKZIEGEL, Ana Luiza Setti.
AXT, Gunter (Coord.). História Geral do Rio Grande do Sul. República
Velha (1889-1930). Vol. 3. Passo Fundo: Méritos, 2007. p. 57-88.
Ver também: PEZAT, Paulo. Leituras e interpretações de Auguste Comte. In:
BOEIRA, Nelson. GOLIN, Tau (Dir.). RECKZIEGEL, Ana Luiza Setti.
23
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
24
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
20
WEBER, Beatriz Teixeira. As artes de curar: Medicina, religião, magia e
positivismo na república rio-grandense 1889-1928. Santa Maria: Ed. UFSM;
Bauru: EDUSC, 1999. p. 49.
21
SILVA, Raquel Padilha da. A Cidade de Papel: a epidemia da peste
bubônica e as críticas em torno da saúde pública na cidade de Rio Grande
(1903-1904). Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação
em História, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2009. p. 20.
25
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
22
RELATÓRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE RIO GRANDE (1889). p.
01. Apud: SILVA, Raquel Padilha da, 2009. p. 46.
26
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
23
WEBER, Beatriz Teixeira, 1999. p. 50.
24
Idem, p. 51.
27
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
28
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
29
Idem, p. 73.
30
Ibidem, p. 72.
31
ECHO DO SUL. Nota. Rio Grande, número 196, 26 de agosto de 1904.
29
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
32
PEDROSO, Ticiano Duarte. Saneamento e Progresso: o projeto de
Saneamento da cidade de Rio Grande do plano a implantação (1909-1923).
Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em História) – Comissão do
Curso de História, Rio Grande, 2008. p. 48.
33
ECHO DO SUL. A varíola – triste situação. Rio Grande, número 248, 29
de outubro de 1904.
30
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
Fonte: Echo do Sul, Rio Grande, agosto de 1904 a janeiro de 1905 – não
houveram registros em set/1904 (gráfico produzido pelas autoras)
34
ECHO DO SUL. Nota. Rio Grande, número 246, 27 de outubro de 1904.
35
ECHO DO SUL. Nota. Rio Grande, número 249, 31 de outubro de 1904.
31
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
36
SILVA, Raquel Padilha da, 2009. p. 111.
37
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 250, 01 de novembro de
1904.
32
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
38
ECHO DO SUL. Defesa... Encomendada. Rio Grande, número 253, 5 de
novembro de 1904.
39
D‟INCAO, Maria Ângela. Mulher e família burguesa. In: PRIORE, Mary
Del (Org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997. P.
226.
33
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
40
MARINS, Paulo César Garcez. Habitação e vizinhança: limites da
privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras. In: SEVCENKO,
Nicolau (Org). História da Vida Privada no Brasil - 3 República: da Belle
Époque à Era do Rádio. São Paulo: Cia das Letras, 1998. p. 134.
41
SILVA, Raquel Padilha da, 2009. P. 142.
42
Ver: CHALHOUB, Sidney, 1996. / CRESCÊNCIO, Cintia. Revolta da
Vacina: Higiene e Saúde como Instrumentos Políticos. Biblos. Rio Grande,
Vol. 22 (2), p. 57-73, 2008.
43
WEBER, Beatriz Teixeira, 1999. p. 48.
34
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
44
Idem.
45
SILVA, Raquel Padilha da, 2009. p. 44.
35
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
46
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 267, 23 de novembro de
1904.
47
SILVA, Raquel Padilha da, 2009. p. 74.
48
PEDROSO, Ticiano Duarte, 2008. p. 52.
49
ECHO DO SUL. A´s quintas. Rio Grande, número 201, 01 de setembro de
1904.
50
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 267, 23 de novembro de
1904.
36
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
51
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 268, 24 de novembro de
1904.
52
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 275, 2 de dezembro de
1904.
53
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 279, 7 de dezembro de
1904.
54
Ressaltamos que o jornal Echo do Sul noticiava apenas as mortes, no
entanto, em matéria do dia 14 de janeiro de 1905, o jornal respondeu a uma
crítica do Diário do Rio Grande, que o acusou de nunca noticiar os curados
que recebiam alta no referido hospital. Em resposta o impresso acusou o
Diário do Rio Grande de não noticiar as mortes que aconteciam no Lazareto
(ECHO DO SUL. Como se explica? Rio Grande, número 12, 14 de janeiro de
1905).
55
FOUCAULT, Michel. O nascimento do hospital. In: FOUCAULT,
Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979, p. 101.
37
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
56
ECHO DO SUL. Nota. Rio Grande, número 282, 10 de dezembro de 1904.
57
SILVA, Raquel Padilha da, 2009. p. 83.
38
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
58
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 1, 2 de janeiro de 1905.
59
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 5, 6 de janeiro de 1905.
60
SILVA, Raquel Padilha da, 2009. p. 15.
39
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
61
ECHO DO SUL. A variola. Rio Grande, número 6, 7 de janeiro de 1905.
62
ECHO DO SUL. Ainda a variola. Rio Grande, número 7, 9 de janeiro de
1905.
40
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
63
ECHO DO SUL. Rio Grande, número 83, 11 de abril de 1903.
64
Segundo Franco e Ramos, Mariano Cardozo Espíndola teria iniciado seus
estudos na Faculdade de Farmácia na Escola de Ouro Preto. Posteriormente,
transferiu-se para a Bahia onde concluiu o curso de farmácia. Após, cursou
medicina no Rio de Janeiro. Atuou como delegado na Diretoria de Higiene
durante as epidemias de varíola e peste bubônica na cidade de Rio Grande.
Apud: SILVA, Raquel Padilha da, 2009. p. 32 (nota 13).
65
ECHO DO SUL. Ainda a variola. Rio Grande, número 8, 10 de janeiro de
1905.
41
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
66
SILVA, Raquel Padilha da, 2009. P. 54.
67
ECHO DO SUL. Dr. Falk. Rio Grande, número 19, 23 de janeiro de 1905.
68
ECHO DO SUL. Dr. Falk. Rio Grande, número 22, 26 de janeiro de 1905.
69
ECHO DO SUL. É HORRÍVEL! . Rio Grande, número 23, 27 de janeiro
de 1905.
70
ECHO DO SUL. A varíola. Rio Grande, número 23, 27 de janeiro de 1905.
42
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
71
Ver: Ticiano Duarte. Saneamento e Progresso: o projeto de Saneamento da
cidade de Rio Grande do plano a implantação (1909-1923). Trabalho de
Conclusão de Curso (Bacharelado em História) – Comissão do Curso de
História, Rio Grande, 2008.
43
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
ANEXO
72
ECHO DO SUL. É HORRÍVEL! . Rio Grande, número 23, 27 de janeiro
de 1905.
