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UNIVERSIDADE FEEVALE

VERIDIANA KAYSER

ABORDAGEM QUIROPRÁTICA NA DOR DO OMBRO EM PRATICANTES DE


CROSSFIT

Novo Hamburgo
2018
1
VERIDIANA KAYSER

ABORDAGEM QUIROPRÁTICA NA DOR DO OMBRO EM PRATICANTES DE


CROSSFIT

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do grau de Bacharel em Quiropraxia
pela Universidade Feevale

Orientador (a): Prof.º Esp. Marcelo Machado de Oliveira

Novo Hamburgo
2018
2

VERIDIANA KAYSER

Trabalho de Conclusão do Curso de Quiropraxia com título Abordagem quiroprática


na dor no ombro em praticantes de CrossFit, submetido ao corpo docente da
Universidade Feevale, como requisito necessário para obtenção do Grau de Bacharel
em Quiropraxia.

Aprovado por:

____________________________________
Prof.º Esp. Marcelo Machado de Oliveira

____________________________________
Prof. Me. Tiago Augusto Zago (Banca Examinadora)

____________________________________
Prof. Me. Fábio Stieven (Banca Examinadora)

Novo Hamburgo, novembro de 2018.


3
AGRADECIMENTOS

A Deus;
A meus pais pela vida e educação;
Ao meu esposo Marcelo por todo apoio e paciência;
À minha princesa Alícia que nasceu no meio da trajetória;
Aos professores deste lindo curso chamado quiropraxia.
4

Ama-se mais o que se conquista com esforço.


Benjamin Disraeli
5
RESUMO

CrossFit, é um programa de treinamento de força e condicionamento físico, e


tem como principal característica a realização de sessões de treinamento em alta
intensidade, com uma ampla variedade de exercícios funcionais e que é capaz de
trabalhar várias capacidades físicas, está crescendo a cada dia com o surgimento de
novas boxes e novos praticantes. Dessa forma, faz-se necessário maior conhecimento
sobre as lesões que este pode ocasionar, bem como se tratamento, uma vez que
estudos comprovam que a dor no ombro é considerada a primeira condição
musculoesquelética mais comumente encontrada em praticantes de CrossFit. O
objetivo do estudo foi verificar a eficácia de abordagens quiropráticas na redução da
dor do ombro em praticantes de CrossFit da cidade de Novo Hamburgo - RS. A
amostra foi composta por 18 participantes de ambos os sexos com idade entre 23 a
40 anos, sendo a dor no ombro o quesito para inclusão na pesquisa. Todos
participantes foram submetidos a quatro intervenções quiropráticas durante quatro
sessões sendo uma sessão por semana. Antes da intervenção todos atribuíram uma
nota para a dor, observando a Escala de Borg e o mesmo fizeram após a última
sessão. A intervenção consistia em ajuste diversificado de ombro, utilizando drope,
liberação miofascial utilizando instrumento e aplicação de kinesioTaping para
estabilização. Ao término das avaliações, analisou-se os dados, sendo que a nota
média atribuída para dor pré-intervenção foi de 6,17 (desvio padrão=1,20) e pós-
intervenção tivemos a nota 1,17 (desvio padrão=1,50), nos trazendo uma estatística
significativa após realização do teste T de Student (p=0,01), sendo o tratamento
quiroprático considerado eficaz para a dor no ombro desta população.

Palavras-chave: Quiropraxia desportiva. CrossFit. Dor no ombro.


6
ABSTRACT

CrossFit, which is a strength training program and physical conditioning and


has as main characteristic the achievement of training sessions in high intensity, with
a wide range of functional exercises and that is capable of working several physical
capacities, is growing every day with the advent of new boxes and new practitioners.
Therefore, it is necessary greater knowledge about the injuries that this can cause, as
well as treatment, since studies prove that shoulder pain is considered the first
musculoskeletal condition most commonly found in CrossFit practitioners. The aim of
the study was to check the effectiveness of chiropractic approaches in reducing
shoulder pain in CrossFit practitioners from Novo Hamburgo – RS. The sample was
composed by 18 participants of both sexes between the ages of 23 and 40, being the
shoulder pain the aspect for inclusion in the study. All participants were submitted to
four chiropractic interventions during four sessions with one session per week. Before
the intervention the participants assigned a number for the pain observing Borg Scale,
after the last session the process was repeated. The intervention consisted in the
diverse shoulder adjustment using drop, myofascial release using devices and
application of KinesioTaping for stabilization. At the end of the evaluations, the data
were analyzed and the average score assigned for pre-intervention pain was of
6,17(standard deviation= 1,20) and post-intervention was a score of 1,17 (standard
deviation= 1,50), bringing us a meaningful statistics after accomplishment from T test
of Student (p=0,01), with chiropractic treatment being considered effective for shoulder
pain.

Keywords: Sports Chiropractic. CrossFit. Shoulder Pain.


