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JANEIRO, FEVERE1R0 DE 1962
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A Sra.
Léa(Celmar)Padilha
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É o o motor do seu carro também prefere. A bomba dágua * — no Dauphine

que
uma pequena peça — responde pela circulação da água no bloco do motor. Mas,
antes de continuarmos, v. poderia perguntar: água... ou ar? Água, decididamente. ,—^ \~e~-
RENAULT
— como em 97% das marcas de veículos no mundo inteiro. Água pode refrigerar o W
motor também por dentro, manter uma temperatura mais uniforme, e ainda resfriar / J
o óleo — que não perde sua viscosidadeelubrifica melhor. E água não requer ventoinhas JMZO® — o de dirigir
dirlglr
O carro gostoso
barulhentas, que para serem acionadas gastam boa parte da fôrça produzida pelo motor. "SINTA"
CONCESSIONÁRIO E DIRUA UM DAUPHINE. tÉ PRECISO QUE V.
PRQCURE UM CONCESSIONARIO
do Dauphine. Há inú- PRAZER DE GUIAR.
(O resfriamento a água é um dos muitos pontos de superioridade MÃOS, PARA DESCOBRIR 0 VERDADEIRO
ÊSTE CARRO NAS MAOS,
£STE
meros... porque o Dauphine é um carro moderno, atualizado. Um carro do nosso tempo.)
- FABRICANTE DE VEÍCULOS DE ALTA QUALIDADE - SÀO BERNARDO DO CAMPO, ESTADO DE SÀO PAULO
UM PRODUTO DA WILLYS"OVERL A ND
— I.I. —H ^\..aN B '//Wf I
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Manchete
REVISTA SEMANAL
* *
N. 514 Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 1962 Ano 9
SUMÁRIO
fc_:S' $' i(?$ji, - ¦>'<:"rîfe ™& "' wiaKiKt"'^ *"f-'- ,fW^> ¦

PAUSA NA GUERRA FRIA 6
MASSACRE DE UMA FAMÍLIA 10
RUBEM BRAGA 21
POSTO DE ESCUTA 22
SONHO DE UMA NOITE DE CARNAVAL. 24 -*«¦# • ^^HHl^.'v>,.. ' * ''l • J^L

-;w; Jf^*'
:!" ^T % , .. -'-j|f ?¦
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OS FILHOS BRASÍLIA 27 %«
DE K EM
ELEGÂNCIA NAO SE COMPRA 28
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•
HENRIQUE PONGETTI 39 $
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A VIDA INTIMA DE BB 40 ''if.:';v - *JP -M*
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PORTTNARI ....-: 46 #
PAULO MENDES CAMPOS 54

*
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NOTICIAS VALEM MANCHETE .... 57 ¦BdK r^^9wt,> y"V>..J¦ f J/' ."'*'i
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QUE £•'.>^Vi^?j^'i«juf!? • .^vjk".^. •w!'^':'H--; •, ¦' ;$• * .¦ •' *• -"
A LOUCURA ERROU O ALVO 58
FERNANDO SABINO 63
O MERCADO DAS VACAS GORDAS 64
SAN THIAGO PERANTE A CAMARA .... 69
A MARCHA DO AMANHECER 70
>• |w • ,• •- :
Sit®™
HELENA SANGIRARDI 75 to » .'"v
E AGORA, DRUMMOND? 76
OS AMAVEIS TIRANOS DO PENTEADO .. 78
ORSON WELLES QUER O LUGAR DE

¦ ¦ ¦af^2wIÊ*i3SEEMs^^HiH!^^^KM?HiiiHiH^BliiliHlE
. KENNEDY 82
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B*HiSo£|K'7!iuPM3i.'Hii*M'i*rn *MnBiiiM« pKffniiiMii»>yM» PTHMIIISTIITM^bkm »3»T^B
PHILIP, EMBAIXADOR DA SIMPATIA E DA
AMIZADE 86
O MUNDO EM MANCHETE 88
CLAUDIUS 90
Nossa capa: Sra. Léa (Celmar) Padilha, uma das eit-
trevistadas de *'Elegância
lbrahim Sue d sobre o terna
não se comyra", à 28. de Hélio Santos.)

página (Foto
IMPRESSA E EDITADA POR RUBEM BRAGA, JACINTO DE THORMES, HELENA CURSAL DE SAO PAULO : silva neto, TÓQUIO : irasíia imassé; MONTEVIDÉU :
BLOCH EDITORES S. A. SANGIRARDI, ALBERTO SHATOVSKY, CLAUDIUS E * SUCURSAL
GERALDO MÓR1 JORGE E SÉRGIO radeck balcârc:el; NOVA
IORQUE : clAudio
RONALDO BÔSCOM * FOTOGRAFIA: DE BRASÍLIA : murilo melo filho e jáder campuiano; LIMA: don micro * DEPAR-
PRESIDENTE: adolpho bloch * DIRETORES: CHEFE: nicolau drei * REPÓRTE- neves * CORRESPONDENTES NO BRASIL: TAMENTO DE PUBLICIDADE : DIRETOR :
O SC AH BLOCH SIGEL MANN E PEDRO JÀCX KAPELLER R E S : GERVÁSIO BATISTA,
JANKIEL GONCZARO- AMAZONAS: phelipe daou; PARÁ: oswaldo DIRCEU T ô R R E S NASCIMENTO,* ASSIS-
DIRETOR RESPONSÁVEL: nélson *
alves WSKA, GIL PINHEIRO, CARLOS KERR, JUVENIL DE mendes; CEARÁ: josé Raimundo costa; PER- TENTE: Francisco augusto nascimen-
MANCHETE * DIRETOR: justino martins * SOUZA, FELI9BERTO ROOÉRIO, VICTOR (JOMFS, NAMBUCO : alexandrino rocha; BAHIA : to; SAO PAULO: díscio Corrêa da
CHEFE DE REPORTAGEM: arnaldo niskier * JOSÉ AVEI>INO, ALBERTO JACOB, TOLENTINO <K)- GUILHERME SIMÕES; MINAS : MARCELO C. silva e sxlvio tose * REDAÇAO E ADM1NIS-
REDAÇÃO: Raimundo Magalhães júnior, zevi MES, ANTÔNIO TRINDADE, NÉLSON SANTOS, EVE- TAVARES; ESPIRITO SANTO: setembhino TRAÇAO : rua frei 511. caneca,
tels. :
GHIVELDER, OTTO LARA RESENDE, RAUL GIUDI- LINE MUSKAT E HÉLIO SANTOS » *
RELA- pelissari; PARAÍBA : linduarte noronha 32-4355 e 32 0300, riode janeiro * BUREAU
CELLI, FERNANDO
PINTO, CORDEIRO DE OLIVEIRA, Ç õ E S PÚBLICAS : roberto de vascon- SANTA CATARINA: ilmar carvalho DE BRASÍLIA
: casa 222 da qg. n.» 16 da
LUIZ CARLOS SARMENTO, NEY BIANCHI, MARCELLO cellos * ARTE: wilson passos e paulo ta- * RIO GRANDE DO
SUL : carlos camargo caixa econômica, tel. 2-4013. BUREAU DE
ESCOBAR, WILSON SILVA E PAULO AFONSO GRI- vares * ARQUIVO: * »
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Ao cabo de longas ne-
fria".
os Estados Unidos
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| resolveram trocar na semana
H^Htps wk ,rv-I!' um prisioneiro russo

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um norte-americano que
por
se achava numa da
prisão
União Soviética. 0 russo era
o Coronel Rudolf Abel, preso
americana sob
pela polícia
a acusação de espionagem.
Acusação, é claro, jamais
admitida acusado e pela

1 pelo
URSS. É o sempre acon-

| que
tece, onde um agen-

^ quer que
te russo seja surpreendido.

^
0 norte-americano era o Ca-
|
Francis Powers, que
^ pitão
caiu em território russo, de

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ao ter seu avião

'j | pára-quedas,
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I abatido um foguete
U-2 por
™ teleguiado. *' '

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SEGUE
O SOVIÉTICO ABEL JA SE ENCONTRA EM MOSCOU
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EM TEMPO DE GUERRA
TANTO POWERS COMO ABEL TERIAM
SIDO SUMARIAMENTE FUZILADOS
MAS AGORA
"Premier"
ocasião, o Nikita Kruchev fêz veemen- nfio distinguir coisa alguma da Mas
poderia paisagem.
NAte denúncia e deitou a perder a Conferência de o ôlho mágico das poderosas câmaras telescópicas espe-
Cúpula, em Paris, onde devia ter-se encontrado com o ciais funcionava muito
perfeitamente, vendo bem por
Presidente Eisenhower, o Presidente Charles de Gaulle êle. Alguns filmes foram rodados, enquanto o magne-
e o Primeiro-Ministro da Inglaterra, Harold MacMillan. tofone também trabalhava sem cessar, na escuta das
"show"
Reagindo ao de publicidade mundialmente radioemissões soviéticas. Tudo calmo e sereno. Nenhum
encenado pelo Primeiro-Ministro da URSS, Eisenhower avião soviético ao alcance do radar! Mas, de repente,
fêz um longo e franco discurso, no sem usar de o menos esperava, uma explosão. E o ins-
qual, quando piloto
artifícios ou de hipocrisia, assumiu a responsabilidade tinto de conservação se impôs a Powers, acionou,
que
pela presença do avião de observação americano em automaticamente, a cabina ejetora e se lançou no es-
céus soviéticos. Asseverou que os métodos sutilmente süstido vigoroso Mais um mi-
paço, pelo pára-quedas.
utilizados pelo comunismo haviam imposto ao seu nuto, talvez, e a salvação teria sido impossível, o
país pois
a obrigação de procurar por quaisquer meios e modos U»2 embicava, em chamas, rumo ao solo.
as informações consideradas vitais para a sua defesa e O resto é sabido: os longos interrogatórios, a trans-
segurança. Os Estados Unidos, aliás, exercendo contínua ferência, sob forte Moscou, a exuberante
guarda, para
vigilância sobre os agentes estrangeiros, haviam con- denúncia de Kruchev e a sua acintosa atitude em Paris,
seguido, em 1957, recolher a uma prisão o Coronel Ru- o longo e minuciosamente e,
julgamento preparado
dolf AbeL Havia, assim, homem a dar em troca do pi- fim, a condenação de Powers, não à morte, como
por
OS PAIS DO AVIADOR FRANCIS POWERS. PRESENTES A SEU «JULGAMENTO,
lôto Francis Powers, amèaçado de passar tôda a muitos esperavam, mas a uma relativamente bran-
parte pena
útil de sua vida numa prisão soviética. da. Hoje, bem a razão os soviéti-
percebe-se pela qual
Em Moscou, durante o julgamento de Francis cos, não trepidam em aplicar a de morte aos
que pena
Powers, para o qual foi mobilizada a máquina da pu- seus nacionais, fizeram de preservar
próprios questão
blicidade soviética e onde estiveram jornalistas do mun- tanto a vida como a saúde do Francis Powers.
piloto
inteiro, as acusações foram menos ao piloto do U-2 do Êle constituía um elemento de troca, valia a vida de um
que aos militares do Pentágono e aos estadistas ameri- agente soviético, respondia segurança de um cida-
pela
canos, apontados como fabricantes de uma tensão arti- dão soviético colhido no exercício das mesmas ativida-
ficial, para o fim de justificar o início de uma nova des. A Embaixada dos Estados Unidos em Moscou foi
guerra mundial. Os dirigentes soviéticos estavam par- autorizada a estabelecer contato com Powers, preceden-
ticularmente orgulhosos de poderem mostrar, naquele te depois, aproveitar à URSS. Os pais e a
que poderia,
julgamento, um aviador norte-americano, vivo e são, esposa do tiveram visto nos passapor- E I
piloto prisioneiro
capaz de falar* no tribunal, quando interrogado a res- tes a Capital soviética com a maior facilidade. Em
para
peito de sua missão. Francis Gary Powers, de 30 anos suma: Powers foi mostrado ao mundo oficial e aos pa-
"Está
de idade, admitiu que, sendo capitão da USAF, deixara rentes, como diz: nas vossas mãos obtê-lo
quem
o serviço regular para aceitar um contrato que lhe fôra de volta, um dia, troca com um dos nossos cidadãos."
por
oferecido, em fins de 1959, pelo Sr. Allan Dulles, dire-
tor da Agência Central de Informações, dos Estados Foi o se deu, depois de longas negocia-
que agora,
Unidos, com o salário mensal de 2.500 dólares, quase o Mais uma vez os soviéticos tirar
ções. procuraram pro-
pagamento de um artista de cinema. E foi trabalhar sob veito do caso Powers, afirmando ao
publicitário que,
a direção do Coronel William Sheldon, chefe da Unida- despedir-se do diretor da de Vladimir em
prisão que
Especial Indjirlik, "Asseguro-lhe
de número 1.010, sediada em perto estivera encarcerado, êle dissera: que
BARBARA POWERS, A ESPOSA DO PILOTO, FOI VISITÁ-LO EM MOSCOU E AGORA SI
de Adana, na fronteira turco-síria. Daí êle devia voar nunca mais, em minha vida, voarei sobre território da
•sobre
o território soviético, fazendo funcionar ultra-sen- União Soviética." As negociações a troca se
para pro-
síveis aparelhos fotográficos que levava a bordo. Devia cessaram sigilosamente. Powers, tinha sido conde-
que
igualmente utilizar moderníssimo magnetofone, re- nado a 15 anos de cumpriu menos de dois anos
para prisão,
gistrar emissões, cifradas ou não, feitas bases so- da pena que lhe fôra imposta. O agente soviético Ru-
pelas
viéticas que sobrevoasse. No itinerário do U-2 estavam dolf Abel, que, sendo homem idoso, iria morrer encar- 'i
algumas bases aéreas, postos de radar, depósitos de com- cerado, estava condenado a 30 anos. A troca, depois de
bustíveis, instalações de teleguiados e importantes cen- ajustada por via diplomática, com a aprovação de Ni-
tros industriais. Foi o que sustentou a acusação, duran- kita Kruchev, por um lado, e do Presidente Kennedy,
te o julgamento. outro, efetuou-se em Berlim, cujas barreiras in-
por
Powers, porém, foi abatido. Em seu poder, os sovié- transponíveis foram levantadas, para que êsses dois ho-
ticos, que logo o capturaram nas proximidades de mens a cruzassem em sentido oposto. A cerimônia,
Sverdlovsk, encontraram dinheiro soviético e alemão, breve e reservada, realizou-se numa chuvosa e cinzen-
algumas peças de ouro, uma pistola com silencioso, uma ta manhã: eram 2 horas e 52 minutos quando Powers
longa agulha envenenada (talvez para a hipótese, que atravessou a linha divisória para o norte-ameri-
setor
"cor-
não se verificou, de um suicídio heróico), dois relógios cano, ao mesmo tempo que Abel a cruzava para a
de ouro e sete alianças, também de ouro. Foi exatamen- tina de ferro". As únicas testemunhas dêsse ato, que
te no dia 1.° de maio de 1960 que Powers partiu para inegavelmente alivia a tensão da guerra fria, foram
a sua última missão sobre o território soviético. Voava poucos funcionários norte-americanos e soviéticos, além
êle tranqüilamente, em seu poderoso avião. De cima, dos guardas da fronteira de ambas as nacionalidades.
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Antônio Santana recebera ordem terminante de seu se apresentar ao trabalho, no sábado,

patrão para
8 de
LUÍS fevereiro, o mais cedo Sério, de o José Bugarotty, não gostava de
possível. poucas palavras, patrão,
ser desobedecido. Repetiu, ainda uma vez, a recomendação, dizendo:
— Temos uma encomenda urgente, deve ser terminada a tempo...

que
Foram as últimas do sócio da oficina de estofamento da Rua Dona Romana n.° 230 que seus em-
palavras
ouviram. No dia seguinte, Luís Antônio, Clidenor Costa Coutinho e três outros empregados lá che-
pregados
cedinho, como o recomendara. Estranharam, êste ainda não se tivesse levantado, para
garam patrão porém que
abrir a Em frente à casa, estava o da firma, não tinham visto ali, na tarde anterior. Bateram
porta. jipe que
Ninguém respondeu. Nem Bugarotty, nem sua esposa, nem seu sócio, Mário Kalil João Gaze, também
palmas.
"Turquinho"
conhecido alcunha de Mário e costumava dormir nos fundos da casa, desde que, há
pela que
meses, se separara de sua esposa, Mary Brito Gaze. SEGUE
Reportagem de Alberto jacoti»

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HBMWMBMBWMMEMM^^^^^^^^^^,, SiSp rtr^®^^®^<K®'J(*®1 * wW?5
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.'
Na foto anterior,
na
José Bugarotty, morto
na oficina.
rficina. Sua
Soa
espôsa, Hannelore,
morreu na satã em
que
via televisão.
«Mi
WÊÊM
ÜS
silêncio, tão prolongado, começou a preocupá-los. Foram a