44
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
fevereiro 19/01/1905
27/10/1904;
14/11/1904;
246; 260;
24 de maio 3 2 24/01/1905;
20; 22; 255
26/01/1905;
08/11/1904
Andrade
1 26/11/1904 270
Neves
Aquidaban 1 26/01/1905 22
Barão de 08/11/1904;
1 1 255; 24
Cotegipe 28/01/1905
24/10/1904;
Barra 2 244; 275
02/12/1904
28/10/1904;
Benjamin 247; 252;
3 04/11/1904;
Constant 257
10/11/1904
08/11/1904;
Bento
1 1 1 16/01/1905; 255; 13; 19
Gonçalves
23/01/1905
Boulevard 08/11/1904;
1 1 255; 24
Carlos Pinto 28/01/1905
05/11/1904;
22/11/1904;
253; 266;
24/11/1904;
Caramuru 1 2 5 268; 10; 11;
12/01/1905;
21; 24; 25
13/01/1905;
25/01/1905;
28/01/1905;
45
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
30/01/1905
Carlos
1 07/11/1904 254
Gomes
28/10/1904;
29/10/1904;
31/10/1904;
01/11/1904;
247; 248;
08/11/1904;
249; 250;
09/11/1904;
Conde de 255; 258;
5 6 2 23/11/1904;
Porto Alegre 267; 269;
25/11/1904;
270; 281;
26/11/1904;
12; 16; 22
09/12/1904;
14/01/1905;
19/01/1905;
26/01/1905
Conselheiro 12/11/1904;
1 1 259; 26
Pinto Lima 31/01/1905
Coronel 10/11/1904;
2 257; 266
Sampaio 22/11/1904
26/08/1904;
28/10/1904;
29/10/1904; 196; 247;
Francisco 01/11/1904; 248; 250;
5 3 2
Marques 05/11/1904; 253;257;
09/11/1904; 258; 260
10/11/1904;
14/11/1904
46
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
29/10/1904;
08/11/1904;
11/11/1904;
248; 255;
14/11/1904;
258; 260;
General 21/11/1904;
4 6 1 265; 266;
Câmara 22/11/1904;
281; 294;
09/12/1904;
16; 19
24/12/1904;
19/01/1905;
23/01/1905
General
1 19/01/1905 16
Canabarro
01/11/1904;
14/11/1904; 250; 260;
General Neto 2 2
25/01/1905; 21; 22
26/01/1905
25/10/1904;
27/10/1904;
General 245; 246;
2 3 29/10/1904;
Osorio 248; 15; 23
18/01/1905;
27/01/1905
General
1 23/01/1905 19
Portinho
26/08/1904;
29/10/1904; 196; 248;
General 31/10/1904; 249; 257;
6 4 1
Vitorino 09/11/1904; 258; 259;
10/11/1904; 09; 11; 22
12/11/1904;
10/01/1905;
47
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
13/01/1905;
26/01/1905
02/12/1904;
07/12/1904;
22/12/1904;
24/12/1904;
275; 279;
31/12/1904;
291; 294;
02/01/1905;
300; 01; 06;
Lazareto 2 13 07/01/1905;
07; 11; 17;
09/01/1905;
19; 22; 24;
13/01/1905;
25
20/01/1905;
23/01/1905;
28/01/1905;
30/01/1905
Linha do
1 09/12/1904; 281
Parque
14/11/1904;
28/12/1904;
04/01/1905;
260; 297;
Marechal 06/01/1905;
1 1 6 03; 05; 12;
Deodoro 14/01/1905;
20; 22; 26
24/01/1905;
26/01/1905;
31/01/1905
Marechal 31/08/1904;
1 1 200; 19
Floriano 23/01/1905
Marquês de
1 11/11/1904 258
Caxias
01/11/1904;
Paysandu 2 250; 259
12/11/1904
48
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
04/11/1904;
Rheingantz 2 1 08/11/1904; 252; 255; 22
26/01/1905
Senador
1 01/11/1904 250
Correia
04/11/1904;
02/01/1905;
07/01/1905; 252; 01; 06;
Tiradentes 1 2 6
09/01/1905; 07; 09; 12
11/01/1905;
14/01/1905
24/10/1904;
Uruguayana 1 1 244; 18
21/01/1905
Vice
27/10/1904;
Almirante 1 1 246; 22
26/01/1905
Abreu
04/11/1904;
07/11/1904;
09/11/1904;
252; 254;
25/11/1904;
258; 269;
Villeta 1 5 3 09/12/1904;
281; 283;
12/12/1904;
286; 01; 06
15/12/1904;
02/01/1905;
07/01/1905
Visconde de
1 10/12/1904 282
Paranaguá
Vitorino 1 30/01/1905 25
Yatahay 3 1 29/10/1904;
248; 252;
04/11/1904;
49
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
01/12/1904;
24/12/1904;
274, 294;
19/01/1905;
Ypiranga 4 2 16; 21; 22;
25/01/1905;
25
26/01/1905;
30/10/1905
27/10/1904;
04/11/1904;
08/11/1904; 246; 252;
05/12/1904; 255; 277;
Zalony 4 1 4
28/12/1904; 297; 01; 11;
02/01/1905; 12
13/01/1905;
14/01/1905
TOTAIS 62 63 52 - -
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
50
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
51
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
52
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
53
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
54
O espaço do indesejável: As origens do bairro Cidade.
1
Bacharel em História – FURG. Mestre em Ciências Sociais – UFPEL. E-
mail: ticiano.pedroso@hotmail.com
2
Os terrenos localizados além da linha de trincheiras passaram a pertencer à
municipalidade a partir de 1878.
55
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
56
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
57
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
58
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
59
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
60
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
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70
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71
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72
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4
Os 406 combustores de 9 velas foram substituídos por 750, sendo 300 de 67
velas e 450 de 33. (RELATÓRIO DA INTENDÊNCIA MUNCIPAL, 1907-
1908, p. 4).
73
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74
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Considerações Finais
75
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76
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDOSO, Gilberto Marcos Cento 2011, p.8. Artigo publicado no
Jornal Agora, Rio Grande 12 de abril de 2011.
COPSTEIN, Raphael. Evolução Urbana de Rio Grande. Revista do
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
N. 122, p. 43-68, 1982.
77
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
Fontes:
BRITO, Saturnino de. Projetos e Relatórios. Saneamento do Rio
Grande. Ministério da Educação e Saúde Instituto Nacional do Livro.
Obras completas de Saturnino de Brito. Volume X. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1943.
RELATÓRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DO RIO GRANDE.
Apresentado pelo seu presidente Tenente Coronel Antônio Chaves
Campello, 1880.
RELATÓRIO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA PROVINCIAL,
1883
RELATÓRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DA CIDADE RIO
GRANDE. Apresentado a Assembléia Legislativa Provincial, 1883.
RELATÓRIO DA CÂMARA MUNCIPAL DA CIDADE DO RIO
GRANDE. Apresentado a Assembléia Legislativa Provincial, 1885.
RELATÓRIO DA CÂMARA MUNCIPAL DA CIDADE DO RIO
GRANDE. Apresentado a Assembléia Legislativa Provincial, 1889.
RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO DOS NEGÓCIOS DO
MUNICÍPIO DE RIO GRANDE, 1896.
RELATÓRIO DO CONSELHO MUNICIPAL DO RIO GRANDE.
Apresentado ao Conselho Municipal do Rio Grande pelo Intendente
Dr. Conrrado Miller de Campos, 1902.
RELATÓRIO DO CONSELHO MUNICIPAL DO RIO GRANDE.
Apresentado ao Conselho Municipal do Rio Grande pelo Capitão
Carlos A. Ferreira de Assumpção, 1903.
78
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79
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
1
Professor do Curso e do Programa de Pós-Graduação em História da
UFPEL.
2
Professor do Curso e do Programa de Pós-Graduação em História da
UFAM.
