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GARANTIAS DE DIREITOS
ÀS MULHERES
Atualizado até abril de 2021
2021
Consolidação das leis estaduais de garantias de direitos às mulheres
COORDENAÇÃO
ORGANIZADORES
APOIO TÉCNICO
“Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3º, inciso IV, Constituição Federal)
1Art. 1º, caput, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, de 18 de
dezembro de 1979, promulgada pelo Decreto Federal n. 4.377/2002.
2Art. 1º, caput, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, concluída
3
Acesso em 12.05.2021: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/genero/20163-estatisticas-
de-genero-indicadores-sociais-das-mulheres-no-brasil.html?=&t=o-que-e>
Grosso do Sul”; a Lei 2.470/2002, que “Dispõe sobre normas e procedimentos
para prevenção e combate contra prática de discriminação contra mulheres no
trabalho”; a Lei 3.492/2008, que “Institui o Programa de Enfrentamento à
Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher”; a Lei 4.609/2014, que “Dispõe
sobre a Política de Amparo e Assistência à Mulher Vítima de Violência no
Estado de Mato Grosso do Sul”; a Lei 5.217/2018, que “Dispõe sobre a
implantação de medidas de informação e de proteção à gestante e à parturiente
contra a violência obstétrica no Estado de Mato Grosso do Sul” e a Lei
5.641/2021, que “Dispõe sobre o direito à remoção de servidoras estaduais
vítimas de violência sexual, familiar ou doméstica”.
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12. LEI Nº 5.437, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2019 - Dispõe sobre procedimento
quanto à posse ou porte de arma dos indivíduos que praticarem violência doméstica e
familiar contra a mulher, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. ......................... 31
13. LEI Nº 5.332, DE 15 DE ABRIL DE 2019 - Dispõe sobre a obrigação de hospitais,
clínicas, consultórios e similares a informar aos pacientes em tratamento de câncer que
a reconstrução da mama retirada é feita de forma gratuita nos hospitais públicos do
Estado. ........................................................................................................................................ 31
14. LEI Nº 5.217, DE 26 DE JUNHO DE 2018 - Dispõe sobre a implantação de
medidas de informação e de proteção à gestante e à parturiente contra a violência
obstétrica no Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências. .......................... 32
15. LEI Nº 5.106, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2017 Assegura a realização do exame
que detecta a trombofilia, a toda mulher em idade fértil, no âmbito do Estado de Mato
Grosso do Sul, e dá outras providências. .............................................................................. 35
16. LEI Nº 4.925, DE 13 DE OUTUBRO DE 2016 - Institui a reserva de vagas, em
percentual de, no mínimo, 20%, nas empresas da área de segurança, vigilância e
transportes de valores, para vigilantes do sexo feminino, nas contratações que
especifica, e dá outras providências. ..................................................................................... 36
17. LEI Nº 4.609, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2014 - Dispõe sobre a Política de
Amparo e Assistência à Mulher Vítima de Violência no Estado de Mato Grosso do Sul e
dá outras providências. ........................................................................................................... 37
18. LEI Nº 4.525, DE 8 DE MAIO DE 2014 - Estabelece prioridade de matrícula nos
estabelecimentos de ensino da rede pública do Estado de Mato Grosso do Sul, para
crianças e adolescentes vítimas e/ou filhos de mulheres vítimas de violência doméstica
e familiar, e dá outras providências....................................................................................... 39
19. LEI Nº 4.319, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2013 - Institui a campanha de
conscientização dos prejuízos do uso do crack pela mulher gestante, no Estado de Mato
Grosso do Sul. ........................................................................................................................... 40
20. LEI Nº 4.318, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2013 - Dispõe sobre o desenvolvimento
de campanha continuada de conscientização e combate aos crimes de violência
praticados contra a mulher, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul...................... 41
21. LEI Nº 4.273, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2012 - Autoriza o Poder Executivo a
criar Regime Assistencial Especial de Atendimento de Emprego e Renda às Mulheres
Vítimas de Violência Conjugal no Estado de Mato Grosso do Sul. .................................. 42
22. LEI Nº 4.096, DE 13 DE OUTUBRO DE 2011 - Dispõe sobre a reserva de no
mínimo 5% das vagas de emprego para mulheres na área de construção de obras
públicas. ..................................................................................................................................... 43
23. LEI Nº 4.080, DE 5 DE SETEMBRO DE 2011 - Torna obrigatória a reserva de 5%
(cinco por cento) de mesas e cadeiras para idosos, deficientes físicos e para mulheres
gestantes nas praças de alimentação dos shoppingss centers comerciais e restaurantes,
no Estado de Mato Grosso do Sul. ......................................................................................... 44
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24. LEI Nº 3.855, DE 30 DE MARÇO DE 2010 - Concede às servidoras públicas civis
e militares do Poder Executivo Estadual, das suas autarquias e das suas fundações, a
prorrogação, por sessenta dias, da licença-maternidade. ................................................... 45
25. LEI Nº 3.633, DE 12 DE JANEIRO DE 2009 - Cria a Política de Saúde da Mulher
Detenta. ...................................................................................................................................... 46
26. LEI Nº 3.492, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2008 - Institui o Programa de
Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. ................................ 47
27. LEI Nº 3.287, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2006 - Dispõe sobre a obrigatoriedade
da disciplina de Relações de Gênero no conteúdo curricular dos cursos de formação de
Policiais Civis, Militares, Bombeiros Militares e dos Delegados, no âmbito do Estado de
Mato Grosso do Sul. ................................................................................................................. 48
28. LEI Nº 3.226, DE 28 DE JUNHO DE 2006 - Estabelece a Notificação Compulsória
dos casos de Violência Contra a Mulher, a Criança e o Adolescente, atendidos em
serviços de saúde da rede pública ou privada do Estado de Mato Grosso do Sul. ........ 49
29. LEI Nº 3.200, DE 18 DE ABRIL DE 2006 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de
publicação anual de demonstrativo social de dados estatísticos relativos à mulher e dá
outras providências. ................................................................................................................. 51
30. LEI Nº 3.134, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2005 - Dispõe sobre a assistência
especial às parturientes cujos filhos recém-nascidos sejam portadores de deficiência. . 52
31. LEI Nº 2.908, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2004 - Dispõe sobre o atendimento da
mulher pelos programas habitacionais populares no âmbito do Estado de Mato Grosso
do Sul, e dá outras providências. ........................................................................................... 53
32. LEI Nº 2.610, DE 9 DE ABRIL DE 2003 - Institui o Programa Estadual de
Albergues para a mulher vítima de violência e dá outras providências .......................... 54
33. LEI Nº 2.558, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002 - Dispõe sobre a proibição de
