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PATOS DE MINAS
2024
ALEX WILLIAN RODRIGUES DE OLIVEIRA
CECÍLIA ROMULUMHERMAZY DE CASTRO MARTINS BORELI
CLARA GIOAVANNA BARCELOS DE ANDRADE E MENDONÇA
GUSTAVO PEREIRA COSTA
LUANA STÉFANE PEREIRA RIBEIRO
MARIA EDUARDA CAIXETA LIMA
MARIA EDUARDA FONSECA ALVES
OLIVEIRA ROSA BRAGA
PEDRO VICTOR DORNELAS LOPES MARRA
RAFAEL BORGES
RUAN ALEX PEREIRA CASTRO
PATOS DE MINAS
2024
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................1
1.1 Formulação do problema ...............................................................................................1
1.2 Justificativa .....................................................................................................................2
1.3 Objetivos .........................................................................................................................3
1.3.1 Objetivo geral ...............................................................................................................3
1.3.2 Objetivos específicos ....................................................................................................3
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...........................................................................................3
3 METODOLOGIA .............................................................................................................9
4 CRONOGRAMA DE TRABALHO .............................................................................10
REFERÊNCIAS ................................................................................................................10
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
Caracteriza – se como sufrágio, o exercício do voto dos cidadãos. Há quem diz que o
sufrágio não garante a soberania e nem a cidadania do povo, mas há também quem diz que
garante.
Levando isso em consideração, o projeto visa buscar respostas não somente para tais
perguntas, mas para questionamentos sobre o sufrágio de uma forma generalista.
Percebido a dificuldade das pessoas, principalmente os adolescentes entre 16 e 17
anos, é necessário adquirir uma maior consciência sobre o assunto. Mais especificamente
sobre os direitos dentro sufrágio. Pois há várias lacunas no quesito de se deixar influenciar por
venda de votos e também pela ideologia que alguns pais pregam nos filhos.
De acordo com a UNICEF “nove em cada dez adolescentes afirmam que o voto tem
poder para transformar a realidade. Além disso, 64% afirmam que vão votar este ano; 21%
ainda não sabem se vão votar ou não; e 15% disseram que não vão votar. Mais de 3 mil
adolescentes de 15 a 17 anos de todas as regiões do País participaram da consulta.”
O sufrágio, é uma questão que varia de acordo com o contexto cultural, político e
histórico de cada sociedade. Em muitos países, o sufrágio é considerado um direito
fundamental e uma forma essencial de participação cívica. No entanto, em algumas regiões,
ainda existem desafios relacionados à igualdade de acesso ao sufrágio, seja por questões de
gênero, etnia, classe social ou outras formas de discriminação.
Não há um entendimento pacificado acerca do assunto. Há países que conhecem o
sufrágio como direito fundamental e outros que seguem uma direção diametralmente oposta.
Diante desse cenário de sufrágio e cidadania, o objetivo do presente estudo é responder ao
seguinte questionamento: o sufrágio garante a cidadania e a soberania do povo?
1.2 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Não é bom que o homem fique só. Emílio é homem e nós lhe prometemos
uma companheira. É preciso dar-lhe. Esta companheira é Sofia. Onde se
abriga? Onde a encontraremos? Para encontrá-la é preciso conhecê-la.
Saibamos primeiramente como é e julgaremos melhor onde reside.
Na citação acima pode ser percebido que Rousseau enxerga que a mulher é importante
para homem, mas apenas como uma companheira, como um instrumento para suprir as
necessidades sentimentais do pai de família.
Rousseau (1992, p. 423),
O que Sofia sabe mais a fundo, e que lhe fizeram aprender com mais
cuidado, são os trabalhos de seu sexo, mesmo aqueles de que não se
lembram, como cortar e costurar seus vestidos. Não há trabalho de agulha
que não saiba fazer e que não faça com prazer; mas o trabalho que prefere a
qualquer outro é o de fazer renda, porque nenhum outro dá atitude mais
agradável e em nenhum os dedos se exercitam com mais graça e ligeireza.