AQUÊLE
um telefone e discaram para 29-5895. Era o telefone da casa. A cam-
fl
-elM#®^''- "•W*'
painha vibrou longamente. Nada! Nem a voz da criada, que era sempre
matinal. Voltaram. Bateram ainda com mais força. Sempre o mesmo silêncio! CONFESSOU
Então, Luís Antônio Santana, encorajado pelos companheiros, saltou o
muro e foi aos fundos da casa investigar o que havia. Não demorou muito.
Voltou, correndo, pálido e desfigurado pela violenta emoção.
r, — Gente! O Morto! No meio de um rio de sangue! i POLICIA
patrão...
Pulou o muro, outra vez. Correram ao telefone mais próximo. Chama-
ram nervosamente a polícia. Não demorou a chegar um carro com o delegado
José Marques e três detetives. Os policiais, ao entrarem na casa sinistra,
TER
depararam com o mais terrível e brutal de todos os espetáculos: tinha
havido não um simples assassinato, mas um verdadeiro massacre. Toda a
família fôra eliminada. José fôra morto na oficina, localizada nos fundos,
sem ligação com a casa. Recebera um tiro na cabeça, além de violento
ASSASSINADO
golpe desferido com uma estatueta, que ficara em pedaços. D. Hannelore
fôra abatida com um tiro, que penetrou na região palpebral direita e va-
rou-lhe o cérebro. A linda menina Rosaly, de 4 anos, fôra estrangulada
com seu próprio casaquinho de lã. E sua irmãzinha Ivone, outra bonequinha
0 SEU
loura, com a camisinha que vestia no momento. O maior número de feri-
mentos era apresentado pelo cadáver da empregada, Maria da Costa Graça,
que morreu na cozinha, onde preparava o jantar. Apresentava diversos
golpes produzidos por faca nas mãos e nas coxas, além de um tiro na cabeça.
SÚCIO
Tendo, decerto, visto o assassino e seus comparsas (pois o crime parece
não ter sido obra de um só indivíduo) foi, por isso, eliminada, depois de
ter lutado obstinadamente contra os
criminosos.
"Turquinho",
Número um da lista dos suspeitos, Mário que estava de-
saparecido, foi logo procurado pelas autoridades policiais. Sua ex-espôsa
esclareceu que Mário tem fúrias repentinas, pertencendo a uma família de
psicopatas. Um dos seus tios, Napoleão Gaze, está internado na Colônia

Juliano Moreira, enquanto que outro, Miguel Gaze, também mentalmente
afetado, está sob custódia, em casa. Outra pessoa da família, Lourdes
"Tur-
Matuki, morreu num manicômio. Além de ter gênio violento, Mário
quinho" bebe imoderadamente, chegando às vêzes a ingerir quase um litro

de aguardente num só dia. A princípio, Mário e José Bugarotty eram
unidíssimos. Conheceram-se talvez ao acaso e logo se identificaram, fa-
zendo-se sócios de uma curiosa firma. A razão social invocava apenas seus
prenomes: José & Mário. Estavam licenciados como estofadores. E real-

mente estofavam móveis e fabricavam colchões. Tal atividade parecia ser,
porém, uma simples fachada para dar aparência legal ao verdadeiro ne-
Uma das vítimas da brutal tragédia foi a menina a se dedicavam. Nos cartões, usados tanto por um como
gócio que pelo
anos, morta estrangulamento. "COM- MARIO
Rosaly, de quatro por outro, via-se exerciam atividades muito diversas. Nêles se lia: KALIL JOÃO GAZE,
que
PRA-SE TUDO. Enceradeiras, aspiradores, ventiladores, geladeiras, vitro-
Ias, rádios, televisões, projetores, máquinas de escrever e de costura, an-
tigüidades, etc." Havia a indicação de um telefone: 29-5859. E mais esta
"Atende-se
advertência: todos os dias, inclusive aos domingos". Faltava,
"Rua
porém, o enderêço, acrescentado sempre a lápis: Dona Romana 230".
Era a casa onde morava José Bugarotty, com a sua família, e onde vivia,
"Turquinho".
I também, nos fundos, Mário
I 11
Segundo uma das versões, D. Hannelore Bugarotty, que costumava ir
pessoalmente à padaria fazer compras, teria insistido com o marido para

"Turquinho" "Compra-se
que cortasse relações com e desfizesse a sociedade.
tudo...". Para a Polícia, tão ampla declaração juntamente com a lista
dos objetos que êles adquiriam, é interpretada como uma confissão dos es-
tofadores, os quais seriam meros receptadores de tôda a espécie de furtos,
praticados por ladrões especializados na invasão de domicílios.
"TURQUINHO"
BUGAROTTY E SE DEDICAVAM
I ^^BS' .* fflf
3 i v *
A NEGÓCIOS ILÍCITOS
O campo de operações dos dois sócios era, principalmente, a zona do

baixo meretrício, onde entravam em contato com o submundo carioca, com
"ventanistas" "escrunchantes".
os ases do roubo e Teria, porém, surgido
uma terrível animosidade entre ambos, pois, sempre que podiam, realiza-
^S'^B '
^sP^wEr m^^sl
.S i . ¦ ."t ¦ mk3
^K |^^WF vam transações ocultas e rendosas, sem conhecimento mútuo. José se con-
sideraria lesado por Mário, num negócio de jóias com um argentino. E, sob
pressão da esposa, teria rompido com o outro, que dois dias antes da tra-
gédia, ainda era seu sócio'e dava quitação de quantias que recebera em
nome da firma.
Quando a polícia Iniciou suas investigações ficou sabendo, por Clide-

nor, que êste tentou ir à oficina, cerca das 18 horas e 30 minutos, mas Mário,
que se encontrava num bar próximo, interveio, dizendo-lhe que lá não fosse
"zona"
porque José e êle já iam sair, no jipe da firma, para a (Mangue
e adjacências). Clidenor, desprezando seus conselhos, declara ter voltado
¦M? '
depois por duas vezes à casa, às 20 e às 22 horas, encontrando-a, porém,
sempre fechada e com as luzes apagadas. Descobriu também a polícia que
a ex-espôsa de Mário fugiu com as filhas de sua casa para a de sua mãe,
I
jStm ^pP temendo ser também eliminada. Os e outros de Mário foram
pais parentes
descobertos pela polícia, na Rua Pache Faria, no Méier, para interrogató- ¦
O corpo da criada Maria, como foi encontrado na rios. Seu pai e seu irmão tentaram convencer a polícia de que Mário ali
cozinha dos Bugarotty, terrivelmente esfaqueado. pernoitara, tendo chegado em casa por volta das 20 horas.
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TAMBÉM
TAMB£M "TURQUINHO",
CONHECIDO COMO S6CIO
SÓCIO DE JOSÉ
JOS6 BUGAROTTY,, ERA INTERROGADO E, EMBAIXO, AS DUAS CRIANCINHAS MASSACRADAS.
QUANDO
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Na Europa os meses de abril
e marcam o início de
maio ^||^7
junho
uma longa temporada de festivais e

J%kr
e vis-
divertimentos
XSS>As paisagens
têm muito mais encanto. As

tas favoritas
diversões seu brilho e entusiasmo
||§ff por
novos fazem a Europa

sempre
que
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o
LEITOR
MANO
EM
â§ «li
; • ~
' Q1Q1'
tém ampla reportagem sôbre os jar-

Louis
Joe dins de Brasília.
"Muito
boa a idéia de dar ao cto-
Enfermagem UM PROGRAMA INTEIRA-
nista Paulo Mendes a tarefa de co-
inentar a luta Êder-CaldweU", escreve MENTE DEDICADO AOS
o Sr. Pedro Pôrto, de São Paulo. Mas Clélea Pontes, da Comissão de Re-
a sua carta se refere, mais especlfi- lações Públicas da Associação Brasi- QUE DIRIGEM VEÍCULOS:
"No
a uma leira de Enfermagem, escreve:
camente, piada de Joe Louis,
publicada nesta seção através da cor- mês de maio, no período de 12 a 20,
"Antes
respondência de outro leitor: comemora-se em todo o País a semana
da sua luta com Billy Conn, o grande da enfermeira. Êste ano pretendemos
teria dito: Êle dar maior ênfase à data. Poderíamos
campeão pode correr,
mas não Na verda- contar com a sua colaboração?"
pode esconder-se.
de, quem se escondeu a luta inteira Claro.
foi o próprio Joe Louis e, ainda, se
conseguiu acertar no décimo-terceiro Retificação
101 0
assalto o murro que definiu a luta BOM DIA,
em seu favor, foi
porque Billy Conn
Do Sr. Luís Bezerra de
B. Melo,
não estava correndo." "Lendo
de Recife, recebemos: nessa
revista uma interessante reportagem,
Delgado sob o título Um Jovem de 80 Anos,
realçando a obra realizadora do ilus-
Antônio Guilherme Gomes tre e dinâmico industrial patrício,
José
MOTORISTA
Pereira, remete-nos o seu enderêço em Cel. José Pessoa de Queiroz, sinto-me,
Curitiba, Paraná, com o cuidado de na de filho de Othon
qualidade
"33 dever de
acrescentar: anos, 6 anos no Bra- Lynch Bezerra de Melo, no
Mensagens, informações, tudo
sil, natural de Beira, Portugal." Êle solicitar de V. S.a a fineza de acolher
"os
afirma conhecer usos e costumes uma retificação, na parte em que o au- o que interessa aos profissio-
da minha terra, inclusive daque tor da reportagem em tela afirma que
nais do volante e aos motoristas
chamam a famosa PIDE", e ficou in- Othon Bezerra de Melo, proprietário
hotéis, foi
dignado ao ler o relato
que publi- de grande cadeia de
uma amadores, num programa que a
camos sôbre a participação do Gene- seu auxiliar e estabeleceu-se, por con-
ral Humberto Delgado na recente e ta do patrão, 35 anos atrás. A afir-
fracassada rebelião portuguêsa. Diz, mativa, Sr. diretor, é fruto de algum
"A meu saudoso
entre outras coisas: reportagem equívoco, pois o pai
tra- RÁDIO MAYRINK VEIGA
nil
encerra uma série de mentiras in- faleceu em 1949, no Recife, não
fantis." | balhou como empregado do Cel.
José
Pessoa de Queiroz, nem tampouco
transmite, de terça a sábado, às 5 horas
de firma pelo mesmo cbe&ada."
Veracidade manha, num oferecimento de
da
Iemanjá
Já o leitor Radamés Bastos, do Rio,
ficou entusiasmado com a entrevista GMPEIE
"A
do General Delgado e ressalta: Outro do leitor Murilo
protesto, — repete!
quem bebe Grapete...
fotografia do revolucionário em fren- Krieger, de Brusque, Santa Catarina:
"No deu
te a um cinema de Madri serve número 508, MANCHETE
para
tapar a bôca de todos os incrédulos. ampla cobertura ao ritual de Iemanjá,
Só achei mal contada a história do levado a efeito nas praias cariocas.
Como é possivel que um Achei — e ainda considero — uma re-

passaporte.
documento tão importante tenha che- ridícula, sôbre atos que
portagem
menos, às mãos ou nada, têm de e
gado, sem mais nem pouco, poético
de Delgado ?" apenas revelam superstição e ignorân-
cia. Só a fotografia da mulher fu-
mando charuto, tendo nos braços
Belo Horizonte
uma criança, diz tudo."
Pouco tempo atrás, um leitor escre-

Américas
veu-nos sugerindo uma reportagem
fotográfica sôbre Belo Horizonte, com
"O
os senhores pretenderam
o eventual titulo de A Vertigem Mi- que
dizer com o titulo da reportagem
neira. Agora, o Sr. Rubens Santos, ca-
sôbre a volta do Chanceler San
rioca em visita àquela cidade, diz que ¦
"fiquei Thiago Dantas?", pergunta o leitor
atônito com o crescimento "Fa-
Luís Felipe Guimarães, do Rio.
assustador de Minas". Solicita, igual
"uma lar em vitória das Américas", acres-
mente, a de longa "não
publicação faz sentido. Cuba tam-
centa,
e detalhada reportagem mostrando
bém está localizada nas Américas.
Belo Horizonte". Já está providen-
Dequem foi, então, a vitória?" Das
ciada.
Américas.
São Paulo
Metrô
Referindo-se a essa mesma espécie

escreve-nos, de Oak Horácio Rodrigues Filho, de São
de reportagem,
"a
Ridge, EUA, a brasileira Maria Célia Paulo, diz que Capital paulista é
de Morais Neiva Simon. A leitora realmente uma cidade tentacular, mas

"com não está à espera do seu metrô".
afirma ter lido imensa alegria"
"De
a matéria Vertigem Paulista e conta: Argumenta: acôrdo com os mo-
"Orgulhosamente dernos conceitos de urbanismo, o
usei as fotos e o M ———-ii—
ser
texto de MANCHETE para mostrar trânsito nas grandes cidades deve
às famílias americanas o que é minha resolvido com a construção de pistas
terra: São Paulo em 1962." elevadas. O metrô há muito está
grande
superado." Mas o leitor não acha
assim mesmo êle faz falta ?
Brasília que
cherou- Pulseira
Uma qua«e idênticacarta
-nos do Arlindo M- Monteiro, bra-
Sr.
"Ê Tal exclamação
sileiro residente em Los Angeles, de estarrecer 1"
"Sempre da carta
EUA: que os meus
amigos está na primeira linha que
americanos me perguntam algo refe- nos remeteu a leitora Dulce Viana,
rente a Brasilia, recorro à eloqüência de Pôrto Alegre. Ela enèrgi-

protesta
das reportagens de MANCHETE." O camente contra a reportagem que
leitor pergunta por que
motivo não publicamos sôbre po~siveis efeitos
os
temos divulgado com maior insistên- benéficos de uma pulseira mágica, in-
"as "Publicar
ventada no um ar-
cia coisas, os fatos e as pessoas da Japão:
nova Capital do Brasil." O Sr, Arlin- tigo como aquêle é sinônimo de iludir
do ainda não recebeu os incautos." Decididamente, D. Dul-
provàvelmente
o número da nossa revista con- ce julga a fantasia desnecessária.
que
„
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In III!'lill
PREDOMINOU A TESE DE QUE TODOS OS MINISTROS PODERÃO CANDIDATAR-SE.

NA REUNIÃO UDENISTA
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grandes partidos estão em ebu- . n >
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OS lição, com a proximidade das elei-
ções. Devem escolher candidatos ao
Congresso e aos governos de vários
Estados. Tese do mais palpitante inte-
rêsse, no momento, é a da necessidade
(ou não) de se desincompatibilizarem
os Ministros de Estado que serão can-
didatos. A UDN, reunida, mostrou-se
propensa a votar medida que dispense
a desincompatibilização, de acordo com
o espírito do regime parlamentarista. O
PSD também estudou a questão, numa
movimentada reunião, sem chegar a re-
sultado definitivo e marcando outra
para os próximos dias. Dos atuais mi-
nistros, já se declararam candidatos os DE MORAIS.

NO PSD: GILBERTO MARINHO, MAZZILI, MENDES
Srs. Gabriel Passos (UDN) e Tancredo
Neves (PSD), ambos por Minas, e o Sr.

\ ^ <mv\ Vl
Alfredo Nasser (PSP), Goiás. Parecem dispostos a sacrificar suas candidaturas os Srs. Walter Moreira
por
Salles (PSD) e Virgílio Távora esperando-se ainda os lançamentos dos nomes dos Srs. Ulisses
(UDN),
Guimarães (PSD), San Thiago Dantas e Oliveira Brito (PSD), São Paulo, Minas e Bahia.
(PTB), por
c mesmoomclhor! ^
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CIA. CARIOCA DE jr„. -wKF^âV i
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Rio:
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Rua 7 de Abril, 34 - 8.° andar
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DO PSD DISCUTIU O MOMENTOSO CASO.

) ALMIRANTE AMARAL PEIXOTO PRESIDIU A REUNIÃO QUE
- I-W* ttk.r- . v.;:

