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PARAUAPEBAS
2022
LUCAS MAXWEL DOS SANTOS BRANDÃO
PARAUAPEBAS
2022
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia
Gerada automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 620
LUCAS MAXWEL DOS SANTOS BRANDÃO
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Orientador (a): Profº. MSc. Ruan Eduardo Carneiro Lucas
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA/Parauapebas
__________________________________________________
Prof. Dr. Rafael da Silva Fernandes
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA/Parauapebas
DEDICATÓRIA
As grandes organizações buscam aumentar seu controle de qualidade dos produtos e serviços,
através da implementação de metodologias como o 5s – seiri, seiton, seison , seiketsu e shitsuke
– que propõe um ambiente de trabalho mais harmônico, obtendo ganhos de qualidade e
produtividade. Na mineração, as empresas responsáveis pela manutenção de caminhões fora
de estrada que transportam grandes cargas de minério, buscam realizar manutenções
preventivas mais eficaz, elevando a eficiência dos seus processos, e reduzindo a utilização de
recursos desnecessários. Com isso, o presente estudo teve como objetivo analisar os impactos
da implementação do Programa 5S em um box de manutenção de preventiva de caminhões fora
de estrada na oficina da mina de Carajás, localizada no sudeste do Pará. A pesquisa enquadrou-
se como aplicada, pois os resultados foram aplicados no processo e analisados, com uma
abordagem quali-quantitativa, de caráter exploratório e descritivo, alicerçado em um estudo de
caso e pesquisa-ação. Para sua estruturação, foi subdividido em três etapas principais: (i)
mapeamento dos processos de manutenção preventiva e identificação das problemáticas
processuais, onde identificou falha no layout do box, ferramentas dispostas a uma distância de
aproximadamente 20 metros; (ii) implementação do 5S, trabalhado a padronização do layout
do box e; (iii) análise dos resultados obtidos após implementação das melhorias do layout do
box. Os resultados da aplicação do programa resultaram na redução do tempo de execução das
atividades de manutenção preventiva de 12 horas para 7,33 horas, com um ganho aproximado
de disponibilidade física de 2,52%. Além disso, identificou-se melhorias na organização da
área de trabalho, com maior envolvimento dos colaboradores. Concluiu-se, portanto, que a
implementação do Programa 5S foi importante para ampliação da qualidade de execução das
preventivas, atuando efetivamente na organização do box de manutenção.
Large organizations seek to increase their quality control of products and services through the
implementation of methodologies such as the 5s - seiri, seiton, seison, seiketsu and shitsuke -
that propose a more harmonious work environment, obtaining quality and productivity gains.
In mining, the companies responsible for the maintenance of off-road trucks that transport large
loads of ore, seek to perform more effective preventive maintenance, increasing the efficiency
of their processes, and reducing the use of unnecessary resources. Thus, this study aimed to
analyze the impacts of implementing the 5S Program in a preventive maintenance pit of off-
highway trucks at the Carajás mine workshop, located in the southeast of Pará. The research is
classified as applied, because the results were applied to the process and analyzed, with a quali-
quantitative, exploratory and descriptive approach, based on a case study and action research.
For its structuring, it was subdivided into three main stages: (i) mapping of the preventive
maintenance processes and identification of the process issues, where a failure in the box layout
was identified, tools arranged at approximately 20 meters; (ii) 5S implementation, working on
the box layout standardization and (iii) analysis of the results obtained after the implementation
of the improvements in the box layout. The results of the program application resulted in the
reduction of the execution time of the preventive maintenance activities from 12 hours to 7.33
hours, with an approximate gain of physical availability of 2.52%. Besides this, improvements
in the organization of the work area were identified, with a greater involvement from the
collaborators. It was concluded, therefore, that the implementation of the 5S Program was
important to increase the quality of execution of preventive maintenance, acting effectively in
the organization of the maintenance box.
