Você está na página 1de 28

Para o historiador Marcos Napolitano, o período é dividido em três

grandes períodos:
❏ Consolidação da ordem republicana (1889-1899)
❏ Institucionalização da república liberal-oligárquica (1899-1922)
❏ Crise da hegemonia liberal-oligárquica (1922-1930).
Correntes Políticas - disputas pelo poder republicano

❏ Liberal
❏ Defendiam uma política em formato federalista em
forma de leis onde respeitassem as liberdades
individuais.
❏ Base econômica é do Agro.
❏ Oligarquias do Sul e Sudeste do País.
➔ Positivistas
◆ Militares do Exército brasileiro em sua maioria, onde
defendiam o Estado como provedor do Nacionalismo e
“mediadora de conflitos”
◆ Defendiam uma “ditadura republicana”
➢ Jacobinos ou “Radicais Republicanos”
○ Referência aos revolucionários da Revolução Francesa.
○ Populares (trabalhadores do Rio de Janeiro e funcionários).
○ Defendiam reformas sociais para distribuição de renda.
Apresentação
No dia 15 de novembro de 2019, completou 130 anos da
proclamação da República no Brasil, tornou-se um marco na
história do Brasil. Ao longo do período ocorreram inúmeros
conflitos, crises e a derrubada da Monarquia para a
implantação das ideias republicanas e instalação da República.
“Vamos Pensar” - O que é República?

CONCEITO DE REPÚBLICA - Latim “res pública”,


significa coisa pública. Considerado uma forma de organização
de Estado, de maneira que o povo participe através do voto
direto para a escolha de presidentes e deputados sem
interferência de outras pessoas.
Efígie da República Federativa do Brasil

A Liberdade guiando o Povo - Eugène


Delacroix
Para situar! - Guerra do Paraguai
Batalha Naval do Riachuelo, por Vitor Meireles (Museu
Padronização das fardas dos Voluntários da Pátria
Histórico Nacional)
sob o comando do Duque de Caxias.
Os modelos combinavam pouco com a realidade.
Houve a crise na Monarquia?
❖ Após a Guerra do Paraguai onde é considerado o Reflexo da
consolidação das nações da bacia platina (Argentina, Uruguai, Brasil
e Paraguai) e resultou em enorme destruição e grande saldo de
mortos.
❖ Além disso, o governo brasileiro saiu bastante endividado, sobretudo
com bancos ingleses, em decorrência dos empréstimos feitos para
financiar o conflito. A guerra também fortaleceu o exército como
instituição e marcou o início da decadência da monarquia.
Fala do Trono - Pedro Américo, conhecida
como Pedro II na Abertura da Assembleia Geral.
Fonte: ENCICLOPÉDIA, Agostini (1887) Fonte: “Revista Ilustrada”, publicação existente no Brasil entre
1876-1898
Governo do Pedro II estava em crise e enfraquecido e mostrava sinais que poderia superado qualquer
momento por um novo regime político.
Causas da Crise da Monarquia
● População passando fome ou situação de miséria

● Fazendeiros (maioria) do Vale do Paraíba perderam escravos por conta da Lei Áurea de
1888 (Aprovada no dia 15/05/1888).

● Igreja Católica perdeu a influência direta com o Estado e acabou insatisfeita com a
separação entre Igreja e Estado

● Envolvimento com a Maçonaria

● Militares descontentes
● Mediante as ideias defendidas, no dia 09 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro
da Fonseca organizou um grupo do Exército brasileiro para orquestrar um golpe
contra D. Pedro II através de uma carta para sair do Brasil juntamente com a família
real.

● E a Família Real, Onde estava durante o GOLPE?

NA FESTANCIA REAL!
Desdobramento da Proclamação da República
⮚ O golpe militar executado pelo Deodoro da Fonseca queria derrubar mesmo a
Monarquia?