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Rubem Braga
CONFISSÕES
DE UM
EMBAIXADOR
A/rARROCOS, Chiado, e ela é igual a

janeiro. perfeitamente qual-
AUm
amigo do Rio me escreve, meio outra cartola de Marrocos, e deste
quer
irônico, como vou enfrentan- mundo.
perguntando
do essas coisas de e etiqueta, e A não é fátuo, não o fato

protocolo quem é que
confessa não me bem de fraque, o fará; veja, amigo, fiz uma
que vê que frase em
nem, a fazer salamaleques. e/e, ou em
fá.
Respondo-lhe vou indo. Já Do direi êste mundo
que que protocolo, que
virei embaixador, devo me comportar co- tem suas regras, como todo convento as
mo tal; afinal toda a minha vida enfrentei tem. Antigamente,
quando se encontravam
mais ou menos bem as tarefas me to- chefes de Estado embaixadores
que ou de vá-
caram, das mais humildes às mais honro- rios cada um
países, se achava com mais
"Sem
sas. brilho e fulgor", como diz um direitos o outro,
que e merecedor de mais
velho samba — mas razoàvelmente. honrarias. Isso dava motivo a muitas dispu-
Do fraque, da casaca e de outras rou- tas vãs. Hoje eu chego ao meu e
pôsto
pas de rigor lhe direi, amigo, começo a
que prefiro quando visitar os colegas, não
andar de calça e saco; mas isso
paletó por pergunto qual é o mais importante,
per-
mesmo nunca liguei muito a roupas, apenas
que gunto quem chegou há mais tempo;
pouco me importa vestir as de Elas e é nessa ordem estrita da

gala. antigüidade no
são, para um embaixador, roupa de servi- os visito.
pôsto que Quando me retiro, o
— "roupinha
ço da briga", como se diz colega vem me trazer não apenas à
porta,
no Rio —
e não honram nem desonram mas à calçada, chova ou faça sol; e não
mais a veste o macacão ao me- arreda antes
quem que pé que meu carro se movi-
cânico. E por mais antipáticas e ridículas mente e êle me envie um último aceno e'
que possam parecer ao homem do um último sorriso. Ao receber

povo, visitas, fa-
que nunca as usa, têm isto de simpático e o mesmo, seja o

ço visitante embaixador
mesmo democrático: são uniformes. Igua- da mais vaga republiqueta ou da mais for-
Iam as as vestem; nada se te mundial.
pessoas que pa- potência
rece mais a um homem de smoking ou-
que Cumprir essas regrinhas
que qualquer
tro homem de smoking; o do rico não é livro de etiquêta ensina, é ser correto; e
muito melhor o do e todos se ser correto
que pobre, evita ser ou excessivo em
parco
confundem em reunião. Êsse ca- cumprimentos, ambos
qualquer os extremos igual-
ráter igualitário de um certo meio) mente odiosos.
(dentro
das roupas de homem contrasta com os A regra, uma vez estabelecida e acei-
trajes femininos; em tôda festa as mulhe- ta todo mundo,
por o funciona como um
res mais ricas ou de mais bom-gôsto apa- reconhecimento de tôdas as nações, to-
que
recem com vestidos mais caros ou mais dos os agrupamentos humanos merecem
elegantes os das outras; há uma com- igual respeito. —
que É cômodo e fundamen-
petição permanente, que os cronistas mun- talmente simpático.
danos acirram e os comentários das ami- Vê você, meu amigo, me adapto

que
gas e inimigas movimentam. De chapéus ao ofício, tanto e
quanto posso, procuro
femininos, nem se fala, tal a variedade e ver o lado bom dêle, inclusive de seus os-
tão tênues os limites entre o sublime e o sos; não creio êle me faça melhor do
que
ridículo; eu comprei uma cartola
pois no sou, nem mais tôlo. Abraço, adeus.
que
21
PÔSTO E H
? ? DE ESCUTA
véspera do comparecimento do Chanceler San Thiago ¦jç Em três itens o Primeiro-Ministro Tan-
Na principais
Dantas à Câmara, o Primeiro-Ministro Tancredo Neves rea- credo Neves sintetiza a posição do Govêrno brasileiro em
lizou gestões junto à bancada do PSD no sentido de evi- face dos demais governos americanos: 1. Combate a qualquer
tar seu partido se apresentasse desunido e esfacelado no intervenção militar em países dêste continente; 2. Oposição
que
plenário durante a fala do Ministro. Foi bem sucedido. às sanções diplomáticas e econômicas; 3. Repúdio e combate
vigorosos ao sistema e às idéias comunistas.
O General Osvino Alves deixou que passasse a fase aguda
do incidente que envolveu o General Punaro Bley em Belo O Sr. José de Carlos Barros Neiva, da indústria aero-
Horizonte e esperou que os ânimos amainassem, então náutica, está anunciando o lançamento ainda êste ano de um
para
fazer uma cuidadosa e pessoal inspeção às guarnições da 4.a avião metálico de quatro lugares, totalmente construído no
"Regente".
Região Militar, sediadas em Juiz de Fora, São João dei Rei Brasil. O aparelho terá o nome de
e Lafaiete. Voltou tranqüilo: a situação ali é de normalidade.
O Chanceler San Thiago Dantas não ficou muito anima-
Do Ministro Souto Maior ao Deputado alagoano Aloísio do com a idéia de ser candidato a senador pelo PTB da Gua-
"Seu
Nano, olhâSdo seus trajes típicos: alfaiate deve ser nabara. Prefere tentar a reeleição de deputado por Minas.
para
mesmo da Oposição."
Em 45 minutos de teste de produção, o poço de Quererá,
•jç Com a ofensiva de obras e inaugurações que está rea- na bacia do Tucano, descoberto agora pelos técnicos da Pe-
lizando em Sergipe, neste seu último ano de governo, o Go- trobrás, encheu 60 barris. Trata-se de um poço altamente pro-
vernador Luís Garcia conseguiu reforçar bastante a candida- dutor, de onde o petróleo jorra aos borbotões, como nos do
tura do Sr. Leandro Maciel à sua sucessão, bem como a sua Kwait, razão do júbilo com que foi recebida a sua descoberta.
candidatura para o Senado.

própria
O Senador Vitorino Freire está empenhado a fundo
É bem que a luta para a presidência do Senado na tarefa de conciliar o Deputado Miguel Bahury e o Gover-
possível
seja travada este ano entre os Srs. Auro Moura Andrade e nador Newton Belo, estão rompidos. O Senador
que precisa
João Villasboas. O Senador paulista tem necessidade de reda de ambos no PSD maranhense. Mas o Deputado
presença
eleger-se inclusive por causa de sua posição de candidato a diz que suas contra o Governador são muito
queixas pro-
governador de São Paulo. E o mato-grossense entende que fundas.
desta vez tem possibilidades concretas de êxito.

Regressando de uma excursão eleitoral interior de
pelo
O Brasil estará representado na Exposição Internacional Santa Catarina, o Deputado Osmar Cunha ficou impressiona-
de Roma, com um salão a inaugurar-se em junho vindouro. do com a repercussão da emenda constitucional que provocou
Os brasileiros poderão assim ser expostos junto aos uma redistribuição das rendas, transferindo vários impostos
produtos
do Mercado Comum Europeu. para os municípios. Acha êle que essa emenda foi a
países principal
reforma de base já executada no País.
Causou surpresa em todo o Brasil a vitória do candidato
do Partido Rural Trabalhista nas primeiras eleições para Possivelmente impressionado com a predestinação da
de São "J"
Prefeito de Osasco, o recém-criado municínio Paulo. letra na política brasileira Juscelino, Jango, Ju-
(Jânio,
Muita gente desconhecia a existência dêsse partido e muito racy, Julião, Juarez), um candidato a deputado estadual em
menos a existência de um seu candidato com possibilidades Minas andou pichando várias estradas servem Poços
que
eleitorais de vencer o PSD, a UDN e o PTB. de Caldas e as próprias ruas da cidade com a le-
seguinte
"Para
genda: Deputado, Jeraldo Tasso."
O ex-Presidente Juscelino Kubttschek comprará a sArie
de conferências que vai realizar nos Estados Unidos, falando A propósito da transferência do Itamarati Brasília,
para
na Universidade de Harvard, que é hoje considerada o centro o Embaixador Antônio da Câmara Canto anunciou que as
"equipe
da pensante" do Presidente Kennedy. Em torno dessa do Ministério no
plantas Distrito Federal já estão prontas. O
universidade, gravitam os Srs. Adiai S*evenson, Artur novo edifício terá, como o atual, a denominação de Palácio do
Schlesinger, Richard Goodwyn e Chester Bowles. Itamarati.
Edições lançadas com sucesso às livrarias de todo o País:

Viajaram recentemente para Brasília no mesmo avião
"Pombal,
os Jesuítas e o Brasil", de Inácio José Veríssimo; o Brizola
Governador Leonel e o Presidente Ranieri Mazzili
"91 "Relações
Crônicas Escolhidas", de Vivaldo Coaracy e Era a vez se defrontavam, acontecimen-
primeira que após os
Públicas", em dois volumes, de Bertrand R. Canfield, pela tos de agosto, o rude-
quando Governador gaúcho criticou
Livraria Pioneira. mente o Presidente interino sua atuação na sucessão do
pela
Sr. Jânio Quadros.
O Deputado Pedro Aleixo, líder da UDN, entende que a
reforma eleitoral e a reforma bancária são absolutamente in- "Baile

Com o da Cidade", que se realizará êste ano
dispensáveis e urgentes. Devem ter prioridade sobre qual- a 1.° de março, o Prefeito Sette Câmara inaugurar a
quer
quer outra. tradição carnavalesca de Brasília. A decoração está a cargo
de Athos Bulcão.
Foi exaustivamente debatida no alto comando janista a
idéia de mandar um emissário especial a Capetown, a fim de Explicando por que saíra do PSD e ingressara no Par-
"Em
avistar-se com o ex-Presidente Jânio Quadros e traçar o pia- tido Socialista, o Deputado José Joffily afirma: cada 10
no de ação para depois de sua volta. amigos consultei, êste foi o caminho que 9 me aconse-
que
lharam."
O Presidente Ranieri Mazzili, apesar de ter sido contrá-
rio à idéia da convocação extraordinária do Congresso para Êste ano, o Hotel Glória realizará três bailes de cama-
êste mês de fevereiro, tomou todas as ao seu al- vai: o dos artistas, o bal-masqué e o das estréias, em que se
providências
cance aos líderes conseguir o espera o comparecimento dos astros internacionais que virão
junto partidários para quorum
"Baile Pena.
necessário à votação das matérias constantes da Ordem do Dia. ao Rio. O das Estréias" será decorado por Alceu
22
reforça o seu esquema tecimentos. Uma ala, entretanto, insiste no lançamento ime-
Luís Garcia
diato da candidatura Fauze Carlos a vice-governador, na
Posição brasileira tem três itens chapa do Sr. José Bonifácio Nogueira, cuja campanha ganha
terreno a cada semana.
Luta no PSD: Bahury x Newton Belo
Chegaram às mãos de auxiliares do Presidente Joio

"Baile da Cidade" será a tradição Goulart alguns cartazes já prontos para a campanha em favor
da volta do regime presidencialista.
Embora reconheça que sua nomeação para ministro da
Viação obedeceu à escolha de diversos grupos parlamentares,

o Sr. Virgílio Tavora está disposto a devolver à UDN o seu
Chanceler San Thiago Dantas cumprir uma boa cargo, assim que essa devolução fôr necessária.
Vendo o
atuação na exposição que fêz no plenário da Câmara, o Depu-

"Se O Deputado Josué de Castro recebeu uma carta do Sr.
tado Munhoz da Rocha comentava: tiverem algum dia de
B. R. Sen, diretor-geral da FAO, convidando-o oficialmente
fuzilar o San Thiago, tratem de amordaçá-lo. Pois se êle con-
para assessorá-lo em problemas de alimentação na prepara-
seguir dizer alguma coisa, terminará convertendo seus
ção do Congresso Mundial de Alimentos, que se realizará nos
algozes."
Estados Unidos, em 1963.
Contemplando Brasília de uma das sacadas do Planalto,

Na mesma semana em que o sociólogo Gilberto Freire se
Rada Adjubei, filha de Kruchev, quis saber como é que vi-
em artigo, da ausência de livros para a infância, em
viam as mulheres em Brasília. Um dos cicerones respondeu queixava,
"Umas "História
nosso País, a do Brasil Para Crianças", de Viriato
e o intérprete traduziu: vivem muito bem. Outras,
"Ca-
muito Correia, completava 200 mil exemplares de tiragem e
mal."
zuza" atingia 150 mil.
Alguns líderes militares procuraram o Presidente da Re-

Foi prorrogado até o dia 31 de março o prazo para o en-
pública e o Primeiro-Ministro para manifestar suas preocupa-
desincompatibilização vio de trabalhos destinados ao I Festival Brasileiro de Lite-
ções em torno da dos membros do Ga-
ratura, em Teresópolis, promovido pela Academia de Letras
binete no próximo dia 7 de julho. Acham êles que um afas-
tamento em massa enfraquecer regime. local. Os prêmios são de poesia, ensaio, biografia, crônica,
pode o
conto e crítica.
Os pioneiros da aviação comercial no DF., Srs. Humberto
Schmidt, Obdego Baptista, Lenine Pinto, Depois de 10 anos, Sérgio Cardoso e Cacilda Becker vão
Comandante Ripper,
Américo de Souza e Wilson de Aquino, estão satisfeitos com voltar a trabalhar juntos. O ator já assinou contrato para ser
"A
a conclusão dos entendimentos a intérprete, numa temporada em São Paulo, de Visita da
para ponte-aérea que den-
tro de mais algumas semanas ligará o Rio Brasília Velha Senhora", sem prejuízo dos seus programas de TV,
a com
aviões durante todo o dia. no Rio.
"show"
Na Convenção do PTN paulista, não haverá por enquanto O Skindô, ora fazendo grande sucesso em Buenos
nenhuma decisão quanto à campanha estadual. O Senador Aires, deverá ser apresentado em Hollywood por Cantinflas.
Lino de Matos acha prudente aguardar a evolução dos acon- O famoso ator foi consultado e entusiasmou-se com a idéia.
já
bronzeie-se
^
ralmente^^
MAX FACTOR
apresenta
•
XmJ Sl
CAÜFoRNiA
V A' flf 3^ \
BRPNZE
o creme de açáo tripla, que.-.. CAÜPORNIA

1. Bronzeia realmente — dá aquèle bronzeado
'
BRPNZE
natural do sol da Califórnia I
fvmJ J
2. Umedece — evita que apareçam bòlhas, que
descasque e outros efeitos prejudiciais

sw > 'V '1 #
/S^ do sol... protegendo a sua pelei
3. Evita queimaduras sol —

do
"filtra"
um ingrediente especial os raios solares w
enquanto sua pele se bronzeia por igual I
Não contém ingredientes para bronzear artificialmente

AGORA - bron-
zeie-se... na-
turalmente...
com Califórnia
Bronze
MAX FACTOR
HOLLYWOOD
SONHO
C
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NOITE
Parnaval
CARNAVAL V
de Rodolpho Câmara
Camara • Fotos
Fotot de José
Jose Avelino
Avelino IBj^p •
Reportagem José
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[S / %,."<r =*
Srtas. New Cobra, Fatricia e Mon.ca

requebra
reqliebra com dois
dois recrutas:
deu uma lição de frevo.
frevo. Dorothy Lamour
Lamour
Rosália Maria Verlangiere
• Se a época é o verão
está nada
e o carnaval próximo,
mais apropriado do que intitular

"Sonho
baile de de Uma Noite
um grande
de Carnaval". Foi o que
fêz Clube Monte Líbano ao
organizar, no último sábado, uma
festa espetacular, na qual mais de
setecentas cantaram e pularam

pessoas
até as horas da manhã.
quatro
Mas antes a folia tomasse conta

que
do salão, um belo desfile de
fantasias, seguido de movimentado
show, arrancaram entusiásticos aplausos

.. •' «
do espetáculo constou
O V
público.
"Carnaval
de quadros: de
quatro
"Sonho
Bichinhos", de Uma
"Quadro
Noite de Carnaval", de
"Carnaval
Cha-Cha-Cha" e de Bebidas".
Tanto o desfile como o show foram
organizados pela figurinista Elza
Haouche e contaram com a

"°tt«f
"Bela de Freitas) e a
de quarenta môças, A Otero"
°(CUodL(Elrinha Jl°"
participação estilizado.
estlllzado.
/jf Cunha) num samba
sócias do clube. fistlcada" (Cláudia
todas j
jjjtjjjjj
LleS"
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t{-raL^ jy
^^HBMMHKyiKSSQSIsil^fe^%«iii3!BiBte^>-^sv»^C ••
& .' Js9B
- ou em RHODIANYL,
RHOD1ANYL, meninos e rapazes é
e fácil
facil de ser lavada e passada
Camisa VAL1SÈRE
VAL1SERE em jérsei
jersei de
ae raion nylon para
Não
N'ao e não
nao descora. Em
Emgrande variedade de cores, agora Sanitized*
a íerro.
t'erro. Permite inteira liberdade de
dft movimentos. encolhe
encollie grande
. ^ s* camisas
/I
9Ua&fe%£
- o higieniza e a vida dos tecidos.

£cuv&aatL processo que prolonga
A PAISAGEM DO PLANALTO DA CAPITAL. ADJUBEI E RADA COM O PRIMEIRO-MINISTRO TANCREDO NEVES.
OS VISITANTES CONTEMPLAM
• Rosado e sorridente, Alexei Adjubei subiu a rampa do Palácio do Planalto,
ao encontro do Presidente da República e do Primeiro-Ministro. Sua mulher,
DE ao lado, instantes e voltou-se contemplar a Praça dos Três Po-

OS FILHOS K parou por para
deres. O e a filha de Nikita Kruchev bombardearam o Presidente

genro
com numerosas sobre Brasília. O Sr. João Goulart explicou-lhes que

perguntas
se tratava de uma obra estava sendo executada etapas, através de um

que por
IANG0 enorme esforço.

COM EI
EM
Ao meio-dia, Adjubei almoçou com o Chanceler San Thiago Dantas. Na
da tarde, visitou o Congresso e foi recebido Sr. Tancredo Neves, com

parte pelo
o conversou sobre a chegada do Embaixador soviético ao Brasil.

qual próxima
BRASÍLIA Foto* de Jáder Neves e JanU^M
fl
*jjHfehdT^ "3E /'

* W-^ ' ¦ ,
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ADJUBEI TROCOU IDÉIAS COM O PRESIDENTE JOÃO GOULART SÔBRE REINICIO DAS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS ENTRE O BRASIL E A URSS.
anchete
na sociedade
,.-. j|%
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OUVIR SEMPRE
'¦ '•.
I : ¦'•¦¦¦ .- •• '
O MARIDO"
.|v,.. vf '••$ ¦
• "O
. Ip» • as
m que
mulheres elegantes
nunca devem fazer?"

