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PE/LS

DOCUMENTO APROVADO NO
GEDOC
DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICA DE CÓPIAS

Assinatura: ___________________ Matricula: __________ Data: __/__/____

Notas:
1- Cópias impressas deste documento só terão validade se os campos
“Assinatura”, “Matricula” e “Data” estiverem preenchidos.

2- Carimbo digital inserido na aprovação pelo PE/LS

f
e
ORGÃO
QUANT

d
DISTR

c Revisado item 2 AMNT SCA SCA 13/04/2015


b Revisado classe de isolamento de luva AMNT SCA SCA 03/05/2012
a Revisado para atender o GEDOC IAT-LS AMNT SCA 02/03/2012
REV ALTERAÇÕES FEITO VISTO APROV DATA
CEMIG Distribuição S.A.
Subestações e Linhas de Transmissão
PROJ. VISTO Nº
IAT-LS AMNT INSTRUÇÕES PARA MEDIÇÕES DE
INFORMAÇÃO - PÚBLICO
CLASSIFICAÇÃO DA

DES. APROV. 30000-PE/LS-2814c


RESISTIVIDADE DO SOLO PARA
SCA
CONF. DATA SUBESTAÇÕES E LINHAS DE FOLHA
TRANSMISSÃO
ARQ

CLASSIFICAÇÃO 02/03/2012 23
Índice

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 2
2. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS UTILIZADOS .......................................................................... 2
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS DE MEDIÇÃO ................................................................................. 3
4. NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DAS MEDIÇÕES PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO .......................... 3
4.1. MEDIÇÕES PARA DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO EM ÁREA URBANA ..................................... 5
5. NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DAS MEDIÇÕES PARA SUBESTAÇÕES ............................................ 6
6. PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS DURANTE AS MEDIÇÕES ................................................ 10
7. CÁLCULO DAS RESISTIVIDADES ........................................................................................... 10
7.1. FÓRMULA COMPLETA ........................................................................................................ 10
7.2. FÓRMULA SIMPLIFICADA ................................................................................................... 10
7.3. VALOR DE K ....................................................................................................................... 11
8. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................... 11
9. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 12
I. ANEXO 1 ............................................................................................................................ 13
II. ANEXO 2 ............................................................................................................................ 14
III. ANEXO 3 ............................................................................................................................ 16
IV. ANEXO 4 ............................................................................................................................ 17
V. ANEXO 5 ............................................................................................................................ 20
VI. ANEXO 6 ............................................................................................................................ 20

30000 – PE/LS – 2814c Fl.1


1. INTRODUÇÃO

Nesse documento são fixados os critérios a serem adotados para a execução de medições
de resistividade do solo, utilizando o método de Wenner (4 pontos) para Linhas de
Transmissão e Subestações.

Os cálculos finais das resistividades aparentes e das diversas camadas do solo deverão
ser executados com rotina computacional adequada. Caso seja necessário um cálculo
manual, ele deve ser feito de acordo com os métodos apresentados no documento
TI/SI – 1484 – Interpretação de Resultados de Medições de Resistividade do Solo em
Estações de Telecomunicações.

2. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS UTILIZADOS

Para as medições são necessários:

a) Um Terrômetro de quatro terminais para medição de resistividade;


Nota 1: Deverá ser apresentado no relatório final da medição de resistividade um certificado
de calibração válido do medidor utilizado.
Nota 2: Os detalhes nas operações de diferentes tipos desse equipamento são descritas nos
anexos I a IV.

b) No mínimo cinco hastes de cobre ou aço-cobre, com cerca de 1 metro de


comprimento e, no mínimo, 16 mm de diâmetro (5/8”) cada uma, providas de um
dispositivo que permita conexão fácil e segura dos condutores;
Nota 3: São também permitidas hastes de aço desde que não apresentem sinais de corrosão.

c) Quatro carretéis de 100 m de condutor com bitola mínima 2,5 mm2, flexível, com
isolamento da classe de 600V e com conectores aparafusados ou soldados que
permitam boa conexão nas hastes e no medidor;

d) Ferramentas (marreta, chave de grifo ou alicate de tensão, duas trenas, dentre


outros);

e) Impresso para anotação dos resultados (Anexo V ou VI);

f) Equipamentos de proteção individuais (item 6).