7
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Perfil da amostra quanto ao sexo...............................................................20


Gráfico 2- Tempo de prática de CrossFit....................................................................21
Gráfico 3- Tempo de Dor na articulação do ombro....................................................22
Gráfico 4- Comparação de dor Pré e Pós intervenções............................................23
Gráfico 5- Comparação individual de dor Pré e Pós intervenções..............................26
8
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 09

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 11


2.1 CrossFit........................................................................................................ 11
2.2 Dor no ombro................................................................................................ 11
2.3 Quiropraxia Desportiva ................................................................................ 12
2.4 Kinesio Taping.............................................................................................. 13
2.5 Mobilização de tecidos moles assistido por instrumento (IASTM)............... 14

3 MÉTODO......................................................................................................... 16
3.1 Delineamento do Estudo.............................................................................. 16
3.2 População e Amostra................................................................................... 16
3.3 Aspectos Éticos............................................................................................ 17
3.4 Coleta de Dados........................................................................................... 17
3.5 Análise de Dados.......................................................................................... 19

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS................................................... 20


4.1 Perfil da Amostra........................................................................................... 20
4.2 Discussão dos Dados.................................................................................... 23
4.3 Resultados.................................................................................................... 25

5 CONCLUSÃO.................................................................................................. 28

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 29

APÊNDICES....................................................................................................... 33
Apêndice A- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ................... 34
Apêndice B- Ficha de Coleta de Dados 1........................................................... 36
Apêndice C- Ficha de Coleta de Dados 2........................................................... 37

ANEXOS............................................................................................................. 38
Anexo A- Escala de Borg.................................................................................... 39
9
1 INTRODUÇÃO

O CrossFit, modalidade que está atraindo muitos adeptos nos últimos anos no
Brasil, vem crescendo e despertando o interesse por ser uma atividade de alta
intensidade, com movimentos funcionais e de variações constantes. As aulas têm
duração de cerca de uma hora e são divididas em três etapas: aquecimento e
alongamento dinâmico; técnica, e o WOD (Workoutof The Day), que consiste na
execução dos exercícios aprendidos na etapa anterior de forma intensa, no menor
tempo possível ou na maior quantidade de séries em um determinado tempo (PAINE,
UPTGRAFT e WYLIE, 2010).
Os exercícios abordam três aspectos principais: sustentar altas cargas,
percorrer grandes distâncias e executar movimentos em alta velocidade e
pode ser praticado por qualquer tipo de pessoa, independente de idade ou nível físico,
gerando assim uma maior otimização das capacidades físicas (GLASSMAN, 2007).
A modalidade foi planejada com o objetivo de aperfeiçoar todas as capacidades
físicas de um indivíduo: condicionamento cardiovascular e respiratório, força,
resistência, flexibilidade, agilidade, potência, velocidade, agilidade, coordenação,
equilíbrio e precisão. Segundo seu criador Greg Glassman, o CrossFit é supostamente
superior a outras modalidades, pelo fato de se treinar diversas capacidades físicas de
maneira concomitante (GLASSMAN, 2002).
Os treinamentos abrangem uma grande variedade de exercícios, como
movimentos cíclicos (corrida, remo, corda), levantamento de peso olímpico, e
movimentos ginásticos (saltos, subida de corda, elevação corporal na barra, flexões
de braços e ginástica de argolas) (HAK, HODZOVIC e HICKEY, 2013). Por ser um
treino rápido que envolve potência e força, desperta no praticante a motivação de
superar limites. No entanto, pelo uso de carga elevada, movimentos que requerem
bom domínio corporal e repetições que utilizam a elevação da carga a níveis acima
da cabeça, sempre há o risco de lesões, sejam estas pelo erro de execução, pela
fraqueza muscular, pela falta de domínio da técnica, descuido, falta de orientação ou
por instabilidade articular.
Segundo pesquisas, a taxa de lesões no CrossFit é de aproximadamente 20%
entre os praticantes, sendo que o ombro é mais comumente lesionado, seguido da
10
região lombar e articulação do joelho (WEISSENTHAL, BECK, MALONEY,
DEHAVEN, E GIORDANO, 2010). Deter-se-á especificamente a articulação do ombro,
que é formada por uma complexa estrutura, a mais móvel do corpo humano, sendo
esse um dos fatores que a tornam instável, sendo assim, uma região que pode,
comumente, ser fonte de dor durante a prática de CrossFit, uma vez que é uma
estrutura bastante utilizada durante os exercícios. Desta forma, a pesquisa torna-se
necessária para avaliar se a intervenção com diferentes técnicas quiropráticas
reduzirá a dor na região do ombro.
11
2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CROSSFIT

O CrossFit pode ser definido como um programa de condicionamento físico que


inclui movimentos funcionais, de alta intensidade e de variações constantes
(GLASSMAN, 2007). A prescrição dos exercícios aborda três aspectos principais:
sustentar altas cargas, percorrer grandes distâncias e executar movimentos em alta
velocidade. Glassman (2010), afirma que a modalidade foi planejada com o objetivo
de aperfeiçoar todas as capacidades físicas de um indivíduo: condicionamento
cardiovascular e respiratório, força, resistência, flexibilidade, agilidade, potência,
velocidade, agilidade, coordenação, equilíbrio e precisão.
No ano de 2000, o ex-ginasta Greg Glassman, que não satisfeito com a rotina
de exercícios propostos pelas academias tradicionais, percebeu que utilizando
halteres e uma barra, poderia desenvolver melhor a força em relação a atletas que só
usavam o peso do corpo para se exercitar. Visando que o homem necessita de
movimento e que as posições sentar, jogar, levantar, empurrar, puxar, escalar, correr
e, claro, socar são todas muito naturais, foram combinados em treinos de alta
intensidade que são realizados em repetição rápida e sucessiva, com tempo de
recuperação limitado ou nulo (WEISENTHAL et Al, 2014), sendo assim criado o
CrossFit.
É caracterizada por exercícios que usam uma ampla variedade de exercícios,
desde corrida e remo até levantamento olímpico, levantamento de força
(agachamento, levantamento terra, pressionar / empurrar, supino) e movimentos de
ginástica (pull-ups, toes-to-bar, joelhos-a-cotovelos, lunges, muscle-ups, burpees, sit-
ups, push ups, subidas de corda, push-ups de pino, pistols) (WEISENTHAL et Al,
2014). Ele foi adotado tanto em populações militares quanto civis, com relatos
generalizados de ganhos de maior aptidão física.