exigência ou solicitação de exame, teste, perícia, laudo, atestado, declaração ou
qualquer outro procedimento relativo a esterilização ou a estado de gravidez nos
processos de admissão, permanência ou promoção no cargo ou no emprego, e dá
outras providências. ................................................................................................................. 55
34. LEI Nº 2.497, DE 31 DE JULHO DE 2002 - Dispõe sobre a realização de
esterilização cirúrgica voluntária, sob as formas de vasectomia e laqueadura tubária,
pela rede pública hospitalar, no Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras
providências. ............................................................................................................................. 57
35. LEI Nº 2.470, DE 19 DE JUNHO DE 2002 - Dispõe sobre normas e
procedimentos para prevenção e combate contra prática de discriminação contra
mulheres no trabalho, e dá outras providências. ................................................................. 58
36. LEI Nº 2.418, DE 30 DE JANEIRO DE 2002 - Dispõe sobre o fornecimento
gratuito de preservativo feminino pela Secretaria de Estado de Saúde e dá outras
providências. ............................................................................................................................. 60
37. LEI Nº 2.376, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2001 - Institui o Parto Solidário no
Estado de Mato Grosso do Sul. .............................................................................................. 60
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38. LEI Nº 2.320, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2001 - Dispõe sobre a obrigatoriedade
de realização de Exame Sorológico de Pré-Natal em mulheres grávidas para
diagnóstico precoce de vírus da AIDS, das hepatites B e C e dos relacionados a
leucemia, linfoma e alterações neurológicas nas unidades básicas de saúde da rede
pública estadual e estabelecimentos hospitalares congêneres no Estado de Mato Grosso
do Sul. ........................................................................................................................................ 62
39. LEI Nº 2.214, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2001 - Define a prática de assédio sexual
como exercício abusivo de cargo, emprego ou função pública, e estabelece as punições
cabíveis e regras de procedimento administrativo para sua aplicação. ........................... 63
40. LEI Nº 1.997, DE 14 DE SETEMBRO DE 1999 - Trata do combate à transmissão
vertical de AIDS, mediante a adoção de medidas preventivas e assistenciais à gestantes
e às crianças nascidas de mães contaminadas que sejam portadoras do vírus HIV....... 64
41. LEI Nº 1.949, DE 22 DE JANEIRO DE 1999 - Institui no âmbito do Poder
Executivo, o Programa de Pensão Mensal às Crianças geradas a partir de estupro. ..... 66
42. LEI Nº 1.372, DE 17 DE MAIO DE 1993 - Dispõe sobre o atendimento prioritário
a idosos, portadores de deficiência e gestantes, nos órgãos públicos que menciona. .... 67
43. LEI Nº 1.134, DE 26 DE MARÇO DE 1991 - Autoriza o afastamento de
servidoras, mães de excepcionais, para fim que menciona e da outras providências.... 67
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1. LEI Nº 5.641, DE 8 DE ABRIL DE 2021 -
Dispõe sobre o direito à remoção de
servidoras estaduais vítimas de violência
sexual, familiar ou doméstica e dá outras
providências.
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2. LEI Nº 5.613, DE 10 DE DEZEMBRO
DE 2020 - Dispõe sobre a implementação
de medidas eficazes para prevenção da
covid-19 e para a maior proteção às
mulheres e crianças vítimas de violência
doméstica, durante o período de estado de
calamidade, decretado em razão da
pandemia de covid-19.
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3. LEI Nº 5.601, DE 25 DE NOVEMBRO
DE 2020 - Dispõe sobre a
obrigatoriedade de afixação de cartazes
informativos nas unidades e nos
estabelecimentos de saúde, acerca do
procedimento legal para a entrega de filho
para adoção, no âmbito do Estado de Mato
Grosso do Sul, e dá outras providências.
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4. LEI Nº 5.591, DE 10 DE NOVEMBRO DE
2020 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de os
condomínios residenciais localizados no
Estado de Mato Grosso do Sul comunicaram
aos órgãos de segurança pública ocorrência
ou indícios de ocorrência de violência
doméstica e familiar contra mulheres,
crianças, adolescentes, pessoas com
deficiência ou idosos.
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5. LEI Nº 5.557, DE 25 DE AGOSTO DE 2020 -
Institui a “Semana de Sensibilização à Perda
Gestacional, Neonatal e Infantil”.
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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
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I - contribuir para o reconhecimento, no âmbito das comunidades escolares, da
Lei Federal nº 11.340, 7 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha;
II - fomentar a reflexão crítica entre estudantes, professores e comunidade
escolar sobre a violência contra a mulher;
III - abordar a necessidade de registro, em órgãos competentes, das denúncias
de casos de violência contra a mulher, bem como a adoção de medidas protetivas de
urgência previstas na Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 - Lei Maria da
Penha;
IV - promover a igualdade de gênero, prevenindo e evitando as práticas de
violência contra a mulher.
Art. 4º O ensino será desenvolvido ao longo do ano letivo por meio de
promoção de formação aos profissionais da educação e da realização de uma
programação ampliada à comunidade escolar:
I - a formação dos profissionais da educação de que trata o caput terá por
público alvo professores, gestores, orientadores e psicólogos que trabalham em todos
os níveis educacionais;
II - a programação ampliada a toda a comunidade escolar de que trata o caput
poderá ser desenvolvida durante o ano letivo, culminando com a realização anual de
atividades durante a semana do dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher), para
fomentar debates em alusão à data e ao tema abordado por esta Lei.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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Art. 2º A regulamentação desta Lei, pelo Poder Executivo, definirá o
detalhamento técnico de sua execução.
Art. 3º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta de
dotações orçamentárias próprias.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor no prazo de 60 (sessenta) dias de sua publicação.
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a) promoção da capacitação contínua acerca do diagnóstico e do tratamento da
depressão pós-parto aos profissionais dos serviços de saúde que atendam mulheres no
período pré e pós-natal;
b) promoção da busca ativa de puérperas que não comparecerem às consultas
pós-parto, para fins de acompanhamento;
VII - o desenvolvimento e o aprimoramento de métodos de coleta e análise de
dados sobre a depressão pós-parto, para subsidiar a formulação de políticas e a tomada
de decisões.
Art. 3º Fica instituído o primeiro domingo do mês de março, como o Dia
Estadual de Combate à Depressão Pós-Parto, inserindo no Anexo do Calendário Oficial
de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul, nos termos do artigo 3º da Lei nº 3.945,
de 4 de agosto de 2010.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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§ 3º A comprovação da falsidade em qualquer dos documentos referidos no § 2º
deste artigo sujeita a candidata, além das sanções cíveis e criminais cabíveis:
I - à exclusão sumária do concurso público;
II - ao ressarcimento, à entidade realizadora do concurso público, de todas as
despesas havidas com a realização do exame de aptidão física remarcado;
III - se já empossada ou em exercício, à anulação liminar do ato, com devolução
de todos os valores recebidos.