30000 – PE/LS – 2814c Fl.2


3. CONSIDERAÇÕES GERAIS DE MEDIÇÃO

Uma medição é definida como o conjunto de leituras obtidas em um mesmo eixo, mesma
direção e diversos espaçamentos entre hastes.

As medições devem ser feitas com o solo tão seco quanto o possível. No caso de
medições feitas em período chuvoso, devem-se aguardar, no mínimo, sete dias
consecutivos sem chuva antes de fazer qualquer medição.

No caso de medições de resistividade (A, B, C e D) próximas a malhas existentes, objetos


condutores enterrados ou cercas aterradas, as distâncias mínimas entre os pontos de
medição e esses objetos devem ser as mostradas na Figura 1.

CONDUTOR C
MALHA EXISTENTE ENTERRADO
OU CERCA 32 m
ATERRADA
A
B
90º
D
60 m 32 m

qualquer

Figura 1 – Distâncias mínimas de medição para objetos aterrados.

4. NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DAS MEDIÇÕES PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO

Para definição de aterramento de linhas de transmissão devem ser realizadas três


medições por torre. Durante o projeto da linha, a medição de resistividade deve ser
executada no sentido longitudinal à LT (Figura 2). Para medições executadas em torres
existentes com contrapesos lançados, estas devem ser executadas no sentido transversal
ao eixo da LT. As hastes devem ser mantidas em alinhamento. Essas medições devem ser
espaçadas de distância “d” definida na Tabela 1. Os espaçamentos entre hastes devem
ser 2, 4, 8, 16 e 32 m e a profundidade de cravação deve estar de acordo com a Figura 3.

No caso de LT paralela próxima do local a ser medido, a medição deve ser


obrigatoriamente transversal ao eixo da LT existente, evitando assim interferências com o
contrapeso lançado.

30000 – PE/LS – 2814c Fl.3


Centro da Torre (em projeto)

Medição 2

Eixo da LT Medição 1 Eixo da LT


X

Medição 3
Figura 2 – Eixos de medição.

Tabela 1 - Valores para distância “d“


Tensão da LT (kV) Distância “d” (m)
69 / 138 / 161 10
230 18
345 24
500 29

Nota : Os valores de “d” podem ser alterados conforme projeto da LT e, nesse caso, são
definidos previamente.

30000 – PE/LS – 2814c Fl.4


C1 P1 G P2 C2
E ES S H
s (m) P (cm) MEDIDOR

Ligação opcional
2 20
em medidores
4 Null Balance
20
8 30
HASTE
16 50

32 50
C1 P1 A P2 G C2
P
s s/2 s/2 s/2 s/2

Ponto de Medição.
Figura 4B
Figura 3 – Arranjo de medição.

4.1. MEDIÇÕES PARA DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO EM ÁREA URBANA

É definido aterramento em área urbana o lançamento de contrapeso em forma de anéis


concêntricos ao redor da estrutura e hastes na busca do controle das tensões de passo e
toque. As estruturas que necessitam deste tipo de aterramento são definidas conforme
documento 30.000-ER/LT-1732 - Critérios para Definição de Estruturas com Aterramento
Especial em Anéis.

