Aula Factorial AD FCA

Experimentos/Ensaios Factoriais
Sérgio Alberto Jane1
UNIVERSIDADE LÚRIO
1 Faculdade de Ciências Agrárias
19 de julho de 2021
JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 1 / 27

1 INTRODUÇÃO
2 VANTAGENS E DESVANTAGENS
3 LAYOUT E MODELO ESTATÍSTICO
4 ANÁLISE DE VARIÂNCIA

INTRODUÇÃO
Modelos de delineamento
Delineamentos experimentais básicos

Delineamento completamente casualizado (DCC/DIC);
Delineamento em blocos completamente casualizados (DBCC/DBC);
Delineamento em quadrados latinos (DQL).

INTRODUÇÃO
Delineamentos experimentais básicos

Delineamento completamente casualizado (DCC/DIC);
Delineamento em blocos completamente casualizados (DBCC/DBC);
Delineamento em quadrados latinos (DQL).
Modelos de delineamento: comparação de médias dos tratamentos ou factores - não
estimação de parâmetros;
Nos experimentos mais simples é feita a comparação de nı́veis (tratamentos) de apenas
um factor.

INTRODUÇÃO
Ensaios factoriais
Existem casos em que ou mais factores devem ser estudados simultâneamente - objec-
tivo de obter resultados mais abrangentes de acordo com o interesse do investigador;

INTRODUÇÃO
Ensaios factoriais
Existem casos em que ou mais factores devem ser estudados simultâneamente - objec-
tivo de obter resultados mais abrangentes de acordo com o interesse do investigador;
Em geral, os experimentos factoriais são mais eficientes para este tipo de experimento
- estudam ao mesmo tempo os efeitos de dois ou mais factores - cada um deles com
dois ou mais nı́veis.

INTRODUÇÃO
Experimentos factoriais
Os experimentos factoriais não são delineamentos, mas sim arranjos, OU SEJA, É uma
das maneiras de organizar os tratamentos;
São estabelecidos em função dos delineamentos experimentais básicos.

INTRODUÇÃO
Nos experimentos factoriais os tratamentos são obtidos pelas combinações dos nı́veis dos
factores (factor é aquilo que se quer testar; nı́veis são as diferentes manifestações
de um factor);

INTRODUÇÃO
de um factor);
Em um clássico trabalho sobre Experimentos factoriais, Yates (1937) os definiu como
aqueles que incluem todas as combinações de vários factores;

INTRODUÇÃO
de um factor);
Em um clássico trabalho sobre Experimentos factoriais, Yates (1937) os definiu como
aqueles que incluem todas as combinações de vários factores;
Em 1933 discutia os princı́pios de ortogonalidade e confundimento em experimentos
repetidos;
Os princı́pios de confundimento permitem sua execução em blocos incompletos e
réplicas fraccionadas (AGE).

INTRODUÇÃO
Tipos de factores
Quantitativos: seus nı́veis são mensuráveis (Ex: doses, espaçamentos entre plantas,
etc) - (interesse determinar o ponto óptimo - estudo de regressão)

INTRODUÇÃO
Tipos de factores
Qualitativos: seus nı́veis não são mensuráveis (Ex: Cultivares, tipos de medicamentos,
etc);

INTRODUÇÃO
Tipos de factores
Qualitativos: seus nı́veis não são mensuráveis (Ex: Cultivares, tipos de medicamentos,
etc);
Factorial e Aninhado
Quando os nı́veis de um factor são sempre os mesmos para todos os nı́veis de outro
(s) factor(es) - factorial;
Quando se manifestam de forma diferente para cada nı́vel de outro factor - Ensaio
Aninhado (Ex: Testes de cultivares agrupadas por ciclo vegetativo - em cada ciclo
- cultivares diferentes .

INTRODUÇÃO
Representação
Comumente representados por potência (b n - n factores possuem todos b nı́veis. Mais
comuns: 2n (22 , 23 ) e 3n (32 , 33 )

INTRODUÇÃO
Representação
comuns: 2n (22 , 23 ) e 3n (32 , 33 )
Diversos factores com diferentes nı́veis - produto de potências (b n ∗ c l );

INTRODUÇÃO
Representação
comuns: 2n (22 , 23 ) e 3n (32 , 33 )
Diversos factores com diferentes nı́veis - produto de potências (b n ∗ c l );
Usualmente os factores são representados por letras maiúsculas: A, B, C · · · , cada um
dos seus nı́veis pelas correspondentes minúsculas acompanhadas um ı́ndice indicador.

INTRODUÇÃO
Exemplo experimento factorial

2 factores: doses de antibiótico e vitamina B12 com 2 nı́veis cada;
Temos um factorial 22 ou 2x2; doses (D) e Vitamina (V), nı́veis: d1 e d2 ; e v1 e v2 ,
respectivamente;

INTRODUÇÃO
Exemplo experimento factorial

2 factores: doses de antibiótico e vitamina B12 com 2 nı́veis cada;
Temos um factorial 22 ou 2x2; doses (D) e Vitamina (V), nı́veis: d1 e d2 ; e v1 e v2 ,
respectivamente;
Tratamentos: 2 ∗ 2 = 4 - d1 v1 , d1 v2 , d2 v1 e d2 v2 .

INTRODUÇÃO
Tipos de efeitos
Efeito Principal: é o efeito de cada factor, independente do efeito dos outros factores;

INTRODUÇÃO
Tipos de efeitos
Efeito de interacção: é o efeito simultâneo dos factores sobre a variável em estudo;

INTRODUÇÃO
Tipos de efeitos
Efeito de interacção: é o efeito simultâneo dos factores sobre a variável em estudo;
Ocorre interacção entre os factores quando os efeitos dos nı́veis de um factor são mo-
dificados pelos nı́veis do outro factor.

