Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: A psoríase é uma doença crônica inflamatória da pele que atinge ambos os
sexos em qualquer década de vida. Não foi encontrada sua cura, mas se sabe que possui
aspectos com envolvimento genético, imunológicos e fatores ambientais. Tem impacto
negativo na qualidade de vida de seus portadores e, portanto, busca-se a remissão do
quadro através de recursos terapêuticos utilizados pela Fisioterapia Dermato Funcional.
Objetivos: Revisão de literatura sobre a psoríase e os mais comuns tratamentos
realizados pela Fisioterapia Dermato Funcional para a sua remissão. Métodos: estudo de
revisão bibliográfica. Resultados: não foi encontrado na literatura nenhum artigo sobre
psoríase e o seu tratamento pela Fisioterapia Dermato Funcional, somente existindo
citações, quanto a este último em trabalhos destinados a dermatologistas e psicólogos.
Conclusões: Sugere-se que sejam realizadas novas pesquisas com vista a descobertas ou
validações de novos tratamentos para o uso fisioterapêutico no que diz respeito à
psoríase.
Abstract: Psoriasis is a chronic inflammatory skin disease that affects both sexes in any
decade of life. Not found your healing, but if you know who owns genetic,
immunological aspects with involvement and environmental factors. Have negative
impact on quality of life of its carriers and therefore search-if the remission of the frame
through therapeutic resources used by the Dermato Functional Physiotherapy. Goals:
review of the literature about psoriasis and the most common treatments performed by
Dermato Functional for the remission of psoriasis. Methods: the study of literature
review. Results: has not been found in literature no article about psoriasis and its
treatment by functional, only existing Dermato Functional citations, on the latter, work
to dermatologists and psychologists. Conclusions: It is suggested that further research
be conducted with a view to discoveries or validations of new treatments for using
physiotherapeutic device with respect to psoriasis.
1
Fisioterapeuta, aluna de pós-graduação nível em especialização em Dermato Funcional do Instituto Brasileiro de
Therapias e Ensino - IBRATE.
2
Fisioterapeuta, Mestre em Farmacologia (UFPR), professora do Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino –
IBRATE.
3
Fisioterapeuta, Mestre em Tecnologia em Saúde (PUC), coordenadora e professora do Instituto Brasileiro de
Therapias e Ensino – IBRATE.
2
1. INTRODUÇÃO
Definida como toda e qualquer alteração das mucosas, pele e seus anexos¹, as
dermatoses, por serem aparentes e atingirem uma das partes mais expostas e visíveis do
corpo, qual seja, a pele, provocam impacto na vida emocional, nos relacionamentos e
nas atividades de vida diária dos seus portadores. Prejudicam a autoimagem, e podem
levar a um quadro de depressão e ansiedade2,3. Pessoas portadoras de tais afecções não
se enquadram nos padrões estéticos atuais que são definidos por um determinado grupo
social, que preconiza mais a beleza exterior do que outras características de
personalidade, sendo elas então, expostas a preconceitos e estigmas por parte da
população que acredita e busca os padrões impostos de beleza4,5.
A psoríase é uma dessas afecções e, segundo Borelli6, é uma doença crônica
inflamatória da pele, eritêmato-descamativa e de caráter recorrente. Benigna, não
contagiosa, sem cura, têm suas manifestações clínicas e gravidade variáveis7,8. Atinge
de 1 a 3% da população mundial, havendo somente no Brasil a estimativa de que haja
mais de três milhões de portadores de tal afecção9,3,10. O componente inflamatório
crônico da psoríase pode conduzir a um quadro de alterações metabólicas e
cardiovasculares. Tem sido associada com fatores de risco para síndromes metabólicas
como: diabetes tipo II, dislipidemia, hipertensão e obesidade11.
Além do desconforto físico decorrente dos sintomas causados pela psoríase,
dentre eles o prurido, descamações e as lesões na pele, a mesma leva seus portadores a
sofrerem, como em toda dermatose, com o preconceito daqueles que não conhecem a
doença e acreditam que ela é contagiosa. Devido a isso não compartilham abraços,
apertos de mão, não se sentam próximos, bem como não utilizam os mesmos objetos
que foram usados por algum portador da psoríase4,12. Seus portadores, principalmente
crianças e adolescentes, sofrem com os prejuízos psicológicos e evidente
comprometimento da qualidade de vida13. Estudos realizados por Mingorance14 relatam
que as atividades de vida diária, trabalho e a prática de atividades físicas são as áreas
mais vulneráveis para quem tem a doença e quanto maior for a área afetada do seu
corpo e menor a idade desse paciente, menor é a sua qualidade de vida. Raiva,
vergonha, ansiedade, maior consumo de álcool e tabaco e a depressão são alguns dos
sentimentos exacerbados quando ocorre o surto da doença5.
Devido aos problemas enfrentados por seus portadores, sejam eles psicológicos,
físicos e ou estéticos, é que se mostra a necessidade de priorizar os estudos das doenças
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
sobre a patologia, na qual foram descritos suas características e seus diferentes tipos.