HH6&. j|y||9^^^^^^^H9^HHBKL
Falar da vida alheia,
ter excesso de
franqueza, perder o
controle, exprimir-se
em voz alta e fumar
na rua", responde
a Sra. Gustavo (Ana
Luísa) Capanema Filho.
Para ela, quem não
elegância nata
possui
pode alcançá-la
através de um
aprimoramento
constante. Acha que
a mulher elegante
deve ouvir sempre, \
e em primeiro lugar,
' •;' "mesmo
^KÊKBt£% Y-m-i i &?¦Iff M w -:^W ''W'-'^^P .'¦? o marido, que
êle não seja entendido
no assunto1, pois é
necessário agradá-lo
tanto no comportamento
como no Vestuário".
IBRAHIM SUED,
procurando
definir o é uma mulher

que
elegante mesmo, entrevistou sete
senhoras da sociedade carioca.
¦^.-^¦'¦^r
V;_ :
^
. ' '
'
¦ '
não s
ompra
Ij*LEGÂNCIA não se explica. A frase e

(certa
E
^
• "|. •' : inteligente), segundo
: consta, a
j
i pertence Júlio
7|."\ /' ''
Dantas. Mas se alguém torná-la ainda mais

quiser
sábia e basta acrescentar:

;v • perfeita, . . . e também
.:, :
. ;
não se compra. A mulher vestida no rigor da moda
—
e mesmo com requinte de —
luxo será, fatal-
mente, elegante ? Levei esta a sete

pergunta jovens
"top
senhoras do set" carioca. Suas respostas con-
firmaram a opinião há muito tempo sustento,

que
segundo a de nada vale a ter uma

qual,
pessoa
centopéia de cifrões no banco, se não traz a ele-
do berço. Como sabe

gância então
(poderão per-
é elegante? É unia
guntar-me), quem de
questão
saber constatar. . .
Fotos de Nieolau Drei e Hélio Santot SEGUE

A £
-
I
i
"NÃO
i
NECESSÁRIO
RECORRER AOS
GRANDES
COSTUREIROS"
COSTUREIROS" KM^J
^K£hk>>^
• A Sra. Celmar
Cehnar (Léa)
(Lea) KflrM
Padilha acha que uma
uma 4H
mulher não
nao precisa ser
ser ;^j
rica para ser

set
"Elegância
"Elegancia
elegante:
—** -jjr*
6 um Inn
é que nasce
4ue nasce Am
ifc,, com
com a pessoa, um dom"
dom
mm*:' impossível de ser

set""
impossivel
comprado. Tanto
Ttanto JM
•***f assim,
assim, a verde***»
vui]«ttei—
I: que
elegante não
nao faz
fax dos
* seus
seus vestidos um ponto
ponto I
obrigatório
obrigatorio de
referendareferência e não
nao precisa
precisa ^Sj
ouvir ninguém. O
seu sexto sentido

¦' ^ *i.*t está
esti sempre alerta."
alerta." jQ
f
Ela acha não
nao é
6 û9I
que
necessário vestir-se,
vestlr-se.
invariavelmente, com
jL
m^mm
S^m
"O
BOM-GÔSTO
PODE SER APRIMORADO"
• A Sra. Joaquim (Lília) Xavier

da Silveira parte do segando
principio
o qual a elegância não é um instinto. Isto
não significa, entretanto, ela
que possa
ser aprimorada. Sua tese 6 diferente
"O
e original: que pode ser aprimorado
é o bom-gosto. Para isso a mulher
precisa ser discreta, observador» e
acompanhar sem excesso de vaidade a
evolução "O
da moda." que as mulheres
elegante^ jamais devem fazer?" Mais
una vez, Líh»esponde com originalidade
"Mas
e bom-Hk: é tão simples...
Hgitulheres elegantes nunca
ser... deselegantes."
^H|cni
-^-: ^'•iy î'¥^y>¦,J^L.. <^^^BL%.JIW in ^
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*WXi£' i* *4 © rs
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«55
Ife#1
Ik* . «#*>..
4 4
"NÃO
CONSULTO
NINGUÉM QUANDO ESCOLHO
MEUS VESTID
"A uma arte se cultivar;

• elegância é que pode
depende, dd bom-gosto da pessoa,

tudo porém,
instintivo." Assim fala a Sra. André
algo inteiramente
Mesquita, cujos conceitos sobre elegância
(Nieole)
«r .» « maflíliA A« AO
ouasTTSiM
I
seus trajes. Para ela,
entre as mais elegantes Brasil estão:

* s
ElLsiiiha Moreira «sa Souza Campos,
Machado e íhier. No plano internacional!

L.ygia
;a Des Eibes e a Bainha Sirikit.
Audrey Hepburn,
*** ^
¦
^
_• . MMT>. -JS&fc
ja „*SteWH %*»«•
-*w ^V ^
v -^V—A'
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Smm"*m0~' ** :^l|=l^!'i
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¦•-w\JvVy
"A
"AARTEDE /'¦Mter ^
ARTE DE i
^
^ *
VESTIR BEJVO
BEM~ . \
É
§ SÒMENTE
S6MENTE PARTE
PARTE V \
DA ELEGÂNCIA"
ELEGANClA" ^
"Que * '
tipo de educação
educasao, ^ •"V .
s
, ^
||Mtf£ S\*.
marca a mu|her elegante?\
A Sra. snvBhV"*
Silveira ^00^
(Vera)
jgûlo
Leão ^go*#**0* "
JI»«tfps' Responde \^
"Almesma
"ASunesma\ Sk fjHSfij
sem hesitar:
de qualquer pesltoa
educada." Ela aerSüWjÇje
acred*fS^SS^^ \
o instinto
kistinto não
nao faz
tax \ .¦•.** \ V -
puro f- ' \" HI *
a elegância
elegancia e q. arte de
que de i^r \
t\.:>-J*i "**"
se vestir bem é,
6, tao\pmente,
tão^pmente, * . 2g Am,. \" ¦¦' ' jWSi
f§A* Jgfv
mundos
um^dos elemento^
elementos qtte
qflte a flf'
•^SmpHelBwîirtllre
fS^õá^Mo preciso",
pr^riso", ¦¦".-<
"recorrer
"recorrer .. ,.
acrescenta, as • "(l p
k ,. ., Xjjj
sempre às\casas
as casas de alta
altaff >4 jk. i
' '
costura.
costara. Foja
Foj» delas % ~ Lv, '""'
¦ -<u- *%T
a mulher dngante '<4
tifegante \.
'*lii:' ' '**¦ '*
também
tanibem podd
pode* encontrar o ^ \ J^-WV * i, %
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que
,-que melhor se ajusta ao , " .'/!; \ ,A».
•
seu tipo, ao seu
seu *$ »<*- V*" > -
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temperapeffto
femperaartRo e ao seu
MflftPTSvida."
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eleg&ncia", dlz perfeita
1 harmonla
harmonia ^fl
Êmj^^Sg '
^Mii^^jH^^P^" perfeita ^
''it''*Sra'
¦^f:fnS^PPHpHH entre três elementos,
elementos' 1
"um ^
Luís Ribeiro,
îwfijN"ly^ entre vezes
muitas
atributo da
da antagonlcos: a I Bî#v«mB
_^yw antagônicos:
Konalidade; é,
6, portanto,
portanto, moda> tipo
sed tipo H V
moda, setf
^^^^gj^^Mtolonalidade;
H^HHtata|Mâ^^< •^MjÊHP^tastintiva,«instintiva, embora possa
possa ee seu Ela
^ gôsto."
gftsto."
. ser aprimorada pela
pela julga ainda que a
' "¦>*. ffryf' ^S'jjJkjil|B|P^ ser julga
i7^JPBB|ffl|p®|^P :!?f.f ^ educação
educasao e pela
pela mulher elegante deve
deve ^
f M™^-fJj^ mulher
"
I observação."
observacao." Ela
Ela Biinr arte de
de B;
aliar a
JmM '£
considera
consldera o seu marido
marldo vestir-se
vestir-se bem às
la ^ 3y
de muito
muito sUas e mm *r
1 um
mm homem suas maneiras
ft f
bom-gosto e adora
adora enriquecer-se com
B§®* bom-gosto enriquecer-se
"*
receber suas sugestões
sugestSes gflida
sólida base cultural,
cultural, ¦§
»
I1- I tara
para a escolha do guar da-
guarda- indispensavel
indispensável para
para lp
Jfflf -roupa.
-roupa. Julga que
que aa verdadeira
vestir-se com os
projeffio na sociedade.
grandes
grandes sociedade. |g|||
projeção
11 costureiros constitui
constitul "Caso-
"Caso contrário",
contrdrio", B-
"handicap"
"handicap" adverte, "ela
"ela *
I um grande adverte, %
I *
em favor da elegância,
elegancia, nfo de um 1^
1 w passara
¦k tomando, porém,
porem, o
o manequim.'
manequim." ^HlH|i|L
\ simples
*" "£ '<
de ressalvar: fi qk' *'
\ cuidado
JP^tk |
imPOrtante
importante m8S
mas não 1
é o essencial."
I
^¦lH^MK^^^P^T fBEKifttt
_l^j| jL .
*" * '•
^_ *" 'J%A ~ M^,JgMf^m
;: B J^^^ZaK ~ ^V j
iJ1' ¥^:i&:s! "''fc'M- >1™i

Si'BI HhIMI^ ^WB*1* 97 1
"i, I^H
3
1
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¦ir-'il^^^
1, ^£ ^^S" . 5 T ml 1 Mil si .>. «».
KU k /-A:5dilllr5rifl||lii-i. If |JiLijLlXlyl|
A,.'-;SggSpp-r=sisllslBte I ' IHim
'^p^py§gps??5T L; ^
BIMiBlf^^L.. ji^#iiii^'$&'-int2;v^
;,m " ' V^Jflu

drV^Nn §^
EXCELENTE OPORTUNIDADE PIRA
vB:ip»iy^^K|l $m£m m /:
I Ife. Kfr^H^H jwM
VENDEDORES E VIAJANTES
ÚTIMAS COMISSÕES!
Aceitamos vendedores
e viajantes para colo-
de folhinhas '
cação
I ^1
de aceitação
grande
em todo o pais.
¦KrrrTi7rv v\ il^
Escreva hoje mesmo
para
"Êste afirmará o
« empreendimento
a capital do turismo", disse
Rio como
NO Juscelino Kubitschek ao assi-
Feumits o Senador
nar a sua inscrição como co-proprietário
Hoteleiro Panorama Pa-

do Condomínio
SCHELIGA S.A. Os Srs. Carlos Eduardo de
lace Hotel.
- Walter Rocha, Augusto de
Postal 5398 S. Paulo Souza Campos,
Caixa ? A JL. _ v Ji
t^'i'^T i|9L de Sou-
Pereira, Joaquim Mendes
Freitas
e Valle, diretores da
TURÍSTICO za, Sady Laborne
a JK todos os de-
ORBITUR, mostraram
talhes do hotel que será construído

grande
caminho
DO na Lagoa, bem como a planta do
do Morro do Can-
aéreo que partirá
discorreu com
tagalo. O ex-Presidente
o futuro turístico do Rio.
RIO otimismo sobre
Uanchefe
"~ 'ia^'
REVISTA SEMANAL ......... ^ "'" '
'"'"Oo '"J* m
^ * jt
^
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^]<d» —— ~"% % ft
%.a^M*^ 1 JK m
ASSINATURAS
PARA O BRASIL "'5. ^jjk ;
^ 9L
PREÇO POR UM ANO ' "^1H

' \ ¦BTây*
£ :^BH
*^^K99^. ^S^m eBL llS^
Porte simples . . . . Cr$ 2.000,00
Por via aérea ... . 5.740,00

Cr$
Taxa de registro :
acrescentar Cf$ 1.300,00
deve ser
Tôda a importância
VALE POSTAL
remetida por
CHEQUE BANCÁRIO
ou
cidade do Rio de
na
pagável
Estado da Guanabara,
Janeiro, iff
*S^ r
r -TO^
em nome de
S. A.
BLOCH EDITORES
sua correspondência à
Dirija
Revista
e Areia Branca entregaram ao Sr. Celso Fur-

Salineiros de Mossoró, Grossos
•
formal de transferência de cotas e áreas
tado diretor da SUDENE, o compromisso
a unificação da produção salineira, sua
de suas salinas. Tal medida possibilitará
Manchete A.
Participam dêsse projeto as empresas: S.
REVISTA SEMANAL mecanização e maior produtividade.
Ind. e Com., Aldemir Fernandes, Comp. Comercio
Tertuliano Fernandes, F. Souto
Ltda., Fernandes e Souza, Miguel F. Souto,
e Navegação, Salinas A. Fernandes
Departamento de Circulação Lima.
Soe. Salineira Cunha da Mota e J. Rodrigues
Maria José S. de Monte França,
511 - GR
RUA FREI CANECA,
YERAO ELEGANTE COM SAIAS H VESTIDOS Dl". MAI.IIA
SUMMERNYL, malha leve, e arejada, agora apresentada com belíssimo efeito de "millepieghe", e a
porosa plissè grande novidade do momento,
O "millepieghe" das saias e vestidos SUMMERNYL, não deforma nunca e

plissè convém a tôdas as silhuetas, As saias e vestidos de SUMMERNYL
não desfiam, secam rapidamente, não ser a ferro, conservam sempre o aspecto de novos e são extremamente elegantes.
precisam passados
'mi'!epieghe" 't* "W" "1

SUMMERNYL p!issè e uma criação exclusiva de Ys S 7"
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T • refrigerador Cônsul, o frio circula incessantemente, atingindo
No interior do
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mesmo os espaços mais reduzidos entre os alimentos. É o frio circulante,
i : i ! assegura refrigeração completa e igual, ao mesmo tempo que

I f que por
: • mantém a carne, as frutas e os legumes fresquinhos e suculentos, como
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: : I: no momento em foram adquiridos. Cônsul lhe oferece também; E também, na linha Cônsul,
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•••• belíssimo acabamento interno e externo, CÔNSUL JÚNIOR
super aproveitamento de espaço,
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i amplo congelador, compartimentos para de energia
portável, consome um mínimo
mentos - 9,6 de beleza, conforto e Garantia efetiva de 5
pes qualidade.
anos e assistência técnica permanente.
motivos acreditar no fim do mun- êsse poder? Então eu me antecipo e acabo com tudo
para
ALGUNS
do, meús amigos, a índia deve ter: essa assim, olhem, riscando com êste lápis vermelho a
por que
tôda dos sibaritas amolecados do mundo oci- Terra no meu mapa cósmico!"
gozação
dental? Não foi no começo deste mês, como anun- É isso mesmo, meus amigos: os hindus têm ca-
ciaram? Será no comêço de outro! Pensando bem, beça como eu, são um muito antigo e de muita
povo
nosso não é uma britânica com filosofia, sabem Mas uma coisa me
planêta promissória por que palpitam.
data certa de vencimento, ou seja, de desintegração. causou espécie no seu profético: só os

pânico párias,
Sua importância e sua idade dão-lhe uma certa mar- os intocáveis, se mostravam mesmo convencidos do
gem de impontualidade salvando a ciência e a honra fim do mundo, o que rico é o último a ad-
que prova
dos profetas anunciadores do seu fim. mitir a de sempre o seu

possibilidade perder para
tutu, o seu terrestre.
Eu é não caio na besteira de rir dos hindus. paraíso
que
Aqui mesmo, no Rio, os pobres acre-
Nós no Rio vivemos dizendo, com empáfia, co- pareciam
firme
ditar cem cento na profecia, se assanhavam to-
mo o Pão de Açúcar; e outro dia a terra tremeu, es- por
dos diante da hipótese de terem companheiros de

treou no terremoto, e a monta- por
por pouco perdemos
fim de tudo todos os milonários e todas as mulheres
nha dos nossos e das nossas vaidades.
quindins
bonitas do Nas favelas era onde mais se co-
planêta.
No dia do abalo sísmico arrasou Messina
que
mentava o caso, e com muitas simpatias com-
— — pelos
dizem os cronistas um medíocre fêz
político
panheiros hindus de casta. 0 vento carregava o bar-
inaugurar sua herma onde estava escrito êle mes-
por
"0 raco, não carregava o lá de baixo; mas des-
o palacete
mo seguinte; desta cidade, agradecido,
povo
ta vez iriam espaço abaixo, barraco e
juntos, pala-
perpetua neste singelo, eterno monumento, as virtu-
cete. Não era Não era, torcer fim
des gozado? para pelo
cívicas do seu Justamente na-
grande paladino." "Dr.
do mundo? —
Moisés Lupion, se agarre nesta
quele ponto a terra se abriu com mais e não
gula
tábua aqui o senhor despenca melhor eter-
deu que pela
tempo ao perpétuo nem de ser
provisório.
nidade adentro."
Não, com èssas coisas eu não brinco te-
porque Telefonei na manhã do dia —
cinco limite do
nho cabeça para pensar, e penso sempre antes me —
fatal para a casa do meu amigo muito rico,
prazo
descangicar em risotas de mofa. Deus deve andar
e se estava pronto nos ajudar a
perguntei-lhe para
com uma vontade infantil de liquidar nosso planêta, o THE END no eixo frouxo dêste
pregar planêta.
e ninguém lhe negará razões. Se os homens arran-
já Soltou uma das suas metálicas,
gargalhadas sonan-
com sua demoníaca ciência, as armas indis-
jaram, libras
tes como de ouro caindo dos saquinhos de
à destruição total da humanidade e das
pensáveis
Harpagão durante a contagem no esconderijo bom
suas obras erguidas durante séculos de inspiração e
de acústica:
de solancação, de inventiva e de conquis-
genialidade — Mandei comprar títulos britânicos em baixa
tas sociais, dar-lhes a oportunidade de
por que prati- na Bolsa de Nova Déli: creio vou alguma
que ganhar
carem a terrível façanha considerada, até ontem, só
coisa com o cagaço dos hindus. Mas não espalhe,
com a intervenção dos divinos?
possível podêres Há dias recebi uma carta anônima com
peço. poucos
"tubarão"
É meus amigos, Deus é bom, Deus é a traduzida em muitos
perdoador, palavra idiomas,
Deus é humilde, mas os homens começam a compro- menos no do meu

poeta preferido Rabindranat
meter-lhe a autoridade, estão-lhe invandindo a Tagore. Os brasileiros
júris- demagogos acabarão obrigan-
dição celestial, e isso não ficar assim, à mercê do a a acreditar mesmo

pode gente no fim do mundo, ou
dos nervos dos armazenadores de bombas atômicas: a fazer voto de pobreza numa igreja de favelados...
"Ah,
vocês já dar cabo da minha criação? Se eu ainda tivesse meios de ser
podem pária, de ser ben-
Vivem fazendo-se reciprocamente chantagens com
quisto por Julião!
INCUMBIRAM O ROMANCISTA JEAN CAU, VENCEDOR DO ÚLTIMO PRÊMIO GONCOURT, DE ENTREVISTAR BRIGITTE BARDOT. EIS O RESULTADO
W aHBB
. VIDA
'Wj3m?
INTIMA "• Jjr'/*
Jgp'*
DEP|)
I (não me
'lembro
onde,
deve ter sido
numa estatística
americana) que, cada DD
mês, dez milhões de
impressas se
palavras
ocupam de Brigitte Bardot. Desloco da mesa um vaso de flores me

que
incomoda, sento-me, escuto bandos de canários cantam em suas

que
digo três amáveis espanhol) a uma

gaiolas, palavras (em
"Guapa"
cachorrinha espanhola chamada e arrasado:
pergunto,
"Você
se dá conta disso?" Ela se dá conta. Será necessário descrever,
centésima milésima vez, as cataratas do Niagara, a

pela
Gioconda, o Parthénon, a Torre Eiffel e o General de Gaulle? Em duas
Brigitte Bardot? Jornalistas (dos maiores aos

palavras:
menores), filósofos de famosa seriedade, mitólogos, sociólogos,
neurólogos, astrólogos, de tudo e de todos

psicólogos, já pensaram
"um
ou sobre o mito mito,
(muito pouco) (ela pergunta: p que
é, exatamente?), o o drama, o vaudeville, o fenômeno,

personagem,
o fato e a coisa Bardot. Obrigado, senhor, ter-me mantido

por
excelente literatura e ter-me dado a — dos

virgem dessa por coragem
inocentes — de entrar, de deslocar um vaso de flores, de de

sentar-me,
"Guapa": "Guapa
ouvir os canários e de dizer à guapita, como
"Você
estás, perrita?" se dá conta?" É estúpida esta espécie de
"Por
situação. onde começar?" Para tempo olho
ganhar para
ela que está na sala, em carne e osso, trazendo alguma coisa
para
beber e seu turno, também senta. De ela se mantém
que, por pé, ^
; jmBBSIi:
ereta, com uma pontinha de timidez. Creio tem a
que perna
longa e fina, o busto bem jMv,; vffr ~ &
colocado e um tão
pescoço
comprido e desenhado com tanta seria

perfeição que
muito fácil estrangulá-la. Em cima dêsse
pescoço
há aquêle rosto menina-fêmea, aquêle encantador
conjunto de bochechas, orelhas e nariz,

queixo,
furado dois formidáveis espantos:
por
seus olhos.
A FOTOGRAFIA
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SAÍDAS TODOS OS DOMINGOS DE 4 DE MARÇO A 26 DE JUNHO DE 1962