Parágrafo único. Fica assegurado o direito previsto no art. 2º desta Lei às
gestantes que prestarem concurso público na área de Segurança Pública do Estado de
Mato Grosso do Sul.
Art. 3º Requerida a remarcação dos testes de aptidão física na forma do art. 2º
desta Lei, o dia, o local e o horário do exame serão determinados pela banca
realizadora do concurso público, sendo resguardado seu direito de adiamento desse
exame por até 1 (um) ano, contado a partir do término da gravidez, mediante
requerimento formal da candidata à entidade responsável, sob pena de exclusão do
concurso público.
Parágrafo único. Os prazos do caput não se aplicam aos concursos públicos que
por Lei específica, já concedam à candidata prazos maiores ou iguais a remarcação do
teste de aptidão física.
Art. 4º A nomeação e o início do exercício da candidata ficam condicionados à
realização do exame de aptidão física e à subsequente aprovação.
Art. 5º O disposto nesta lei não se aplica ao exame psicotécnico, provas orais ou
provas discursivas, e não se estende à mãe ou pai adotante.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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parto, parto e pós-parto imediato, sempre que solicitadas pela parturiente, sem
exigência de ônus e/ou vínculos empregatícios com os estabelecimentos acima
especificados.
§ 1º Para os efeitos desta Lei e em conformidade com a qualificação da
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), código 3221-35, Doulas são profissionais
habilitadas em curso para esse fim que oferecem apoio físico, informacional e
emocional a pessoa durante todo seu ciclo gravídico puerperal e especialmente durante
o trabalho de parto, parto e pós-parto.
§ 2º Doulas são compreendidas como acompanhantes de parto escolhidas
livremente pelas gestantes e parturientes que visam prestar suporte contínuo à
gestante no ciclo gravídico puerperal, favorecendo a evolução do parto e bem-estar da
gestante, com certificação ocupacional em curso para essa finalidade.
§ 3º Para efeitos desta Lei, entende-se como doulagem a atividade profissional
exercida privativamente pela doula, cujo exercício é livre no Estado, observadas as
disposições desta Lei.
§ 4º A doula é de livre escolha da pessoa grávida e sua atuação independe da
presença de acompanhante conforme já instituído pela Lei nº 11.108/2005, sendo a
doulagem parte da atenção multidisciplinar à pessoa no ciclo gravídico puerperal.
§ 5º A presença das Doulas não se confunde com a presença do acompanhante
instituído pela Lei Federal nº 11.108, de 7 de abril de 2005.
§ 6º A doulagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por
pessoas legalmente certificadas e/ou inscritas nas instituições de classe oficializadas,
tais como associações, cooperativas e sindicatos com jurisdição na área onde ocorra o
exercício do mister.
Art. 2º A Doula exerce todas as atividades de doulagem, cabendo-lhe:
I - incentivar e facilitar a pessoa no ciclo gravídico puerperal a buscar as
informações sobre gestação, trabalho de parto, parto e pós-parto baseadas em
evidências científicas atualizadas;
II - facilitar a pessoa grávida a assumir a posição que mais lhe agrade durante o
trabalho de parto;
III - informar à pessoa grávida sobre os métodos não farmacológicos para alívio
da dor;
IV - favorecer a manutenção de um ambiente tranquilo, acolhedor e com
privacidade para a pessoa grávida;
V - auxiliar a pessoa grávida a utilizar técnicas de respiração e vocalização para
maior tranquilidade da mesma;
VI - utilizar massagens, banhos mornos e compressas mornas para alivio da
dor;
VII - estimular a participação de acompanhante da escolha da pessoa grávida
em todo o processo do trabalho de parto, parto e pós-parto imediato; e
VIII - apoiar a pessoa grávida em todo o trabalho de parto e parto, incluindo a
possibilidade da liberdade de escolha quanto à posição que ela queira adotar na hora
do parto.
Art. 3º Para o regular exercício da profissão, fica autorizada a entrada da Doula
nos estabelecimentos mencionados no art. 1º desta Lei com os seguintes instrumentos
de trabalho, observadas as normas de segurança biológica e física, a saber:
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I - bola de exercício;
II - bolsa térmica;
III - óleos para massagens; e
IV - demais materiais utilizados no acompanhamento do período de trabalho de
parto, parto e pós-parto imediato.
Art. 4º As maternidades, casas de parto e estabelecimentos hospitalares
congêneres, da Rede Pública e Privada do Estado de Mato Grosso do Sul estabelecerão
internamente a forma como se procederá a admissão das Doulas, respeitando preceitos
éticos, de competência e das suas normas internas de funcionamento, com a
apresentação dos seguintes documentos:
I - carta de apresentação contendo nome completo, endereço, número do CPF,
RG, contato telefônico e correio eletrônico;
II - cópia de documento oficial com foto;
III - apresentação dos procedimentos e técnicas que serão utilizadas no
momento do trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, bem como descrever o
planejamento das ações que serão desenvolvidas durante o período de assistência;
IV - termo de autorização assinado pela gestante para a atuação da Doula no
momento do trabalho de parto, parto e pós-parto imediato; e
V - documento que demonstre ou comprove sua certificação e/ou inscrição nas
instituições de classe oficiais.
Art. 5º É vedada às Doulas a realização de procedimentos médicos ou clínicos,
bem como procedimentos de enfermagem e da enfermaria obstétrica, entre eles:
I - aferimento de pressão;
II - avaliação da progressão do trabalho de parto;
III - monitoração de batimentos cardíacos fetais;
IV - avaliação de dinâmica uterina;
V - exame de toque;
VI - administração de medicamentos; e
VII - outros procedimentos estranhos à atividade da Doula.
Parágrafo único. O descumprimento ao disposto neste artigo acarretará à Doula
as seguintes sanções:
I - advertência por escrito, na primeira ocorrência; e
II - comunicação ao órgão ou entidade de classe que encontra-se credenciada ou
associada, devendo este tomar as providências adequadas.
Art. 6º O descumprimento do disposto nesta Lei por parte das casas de parto e
estabelecimentos hospitalares congêneres da rede privada do Estado de Mato Grosso
do Sul, sujeitará o infrator às seguintes penalidades:
I - advertência por escrito, na primeira ocorrência, pela autoridade competente;
e
II - sindicância administrativa e sanções previstas na norma interna ou
regulamentar do estabelecimento.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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Governador do Estado
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Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
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Art. 1º A presente Lei tem por objetivo a implantação de medidas de
informação e de proteção à gestante e parturiente contra violência obstétrica no Estado
de Mato Grosso do Sul, e a divulgação da Política Nacional de Atenção Obstétrica e
Neonatal, por meio da implantação das boas práticas ao parto e ao nascimento, já
preconizados na Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2017, do Ministério da Saúde.
(redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
Art. 2º Considera-se violência obstétrica todo ato praticado pelo médico, pela
equipe do hospital, por um familiar ou acompanhante que ofenda, de forma verbal ou
física, as mulheres gestantes, em trabalho de parto ou, ainda, no período puerpério.
Art. 2º Considera-se violência obstétrica todo ato praticado por qualquer pessoa
no atendimento de serviço de saúde, que ofenda, de forma verbal ou física, as mulheres
gestantes, em trabalho de parto, no período puerpério ou, ainda, em situação de
abortamento. (redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
Art. 3º Para efeitos da presente Lei considerar-se-á ofensa verbal ou física, dente
outras, as seguintes condutas:
I - tratar a gestante ou a parturiente de forma agressiva, não empática,
grosseira, zombeteira, ou de qualquer outra forma que a faça se sentir mal pelo
tratamento recebido;
I - tratar a gestante ou a parturiente de forma agressiva, grosseira, zombeteira
ou de qualquer outra forma que a faça se sentir mal pelo tratamento recebido; (redação
dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
II - fazer graça ou recriminar a parturiente por qualquer comportamento como
gritar, chorar, ter medo, vergonha ou dúvidas;
III - fazer graça ou recriminar a mulher por qualquer característica ou ato físico
como, por exemplo, obesidade, pelos, estrias, evacuação e outros;
IV - não ouvir as queixas e as dúvidas da mulher internada e em trabalho de
parto;
IV - não ouvir as queixas e/ou não esclarecer as dúvidas da mulher internada
em trabalho de parto; (redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
V - tratar a mulher de forma inferior, dando-lhe comandos e nomes
infantilizados e diminutivos, tratando-a como incapaz;
V - tratar a mulher de forma inferior, com nomes infantilizados ou pejorativos,
tratando-a como incapaz; (redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
VI - fazer a gestante ou a parturiente acreditar que precisa de uma cesariana
quando esta não se faz necessária, utilizando de riscos imaginários ou hipotéticos não
comprovados e sem a devida explicação dos riscos que alcançam ela e o bebê;
VII - recusar atendimento de parto, haja vista este ser uma emergência médica;
VII - recusar atendimento de gestante que busque serviço de urgência e
emergência; (redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
VIII - promover a transferência da internação da gestante ou da parturiente sem
a análise e a confirmação prévia de haver vaga e garantia de atendimento, bem como
tempo suficiente para que esta chegue ao local;
VIII - promover a transferência da gestante, puérpera e/ou recém-nascido sem
acesso ao transporte seguro, conforme preconizado pela rede cegonha, nas situações de
urgência e emergência; (redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
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IX - impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de sua preferência
durante todo o trabalho de parto;
X - impedir a mulher de se comunicar com o “mundo exterior”, tirando-lhe a
liberdade de telefonar, fazer uso de aparelho celular, caminhar até a sala de espera,
conversar com familiares e com seu acompanhante;
XI - submeter a mulher a procedimentos dolorosos, desnecessários ou
humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição
ginecológica com portas abertas, exame de toque por mais de um profissional;
XI - submeter a mulher a procedimentos dolorosos, desnecessários ou
humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição
ginecológica com portas abertas ou exame de toque por múltiplos profissionais sem
necessidade; (redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
XII - deixar de aplicar anestesia na parturiente quando esta assim o requerer;
XII - deixar de aplicar analgesia farmacológica na parturiente quando esta assim
o requerer, após esgotados todos os métodos não farmacológicos disponíveis no
hospital; (redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
XIII - proceder a episiotomia quando esta não é realmente imprescindível;
XIV - manter algemadas as detentas em trabalho de parto;
XV - fazer qualquer procedimento sem, previamente, pedir permissão ou
explicar, com palavras simples, a necessidade do que está sendo oferecido ou
recomendado;
XV - fazer qualquer procedimento sem, previamente, pedir permissão ou
explicar, com palavras simples, a necessidade do que está sendo oferecido ou
recomendado, exceto em caso de emergência quando não há tempo hábil; (redação
dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
XVI - após o trabalho de parto, demorar injustificadamente para acomodar a
mulher no quarto;
XVII - submeter a mulher e/ou o bebê a procedimentos feitos exclusivamente
para treinar estudantes;
XVIII - submeter o bebê saudável a aspiração de rotina, injeções ou a
procedimentos na primeira hora de vida, sem que antes tenha sido colocado em
contato pele a pele com a mãe e de ter tido a chance de mamar;
XIX - retirar da mulher, depois do parto, o direito de ter o bebê ao seu lado no
alojamento conjunto e de amamentar em livre demanda, salvo se um deles, ou ambos
necessitarem de cuidados especiais;
XX - não informar a mulher, com mais de 25 (vinte e cinco) anos ou com mais
de 2 (dois) filhos sobre seu direito à realização de ligadura nas trompas gratuitamente
nos hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS);
XX - não informar a mulher sobre seu direito ao acesso aos métodos de
planejamento familiar e reprodutivo, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS),
como dispositivo intrauterino (DIU), anticoncepcionais orais, anticoncepcionais
injetáveis, laqueadura tubária, vasectomia do parceiro ou preservativos, conforme
preconizado na Lei do Planejamento Familiar (Lei nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996);
(redação dada pela Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
XXI - tratar o pai do bebê como visita e obstar seu livre acesso para acompanhar
a parturiente e o bebê a qualquer hora do dia.
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Parágrafo único. A parturiente deverá ser chamada preferencialmente pelo
nome, ou conforme foi identificado em seu devido plano de parto. (acrescentado pela
Lei nº 5.568, de 16 de setembro de 2020)
Art. 4º O Poder Executivo, por meio de sua Secretaria de Estado da Saúde,
elaborará a Cartilha dos Direitos da Gestante e da Parturiente, propiciando a todas as
mulheres as informações e os esclarecimentos necessários para um atendimento
hospitalar digno e humanizado, visando à erradicação da violência obstétrica.
§ 1º O custo da Cartilha dos Direitos da Gestante e da Parturiente poderá ser
patrocinado por pessoas jurídicas de direito privado, de acordo com critérios a serem
estabelecidos pelo Poder Executivo.
§ 2º A Cartilha será elaborada com uma linguagem simples e acessível a todos
os níveis de escolaridade.
§ 3º A Cartilha referida no caput deste artigo trará a integralidade do texto da
Portaria nº 1.067/GM, de 4 de julho de 2005, que “Institui a Política Nacional de
Atenção Obstétrica e Neonatal, e dá outras providências”.
Art. 5º Os estabelecimentos hospitalares deverão expor cartazes informativos
contendo as condutas elencadas nos incisos I a XXI do art. 3º desta Lei.