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 14
1.1 Objetivos .................................................................................................................... 16
1.1.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 16
1.1.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 16
1.2 Justificativa ..................................................................................................................... 17
1.3 Delimitação do trabalho.................................................................................................. 18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 19
2.1. Qualidade ....................................................................................................................... 19
2.1.1. Programa 5S ............................................................................................................... 19
2.1.2. Ferramentas da Qualidade .......................................................................................... 21
2.1.2.1. Fluxograma .............................................................................................................. 21
2.1.2.2 Matriz de Priorização GUT ...................................................................................... 22
2.1.2.3. Diagrama de Ishikawa ............................................................................................. 23
2.1.2.4. 5W2H....................................................................................................................... 24
2.2. Manutenção ................................................................................................................... 25
2.2.1. Tipos de manutenção .................................................................................................. 26
2.2.1.1. Manutenção corretiva .............................................................................................. 26
2.2.1.2 Manutenção preventiva............................................................................................. 27
2.2.1.3. Manutenção preditiva .............................................................................................. 27
2.2.2 Outros conceitos .......................................................................................................... 28
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS ............................................................................ 29
3.1. Classificação da pesquisa .............................................................................................. 29
3.2. Etapas gerais para desenvolvimento do estudo ............................................................. 30
3.3. Definição da empresa .................................................................................................... 31
3.4 Etapa 1: Mapeamento dos processos de manutenção preventiva .............................. 33
3.5 Etapa 2: Implementação do 5S .................................................................................. 34
3.6 Etapa 3: Análise dos resultados obtidos..................................................................... 34
4. RESULTADOS ............................................................................................................ 35
4.1 Descrição e análise dos processos .................................................................................. 35
4.2 Problemáticas processuais identificadas ......................................................................... 36
4.2.1 Matriz de priorização (GUT) ....................................................................................... 41
4.2.2 Diagrama de Ishikawa ................................................................................................. 42
4.2.3 Plano de ação 5W1H ................................................................................................... 45
4.3 Implementação do Programa 5S ..................................................................................... 47
4.4 Impactos da implementação do programa 5S ................................................................. 51
5. CONCLUSÕES............................................................................................................ 55
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 56
14
1. INTRODUÇÃO
menor custo operacional e menor emissão de poluentes no meio ambiente. Para isso, a empresa
aumentou seu investimento em caminhões fora de estrada diesel-elétrico (SALOMÃO, 2020).
Apesar do caminhão fora de estrada ser um dos equipamentos mais robustos da
mineração, esse caminhão cumpre as metas de produção no transporte de carga
pesada com bom custo operacional (CAMILO, 2018). Sua estrutura possui uma engenharia
diferenciada nos eixos, comandos finais, pneus, transmissão elétrica, motores de tração elétrico
e nas caçambas, que são reforçadas para proporcionar durabilidade, ciclos de trabalho curtos e
disponibilidade mecânica (CAMILO, 2018).
Como esses caminhões são robustos, os fabricantes recomendam atender os planos de
manutenção preventiva, que é a manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de
acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação
do funcionamento de um item conforme a NBR 5462-1994.
Para introduzir esses caminhões fora de estrada nas atividades operacionais da mina de
carajás, a empresa exploradora contou com um parceiro nessa empreitada. Esse parceiro, que
atua na região desde o começo da exploração mineral disponibilizando equipamentos de
mineração mecânicos, adquiriu seis caminhões diesel-elétrico, com o objetivo de entregar a
operação desses equipamentos durante dois anos com meta mensal de Disponibilidade Física
(DF) de 90% e 60 horas de (MTBF) Tempo Médio entre Falhas (Mean Time Between Failures)
com custos operacionais menores.
Para isso é necessário aderir a padronização de processos produtivos para atender essas
exigências impostas, apresentando seu produto com qualidade e confiabilidade de maneira
eficiente, implantando algumas ferramentas da qualidade para auxiliar na padronização dos
processos de manutenções preventivas, ajudando os técnicos a ter maior produtividade em suas
tarefas, reduzindo o impacto das preventivas na disponibilidade física da frota. Através da
aplicação do programa 5S, uma filosofia que busca a disciplina dos colaboradores para alcançar
um ambiente de trabalho agradável, produtivo e seguro (BORBA, et al, 2011).
Após o parceiro atingir a meta estabelecida com relação ao MTBF e DF durante os dois
anos, a empresa responsável pela operação na mina carajás tinha como obrigação contratual
comprar os seis caminhões, além de abrir a possibilidade de novas aquisições se eles
alcançassem às metas produtivas especificadas. Diante desse cenário e, principalmente,
objetivando atingir essas metas de DF e MTBF, foi realizado um alto investimento nas
manutenções preventivas do equipamento.
As manutenções são definidas pelo Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) de
acordo com as análises e com os dados fornecidos pelo fabricante do equipamento para manter
16
o seu padrão de qualidade. A gestão da manutenção traz mudanças aos setores tecnológicos e
de produção, a partir do foco na confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos,
possibilitando a ampliação do desempenho operacional da organização (COSTA, 2013).
Traçando um paralelo com a qualidade, o Programa 5S é conhecido como uma
ferramenta de gerenciamento organizacional que busca melhoria na qualidade de vida dos
colaboradores, aperfeiçoamento das rotinas dentro do ambiente de trabalho e promoção de
estímulos que visam a melhoria das relações humanas essenciais para tal ambiente
(FALKOWSKI; KITOWSKI, 2013).
Com isso, a partir dos sensos de organização, limpeza, saúde/higiene, autodisciplina e
utilização, o Programa 5S é definido como uma técnica para melhoria contínua do
gerenciamento dos processos, o qual tem como objetivo gerar alto nível de eficiência, limpeza,
um ambiente ergonômico e em boas condições para a realização do trabalho (FALKOWSKI;
KITOWSKI, 2013).