Para essa situação, devem ser realizadas 3 medições por torre, com espaçamentos e
profundidades de cravação também definidos na Figura 3. Em casos em que a área
disponível for restrita devido à invasão intensa, canteiro central, loteamentos, dentre
outros, as medições podem ser realizadas com os espaçamentos entre hastes menores.
Quando ainda em projeto, a medição de resistividade para esse caso deve ser executada
no sentido longitudinal à LT. Para medições executadas em torres existentes com
contrapesos lançados, estas deverão ser feitas no sentido transversal ao eixo da LT
(Figura 4). A distância “d” entre medições também é definida na Tabela 1. A distância entre
eixos também pode ser diminuída no caso de invasão, porém, seu valor mínimo deve
de 5 m.

30000 – PE/LS – 2814c Fl.5


Área da Torre

d d
Eixo da LT Eixo da LT
X

Medição 1 Medição 2 Medição 3

Figura 4 – Eixos de medição.

Na folha de resultados deve-se desenhar um croqui com a direção das medições,


identificando e cotando possíveis interferências. Deve-se também encaminhar fotos tiradas
durante as medições.

5. NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DAS MEDIÇÕES PARA SUBESTAÇÕES

A localização dos pontos e das direções das medições de resistividade para subestações
depende da geometria da área e de características locais. O número mínimo de pontos de
medição bem como os croquis recomendados para medições em áreas retangulares são
apresentados a seguir:

30000 – PE/LS – 2814c Fl.6


Tabela 2 – Número mínimo de pontos de medição
ÁREA DO NÚMERO MÍNIMO CROQUIS PARA
TERRENO (m²) DE MEDIÇÕES AS MEDIÇÕES

S ≤ 1000 3 Figura 5A

1000 < S ≤ 2000 4 Figura 5B

2000 < S ≤ 5000 5 Figura 5C

5000 < S ≤ 10000 6 Figura 5D

10000 < S ≤ 20000 7 Figura 5E

Para medições em áreas acima de 20000 m² deve-se dividir o terreno remanescente em


áreas de até 10000 m², acrescentando as linhas de medição equivalentes descritas na
tabela 2. Por exemplo, para uma área de 25000 m² deve-se executar (7 + 5) = 12
medições.

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A
C

A D B

B
C

Figura 5A Figura 5B

B
C

E A C F A=B D

D E

Figura 5C Figura 5D

E
B A C

F
G

Figura 5E

Além da área, outros aspectos devem ser observados na determinação do número de


medições, ressaltando-se:

a) As variações nas características do solo local, devendo-se procurar medir


separadamente a resistividade nos diferentes tipos de terrenos existentes;

b) As variações entre os resultados obtidos nos diversos pontos para uma mesma
distância entre hastes (quanto maior a discrepância entre os mesmos, maior deve
ser o número de pontos de medição).

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Nos casos em que for necessário corrigir o nível de terreno, deve-se também fazer
medições, no mínimo, 15 dias após a terraplanagem e compactação.

Uma medição de resistividade do solo no ponto A deve ser feita utilizando-se quatro hastes
alinhadas e dispostas simetricamente em relação a este ponto, com espaçamentos (s) e
profundidade (P) máxima de cravação de acordo com a Figura 6.

C1 P1 G P2 C2
E ES S H
s (m) P (cm) MEDIDOR

Ligação opcional
2 20
em medidores
4 Null Balance
20
8 40
HASTE
16 70

32 70
C1 P1 A P2 G C2
P
s s/2 s/2 s/2 s/2

Ponto de Medição.

Figura 6 – Arranjo de medição.

Os pontos de cravação das hastes deverão ser anotados na planta da estação a fim de
que medições futuras se façam, sempre que possível, nos mesmos pontos. Para tanto, é
suficiente que se indique na planta a posição do ponto de medição, que permanecerá fixo
durante todas as leituras, e a direção de cravação das hastes. Na folha de resultados
deve-se desenhar um croqui com as direções das medições, identificando-as da seguinte
forma:

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6. PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS DURANTE AS MEDIÇÕES

É absolutamente necessário que, durante as medições, as hastes estejam firmemente


cravadas no solo, ainda que para isso seja necessário compactar o solo em volta das
hastes ou cravá-las a uma profundidade maior do que a recomendada nas figuras
anteriores. Deve-se também anotar essa profundidade.