81
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82
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3
Como observam Leonardi e Hardman: O mercado de tecidos (no Brasil em
1866) já estava feito, ao passo que o mercado de grande número de outras
manufaturas existia apenas de forma embrionária. Isso explica, em parte, o
desenvolvimento do setor têxtil como a primeira verdadeira indústria
moderna surgida no Brasil. Assim como na Europa, o setor têxtil teve uma
presença pioneira e ocupou posição de destaque nos primeiros momentos do
processo de crescimento industrial. Isso de deve, também, ao fato de os
tecidos constituírem uma mercadoria básica de consumo para os proletários,
necessárias para a reprodução da força de trabalho (LEONARDI e
HARDMAN, 1991, p. 35).
83
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84
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85
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4
Aliás, os militantes operários necessitavam migrar internamente de forma
constante para poderem escapar a repressão; para tanto contavam com o
acolhimento de entidades obreiras espalhadas pelo país, geralmente ao chegar
a uma nova cidade, o militante passava a integrar a vida política e sindical
daquela comunidade através de sua atuação nas sociedades de classe.
5
Segundo Cláudio H. M. Batalha: “... a associação operária é a
materialização da experiência comum no decorrer da qual se constrói a
identidade coletiva; mas é, ela própria, um fator de reprodução dessa
identidade. Isso não significa que o surgimento de uma identidade de classe e
da consciência em determinada categoria ou grupo de trabalhadores só
possam ser constatado a partir de sua organização: elas já se fazem presentes
86
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
87
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
7
Os anarquistas, apesar de reconhecerem os atrativos que o mutualismo, a
beneficência e o cooperativismo exerciam sobre os trabalhadores, não
88
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
89
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
90
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
Após dez anos de luta em prol dos seus ideais, soffreu grande
modificação em suas tendências, de modo que é hoje uma
associação simplesmente instrutiva beneficente, recreativa e
mutualista, abandonando os princípios reivindicativos, o que
lhe valeu extraordinária quebra de importância social, posto
que argumentasse economicamente. Em 1899, contava
aproximadamente 1000 associados, hoje não alcança 500
(REVISTA ILUSTRADA, Junho de 1911).
9
A ativista libertária e dramaturga Agostina Guizzardi, por exemplo, foi uma
produtora cultural contrária à política efetivada pela União Operária e que,
não obstante, esteve presente na vida associativa desta entidade tanto como
91
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
92
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
pela lei do dinheiro, não hesitando em pôr na rua pobres viúvas que
atrasavam o aluguel (Jornal A Luta apud LONER, 1999). Os
libertários também criticavam as lideranças conservadoras por criarem
entraves aos trabalhadores mais combativos que pleiteavam sua
associação à União Operária. Esta acusação era referente ao
engavetamento, ou atraso, de proposta de filiação de trabalhadores de
inclinação anarquista na entidade. Diante deste tipo de situação, a
diretoria alegava que se tratava de elementos perigosos e, realmente,
fazia o máximo possível para evitar ou atrasar a entrada destes
trabalhadores na Associação (LONER, idem).
Se, por um lado, efetivou-se um processo de burocratização
nos quadros dirigentes desta importante entidade operária, deixando
uma lacuna no movimento, por outro, abria-se, neste momento, o
caminho para a hegemonia anarquista no Movimento Operário local.
A década de 1910 foi caracterizada pela atuação de anarquistas nas
cidades de Rio Grande e Pelotas. De acordo com Ana Loner, os
libertários:
93
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
11
Parte dos marinheiros da belonave, ao saírem licenciados, demonstraram
apoio à mobilização operária e deram vivas a greve e morras à burguesia,
devido a tal fato, acabaram sendo recolhidos pela polícia militar e conduzidos
ao navio, onde possivelmente foram remetidos à prisão ou outro tipo de
castigo disciplinar (Jornal Rebate apud Loner)
12
A partir de 1920, esta entidade muda seu nome para Federação Operária do
Rio Grande.
94
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
95
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96
O Litoral (in) visível Villa Sequeira, Rio Grande (XIX-XX).
Considerações iniciais
1
Mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
UFRGS. Email: ffnobrega@yahoo.com.br
97
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98
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2
Cabe salientar o trabalho de Celia Maria Pereira acerca do Balneário
Cassino, “Memórias de um balneário: patrimônio edificado do Balneário
Cassino” escrito em 1997 , fruto da especialização em Patrimônio Cultural
pela Universidade Federal de Pelotas, e a dissertação de Maria Terezinha
Gama Pinheiro, defendida junto ao Programa de Pós Graduação em
Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina em 1999 sob o título: A
fundação do Balneário Cassino ao final do século XIX e sua expansão e
transformação no decorrer do século XX.
3
Tal termo ganha sentido em Marc Boyer (2008) quando apresenta que
vilegiar trata-se do ato de possuir segundas residências para aproveitamento
de temporadas de descanso, seja no campo ou na praia.
4
Ao longo do trabalho optamos por usar a nominação de “Villa Sequeira”.
99
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100
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101
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5
Vide Nedel (2005, p. 5) para uma compreensão aprofundada das
imbricações entre a Editora Mercado Aberto e a configuração de uma
historiografia sul-rio-grandense nos anos 1980.
6
Notadamente o livro A parte e o Todo: a diversidade cultural no Brasil
Nação (1992) de Ruben George Oliven.
102
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7
Logo em 1890 já encontramos registros informando que a localidade passou
a se chamar “Villa Sequeira” em função da proeminência, e como
homenagem, ao gerente da Carris pela implantação da empresa balnear.
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110
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8
Marulho, segundo o dicionário eletrônico Houaiss pode ser entendido como
“agitação permanente das águas do mar, constituída pelo movimento
incessante de vagas curtas e pouco altas” ou “o ruído característico que
acompanha essa agitação” (HOUAISS, 2010). Por sua vez, “vergalhão” diz
respeito ao fato de receber um golpe com demasiada força, o que ganha
sentido quando pensamos no choque que as ondas podem proporcionar.
111
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
112
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113
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114
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9
Em uma tradução livre: A Companhia Melhoramentos da Cidade de Santos
abriu um calibre de 800 milímetros de bitola elétrica da estação ferroviária
para a praia em 08 de outubro de 1871, este foi um ano antes do primeiro
bonde que funcionou em São Paulo. A cidade de São Vicente, no lado
ocidental da ilha, inaugurou 1350 milímetros de tramway interurbano para
santos (via Matadouro) em 24 de outubro de 1875. A Carris de ferro da Villa
de São Vicente converteu a linha para o sistema a vapor em 1885.
115
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Considerações finais
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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124
A cidade do Rio Grande na primeira metade da década de 1970.
Desenvolvimento econômico, vigilância, repressão e legitimação
da Ditadura Civil-Militar.
1
Bacharel em História pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
Mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
UFRGS. Email: lbcosta.furg@gmail.com
125
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
2
Cf. BICUDO, Hélio. Segurança Nacional ou submissão. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1984, p. 36.
3
Cf. FILHO, João Roberto Martins. Tortura e ideologia: os militares
brasileiros e a doutrina da guerre révolutionnaire (1959-1974). In: SANTOS,
Cecília Macdowell; TELLES, Edson; TELES, Janaína de Almeida (Orgs.).
Desarquivando a Ditadura: Memória e Justiça no Brasil. Volume I – São
Paulo: Hucitec, 2009, p. 179.
4
MCSHERRY, J. Patrice. Los Estados depredadores: la Operación Condor y
la guerra encubierta em América Latina. Montivideo: Banda Oriental, 2009,
p. 85.