§ 1º Equiparam-se aos estabelecimentos hospitalares, para os efeitos desta Lei,
os postos de saúde, as unidades básicas de saúde e os consultórios médicos
especializados no atendimento da saúde da mulher.
§ 2º Os cartazes devem informar, ainda, os órgãos e os trâmites para a denúncia
nos casos de violência de que trata esta Lei.
§ 3º O custo dos cartazes poderá ser patrocinado por pessoas jurídicas de direito
privado, de acordo com critérios a serem estabelecidos pelo Poder Executivo.
Art. 6º A fiscalização do disposto nesta Lei será realizada pelos órgãos públicos,
nos respectivos âmbitos de atribuições, os quais serão responsáveis pela aplicação das
sanções decorrentes de infrações às normas nela contidas, mediante procedimento
administrativo, assegurada a ampla defesa.
Art. 7º O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor no prazo de 120 (cento e vinte) dias, após a sua
publicação.
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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
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Art. 1º Fica estabelecido o percentual mínimo de vinte por cento (20%) para
contratação de segurança e de vigilantes do sexo feminino pelas empresas prestadoras
de serviços nas áreas de segurança e vigilância, bem como, na de transportes de
valores, contratadas por órgãos e por entidades integrantes da Administração Pública
Direta e Indireta dos Poderes do Estado de Mato Grosso do Sul.
Art. 2º A exigência que se refere o artigo 1º incidirá sobre as novas contratações
e renovações de contratos, devendo constar expressamente nos editais de licitação para
a contratação de empresas prestadoras de serviços de vigilância e segurança, qualquer
que seja a modalidade adotada.
Parágrafo único. Aplica-se a reserva ora prevista, inclusive, nos casos de
dispensa e/ou de inexigibilidade de licitação.
Art. 3º Caberá aos executores dos contratos a verificação do cumprimento da
presente Lei.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a
partir de 1º de janeiro de 2017.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
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Art. 3º A Política Estadual de Amparo e Assistência às Mulheres Vítimas de
Violência será desenvolvida mediante:
I. a criação de centros de atendimento integral às mulheres em situação de
violência, observada a legislação em vigor e em ação articulada com as entidades
envolvidas;
II. a atuação operacional integrada com o Poder Judiciário, o Ministério Público
e a Defensoria Pública;
III. a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção à
violência contra a mulher, voltadas à sociedade em geral;
IV. a capacitação específica dos servidores públicos, para a identificação,
acolhimento e encaminhamento dos casos de violência contra a mulher;
V. a realização de estudos, pesquisas, estatísticas e o levantamento de
informações pertinentes às causas, às consequências e à frequência da violência contra
a mulher, visando ao aprimoramento das medidas para o seu combate;
VI. a criação de mecanismos que, respeitada a legislação em vigor, permitam o
acesso prioritário para mulheres vítimas de violência, especialmente nos casos de risco
de morte, aos programas estaduais de moradia, renda e trabalho;
VII. a criação de abrigos para acolhimento provisório de mulheres e crianças
vítimas de violência;
VIII. implantação e funcionamento das Delegacias Especializadas no
Atendimento à Mulher - DEAMs, em plantão de 24 (vinte e quadro) horas.
IX. prioridade de matrícula nos estabelecimentos de ensino da rede pública
estadual e municipal às crianças e adolescentes cuja mãe tenha sido vítima de violência
doméstica, seja de caráter físico, psicológica, sexual, patrimonial ou moral.
Art. 4º Fica assegurado as Mulheres Vítimas de Violência:
I. a assistência jurídica;
II. a assistência médica, social e psicológica, bem como a garantia de acesso aos
procedimentos necessários nos casos de violência sexual, conforme norma técnica
federal, para o atendimento dos agravos resultantes do ato violento;
III. o acolhimento em casas-abrigo, em locais sigilosos, inclusive para seus
respectivos dependentes menores em situação de risco;
IV. a agilização dos processos de afastamento ou transferência de unidade de
lotação para as servidoras públicas estaduais em situação de risco;
V - o direito de serem atendidas, preferencialmente, por servidora ou
autoridade policial do mesmo gênero;
Parágrafo único. Nos Municípios em que não houver Delegacias de Polícia
Especializadas no Atendimento à Mulher DEAMS, as Delegacias Distritais deverão ter
em todas as suas equipes um efetivo mínimo de mulheres, as quais atenderão,
prioritariamente, em salas separadas, as ocorrências de violência doméstica abarcadas
pela Lei Maria da Penha e os delitos contra a dignidade sexual em que figurarem como
vítimas mulheres.
Art. 5º As despesas decorrentes da implantação desta Lei correrão por conta das
dotações orçamentárias próprias do Estado, verbas originárias de convênios, parcerias
e contratos, doações, prestações de serviços voluntários e outros.
Art. 6º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
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Campo Grande, 18 de dezembro de 2014
Pág. 39 de 68
que o órgão acompanhe o desenvolvimento da família em seu novo endereço, bem
como o andamento do respectivo processo instaurado pelo Boletim de Ocorrência.
Art. 5º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta das
dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 6º O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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Campo Grande, 26 de fevereiro de 2013.
Pág. 41 de 68
Campo Grande, 26 de fevereiro de 2013.
Pág. 42 de 68
Campo Grande, 26 de novembro de 2012.
ANDRÉ PUCCINELLI
Governador do Estado
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23. LEI Nº 4.080, DE 5 DE SETEMBRO DE 2011 -
Torna obrigatória a reserva de 5% (cinco por
cento) de mesas e cadeiras para idosos,
deficientes físicos e para mulheres gestantes
nas praças de alimentação dos shoppings
centers comerciais e restaurantes, no Estado
de Mato Grosso do Sul.
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Art. 4º (VETADO).
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
ANDRÉ PUCCINELLI
Governador do Estado
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Parágrafo único. Em caso de ocorrência de quaisquer das situações previstas no
caput a beneficiária perderá a prorrogação.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
ANDRÉ PUCCINELLI
Governador do Estado
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Campo Grande, 12 de janeiro de 2009.
ANDRÉ PUCCINELLI
Governador do Estado
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VI - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de
Irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana;
VII - o destaque, nas atividades escolares de todos os níveis de ensino, para os
conteúdos relativos aos direitos humanos;
VIII - a criação de mecanismos que, respeitada a legislação em vigor, permitam
o acesso prioritário para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar,
especialmente nos casos de risco de morte, aos programas estaduais de moradia, renda,
trabalho e outros.