2.2 DOR NO OMBRO


12
A dor no ombro é considerada a primeira condição musculoesquelética mais
comumente encontrada em praticantes de CrossFit (44,2%), seguida de dor na coluna
(40,3%) e joelho (35,1%), (XAVIER e LOPES, 2017).
A articulação do ombro pode ser considerada bastante complexa e a mais
móvel de todo o corpo humano, no entanto, é considerada pouco estável devido sua
anatomia articular. A grande mobilidade e pouca instabilidade podem ser atribuídas à
frouxidão capsular associada ao formato arredondado e grande da cabeça umeral e
rasa superfície da fossa glenoide (SANTOS et al, 1995). Desta forma, Hamill e
Knutzen (2008) afirmam que uma variedade de lesões pode ocorrer no ombro de duas
maneiras: por traumatismo, quando ocorre contato direto com um objeto externo
como, solo ou indivíduo; ou lesão que ocorre por ações repetidas que criam locais
inflamatórios dentro e em torno das articulações ou inserções musculares.
O precário equilíbrio entre o movimento, estabilidade, sobrecarga e impacto,
leva a um grande número de lesões no ombro. Outro fator que predispõe as lesões
no complexo do ombro é a diminuição da flexibilidade, gerando uma diminuição da
amplitude de movimento, que poderá causar tanto lesões articulares quanto
musculares (SILVA, 2008). Fidelis et al. (2013), ressalta que essa diminuição da
flexibilidade na articulação do ombro não apenas reduz a quantidade e natureza do
movimento realizado por esta articulação, como aumenta a probabilidade de lesão
articular ou muscular
As subluxações do ombro podem variar na sua expressão desde uma vaga
sensação de disfunção do ombro (instabilidade não traumática) até disfunção do
ombro devido à micro trauma repetitivo (instabilidade funcional). A redução da
subluxação normalmente gera alívio imediato da dor, embora uma dor crônica possa
permanecer (ZACHAZEWSKI; MAGEE; QUILLEN, 1996). Desta forma, eliminar as
subluxações e reestabelecer a função do ombro, trarão alívio e bem-estar para a
pratica de exercícios e realização das atividades do dia-a-dia.

2.3 QUIROPRAXIA DESPORTIVA

A quiropraxia na área desportiva atua no tratamento de lesões


musculoesqueléticas, que é um componente primário do tratamento quiroprático.
Desde sua criação, a profissão quiropraxia tem desempenhado um papel valioso com
13
atletas de esportes recreativos à concorrência internacional. Gregory (2010), afirma
que por mais de meio século, a comunidade de quiropraxistas esportivos tem se aliado
firmemente às organizações desportivas gerando uma parceria valiosa na prestação
de cuidados de saúde.
Não difere muito da prática quiroprática em geral, embora sejam enfatizadas
técnicas de tecidos moles e ajustes de extremidades, pois estes são os locais em que
mais frequentemente ocorrem as lesões esportivas (REDWOOD; CLEVELAND;
MICOZZI, 2003). As extremidades superiores e inferiores são priorizadas, tendo em
vista que a amplitude de movimento das articulações pode representar a diferença
entre o sucesso e o fracasso para o atleta (CHAPMANSMITH, 2001). Incluem-se nos
procedimentos quiropráticos os testes ortopédicos e neurológicos, além das
avaliações tradicionais com análise estrutural, palpação estática, dinâmica e analise
da amplitude de movimento. O quiropraxista desportivo também está apto a
reconhecer suas limitações, contraindicações e participar ativamente na cooperação
e comunicação Inter profissional (POLLARD et al., 2007).
Desta forma, o objetivo geral do ajuste quiroprático é restaurar o movimento
fazendo com que o corpo atinja maior grau de controle e coordenação motora para
permitir uma atuação com o mais alto nível de sua capacidade. Disfunção e dano aos
tecidos e processos associados com a lesão devem ser entendidos e visados. O
cuidado com o atleta lesionado deve contar com o tratamento da lesão de forma direta,
melhora da habilidade geral para retornar à função e desempenho e o tratamento de
qualquer causa de lesão subjacente (HYDE; GENGENBACH, 2007).