5
Cf. COMBLIN, Joseph. A Ideologia da Segurança Nacional: o poder
Militar na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p.
65.
6
Cf. STEPHANOU, Alexandre Ayub. Censura no Regime Militar e
militarização das artes. Porto Alegre: Ed. da PUCRS, (Coleção História, vol.
44), 2001, p. 83.
126
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
7
Cf. Decreto-Lei N° 1. 135 de 3 de dezembro de 1970. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-
1988/Del1135.htm>. Acesso em: 27/04/2011.
8
Cf. Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS, 07/04/1964, logo após o golpe a
Secretaria de Ordem Política e Social (SOPS/RG) juntamente com o
Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul (DOPS/RS),
realizaram as operações repressivas denominadas de “Limpeza” e “Gaiola”,
com o objetivo de prender qualquer opositor do regime que se instalava no
poder. Durante estes episódios, um acontecimento é digno de nota. Ao que
tudo indica o Navio Hidrográfico Canopus da Marinha brasileira que estava
realizando o mapeamento do Litoral Sul do Brasil, acabou interrompendo
suas atividades para servir aos propósitos dos golpistas. Conforme o relato do
Capitão da Brigada Militar, o senhor Athaídes de Rodrigues, que consta em
seu livro de memórias denominado Agora eu – A revolução de 1964, em Rio
Grande, este navio teria sido utilizado como navio-prisão pelas Forças
Armadas brasileiras. Athaídes relata em seu livro que foi preso juntamente
com outros colegas que não concordavam com a forma antidemocrática da
revolução de 1964. Na época o Capitão do Navio Canopus era Maximiano
Eduardo da Silva Fonseca. Em Rio Grande existe uma grande avenida que
corta o complexo industrial-portuário que recebeu o nome deste capitão
como forma de homenageá-lo.
127
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
9
A cidade foi considerada Área de Segurança Nacional, muito antes do golpe
de 1964, condição que perdurou até 1951, porém, alguns meses após o março
de 1964, acabou retomando tal condição geopolítica. Cf. ALVES, Francisco
das Neves. Governo do Prefeito Farydo Salomão. Rio Grande: Revista
Biblos, n. 3, 1990, p. 31.
10
Cf. FERNANDES, Ananda Simões. Quando o inimigo ultrapassa a
fronteira: As conexões repressivas entre a Ditadura Civil-Militar brasileira e
o Uruguai (1964-1973). Dissertação de Mestrado, UFRGS/RS, p. 86-87.
128
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
11
Cf. TEIXEIRA, Maria Lúcia; VIANNA, Werneck. A administração do
milagre: o Conselho Monetário Nacional, 1964-1974. Petrópolis, RJ: Editora
Vozes, 1987, p. 134-135. No limiar da década de 1970, vivia-se a fase áurea
do “milagre brasileiro”, fonte de legitimação de um sistema político fechado
que assim ampliava sua capacidade de cooptar dissidentes potenciais e
satisfazer as necessidades econômicas e sociais de grupos da elite.
12
Cf. DALMAZO, Renato. Planejamento Estadual no Rio Grande do Sul –
1959-1974. Ensaios FEE, Porto Alegre, 11 (2), 1991, p. 387.
13
Cf. MACARINI, José Pedro. A política econômica do governo Médici:
1970-1973. Belo Horizonte: Nova Economia, 15 (3), 2005, p. 54.
14
MARTINS, Solismar Fraga. Cidade do Rio Grande: industrialização e
urbanidade (1873-1990). Rio Grande: Editora da FURG, 2006, p. 192-193.
129
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
15
DOMINGUES, Marcelo de La Rocha. Superporto de Rio Grande: plano e
realidade. Elementos para uma discussão. Dissertação de Mestrado, UFRJ,
1995, p. 8-9.
16
Cf. ALTMAYER, Flávia de Lima & CARNEIRO, Oscar Décio. Cidade do
Rio Grande, 270 anos: a mais antiga do Estado. In: Caderno de História N°
33, Rio Grande: Memorial do Rio Grande do Sul, 2007, p. 24. O programa
do Governo Federal denominado Corredores de Exportação surgiu da
130
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
131
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
21
Cf. GANDRA, Edgar Ávila. O cais da resistência: a trajetória do
sindicato dos trabalhadores nos serviços portuários de Rio Grande no
período de 1959 a 1969. Cruz Alta: UNICRUZ, 1999, p. 85.
22
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 10/01/1970, p. 1.
23
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 16/01/1970, p. 1.
132
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
24
Cf. LUCA, Tania Regina de. História dos, nos e por meio dos periódicos.
In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto,
2010, p. 129.
25
Cf. ALTMAYER, Flávia de Lima & CARNEIRO, Oscar Décio. Op. Cit., p.
24. Com o reaparelhamento do Porto, foram construídos dois armazéns
graneleiros, a dragagem da Barra e do canal de acesso (permitindo a entrada
de navios de até 40 pés), a implantação de um novo frigorífico, e a instalação
de transbordadores para a descarga das embarcações do tráfego fluvial e
marítimo. De 1970 a 1976 o complexo industrial e portuário do Rio Grande
contava com a presença de empresas privadas como o terminal graneleiro da
COTRIJUI, o de fertilizantes da LUCHSINGER-MANDORIN, as
instalações da FERTISUL, da WIGG S/A (pescados), e da SAMRIG (farelo).
No Anuário de Portos e Navios de 1976, consta para o Porto do Rio Grande
um total de 23 armazéns internos, um externo, dois frigoríficos e um silo.
Dentre os terminais aparecem a COTRIJUI (trigo e cereais, que um ano
depois inaugura uma fábrica de óleos vegetais – ver imagens no anexo de
número 5), Carvão (Parque de Carvão), Contentores (Um píer em construção
para terminal de contêineres), Píer Petroleiro (explosivos, inflamáveis, etc),
bem como, terminais projetados ou em construção destinados a produtos
como fertilizantes e carnes.
26
Cf. ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e Oposição no Brasil (1964-
1984). Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1985, p. 150.
27
Para um melhor aprofundamento sobre o assunto ver especialmente o
capítulo 5, intitulado A propaganda da ditadura na obra de FICO, Carlos.
133
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
134
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
30
Em 1966, a Ipiranga através da Refinaria do Rio Grande, efetuou uma
doação no valor de 100 milhões de cruzeiros, garantindo assim a construção
da Faculdade de Medicina da URG. Cf. MARTINS, Denise. Ipiranga: A
trajetória de uma refinaria em Rio Grande (RS). Rumo à consolidação de um
grupo empresarial. Dissertação de Mestrado em História, PUC/RS, 2008, p.
107.
31
Cf. ALMEIDA, Ivety Ribes de Almeida. Engenharias e Ciências Exatas.
In: ALVES, Francisco das Neves (org.). Fundação Universidade Federal do
Rio Grande: 35 anos a serviço da comunidade. Rio Grande: Ed. da FURG,
2004, p. 14 a 16.
32
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 02/01/1970, p. 2.
33
Cf. MAGALHÃES, Mário Osorio. Engenharia, Rio Grande: História &
algumas histórias. Pelotas: Ed. Armazém Literário, 1997, p. 38.
34
Decreto-Lei 774 – 20 de agosto de 1969. In: Universidade Federal do Rio
Grande. FURG 40 Anos: revelando seus espaços. Rio Grande: Editora da
FURG, p. 20.