BB
QUASE ESTRAÇALHADA PELAS MULTIDÕES, ELA É, NO ENTANTO, UMA MULHER SOZINHA
lábio superior, que parece pu-

O xado pelo arrebitamento do nariz,
revela no sorriso dois dentes de
leite que, quando ela ri, tomam seu
lugar na resplandescente barreira dos
"teus
dentes que são como um re-
banho de ovelhas tosadas que se
I - fJ
reanimam: ^ \|
tôdas têm gêmeos e não |yy|
"E v"" ^
há nenhuma estéril". teu pescoço
é como a tôrre de Davi armada para
os troféus: mil escudos ali estão sus-
pensos, tôdas as couraças dos heróis."

Assim diz o Rei Salomão. Quanto à
tua cabeleira, essa catedral de cabe-
los de ouro que oscila em tua cabeça,
"como
é, forçosamente, um rebanho
de cabras que descem o monte
^ lkTl
Gallad". Cabras douradas.
De saída, pois, ela me apareceu
assim com algo de tímido e, no porte,
de aprumado. Aquela falsa postura
rígida, talvez, das bailarinas.
Nós divagávamos sôbre a dificul-
dade de entrevistar Brigitte Bardot
Ela concordou que devia ser tremen-
:-:-E--^^..,> ¦iiA^#'
, jt'": .:1 iSflr fjlttitMU&* *' f JM r.-,> FJ
damente difícil falar dessa ilustre e
jovem criatura. Sorriu e eu também. -- ¦

Ao cabo de dez minutos havíamos
éxpulsado Brigitte Bardot da sala. ^;^|)(-.. ;v
^mjihI
Foi preciso chamá-la de volta: eu
tinha vindo para falar sôbre ela. Dez
milhões de palavras! Cartazes deste
tamanho! Canções Brigitte Bardot-
-Bardot-Bardot! E dá três
quando
"o
passos na rua faiscar de olhares
sôbre ela!" E o alarido histérico da
Trido isso não a enlouquece ONDE QUER QUE BB APAREÇA, A POLICIA TEM SEMPBE ESTAR PRESENTE
glória! QUE PARA LHE DAR PROTEÇÃO.
um pouco?
Ela diz, sua voz de menina-mulher, que não lê os dez milhões de tezas, não mais as
quando compreende, devem ser crises de nervos. Ela
palavras. me diz sempre calma (e eu me digo há um núcleo rudemente sólido
que
Quando leio, fico desanimada. É mesma "estado
sempre a coisa. Nada é atrás daquela cabeça revestida de ouro) a angústia
que é o seu
verdadeiro. ?
permanente". Quando ela não entende mais sua vida, sente vontade de
Qual seria a verdade?
quebrá-la, como faz uma criança com um brinquedo demais compli-
Eu por
mesmo não sei. Não sei onde está minha verdade. Mas sei, em cado.
todo caso, quando leio por acaso essas invenções, onde está a mentira. Contudo, tenho mêdo da morte. Muito, muito mêdo, porque não
Houve um silêncio. Comecei então, um discurso bizarro. Expliquei das coisas feias.
que gosto Mas, nos momentos de maior angústia, tenho vontade
em se tratando de Stálin, Napoleão, De Gaulle ou Bardot, tudo era mais de largar tudo. Há esta porta que eu tenho vontade de abrir.
ou menos a mesma coisa vista sob um certo ângulo. Escala-se um um
por Tentando tomar-se o mais breve possível, o entrevistador muda de
os degraus da glória. A medida que se sobe o ar se rarefaz, a vista se assunto. Quando o homem está sozinho (diz êle pouco depois), põe-se
embaralha, aparece a vertigem e se está no alto, no cume da "companheira",
quando à procura (é a palavra) de uma mulher. De uma como se
pirâmide, se está sòzinho. Não é? diz. A menos seja um viciado da solidão, um monstro da misoginia.
que
Ah! sim. Isso é terrível, sim,
sim... Eu devo ter, no total, Ainda
quatro que, para ps homens, os amigos cheguem a constituir um sucedâneo.
ou cinco amigos. Meus verdadeiros amigos são os do meu tempo de
("Sim, não é a mesma coisa...") Mas, para as mulheres, parece que nada
criança.
serve — nem a profissão, nem o dinheiro e nem a glória... ("Sim, é ver-
BB tem ímpetos contra a matilha, todo o tempo, mas a matilha a devora. dade.") Se o problema dos homens e das mulheres, bem como o de suas
Ou a estraçalha, ou a corta em pedaços ou a vende. Os cães espreitam. respectivas solidões, começa a voltar à baila, não será mais sair.
O possível
menor boato vale dez ou vinte mil francos. Qualquer ato da Aliás, elacompreendeu:
minha vida pode ser vendido. É horrível, você sabe. Durante a minha vida tive muitos amantes. Disseram eu era
que
perversa. Não se trata de um problema de perversidade mas de um pro-
blema de ternura. Para mim, a única presença que conta, depois da minha,
TENHO GRANDE
é a de um homem. Mas de que homem? Eu não vejo ninguém, vivo num
MÊDO círculo pequeno. Os mesmos passam, e repassam, como num carrossel.

DA MORTE
Então, quando estou em plena depressão, agarro-me à primeira tábua de
salvação, à primeira que passa. Mas, à medida que envelheço, eu me en-
Ela me dirá que a solidão ainda vai mais longe. Que vive numa couraço. Estou tentando me arranjar sozinha...
prisão.
não ir ao cinema ou ao teatro. Nem andar na rua. Mas, E conseguirá?
Que pode pode
,f os amigos? V— Completamente, não... Nenhuma mulher o consegue...
As não são naturais falam Agora ela não está alegre. Está triste. Triste e selvagem. Eu noto como
pessoas quando comigo. Chego junto a
"ter-horror"
um grupo e a coisa acontece: as pessoas já não são as mesmas. É horrível. é feminino êste disto ou daquilo. Noto, também, como o não-
É como nos contos ou, melhor, como nos E, às vezes, tenho a -amor, entre as mulheres, está da repulsa. Ela tem horror,
pesadelos. próximo por-
"gênero
impressão de que eu não sou mais eu mesma. E quando tenho certos im- tanto, do vedete".
e sou eu, sofro aborrecimentos. Tenho horror disto. Horror do luxo, dos flá-flás, dos flon-flons, dos
pulsos
Sentada, ereta, uma postura rígida, está calma e séria. Recebeu tôdas fru-frus... Mas tudo isso me persegue e me envolve, apesar do meu de-
as dádivas da vida: beleza, glória, riqueza e, por algum tempo, ainda, sagrado.
ju-
ventude. De que se queixa? Por que a infelicidade marca sua cara de Nós tínhamos perdido os homens ("as tábuas de salvação") no meio
boneca e por que sopram ventos de pânico sôbre a mansidão de seus olhos? do caminho. Por onde passaram êles? Uma tábua de salvação, digo eu, é
Recebi tôdas as dádivas mas não iima
posso me servir delas. E o tempo tábua de salvação.
Digo a mim mesma o tempo e que estou num cárcere Mas eu acredito nada mais conta fora das
passa. que passa presa, que tábuas de salvação.
por trás do meu rôsto. Sempre fui muito tímida e isto não mudou. Ao Apesar das bofetadas que tenho recebido, acredito nelas. Se eu não acre-
contrário se agrava. Quando me reconhecem, fico bloqueada. Tenho horror ditasse, seria terrível.
de ser reconhecida... BB ri. Tôda a sua tristeza se evapora, soprada esta explosão de
por
Penso que um mito é isto: uma encantadora fêmea-menina tem riso. Tôda a seriedade bate em retirada. Ela é, enquanto dura o riso, uma
que
mêdo e cujas queixas, quando está sõrinha, devem ser gritos; e cujas tris- criança. Não, tem vinte e sete ou vinte e oito anos; não, não, não é mais
SEGUE
Um Raio de Sol Liquefeito
Segundo a lenda milenãria, na cidade de Benevento, Itália, em
certas noites reuniam-se as bruxas,
sob a aparência de donzelas,

formosas
e uma mágica tinha o de unir

preparavam poção que poder para
sempre duas a bebiam. Há cerca de

pessoas que
anos, na mesma cidade, Giuseppe Alberti, mago
da indústria de licores, dosou, com alma de artista um deli-
cioso licor-o ST REGA. Obtido apurada destilação de

pela
diferentes EV: / -
ervas, STREGÃ o aroma, o
possui
calor e o amarelo- ouro das manhãs cheiasl
de sol. E o espírito da lenda F&zf ainda hoje existe: se
"ela
e ele" beberem ST REGA, pypf se separarão..
jamais #
r—\ITiAJ:,
PRODUZIDO MEDIANTE LICENÇA DA S. A. STREGA ALBERTI BENEVENTO. ITÁLIA

POR MARTINI & ROSSI S. A.. SÃO BERNARDO DO CAMPO, EST. SÃO PAULO
BB
"O
DEPOIS DE REPOUSO DO GUERREIRO", ELA DIZ DEIXARÁ O CINEMA
QUE
uma criança. Tem uma profissão, Ela responde:

Então, "ouro"?
glória, fortuna, um filhinho que por que tenho vontade de parar? Por recuso êsse
que
corre em alguma parte, vinte e Nem sei quanto tenho^no banco! Juro. Meu empresário faz as contas. Não
sete (ou vinte e oito) anos... Que me ocupo de nada e não meto o nariz em alguma. Pouco se me dá.
parte
história é esta de criança? Pelo contrário, uma das minhas alegrias é dar dinheiro — mesmo a des-
j \1 18BI
Por alguns aspectos não conhecidos. Mas, veja: não gasto a torto e a direito, considero isso
eu porque
saí da infância... uma coisa estúpida e feia; não ofereço coquetéis fantásticos para os quais
"pessoas"
Por convidaria duzentas pessoas, porque essas me aborrecem e tudo
que ela foi boa para
seria idiota. Concordo: mesmo ganhando milhões, se me 50 mil
você? pagam
francos por uma coisinha qualquer, isto me causa Fico contente.
Talvez prazer.
porque não tenha sido
Retribuem minha pequena arte: é alegre e normal.
boa. Mas não é isto... É difícil. "Será
Reparo no relógio. Depois, pergunto ao garoto: você está re-
que
Eu sou, como se diz, ingênua.
presentando desde que estou aqui? Terá colocado uma máscara, antes da
Como as crianças, necessito de minha chegada, para interpretar uma comédia? Um diálogo sempre é, bem
O romancista Jean Cau e a estrela proteção. ou mal, uma prova de força. Qual de nós dois conseguiu levar a melhor?
Brigitte Bardot, num duelo É por isto sendo eu mes-
que, Você?"
de franquezas. ma uma criança, ser mãe de outra Não! Isto, não... Se soubesse como eu me sinto insignificante e
não resolveu meus problemas. Ao
tudo o mais... Há dias em que me considero tão feia me sinto um
que
contrário do que esperava, isso não me salvou.
zero. É por isso que não saio. As pessoas imaginam vão ver a sétima
que
Eu resmungo não sei o quê. Como faço sempre, diante das manifesta- "vison",
maravilha e, se eu não estiver com um com um chapéu na cabeça,
ções de bondade. Uma criança...
o que não ouço! Isso me vai cansando. E como não tenho confiança em
Mas já
eu não mais gostaria de ser criança!
mim mesma... O que me deu alguma confiança foram os dois programas
Eu continuo a rosnar o meu comentário gutural. Uma criança é... Além
de televisão que fiz no dia 31 de dezembro. Primeiro, eu era eu
porque
do mais, desde que uma pessoa adulta é bastante lúcida se considerar
para mesma, estava com bons camaradas; segundo,
porque porque defendia uma
criança, é porque não o é mais. Uma criança não segura a cabeça entre as
causa que me fala ao coração: diminuir o sofrimento dos animais.
mãos, queixando-se de ser criança. Uma criança, lhe dizer... Tenho
quero Da da sua ela? Um dia,
glória, glória, que pensa a pequena bola de neve
idéias bastante arraigadas sobre a questão. Sobre a inocência das crianças,
começou a rolar. É verdade que havia um declive, um declive excepcional
sua maneira de serem doidas, monstros, anjos...
e muita neve. Êsse declive se chama: a época, Saint-Tropez, cha-cha-cha
—• Bem... Você não compreendeu Claro que tenho reflexões e uma e twist, os rapazes e as moças ao sol à sombra),
"mentalidade". (ou o jazz, as farras, a moda
experiência de mulher. Mas a infância é uma... É a men-
ao alcance de todos, a prosperidade. A neve se chama cinema,
publicidade,
talidade que se tem quando se é protegida, se é bem
quando perdoada mexericos, escândalos, cartazes, fotografias. E Brigitte Bardot rola numa
depressa, quando se acredita em tudo, quando... se tem
(ela procura) velocidade cada vez mais vertiginosa. Mas, e a primeira bola?
alegrias e tristezas rápidas, quando não se é levada muito a sério. Não há Se eu fôsse unicamente o dizem,
"senhora" que cabeça de vento, miolos de
nada que me aborreça mais do que uma ou um tipo condecorado...
passarinho e tudo o mais, não seria nada.
Nada mais os impressiona. Eu me espanto coisa,
por qualquer por qual- Então,
que sustenta essa glória?
quer espécie de artimanha, por bobagens inacreditáveis... Não sou séria. Agora, ela se sustenta sozinha.
"séria".
Pergunto a mim mesma o que preciso fazer para ser E como não Mas, no comêço?
consigo, tornei-me assim como sou e isto complica tudo.
"Transformou-
Sua profissão, me dirá ela, já não lhe desperta interêsse.
-se NAO POSSO ME ABRIR
numa história de dinheiro grosso e de Não é a
publicidade." glória que
"Eu
desejava. jamais quis coisa alguma. Aconteceu tudo se
que precipitou. PARA QUALQUER UM
Eu jamais acreditaria. Agora, estou na voragem. Trata-se de comércio. No
começo era divertido esta impressão de estar tirando Mesmo era e levava
a sorte grande. quando pequena palmadas, eu acreditava que
Agora..." Agora, permanece sempre sentada, escolar inteligente resnon- tinha uma força. Uma força de caráter. Jamais voltei atrás. Sempre fui
que
de às perguntas. Ao contrário de algumas congêneres, ela se comporta bem: em frente. Depois, tenho um certo senso de organização. Enfim, de vontade.
é de uma calma perfeita. Asseguro-lhes atrás daquela cabeça há es- (Ela se cala. Reflete. Morde o lábio.) O me desagrada é o superficial.
que que
condida alguma coisa com a solidez do aço e, em se tratando de uma cri- Tenho horror das coisas superficiais e eu sou uma superficial
personagem
ança, decidirei que tenho à minha frente um voluntarioso. A meio Resultado: não é todo mundo é igual a mim, mas eu sou igual
garôtp que que
da nossa entrevista, Brigitte Bardot é uma mulher-garôto. a todo mundo. E depois, minha como você diz, é construída uma
glória,
Falamos sobre os seus filmes. Coloco sobre a minha cabeça o tricórnio parte de vento e outra, em de ódio. Um mundo de
grande parte, gente
"erotismo", "provocação", "pudor",
de Tartufo. Pronunciei como sente ódio de mim.
palavras
"nudez",
Conte.
tlma moça é Ela
que jovem, que quer ser livre e independente, é uma conta. Revela existirem mulheres que, na rua, chamam-na de sem-
provocação? De maneira é uma ausência total -vergonha e a acusam de sujar o mundo; conta dos homens
qualquer de hipocrisia. que a tratam
Tiremos o nosso tricórnio. Mas não é um tanto constrangedor atirar como uma prostituta e a convidam desembaraçar-se das roupas —
a para
"corpo"
nudez do seu sobre as telas? êsses incríveis — e mostrar seus encantos.
gaulèses! Fala da aparição do
Para mim, não... Isto não tem nada de sujo. Os outros é são Diabo e da Feiticeira a libertinagem e a virtude é
que sujos que queimariam (nua,
se vêem dessa maneira. Jamais fiz um filme com as saias arregaçadas, claro) em praça pública.
ligas
e roupas de baixo Ficará
pretas... Isto, sim, é a hipocrisia obscena. Isto, nunca. pelo menos essa celebridade...
Agora, evidentemente, sou Pouco me importa a celebridade!
prisioneira de uma imagem. Repare, mesmo se Não me aproveito dela! Talvez
eu interpretasse o de uma freira, você iria ver uma môça como Jayne Mansfield adore isso. Eu, não! Sabe fiquei
papel que cartazes fariam... quando
É isto muito
por que estou cansada e resolvi parar. contente pelo fato de ser célebre? Quando disse não aos terroristas
Recoloquemos nosso tricórnio. BB da OAS e contei a verdade sobre as ameaças. Naquela ocasião fiquei
pára? Rompe com o cinema? Depois con-
"Repouso "uma
da filmagem do do Guerreiro", tudo acabado? tente ter tido voz". Mas a celebridade... De resto, estou
Pois muito bem! por certa de
Prevejo a chegada de um a angústia me acompanha desaparecerá
produtor que terá pulado o muro de um jardim que que quando tudo isso desapa-
onde ela rosas. "Tenho
cultiva Baterá numa valise e dirá: aqui dentro recer.
400 milhões!" Então, Eurídice-Bardot fechará Então ela terá uma casa rosa e verde, um marido, filhos,
os olhos e esticará a mão vizinhos...
para êsse nôvo Orfeu. Não, essa vida me...
Não. Em Que outra
primeiro lugar, os 400 milhões me foram vida, então?
já propostos.
Depois, ha dois anos eu recuso tudo. Há dois anos Outro trabalho. Não importa
não assino coisa alguma. qual. É preciso que eu me mexa, que
Subitamente as ofertas se tornaram cada vez mais polpudas e numerosas. eu viva.
Que faria eu com esse dinheiro? Não gosto de Aí está ela. Sempre ereta, em boa Eu lhe digo as coisas
jóias, peles ou recepções... postura. que
Tenho horror aos "atelier"
grandes costureiros. Quando a gente sai do dêles, continuarão assim, acredito. É duro. Ela compreende isso, não? Chega-se
tem-se um ar embonecado... na casa de Brigitte Bordot, a ela ser menos
pede-se para pelo um poucc
franca, tenta-se fabricar com esparadrapo e alguns barbantes um pouco
de confiança...
NEM SEI QUANTO Eu não
posso ser franca. Não posso me abrir um.
perante qualquer
Tenho mêdo.
TENHO NO BANCO "se
O dizer abrir"
que quer perante qualquer um?
É dizer não importa o quê... (Ela coloca as mãos sôbré os joelhos.)
Dizem você é de um espantoso nem não
que pão-durismo. (Ela se mexe. Ou dizer nada.
Grau dez o sangue-frio.) Além do mais, isto "Vida
para poderia se explicar. As Levanta-se. Deve assistir à exibição de seu filme Privada". Fim.
pessoas que têm muito mêdo da morte e cuja vida está rodeada de cadá- Dez milhões de êste mês, mais as dêste artigo. Dez milhões
palavras, de
"ouro"
ver es são tentadas a emprestar ao uma certa fidelidade. Por outro se lançam em —
palavras-formigas que assalto para destruí-la ou para
lado, o negócio... (Aqui eu deixo minha psicanálise do e cobri-la com seu rebuliço infame — contra mulher-garôto
pão-durismo uma que tem
concluo:) Isto é possível de explicar e mesmo de compreender. o mêdo louco e o louco desejo de se abrir e de calar-se.
45
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'Sabe menino eiti éaJJ"

