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Modelos de Tarifação e

Qualidade da Energia

Profº Msc Thiago Caldas


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Qual é o negócio de uma distribuidora de energia elétrica?
O que uma distribuidora vende aos seus consumidores?

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As distribuidoras de energia
elétrica vendem o uso das
linhas de distribuição

Energia elétrica é comprada


das geradoras, em leilões, e
simplesmente repassadas
aos consumidores com
lucro reduzido

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Evolução do consumo de energia elétrica no Brasil

567.585 GWh

2016

0,25%

2016

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Qual é a diferença entre POTÊNCIA e
ENERGIA ?

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Potência e Energia

P = 100 Watts P(W)

127 V
100

t (h)
0 1 2 3 4 5 6

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Potência e Energia

P = 100 WattsP(W)
Potência Energia
127 V
100

100 W x 6 h = 600 Wh = 0,6 kWh

t (h)
0 1 2 3 4 5

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Composição da tarifa de energia elétrica

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Estrutura tarifária brasileira
Período de maior utilização
(Horário de ponta)

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Estrutura tarifária brasileira

Período úmido Período seco Período úmido

Disponibilidade média de água

Comportamento médio do consumo

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

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Tarifas A 2018

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Estrutura tarifária brasileira (Consumidores do Grupo A)

Tarifa CONVENCIONAL

Demanda de potência (kW) preço único


Consumo de energia (kWh) preço único + bandeira tarifária

Tarifa Hora-Sazonal AZUL

Demanda de potência (kW) Consumo de Energia (kWh)


a) um preço para o horário de a) um preço para o horário de ponta +
ponta bandeira tarifária
b) um preço para o horário fora de b) um preço para o horário fora de ponta +
ponta bandeira tarifária

Tarifa Hora-Sazonal VERDE


Demanda de potência (kW) Consumo de Energia (kWh)
a) preço único a) um preço para o horário de ponta +
bandeira tarifária
b) um preço para o horário fora de ponta +
bandeira tarifária

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Tarifas B 2018
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Tarifa Social

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A Qualidade do produto, que é caracterizada
basicamente pela forma de onda de tensão dos
componentes de um sistema trifásico, contempla
principalmente os seguintes fenômenos:

 Variação de frequência;

 Variações de tensão de longa duração;

Variações de tensão de curta duração.


 As distorções harmônicas, desequilíbrios de tensão e de corrente e flutuações
de tensão podem impactar da qualidade da energia.

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Tabela 2: Pontos de conexão em Tensão Nominal igual ou inferior a 1 kV (220/127)

DPR – Duração Relativa de


Transgressão de Tensão
Precária – 38%

DPC – Duração Relativa de


Transgressão de Tensão
Crítica – 11%

FiguraPúblico
Classificação do documento: 2: VTLD (variação de tensão de longa duração)
As variações de tensão de curta duração (VTCD) são caracterizadas
pelos parâmetros do afundamento da tensão (abaixo de 0,9 pu) ou
elevações de tensão (acima de 1,1 pu) com duração inferior a 1
minuto.

Figura 2: VTCD (variação de tensão de curta duração)


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3.2.1 Para unidade consumidora ou conexão entre distribuidoras com tensão
inferior a 230 kV, o fator de potência no ponto de conexão deve estar
compreendido entre 0,92 (noventa e dois centésimos) e 1,00 (um) indutivo
ou 1,00 (um) e 0,92 (noventa e dois centésimos) capacitivo, de acordo com
regulamentação vigente.

7.1 O sistema de distribuição e as instalações de geração conectadas ao


mesmo devem, em condições normais de operação e em regime permanente,
operar dentro dos limites de frequência situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz.

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Figura 1: Fluxograma dos procedimentos de medição de tensão por reclamação

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Tabela 1: Detalhamento dos eventos de VTCD registrados no período de monitoração.

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?
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Caso curicacas: CEMIG

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Caso curicacas: CEMIG

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Caso curicacas: CEMIG

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Perturbação aconteceu às 15h48 do dia 21 de março, devido a uma atuação
indevida do disjuntor na subestação Xingu, no Pará.
 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico atualizou nesta sexta-feira, 6 de abril,