Dedicou-se também a todas as tarefas do lar. Conhece a cozinha e a copa;
sabe os preços dos mantimentos; conhece-lhes as qualidades; sabe muito
bem fazer suas contas; serve de mordomo para sua mãe. Feita para ser um
dia mãe de família ela própria, governando a casa paterna aprende a
governar a dela; é capaz de atender às funções dos criados e sempre o faz de
bom grado.
No sentido técnico mais estrito, sistema eleitoral é o método pelo qual votos
populares emitidos nas diferentes circunscrições ou distritos de um país são
convertidos em cadeiras parlamentares; diz respeito, portanto, ao critério
utilizado para a distribuição das cadeiras, se proporcional ou majoritário.
Pode-se, entretanto, falar de sistema eleitoral num sentido um pouco mais
amplo, como o conjunto dos métodos utilizados em um país para a escolha
de diferentes autoridades.
Esse sistema eleitoral foi estabelecido pela Constituição de 1988 e é gerido pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Constituição da República Federativa do Brasil,
brasileira, juntamente do Código Eleitoral, estabelecem que o voto é obrigatório para pessoas
entre 18 e 70 anos. Já para os analfabetos, pessoas com 16 e 17 anos e acima de 70 anos, o
voto é facultativo. Para as eleições presidenciais, legislativas e municipais, os votos
proporcionais e majoritários são combinados, conforme o Código Eleitoral de 1965 Art. 84“A
eleição para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais,
obedecerá ao princípio da representação proporcional na forma desta lei”.
No sistema proporcional, os votos são contabilizados para determinar a
distribuição de cargos do Poder legislativo (exceto senador), ou seja, vereadores, deputados
estaduais, deputados distritais e deputados federais. São eleitos os mais votados dos partidos
que conquistaram vagas legislativas. Já o sistema majoritário, determina que para o candidato
ser eleito, ele deve obter maioria absoluta dos votos ou maioria simples. Para alcançar a
maioria absoluta, o candidato precisa obter mais de 50% dos votos válidos. Os votos nulos e
brancos são descartados na contagem. De tal maneira, tirando os votos nulos e brancos, temos
os votos válidos. O candidato que obter mais de 50% deles, é eleito. Esse sistema é usado para
eleição de presidentes, governadores e prefeitos. No caso da maioria absoluta, a eleição pode
ser realizada em dois turnos, caso nenhum dos candidatos obtiver a quantidade mínima de
votos para ser eleito (mais de 50%). Já para obter a maioria simples, é necessário a metade
dos votos válidos mais um. O sistema com base na maioria simples é utilizado nas eleições de
senadores e prefeitos de cidades com menos de 200 mil eleitores.
De acordo com o sociólogo britânico Thomas Humphrey Marshall, em sua obra
Citizen and Social Class, a cidadania é dividida em três partes, baseadas em diferentes séculos
da história, XVIII, XIX e XX, sendo elas, os direitos civis, direitos políticos e por fim os
direitos sociais, respectivamente. E não somente seguindo essa sequência de direito, mas
também promovendo movimentos sociais e lutas para obtê-los.
A partir da leitura do artigo lançado em 2013, “A importância da obrigatoriedade
do voto para a construção da cidadania no Brasil” da autora e mestranda em Direitos e
Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV), assegura-se que no
Brasil tem - se uma situação diferente da indicada por Marshall, uma pirâmide invertida.
Vieira (2013, p. 2),
Desse modo, como citado em cima, o voto eleitoral transforma um poder que
antigamente ficava centralizado nas mãos das elites brasileiras, e começa-se a incluir toda a
população, gerando um sentimento de pertencimento que classifica o grau de participação dos
cidadãos para o desenvolvimento do Estado. A cidadania é um status concedido àqueles que
são membros integrais de uma comunidade. Marshall (2002, p. 24).
No entanto, é importante reconhecer que o voto sozinho pode não ser suficiente
para garantir plenamente a cidadania da população. Outros elementos, como a educação
Marshall (2002, p. 11) e a empregabilidade, também desempenham um papel crucial na
promoção da cidadania e no fortalecimento da democracia. Portanto, o voto é uma ferramenta
importante, porém deve ser acompanhado por esforços para fortalecer as instituições
democráticas e garantir a participação igualitária de todos os cidadãos.