é eu tanto
que que pinto
por
no ar, feito anjos.
balanço? Para botá-los
e
gorra
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PARA O BANCO DA BAHIA EM 1952, O

DEVOÇÃO À PINTURA. PINTADO
PORTINARI FOI MARCADA POR UMA INTEIRA
A VEDA DE
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em seus mais re- T . ''t-
sabia a cada quadros ij^K i^4^H: vk >$& «9
que pincelada
^LE próprio
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E1 de sua vida se esvaía, de forma irreparável.
centes, um pouco ' ,*q^^R8fifl^P
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morrendo aos jW-^jp^T
só vivia ainda que poucos.
Como para pintar, pintava,
o sistema circulatório. Um
O envenenamento, insidioso, dominara-lhe
Xi^mC m jT i*^%MlMj^W^ ifiw
violenta. Horas de incerteza, diagnós-
dia, de súbito, uma hemorragia 7?u
H^B^F w*.
e mais exames. E, fim, a verdade terrível:
ticos exames por
provisórios, Eojjj|^p llVi B
JkA m ^1
e misturava como ninguém, minavam-lhe
as tintas, êle dominava
que "Você
Ordem do médico: está in-
o frágil organismo.
perigosamente
de a óleo! Ao melhorar, vol-
toxicado no mais alto Pare pintar
grau.
"A '
Selva", o Dom Quixote , ro-
tou-se os lápis de côr, ilustrando
para
outros. Depois, comprou luvas de ci-
mances de Graham Greene e de
às tintas mortíferas, carregadas de sais

rurgião e retornou, confiante,
seus últimos remate de uma obra pro-

de chumbo. Fêz, então, quadros,
seu sangue, a sua carne, a sua vida. A pin-

digiosa. Pintou-os com*o
também a morte ao maior do Brasil.

tura, deu a deu pintor
que glória,
Reportagem de H. Magalhães Júnior

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DOS NOSSOS PORTOS AO COMÉRCIO

C0M6RCI0 DAS NAÇÕES
NAC6ES AMIGAS.
DA FAMÍLIA
FAMfLIA REAL PORTUGUÊSA
PORTUGUfcSA AO BRASIL LEMBRA A ABERTURA
PAINEL DA CHEGADA
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SÔBRE
S6RRE TELA PERTENCENTE AO COLÉGIO
COLfiGIO DE CATAGUAZES
CATAGUAZES.
PINTOR:
PDJTOR: O MURAL SÔBRE
S6BRE TIRADENTES,
XIRADENTES, TRÍPTICO
TRIPTICO EM TÊMPERA
TftMPERA (18x3,15),
DO GRANDE
SEGUE
NENHUM PINTORES DEIXOU TÃO VALIGS
Portinari desapareceu Sua rebeldia contra os processos

$ f
com 58 anos e 39 dias. Nascera a acadêmicos começou na própria ENBA,
CÂNDIDO
29 de dezembro de 1903 e de como revelou em confissões ditadas ao v

gostava
'IÛtjM ,/K.u. y. • • lembrar seu aniversário era fes- Antônio Callado, durante as
que jornalista
"Retrato
- i ^" - -Vj^ ' • 1 tejado na mesma data em haviam entrevistas para o livro de
que
•> •'••=' -^ •:
¦ nascido dois outros artistas famosos: Portinari", edição do Museu de Arte
o violoncelista espanhol Pablo Casais Moderna. A um dos seus mestres, Ro-
e o mexicano David Alfaro Si- dolfo Amoedo, muito preocupado com

pintor
Seus pais, Giovan Battista o verismo, com a minúcia fotográfica,
queiros.
Portinari e Domenica Torquato, eram com a irritante preocupação de copiar
imigrantes italianos, êle nascido em a natureza de forma rigorosamente
Chiampo e ela em Bassano, no Vêneto. exata, Portinari teve o atrevimento de
Vieram para o Brasil como agricul- dizer:

— Olhe, no seu tempo de
tores, para trabalhar na zona do café, professor,
em S. Paulo, fixandos-se em Brodowski. estudante, o senhor passava horas co-
piando uma laranja. Hoje, eu faço um

Aos 11 anos, revelou-se o talento
disco amarelo e é uma laranja...
de Portinari para as artes plásticas,
num retrato, a lápis, de Carlos Gomes, A dos retratos
fase
com seus bigodões e sua vasta cabe-
que não eram fotográficos
leira. Ao lado da imagem do maestro,
1922, expôs Portinari seu primei-
o menino escrevera o nome de suas
EMro quadro, no salão da Escola Na-
óperas. E assinara o nome completo,
cional de Belas-Artes, reduto do mais
com letra firme, datando: 1914. Desde
retratos: o de Domenica Torquato entranhado academismo. Ninguém deu
Um dos seus melhores mais e
então não parou de desenhar
vigorosa italiana que era a mãe do artista. a menor atenção a êsse trabalho. Mas,
Portinari,
de pintar. Assim como Pancetti pintou
no ano seguinte, com um retrato do
*~>— •" ,9"^ ' '"•r lanchas da Marinha e o costado de na-
~t ^W%
"*$ estatuário Paulo Mazzuchelli,
* ' conquis-
. vios de O Portinari tra-
guerra. jovem
tou três prêmios. Além de uma me-
balhou numa oficina, onde fabricavam
dalhinha e de um brinde da Galeria
•' AA i ,. I ¦ colocava nos
carroças. Êle era quem
Jorge, empalmou também quinhentos
veículos as iniciais do freguês que fi-
mil-réis. Mas o principal não foi isso:
;li||B zera a encomenda.
¦I J£«r ibflH ^ recebeu tantos elogios que o velho
inicio de sua vida no Rio foi ri
O Batista da Costa, diretor
pintor da
jpyu iw difícil. Em certa ocasião, morou em "ate-
JH ENBA, lhe deu uma sala, como
\
modesta pensão da Rua Marquesa de
lier". Portinari só tinha olhos, então,
Santos, n.° 23. Como não podia pagar
para os grandes clássicos. E apenas
um quarto, dormia no próprio ba-
dois pintores do nosso tempo o haviam
or
nheiro, deitando-se tarde e desper-
impressionado, através de reproduções:
tando muito cedo, antes dos outros
o sueco Anders Leonard Zorn, grande
hóspedes. Uma noite, rebentando a
retratista, cujos modelos foram Verlai-
caixa d'água, acordou debaixo de um
ne, Renan, Anatole France, Rodin e
dilúvio. O trabalho que considerava
Mareei Proust, e o espanhol Inácio
o seu primeiro quadro, realmente com-
Zuloaga. Mas viu a
"Baile quando pintura
pleto e acabado, foi um na
original dêste, experimentou grande
Roça". Tinha as dimensões de 2x2 e
decepção.
na composição havia figuras típicas de Depois de passar inevitável
pelo
sua terra natal: italianos, pretos, mu- "naturezas
aprendizado das mortas",
latos. Foi vendido por duzentos mil- "métier"
Portinari fixara-se no de re-
com o -réis, a um Sr. Krauser, corretor de tratista,
Intoxicando-o a pouco, a matéria-prima que animado por sua vi-
pouco primeira
trabalhava provou que as cores também matam. câmbio. Sentiu-se, então, um pintor de
grande mestre tória. Procurando a semelhança fisio-
verdade. E aquele dinheiro abençoado nômica, nem por isso era meramente
resolveu uma porção de problemas. fotográfico. E começou a usar livre-
Na época, duzentos mil-réis eram co-
mente em seus retratos fundos de ca-
mo quatro mil cruzeiros hoje.
ráter paisagístico, inclusive com folhas
de bananeiras.
A mágica das cascas
Em 1928, com um retrato do poeta
de bananas
Olegário Mariano, conquistava o prê-
mio de Viagem ao Estrangeiro. Re-
de desenho com Lucí-
cebia 25 libras por mês do Govêrno,
lio de
ESTUDANTE Albuquerque, no Liceu de
de na Escola ou 3.200 francos, confessando que

Artes e Ofícios, e pintura
"dava
Amoedo êsse pouco dinheiro muitíssimo
Nacional de Belas-Artes, com
bem" para suas modestas andanças.
e Batista da Costa, Portinari comia ape-
Importantíssimo, o prêmio, para a sua
nas uma vez por dia. A refeição custa-
réis. E a sobremesa, ine- formação. Não se preocupou em pin-

va seiscentos
vitàvelmente banana, era cobrada de tar, mas em visitar museus e em es-
com o número de cascas tudar a técnica dos grandes mestres.

acordo que
ficavam no Durante tôda a sua Viu tudo o que havia de melhor na
prato.
vida, o tímido Cândido foi França, Inglaterra, Itália e Espanha.
profunda-
mente a um camarada, Em Paris conheceu a môça uruguaia
grato garçom
£ - Maria Martinelli, também descendente
HfefsS^- JjjH:. < - que lhe deu êste conselho providen-
"Leve Antônio de
ciai: umas cascas no bolso." de italianos e enteada de
^ »v- Amo rim Diniz brasi-
Noutra fase de dinheiros curtos, ia com (Duque), grande
«*j*r ^¦w?:;-. Fran-
Aparício Torelly de Itararé), leiro, introdutor do maxixe na
(Barão
a um restaurante da Rua ça e então dono de um restaurante
pequeno
"A
O diretor de Manha" levava especializado em comidas brasileiras.
Chile.
e di- Casou-se com Maria, a quem dava,
engatilhadas suas últimas piadas
"Vou o nome de Chico. Na França,
zia: conversar com o caixa. Se em casa,
"Cangaceiros", uma boa você Marc Chagall exerceu verdadeira fas-

ilustrou de José êle der gargalhada, pode
O fabuloso desenhista que
em intuitiva. entrar a bóia está cinação sôbre êle.
Lins do Bêgo, jamais acreditava pintura que garantida."
48
.
w
SA PRODUÇÃO ARTÍSTICA OU FO. TÃO INTENSA MENTE BRASILEIRO

QUANTO ÊLE
•
0 artista e seu ins-
trumento de trabalho,
com o
qual produziu
dezenas de obras-pri-
mas da Nos
pintura.
seus últimos meses de
vida, sua maior

preo-
cupação era recuperar
os retratos, a óleo, de
seu filho João,

quando
menino. Propôs com-
prá-los aos donos.
Mas Octales Marcon-
des, Henrique Tamm,
Nelson Rockefeller
w e
Assis Chateaubriand
disseram não a todas as
propostas que êle fêz.
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OS GOVERNOS DA REPÚBLICA
DE SÃO PAULO E DA GUANABARA SE UNIRAM NAS
i
ÚLTIMAS HOMENAGENS AO GRANDE PINTOR
"A se demolisse o atual