Diante do cenário exposto e, principalmente, com o intuito de reduzir os tempos de
execução das manutenções preventivas dos seis caminhões diesel-elétrico, este trabalho levanta
o seguinte problema de pesquisa: quais os impactos da implantação do programa 5S no box
de manutenção de caminhões diesel-elétrico localizado na oficina da mina de Carajás?
1.1 Objetivos
Este item aborda sobre o objetivo geral do estudo e seus objetivos específicos.
1.2 Justificativa
Para realizar a exploração dos minerais da mina de ferro de carajás, torna-se necessária
a utilização de grandes máquinas de transporte, que possibilitem dar continuidade no processo
até ao cliente final. Esses equipamentos de grande porte, chamados de caminhões fora de
estrada, trabalham diariamente, em média, 22 horas diária, sob diferentes condições climáticas
e ambientais.
Assim, para manter esses equipamentos operando, atendendo às metas de
disponibilidade física DF e MTBF de cada frota, torna-se necessário cumprir um cronograma
de manutenções preventivas de maneira eficiente, para o efetivo cumprimento do prazo de
liberação do equipamento com qualidade e segurança.
Para atender tal demanda, a redução do tempo de execução das manutenções preventivas
da frota é de suma importância, pois impactam diretamente na produtividade das máquinas e
equipamentos. Isso, por consequência, impacta positivamente na entrega final dos produtos,
aumentando a produção e atendendo a demanda do cliente (MÁRQUEZ et al., 2009).
Dessa maneira, estudar técnicas que visem melhorar o tempo de execução das
manutenções preventivas desses equipamentos podem influenciar positivamente no transporte
do minério na mina de ferro carajás, melhorando a disponibilidade física dos equipamentos e,
consequentemente, o alcance dos resultados esperados para o transporte de cada frota.
Com isso, buscamos no 5S uma alternativa para melhorar o tempo de execução das
manutenções preventivas, aumentando o desempenho dos colaboradores dentro das suas
atividades, tendo profissionais mais focados nas atividades, sem ter que se preocupar com
processos que não agregam valor. Ribeiro (2010) descreve que o 5S objetiva a educação, o
treinamento, e busca a qualidade através da melhoria contínua das tarefas realizadas no dia a
dia.
Assim, esta pesquisa busca implementar um padrão de organização e segurança dentro
do box de manutenção preventiva de uma oficina de caminhões fora de estrada na mina de ferro
carajás, buscando estruturar um ambiente padronizado e organizado, facilitando a execução das
atividades descritas em cada manutenção preventiva.
Do ponto de vista acadêmico, essa pesquisa é relevante para o curso de Engenharia de
Produção pelo conhecimento gerado acerca da relação entre manutenção e qualidade, além de
indiretamente envolver outras áreas, tais como: engenharia organizacional e engenharia de
operações. Além disso, esta é a primeira pesquisa que aborda os impactos da implementação do
5S em uma oficina de manutenção preventiva de caminhões fora de estrada.
18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Qualidade
De acordo a ABNT NBR ISO 9000, a qualidade pode ser compreendida como o grau no
qual um conjunto de características previamente estabelecidas pelo fabricante satisfaz aos
requisitos para o qual foi estabelecido. Ou seja, um determinado produto ou serviço é de
qualidade quando atende as funções de suas características impostas pelo fabricante para
atender a um determinado cliente para o qual foi planejado. Para isso, a qualidade de bens e
serviços deve ser encarada como uma questão maior na empresa e não mais como um aspecto
apenas voltado ao setor de produção (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2012).
A qualidade, de acordo com Marshall et al. (2012), é um conceito intrínseco e
espontâneo a qualquer situação, porém, sua interpretação e adequação de técnicas e
metodologias devem ser adaptadas ao tipo de produto ou serviço que se está analisando, levando
em consideração aspectos como os processos envolvidos, os requisitos técnicos ou as
especificações estabelecidas.
2.1.1. Programa 5S
O Programa 5S é uma ferramenta da qualidade total criada no Japão nos anos 60, que
visava melhorar o ambiente das fábricas que eram muito sujas e desorganizadas, mitigando os
desperdícios processuais, diminuindo o número de acidentes e ampliando a produtividade
(VIEIRA FILHO, 2014).
Segundo Roberson (2014), em qualquer organização o Programa 5S é vital, demandando
o envolvimento de todos os colaboradores para garantir um processo robusto de qualidade total.
O principal objetivo do programa é aumentar a produtividade do trabalho através de mudanças
comportamentais, incorporando à cultura existente novos hábitos, valores e costumes (ROCHA;
GALENDE, 2014, p.100).
