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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


CURSO DE DIREITO

ANDREIA RAÍSSA GOMES MOREIRA MIRANDA

VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO E A EXCLUSÃO DA MULHER DOS


ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS

RECIFE - PE

2023
VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO E A EXCLUSÃO DA MULHER DOS
ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS

Monografia, apresentada ao Curso de Direito da


Universidade Católica de Pernambuco, como parte das
exigências para a obtenção do título de Bacharel em
Direito.
Orientadora: Profa. Dra. Carolina Valença Ferraz

Recife - PE
2023
FICHA CATALOGRÁFICA

MOREIRA MIRANDA, ANDREIA RAÍSSA GOMES, Violência Política de


Gênero e a Exclusão da Mulher dos Espaços Democráticos.

Recife – PE, 2023


Monografia (Curso Bacharelado em Direito) / Universidade Católica de
Pernambuco.
Orientador: Profa. Dra. Carolina Valença Ferraz
ANDRÉIA RAÍSSA GOMES MOREIRA MIRANDA

VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO E A EXCLUSÃO DA MULHER DOS


ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS

DEFESA PÚBLICA em

Recife, ______ de ___________ de ____

BANCA EXAMINADORA:

Presidente: Profa. Profa. Dra. Carolina Valença Ferraz


________________________________________
1º Examinador: Prof. Dr.
________________________________________
2º Examinador: Prof. Dr.
________________________________________

Orientadora: Profa. Profa. Dra. Carolina Valença Ferraz

Recife
2023
Dedico esta monografia primeiramente a Deus, por ter me dado saúde
e força para superar as dificuldades. Houve muitos obstáculos durante estes
últimos anos, mas, graças a Deus, meus familiares, professores, amigos e
colegas, conseguiram superá-los.
AGRADECIMENTOS
RESUMO

Este trabalho terá como principal objetivo compreender como a violência


política de gênero atinge as mulheres que participam direta ou indiretamente de
espaços políticos, comprometendo possíveis candidaturas ou mandatos
representativos femininos. Para tal compreensão, serão realizadas pesquisas
bibliográficas, levantamento histórico e pesquisa de campo com dados
levantados via questionário. A pesquisa irá demonstrar que a violência política
de gênero e a ineficácia das sanções é prática constante e por vezes
impeditivas para que mulheres se mantenham ou adentrem nas disputas
políticas.

Palavras-chave: Violência política de gênero, mulheres, democracia,


pluralismo político.

ABSTRACT

This work will have as its main objective to understand how gender-based
political violence affects women who participate directly or indirectly in political
spaces, compromising possible candidacies or female representative
mandates. For this understanding, bibliographical research, historical survey
and field research will be carried out with data collected via questionnaire. The
research will demonstrate that gender-based political violence and the
ineffectiveness of sanctions is a constant practice and sometimes prevents
women from remaining or entering political disputes.

Keyword: Gender political violence, women, democracy, political pluralism.


SUMÁRIO

1 PONTO DE PARTIDA..........................................................................................................1
2 Mulheres e política, uma relação histórica 1
1.1Herança patriarcal2
1.2 Ditadura Brasileira, uma história contada por homens 3
2 Estado democrático de direito e pluralismo político 4
2.1Participação da mulher na política a partir da redemocratização 5
2.2Lei de eleições
3 Violência política
3.1 O crescente aumento da violência frente à expansão de partidos de extrema direita na
Europa 6

3.2 O crescente aumento da violência frente à expansão de partidos de extrema direita no


Brasil 6

4 ENTREVISTA........................................................................................................................7

5 CONCLUSÃO.......................................................................................................................8

REFERENCIA............................................................................................................................9
1 PONTO DE PARTIDA

As conquistas das mulheres na política brasileira começaram no século


passado, quando de fato, em 1927, Juvenal Lamartine, candidato ao governo
do estado do Rio Grande do Norte, incluiu em sua plataforma eleitoral o direito
das mulheres de votarem e serem votadas e solicitou que o então governador,
incluísse como emenda á lei eleitoral do Estado, o artigo 17, que dizia que
todos os cidadãos independentes do sexo, desde que seguissem os critérios
estabelecidos por aquela lei, poderiam votar e ser votados. Assim sendo, a
primeira eleitora brasileira cadastrada foi à professora Celina Guimarães na
cidade de Mossoró, RN, o que foi pioneirismo não só no Brasil, mas em toda a
América Latina, assim como a eleição da primeira mulher prefeita no Brasil na
mesma época, também em 1928.