135
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
35
Cf. KANTORSKI, Leonardo Prado. Expurgos de Docentes na Lógica da
Doutrina de Segurança Nacional: O caso da FURG (1969-1977).
Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais, UFPEL/RS, 2011, p. 65-66.
36
Cf. SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Castelo a Tancredo, 1964-1985. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 282.
37
Entrevista cedida em 11/08/2010. Uma das exigências do depoente foi que
seu testemunho permanecesse no anonimato. Segundo o entrevistado, a
atuação de Golbery do Couto e Silva se deu quando ele ocupava o posto de
sargento do exército na administração dos interventores Ten. Cel. Cid
Scarone Vieira e Rubens Emil Correia, ou seja, ao longo de toda a década de
1970.
136
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
38
Entrevista cedida em 11/01/2011.
39
Idem ao n° 37.
137
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
40
Telegrama Oficial Municipal de 19/06/1979. Era comum na época a
utilização de abreviaturas nas palavras que compunham o conteúdo dos
telegramas. Optei em não citar a forma abreviada na qual as palavras se
encontram, mesmo assim, respeitei todas as palavras, a construção e a coesão
textual originais do telegrama.
41
O São Gonçalo é uma divisa natural entre as cidades do Rio Grande e
Pelotas. Uma via fluvial que liga a Lagoa Mirim e a Lagoa dos Patos, e tem
como seu principal afluente o Rio Piratini.
138
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
42
Entrevista cedida em 11/01/2011.
43
Este semanário, assim como o Jornal Rio Grande, apoiava toda e qualquer
iniciativa do Governo Federal, bem como, realizava homenagens aos
presidentes ditadores brasileiros e até mesmo de países vizinhos. Por
ocasião da inauguração da pavimentação da BR 471, em maio de 1970, O
Peixeiro prensou uma edição especial denominada “Nossa Homenagem”
em comemoração ao encontro dos ditadores Emílio Garrastazu Médici e
Jorge Pacheco Areco.
139
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
44
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 24/01/1971, p. 11.
45
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 28/06/1970, p. 7.
46
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 21/02/1971, p. 11.
47
Apesar de apoiar abertamente os planos desenvolvimentistas do Governo
Federal, nesta época, O Peixeiro foi um órgão de imprensa que
esporadicamente buscou denunciar as contradições sócio-econômicas
existentes em Rio Grande. Uma matéria de capa do dia 24/09/1972 com
imagens que mostravam a miserabilidade na qual viviam alguns
riograndinos, na margem da Lagoa dos Patos residindo em palafitas,
denominada “Rio Grande – Superporto. De quem é a culpa: É minha? É
sua? Será nossa? Será deles?” denunciava: “Os clichês mostram “in natura”
e sem quaisquer distorções, a negra verdade em que soçobram punhados de
famílias marginalizadas, ignoradas pela ufania do progresso.” A linha
editorial deste semanário parecia defender a ideia de que o progresso era
necessário, mas não a qualquer preço, pois as melhorias deveriam vir
acompanhadas da responsabilidade social.
140
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
48
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 14/11/1971, p. 10.
49
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 10/03/1974, p. 1. Emílio Garrastazu
Médici esteve novamente em Rio Grande, antes de ser sucedido por Ernesto
Geisel, inaugurando o terminal de cereais do Porto. Segundo este semanário
o “Presidente da Nação... recebeu do povo riograndino a recepção calorosa
de quem agradece, pelo muito de transformação e progresso recebidos pelo
município em sua gestão.” Explicitamente, as frequentes visitas de Médici,
inspecionado ou inaugurando obras consideradas de extrema relevância para
o desenvolvimento do país, contribuíam para aumentar os laços de afinidade
da população riograndina com o regime autoritário.
50
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 22/10/1972, p. 3.
51
Idem ao n° 49.
141
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
52
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 21/01/1973, p. 1.
53
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 17/03/1976, p. 3.
54
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 23/03/1976, p. 2.
55
Cf. ASSIS, José Carlos de. Os Mandarins da República: anatomia dos
escândalos na administração pública, 1968-84. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1984, p. 14.
56
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 02/01/1970, p. 1.
142
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
57
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 04/01/1970, p. 1.
58
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 03/02/1974, p. 3. O Secretário Municipal
de Coordenação e Planejamento viajou até Brasília, a fim de entregar a
documentação que faltava, para que o Banco do Brasil liberasse um
empréstimo no valor de Cr$ 9.528.000,00. Este montante foi dividido em
quatro partes, respectivamente, para cada uma das quatro etapas das obras
que abrangeram a drenagem de ruas, construção de galerias pluviais,
pavimentação de ruas, construção de abrigos para usuários de transporte
coletivo e ampliação da rede de iluminação pública.
59
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 18/03/1973, p. 1 e 5. Foi enviada ao
Secretário do Interior e Justiça, uma carta denúncia contendo várias
acusações a administração de Cid Scarone. O conteúdo da matéria publicada
por este semanário, afirma que o próprio interventor solicitou que fosse
realizada ampla investigação na Prefeitura Municipal, o que acabou sendo
feito através de uma comissão de confiança do Governador do Estado, que
depois de apurar detalhadamente os fatos, nada encontrou de irregular.
Infelizmente, não consta nenhum registro deste acontecimento em toda a
documentação pesquisada que pertencia a Secretaria de Ordem Política e
Social do Rio Grande – SOPS/RG.
60
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 01/02/1970, p. 7.
143
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
61
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 14/03/1971, p. 6.
62
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 31/01/1971, p. 12.
63
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 19/12/1971, p. 5.
64
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 16/01/1970, p. 8.
144
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
65
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 06/01/1970, p. 2.
66
Cf. Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 25/05/1971, p. 1.
145
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
67
Cf. Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 29/05/1971, p. 1.
68
Idem ao n° 66.
146
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
69
Acervo da Luta Contra a Ditadura. Fundo: Secretaria de Segurança
Pública. Subfundo: Polícia Civil. Departamento de Polícia do Interior.
Delegacia Regional de Rio Grande. SOPS/RG – 1.2.505.5.2. Rio Grande,
10/10/1969.
70
Acervo da Luta Contra a Ditadura. Fundo: Secretaria de Segurança
Pública. Subfundo: Polícia Civil. Departamento de Polícia do Interior.
Delegacia Regional de Rio Grande. SOPS/RG – 1.2.505.5.2. Rio Grande,
19/09/1971, folha 1.
71
Idem ao n° 47, fls. 1 e 2.
147
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
72
Jornal Agora: Rio Grande – RS; 15/08/1975, p. 7.
73
Jornal Agora: Rio Grande – RS; 17/08/1975, p. 6.
74
Jornal Agora: Rio Grande – RS; 19/08/1975, p. 3.
148
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
75
Entrevista cedida em 11/01/2011.
149
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
76
Cf. FICO, Carlos. Como eles agiam. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 94. A
comunidade de informações era um conceito designador de um modo de
atuação que supunha a colaboração e lealdade entre os pares, através de forte
sentimento corporativo, do qual faziam parte, civis e militares.
77
Cf. DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado: ação
política, poder e golpe de classe. 7. ed, Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes,
150
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
2008, p. 445. O SNI teve uma ligação muito próxima com o Ministério do
Planejamento e Coordenação Econômica, isso corrobora com o fato de que,
diante da Doutrina de Segurança Nacional, a coleta de informações se
apresenta como um importante aporte para o desenvolvimento econômico.