O movimento sufragista brasileiro originou no século XIX, influenciado pela
Revolução Industrial e pela Revolução Francesa. Também movimentos nos Estados Unidos e
na Inglaterra, juntamente com grandes personalidades, foram inspiração para o movimento
brasileiro.
A principal questão que instigou o movimento sufragista foi a pergunta “Por que
mulheres, que ocupam cargos de importância, não tem o direito de votar? ” Essa dúvida
impulsionou movimentos, especialmente entre mulheres de classes mais abastadas frente ao
voto.
Contudo, homens, principalmente de classe alta, resistiram ao sufrágio feminino,
baseados na ideia de que as mulheres não deveriam se envolver em questões políticas, pois
seria maléfico para a estrutura da família da época. Filósofos como Jean-Jacques Rousseau e
Immanuel Kant defendiam essa desigualdade de gênero, citando que a mulher deveria ser uma
companheira e se ocupar de tarefas domésticas.
Por isso, o voto feminino só ganhou espaço no século XX, com figuras como Leolinda
Daltro, Bertha Lutz, Nísia Floresta, Celina Guimarães e Alzira Soriano. Assim, em meados da
década de 30, o sufrágio feminino foi estabelecido no código eleitoral, permitindo a
participação efetiva das mulheres nesse ato político e, posteriormente, integrada a
Constituição do país em 1946.
Dessa forma, com o conhecimento das lutas sufragistas, é possível analisar as origens
até os avanços a respeito da importância do exercício da cidadania no país. Para isso, foi
necessário que essa participação política fosse possível para todo o povo brasileiro.
3 METODOLOGIA
Para a execução do objetivo proposto, que é examinar a eficácia do sufrágio, será
realizada pesquisa de caráter exploratório, através do método dedutivo, embasado na atual
doutrina, bem como livros, artigos científicos e materiais disponibilizados por sites jurídicos.
A obtenção dos resultados se dará de forma qualitativa, uma vez que é mais
adequada à questão a ser analisada, a qual se encontra inserida no campo do Direito.
Através da análise crítica de todo agregado literário levantado, objetiva-se aproximar
a solução mais adequada para o problema proposto e, por seguinte, contribuir para o
desenvolvimento de medidas que sejam mais favoráveis para a sociedade.
4 CRONOGRAMA DE TRABALHO
REFERÊNCIAS
DAVIS, Ângela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. 1. Ed. São
Paulo: Boitempo, 2016, p. 142-151. Disponível em:
<http://piape.prograd.ufsc.br/files/2020/07/Angela-Davis-Mulheres-ra%C3%A7a-e-classe-
Boitempo.pdf>. Acesso em: 09 abr. 2024.
FERRÃO, Isadora Garcia. Urnas Eletrônicas no Brasil: linha do tempo, evolução e falhas e
desafios de segurança. Revista Brasileira de Computação Aplicada, v. 11, n. 2, p. 1-12, 2019.
Disponível em: <https://www.tse.jus.br/eleicoes/historia/processo-eleitoral-brasileiro>.
Acesso em: 09 abr. 2024.
MARQUES, Teresa Cristina de Novaes. O voto feminino no Brasil. 2. Ed. Brasília: Câmara
dos Deputados. Edições Câmara, 2019, p. 35-49. Disponível em:
<https://www.camara.leg.br/midias/file/2020/11/voto-feminino-brasil-2ed-marques.pdf>.
Acesso em: 09 abr. 2024.
PAES, Janiere Portela Leite. O Sufrágio e o voto no Brasil: direito ou obrigação? Revista
da Escola Judiciária Eleitoral. [on line]. Tribunal Superior Eleitoral. Edição nº 3, ano 3.
Brasília, DF. 2013, p. 19-20. Disponível em <http://www.tse.jus.br/o-tse/escola-judiciaria-
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ovoto-no-brasil-direito-ou-obrigacao>. Acesso em: 09 abr. 2024.
REIS, Elisa Meirelles. Nove em cada dez adolescentes acreditam que o voto tem poder
para transformar a realidade, mostra enquete do UNICEF com a Viração. Brasília, 19 de
abril de 2022. Disponível em:
<https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/nove-em-cada-dez-adolescentes-
acreditam-que-o-voto-tem-poder-para-transformar-realidade>. Acesso em: 09 abr. 2024.