2.4 KINESIO TAPING

Kinesio Taping (KT) é uma técnica terapêutica que utiliza uma bandagem
elástica, com textura e elasticidade muito próximas da pele humana viva, desenvolvida
pelo Dr. Kenzo Kase (Quiropraxista) nos anos 70. Foi elaborada com a intenção de
aliviar a dor (Liu et al, 2007) e melhorar a cicatrização em tecidos moles, ao mesmo
tempo em que permite suporte e estabilidade aos músculos e articulações sem
restringir a amplitude de movimento do corpo, ajudando-os assim, a encontrar sua
homeostase (Kahanov 2007).
14
Segundo Kase; Tatsuyuki e Tomoko (1996), esta técnica tem como objetivo
atingir quatro efeitos: normalizar a função muscular, aumentar o fluxo linfático e
vascular, para diminuir a dor e auxiliar na correção de possíveis movimentos
articulares. KT é frequentemente aplicada nos quadros de patologias do sistema
musculoesquelético, especialmente no campo das lesões esportivas (YASUKAWA;
PATEL; SISUNG, 2006; ZAJT-KWIATKOWSKA et al., 2007).
O KinesioTaping (KT) pode ser utilizado como proposta terapêutica na
prevenção, ou atuar diretamente nos sintomas de lesões esportivas e naquelas que
acometem o ombro. Ocasiona alívio da dor, uma vez que estimula as vias sensoriais
do sistema nervoso central aumentando o feedback aferente e reduzindo a pressão
direta nos nociceptores subcutâneos (WILLIAMS et al., 2012). Assim a melhora da dor
estaria relacionada aos efeitos sobre os nociceptores, sendo resultante do adequado
posicionamento e consequente estabilidade proporcionada pelo KT.

2.5 MOBILIZAÇÃO DE TECIDOS MOLE ASSISTIDO POR INSTRUMENTO (IASTM)

Em geral, lesões podem ser causadas por diversos motivos. Na área


desportiva, as principais causas estão relacionadas com a utilização dos tecidos,
variando desde uso excessivo até trauma ou impacto. A Mobilização de Tecido Mole
Assistido por Instrumento (IASTM) é uma forma de terapia manual envolvendo
instrumentos com várias formas e materiais para localizar e tratar vários distúrbios dos
tecidos moles (CHEATHAM SW, LEE M, CAIN M, et al., 2016). Os instrumentos
geralmente são de aço inoxidável, desenvolvidos com ângulos que possam atingir de
maneira mais profunda e eficaz os tecidos.
Conforme Howitt S, Jung S e Hammonds N (2009), acredita-se que o
tratamento da IASTM estimula a remodelação do tecido conjuntivo através da
reabsorção de fibrose excessiva, juntamente com a indução do reparo e regeneração
do colágeno secundário ao recrutamento de fibroblastos. Como resultado há a
libertação e degradação do tecido cicatricial, aderências e restrições fasciais. Em
estudos de laboratório utilizando ratos, o uso de instrumentos resultou em aumento
da proliferação de fibroblastos e reparo de colágeno (síntese, alinhamento e
maturação) em casos de tendinite induzida por enzimas (GEHLSEN et al, 1997).
15
Embora haja poucos estudos e não haja confirmação de ensaios em humanos, os
dados fornecem apoio inicial para a remodelação do tecido conjuntivo estimulante na
IASTM (CHEATHAN, LEE e CAIN, 2016). Dessa forma, pode-se observar que
mobilização de tecido mole assistido por instrumento quando combinado com a
técnica quiroprática apropriada, pode apresentar, no paciente, melhora na função e
movimento muscular.
16
3 MÉTODO

3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

O estudo trata de uma pesquisa pré-experimental, que busca estabelecer uma


relação de causa e efeito, tendo como base verificar se uma variável independente
após ter sido manipulada pelo pesquisador, exercerá efeito sobre uma variável
dependente (THOMAS; NELSON, 2002). O presente estudo é de cunho quantitativo,
que, segundo Prodanov e Freitas (2009), traduz os resultados em números, para que
possam ser classificados e analisados, e objetivou avaliar o limiar de dor no ombro
em indivíduos praticantes da modalidade CrossFit, pré e pós intervenções
quiropráticas distintas, mobilização de tecido mole assistido por instrumento e
aplicação de bandagem elástica.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Todas as avaliações e intervenções terapêuticas descritas neste estudo foram


realizadas em praticantes de duas boxes (academias) de CrossFit da cidade de Novo
Hamburgo, identificada por: CrossFit Novo Hamburgo e Rezpir CrossFit.
A amostra foi composta por 18 participantes de ambos os sexos com idade
entre 23 a 40 anos que relataram dor no ombro devido aos treinos. Durante o período
de intervenção, foi recomendado aos participantes que mantivessem a rotina habitual
de treinamento.
Foi estabelecido como critério de inclusão na amostra pessoas com a faixa
etária de 18 a 65 anos, de ambos os sexos, com frequência semanal mínima de 3
vezes, e que demonstrassem ser capazes de ler e escrever em português, e
compreender e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A)
em duas vias.
Não serão inclusos na pesquisa os indivíduos que apresentaram qualquer
contraindicação clínica ao tratamento quiroprático no ombro (mobilização de tecido
mole assistido por instrumento ou intervenção manipulativa) assim como indivíduos
com menos de três meses de treinamento, frequência semanal inferior a três vezes e
17
que não compreendem a escrita e a fala da língua portuguesa e não concordem em
assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

3.3 ASPECTOS ÉTICOS

Em cumprimento à Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que


direciona as normas bioéticas em estudos envolvendo seres humanos, apresentando
aos participantes o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE
A), com conteúdo explicativo. Todos os participantes da pesquisa assinaram o TCLE,
antes do início da coleta de dados, confirmando sua concordância. A qualquer
momento da pesquisa, os participantes terão liberdade e autonomia para desistir da
mesma. Todos os participantes serão informados e estarão cientes que seus dados
poderão ser utilizados a qualquer momento em forma estatística ou de pesquisa.
Estarão armazenadas todas as informações e resultados coletados com o
pesquisador e após cinco anos do término da pesquisa, os mesmos serão incinerados.