explicava: expendia, há 18 anos, estes con- dez do desenho, na vitalidade das de propor que
"Senhor da Cultura, em via
me venceu e ceitos: de uma técnica formas, no senso das linhas, na Palácio que
PORTINARI
poesia sempre
"atentado
maravilhosa, lhe tem habilidade técnica com o vo- um contra a dignidade
Chagall é um pintor poético. que permi- que
tido nos retratos e nos lume das figuras era no artística". Ninguém, porém, con-
vejo um tema poético passear, projetado
Quando
in- de de uma escola espaço. Muitos de seus trabalhos seguiria jamais reduzir à mono-
realizado em pintura fico com quadros gênero,
a a outra, de uma a outra época da são, antes de tudo, verdadeiros tonia da uniformidade a obra de
veja." O seu forte não era pin-
"shows" a ca-
de vigorosa história da utilizando to- de desenho, dados por um Portinari, sempre procurar
tura mas a pintura,
poética,
os de Cân- mestre insuperável em tal arte. minhos novos e a tentar novas
expressão trágica. dos processos pintar,
"Pintar Podendo ter sido
Brasil, chefe de dido Portinari afinal ter é o menos: mais impor- experiências.
De volta ao parece
em ex- tante é saber desenhar", dizia apenas o retratista oficial da so-
família, trazendo apenas três ma- encontrado, de experiência
"naturezas o seu caminho, cons- êle, acreditando ou nada nos ciedade elegante e o pintor dos
mortas", instalou- periência, pouco
gras
valores intuitivos, sem estudos Presidentes (retratou Getúlio e
-se modestamente na Rua Joa- truído a sua técnica e triunfado
incoerên- sólidos, sem saberem riscar com JK, além de desenhar a figura de
Silva no Beco dos de tôdas as desordens e
quim (lá perto,
são segurança uma tela antes do Ira- Jânio Quadros para a capa de
morava, então, Manu- cias, tão fecundas aliás e que
Carmelitas, "Time"),
amigo e comuns nos espíritos dotados de balho dos pincéis. Já se disse que preferiu pintar princi-
el Bandeira, seu grande
um ser o maior palmente a vida dos homens e
dos seus retratados). Foi ali uma natureza exuberante e de Picasso poderia pro-
um 1
dos tempos mo- mulheres do povo. As figuras cen-
levado Henrique Pon- real poder de invenção. Ninguém fessor de pintura
que, por
teria sido, sé- trais das suas obras são nítida-
tive o contato com viu, entre nós, o espetáculo das dernos. Portinari
getti, primeiro
e maior, menos um dos mente brasileiras: meninos de
Portinari, há uns trinta anos, coisas com olhos mais ingênuos, não o pelo
de desenho do Brodowski, trabalhadores do café,
êle apenas começava a também mais claros e penetran- maiores professores
quando
contemporâneo. gente dos morros e favelas, espan-
sua ascensão a Em tes, nem teve da paisagem social mundo
para glória.
Anatomista talhos e balões de São João, mú-
1935, conquistou o tri- uma visão tão concentrada como prodigioso, puxando
primeiro
Leonardo Da Vinci, fazia mi- sicos de rua, gente do campo, can-
além-fronteira, levantando profunda, e um poder tão vigoroso ao
unfo
estudos, a desenho, de gaceiros, retirantes e crianças vi-
de acentuar a realidade, defor- nuciosos
um prêmios da Exposição In-
dos
ressaltar dos seus timadas pela tragédia das sêcas.
ternacional de Pintura promovida mando-a, e de fazê-la cada particularidade pai-
de néis. Expressões fisionômicas, Quando expôs em Paris os qua-
em Chicago Instituto Carne- como uma força surpreendente
pelo
mãos e braços se contraem no dros impressionantes desta última
dos Estados Unidos. Firmou- expressão, nessa obra estranha que
gie,
muscular, em descan- série, entrou no salão o ex-Rei da
-se como o nosso pelo aspecto, mas poderosa pelo esforço pés
grande pintor
na- ou em marcha, ou- Inglaterra e atual Duque de Wind-
moderno e, com um pensamento, de um sentido so pormenores
painel para
ver- resovidos, sor. Olhou, olhou, interessado, co-
o Monumento Rodoviário, começou cionalista, mas carregada de tros eram primeiro, pe-
e só de- mo quem queria comprar. Por
a sua obra de muralista. O então dade e da riqueza do conteúdo los esboços do desenhista
Não se confor- fim, voltou-se para o pintor:
Ministro da Educação e Saúde, humano." pois pelo pintor.
Não tem umas flores?
Capanema, enfrentando Notando-lhe um extraordinário mava enquanto não obtinha a ima-
Gustavo "Vossa
reproduzindo a rigor a Sem lhe dar um Graça"
objeções e críticas mesquinhas, poder de captar ao vivo os tipos gem exata,
Seus retra- ou o tratamento de Alteza, Porti-
ousadamente confiou-lhe o dese- e cenas da vida rural, Fernando inspiração criadora.
do mais tradicional nari respondeu, sem pestanejar:
nho dos azulejos e as decorações de Azevedo analisa os afrescos tos, de fatura que
Não, senhor. Só tenho mi-
atual Palácio da Cultura. En- Palácio da Cultura como a reve- o resto da sua obra, mas com a
do
"um séria.
tre os 30 e os 40 anos, o artista lação de Diogo de Rivera com marca própria inconfundível, ser-
menos de imaginação e me- viram durante longo tempo como Candinho nunca ultrapassou as
estava maduro, senhor de todos os poder
nos largueza de composição, mas elemento de, contraste com os tra- fronteiras da pintura figurativa.
recursos.
com uma sensibilidade mais aguda balhos do muralista, em as Moderno, sim, mas abstracionista,
Não propriamente num crítico que
e maior de vastas dimensões dos e o nunca. Por isso, foi combatido, no
de belas-artes, mas num ensaísta poder psicológico pene- painéis
tração.", reconhecendo-lhe ainda caráter alegórico do assunto, fu- fim de sua vida,
por tachistas, con-
que fêz em 1944 o balanço da vida
"living-room", "istas".
extraordinária capacidade de sín- à de cretistas e outros Dava de
intelectual e artística do País, o gindo pintura "Arte
tese, audaciosas distorsões ombros. Dizia: abstrata é
professor Fernando de Azevedo, própria dos grandes criadores permitiam
de imagens e de símbolos. monstruosas", dizi- como a gente pedir a um enge-
da Universidade de São Paulo, ("deformações
Se em Portinari o colorista era am seus mais inflamados oposito- nheiro uma ponte para atravessar
encontramos uma das mais justas "Êle
admirável, conseguindo efeitos res). Era freqüente a frase: um rio e receber uma página cheia
apreciações sôbre a pintura de i|Bp]P$
um seu, não o retrato de sua mãe de números e cálculos. O que a
Portinari, a quem qualificava de que pareciam privilégio pintou
"azul-Portinari", é a Portinari
figura dominadora e eclética, com como o famoso com as mesmas inchações e de- gente quer ponte!"
característico de uma fase de formidades das figuras dos seus sempre deu a sua ponte.
a sua produção desigual, variada e sua
inquieta, o desenhista era ainda Fôra cunhada um Depois dos murais do atual Pa-
mas já com todos os ca- pintura, painéis."' por
mais extraordinário. A base dos de espírito lácio da Cultura, chamou-o Jus-
racteres das obras definitivas. O jornalista primário, que
"A ao celino Kubitschek de Oliveira,
autor de Cultura Brasileira" seus quadros repousava na soli- levava sua obstinação ponto R5R
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enterro e ajudou a condu- Unidos na mesma expressão de fundo Maria Portinari,

O Governador Carlos Lacerda compareceu ao pesar,
a esposa, e o filho, chegado de Paris o enterro.
rir o caixão, enquanto o Professor Hermes Lima representava JG-. João, para
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Prefeito de Belo Horizonte, para
decorar a Igreja da Pampulha.
E Assis Chateaubriand para d eco-
rar o edifício da Rádio Tupi e a

"O
nova sede de Cruzeiro". Não
teve mais mãos a medir. Enco-

mendaram-lhe painéis e mais pai-
néis. Por fim, o maior de todos,
"Guerra
e Paz", para a ONU, onde
não lhe deram a colocação ade-
quada. Valeu, contudo, como uma

consagração definitiva no plano
internacional.
Candinho tinha amigos os mais
variados. Êles iam de Nélson Ro-
ckefeller, atual Governador do Es-
tado de Nova Iorque, e de Helena
Rubinstein, rainha universal dos

^B/.j(BBPf' ^^^^^^^^^^S»eSifi8"8w**®55*®~~*j~522^^^^,,.- VMH|Pi ffi&ju ^ JMf _ cosméticos, ao livreiro José Olym-
pio, à Deputada Adalgisa Neri,

¦',-W.W-?n:
ao ex-Senador Luís Carlos Pres-
tes, a Niomar Moniz Sodré, a Ca-
panema e JK. Viajou, já famoso,
por vários países, dos Estados

Unidos a Israel, voltando sempre
mais brasileiro do que partira.
"sena-
Uma vez, escapou de ser
dor do povo" por São Paulo. En-
^^¦ad
Jt 38sen"^ frentando, numa eleição, o indus-
• * '-.v.', ..*¦W^;î*8^ji2
.aPWPrajteSSHJS^
' ../ .* _ ,;iV.« **aHBWpf|
*~ .¦;w'''Sffc.'1---
' ' • '" *;*;.,^> ^....i
' * ' *"' «-1 ",r ¦ rl trial Roberto Simonsen, Portinari,
fc •" -'"i^li'iirW ¦ -- "' jtm»v , ,•»¦('• ;*
candidato ao mesmo tempo do
PSP e do PCB, teve votação es-
"*"' if
,i e, nos dias,
petacular primeiros
liderou vantajosamente as apura-
ções. Ficou, então, aflitíssimo. E

"Estou
confidenciava: torcendo
para o Simonsen passar à dian-

teira. Só aceitei a candidatura
porque pensei que perderia. Se
ganhar, vai ser o diabo. Não va-

lerei nada como senador diante
de uma maioria conservadora. E
não terei mais tempo para cuidar
da minha pintura. E' através dela,
e não da política, que eu me
realizo."
Quando, a 6 de fevereiro, so-

breveio a terceiro crise aguda de
seu processo de intoxicação (a se-
gunda fora em Israel), verificou-

-se um derrame cerebral. Porti-
nari foi.internado, às na
pressas,
Casa de Saúde São José. Já tinha
começado a paralisia dos membros
inferiores. Sempre em estado de
coma, dele não se ouviu mais uma
palavra. Expirou alta noite. Na
quarta-feira, 7, o corpo, embalsa-
H^mr"~ 3sr*^"
F'91
mado, por determinação do Go-
vêrno, que resolvera custear-lhe
os funerais, ficou em exposição no
salão do Palácio da Cultura. O
embalsamamento foi providen-
ciado para dar tempo a que viesse
de Paris seu filho, João Portinari,
- 'j^^fcp——^8
Si,,J3HpW^ »xT^Kw^jSL ~" B H estudante de eletrônica
|yB|f e alta ma-
temática, com a esposa, mãe de
Denise, a netinha do pintor e seu
jffll| . ^/'" . T|JHH *mn,4m ^:;-:: último modelo.
i Quinta-feira, pela
manhã, o mundo intelectual e ar-
tístico acompanhou Portinari à
última morada, no cemitério de
São João Batista. Poderia o Go-
vêrno completar o tributo ao gran-
'¦ ¦ de artista, patrocinando uma ex-

.% '
..;.:.' •' ^Hp' posição de seus quadros, capaz
de dar a medida do labor gigan-
tesco em que se consumiu. Êle di-
zia que, depois de admirar os Ti-
cianos do Museu do Prado, tivera
vontade de sair gritando pelas ruas

"Vocês
de Madri: ;á viram?" As-
sim também gritaremos nós quan-
J-. > a • .t « f i #» . * 'n il' 1 J""* 1. A. i _
Grande massa assistiu à saída do féretro do Palácio da Cultura, profundamente emocio- do forem reunidas as obras-primas
popular
nada com o súbito desaparecimento de Portinari, da» camadas humildes do nosso do imortal filho de Brodowski.
pintor povo.
51
ALUÍSIO COMEMORA
I seu marido UM ANO DE GOVERNO
não
n3° resistirá
resistira EXPONDO REALIZAÇÕES
Jflflk
| 3
a êstes
estes
pratos..
pratos...
|
f ....5 • "¦**"¦ j
A
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& i i
«H|SOPA
SOPA RICA
RICA 1—i,^^1
Nos
Nos dias quentes e
frios, uma B .. -
nos dias
sopa
sopa para iniciar
re-
a re- ¦
feição
feigao é
e sempre mais | ...tào atraentes,
saudavel
saudável e reconfor-
reconfor- I
deliciosos
tante. Experimente es-
tante.Experimentees- I
ta
ta deliciosa Sopa Rica. I de fazer! • Ao cabo do seu primeiro ano de mandato, o Governador Aluísio Alves
e fáceis
apresentou ao povo do Rio Grande do Norte uma excelente e detalhada
exposição fotográfica de suas realizações. A mostra inaugurada em Natal
fixa, em todos os setores da administração pública, a eficiente e moraliza-

SALGADINHOS DE QUEIJO
dora ação do nôvo governo. Ao lado do Governador está o Professor Gri-
Para o lanche, sugerimos êstes maldi Ribeiro, titular da Secretaria da Educação daquele Estado, um dos
principais responsáveis pelo ousado plano cultural traçado para o RGN.

deliciosos Salgadinhos de
|j if Queijo. Uma ótima idéia para vK3HHPiffiP^

^T* : i
;'": «yJ» 7*^ J
surpreender seu marido e os i M Aal^r
Missão ' ¦
lNg*y»CJ> iimtiii convidados, na próxima reunião. wjm'f$jtjjEf§ SwPjj J
g| Naval mexicana
no Brasil
IH Ba>' vjWPt- fill BÔLO BICOLOR "MW

v w
jy^MBfifeii
Um fácil de fazer. • A Missão Naval
quitute -fl#
mexicana veio ao |Hgv. .
mE iJ "'w i acompanhar o chá que
Ótimo para
m Bfe^gRijigW BP * fl
Brasil, constituída pelo
da tarde e as refeições ligeiras.
Ministro Manuel Zer-
Lembre-se de um bôlo
que meno Araico, Capitães
feito suas mãos Felix Arruti Iturrios,
pelas próprias
aumenta o seu prestígio. Rafael Cordera Paredes
e outras personalidades,
visitou, em Jacuecanga,
próximo de Angra dos

SORVETE A LENINHA
Reis, os estaleiros da
'
Outra ótima sugestão a Verolme. Todos ficaram ¦::' ^9 IflH'
para PI®P^( giB ^Pp^feMgl
muito bem impressiona-
sobremesa dos dias quentes. »';",V
dos com ás instalações
|^\ / 1 Um delicioso sorvete: seu
e o ritmo dos trabalhos.
marido e seus filhos vão
pedir mais.
Marcelo
lg| Damy em
Estas e outras deliciosas su- MANCHETE
sáo encontradas no
gestões
"Meu
I novo Livro de Receitas",
¦ ¦¦-• -.
MAIZENA lhe enviará
que
resposta ao • A redação desta
a GRÁTIS em
P~2ffiF
Ij IrM revista foi honrada
|J| cupom abaixo. Vlgffip
com a visita do
-: . / m EBL jAIJ^H
jm %$ Marcelo
Professor
Amido de Milho MAIZENA T 61 g Damy, uma das maio-
«m Caixa Postal 8006 —São Paulo
r 11 res autoridades lati-
¦ Peço enviar-me GRÁTIS ¦
=?# no-americanas em
Siii-ei?-'-"9
1 o novo "Meu Livro de Receitas"
I ^ energia nuclear. O
I Nome ilustre visitante de-

_ SB rr~- vJ^' 'Zl-—
^r;»^ ft* morou-se em pales-
-s||^ acompanhado seus
s tra com os nossos redatores e estava por principais
^SNs^—¦-" Estado. Exercendo atualmente a da Comissão Nacional de

|[R assistentes. presidência
üWrgia Nuclear, na trabalham cerca de trezentos técnicos nacionais,
I I Estado. qual já
Professor Damy, falou longamente e com entusiasmo sobre os planos
o
ha ¦¦¦HMBBniai sua
de ação elaborou em prática no decorrer da gestão.
que para pôr
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1 Bp-' «;:»
Lx-i_ me
Nada igualar a acariciante maciez do

pode
Obtido um inteiramente novo, o fio AGILON

por processo
RHODIÃNYL não nunca a sua incomparável maciez nem
perde
a elasticidade. E arejado e opaco, ser lavado indefini-
poroso, pode ^Vc
damente, não encolhe, não desfia e não ser a ferro.

precisa passado A I O
para confecções mais luxuosas
AGILON "DEERING —
é marca registrada da MILLIKEN RESEARCH CORP" e no Brasil é fabricado com exclusividade MARFEX COMÉRCIO E INDÚSTRIA S. À.
por
Paulo Mendes Campos
?
os
PESCADORES
? D
DE
MOLINETE
A O entardecer cada coisa estava em seu lugar alisar-se monótono como um túmulo.
de caixote e lianas a crepitar As do tigre dentro do fogo

pedaços praieiras garras
molinetes azeitados, caniços dóceis à discussão do mar destorceram-se a despertar
a lona iestridulando no terral os dedos do afogado nas reentrâncias dos rochedos
o rádio com sua tristeza roçar

portátil popular. [a
os crustáceos de adormecidos nas suas
grande porte
vai ser do homem industrial
Que [armaduras
se êle não florir afinal à beira-mar ? devagar
bimotor comercial segue o Sul sem aduncos sôbre desertos congelados sedentos
(um para pássaros
a soluçar,
[turbulência).
Ao largo o desprezava a manta camelos lúcidos lanceados sol a
gajeiro pelo galopar.
sardinhas Colunas de ametista alteavam-se nos salões
[de
retificando a da traineira onde outrora transitavam tantas valsas
proa
na direção do crepúsculo dilacerado devagar. num tempo infindo era um tempo circular.
pois
Os rochedos sustentavam as assembléias verdes do Então
cada um costurado a si mesmo

[mar quedou
desde um fragmento de se condensou no seu inventar-reinventar
que galáxia
a seu tempo e seu lugar. e Robinson, despontando ao fogo das vagas
Eram homens desfalecidos como o ocaso, o fogo e o degredado)

(o
mar foi devolvido à do sem luar.
praia golfo
vizinhos da noite ter
(espetacular) que Que pensamento pode
a senão medir-se com o vento, o e o
[explodiu galáxia gigante jaguar
mas não nisso era melhor não
pensavam (e pensar). que pensamento
A sentiu no ar o fulcro da fogueira senão o incessante movimento
gaivota
o fulgor do firmamento se diluía de ser em seu ser um hóspede

que particular.
e a barlavento desapareceu O invisível dos hostis dentro das
planando pássaros por
retornar ao céu com um dilucular.
para peixe [galharias
Eram homens urbanos e diziam de mulheres a
gritar
como bêbedos de vinho depois de matar.
guerreiros
Mas veio o vento Depois desceu a madrugada

quando .
mas veio o vento a esganiçar mil-espelhando-se no ar.

quando
.as constelações .se agruparam Oh, o consentimento da agonia

quando
cada uma em seu lugar a transluzir em túmida verdura circular

"nylon"
sibilavam os fios de ali estava o
quando pois périplo perene
como as cordas da mastreação em alto mar desumano e familiar.
hora em os do transatlântico Oh, mirar-se na fonte a dizer:

(na que passageiros
um corvo no ombro, um cravo na lapela agora somos nós dois a duelar.
andam no convés antes do

jantar
e fartos de seus ardis sexuais Por dentro das

galharias
sentem saudades do centeio e do cavalo) os hostis mais uma vez.
pássaros gritaram
então os sentiram o sussurro em torno Depois deixaram de
pescadores gritar.
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Verão mais alegre rias
cores festivas da linha
SARAGOSSY • • SARAGOSSY • SARAGOSSY • SARAGOSSY • SARAGOSSY • SARAGOSSY • SARAGOSSY • SARAGOSSY • SARAGOSSY • SARAGOSSY
SARAGOSSY
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NUMERADAS PARA TODOS OS JOGOS DO BRASIL! 20 DIAS DE SONHO, EM HOTÉIS DE LUXO!
ÔNIBUS ESPECIAIS PARA TODOS OS ESTÁDIOS!
TUDO A PREÇO DE CUSTO, EM SUAVES PRESTAÇÕES! VISITAS A MARAVILHOSOS RECANTOS TURÍSTICOS!
FAÇA
FAQA SUA INSCRIÇÃO
INSCRIQAO NAS SEGUINTES EMISSORAS: Em SÃO
SAO PAULO:
PAULO Rádio
Radio Ban-
Ban- 1
|,
deirantes — Rádio
Radio América
America —Rádio
— Radio Educadora de Campinas — Rádio
Radio São
Sao -;j
Clube de José
Jose
dos Campos — Rádio