Apesar da importante conquista potiguar, o entendimento sobre o


direito da mulher ao voto, começou a ser difundido no âmbito nacional e de
maneira mais enérgica apenas no ano de 1932, com o novo Código Eleitoral da
época que trazia especificamente em seu Art. 2 o reconhecimento da mulher
enquanto eleitora dede que maior de 21 anos e enquadrada nos demais
requisitos para cadastro, concedendo-lhes o Jus Suffraggii e o Jus Honorum,
respectivamente e o direito a votarem e serem votadas. A constituição de 1934
consagrou o principio da igualdade entre os sexos e trouxe consigo a proibição
da diferença salarial baseada em gênero, contudo, grande ainda era a
resistência da participação efetiva feminina nas políticas enquanto
representantes de uma minoria com direitos historicamente ignorados.

Considerando que o parlamento deva ser um lugar de


representatividade da sociedade como um todo, o número de mulheres eleitas
sempre foi desproporcional ao número de mulheres a serem representadas. No
ano de 1986, apenas 5,1% dos deputados eleitos eram mulheres. E foram as
mesmas, responsáveis por formarem o “Lobby do batom”, termo atribuído pela
imprensa como forma de descredibilizar as mulheres na época, mas que foi
adotado pelas constituintes posteriormente como formas de orgulho do impacto
que causavam.

As constituintes se uniram em prol do dever de garantir mudanças


necessárias pelas igualdades de direitos e seguiram o pedido na Carta das
mulheres elaboradas pelo Conselho Nacional de direitos da Mulher no
Encontro Nacional da Mulher e Constituinte. Temas como combate a violência
doméstica, direito de posse, licença maternidade de 120 dias, igualdade
salarial entre gêneros dentre outros pedidos como criação de um Sistema
Único de Saúde (SUS), foram inclusos como pauta na elaboração da
constituição de 1988.

Nas eleições de 2018, tivemos a maior participação política feminina da


história do Brasil até então. Dos deputados eleitos, 16,20% (dezesseis vírgula
vinte por cento) foi mulheres, o que apesar de representar um avanço, continua
sendo pouco ao considerar o quantitativo do eleitorado feminino e dos registros
de candidaturas para o pleito, pois de acordo com dados do TSE, nas eleições
de 2018, as mulheres já representavam uma parcela de 52% do eleitorado
brasileiro.

Outros dados do mesmo levantamento, também mostram que dentre


os eleitores, as mulheres são maioria quanto ao nível de escolaridade,
considerando o ensino superior completo e o ensino médio completo. Na contra
mão de tais fatos, quando falamos em participação política, a representação
feminina não segue o mesmo padrão, sendo as mulheres o menor quantitativo
quanto às candidaturas referentes ao gênero.

A Lei 9.504/1997 (Lei das eleições) em seu art. 10 § 3º estabelece


desde 2009, que a proporção de candidatos por gênero, deve respeitar o índice
mínimo de 30%. Contudo, as mulheres nunca atingiram a maioria como
candidatas. Com isso, a representação culminada em mulheres eleitas tem
uma proporção menor ainda, a exemplo das eleições de 2018, onde para
governadora apenas uma mulher, a Ex Senadora Fátima Bezerra, foi eleita no
Rio Grande do Norte, dentre todos os 26 estados brasileiros e Distrito Federal.
Apesar do quantitativo de mulheres eleitas ainda ser desproporcional, a
participação da mulher em espaços políticos como um todo vem aumentado,
mesmo com a existência das candidaturas laranja, que visam burlar a Lei
eleitoral e o sistema de cotas, criado para que os partidos passassem a ter a
responsabilidade de investir em candidaturas femininas. Está cada vez mais
difícil excluir a mulher dos espaços públicos de debates e construções sociais.
Contudo, precisamos analisar a construção do atual espaço democrático de
poder como algo historicamente patriarcal, em que se busca potencializar o
homem como único merecedor ou capaz de ocupar tais espaços, colocando a
mulher como posição subalterna.