Os realizadores das medições devem executá-las utilizando capacete, óculos de proteção,


calçados e luvas com isolação da ordem de 17 kV. Em hipótese alguma deverão ser
realizadas medições com tempo chuvoso ou propício a descargas atmosféricas.

7. CÁLCULO DAS RESISTIVIDADES

7.1. FÓRMULA COMPLETA

em que:

ρ = resistividade calculada [Ωm];

R = resistência medida [Ω];

s = distância entre hastes [m];

p = profundidade da haste [m].

7.2. FÓRMULA SIMPLIFICADA

em que:

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7.3. VALOR DE K

Para espaçamentos superiores a 4 m pode-se usar a fórmula simplificada onde o erro é


praticamente desprezível. A tabela abaixo apresenta os valores de K já calculados para
diversos espaçamentos e profundidades.

Tabela 3 – Valores de K
DISTÂNCIAS
ENTRE
PRO- HASTES
FUNDI- (m) 1 2 4 8 16 32
DADE DE
CRAVAÇÃO
DE HASTE(cm)
10 6,4 12,6 25,2 50,3 100,5 201,1
20 6,7 12,8 25,2 50,3 100,6 201,1
30 7,2 13,0 25,4 50,4 100,6 201,1
40 7,7 13,4 25,6 50,5 100,6 201,1
50 8,3 13,8 25,8 50,6 100,7 201,1
60 8,8 14,3 26,1 50,8 100,8 201,2
70 9,4 14,8 26,4 50,9 100,9 201,2
80 9,8 15,4 26,8 51,1 101,0 201,3

8. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Para cada local deverá ser preenchido um formulário conforme modelo do anexo V ou VI.
Detalhes referentes ao preenchimento devido a medidores distintos são definidos nos
anexos I a IV.

Um relatório de calibração ainda dentro da validade do medidor utilizado nas medições


deve ser entregue junto do formulário com os resultados. O certificado de calibração não
deve ter sido emitido a mais de um ano.

Solicita-se aos diversos órgãos da CEMIG e seus contratados que enviem cópias dos
resultados de quaisquer medições realizadas segundo esta instrução para a Gerência de
Gestão da Expansão de Subestações e Linhas da Distribuição (PE/LS), onde serão
analisados e arquivados.

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9. REFERÊNCIAS

[1] ABNT – NBR 7117 – Medição de Resistividade do Solo pelo Método de Quatro Pontos
(Wenner) – 1981

[2] 02118 – COPDEN – 237b – Instrução para Medição de Resistividade do Solo em


Linhas de Transmissão – 2001

[3] 30000 – ER/LT – 3368a – Instrução para Aterramento de Estruturas de Linhas de


Transmissão de 69 a 500 kV

[4] 02118 – COPDEN – 300 – Instrução para Medição de Resistividade do Solo – 1994
(Doc. Eliminado) – 2003

[5] 02118 – COPDEN – 301 – Interpretação de Resultados de Medições de Resistividade


do Solo – 1994 (Doc. Eliminado)

[6] 02112 – TI/SI – 1483 – Instrução para Medições de Resistividade do Solo em Estações
de Telecomunicações – 2005

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I. ANEXO 1

OPERAÇÃO DE TERRÔMETRO TIPO NULL BALANCE

Estando o aparelho conectado como indicado na Figura 3 e Figura 6:

a) Coloca-se a chave da escala na posição x 0,01 e o indicador da resistência na


posição 999.
b) Gira-se a manivela lentamente, observando-se a deflexão do ponteiro do
galvanômetro.
c) Se o ponteiro se deslocar no sentido (+), aumentar o fator da escala para x 0,1, ou
maior, até que o deslocamento do ponteiro se faça no sentido (-).
d) Se a deflexão se faz no sentido (-), diminuir o valor indicado no dial de resistência,
número por número, começando pelo dial da esquerda, em seguida o dial do centro
e finalmente o da direita, até que o ponteiro do galvanômetro, atinja a posição
central.
e) No momento da leitura, a velocidade da manivela deverá ser de aproximadamente
160 RPM.