⮚ No dia 09 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca e um grupo


organizou o golpe para a derrubada de D. Pedro II

⮚ Festança na “Ilha Fiscal” – Família real


⮚ Dia 15 de Novembro de 1889, foi proclamada a República, contando com a integração
dos integrantes do Partido Republicano, na câmara municipal do Rio de Janeiro.
Aparentou que a proclamação foi fruto de uma consequência de um poder sem domínio
político e participação popular.
Segundo Machado de Assis – Esaú e Jacó
No capitulo LX (60) – Aires - “Chegou as 7 horas e meia, entrou e subiu ao terraço e olhou para o mar
(...) Enfim cansou e desceu, foi-se ao lago, ao arvoredo, e passeou á toa, revivendo homens e coisas, até
que se sentou em um banco (...) Ouvi umas palavras solta, Deodoro, batalhões, campo, ministério, etc.
Algumas, ditas em tom alto, vinham acaso para ele ver se lhe espertavam a curiosidade (...). Quando
Aires saiu do passeio Publico, suspeitava alguma coisa, e seguiu até o largo da Carioca. Poucas palavras
e sumidas, gente parada, caras espantadas, vultos que arrepiavam caminho, mas nenhuma noticia clara
nem completa. Na rua do Ouvidor, soube que os militares tinham feito uma revolução, ouviu descrições da
marcha e das pessoas, e noticias desencontradas”.

ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. Porto Alegre, RS: L&PM, 2020. 272p. p. 168-169.
E O POVÃO ONDE FICA?
“O campo de Santana é identificado como palco de
grandes eventos políticos na história do Brasil. Local
da aclamação de D. Pedro I, volta á baila em 1889.
Embora tenha sido projetado para mostrar os heróis de
uma revolução e criar uma grande cena em torno do ato
da Proclamação, a obra de Calixto (1853-1927) acaba
por evidenciar a falta de participação popular no
acesso”.

SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa M. Dicionário da


República: 51 textos críticos. 1° ed. São Paulo: Companhia das Letras,
2019 (Imagens iconográficas).

Ministro Aristides Lobo mostra que a proclamação


ocorreu às vistas do povo que assistiu de forma
bestializada.
Proclamação da República (1893) - Benedito Calixto
“Essa xilogravura foi inspirada no desenho de Camille-
Felix Bellager (1853-1923), publicado anteriormente no
periódico francês L’ Illustration. A imagem cristaliza a
enganosa ideia de que a proclamação da República no
Brasil teria sido realizada por meio de um movimento
popular. Na multidão imaginada de brasileiros toma a rua
do Ouvidor aclamando as figuras do Marechal Deodoro
da Fonseca e de Quintino Bocaiuva”.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa M. Dicionário da República:
51 textos críticos. 1° ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019 (Imagens
iconográficas).

Proclamação da República (1889) – Autor desconhecido


“Das urnas sairá triunfante, depois de amanhã a própria imagem
da pátria republicana” – Ângelo Agostini (1889)
Gloria a Pátria (1889) – Pereira Neto
Após a Proclamação – O que aconteceu?

● Proclamada a república no Brasil, o primeiro acontecimento foi a saída da realeza do Brasil.


● Divergências entre os diversos grupos dentro do Republicanismo
● Influência de dois marechais - Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Os positivistas tinham
como líder Benjamin Constant. Existia um outro grupo radicais como o Jacobinos, adeptos da
revolução francesa. Eram militares e civis que defendiam o regime republicano de forma
exaltada e oposição à volta do poder monárquico.
● O governo provisório convocou em 1890 uma Assembleia Nacional Constituinte para a
implantação do regime e principalmente em 24 de fevereiro de 1891 foi implantada uma nova
constituição baseada nos modelos norte-americana - liberal e federativa.
O que aconteceu com a Família Real pós-proclamação?

● “Proclamada a República em 15 de novembro de 1889, uma das primeiras medidas tomadas pelo
Governo Provisório foi enviar ao imperador dom Pedro II, no dia 16 de novembro, uma
mensagem confirmando a queda da Monarquia e intimando a família imperial a sair do país. O
embarque, previsto para o dia 17, foi antecipado e, em vez de realizar-se à tarde, ocorreu logo
nas primeiras horas do dia, com o objetivo de evitar manifestações populares contra ou a favor
da Monarquia”.

FAGUNDES, Luciana. VERBETE - BANIMENTO DA FAMÍLIA IMPERIAL. CPDOC-FGV, [S.I]. Disponível em:
http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/BANIMENTO%20DA%20FAM%C3%8DLIA%20IMPERIAL.pdf . Acesso em: 19 Abr.
2021.
Posse de Deodoro da Fonseca: Primeiro estudo para o Palácio Tiradentes, Eliseu Visconti.

Você também pode gostar