78
Cf. BAFFA, Ayrton. Nos porões do SNI. O retrato do monstro de cabeça
oca. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1989, p. 13.
79
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 21/06/1970, p. 7.
80
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 27/09/1970, p. 12.
151
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
81
Cf. NAPOLITANO, Marcos. A imprensa e a “questão democrática” nos
anos 70 e 80. In: NAPOLITANO, Marcos. Cultura e poder no Brasil
contemporâneo. Curitiba: Juruá, 2002, p. 149. Através das afirmações desse
autor, é possível constatar que o Jornal Agora esteve ligado aos segmentos
liberais da sociedade brasileira, uma vez que, implicitamente apareciam em
suas publicações questões referentes ao “estado de direito”, ou seja, da
“normalidade” jurídico-política institucional e dos direitos individuais.
82
Acervo da Luta Contra a Ditadura. Fundo: Secretaria de Segurança
Pública. Subfundo: Polícia Civil. Departamento de Polícia do Interior.
Delegacia Regional de Rio Grande. SOPS/RG – 1.5.1147.12.4. Rio Grande,
22/09/1976.
152
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
83
Acervo da Luta Contra a Ditadura. Fundo: Secretaria de Segurança
Pública. Subfundo: Polícia Civil. Departamento de Polícia do Interior.
Delegacia Regional de Rio Grande. SOPS/RG – 1.5.1141.12.4. Rio Grande,
01/04/1976.
84
Jornal Agora: Rio Grande – RS; 03/10/1975, p. 1.
153
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
85
Jornal Agora: Rio Grande – RS; 07/10/1975, p. 2.
154
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
86
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 15/08/1975, p. 3.
87
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 26/09/1975, p. 10.
88
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 25/11/1975, p. 10.
89
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 17/12/1975, p. 1 e 2.
90
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 23/01/1976, p. 3.
91
Cf. O Peixeiro: Rio Grande – RS; 26/01/1975, p. 1.
92
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 26/03/1976, p. 2.
93
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 16/02/1976, p. 2.
155
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
94
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 10/12/1975, p. 3.
95
Cf. Jornal Agora: Rio Grande – RS; 06/02/1976, p. 10.
156
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
96
Entrevista cedida em 02/04/2009. Quando participou destes
acontecimentos, o entrevistado tinha recentemente ingressado como inspetor
da Polícia Civil. Em realidade ele permitiu que seu nome fosse citado neste
trabalho, porém, optei em preservar minha fonte, não o expondo, pois
acredito que isso poderia gerar diversos transtornos, inclusive pelo fato de o
policial ainda estar na ativa.
97
“Opalão” era o apelido dado ao Chevrolet Opala, carro muito usado pela
polícia nesta época, por ter bastante espaço interno, um grande porta-malas e
ser bastante veloz e estável quanto à dirigibilidade.
98
Idem ao n° 87.
157
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
99
Idem ao n° 87.
100
D‟ARAUJO, Maria Celina; SOARES, Gláucio Ary Dillon e CASTRO,
Celso. Os anos de chumbo: a memória militar sobre a repressão. Rio de
Janeiro: Relume-Dumará, 1994, p. 7.
101
PADRÓS, Enrique e FERNADES, Ananda Simões. Faz escuro, mas eu
canto: os mecanismos repressivos e as lutas de resistência durante os “anos
de chumbo” no Rio Grande do Sul. In: PADRÓS, Enrique Serra;
BARBOSA, Vânia M.; LOPEZ, Vanessa Albertinence; FERNANDES,
Ananda Simões, (Orgs). Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do
Sul (1964-1985): história e memória. Porto Alegre: Corag, 2009, p. 34-41.
158
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
102
Ver ASSUNÇÃO, Vânia Noeli Ferreira de. O Satânico Dr. Go: A
Ideologia Bonapartista de Golbery do Couto e Silva. Dissertação de
Mestrado em Ciências Sociais. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica –
PUC, 1999.
103
Conforme as palavras do vereador Renato Albuquerque em sua
participação no programa FM Café da Rádio da Universidade Federal do Rio
Grande – FURG FM, em 06/09/2011. Nesta oportunidade, a convite da
emissora, debati sobre a intenção de homenagear Golbery do Couto e Silva,
juntamente com os vereadores Júlio Martins (PC do B), Renato Albuquerque
(PMDB) e Augusto Cesar Martins de Oliveira (PDT), bem como, com o
radialista e apresentador do programa Fabiano Mello da Costa. Fonte em
formato digital (Acervo particular).
104
Idem ao n° 93.
159
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
160
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
161
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
Periódicos consultados
Fontes on-line
162
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
Outras fontes
163
Expurgo de docentes na FURG (1969-1977)1.
1
Artigo baseado na Dissertação de Mestrado “Expurgos de docentes na
lógica da Doutrina de Segurança Nacional: o caso da FURG (1969-1977)”
apresentada ao Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da
Universidade Federal de Pelotas, sob orientação prof. Dr. Alvaro Augusto de
Borba Barreto.
2
Licenciado em História – FURG. Mestre em Ciências Sociais – UFPEL. E-
mail: leokantorski@gmail.com
3
Optou-se pela expressão civil-militar por entender que ela remete à
importante participação da sociedade civil nas conspirações que antecederam
a ditadura, no golpe propriamente dito e no processo decorrente dele.
4
Na literatura a este respeito destacam-se, entre outros referenciais, os
estudos de: Gorender (1987), Moraes (1987), Toledo (2004), Alves (1984),
Dreifuss (1981), Reis Filho (1990), Ridenti (1993) e Fico (2001, 2004). No
que tange ao Rio Grande do Sul, os impactos do regime ditatorial, foram bem
debatidos no projeto “A Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do
Sul (1964-1985)”, coletânea de textos organizada por Padrós et al. (2009),
que deu origem a quatro volumes: “Da campanha da Legalidade ao Golpe
de 1964”; “Repressão e resistência nos „Anos de Chumbo”; “A Conexão
repressiva e a Operação Condor”; e “O Fim da ditadura e o processo de
redemocratização”.
165
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
5
Entende-se expurgo como uma modalidade traumática tratando-se de uma
ação seletiva utilizada pela ditadura como forma autoritária e coercitiva de
violência em um setor que, no caso é a universidade, para tirar do seu
caminho aqueles que, de uma maneira ou outra, atrapalhavam os interesses
dos que se encontravam no poder.
6
Conforme despacho do Ministro da Educação, Jorge Bornhausen, datado de
21 de maio de 1987. Ver: Brasil, Diário Oficial da União, 03 jun. 1987, p. 12.
7
Os estudos específicos referentes à intervenção em universidades e à
relação Estado ditatorial-docentes existem em número reduzido. Entretanto,
cada vez mais pesquisas voltadas à análise desses processos vêm sendo
realizadas, logo paulatinamente vem sendo removido o manto de silêncio em
166
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
167
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
***
168
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
169
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
8
O SNI se tornou um órgão militarizado que alcançou grande prestigio e
funcionou como centralizador da repressão do estado, transformando-se em
uma espécie de “força armada paralela” e bastante influente (REZENDE,
2001, p. 36).
170
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
9
Fala-se em novamente porque até 1951 ela era considerada Área de
Segurança Nacional.
171
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
172
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
10
Dessa listagem constam os 14 docentes expurgados que compuseram a
primeira relação daqueles que foram anistiados em 1987, nos quais está
enfocado este trabalho.