Acompanhando o atual momento político nacional, as ONG’s Terra de


direitos e Justiça Global, realizaram um estudo onde apontam o crescente
aumento de casos de violência política, principalmente após o ano de 2018,
quando as mulheres eram as maiores vítimas de ofensas e agressões por
motivos políticos. Não coincidentemente, também em 2018, tivemos
escancarada a vulnerabilidade a qual se encontra a mulher política, com o
assassinato da vereadora e ativista de direitos humanos, Marielle Franco, caso
este que chocou o país, mas que segue ate hoje sem resposta, entrando para
as estatísticas de crimes políticos onde se desconhece os mandantes. Da
mesma forma, podemos citar várias outras mulheres que sofreram ameaças,
agressões e tentativas de assassinato, todos cometidos em sua maioria por
homens e por motivos políticos, como também nos traz a pesquisa. Mulheres
como a Jornalista e política Manuela Dávila, Presidenta Dilma Roussef,
Deputada Maria do Rosário, Vereadora Marielle Franco, ex-governadora e
atual deputada Benedita da Silva, além de todas terem sido atacadas por
homens por estarem em posição política, o que elas também tem em comum é
o fato de que seus agressores ou não foram responsabilizados ou tiveram
sanções incapazes de inibir a reincidência da conduta, não passando
segurança ou sentimento de justiça para elas ou para outras mulheres ao
exercer a democracia, o direito a manifestação política e espaços
democráticos.

Podemos afirmar que as mulheres são maioria do eleitorado e tem


garantida constitucionalmente a sua participação na política enquanto eleitora
ou candidata sem distinção de gênero. A constituição Federal traz como um
dos fundamentos do Estado Democrático de Direito o Pluralismo político, que
em suma, veio para garantir o direito à diferença, para que grupos minoritários
possam participar ativamente dos debates e construções políticas que
permeiam os campos democráticos. Recentemente foi sancionada a Lei
14192/2021 que vem como um mecanismo de proteção a mulheres que sofrem
com violência política de gênero. Porém, precisamos compreender qual o
alcance do impacto da violência política de gênero na vida das mulheres com
cargos políticos ou não e se isso pode vir a ser um impeditivo para um maior
envolvimento ou atuação política feminina.

2 Mulheres e política, uma relação histórica

2.1 Heranças Patriarcais

A participação da mulher na política é tema de discussão e


engajamento em todo o mundo e a história à qual se remete o tema não pode
ser vista de forma individualizada, uma vez que é apenas um dos inúmeros
recortes da luta por emancipação feminina. É importante fazer essa breve
passagem pela história para compreender melhor como os acontecimentos
passados refletem diretamente na atualidade política e social no que diz
respeito a causas femininas.
A Grécia Antiga e Roma, berços da civilização ocidental, nos trazem os
primeiros moldes de uma estrutura política e democrática. Era na “Pólis”, termo
grego que tem como significado “cidade” e que faz referência ao espaço em
que eram tomadas as decisões importantes para reger a sociedade, em que se
concentravam as instituições administrativas e políticas e onde aconteciam as
reuniões que definiriam as leis as quais os cidadãos se sujeitariam. As
decisões importantes eram tomadas em espaço aberto, durante o dia e
estavam a submissão das discussões e críticas dos cidadãos. Mas quem
eram os cidadãos que podiam participar da pólis? Eram considerados
cidadãos, os homens adultos, livres e que tivessem nascido naquele território.
Era uma sociedade patriarcal e assim as mulheres também estavam excluídas
da cidadania e da vida pública (Chauí, 2013).
Logo, mulheres, crianças, estrangeiras ou escravos não eram sequer
considerados cidadãos. A partir daí tem-se noção de que o espaço político
desde o princípio não foi pensado para permitir a participação de mulheres.