De acordo com Vieira Filho (2014) e Seleme e Stadler (2010), o Programa 5S busca
ampliar a eficácia dos sistemas a partir do cumprimento de cinco sensos: Utilização, Ordenação,
20
Limpeza, Saúde, Disciplina ‘Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke’, que estão descritos no
Quadro 1.
Quadro 1 – Definições 5S
No senso de utilização separamos tudo aquilo que não agrega no processo
1° S produtivo como também o que o uso é feito esporadicamente (VIEIRA FILHO,
(Seire/Utilização)
2014, p.28).
Para Vieira Filho (2014, p.29) “[...] o senso de ordenação consiste em colocar
cada coisa em seu devido lugar de modo que possa ser utilizada rapidamente e a
2° S
(Seiton/Ordenação) qualquer momento”.
Conforme Vieira Filho (2014, p. 31), “[...] o sentido é literalmente retirar a
sujeira, utilizando-se da vassoura, no programa 5S, o senso de limpeza não se
limita em retirar pó e sujeira. É importante que cada pessoa, após utilizar
3° S
(Seisoh/Limpeza) determinado material ou equipamento, preocupe-se em deixá-lo nas melhores
condições de uso.”
Conforme Reyes e Vicino (1997), após termos cumprido as três primeiras
etapas do programa 5S devemos partir para a padronização e melhoria contínua
das atividades. Neste senso é primordial o engajamento para mudança, os
4° S comportamentos deverão ser mudados através de uma transformação cultural
(Seiketsu/Saúde)
que beneficiará todas as pessoas envolvidas pois assim não haverá regressão das
etapas anteriores.
Conforme Reyes e Vicino (1997), este é o último S refere-se à manutenção de
5° S todos os quatros implantados. A autodisciplina prega a melhoria contínua, se
(Shitkesu/Disciplina)
está bom, pode ficar melhor ainda.
Fonte: Adaptado de Vieira Filho (2014) e Reyes e Vicino (1997)
O manual da Anvisa (2005, p.16) estabelece cinco etapas para o processo de implantação
do programa 5S, que estão descritos de forma resumida no Quadro 2.
2.1.2.1. Fluxograma
A Matriz de Priorização serve para avaliar o grau de importância dos problemas em uma
empresa, através de pesos e notas atribuídos a cada aspecto de avaliação: Gravidade (G),
Urgência (U) e Tendência (T). O Quadro 3 apresenta a descrição desses aspectos e as
respectivas notas.
Periard (2011) afirma que a matriz GUT “é uma ferramenta muito importante para a
gestão de problemas dentro de uma empresa, e se mostra bastante eficaz, apesar da simplicidade
no desenvolvimento e manutenção”.
Para sua aplicação, realiza-se, primeiramente, uma análise no ambiente atual da
empresa, listando os problemas que estão afetando na eficiência dos processos. Após isso,
realiza-se uma ordem de priorização a partir da combinação entre os três aspectos: Gravidade,
Urgência e Tendência (PERIARD, 2011).
23
(M2) Material Quando o material não está em conformidade com as exigências para a
realização do trabalho.
(M3) Meio ambiente Quando o problema está relacionado ao meio externo, como poluição, calor,
poeira, etc., ou mesmo, ao ambiente interno, como falta de espaço,
dimensionamento inadequado dos equipamentos, etc.
(M6) Medida Quando o efeito é causado por uma medida tomada anteriormente para
modificar processo.
Miguel (2006) relata que o diagrama de causa-efeito pode ser elaborado a partir das
informações obtidas referentes ao 6M. Através disso será possível identificar uma relação de
causa-efeito para os problemas que se busque investigar, como exemplificado na Figura 2.
2.1.2.4. 5W2H
De acordo com Mello et al. (2017), a ferramenta 5W2H é utilizado para auxiliar na
elaboração de um plano de ação, de maneira simples e muito eficaz nos resultados. Daychoum
(2007) afirma que esta ferramenta consiste em basicamente fazer perguntas no sentido de obter
as informações que servirão de apoio ao planejamento de uma forma geral.
Peinado e Graeml (2007) afirmam que a ferramenta recebeu esse nome em função de
letras iniciais de algumas perguntas em inglês, sendo elas What, Where, Who, Why, When,
How, How Much. Essas perguntas estão descritas no Quadro 5.
25
2.2. Manutenção
Os tipos de manutenção são determinados pelas políticas de manutenção, desde que sua
aplicação seja o resultado de uma definição gerencial ou política global da implantação,
orientada em dados técnico-econômicos (KARDEC; NASCIF, 2009). De acordo com a NBR
5462-1994, os tipos de manutenções existentes são três:
Para a NBR 5462, “a manutenção preventiva se define como sendo a manutenção realizada
em tempos certos, ou de acordo com critérios prescritos, visando diminuir as chances de falhas1
ou até mesmo degradação”, (ABNT, 1994).