Art. 4º Ficam assegurados à mulher em situação de violência doméstica e
familiar, diretamente pelos órgãos estaduais ou, conforme o caso, por meio de
convênios, parcerias, cooperação ou instrumentos análogos com órgãos
governamentais da União e do município ou entidades não-governamentais:
I - a assistência jurídica;
II - a assistência médica, social e psicológica, nos casos de violência doméstica e
familiar, bem como a garantia de acesso aos procedimentos necessários e cabíveis nos
casos de violência sexual, conforme mesma técnica federal para o atendimento dos
agravos resultantes da violência sexual;
III- o acolhimento em casas de abrigo, em locais sigilosos, para mulheres e
respectivos dependentes menores de 14 anos em situação de risco de morte decorrente
de violência doméstica e familiar;
IV - a agilização dos processos de afastamento ou transferência de unidade de
lotação para os servidores públicos estaduais em casos de violência doméstica e
familiar em situação de risco.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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Art. 1º Os cursos de formação de policiais civis, policiais militares, bombeiros
militares, bem como dos delegados da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deverão
conter em seu conteúdo programático as disciplinas Relações de Gênero e de Combate
à Homofobia. (redação dada pela Lei nº 3.416, de 4 de setembro de 2007, promulgada
pela Assembléia Legislativa)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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II - A violência física entendida como agressão corporal, sofrida dentro ou fora
do âmbito doméstico, de natureza intra ou extra familiar;
III - A violência sexual entendida como quaisquer das seguintes formas de
abuso sexual praticadas dentro ou fora do âmbito doméstico, de natureza intra ou extra
familiar:
a) Estupro;
b) Assédio sexual;
c) Exposição involuntária à pornografia;
d) Exploração sexual;
e) Contato físico indesejado;
f) Atentado violento ao pudor.
Art. 4º O profissional de saúde responsável pelo atendimento da vítima deverá
preencher formulário oficial da notificação, que deverá conter, entre outras, as
seguintes informações:
I - Dados de identificação pessoal da vítima e, no caso de criança ou
adolescente, dos pais ou responsáveis, devendo constar o nome, idade, profissão,
número do documento de identificação, cor e endereço completo;
II - Número do BAM (Boletim de Atendimento Médico), do Prontuário ou
Registro equivalente;
III - Motivo inicial do atendimento;
IV - Descrição detalhada dos sintomas e das lesões;
V - Diagnóstico do tipo de violência, de acordo com o artigo 3º desta Lei;
VI - Relação vítima- agressor;
VII - Presença de outras vítimas, testemunhas;
VIII - Conduta, incluindo tratamento ministrado e encaminhamentos
realizados;
IX - Quanto ao atendimento, identificar: a) cargo/função do profissional que
realizou o atendimento; b) instituição e setor; c) município.
§ 1º O documento a que se refere este artigo deverá ser preenchido em duas
vias, sendo que primeira será enviada a Secretaria Municipal de Saúde no prazo de
08(oito) dias a partir do atendimento e, a segunda, ficará arquivada na unidade de
saúde que prestou depoimento.
§ 2º A vítima ou seus responsáveis poderão exercer seu direito de privacidade
mediante requerimento ao órgão de saúde responsável pelo atendimento, para que na
Notificação Compulsória de Violência à Mulher, Criança ou Adolescente não conste os
dados previstos no inciso I, deste artigo.
Art. 5º A Ficha de Notificação Compulsória da Violência Contra a Mulher, a
Criança e o Adolescente somente será fornecida:
I - Para a mulher atendida;
II - Para os pais ou responsáveis da vítima, se esta for menor de 18 anos;
III - Para o Poder Judiciário e para o Ministério Público, mediante solicitação
oficial.
Parágrafo único. Todas as pessoas que tiverem acesso aos dados referentes à
Ficha de Notificação Compulsória da Violência Contra a Mulher estão sujeitas ao dever
de sigilo.
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Art. 6º As Secretarias Municipais de Saúde deverão encaminhar mensalmente
ao setor competente da Secretaria de Estado de Saúde os documentos de notificação da
violência contra a mulher.
Parágrafo único. Recebidos os documentos, a Secretaria de Saúde do Estado
efetuará estudos no sentido de identificar as situações de maior gravidade e incidência
para nortear uma política estadual de prevenção à violência contra a mulher.
Art. 7º O não cumprimento do disposto na presente Lei, pelos serviços de
saúde, implicará em sanções a serem definidas em regulamento a ser emitido pelo
Poder Executivo.
Art. 8º As instituições envolvidas terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias
para se adequarem a esta Lei.
Art. 9º Fica o Poder Executivo autorizado a criar um Fundo de Recursos
destinado à prevenção, e medidas que visem combater a violência contra a mulher, a
criança e o adolescente.
Art. 10. O Poder Executivo Estadual fará a regulamentação da presente Lei.
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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VII - número de casos de câncer mamário e de colo de útero;
VIII - casos de AIDS;
IX - outros dados que considere importante.
Parágrafo único. O demonstrativo de que trata o caput deste artigo, deverá ser
publicado até o final do mês de dezembro de cada ano.
Art. 2º As informações de que trata o artigo 1º serão centralizadas no Conselho
Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso do Sul e na Coordenadoria Especial
de Políticas Públicas para a Mulher.
Art. 3º Ao regulamentar esta Lei, o Poder Executivo designará o órgão
responsável pela coleta das informações elencadas nos incisos I a IX do art. 1º, bem
como tomará as providências cabíveis a sua publicação.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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Campo Grande, 20 de dezembro de 2005.
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Art. 6º A mulher lactante deverá ter tratamento diferenciado, com intervalos
para a amamentação, sem prejuízo do tempo a ser calculado para fins de recebimento
do imóvel.
Art. 7º A mulher que tenha filho portador de deficiência sob sua guarda ou
tutela que exija cuidados diferenciados terá direito a uma jornada reduzida de trabalho
no projeto habitacional executado pelo sistema de autoconstrução ou mutirão.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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Art. 3º Para implementação do programa o Poder Executivo poderá contar com
a participação de entidades civis e governamentais, de outras esferas que desenvolvam
ações sociais de atendimento à mulher.
Parágrafo único. Fica o Poder Executivo autorizado a habilitar e credenciar,
nesse programa, entidade que:
I - se mostrem aptas e dispostas a assumir a administração e manutenção de
albergues no Estado de Mato Grosso do Sul e desenvolvam ações sociais de
atendimento à Mulher;
II - sejam declaradas de utilidade pública e reconhecidamente idôneas.
Art. 4º O programa será mantido à conta de recursos orçamentários próprios do
Estado, verbas originárias de convênios e outros.
Art. 5º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias,
contados da data de sua publicação.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.
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proibidos de adotar qualquer prática discriminatória ou limitativa à admissão e
manutenção de seu quadro de pessoal permanente ou temporário.
Art. 2º Fica proibida a exigência ou solicitação de exame, teste, perícia, laudo,
atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a
estado de gravidez, por parte dos empregadores, órgãos ou empresas contratantes,
mencionados no art. 1º desta Lei, nos processos de admissão, contratação, permanência
ou promoção, no cargo ou emprego de suas funcionária ou empregadas.