os resultados da análise da ocorrência que afetou, principalmente, as regiões
Norte e Nordeste do país. A perturbação aconteceu às 15h48 do dia 21 de março
de 2018, quando houve a atuação indevida do disjuntor na subestação Xingu, no
Pará.
O evento ocorreu quando o fluxo de energia do bipolo de Belo Monte estava
sendo elevado para 4 mil MW. A abertura do disjuntor impediu que a energia da
hidrelétrica fosse escoada pelo bipolo. “No disjuntor foi instalada indevidamente
uma proteção de sobrecorrente, regulada para 4.000 Ampéres, valor abaixo da
corrente nominal do equipamento, o que fez com ele abrisse quando o fluxo da
linha chegou próximo a 4 mil MW", explicou o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo
Barata Ferreira.
O ONS verificou ainda que o Sistema Especial de Proteção (SEP) não atuou
desligando as máquinas da usina de Belo Monte com a perda do bipolo, uma vez
que sua lógica não foi atualizada para considerar o acionamento do disjuntor.
Dessa forma, a região Norte ficou com excesso de geração, provocando
sobretensão nas linhas de transmissão e seu consequente desligamento. Os
fatos levaram ao blecaute na região Norte.
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No momento da ocorrência, a região Nordeste recebia 2.879 MW da região Norte.
Com a perda da interligação, o Nordeste ficou com uma carga maior do que a
geração, o que ocasionou queda na frequência. Na ocasião, o
ERAC - Esquema Regional de Alívio de Carga atuou em cinco estágios, cortando
25% da carga e normalizando a frequência em 60 Hz. Em seguida, duas unidades
geradoras da hidrelétrica de Paulo Afonso saíram de operação, levando o
Nordeste ao blecaute.
Nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste também houve cortes de carga devido a
atuação do primeiro estágio do ERAC. Foram cortados 3.665 MW de carga, o que
representava 5% do total no momento da ocorrência.

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Mapa Geoelétrico
• Destaque para o fluxo de energia do Norte para o Nordeste e
Sudeste/Centro-Oeste pela rede de transmissão em 500 kV e pelo Bipolo de
Belo Monte em ±800 kV DC.

• Destaque para a geração do Nordeste – dependência de intercâmbio,


eólicas, geração hidro e térmica local.

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As consequências

• A partir da atuação do disjuntor, houve o desligamento automático de diversas


linhas de transmissão, separando o subsistema Norte do Nordeste e essas duas
regiões dos subsistemas Sul e Sudeste/CentroOeste.

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Recomposição pós blecaute
 
A recomposição no Sul e Sudeste/Centro-Oeste foi muito rápida. Às 15h57 as
cargas já estavam completamente recompostas.
No Norte, o processo de recomposição foi mais demorado devido à magnitude
do evento e em função da quantidade de equipamentos desligados. Às 17h50,
toda a carga das distribuidoras estava recomposta.
Houve dificuldades no processo de recomposição do Nordeste, que foi iniciado
às 16h30 e finalizado às 22h20.
A minuta do RAP - Relatório de Análise de Perturbação será distribuída aos
agentes envolvidas para comentários. Em seguida, será finalizado e enviada à
Aneel.
Os detalhes da análise da ocorrência constam da apresentação em anexo.

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 A qualidade dos serviços prestados
compreende a avaliação das interrupções
no fornecimento de energia elétrica.

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Para tal finalidade, destacam-se:

Os indicadores de continuidade coletivos


(DEC e FEC) e;

Os indicadores de continuidade individuais


(DIC, FIC, DMIC e DICRI), todos definidos no 
Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição
(PRODIST).

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Indicadores de continuidade

DEC - Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora

Intervalo de tempo que, em média, no período de observação, em cada unidade


consumidora do conjunto considerado ocorreu descontinuidade da distribuição
de energia elétrica.

 Ca .t 
i i
Ca1.t1 Ca2 .t2  Can .tn 
DEC  i 1
   ... 
Cc Cc Cc Cc

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Indicadores de continuidade

DIC - Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora


Intervalo de tempo que, no período de observação, em cada unidade
consumidora ocorreu descontinuidade da distribuição de energia elétrica.

n (1)

 Cai .ti  (1)

Ca1.t1
(1)

Ca2 .t2 
(1)

Can .tn 
DIC  i 1
   ... 
Cc (1) Cc (1) Cc (1) Cc (1)

n
DIC   ti   t1  t2   ...  tn 
i 1

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Indicadores de continuidade

Relação entre DEC e DIC

n DIC (1) DIC (2) DIC (n)

 Ca .t  i i
Ca1.t1 Ca2 .t2  Can .tn 
DEC  i 1
   ... 
Cc Cc Cc Cc

 DIC  i
DEC  i 1
Cc
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Evento 1
Exemplo numérico:
Número de UC´s = 3
Duração = 2 horas
Evento 2
Número de UC´s = 2
Duração = 1 hora
12 UC´s

 3.2   2.1  8
DEC      0,66 horas
 12   12  12

 DIC  2  2  2  1  1  8 horas
DEC 
 DIC

8
 0,66 horas
Cc 12
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Indicadores de continuidade
DMIC - Duração Máxima de Interrupção Contínua
por Unidade Consumidora

Tempo máximo de interrupção contínua, da distribuição de energia elétrica,


para uma unidade consumidora qualquer.