Teremos então:

Resistência em Teste = Leitura do Dial (Ω) x Fator indicador da Escala.

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II. ANEXO 2

OPERAÇÃO DE TERRÔMETRO TIPO UNIVERSAL

Estando o aparelho conectado como indicado nas Figura 3 e Figura 6 utilizando apenas 4
hastes (C1, P1, P2 e C2):

a) Verificação da Compensação das Resistências para a Terra das Hastes de


Potencial

- Coloca-se a chave da escala na posição “Adjust PR”.

- Gira-se a manivela a uma velocidade de cerca de 140 RPM e aciona-se a chave colocada
lateralmente, (“Adjust PR”), até que o ponteiro se estabilize na escala.

- Se o ponteiro se estabilizar no ponto zero ou em qualquer posição anterior a ele, a


resistência para a terra das hastes de potencial será compensada durante a leitura.

- Se o ponteiro se estabilizar após o ponto zero, a compensação da resistência para a terra


das hastes de potencial não é conseguida. Nesse caso a resistividade calculada deverá
ser corrigida de acordo com o item 3 deste anexo.

b) Leitura

- Após ter sido feita a verificação do item anterior, coloca-se a chave da escala na posição
“Test”.

- Gira-se a manivela, aumentando-se gradativamente a sua velocidade até que o ponteiro


se estabilize sobre a escala.

- Ajusta-se a chave da escala a um valor adequado para que o ponteiro se estabilize numa
região de leitura mais precisa.

- O valor da resistência em teste é dado diretamente pelo ponteiro sobre a escala no visor
do aparelho:

Resistência em teste = Leitura do visor (Ω) x Fator Indicativo da Escala.

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c) Correção da Resistividade Calculada

Se durante o procedimento descrito no item 1 deste anexo, não se consegue a


compensação da resistência para a terra das hastes de potencial, a resistividade calculada
é corrigida pela fórmula:

em que:

K - definido no item 7;

R - resistência medida;

Rv - resistência do circuito interno de tensão do aparelho indicada pelo fabricante.

No caso da necessidade da aplicação dessa correção em determinado ponto de medição,


a resistência medida deverá ser anotada na folha de resultados acompanhada de um
asterisco (*).

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III. ANEXO 3

CONSIDERAÇÔES SOBRE O USO DE TERRÔMETROS ELETRÔNICOS

A operação de terrômetro eletrônico se assemelha muito com a operação de terrômetro


analógico (descrita nos anexos anteriores para diferentes tipos). A diferença está na
geração da corrente a ser injetada no solo. Enquanto no caso do terrômetro analógico a
corrente é gerada pelo o giro da manivela, no terrômetro eletrônico ela é produzida por um
gerador eletrônico alimentado a bateria.

Essa característica traz facilidade na utilização no aparelho, mas traz também uma
necessidade de cuidados adicionais nas medições, principalmente com solos de alta
resistividade. O motivo disso é uma possível baixa amplitude da corrente injetada no solo
gerada pelo terrômetro eletrônico.

Logo, é recomendado que cada haste de corrente e potencial seja substituída por
duas ou até três hastes em paralelo espaçadas de 1 m quando se utiliza um
terrômetro eletrônico em solos de alta resistividade. Se necessário, deve-se ainda
molhar o solo com uma solução salina em volta dessas hastes para melhorar o
contato com o solo.

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IV. ANEXO 4

OPERAÇÃO DE TERRÔMETRO DIGITAL DET3/2

a) Descrição Geral

O equipamento Digital Earth Testers Megger DET3/2 é um instrumento compacto projetado


para medir resistência de aterramento e resistividade do solo. Este instrumento é
alimentado por um gerador manual à manivela.