INTRODUÇÃO
Exemplo prático
Considerando um experimento factorial 2*2, com os factores Antibiótico (H) e Vitamina
B12 (V) nos nı́veis: H1 (sem antibiótico) e H2 (com antibiótico); V1 (sem vitamina
B12) e V2 (com vitamina B12), adicionados a uma dieta básica. Foram obtidos os os
seguintes resultados de ganho de peso (kg) para os 2*2 = 4 tratamentos.

INTRODUÇÃO
Ausência de interacção
Dose do antibiótico (H) Vitamina B12 (V) Total
V1 V2
H1 20 40 60
H2 30 52 82
Total 50 92 142

INTRODUÇÃO
Ausência de interacção

INTRODUÇÃO
Presença de interacção
Dose do antibiótico (H) Vitamina B12 (V) Total
V1 V2
H1 50 20 70
H2 40 10 50
Total 60 60 120

INTRODUÇÃO
Presença de interacção

VANTAGENS E DESVANTAGENS
Principais vantagens
1 Estudam dois ou mais factores num único experimento; e
2 Por meio dos efeitos das interacções pode-se verificar se um factor é independente ou
dependente do(s) outro(s).

VANTAGENS E DESVANTAGENS
Principais desvantagens
1 O número de tratamentos ou combinações de nı́veis de factores cresce rapidamente
com o aumento do número de nı́veis em cada factor, ou mesmo com o aumento do
número de factores; e
2 A interpretação dos resultados se torna mais difı́cil à medida que aumenta o número
de nı́veis e de factores no experimento.

LAYOUT E MODELO ESTATÍSTICO
Aleatorização
As parcelas ou unidades experimentais recebem as combinações dos factores -

aleatorizadas conforme o delineamento escolhido;

Aleatorização

Exemplo: considere os factores A com 3 nı́veis e B com 2 nı́veis (esquema factorial 3
× 2) em DBC, com 4 blocos;
Layout (croqui ou esquema):

Aleatorização

Exemplo: considere os factores A com 3 nı́veis e B com 2 nı́veis (esquema factorial 3
× 2) em DBC, com 4 blocos;
Figura: Layout de Factorial

Aleatorização
Diferença entre experimento factorial e experimento em faixas;

Casualização do factor M nas linhas e do factor D nas colunas;

Aleatorização
Diferença entre experimento factorial e experimento em faixas;

Casualização do factor M nas linhas e do factor D nas colunas;
Figura: Layout de sprit-plot

Modelo estatı́stico
Experimento factorial com 2 fatores em DBC

O modelo de ANOVA:
Yijk = µ + αi + γj + βk + (αγ)ij + εijk
em que: µ é média geral

αi é o efeito principal do i-ésimo nı́vel do factor A;
γj é o efeito principal do j-ésimo nı́vel do factor B;
βk é o efeito do k-ésimo bloco;
(αγ)ij é o efeito da interacção entre o ı́-ésimo nı́vel de A e o j-ésimo nı́vel de B; e εijk é
o erro associado à observação Yijk (componente de erro aleatório).

Teste hipóteses
Objectivo principal:
Testar primeiramente a signicância da interacção entre os factores:
H0 : (αγ)ij = 0 para todo i, j
H1 : Pelo menos uma (αγ)ij 6≡ 0

Teste hipóteses
Objectivo principal:
Testar primeiramente a signicância da interacção entre os factores:
H0 : (αγ)ij = 0 para todo i, j
H1 : Pelo menos uma (αγ)ij 6≡ 0
Teste hipóteses
Caso a interacção não seja significativa
Testa-se os efeitos principais:
H0 : α1 = α2 = · · · αi
H1 : Pelo menos um contraste é diferente
H 0 : γ1 = γ2 = · · · γj
H1 : Pelo menos um contraste é diferente

ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Análise de variância
Tabela de Anova

Soma de quadrados

Cálculo de SQAxB
a:
Primeiro: calcular a soma de quadrados do efeito conjunto de A e B (SQA,B ou (SQTrat)
Então:
SQAxB = SQA,B − SQA − SQB e
SQRes = SQTotal − SQAxB − SQA − SQB
a
NB: Nos experimentos faCtoriais com 2 faCtores, a soma de quadrados do efeito conjunto é
sempre igual à soma de quadrados de tratamentos

Interacção significativa - Desdobramento
1 Análise de variância para o desdobramento do factor A dentro de cada nı́vel de B.

Interacção significativa - Desdobramento
1 Análise de variância para o desdobramento do factor B dentro de cada nı́vel de A.

OBRIGADO
AGORA VAMOS APLICAR NO R

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3 LAYOUT E MODELO ESTATÍSTICO

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Delineamentos experimentais básicos

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 3 / 27

Delineamentos experimentais básicos

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JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 7 / 27

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 7 / 27

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 7 / 27

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 8 / 27

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JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 8 / 27

Exemplo experimento factorial

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 9 / 27

Exemplo experimento factorial

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 9 / 27

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 10 / 27

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JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 17 / 27

As parcelas ou unidades experimentais recebem as combinações dos factores -

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As parcelas ou unidades experimentais recebem as combinações dos factores -

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As parcelas ou unidades experimentais recebem as combinações dos factores -

Figura: Layout de Factorial

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 18 / 27

Diferença entre experimento factorial e experimento em faixas;

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 19 / 27

Diferença entre experimento factorial e experimento em faixas;

Figura: Layout de sprit-plot

JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 19 / 27

Experimento factorial com 2 fatores em DBC

Yijk = µ + αi + γj + βk + (αγ)ij + εijk

em que: µ é média geral

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JANE, S.A (serztjane@gmail.com) Disciplina: Análise de Ddos Experimentos Factoriais 21 / 27

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