Segundo Moro e Auras (2007), a manutenção preventiva é descrita como um conjunto de
procedimentos realizados nos equipamentos com o propósito de minimizar a ocorrência ou
incidência de falhas. É seguida por um cronograma pré-estabelecido de acordo com o processo,
em que estão todas as informações relacionadas aos procedimentos que devem ser seguidos,
além do tempo entre manutenções e as peças a serem trocadas.
Com isso, ela basicamente consiste em realizar atuações de forma a reduzir ou evitar a
falha ou queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado pela gestão de
manutenção, baseado em intervalos de tempo definidos (SELEME, 2015; KARDEC; NASCIF,
2009).
A política de manutenção preventiva é a mais aplicada atualmente, pois proporciona
maior conhecimento das ações, gerenciamento das atividades, nivelamento de recursos, entre
outros fatores. No entanto, a chance de a falha ocorrer durante a vida útil do equipamento
continua existindo, mas ela será mitigada (KARDEC; NASCIF, 2009).
Porém, as atividades relacionadas às manutenções preventivas devem ser executadas
de forma correta e sistêmica, de acordo com o plano de manutenção após atingir o tempo de
preventiva conforme orientação do fabricante e a forma de operação dos equipamentos, para
evitar possíveis falhas depois das manutenções, como, por exemplo, contaminação do sistema
de óleo, danos durante partidas e paradas, principalmente devido à falha humana, falha dos
procedimentos de manutenção ou falha de sobressalentes (KARDEC; NASCIF, 2009).
Para a NBR 5462, “a manutenção preditiva é a que permite garantir uma qualidade de
serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de
meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção
preventiva e diminuir a manutenção corretiva”, (ABNT, 1994). Ou seja, essa manutenção
permite encontrar falhas nos equipamentos no estágio inicial, que ainda não são prejudiciais ao
1
Para a NBR 5462 “falha é caracterizada pela incapacidade de um item em desempenhar uma função requerida”,
(ABNT, 1994).
28
processo de produção do equipamento, podendo planejar as ações para eliminar essa falha
(TELLES, 2018).
Com o intuito de reduzir gastos e potencializar a produção, muitas empresas investem
caro em planejamentos e cálculos estatísticos visando o acompanhando de peças e
equipamentos, para assim estudar a sua vida útil, em que as medidas tomadas de forma correta
introduzem vantagens competitivas para o sucesso que a empresa almeja. Nesse sentido, Kardec
e Nascif (2009) definem como a atuação realizada com base na modificação dos parâmetros de
desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma estrutura sistematizada de controle
informacional.
Equação 1
Pimentel et al. (2012, p. 2) definem MTBF como "o intervalo entre o fim de uma falha
funcional e o início de outra". O objetivo é aumentar o MTBF cada vez mais e como
consequência, diminuindo a quantidade de manutenções corretivas necessárias (OLIVEIRA,
2014). Este indicador é muito útil para observar o comportamento dos equipamentos, pois, se o
MTBF estiver aumentando, significa que estão diminuindo as ações corretivas e
consequentemente aumentando o tempo disponível para operação (VIANA, 2002).
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A forma de se obter esse indicador é através da divisão da soma das horas disponíveis
do equipamento para operação pelo número intervenções corretivas executadas neste
equipamento no mesmo período (VIANA, 2002), conforme apresentado Equação 2.
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS
influência de várias informações sobre o assunto, para uma maior confiança acerca do
problema. Também se enquadra como uma pesquisa explicativa, pois busca investigar como o
5S impacta no desempenho das atividades.
Com relação aos procedimentos técnicos, enquadra-se como um estudo de caso, que Gil
(2007, p. 58) conceitua como um estudo aprofundado sobre objetos que podem ser um
indivíduo, uma organização, um grupo ou um fenômeno e que pode ser aplicando nas mais
diversas áreas do conhecimento. Enquadra-se também como documental, pois foram analisados
os documentos da empresa para embasar a estruturação dos resultados.
Por fim, também se caracteriza como pesquisa ação, devido à participação ativa de seu
autor no seu desenvolvimento, aplicação e análise dos resultados após aplicação da metodologia
5S. A pesquisa-ação caracteriza-se por ser um tipo de pesquisa com base empírica, sendo
concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e na qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema
estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1997).
O foco desta pesquisa foi realizar uma análise dos processos de manutenção preventiva
de caminhões fora de estrada, a fim de identificar gargalos e pontos de melhorias, tal como
implementar soluções viáveis e de baixo custo que contemplem o programa 5S. Para isso, o
estudo foi subdividido em três etapas principais: (i) mapeamento dos processos de manutenção
preventiva e identificação das problemáticas; (ii) implementação do 5S, e; (iii) análise dos
resultados obtidos.