173
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
174
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
175
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
176
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
177
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
11
No período dos expurgos, não só os professores estavam desarticulados.
Os estudantes, que em geral tem um espírito mais reivindicativo, também
viviam um clima de pouco entusiasmo, sendo reflexo do medo cotidiano
(KANTORSKI, 2008).
178
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
Considerações finais
179
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
180
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
181
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
182
Trabalho e Resistência: Os ferroviários riograndinos durante a
ditadura civil-militar de 1964.
Lidiane Friderichs.1
1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade
Federal de Pelotas – PPGH/UFPEL. Bolsista Capes. Graduada em História-
Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. E-mail:
lidifriderichs@gmail.com.
2
Vide acervo Museu do Trem, em São Leopoldo-RS.
183
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
3
Esses autores não focam suas análises numa categoria específica. Dentre as
citadas nesses trabalhos estão: Ferroviários; Estivadores; Portuários;
Contabilistas; Comerciários; Trabalhadores da Construção Civil;
Trabalhadores nas indústrias de Carnes e Derivados; Trabalhadores na
Indústria de Peixe e Conservas; Bancários; Trabalhadores da Fiação e
Tecelagem; Trabalhadores na Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material
Elétrico, entre outros.
184
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
185
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
4
Foram realizadas entrevistas, com alguns ferroviários riograndinos. Eles
apresentam algumas características em comum. Todos são homens e se
tornaram trabalhadores ferroviários em meados da década de 1950 e
aposentaram-se no começo da década de 1980. Na transcrição das
entrevistas, foi feita uma pequena limpeza no texto, retirando-se alguns
vícios de linguagem, mas foram mantidos os verbos como falados. Salienta-
se que, mesmo os narradores tendo permitido suas identificações, optou-se
por manter, nesse artigo, o anonimato deles.
5
Entrevista realizada pela autora em 16/12/2011, na cidade de Rio Grande,
na residência do ferroviário aposentado X.
6
A partir de 1946, a Coligação Pró-Reivindicações, congregava quase todos
os ferroviários desta cidade. No entanto, havia dentro dessa Coligação,
representantes de várias entidades existentes em nível estadual e nacional.
Por isso usa-se, nesse artigo, a denominação de associação, não as nomeando
diretamente, devido a elas serem múltiplas.
186
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
7
Entrevista realizada pela autora em 24/06/2011, na cidade de Rio Grande,
na residência de do ferroviário aposentado Y.
187
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
8
Idem.
188
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
189
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
9
Entrevista realizada pela autora em 16/12/2011, na cidade de Rio Grande,
na residência do ferroviário aposentado X.
190
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
10
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 07/04/1964, p. 1.
11
Nos primeiros anos pós-golpe ela foi dirigida pelo general Antonio Adolfo
Manta.
191
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
12
O Canopus era um navio hidroviário e estava realizando pesquisas sobre a
costa brasileira, no entanto, a partir da deflagração do golpe ele foi
utilizado como um navio-prisão.
13
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 25/04/1964, p.12.
192
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
14
Entrevista realizada pela autora e por Edgar Gandra em 20/06/2011, na
cidade de Rio Grande, na residência do ferroviário aposentado Y.
15
É importante destacar que nem todos os trabalhadores foram contrários ao
golpe, pois assim como qualquer coletivo humano, eles tinham diferenças e
divergências políticas, não correspondendo a um todo coeso. Nesse artigo
usa-se uma generalização, devido ao fato de que, a maioria dos ferroviários
que a autora teve contato mostraram-se desfavoráveis ao golpe e perceberam
o período da ditadura como um grande retrocesso.
193
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
apoio aos militares e sua intervenção no país, fato que se percebe pela
realização da Marcha da Família com Deus pela Liberdade16 e de uma
missa pelo reconhecimento e agradecimento as Forças Armadas por
terem livrado o país da ameaça comunista17. A única nota contrária ao
golpe, publicada no jornal, foi um manifesto no qual os diretórios
acadêmicos das escolas superiores de Rio Grande, dos cursos das
Faculdades de Engenharia Industrial, Ciências Políticas e
Econômicas, Direito e Filosofia se declaram defensores da
Constituição e do processo democrático18.
Os trabalhadores, depois de verem frustradas suas
expectativas de um movimento de resistência vindo do presidente
João Goulart, sem alternativa, voltaram a seu trabalho no dia seguinte
a greve. O relato a seguir explica como se deram os impactos do
governo civil-militar nas associações ferroviárias de Rio Grande.
16
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 23/04/1964, p. 8 e 25/04/1964, p. 8.
17
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 29/04/1964.
18
Jornal Rio Grande: Rio Grande – RS; 03/04/1964, p. 1.
194
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
essa lei, e foi o que nos trouxe o resultado, que nóis fiquemo de
60, 69, mais ou menos, assim 69, 68 até 70, fiquemo na
pindaíba, na pindaíba mesmo. Era salário mínimo, não tinha.
19
Salienta-se que a Lei da Paridade foi uma luta de várias entidades sindicais
brasileiras. Além dos ferroviários, também participaram os marítimos,
portuários e estivadores.
20
Entrevista realizada pela autora em 16/12/2011, na cidade de Rio Grande,
na residência do ferroviário aposentado X.
195
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
21
Entrevista realizada pela autora em 24/06/2011, na cidade de Rio Grande,
na residência do ferroviário aposentado Y.
196
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
22
Dentre as medidas que reduziram e excluíram direitos trabalhistas
adquiridos nos anos anteriores ao golpe, pode-se citar: a Legislação que
diminuía o poder dos sindicatos; a lei do arrocho salarial; a proibição de
greves; o controle dos índices do reajuste salarial (o governo fixava o
aumento máximo que os salários podiam ter, mas não o mínimo); o fim da
estabilidade aos 10 anos de emprego, instituído pelo Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS, de 1966), o qual substituiu as normas então
existentes de estabilidade no emprego. O novo programa não reconhecia a
estabilidade, reduzindo as indenizações por demissões e aumentando a
rotatividade da mão-de-obra e o desmonte do sistema previdenciário,
substituído pelo INPs. Anteriormente havia o IAPs (Instituto de
Aposentadorias e Pensões), criado no governo de Vargas, esse regulava o
sistema de previdência em cada ramo profissional e possuía a participação
dos trabalhadores nas decisões.
197
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
23
Entrevista realizada pela autora em 24/06/2011, na cidade de Rio Grande,
na residência do ferroviário aposentado Y.
24
Idem.
198
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
199
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
25
Acervo da Luta Contra a Ditadura. Fundo: Secretária de Segurança
Pública. Subfundo: Polícia Civil. Departamento de Polícia do Interior.
Delegacia Regional de Rio Grande. SOPS/RG. Rio Grande, 13/01/1975.
26
Entrevista realizada pela autora em 16/12/2011, em Rio Grande, na
residência do ferroviário aposentado X.
27
Idem.
200
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
28
Acervo da Luta Contra a Ditadura. Fundo: Secretária de Segurança
Pública. Subfundo: Polícia Civil. Departamento de Polícia do Interior.
Delegacia Regional de Rio Grande. SOPS/RG. Rio Grande, 12/09/1976.
201
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
29
Arquivo Museu do Trem. Jornal do Círculo Ferroviário. Rio Grande do
Sul, 1972.
202
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
203
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
204
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
205
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
206
“Golbery e a Cidade Surreal”: Reflexões de uma luta sem fim.