2.2 Ditadura Militar Brasileira, uma história contada por homens.

A ditadura militar brasileira foi iniciada por um golpe militar realizado


em 1964 contra o presidente João Goulart partiu para o exílio no Uruguai e
uma junta militar assumiu o poder do Brasil.
Um dos jornalistas renomado da história brasileira conta um pouco
sobre a vivencia durante o período da ditadura militar, vejamos:
Segundo o jornalista Valdeci Verdelho, falando da década de 70 do
século passado: “Depois do golpe militar de 64, o movimento grevista operário
foi contido por meio da força. Através do Ato Institucional nº 5 e da Lei da
Segurança Nacional, as lideranças grevistas podiam pegar de 10 a 20 anos de
cadeia. Resultado? Em 1970, ocorrem apenas 12 greves em todo o país. Em
1971, nenhuma! Ativistas operários, como Manoel Fiel Filho, são assassinados
pela repressão”. Adaptado de VERDELHO, V. Sinal dos Tempos: O Renascer
do Movimento Sindical. In: Retrato do Brasil! Rio de Janeiro: Ed. Política, 1984,
p. 205-209.
Observa-se que é a narração do texto deixa bem claro que existe poder
patriarcal desde a Grécia Antiga e Roma, uma vez que, esse domínio
sobressaiu para os outros países, excluindo de fato a mulher em relação aos
poderes governamentais, contudo, a violência politica de gênero é desde o ano
de 1964, onde as classes feministas não tinham e nem vez muitas foram
levadas para o exílio, como por exemplo, “a Presidenta Dilma Rousseff”,
salienta-se que na época da ditadura militar várias mulheres foram torturadas,
por exercer cargos liderados por homens.
No ano de 1964, podia ser observado a dificuldade das mulheres de
estarem inseridas em espaço de fomentação política e em exercícios de
mandatos por eleição, frente aos episódios de violência política de gênero,
constantemente utilizado como forma de intimidação, levando a exclusão de
mulheres de tais espaços. Busca-se compreender como a violência política de
gênero impacta a vida das mulheres e interfere em seu envolvimento político,
seja de forma direta ou indireta.
Ernesto Paglia jornalista renomado descreve que a violência política de
gênero não só engloba as mulheres também estão inseridos os homossexuais,
tal situação gera grandes impactos na vida de ambas as partes, pois, interfere
diretamente no seu envolvimento no âmbito politico seja de forma direta ou
indireta.
Valdeci Verdelho e Ernesto Paglia são jornalistas renomados do nosso
país, os mesmos detalham a ditadura militar brasileira com várias riquezas de
detalhes os quais nos ajudar a refletir sobre o ingresso das mulheres na
política, pois, todos são iguais perante a lei conforme predomina o Art. 5º da
Constituição Federal de 1988.

3 VIOLÊNCIA POLITICA

A consultora Mila Landin destaca outra frente de atuação para ampliar


essa participação feminina no poder público: o combate à violência política, que
atinge as mulheres, em razão do gênero, com o objetivo de prejudicar ou
anular o exercício de seus direitos.

Ela lembra o assassinato da vereadora Marielle Franco no Rio de


Janeiro, em 2018, como um caso emblemático de violência política de gênero.
Em 2021, foi sancionada a Lei 14.192/2021, que estabelece normas para
prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher.
Salienta-se que, a vereadora Mariele Franco e seu motorista Anderson
Gomes, estavam sendo monitorados há meses, pelo fato de ser uma ativista
feminina e uma vereadora renomada no estado do Rio de Janeiro, a mesma
levantava a bandeira LGBTQIA+, mas, nesse caso específico à perseguição
sofrida por ambas as partes foi pelo fato de ser uma mulher negra, ativista o
que levou o fim trágico da mesma.

Desse modo, depois desta crueldade cometida pelos apoiadores


bolsonaristas, fora sancionada a Lei 14.192/2021, estabelecendo normas para
prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, nos espaços
e atividades relacionados ao exercício de seus direitos políticos e de suas
funções públicas, porém, sabemos que na pratica isso não acontece, muitas
mulheres ainda sofre com violência política tão pouco os homonosexual.

Mas não basta que a lei exista. É necessário que as instituições


funcionem, investiguem os casos de violência e punam os criminosos. Ainda é
comum que políticas mulheres ocupem posições de pouco destaque. E viram
alvo de ataques de conteúdo machista quando se sobressaem — lamenta a
consultora.

Relatora no Senado do PL 5.613/2020, que foi transformado na Lei


14.192, a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) enfatiza que é fundamental
assegurar condições para que as mulheres que têm vocação para a política
sigam essa carreira.