Este instrumento utiliza método de medição por 4 terminais (Figura 3 e Figura 6, apenas
com as ligações das hastes C1, P1, P2 e C2) em que a resistência dos terminais de
corrente não afetam o resultado. Já as resistências dos terminais de potencial podem
também ser ignoradas, porque foi incorporado ao aparelho um amplificador que elimina a
influência da resistência interna do circuito de medição sobre a resistência da malha de
aterramento a ser medida.

A medição de resistência de aterramento é indicada diretamente no display digital para as


escalas de 20 Ω e 200 Ω. Nas escalas de 2 kΩ e 20 kΩ a resistência será conseguida pela
multiplicação do valor indicado no display por um fator de multiplicação x1000. As escalas
de 20 Ω, 200 Ω, 2 kΩ e 20 kΩ expressam os valores limites (fundo de escala) que cada um
possui.

A freqüência de teste é de 128 Hz e, considerando os objetivos de segurança, a tensão


máxima de teste é limitada a 50 V (pico) em relação à terra. A corrente de curto circuito
pode ser de 10 mA, 1 mA ou 100 µA, dependendo da escala escolhida.

Os controles do aparelho são descritos a seguir. Montado no painel frontal encontra-se


uma chave seletora de escala rotativa e duas chaves “push button”, uma para checar a
resistência do circuito de corrente, muito importante para a realização de uma medição
correta, e a outra para conectar internamente os terminais C1 e P1, possibilitando a
realização da medição de resistência de aterramento. O instrumento também possui um
visor de cristal líquido que mostra o resultado das medições e indica várias interferências
possíveis na medição.

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b) Fatores que Afetam a Medição

O visor de cristal líquido mostra a leitura diretamente, restando ao operador manusear o


seletor de escala de medições. Os símbolos existentes no visor ajudam o operador a obter
uma medição mais precisa e segura. Nos parágrafos abaixo estão descritos esses
símbolos representativos dos fatores que podem afetar as medições.

Baixa Velocidade de Rotação do Gerador Det3/2

Se a manivela do gerador DET3/2 gira lentamente de modo que não seja possível
nenhuma medição correta, aparecerá à esquerda do visor uma flecha “←“ apontando para
a marca “Ver/ Min Lo” (giro lento). Qualquer leitura no visor deve ser ignorada e a manivela
deve ser girada com mais rapidez (mínimo aceitável de 160rpm) até que a “flecha”
desapareça. Somente assim deve-se aceitar o valor medido.

Polaridade Invertida

Quando houver inversão entre os cabos de potencial e cabos de corrente, aparecerá no


visor um sinal negativo, porém, o valor medido é válido. Para realizar uma medição positiva
as conexões devem ser invertidas.

Alta Resistência na Haste de Corrente

Para indicar uma alta resistência no circuito de corrente um traço luminoso aparece no
canto inferior direito do visor, ao lado do símbolo “Rc”. Isto ocorre automaticamente, tão
logo sejam feitas as conexões e iniciadas as medições. São causas prováveis desse
fenômeno: circuito aberto, conexão deficiente entre o cabo e a haste de corrente ou alta
resistência no solo que circunda a haste. Independente da causa, quando surgir esse
símbolo, deve-se procurar solucionar o problema antes de fazer uma medição. Às vezes,
compactando o solo que circunda a haste ou recolocando-a em outro lugar, o problema
desaparece.

Alta Resistência na Haste de Potencial

Para indicar uma alta resistência no circuito de potencial um traço luminoso aparece no
centro do lado direito do visor, ao lado do símbolo “Rp”. Isto não ocorre automaticamente,
o operador deve fazer um teste preliminar, pressionando o botão “Test Rp”. Provavelmente

30000 – PE/LS – 2814c Fl.18


as causas de sua aparição são as mesmas que ocorrem para a alta resistência da haste
de corrente. Deve-se, portanto, utilizar as mesmas soluções indicadas no item anterior.