3.4 COLETA DE DADOS

O presente projeto foi apreciado por uma banca examinadora do curso de


quiropraxia da Universidade FEEVALE. Após a aprovação, entrou-se em contato com
os atletas da CrossFit Novo Hamburgo e Rezpir CrossFit e expôs-se os objetivos do
presente estudo a fim de convidar os mesmos a participar da pesquisa. Dentre os
atletas, de ambos os sexos, que aceitaram participar da pesquisa foram selecionados
aqueles que se encaixaram nos critérios de inclusão deste projeto.
Os indivíduos convidados a participar do estudo, receberam as explicações
referentes ao funcionamento do mesmo, e o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (APÊNDICE A) para lê-lo, e concordando em participar assinaram-no em
duas vias, uma permanecendo com o voluntário e a outra com a acadêmica
pesquisadora.
Foram coletados dados, através de um questionário, (APÊNDICE B) a fim de
identificar possíveis contraindicações aos procedimentos manipulativos que foram
realizados neste estudo. Este instrumento contou com dados quanto a frequência
18
semanal, tempo de prática de CrossFit, tempo de recorrência da dor, tratamentos
realizados para a dor na articulação do ombro até o presente momento da pesquisa.
Posteriormente, foi aplicado o questionário contendo o instrumento Escala de
Borg, que mensurou a intensidade da dor na articulação do ombro ( APÊNDICE C). A
escala de Borg consiste em uma escala graduada de 0 a 10, sendo zero “nenhuma
dor” e dez a “dor máxima”, em que o paciente escolhe o número que melhor
representa sua dor na articulação do ombro. Esta escala é utilizada quando o objetivo
é acompanhar alterações da intensidade da dor num mesmo indivíduo ou as respostas
de uma mesma pessoa pré e pós-tratamento. Cook et al. (1997) consideraram a
Escala de Borg válida e fidedigna na avaliação da intensidade da dor e nos valores
extremos da dor durante o exercício físico. Sousa e Silva (2005), consideram ainda
que é uma escala compreensível para a grande parte das pessoas, além de poder ser
aplicada a maioria dos pacientes em diferentes situações.
Os procedimentos quiropráticos, foram iniciados com palpação estática e dinâmica a
fim de perceber se há alteração mecânica e pontos de tensão muscular. Em seguida,
aplicou-se o ajuste de extremidade (ombro) com uso de drop portátil, liberação
miosfascial com instrumentos e aplicação de bandagem elástica (Fig1), com tensão
de 50% da fita, buscando a estabilização do ombro. Esses atendimentos foram
realizados em quatro oportunidades, nas próprias boxes de CrossFit e foram
acompanhadas por um quiropraxista graduado. Na última sessão, o questionário foi
novamente aplicado para efeitos de comparação.
Figura 1- Demonstração das abordagens: Ajuste, IASTM e aplicação de KT

Fonte: Própria autora


3.5 ANÁLISE DOS DADOS
19
Após a coleta dos dados, os mesmos foram submetidos ao teste t de Student
para análise estatística dos mesmos. Para descrever e caracterizar a amostra
estudada, utilizou-se a estatística descritiva, utilizando porcentagem para
apresentação dos resultados em gráficos e tabelas.
20
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 PERFIL DA AMOSTRA

O presente estudo foi elaborado com a finalidade de verificar a eficácia de


abordagens quiropráticas na redução de dor no ombro em praticantes de CrossFit de
duas boxes situadas no município de Novo Hamburgo. Por conta disso, apresenta-se
a amostra composta por 18 indivíduos com faixa etária entre 23 e 40 anos (média
30,17 anos), sendo que 10 indivíduos são do sexo masculino (56%) e 8 do sexo
feminino (44%), conforme mostra o Gráfico 1 e Tabela 1.

Gráfico 1- Perfil da amostra quanto ao sexo (n=18)

Homens Mulheres

44%

56%

Fonte: elaborado pela autora.

Tabela 1- Perfil de idade e sexo

Sexo Idade Nº pessoas Média

Masculino 25 a 40 10 30.9

Feminino 23 a 35 8 29.25
Fonte: elaborado pela autora.

Todos os atletas praticavam o CrossFit há mais de três meses, sendo que: 10


atletas com mais de um ano de pratica (média de 2,4 anos) e 8 atletas com menos de
21
um ano de prática de CrossFit (média de 7 meses). Abaixo, encontra-se o gráfico
detalhado com dados do tempo de prática dos praticantes de CrossFit participantes
da pesquisa.