DIC = 0
DMIC = 0

Evento (i)
Duração = t(i)

N
t(i) > DMIC DIC = DIC + t(i)

DMIC = t(i)
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Indicadores de continuidade

FEC - Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade


Consumidora
Número de interrupções ocorridas, em média, no período de observação, em
cada unidade consumidora do conjunto considerado

 Ca  i
Ca1 Ca2  Can 
FEC  i 1
   ... 
Cc Cc Cc Cc

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Indicadores de continuidade

FIC - Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora

Número de interrupções ocorridas, no período de observação, em


cada unidade consumidora

n vezes
n

 Ca 
(1) (1) (1)
i
Ca1 Ca2  Can 
FIC  i 1
   ... 
Cc Cc (1)
Cc (1)
Cc (1)

FIC  n
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Indicadores de continuidade

Relação entre FEC e FIC

n FIC (1) FIC (2) FIC (n)

 Ca  i
Ca1 Ca2  Can 
FEC  i 1
   ... 
Cc Cc Cc Cc

 FIC  i
FEC  i 1
Cc
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Evento 1
Exemplo numérico:
Número de UC´s = 3
Duração = 2 horas
Evento 2
Número de UC´s = 2
Duração = 1 hora
12 UC´s

3 2 5
FEC         0,42 interrupções
 12   12  12

Os índices de
 FIC  1  1  1  1  1  5 interrupções continuidade coletivos e
individuais somente são

FEC 
 FIC

5
 0,42 interrupções
calculados
para interrupções com
Cc 12 duração igual ou
superior a 3 minutos!
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Exemplo numérico (indicadores individuais):

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Exemplo numérico:

Duração das interrupções:

F1 = 2 horas
F2 = 3 horas
F3 = 40 minutos
Pede-se:
a) O DEC e o FEC do alimentador para as três interrupções
indicadas;
b) Para as mesmas interrupções (F1, F2 e F3), calcular os
indicadores DIC, FIC e DMIC do consumidor X;
c) Os indicadores DEC e FEC da chave (E).

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Solução:
X

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Solução:
X

0,67 1,0

+
5,67 3

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Solução:
X

Item (c)

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Prerrogativas:

 Considera-se que há interrupção sempre que a tensão de fornecimento


for igual ou inferior a 70% (setenta por cento) da tensão nominal;

 Nas unidades consumidoras em que não houver sistema de medição


permanente, os registros de início e término da interrupção devem
corresponder às informações mais precisas dentre todas aquelas
disponíveis na distribuidora, considerando, inclusive, as medições
permanentes de outras unidades consumidoras;

 A distribuidora deverá avisar a todos os consumidores e centrais


geradoras da respectiva área de concessão ou permissão sobre as
interrupções programadas, informando a data da interrupção e o horário
de início e término;

 O período de apuração das interrupções ocorridas nos conjuntos de


unidades consumidoras será mensal.

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 Os indicadores globais se referem a um agrupamento de conjuntos de
unidades consumidoras, podendo se referir a uma distribuidora, município,
estado ou região do Brasil.

 No caso de violação do limite de continuidade individual dos indicadores


DIC, FIC e DMIC em relação ao período de apuração (mensal, trimestral ou
anual), a distribuidora deverá calcular a compensação ao consumidor ou
central geradora acessante do sistema de distribuição, e efetuar o crédito
na fatura, apresentada em até dois meses após o período de apuração.

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No cálculo do valor da compensação serão utilizadas as seguintes
fórmulas:

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Para efeito de aplicação de eventual compensação, quando da
violação dos limites estabelecidos, deverão ser consideradas as seguintes
situações:

a) o valor mínimo da compensação no caso de violação do limite do indicador


de continuidade individual será R$ 0,01 (um centavo de real);

b) o valor máximo da compensação, associada à violação do limite do indicador


de continuidade individual, será:

c) 10 (dez) vezes o valor do “EUSDmédio”, no caso de violação de limite


mensal;

d) 30 (trinta) vezes o valor do “EUSDmédio”, no caso de violação de limite


trimestral;

e) 120 (cento e vinte) vezes o valor do “EUSDmédio”, no caso de violação de


limite anual;

f) quando ocorrer violação do limite de mais de um indicador de continuidade


individual DIC, FIC e DMIC, no período de apuração, deverá ser
considerado, para efeito de compensação, aquele indicador que apresentar
Classificação do o maiorPúblico
documento: valor de compensação;
EUS
D

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g) quando ocorrer violação do indicador DICRI, a compensação deverá ser
realizada sem prejuízo das compensações a serem pagas por violação dos
indicadores DIC, FIC e DMIC, podendo inclusive haver compensação referente
a mais de uma violação do limite do indicador DICRI no mesmo mês. Nesse
caso, a compensação a ser paga é a soma das compensações calculadas para
cada violação.

OBS: Para efeito de enquadramento dos limites de continuidade individuais, considera-


se unidade consumidora ou central geradora situada em área não urbana aquela
unidade com atendimento efetuado pela distribuidora fora do limite de zona urbana
definida por lei municipal.

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Considere o alimentador a seguir com 3 interrupções com durações de 5, 10 e
12 minutos. O primeiro ramal, trechos 1-4-5-6, que conta com 50 consumidores,
sofreu 3 interrupções, devido a contingências internas, de 10, 15 e 35 minutos.
Finalmente o segundo ramal, trechos 2-7, que conta com 80 consumidores,
sofreu 3 interrupções, devido a contingências internas, de 25,45 e 15 minutos.
Considerando-se os conjuntos: conjunto A, ou ramal 1, ramal que se deriva do
nó 1, conjunto B, ou ramal 2, ramal que se deriva do nó 2, e o conjunto C
constituído pelos dois ramais e pelo tronco. Calcule DEC e FEC do conjunto.

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