A Figura 3 apresenta o fluxograma da pesquisa com os passos que nortearam os aspectos
metodológicos.
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A empresa escolhida nesta pesquisa apresenta uma filial localizada na região sudeste do
Pará para atendimento de todo complexo de minas nas proximidades de Parauapebas-PA e
Canãa dos Carajás-PA. Apresenta um modelo de negócios que abrange vendas, revendas e
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A aplicação de forma parcial do Programa 5S teve como intuito deixar o ambiente mais
harmônico para realização das atividades preventivas, onde, para isso, foram apresentados
detalhadamente todos os passos a serem realizados pelos colaboradores, o que possibilitou a
integração da equipe e a conscientização acerca da importância do programa.
A implantação do programa 5S iniciou-se através de treinamentos, que duraram duas
semanas e tiveram como objetivo capacitar todas as equipes disponíveis na oficina. Nesses
treinamentos, as equipes foram capacitadas sobre os cinco sensos (1ª Utilização, 2ª Ordenação,
3ª Limpeza, 4ª Saúde, 5ª Disciplina), os benefícios que eles poderiam trazer e de que maneira
eles poderiam ser aplicados no box de manutenção que eles trabalham.
Portanto, o intuito desses treinamentos foi: (i) despertar na equipe a autodisciplina; (ii)
fortalecer a consciência sobre a organização no ambiente de trabalho; (iii) as responsabilidades
de cada colaborador no ambiente de trabalho, e; (iv) como cada membro da equipe poderia
trabalhar os sensos.
Após a capacitação, com auxílio dos supervisores de manutenção, realizou a divisão da
função de cada funcionário para auxiliar no processo de implantação. Após a divisão, foram
coletados os dados após a implementação parcial do programa 5s.
Na última etapa dos procedimentos metodológicos, que se refere à análise dos resultados
obtidos, foi realizado o comparativo entre o antes e depois da implementação parcial do
programa 5S. Para essa comparação foi realizada a análise do tempo médio de execução, o
tempo médio na busca de ferramentas e o quanto esse tempo impactava na disponibilidade física
da frota. Após isso, foram extraídas as conclusões dos impactos da aplicação parcial do
programa 5S.
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4. RESULTADOS
A apresentação dos resultados foi subdividida em quatro tópicos, sendo: (i) descrição e
análise dos processos; (ii) problemáticas processuais identificadas; (iii) implementação do
programa 5S, e; (iv) impactos da implementação do programa 5S.
A análise dos processos permitiu identificar alguns problemas. O primeiro deles foi no
layout do box da oficina, onde identificou-se que não havia continuidade no fluxo do processo
produtivo, pois algumas ferramentas auxiliares, como, por exemplo, escadas e carrinhos de
óleo, ficavam distantes do box de manutenção.
As escadas, além de ficarem à uma distância de aproximadamente 20 metros,
precisavam de duas pessoas para locomoção. Com relação aos carrinhos, eles se encontravam
a uma distância aproximada de 8 metros, na maioria das vezes já se encontravam cheios de óleo,
sendo necessário o processo de drenagem. A Figura 8 mostra a localização atual das escadas,
enquanto a Figura 9 os carrinhos de óleo no processo de drenagem.
37
simplesmente, não encontravam a ferramenta manual necessária para sua atividade. A Figura
10 exemplifica o problema identificado.
2
Desvios referem-se à todas as situações que podem acarretar alguma perda operacional no processo de
manutenção.
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Onde:
HC = TOTAL DE DIAS AO MÊS x TOTAL DE HORAS AO DIA
HO = 30 dias x 24 horas= 720
HM= 20,2
IMPACTO MENSAL= 100% - 97,27% = 2,73%
Para encontrar o impacto aproximado mensal na DF que esses desvios causam, subtraiu-
se 100% pelo DF encontrado, resultando no valor de 2,73% (100% - 97,27%). Portanto,
observa-se que essas atividades tiveram um impacto aproximado de 2,73% na meta de
disponibilidade física mensal dessa frota de equipamentos.
Com isso, os desvios encontrados em decorrência de falta de organização na manutenção
impactam quantitativamente no nível de eficácia do manejo do minério, pois, como a
disponibilidade física diminui, pode existir uma redução nos níveis produtivos que são
transportados.
A partir dos problemas identificados, a matriz de priorização foi utilizada para conhecer
qual deles tinha maior impacto no processo. Na Tabela 2, após reuniões com os técnicos e
supervisores, foi atribuída a pontuação para os problemas de acordo com a Gravidade (G),
Urgência (U) e Tendência (T).