Gráfico 2- Tempo de prática de CrossFit (n= 18)


60 meses 5 meses
6% 5% 6 meses
48 meses 5%
11%
7 meses
11%
36 meses
6%

24 meses
11%
9 meses
17%

18 meses
6%
11 meses
12 meses 5%
17%
Fonte: elaborado pela autora.

Quanto à frequência semanal, tivemos apenas 3 atletas (16,66%) afirmando


que a frequência de treino é de 3 vezes na semana, os outros 15 participantes
(83,34%) afirmam treinar 4 vezes ou mais durante uma semana.
Relacionado ao tempo que sentem dor na articulação do ombro, o resultado
encontrado foi que 17% (n=3) afirmaram sentir dor há um mês, 22% (n=4) sentiam dor
há 2 meses e a grande maioria, 61% (n=11), sentiam dor há três meses ou mais,
conforme gráfico 3.
22
Gráfico 3- Tempo de Dor na articulação do ombro (n= 18)

17%

22%
61%

1 mês 2 meses 3 meses ou mais

Fonte: elaborado pela autora.

Todos os participantes (n=18), afirmaram não utilizar nenhum medicamento


para a dor no ombro no momento da pesquisa.
Finalmente, quanto ao nível de dor relatada pré-intervenção, conforme Escala
de Borg, a média atribuída pelos participantes foi 6,17 (n=18), sendo considerada dor
moderada a intensa. E quanto a dor atribuída pós-intervenção temos a média 1,17
(n=18), sendo considerada leve. Em vários casos a nota final foi zero, ou seja, sem
dor. Podemos verificar a comparação no gráfico abaixo:
23

Gráfico 4- Comparação de dor Pré e Pós intervenções


7,000
6,000
6,167
5,000
4,000
3,000
2,000
1,000 1,167
0,000

Pré- intervenção Pós-intervenção

Fonte: elaborado pela autora.

4.2 DISCUSSÃO DOS DADOS

De acordo com a análise dos dados da presente pesquisa, o sexo masculino


é de maior predominância nos praticantes de CrossFit, sendo que a idade ficou entre
23 e 40 anos, sendo assim a média de geral de 30,17 anos.
Estudos comprovam que a maior prevalência de lesão é no sexo masculino,
devido principalmente ao fato de que as mulheres procuram mais o treinador para
pedir auxílio na execução dos exercícios (DOMINSKI et al, 2018). A maioria dos
estudos não encontra associação entre a presença de lesões e idade/faixa etária,
reforçando o que já havia sido proposto por Weisenthalet al. (2014), cuja afirmação é
de que o CrossFit é um programa de treinamento físico que pode ser praticado com
segurança por indivíduos de uma ampla faixa etária, dos 18 a 69 anos, desde que
realizados em ambiente confiável e com supervisão de profissionais qualificados.
Dominski et al (2018), afirma que a média de idade dos sujeitos praticantes da
modalidade CrossFit varia de 26,8 a 38,9 anos, e a faixa etária de 18 a 69 anos.
Em relação a frequência semanal e tempo de prática, pode-se verificar que os
atletas mais experientes, com mais de um ano praticando CrossFit, tiveram um índice
um pouco maior de dor no ombro 56% (n=10). Apesar do tempo de prática e
24
frequência semanal de treino estarem associados à maior experiência nos exercícios,
há o aumento da exposição do praticante à movimentação repetida, o que aumenta
as chances de lesão (MONTALVO, 2017).Entretanto, Spreyet al (2016), em suas
pesquisas verificaram que os participantes de acordo com a duração da prática, e
aqueles que praticaram CrossFit por mais de 6 meses apresentaram taxas de
lesão significativamente maiores (P = 0,004) do que aqueles que praticavam por
menos de 6 meses. Já a taxa de incidência de lesão entre os atletas com mais de 2
anos de prática é de 44,9%. A participação em competições CrossFit também é um
fator de risco de lesão, já que as pessoas que competem tendem a praticar o esporte
por mais tempo.
Hak et al (2013), verificaram que a taxa de lesões no CrossFit quando
comparada a outras modalidades de exercício físico ou esporte, não é considerada
elevada. Foi observada a taxa de 3,1 lesões a cada 1.000 horas de treinamento como
valor máximo encontrado nos estudos, enquanto que na corrida de rua as taxas são
de 2,3 a 33 lesões, sendo no handebol de 2,5, no triatlo5,4, 5,45 na ginástica, 9,6 no
futebol e 26,7 no rugby, a cada 1.000 horas de treinamento.
Em sua revisão sistemática, traçando o perfil de lesões em praticantes de
CrossFit, Dominski et al (2018), verificou que o ombro foi a principal articulação
acometida por lesões devido aos treinamentos de CrossFit. Segundo os estudos, esse
resultado está relacionado à execução de alguns exercícios que vêm sendo
considerados lesivos – como overhead squat, push press, kettlebel swing e snatch –
por possuírem uma elevada amplitude de movimento do complexo do ombro,
característica que pode aumentar o risco de lesão, visto que movimentos acima da
linha articular do ombro predispõem a lesões devido à redução do espaço
subacromial40. Weisenthal et al (2014) em seus estudos, mostrou que para os
movimentos da ginástica olímpica presentes na modalidade, houve diferença
significativa entre as regiões corporais que sofreram lesões, sendo o ombro a mais
lesionada, correspondendo a mais de 41% das lesões de ombro nos praticantes
analisados. A causa desse tipo de lesão geralmente está associada a uma diminuição
da estabilização da articulação escapulo torácica. O estudo de Summit et al. (2016)
mostrou que entre os movimentos ginásticos causadores de lesão reportados pelos
praticantes, estão o kipping pull-up, ring muscle-up, push-up e ring dipss. Além dos
25
exercícios derivados da ginástica, os exercícios característicos do levantamento de
peso olímpico que compõe o CrossFit, como overhead squat, exigem a colocação da
articulação do ombro em posições de flexão extrema, abdução e rotação interna, as
quais aumentam o risco de lesão (GROSS et al, 1993). Devido à elevada incidência
de lesões no ombro encontrada nos estudos, sugere-se maior cautela sobre os
exercícios ginásticos e de levantamento de peso olímpico por parte dos praticantes e
dos profissionais que supervisionam a execução desses movimentos, com foco em
fatores como esforço excessivo e técnica inadequada, fatores apontados pelos atletas
como causadores de lesões em 35 e 20% dos casos respectivamente (AUNE et al,
2017).

