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Figura nº 1
Figura nº 3
Segundo João Máximo Lopes, está estância após passar por diversos
conflitos chegou, uma terça parte, às mãos de Custódio de Oliveira:
4
Idem.
5
FLORES, Moacyr. Dicionário de História do Brasil. 2ed. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2001. p
388.
6
LOPES, João Máximo. Subsídios para a História de Camaquã: Os 80 Anos da Revolução de
1923. Camaquã: NPHC. 2003. p 39.
Paulo Vianna Sant Anna
Como Antônio Augusto Borges de Medeiros fora, em 1923, reeleito, de
forma fraudulenta, eclode a chamada Revolução de 23, conhecida também
como a Última Revolução a Cavalo.
7
LOVE. Joseph L. Reflections On The Revolution Of 1893. In: ALVES. Francisco das Neves e
TORRES. Luiz Henrique. (Orgs). In: Pensar a Revolução Federalista. Rio Grande: Editora da
FURG. 1993. p 15.
Paulo Vianna Sant Anna
“Tomada pela força revolucionária demonstraria ao
Presidente Bernardes que a posição do Dr. Borges de
Medeiros não era tão forte como lhe informava(...)
Quando em marcha vamos nos aproximando ao ponto
onde estavam guardados à nossa espera vinte mil tiros,
nos aparece pela frente o Cel. Juvêncio Lemos(...)
Quando o Cel. Juvêncio(...) empreende marcha em
nossa perseguição, já estávamos habilitados para
enfrentá-lo onde quiséssemos(...) Convidei todos os
oficiais para deliberarmos: ou atacar a força de
Juvêncio, ou atacar a cidade de Pelotas. Ponderei-lhes
que atacar a força de Juvêncio e derrotá-la, pouca
influência teria para a nossa causa no momento da
paz(...) Marchei célere, noite e dia, para ganhar tempo
à força de Juvêncio, única que existia que podia atacar-
me. Quando em marcha à Pelotas, a certa altura
recebo a incorporação de um piquete de trinta homens
decididos e valentes, trazendo cada um uma Mauser e
um cargueiro com trinta mil tiros. Ficou assim a coluna
composta de duzentos e cinqüenta homens bem
armados e com cinqüenta e cinco mil tiros(...) Ao sair
da serra, recebo um enviado de Pelotas, e de auto,
trazendo bilhete perguntando a que hora eu com a
coluna entraria na cidade. Digo-lhe: “Meu amigo, volte
e diga aos companheiros que às quatro horas lá
estarei”(...) Marcha a coluna ao trote no rumo das Três
Vendas(...) Chegada à coluna às Três Vendas, mando
os comandantes dos grupos que avançassem a galope
e cada um atacasse o posto que lhe era destinado(...)
As onze horas, conduzido por uma compacta massa
popular, cheguei à Intendência onde se encontravam
os principais vultos daquela cidade pertencentes ao
credo revolucionário. Dali foi passado em meu nome
um telegrama ao Presidente Bernardes, fazendo-o
ciente que uma coluna revolucionária se havia
apoderado da segunda cidade do Estado”8.
8
NETTO. Ruy Castro. Memórias do General Zeca Netto. Porto Alegre: Martins Livreiro. 1983. p
97 a 102.
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desfrutasse com sua família a sua vida, dividida entre os deveres de pai e
marido e as obrigações políticas.
Parece que Girardet nos fornece uma forma mais ampla de se trabalhar
com a construção do mito político, quando sugere alguns aspectos relevantes
no estudo do mesmo, onde:
9
GIRARDET, Raoul. Mitos e Mitologias Políticas. São Paulo: Companhia das Letras.1987. p15-
16.
10
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Ed. Centauro. 2004. p 28.
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cidade?; porque está praça foi erigida com o seu nome?, entre outras
perguntas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13
BURKE, Peter. A Escola dos Annales: 1929-1989. São Paulo: Editora Unesp. 1990. p 98.
14
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Culturais como gênero de discurso. In: Cidade: História e Desafios. OLIVEIRA, Lúcia Lippi
(Org). Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas. 2002. p 108-123.
Paulo Vianna Sant Anna
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Editora Escala. 2004.
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1990.
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HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São
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Paulo Vianna Sant Anna
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Livreiro. 1983.
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RODRIGUES. Francisco Pereira. Os Degolados: Episódios da Revolução de
1923. Poro Alegre: Martins Livreiro Editor. 2002.