Art. 3º Fica vedada aos empregadores, órgãos ou entidades contratantes, a
adoção de quaisquer medidas que incentivem a prática de esterilização ou outro
método contraceptivo, bem como o oferecimento de serviços de aconselhamento ou
planejamento familiar, devendo essas ações serem executadas pelo Estado, através do
Programa Saúde Mulher, anteriormente denominado de Programa de Assistência
Integral à Saúde da Mulher-PAISM.
Art. 4º O descumprimento da presente Lei será apurado, através de processo
administrativo, pelo órgão competente, independente das sanções penais e civis
cabíveis, definidas em normas específicas.
§ 1º Aos infratores desta Lei serão aplicadas as seguintes medidas e
penalidades, assegurando-lhes os direitos ao devido processo legal, contraditório e à
ampla defesa:
I - imediata admissão ou readmissão da trabalhadora, ou funcionária em causa;
II - multa de 50 (cinqüenta) salários-mínimos, na data da ocorrência do auto, na
empresa, no órgão, na entidade contratante ou no empregador;
III - suspensão do funcionamento da empresa, órgão ou entidade, privados, por
30 (trinta) dias, em caso de reincidência ou, em se tratando de empresa, órgão ou
entidade, públicos, demissão do responsável;
IV - demais sanções penais ou civis previstas em Lei.
§ 2º Considera-se infrator desta Lei, a pessoa, órgão ou entidade, que direta ou
indiretamente tenha concorrido para o cometimento da infração administrativa.
Art. 5º Todos os cidadãos podem comunicar às autoridades administrativas as
infrações à presente Lei.
Art. 6º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei em 60 (sessenta) dias, a
partir de sua publicação.
Art. 7º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
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34. LEI Nº 2.497, DE 31 DE JULHO DE 2002 -
Dispõe sobre a realização de esterilização
cirúrgica voluntária, sob as formas de
vasectomia e laqueadura tubária, pela rede
pública hospitalar, no Estado de Mato
Grosso do Sul, e dá outras providências.
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Art. 5º Cabe à instância gestora do Sistema Único de Saúde – SUS, guardado o
seu nível de competência e atribuições, cadastrar, fiscalizar e controlar as instituições e
serviços que realizam ações e pesquisas na área do planejamento familiar.
Parágrafo único. Só podem ser autorizadas a realizar esterilização cirúrgica as
instituições que ofereçam todas as opções de meios e métodos de contracepção
reversíveis.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
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sociedades civis, prestadores de serviços ou agentes públicos que, por atos de seus
proprietários ou prepostos, discriminem mulheres em função de seu gênero, ou contra
elas adotem atos de coação ou violência, tais como exigência ou tentativa de vantagem
da mulher por parte do patrão ou preposto mediante ameaça da rescisão contratual.
Art. 4º Para efeito do artigo anterior consideram-se, entre outros, atos
atentatórios ao direito da mulher ao trabalho:
I - violência moral e física;
II - revista na entrada e saída de órgão, instituições ou estabelecimentos
comerciais ou industriais;
III - exigência ou solicitação de exames ou quaisquer tipos de testes para
verificação de estado de gravidez em processos de seleção para admissão, emprego ou
permanência nele;
IV - exigência ou solicitação de comprovação de esterilização para admissão no
emprego;
V - exigência de exame ginecológico periódico, como condição de permanência
no emprego;
VI - discriminação de tratamento a mulheres casadas ou mães nos processos de
admissão, treinamento, rescisão de contratos ou permanência no emprego.
Art. 5º O descumprimento da presente Lei será apurado através de processo
administrativo a ser instaurado no órgão estadual responsável pela política de proteção
aos direitos da mulher.
Parágrafo único. No caso do descumprimento partir de agente público, este
responderá administrativamente junto a seu órgão de lotação nos moldes disciplinares
do Serviço Público Estadual.
Art. 6º O órgão do Governo Estadual responsável pela política de proteção dos
direitos da mulher, juntamente com o Conselho Estadual da Mulher, em articulação
com outros setores da sociedade civil, deverá promover campanhas de prevenção e
combate à discriminação da mulher no trabalho.
Art. 7º No caso do descumprimento desta Lei serão aplicadas as seguintes
penalidades administrativas:
I - advertência por escrito;
II - multa de 100 (cem) UFERMS;
III - suspensão por 30 (trinta) dias de participar dos processos licitatórios
estaduais, em caso de primeira reincidência.
Art. 8º Os recursos provenientes das multas deverão ser depositados na conta
do FIS (Fundo de Investimento Social).
Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Pág. 59 de 68
36. LEI Nº 2.418, DE 30 DE JANEIRO DE 2002 -
Dispõe sobre o fornecimento gratuito de
preservativo feminino pela Secretaria de
Estado de Saúde e dá outras providências.
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Art. 1º Fica instituído o Parto Solidário, em Unidade de Saúde da Secretaria de
Estado de Saúde, bem como nos serviços privados de saúde, com o objetivo de
assegurar melhor assistência às parturientes.
Parágrafo único. O Parto Solidário a que se refere o caput deste artigo
compreende o direito da parturiente dispor de acompanhante durante sua estada em
estabelecimento de saúde, com o objetivo de apoiar e assisti-la, durante os exames pré-
natais, parto e puerpério.
Art. 2º A permanência de acompanhante em enfermaria, quarto ou apartamento
será precedida de solicitação da parturiente à direção do estabelecimento, com
indicação e identificação expressa do nome, endereço e grau de parentesco da pessoa
designada.
Parágrafo único. Os atos praticados pelo (a) acompanhante nas dependências
dos estabelecimentos referidos no art. 1º são de inteira responsabilidade da parturiente
ou de seu representante legal.
Art. 3º Os cursos de pré-natal, ministrados por instituições de saúde ou
entidades religiosas, incluirão orientação pós-parto, extensivas aos futuros
acompanhantes.
Art. 4º Caberá à Secretaria de Estado de Saúde, de acordo com as normas do
Ministério da Saúde, instituir a orientação e fiscalização dos estabelecimentos e
serviços de saúde, em relação às normas instituídas por esta Lei.
Art. 5º É facultado ao Poder Executivo, com interveniência da Secretaria de
Estado de Saúde, celebrar convênios e outros instrumentos de cooperação, na
promoção de medidas de humanização do parto, com órgãos públicos federais,
estaduais e municipais e com universidades e organizações não governamentais,
visando o acompanhamento e avaliação de ações decorrentes desta Lei.
Art. 6º Os serviços de saúde abrangidos por esta Lei deverão adotar as
providências necessárias ao seu cumprimento, no prazo máximo de 120 (cento e vinte)
dias de sua publicação.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.