Devido ao alto estresse dos técnicos em decorrência dos deslocamentos dentro da oficina
para buscar ou encontrar as escadas, além da dificuldade para movimentar as mesmas, foi de
entendimento de todos que o problema com as escadas, no cenário atual, era o que precisava
ser priorizado, pois além de atrasar a realização das atividades, acabava levando os
colaboradores ao desgaste extremo dentro de suas atividades diárias.
bastante espaço para elaborar um local adequado para armazenamento das escadas, ou seccioná-
las dentro de cada box de manutenção, o que não é feito atualmente.
No que cerne o método (4M), as causas identificadas foram: Não existir plano de
reparação ou manutenção das escadas e Utilização das escadas como apoio de peças pesadas ou
para armazenar ferramentas. Mesmo sendo muito utilizadas e apresentando um custo elevado
para a fabricação, as escadas não apresentavam um planejamento de manutenção nem se quer
simples, com inspeções e manutenções antes da sua quebra total.
Além disso, muitos colaboradores acabam utilizando de improvisos e mal utilização de
algumas ferramentas, como as escadas. O seu uso inadequado acaba danificando a ferramenta
de trabalho do próprio usuário. Logo, apesar das escadas terem como função básica
proporcionar a realização de um trabalho numa região elevada, em virtude da má utilização,
elas nem sempre cumprem esse papel.
Com relação à máquina (5M), foi definida a seguinte causa: Peças das escadas soltando
devido falha no processo de soldagem. Quando reparados os defeitos, as escadas voltavam a ser
utilizadas na oficina. Entretanto, normalmente, encontra-se escadas com defeitos de reparos no
processo de soldagem, o que pode resultar em acidentes de trabalho, problemas com materiais
e atraso das manutenções. Isso impacta negativamente na qualidade delas, podendo resultar
inclusive no descarte e inutilização, quando o reparo não pode ser refeito.
44
A partir das causas dos problemas descritas anteriormente, foi elaborado um plano de
ação utilizando a ferramenta 5W1H. Com isso, foram desenvolvidas algumas ações para mitigar
os problemas. Entre elas, cita-se o treinamento de toda equipe para o manuseio correto das
escadas, como elas devem ser utilizadas, e como relatar caso alguma escada vier a danificar.
Nessa ação, aplicou-se o quinto senso do programa 5S, o senso de disciplina, que visa a
autodisciplina dos colaboradores.
Outro ponto levantado no plano de ação foi a localização das escadas que ficam em
locais inapropriados e não padronizados. Com o auxílio do programa 5S, foi aplicado o senso
da ordenação, que fala que cada coisa deve que ficar em seu devido lugar, o que permitiu a
padronização dos locais corretos para alocação das escadas. O Quadro 6 apresenta essas ações
propostas, que foram alicerçadas no Programa 5S.
46
Utilização das
Degradação das Falta de Não existir plano
Falha na escadas como Peças das escadas
escadas dimensionamento de
Utilização inadequada comunicação de Escadas fabricadas apoio de peças soltando devido
Problema devido exposição de espaço adequado reparação ou
das escadas escadas com material frágil pesadas. Ou falha no processo de
ao sol e para as manutenção
danificadas para armazenar soldagem
chuvas escadas. das escadas.
ferramentas
Treinar os Treinamento
Realizar Construção de um Posicionar as
colaboradores sobre o uso Verificar as
Treinamento para os treinamento sobre Destinar escadas local coberto para escadas necessárias
sobre a correto para qual dificuldades no
colaboradores sobre a importância do para uso em melhor adequação nas preventivas no
importância de a escada foi processo de
What? uso correto das relato e deixar atividades leve. das escadas. Ou box de manutenção
realizar planejada, soldagem, e realizar
(O quê?) escadas. Realizar claro que o Treinar os modificar layout e padronizar seu
inspeções realizar inspeções no ato do
treinamento sobre os objetivo é a colaboradores sobre do box para local. Conforme
diárias. Solicitar inspeções na área recebimento das
sensos do programa 5s. correção e não seu uso específico. acomodar as auxílio do programa
plano de reparo para melhor escadas.
punição. escadas. 5s.
das escadas. orientar.
foi decidido junto aos supervisores de manutenções que as ferramentas auxiliares seriam
alocadas no box de manutenção antes do equipamento chegar para preventiva, o que adiantaria
a localização das ferramentas, manuseio e drenagem de coletores de óleo.
Com isso, foi proposta a demarcação do box com recursos já dispostos na oficina. O
resultado dessa medida está expresso na Figura 14, que ilustra as melhorias aplicadas nas
demarcações do box e padronização de localização das ferramentas auxiliares. Essa demarcação
foi para a alocação dos carrinhos de preventivas e de ferramentas manuais dos técnicos.
Com a aplicação das melhorias propostas nesse trabalho, tornou-se possível os desvios
nas execuções das atividades na preventiva. Por exemplo, ao trazer os carrinhos de drenagem
de óleo para dentro do box, conforme ilustra a Figura 15, foi possível otimizar o tempo de
procura de ferramentas manuais e de preventivas, pois os carrinhos de ferramentas necessárias
ficaram dispostos no box.