Em 1818, Alibert percebeu a associação da doença com o comprometimento articular, a
psoríase artropática. Mas somente em 1841 é que Ferdinand Von Hebra fez a separação
definitiva da psoríase e da hanseníase descrevendo as diferenças entre as duas
doenças13,16,3.
- Psoríase vulgar ou em placas: é o tipo de psoríase que ocorre com mais freqüência e
segundo o Consenso de Psoríase17 atinge até 90% dos portadores dessa doença. Sua
lesão se caracteriza por placas eritêmato-descamativas (placas elevadas, inflamadas,
recobertas por escamas esbranquiçadas) que podem permanecer por meses ou anos e
quando removidas mecanicamente, levam ao aparecimento do sinal de Ausitz que são
pequenos pontos de sangramento formados pelo afinamento da epiderme sobre as
pontas das papilas dérmicas. Tais lesões tendem à simetria e podem ser únicas ou
múltiplas e seu limite é bem demarcado. Normalmente assintomática, porém pode haver
ardor e prurido de intensidade moderada. Tem preferência pelos joelhos, cotovelos,
couro cabeludo e área lombar6,17,23.
- Psoríase inversa ou invertida: é o tipo de psoríase que ocorre nas áreas flexoras. As
lesões se encontram nas dobras cutâneas, axilas, virilha, embaixo da mama, dobra do
7
cotovelo. São planas, inflamadas e sem escamação. Ocorre com mais freqüência em
portadores de HIV positivo15,22.
- Psoríase ungueal: esse tipo de psoríase pode ser de localização exclusiva ou poderá
estar associada a outros tipos de psoríase. As lesões poder ser mínimas (depressões
puntiformes ou pittings) ou intensas (onicólise, onicorrexe, ceratose subungueal e
descoloração com aparência de marfim velho). Pode estar acometida uma, poucas ou
todas as unhas23,19.
2.4 TRATAMENTO
2.4.1Tratamento Fisioterapêutico
- Artrite psoriásica: Após diagnóstico positivo para artrite psoriásica, há indicação parra
início de fisioterapia para a prevenção de incapacidades funcionais e melhora da
qualidade de vida. Orientação postural, exercícios de alongamento, fortalecimentos e
10
3. METODOLOGIA
3.2 MATERIAIS
4. DISCUSSÃO
Finlândia com 2,8% da sua população atingida e há povos com prevalência baixa ou
inexistente como os esquimós, mongóis e povos do oeste da África.
Segundo Borelli6 e Azulay23, é uma doença de causa desconhecida havendo uma
predisposição genética para se ter ou não a doença e é provavelmente multifatorial,
sendo desencadeada por inúmeros fatores como estresse, má qualidade de vida e clima
frio. Para Silva18 a hereditariedade é fator importante no seu aparecimento, havendo
uma alteração na programação genética desse indivíduo. A pessoa nasce portadora e a
doença poderá se manifestar em qualquer fase de sua vida. Em Jorge25, há a citação de
que 30% dos portadores de psoríase tem algum parente acometido pela doença e ainda
destaca que o maior fator desencadeante são os fatores emocionais. Para Silva18 este
número sobe para 50%.
Segundo Romiti13 quase um terço dos adultos que tem psoríase referem o início
da doença antes dos 16 anos. Quanto mais precoce, maior a tendência a gravidade do
quadro apresentado. Silva18 diz que a manifestação da psoríase se dá entre os 10 e 40
anos de idade, mas as outras faixas etárias podem ser acometidas. Já Mota4, cita que a
doença é mais frequente na segunda e terceira décadas de vida. O mesmo dado é
apresentado por Silva9. Em seu estudo Rodrigues3 afirma que a primeira manifestação
da doença costuma ser entre 15 e 20 anos com um segundo pico de ocorrência entre os
55 e 60 anos.
Diversas pesquisas mostram o impacto da psoríase sobre os pacientes. Taborda2
avaliou 1000 pacientes com dermatose, na qual estava incluída a psoríase, e concluiu
que as doenças dermatológicas causam grande impacto na qualidade de vida, onde
21,6% mostraram que elas causam efeito moderado, 19,3% grande efeito e 3,4 %
extremo efeito sobre ela. Em Silva9 observa-se que foi constatada que os portadores de
psoríase em comparação ao outros pacientes com doenças crônicas tem maior nível de
estresse. Ainda nessa pesquisa, ressalta-se que as características de personalidade,
caráter e valores do paciente, sua situação de vida e atitudes da sociedade são fatores a
serem analisados para se mostrar o quanto cada um é afetado pela doença. Pesquisa
realizada no Reino Unido, segundo Martins12 , mostrou que 59% dos 369 entrevistados
apresentavam grau elevado de absenteísmo em seus empregos. Em Mirongance14 as
condições psicológicas e satisfação quanto á aparência física são fatores que interferem
no impacto da doença sobre a qualidade de vida.
12
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
este que dificultou a realização mais elaborada deste trabalho. Sugere-se que sejam
realizadas novas pesquisas para que sejam descobertos ou validados novos tratamentos
no campo fisioterapêutico no que diz respeito a psoríase.
14
REFERÊNCIAS