4.3 RESULTADOS

Referente a intervenção nos praticantes de CrossFit se utilizou o ajuste articular


diversificado com drop, na região do ombro, liberação miofascial com instrumento de
aço inox na musculatura contraturada, sendo que na maioria dos casos encontraram-
se pontos gatilhos no redondo menor, supra espinhoso e deltoide; e, em alguns
atletas, verificou-se também a existência de contratura no peitoral maior porção
superior, próximo a inserção no úmero. Por último, realizou-se a aplicação de KT para
estabilização do ombro, facilitando assim a realização dos movimentos. No presente
estudo todos os participantes demonstraram diminuição do nível de dor no ombro,
sendo que a maioria dos resultados demonstrou ser satisfatórios para os participantes
logo após a primeira sessão, de acordo com o relato dos participantes, conforme
demonstrado no gráfico:
26

Gráfico 5- Comparação individual de dor Pré e Pós intervenções

8
7
Nota Atribuida

6
5
4
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Participantes

Pré intervenção Pós intervenção

Fonte: elaborado pela autora.

Um estudo realizado por Silva (2006) mostrou que a dor no ombro decorrente
da prática esportiva reduziu em 84,41% ao final do tratamento quiroprático. Conclui-
se, desta forma que os ajustes quiropráticos realizados na articulação do ombro de
atletas participantes da pesquisa demonstraram ser significativos na diminuição da
dor resultando assim na melhor execução dos movimentos realizados no cotidiano e
em especial na prática do CrossFit.
Noro (2004) conclui em seu estudo de revisão que as contraturas miofasciais
exercem grande importância no desenvolvimento da dor no ombro, sendo necessário
durante o tratamento quiroprático para dor no ombro ajustes quiropráticos aplicados
nessa região e a desativação dos pontos-gatilho.
Dessa forma, a utilização dos instrumentos de forma multidirecional aplicada à
pele em um ângulo de 30 ° a 60 ° no local do tratamento permitiu detectar
irregularidades na textura dos tecidos moles através da ondulação das ferramentas
de deslizamento. Podemos perceber que a liberação miofascial foi bastante
importante para o tratamento, pois todos os participantes apresentavam pontos
dolorosos que após o tratamento com instrumentos desapareceram sendo relatado
maior conforto para movimentação do ombro.
27
O KT tem sido utilizado como proposta terapêutica tanto na prevenção, como
atuando diretamente nos sintomas de lesões esportivas e naquelas que acometem o
ombro. Acredita-se que esta técnica promova melhora da circulação e redução do
edema local, bem como, estimulação sensorial oferecendo estabilidade e
propriocepção durante a execução de movimentos (COOLS et al., 2003; KNEESHAW,
2002). Além disso, também ocasiona alívio da dor, uma vez que estimula as vias
sensoriais do sistema nervoso central aumentando o feedback aferente e reduzindo a
pressão direta nos nociceptores subcutâneos (WILLIAMS et al., 2012). Assim, a
melhora da dor estaria relacionada aos efeitos sobre os nociceptores, sendo
resultante do adequado posicionamento e consequente estabilidade proporcionada
pelo KT.
Dessa forma, podemos afirmar que a pós-intervenção foi considerada
estatisticamente significativa após realização do teste T de Student (p=0,01), sendo o
tratamento quiroprático eficaz para a dor no ombro.
28
5 CONCLUSÃO

Verificamos com esse estudo que o CrossFit objetiva a melhora do


condicionamento físico e vem apresentando um grande crescimento nos últimos anos.
O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito de abordagens quiropráticas
em praticantes dessa modalidade na cidade de Novo Hamburgo, avaliando a dor no
ombro pré e pós intervenções
Após a realização das quatro intervenções e reaplicação da Escala de Borg,
conclui-se que a quiropraxia auxiliou os atletas com o alívio de suas dores no ombro
através do ajuste articular, liberação miofascial e aplicação de kinesioTaping,
corroborando com a necessidade na área desportiva de se ter o praticante ativo, sem
dor ou com maior conforto, estando assim sem restrições articulares, para que este
tenha o melhor desempenho nas suas funções.
Sugere-se mais pesquisas, envolvendo um maior número de participantes,
abordagens com prazo mais longo, para que se possa avaliar também a eficácia do
tratamento quiroprático à médio e à longo prazo. Desta forma será possível ter uma
visão mais precisa sobre a eficácia do tratamento quiroprático na dor no ombro em
praticantes de CrossFit, podendo também contribuir para futuros estudos na área.
29
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33