Não adianta dizer que é preciso mais mulheres na política e não


oferecer condições, não mostrar caminhos, através dos partidos, para que isso
realmente se concretize. Eu, por exemplo, enfrentei muitas dificuldades por ser
mulher. Fui à primeira senadora eleita pelo meu estado, à Paraíba, e hoje
posso afirmar mais do que nunca que, sim, precisamos de mais mulheres na
política.

3.1 O crescente aumento da violência frente à expansão de partidos de


extrema direita na Europa
O crescente aumento da violência frente à expansão de partidos de
extrema direita vem crescendo a cada dia no nosso país, observa-se que o
aumento da violência política frente aos partidos políticos de extrema direita
não só abrange o Brasil, em que pese à violência de extrema direita está no
mundo todo, observa-se que em 2019 no estado alemão na cidade de Hesse o
presidente distrital o senhor Walter Lübcke foi executado com um tiro na
cabeça em sua residência, o mesmo era integrante do partido do (a) chanceler
Angela Merkel, o presidente antes de ser executado estava recebendo várias
ameaças de extremistas de direita devido a suas posições pró-refugiados, ou
seja, Lübcke apoiava os refugiados para os mesmos pudessem ter uma vida
digna e tranquila, mas no dia 02 de junho de 2019 o Walter Lübcke teve sua
vida ceifada por causa da sua conduta que incomodava os integrantes dos
partidos de extrema direita.
Oportuno informar, que o homicídio de Walter Lübcke foi o primeiro
politico em atividade na Alemanha por extremistas de direita desde a 2ª
(segunda) guerra mundial, a morte Lübcke não é um caso isolado, um ano
depois do episódio da morte do presidente distrito de Kassel, fato que chocou o
país na época, no dia 16 de junho houve o julgamento de dois neonazistas
suspeitos pelo assassinato os mesmos foram condenados à morte, conforme
dispõe o relatório À sombra da pandemia: a última chance da Europa, ou
Peace Report 2020.
O caso em comento foi contabilizado pelos repórteres da revista Peace
Report 2020 que entre o ano de 2016 a 2019 foram 16 vítimas fatais todos os
casos por motivação racial de nove pessoas em Hanau, cidade próxima a
Frankfurt, por um extremista em fevereiro deste ano (o suspeito também matou
a mãe e depois cometeu suicídio), 09 (nove) casos envolvendo vítimas por ser
negras e homossexuais, assexual e 07 (sete) casos envolvendo políticos
dentre eles o presidente do distrito de Kassel (Alemanha).
Apesar do número total de ataques extremistas, em grande parte de
origem islâmica, ter registrado uma queda global de 43% entre 2014 e 2018,
diz o estudo alemão, a tendência de ações violentas de extrema direita é
oposta. Segundo os pesquisadores, "nos últimos anos, o número de vítimas de
ataques terroristas de extremistas de direita na Europa, América do Norte,
Austrália e Nova Zelândia aumentou significativamente". Esse relato
predominante foi somente na Europa caso que não é diferente no Brasil.

3.2 O crescente aumento da violência frente à expansão de partidos de


extrema direita no Brasil

Em relação ao caso da vereadora Mariele Franco os suspeitos do


assassinato da vereadora Mariele Franco foram Élcio de Queiroz e Ronnie
Lessa tendo como terceira pessoa o ex-bombeiro militar Maxwell Simões
Corrêa o mesmo foi coparticipante do crime, contudo, os envolvidos encontram
– se custodiados no presidio de Complexo Penitenciário de Gericinó – Bangu.
Cumpre informar, a vereadora levantava diversas bandeiras a principal foi a
inclusão das mulheres na política para que as mesmas pudessem ter voz e vez
no Brasil, pois, lugar de mulher é em todo lugar.
Os integrantes LGBTQIA+ também devem ser inclusos em quaisquer
lugares até mesmo na política, devendo ser tratados por igual conforme dispõe
o Artigo 5º, caput da Constituição Federal de 1988, vejamos:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

Porém, na pratica sabemos que isso não acontece existe represarias


envolvendo mulheres, homossexuais, dentre outros, o que leva a exclusão da
participação de ambos em diversos meios de grupos de extrema direita.

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