49
A localização das escadas, que era um dos aspectos de extrema importância, foi
reorganizada, de modo que elas fossem posicionadas também dentro do box de preventiva. Com
isso, foi reduzido em aproximadamente em 18 metros a distância do box para as escadas, onde
elas ficaram dispostas aproximadamente dois metros ao lado do caminhão, conforme mostra a
Figura 16.
Para Silva (2019), o cenário atual trouxe uma competitividade muito igual entre as
organizações, diante disto as empresas tiveram que avaliar suas estratégias para que sua posição
no mercado não caísse, mas apenas ter uma equipe comprometida e capacitada não basta, torna-
se necessário trabalhar em busca da melhoria contínua. Assim, as práticas adotadas para
otimização do box caminham nessa busca contínua pela otimização organizacional e
operacional.
Por fim, o Quadro 7 sintetiza as práticas adotadas com relação aos cinco sensos do
Programa 5S.
51
2,17
6 Drenar óleo do tanque Coletor de óleo de 1000 litros
0,92 0,02
hidráulico.
Com esses tempos, torna-se possível comparar antes e depois da implementação. Por
exemplo, antes da implementação do programa, o tempo total para execução das atividades foi
de 12 horas, enquanto o tempo médio em busca de ferramentas foi de 5,05 horas. Com a
implementação do programa, o tempo total na busca de ferramentas reduziu em 4,67 horas, o
que fez com que o tempo de execução das atividades caísse para 7,33 horas. Portanto, com a
implementação do 5S foi possível reduzir o tempo para execução das atividades preventivas em
aproximadamente 61,08%.
Ao observar os dados das principais atividades impactadas (atividades 1, 4 e 6) por esses
desvios, que eram responsáveis por mais de 50% do tempo execução nessas atividades, notou-
se uma queda após a implementação do programa. Para a atividade 1, por exemplo, o impacto
dos desvios foi reduzido de 51,16% (1,1 horas) para 12,5% (0,15 horas). Na atividade 4, esse
índice foi reduzido de 74,07% (1 hora) para 12,5% (0,05 horas), enquanto na atividade 6 saiu
de 57,14% (1,2 hora) para 2,17% (0,02 horas). Com isso, essas atividades tiveram grande
redução no seu tempo de execução. Dados levantados através de uma amostra e confirmação
dos tempos das atividades através de reuniões com os técnicos. A Figura 18 ilustra a
comparação entre antes e depois da implementação do programa.
Figura 18 – Impacto no tempo das atividades antes X o impacto depois da implantação do programa 5s
Onde:
HC = TOTAL DE DIAS AO MÊS x TOTAL DE HORAS AO DIA
HC = 30 dias x 24 horas= 720
HM= 1,52 horas
Para encontrar o impacto aproximado mensal na DF que esses desvios causam, subtraiu-
se 100% pelo DF encontrado, resultando no valor de 0,21% (100% - 99,79%). Portanto,
observa-se que essas atividades tiveram um impacto aproximado de 0,21%, na meta de
disponibilidade física mensal dessa frota de equipamentos após a implementação do Programa
5S.
A partir desses resultados, observou-se que após a implementação do 5S, o impacto
mensal na DF caiu de 2,73% para 0,21%. Ou seja, existiu uma redução no impacto mensal de
92,30%. Com isso, a aplicação das melhorias propostas pelo programa ajudará a frota a alcançar
as metas de DF, pois terá um ganho substancial de aproximadamente 2,52% de disponibilidade
física mensal da frota dos seis equipamentos, ajudando a empresa a atender os requisitos do
contrato proposto ao seu cliente.
Esses resultados evidenciam os impactos dos positivos do 5S, pois, mesmo com sua
implantação de forma parcial, as melhorias ficaram evidentes. Ressalta-se ainda que as
otimizações abrangeram o tempo de execução das atividades, a organização do box de
manutenção e o aumento da satisfação dos técnicos em realizar as atividades, que antes geravam
um grande desgaste físico e mental. Assim, os resultados desta pesquisa se alinham às
constatações de Alencar (2012) e Silva (2015), que evidenciaram os impactos positivos do 5S
em diversas empresas.
Considerando-se os benefícios citados anteriormente, a prática e implantação do 5S
apresenta-se essencial, pois o sistema de gestão da qualidade cria uma cultura de melhorias
contínuas. Utilizado de forma adequada, o programa poderá trazer inúmeros benefícios, entre
eles a organização, mobilização, e a transformação das pessoas envolvidas, o que facilitará o
ciclo das ideias até a posterior efetivação (ALENCAR, 2012; SILVA, 2015).
55
5. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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