APÊNDICES
34
1/2
APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado a participar do TCC de graduação intitulado


“Abordagem quiroprática na dor do ombro em praticantes de CrossFit”. O trabalho
será realizado pela acadêmica Veridiana Kayser do curso de Quiropraxia da
Universidade Feevale, orientado pelo pesquisador responsável, Prof.º Esp. Marcelo
Machado de Oliveira. Este projeto de pesquisa tem o intuito verificar a eficácia de
diferentes abordagens quiropráticas na redução de dor no ombro em praticantes de
CrossFit.
Sua participação nesta pesquisa será voluntária e consistirá em participar de 4
consultas com duração média de 15 minutos cada, 1 vez por semana durante 4
semanas. Nos atendimentos será realizado ajuste do ombro, mobilização de Tecido
Mole Assistido por Instrumento (IASTM) e aplicação de KinesioTaping. No entanto um
desconforto transitório na área tratada pode ocorrer até dois dias após a intervenção
miofascial/intervenção quiroprática manipulativa articular. Caso isso ocorra é
recomendado a colocação de gelo na região tradada por 20 minutos, 3 vezes ao dia,
que contribuirá para minimizar o desconforto.
A sua participação nesta pesquisa estará contribuindo para: a promoção do seu
bem-estar, para a saúde coletiva e para o curso de Quiropraxia, a fim de proporcionar
conhecimentos teóricos e práticos para profissionais e acadêmicos de Quiropraxia.
Garantimos o sigilo de seus dados de identificação primando pela privacidade
e por seu anonimato. Manteremos em arquivo, sob nossa guarda, por cinco anos,
todos os dados e documentos da pesquisa. Depois de transcorrido esse período, os
mesmos serão destruídos.
Você tem a liberdade de optar pela participação na pesquisa e retirar o
consentimento a qualquer momento, sem a necessidade de comunicar-se com os
pesquisadores.
Este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido será rubricado em todas as
folhas e assinado em duas vias, permanecendo uma com você e a outra deverá
retornar ao pesquisador. Abaixo, você tem acesso ao telefone e ao endereço
eletrônico institucional do pesquisador responsável, podendo esclarecer suas dúvidas
sobre o projeto e sua participação, em qualquer momento no decorrer da pesquisa.
35
2/2
Telefone institucional do pesquisador responsável: 3586-8800
E-mail institucional do pesquisador responsável: marcelomo@feevale.br
Nome do pesquisador responsável: Prof.º Esp. Marcelo Machado de Oliveira.

________________________________
Assinatura do pesquisador responsável

Local e data: _________________________, _____ de ___________2018.


Declaro que li o TCLE: concordo com o que me foi exposto e aceito participar da
pesquisa proposta.

_________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
36
APÊNDICE B – Ficha de coleta de dados 1

DADOS PESSOAIS

Data: / /2018

Nome:

Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino

Idade:

1- Tempo de prática de CrossFit?

2- Frequência semanal de treino.


( ) 2x ( ) 3x ( ) 4x ou mais

3. Sente dor na articulação do ombro?


( ) Sim ( ) Não

4.Há quanto tempo está com dor:


( )1 mês ( ) 2 meses ( ) Mais de 3meses ( ) Não possui dor

5. Já fez ou está fazendo algum tratamento para as dores na articulação do ombro?


( )Sim ( ) Não

Se a resposta for positiva, citar o tipo de tratamento realizado e á quanto tempo:


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

6. Já teve ou tem alguma dessas condições?


Tumores ( ) Fraturas ( ) Cirurgias ( )
Em caso positivo para alguma das condições, descrever localização e tempo de
ocorrência:
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

7. Faz uso de algum medicamento?


( ) sim ( ) Não
Em caso de resposta positiva citar o(s) medicamento(s) ingerido(s):
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
37
APÊNDICE C – Ficha de coleta de dados 2

AVALIAÇÃO DA DOR DO OMBRO PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO QUIROPRÁTICA

Nome Completo: __________________________________________________


Idade: ________
Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Analisando a tabela a seguir e considerando que zero representa “nenhuma dor” e


dez “dor máxima”, citar o número que melhor representa sua dor no(s) ombro(s):

Escala de Borg

NENHUMA LEVE MODERADA INTENSA MÁXIMA


1 4 7
0 2 5 8 10
3 6 9

Fonte: EVANS (2003)

DATA: / / 2018 DATA: / / 2018

DOR PRÉ-INTERVENÇÃO DOR PÓS-INTERVENÇÃO


38

ANEXOS
39

ANEXO A- ESCALA DE BORG

Escala de Borg

NENHUMA LEVE MODERADA INTENSA MÁXIMA


1 4 7
0 2 5 8 10
3 6 9
Fonte: EVANS (2003)

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