Fora de Escala

O símbolo indicador de “Fora de escala” aparece quando se tenta medir com o aparelho
um valor de resistência superior ao valor máximo previsto na escala. A indicação “Fora de
escala” é um “1” como dígito esquerdo, acompanhado do ponto decimal. Aparecendo esse
símbolo deve-se trocar de escala e refazer a medida. Quando isto ocorrer na escala de
“20kΩ”, é um indicador que algo grave está acontecendo no ponto de conexão à terra que
está sendo medido (neste caso deve-se confirmar se o indicador de alta resistência na
haste de corrente não está sendo mostrado).

Alta Interferência de Ruídos

No canto superior direito do visor, em frente ao símbolo “Noise” aparecerá um traço


luminoso quando um nível de ruído provocado por correntes espúrias que circulam pelo
solo serem superiores aos níveis máximos suportados pelo aparelho. Se o fenômeno que
causou o ruído for de natureza transitória, deve-se esperar que ela cesse. Outra solução
está em mudar as posições das hastes.

Nota: Esse indicador de presença de ruído pode também aparecer junto com a indicação
de “Fora de escala”, se a resistência medida for muito maior que a escala selecionada.

30000 – PE/LS – 2814c Fl.19


V. ANEXO 5

RELATÓRIO DE MEDIÇÃO DE RESISTIVIDADE DE SOLO PARA SUBESTAÇÕES

Ver arquivo pels_2814_000002p.docx anexado a este texto.

VI. ANEXO 6

RELATÓRIO DE MEDIÇÃO DE RESISTIVIDADE DE SOLO PARA LINHAS DE


TRANSMISSÃO

Ver arquivo pels_2814_000003p.xls anexado a este texto.

30000 – PE/LS – 2814c Fl.20


RELATÓRIO DE MEDIÇÃO DE RESISTIVIDADE DOS SOLOS PARA SUBESTAÇÕES
APARELHO FABRICANTE TIPO NÚMERO DATA DE AFERIÇÃO
LOCAL: MEDIDO POR:
DATA DA ÚLTIMA CHUVA:
D I S T Â N C I A E N T R E H A S T E S (m) ÓRGÃO / EMPRESA:

1 2 4 8 16 32 1 2 4 8 16 32 CROQUIS E OBSERVAÇÕES:
ÁREA ESTIMADA
DA MALHA (m²): RESIST. DO CIRCUITO INTERNO DE TENSÃO (MEGGER UNIVERSAL) - Rv:................................................
IDENTIFICACÃO PROFUNDIDADE DA HASTE (m) FATOR K
DA MEDIÇÃO

DATA HORA
RESISTÊNCIA MEDIDA – R(Ω) RESISTIVIDADE CALCULADA - ρ (Ω x m)

(*) VALOR DE RESISTÊNCIA OBTIDO SEM COMPENSAÇÃO DA RESISTÊNCIA PARA TERRA DA HASTE DE POTENCIAL
DATA: VISTO: APROVADO:

Fl.21
Fl.22
MEMÓRIA DE CÁLCULO

VARIAÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO COM A PROFUNDIDADE

1 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
PROFUNDIDADE (m)
PLANILHA DE MEDIÇÕES

PARA DETERMINAÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO

LT
TRECHO
Data da medição: Data da última chuva: Executado por: Orgão/Empresa: Fiscal:

Aparelho: Marca: Tipo: Série: Aferido em:

TORRE Resistência
a 2.π.a Resistividade
Medida CLASSIFICAÇÃO DO SOLO Observações

(m) (m) Ω)
R (Ω ρ (Ω
Ω .m)
Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Seco Úmido Rocha Ped.solta Cascalho Comum

Croquis:

30000 - PE/LS - 2814b Fl. 23

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