1
Licenciado em História pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG..
Mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
UFRGS. Arquivista Sem Fronteiras/Brasil, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Email: chicocougo@gmail.com
2
“Lançada a pedra fundamental ao monumento do Gal. Golbery do Couto e
Silva”, Prefeitura Municipal do Rio Grande, 22-08-2011
(http://www.riogrande.rs.gov.br/pagina/index.php/noticias/detalhes+7420
a,,lancada-a-pedra-fundamental-do-monumento-do-gal.-golbery-do-couto-e-
silva.html acessado em 22-04-2012, 15h02)
207
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
3
Idem.
4
“Centenário de Golbery”, Agora, 19-08-2011
(http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/de
talhe.php?e=5&n=16271 acessado em 22-04-2012, 15h06).
208
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
5
“Dívida de gratidão”, Agora, 20/21-08-2011.
209
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
6
“Benfeitor em Rio Grande, malfeitor no Brasil”, Observatório da Imprensa,
05-09-2011 (http://www
.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/-benfeitor-em-rio-grande-
malfeitor-no-brasil acessado em 22-04-2012, 15h17)
210
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
7
Para maiores informações, consultar: DREIFUSS, René Armand. 1964: a
conquista do Estado. Petrópolis, RJ: Vozes, 1981.
211
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
212
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
8
Agora, 11-01-1988.
9
A Lucta, dezembro de 2008.
10
Entrevista de Augusto Cesar de Oliveira ao programa RU Café, Rádio
Universidade – FURG FM, 06-11-2010.
213
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
214
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
11
“Querem matar a concorrência a pauladas”, IstoÉ Dinheiro, 28-5-03.
12
Além da obra de Golbery, a editora da UniverCidade publicou vários livros
escritos por ideólogos, simpatizantes e figuras ligadas aos regimes de
repressão da América Latina, dentre eles o cronista Augusto Frederico
Schmidt e o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger. Os
livros podem ser adquiridos no sítio eletrônico da própria instituição
(http://www.univercidade.br/).
215
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
13
Entrevista de Renato Espíndola Albuquerque ao programa RU Café, Rádio
Universidade – FURG FM, 06-11-2010.
216
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
14
Ata N. 8448 – 122ª Sessão Ordinária – Câmara de Vereadores de Rio
Grande, 21-12-09.
217
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
218
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
15
“Em Rio Grande, prefeitura faz homenagem a Golbery do Couto e Silva”,
Sul21, 30-08-2011 (http://sul21.com.br/jornal/2011/08/em-rio-grande-
prefeitura-faz-homenagem-a-golbery/ acessado em 22-04-2012, 16h35).
16
“Estátua de ditador”, Correio do Povo, 01-09-2011.
219
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
argumentando que “as boas ações de uma pessoa não devem ser
negadas ou anuladas pelas ruins”. Depois de receber uma forte réplica
contrária ao fragilíssimo argumento, a resposta subseqüente da
legisladora foi de uma candura quase inacreditável: “Rezamos e
trabalhamos para que nunca mais nosso país esteja sob o jugo dos
ditadores” – disse Compiani. Luciane rezava contra a ditadura, mas
havia votado a favor de uma homenagem à própria, no pouco
longínquo 21 de dezembro de 2009.17
Outro político local que resolveu sair do silêncio perturbador ao
redor da homenagem a Golbery foi o ex-vereador Alexandre
Lindenmeyer. Sentindo-se injustiçado por não ter seu nome
enumerado entre os vereadores que se opuseram à construção do
monumento, o político do Partido dos Trabalhadores divulgou uma
nota de imprensa onde justificava sua falta na seção que votou a
proposta de Albuquerque e reafirmava sua contrariedade ao projeto.
Candidato declarado à sucessão ao Paço Municipal, Lindenmeyer não
contava que sua nota despertaria a afiada pena de Luiz Claudio
Cunha, um dos jornalistas mais respeitados do país, remanescente
repórter-militante e premiado lutador por uma imprensa mais séria e
contestadora.
Cunha foi mais um que tomou conhecimento do “Caso
Golbery” graças à rede de Jair Krischke. Seu primeiro artigo sobre o
tema, “Benfeitor em Rio Grande, malfeitor no Brasil”, foi publicado
em 5 de setembro, em meia dezena de sítios eletrônicos de
repercussão nacional e em outras dezenas de endereços menos
conhecidos. Sem medo e com característica ferocidade, Luiz Claudio
Cunha desferiu um duro golpe nos argumentos pouco coesos dos
políticos riograndinos. Mais do que isso, fez sair das sombras o
desconhecido Golbery do Couto e Silva Neto, descendente do general
que se sentiu ofendido pelo artigo do jornalista. O protesto de Golbery
Neto deu a Cunha argumentos para mais dois textos ferinos e
17
O conteúdo dos emails em questão foi concedido pelo internauta Jorge
Vivar, autor das mensagens de questionamento aos vereadores de Rio Grande
nos dias 30-08-2012 e 02-09-2012.
220
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
18
Ver: “Sobre o monumento ao General Golbery do Couto e Silva”, Agora,
05-09-2011; “Comissão da verdade”, Agora, 02-09-2011.
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[...] não tem nenhuma prova de que ele tenha matado alguém
[...] estamos discutindo em troco de quase que nada, apenas
para trazer a tona problemas que não foram problemas para o
país, pelo contrário, foram as soluções encontradas para que o
Brasil chegasse a esse desenvolvimento que nós estamos
vivendo hoje, porque se não nós estaríamos transformados [...]
vocês estão de acordo com os interesses ideológicos do Partido
Comunista do Brasil19.
19
Entrevista de Renato Espíndola Albuquerque ao programa RU Café, Rádio
Universidade – FURG FM, 06-11-2010.
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“Nobre historiador” – Agora, 9-9-2011.
21
“Ditador de casa não faz milagres” – Agora, 11-9-2011
22
Resultado publicado na edição de 10-9-2011 do diário Agora.
23
Programa Jornal do Almoço, RBS TV Rio Grande, 9-9-2011
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24
Idem.
25
Programa Jornal do Almoço, RBS TV Rio Grande, 10-9-2011.
225
Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
26
FUÃO, Juarez José Rodrigues. A construção da memória: os monumentos
a Bento Gonçalves e José Artigas. Tese de Doutoramento. São Leopoldo, RS:
UNISINOS, 2009.
27
Ver http://www.youtube.com/watch?v=sfrlaog59dI (acessado em 31 de
julho de 2012, 18h33).
28
“Brasil: Nunca Mais – Rio Grande: Nunca Mais” – Diário Popular, 10-10-
2011.
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29
“Movimento entrega livro sobre ditadura ao prefeito” – Agora, 15-9-2011.
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Rio Grande Século XX: Olhares Históricos
30
Ver
http://www.riogrande.rs.gov.br/pagina/index.php/noticias/detalhes+6b1f2,,pre
feito-recebe-livros-sobre-historia-da-guerrilha-do-araguaia.html (acessado
em 31 de julho de 2012, 18h33).
31
“Prefeitura de Rio Grande mantém projeto de homenagem a Golbery” –
Sul21, 23-11-2011.
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32
Para maiores informações, ver: RODRIGUES, Athaydes. Agora eu. Rio
Grande: edição do autor, 1981.
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Referências bibliográficas
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“Polêmica Golbery” – Pó de Giz, set./nov.2011.
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