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38. LEI Nº 2.320, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2001
- Dispõe sobre a obrigatoriedade de
realização de Exame Sorológico de Pré-Natal
em mulheres grávidas para diagnóstico
precoce de vírus da AIDS, das hepatites B e
C e dos relacionados a leucemia, linfoma e
alterações neurológicas nas unidades básicas
de saúde da rede pública estadual e
estabelecimentos hospitalares congêneres no
Estado de Mato Grosso do Sul.
Pág. 62 de 68
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Pág. 63 de 68
VI - a comissão encarregada do processo administrativo disciplinar será
composta por servidores dos dois gêneros e seu presidente será do mesmo gênero da
vítima;
VII - quando a vítima for servidor público, terá direito, se requerer, a:
a) remoção temporária, pelo tempo de duração da sindicância e do processo
administrativo;
b) remoção definitiva, após o encerramento da sindicância e do processo
administrativo.
VIII - quando a vítima estiver sob a guarda de instituição estadual terá direito,
se requerer, a remoção temporária pelo tempo de duração da sindicância e do processo
administrativo.
Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
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§ 2º No caso de realização anterior do teste, seu resultado será juntado ao
prontuário da gestante, e, bem assim, no caso de recusa, a declaração respectiva.
Art. 2º A rede pública estadual de saúde oferecerá, gratuitamente, a todas as
mulheres gestantes carentes nela atendidas, a realização de testes de detecção de
eventual contaminação pelo vírus HIV.
Parágrafo único. Considera-se gestante carente, para os efeitos desta Lei, a
mulher que declarar, por escrito, não possuir meios de realizar os testes sem prejuízo
do sustento próprio ou do sustento de sua família.
Art. 3º Após o parto da gestante carente infectada pelo vírus HIV, o Estado,
através de sua Secretaria de Saúde, fornecerá, pelo período mínimo de 18 meses, leite
desidratado para a alimentação da criança.
Parágrafo único. O leite desidratado tratado neste artigo, a ser fornecido aos
filhos lactentes de mães portadoras de HIV, será do tipo definido pelo Conselho
Estadual de Saúde, que estabelecerá, entre outros critérios, o tipo de leite a ser
fornecido em cada etapa da lactação.
Art. 4º Os estabelecimentos privados, pertencentes a pessoas, empresas ou
entidades sem fins lucrativos, conveniados ao SUS no âmbito do Estado de Mato
Grosso do Sul, bem como os estabelecimentos públicos pertencentes aos municípios,
que realizem atendimento às gestantes carentes, adotarão o comportamento
preconizado pelo artigo primeiro e seus parágrafos, sob pena de descredenciamento.
§ 1º As gestantes carentes atendidas nas unidades de saúde de que trata este
artigo serão encaminhadas a realizar o teste, que será custeado na forma do artigo
segundo desta Lei, em estabelecimentos a serem credenciados pela Secretaria de
Estado de Saúde, ouvido o Conselho Estadual de Saúde.
§ 2º A Secretaria de Estado de Saúde credenciará tantos estabelecimentos
quantos sejam necessários para que a gestante não tenha de se deslocar mais de 50 km
(cinqüenta quilômetros) de seu domicílio para a coleta do material necessário à
realização do exame.
§ 3º O resultado dos exames das gestantes que houverem de se deslocar de seu
domicílio para a coleta de material será enviado, por via postal, à unidade que houver
encaminhado a gestante para exame.
Art. 5º A unidade de saúde que realizar o atendimento da gestante carente na
forma deste artigo fornecerá aos filhos daquelas que forem portadoras do vírus HIV,
pelo período mínimo de 18 meses, leite desidratado para a alimentação da criança, na
forma do artigo 3º e seu parágrafo desta Lei.
Parágrafo único. A Secretaria de Estado de Saúde ressarcirá, no prazo máximo
de 30 dias, as despesas que cada unidade de saúde conveniada tiver com o
fornecimento de leite desidratado previsto neste artigo.
Art. 6º A Unidade de Saúde que, regularmente notificada a adotar o
procedimento prescrito nesta Lei, deixar de fazê-lo terá imediatamente suspensas as
transferências de recursos do SUS, e contra ela será instaurado procedimento
administrativo destinado ao seu descredenciamento.
Art. 7º O Poder Executivo Estadual, no prazo máximo de 30 dias da publicação
desta Lei, expedirá Decreto específico regulamentando os procedimentos
administrativos a serem adotados para seu fiel cumprimento.
Pág. 65 de 68
Art. 8º Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a suplementar ou, se for o
caso, a abrir crédito especial nas dotações orçamentárias previstas no orçamento geral
do Estado para o ano de 1999, necessárias ao atendimento das despesas decorrentes
desta Lei, até o limite de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), mediante a anulação
total ou parcial de outras dotações orçadas, sem prejuízo das suplementações já
autorizadas na Lei Orçamentária.
Art. 9º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições contrárias.
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Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.
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Art. 1º A Servidora Pública Estadual sujeita ao regime de 40 (quarenta) horas
semanais e que tenha filho excepcional, fica autorizada a afastar-se do trabalho em um
dos seus turnos.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se Servidora Pública
Estadual a prestadora de serviço vinculada a Administração Direta, Indireta,
Fundação, a Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.
Art. 1º Fica assegurado a servidora pública estadual, sujeita ao regime mínimo
de 40 (quarenta) horas semanais e que tenha filho portador de deficiência, o direito de
se afastar do trabalho em um de seus turnos. (redação dada pela Lei nº 1.656, de 18 de
março de 1996, promulgada pela Assembleia Legislativa)
Art. 1º A servidora pública estadual sujeita a regime de trabalho de dois turnos
de no mínimo 36 (trinta e seis) horas semanais e que tenha filho portador de deficiência
e/ou excepcional, fica autorizada a afastar-se do trabalho em um dos seus turnos.
(redação dada Lei nº 1.809, de 17 de dezembro de 1997, sancionada pelo Governador)
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo considera-se servidora pública
estadual a prestadora de serviço remunerado, vinculada a qualquer dos Poderes do
Estado ou a pessoa de direito público e privado, vinculado à Administração Pública,
independente do cargo público em que teve investidura. (redação dada pela Lei nº
1.656, de 18 de março de 1996, promulgada pela Assembleia Legislativa)
Art. 2º O afastamento de que trata o artigo anterior, dependerá apenas de
requerimento da interessada, acompanhado de laudo médico e certidão de nascimento.
Art. 3º O afastamento será concedido pelo prazo de 01 (um) ano, podendo ser
renovado, sucessivamente, enquanto perdurar a situação, observado o disposto no
artigo 2º.
Art. 4º O período de afastamento será considerado como de efetivo exercício,
para todos os efeitos legais.
Art. 5º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
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