Radio Clube Jacarei — Rádio
Radio Bandeirantes 19
de de Cachoeira Paulista
Paulista
— Rádio
Radio Emissora de Campos de Jordáo
Jordao — Rádio
Radio Técnica
Tecnica de Atibaia. Na GUANABA-
: —
9f RA Rádio
Radio Guanabara. Em MINAS GERAIS: Rádio
Radio Cultura de Poços
Poqos de Caldas Rá-
Ra¬
dio Cultura D Oeste — Rádio

Radio Clube de Pouso Alegre — Rádio
Radio Sociedade Norte
(Lavras)
de Minas (Montes Claros). Em MATO GROSSO: Rádio

Radio Difusora de Campo Grande e
Rádio
Radio Cultura de Campo Grande.
0
NOTICIAS QUE VALEM

MANCHETE
•jç "O
SOMERSET MAUGHAM emprestou DA CANÇÃO Horrível inspirado em de Botticelli, com
TRECHO quadros
a uma galeria de Londres a tela mais fa- Tango", espetacular sucesso de Charles música de Mendelsohn.
"A "twist": "Volta
mosa da sua coleção: morte do Arle- Trenet, franco adepto do
¦fa "Playboy"
A REVISTA ofereceu vin-
quim", de Picasso. O quadro, avaliado para o teu lugar/ tango do cemitério/
te milhões de cruzeiros para que Jayne
em 36 milhões de cruzeiros, foi sigilosa- com teus gigolôs ao luar/ e histórias de
Mansfield posasse nua. Até hoje ninguém
mente transportado de Nice para a Capital adultério".
compreende em Hollywood como ela teve
inglesa.
•fa DE GAULLE responde a todas as coragem para recusar a oferta.
JACQUES TATI ("Meu Tio") termi- cartas que lhe são remetidas. Dá prio-
* •fa A POLÔNIA exportou ho ano pas-
nou o roteiro de sua próxima realização. ridade aos missivistas que integraram a
sado mais de dois .milhões de litros de
À pessoa que lhe sugerir um título bem Resistência e a França Livre, ignorando
vodca, o que representou um aumento de
expressivo, o famoso cineasta oferece um a correspondência que chega sem o nome
cinqüenta por cento em relação ao período
papel (mudo) no filme. e o enderêço completos do remetente.
anterior. Principal consumidor: Estados
•jç •fa Unidos.

RAY CHARLES, o famoso cantor REISINI, chefão internacional do
"jazz", "cinerama",
cego de preso em Indianápolis, processo promoveu uma gran- OS INDUSTRIAIS alemães formulam
EUA, no ano sob a acusação de de homenagem a Abel Gance, a
passado, quem severas queixas contra seus operários:
"o "Nossa
ingerir entorpecentes, foi em liber- considera pai da nova indústria cine-
pôsto célebre qualidade, certificada pela
dade. O tribunal local concluiu que os matográfica". O famoso cineasta recebeu etiquêta made in Germany, está em vias
policiais autores da detenção não pos- uma medalha de ouro, compareceu a um se
de perder. Os trabalhadores não têm
suíam o necessário mandado banquete em sua honra e teve o seu no-
judicial. interêsse pelo seu ofício e funcionam na
me afixado no cinema parisiense exi-
que base do vai-levando."
"cinerama".
•fa REPRESENTANTES das principais be os filmes em
estações de televisão da Europa estão UMA CONFERÊNCIA sôbre a

DE
"Lloyds",
reunidos em Londres. Na ordem do dia A CONHECIDA agência longevidade, transmitida Rádio de
pela
"Quem
da Inglaterra, fêz o Moscou:
dos debates: transmissões de programas primeiro seguro do quiser viver muitos anos,
mundo "twist".
do Velho o Nôvo Mundo através de contra os riscos do Os precisa casar e trabalhar. Não é
para preciso
satélites artificais e estabelecimento de promotores de um baile de caridade, de comer muito, mas metòdicamente".
Londres, resolveram a integri-
uma rêde permanente de TV entre os garantir
•fç REJUVENESCE a Academia Fran-
Eurovisão. dade física de todas as com-
países que formam a pessoas que
cesa de Letras. Após a eleição de Jean
parecerem à sua festa. Valor do prêmio:
Guéhenno para aquela casa, a idade mé-
sete milhões de cruzeiros.
OS SERVIÇOS de Higiene Escolar
dia de seus componentes é de 69 anos.
Universitária da Academia Francesa de
•jç ELOGIO do Oito anos atrás, a média andava por volta
ex-Presidente francês
Medicina divulgou: o casamento precoce "O dos 76. O acadêmico mais idoso é Henry
René Coty a Bernard Buffet: senhor
ameaça a sanidade mental dos estudantes;
a alegria Bordeaux (92 anos) e o mais
pinta de viver." jovem,
trinta por cento dos universitários neces-
Henri Troyat (50).
sitam de conselhos de natureza psicoló-
ANTHONY QUINN decidiu ser o
ÍC
gica; três por cento sofrem de doenças DARRYL
nôvo Cecil B. de Mille do cinema. ZANUCK afirma que to-
Che- +
mentais e devem ser submetidos a seve-
a Paris, na semana dos os filmes até hoje exibidos sôbre o
gou passada, trazendo
ros tratamentos psiquiátricos. desembarque dos aliados na Normandia
debaixo do braço o roteiro de uma su-
intitulada, são falsos. Êle procurou películas autên-
¦jç perprodução provisoriamente,
DAVTD OISTRACH e Isaac Stern re- "A "O
Antologia". O filme será ticas para incluir em sua produção
composto de
feriram-se da mesma forma à morte do
"Êle quinze histórias, Mais Longo Dia" e declarou nada ter en-
pequenas cada uma com
violinista Fritz Kreisler: era o nosso "A
diretor próprio. contrado. única coisa autêntica que
Quinn já contratou, en-
único, verdadeiro e insubstituível mestre."
tre outros: Vincente Minnelli, David Lean, conheço sôbre os acontecimentos do dia
George D" — diz Zanuck — "são as fotografias

¦fa Cukor, Otto Preminger, Charles
FRANK POURCEL, o famoso re-
Laughton, Jean Cocteau, de Robert Cappa".
depois de ter mais de oito Jean Renoir,
gente, gravado
Simone Signoret, Clouzot, Rossellini
milhões de discos, se apresentará pela e Fe-
O VATICANO lançou novos selos
derico Fellini.
primeira vez ao público, em Paris, na
com a imagem de Cristo. Particularidade:
próxima semana. O maestro, que afirma as feições do Senhor são acentuadamente
detestar a presença do espectador, rece- COMEÇOU a ser rodado em Holly- asiáticas.
"P.T.
berá 500 mil cruzeiros cada recital wood o filme 109", conta as
por que
de sua orquestra de 45 figuras. aventuras de Kennedy, UM JORNAL inglês publica a lista
quando oficial da
Marinha norte-americana. das maiores fortunas pessoais do mundo.
Peter Fonda,
ENQUANTO MOLOTOV não reas- filho do famoso Henry Fonda, Primeiro lugar: a Rainha Guilhermina,
+ vive o Pre-
sume seu em Viena, circularam sidente dos Estados Unidos. dos Países Baixos. Segundo: a Begum,
pôsto já
a seu respeito, em diferentes do viúva de Aga Khan. Terceiro: Elizabeth,
jornais
mundo, as mais estranhas notícias: 1. Foi SALVADOR Rainha da Inglaterra.
DALI está compondo
"berceuse"
deportado para a Sibéria. 2. Kruchev uma para máquina de lavar,
LUCHINO VISCONTI, Mario Moni-
mandou prendê-lo em casa. 3. Foi metra- perfuratriz, bate-estacas e tambor. Afir-
celli e Vittorio De Sica estão processando
lhado no Kremlin. 4. Está acamado com ma que sua obra contribuirá tornar "Bocácio
para os de
produtores 70". Motivo: o
uma simples 5. Sofreu um infarto mais fortes os tímpanos "que
gripe. das crianças
episódio dirigido por Federico Fellini é
do miocárdio. não mais acordarão baru-
por qualquer muito mais longo do que os seus.
lhinho à toa".
¦jf RIGOR CIENTÍFICO numa alegre
ERIC VON STROHEIN, filho do fa-
ir
comunicação da casa real do Marrocos: BALANCHINE trabalha
GEORGES moso ator-diretor, fará sua estréia no
"Dentro "ballet"
de três ou quatro meses, Sua na coreografia do êle consi- "Pa-
que cinema. Eis como êle se descreve:
Majestade, o Rei Hassan II, será o feliz dera o mais audacioso de sua carreira de reço enormemente com meu e tenho
"Sonho pai
pai de um príncipe, ou de uma princesa". sucessos: de Uma Noite de Verão", um falso ar de Yul Brynner."
57
B
O GENERAL
NELSON DE MELLO QUARTEL GENERAL DO U EXERCtTO
SUBJUGOU UM
FANÁTICO TENTOU
QUE
ASSASSINÁ-LO
O MINISTRO DA JUSTIÇA FOI A SÃO PAULO PARA INVESTIGAR PESSOALMENTE O ATENTADO CONTRA O GENERAL NÉLSON DE MELO. O SERVIQ
• Tudo aconteceu em me-
nos de um minuto. O Ge-
neral Nelson de Melo, ex-

-Chefe da Casa Militar da
Presidência durante o Go-
vêrno JK e atual coman-
dante do II Exército, sediado
em São Paulo, chegava ao
seu Quartel-General às llh
30m da sexta-feira da sema-
na passada. Acompanhavam-
-no um capitão ajudante-
-de-ordens e um segundo-
-sargento, motorista do Che-
vrolet oficial. A guarda es-
tava formada no pátio do

¦ - da Rua Conselheiro
quartel
I
I em cora-
Crispiniano, pleno
çâo da cidade. As sentine-
Ias apresentavam armas em
continência ao comandante
que se aproximava no inte-
rior do carro negro.
Sübitamente, a cerimônia
— e —
rotineira protocolar
foi interrompida por um forte

estampido. O general jul-
gou, a princípio, que um
pneu do seu automóvel ha-
via estourado. Mas outro
disparo sobreveio e o militar
viu, junto à janela direita
do carro, um desconhecido
empunhando uma arma au-
tomática. Nôvo tiro. O ge-

';•;. ' '
-V :;f;V:.( ^f-'iVut^'- -^f neral, veterano da FEB, não
perdeu a calma. Abriu a
BHBmMM^ffl^CTiPMk jSBÊÊB^-/' J'^T • -v** &>S*i">. V^-*J *,' porta do carro com violên-
cia e logrou derrubar o
agressor. Antes que o ho-
mem tivesse tempo para se

.Li./'-'." /''v"!;
refazer da queda, o general
¦ l^r arremetia contra êle, pro-
curando desarmá-lo. Com o

~
"* î?s^t-- mesmo objetivo o capitão
*' descera e aplica-
^ do veículo
"gravata"
va uma no assai-
i \»-. y
..v w!
tante. Aos três homens em
luta uniu-se um relojoeiro,
proprietário de uma loja em
'WBMW|iy^wrk frente ao Uma co-

quartel.
^^BHHsl^H^HRH>
ronhada de fuzil no rosto
do desconhecido marcou o
HF >rtiii4^3H *«w«giliteta^_ JF'"
fim do imprevisto combate
'•II no asfalto.
ImL^Jv^^B
SEGUE
';;^'
~' "' ¦
i\ ¦ *]&'' m''''1"'"fflMiBB^BBMHîpf^MlHiBB^^BBHH^^^ - .•*
19^:^#->
1 - Reportagem de Joté
Magalhães Chave»
• Foto* de Geraldo Móri

e Gil Pattarelli
SStSimmSM - 5.f?
BHj^^Hg
A
pniH
ERROU O ALVO
CRETO DO EXÉRCITO
EXERCITO ACHA QUE O SEU AUTOR ESTA VINCULADO AOS RECENTES ATOS DE TERRORISMO
TERROR1SMO QUE VEM OCORRENDO NO PAIS.
V
¦ §1
* I 11 fjBI
H
*: . n^M ^1 I 11 BUI * Vk^H

«'<:.?, I'v air - B rMlilli^^BgrBi V I -
Hf.
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1 fr'j
J:
^
jj^
^ryX'.m
JHBmL i
'' Wm, ¦
."' :: .§ h* <i'®
|.
Adamastor Jorge de
Azevedo, recolhido ao quartel
II Exército, declarou o
do que
seu intuito era matar
um general.
POR VERDADEIRO
A BALA do II Exército tinha um fe-

MILAGRE comandante
O rimento leve no lado esquerdo do maxilar,
DISPARADA CONTRA das balas desviada, en-

causado por uma que,
no teto do carro, junto à ca-

cravara-se quase
O GENERAL ENCRAVOU-SE se
beça do motorista. O segundo projétil per-
"*H!53^^5S2fcH
dera e o terceiro, depois de romper o trinco do
JUNTO AO
automóvel, também tivera o curso interrompido.
TRINCO DO CARRO Somente um milagre o fato de terem

justificava
saído ilesos os três ocupantes do veículo.
Instantes depois, acuado a um canto do pá-
do um homem mal trajado, carre-

tio quartel,
"
I às costas um amarrotado, olhava
^^¦1 w JM gando paletó
os sete soldados que o vigia-
cabisbaixo para
T> vam. Adamastor Jorge de Azevedo, pernambu-
^1 ^r> das Flores, ex-fiin-
cano natural de Camaíba
cionário da Companhia Municipal de Transpor-

'lSQ^Y ** W.'i^M^kil
Coletivos, talvez estivesse refletindo sôbre
tes
seu ato eventualmente consumado, poderia
que,
~ ^nllif^^Br todo o País.
/ v^*«Bk >— desencadear uma luta armada em
chegou a São Paulo em 1942,

Adamastor
dois anos mais tarde, na Divisão
/^S^H^hH sendo fichado,
Política e Social, como agitador. Seus
de Ordem
são já respondeu a
antecedentes péssimos, pois
contra terceiros. Em
três processos por violências
era soldado da Aeronáutica, foi
1944, quando
da FAB incapacidade moral. Três
expulso por
depois, retornava ao noticiário policial dos
anos
OS PERTENCES ao agredir, sem motivo aparente, uma
* "* Jp jornais
DO LOUCO: BAXJVS DE Aparecida Eulália. Processado,
mulher chamada
REVÓLVER, UMA ,*¦ tempo, resi-
foi absolvido. Ao cabo de_ pouco
PEIXEIRA E DIVERSOS
bairro de Sao João Climaco, Adam as-
dindo no
DOCUMENTOS.
matar um vizinho que, mesmo ferido,
tor tentou
reagiu e conseguiu desarmá-lo. Cercado por

0 O MINISTRO DA JUSTIÇA,
SR. ALFREDO NASSER, FOI APURAR OS
ACONTECIMENTOS IN LOCO.
¦ ' '-rt 'v y

Ji l': •' jy y1-
¦''¦'•¦¦¦'Hk \iB
m
I'j;J-*. r' U
HUH. - . Ki t-1.- ^
^H. :¦
reagiu a ferindo várias Daí em diante- (trinta minutos em que es-
populares, pedradas,
e danificando residências. Refugiou-se têve à disposição da imprensa) não mais se con-
pessoas
em casa e ao ver chegar a ateou fogo fundiu. Ao contrário, demonstrou loquacidade,
policia
no imóvel Entregou-se não morrer quei- memória aguda, reflexos rápidos e alguma in-
para
mado. Preso, internaram-no no Instituto de As- teligência. Respondeu às perguntas com lingua-
sistência aos Psicopatas, com o diagnóstico de gem precisa, utilizando expressões pseudo-eru-
desequilibrado mental Submetido a nôvo jul- ditas, entrecortadas por jargões de propaganda
gamento, na décima vara criminal, o Evitou termos de gíria e apenas

processo política.
foi arquivado. Levado o Hospício do Ju- uma vez, sem querer, pronunciou uma palavra
para
queri, fugiu dias depois. Sumiu de baixo calão. De minuto a minuto abaixava-
poucos para
reaparecer agora, na de autor de um -se limpar o sangue fluía com abun-
qualidade para que HHI JBm
incrível atentado contra uma das mais altas HânHn do nariz e mexia os braços, atormentado
pa-
tentes militares do País. cordas
que lhe prendiam os pulsos. Não
pelas
"atentado",
Sabe-se Adamastor esperou duas ho- gostou da
expressão proferida por
que
"Não
ras pela chegada do General Nélson de Melo, um repórter: pratiquei um atentado, môço.
postado a uma do Cine Marrocos, Quis mesmo assassinar uma alta patente mili-
junto pilastra
ao lado do Em seu além da tar. Pretendia chamar a atenção da sociedade
quartel. poder,
"parabellum" en-
anna automática engui- sobre a minha pessoa e sobre outras que
(um que
çou êle' foi atacado militar), o frentam semelhante situação econômica, pois o
quando pelo
agressor levava Exército, assim como a Constituição, é o
50 balas, uma peixeira de dois ponto
Palmos, diversos documentos os quais um de convergência de tôdas as atenções."
(entre
cartão de ingresso à Assembléia Legislativa do Adamastor explicou a origem da sua arma
"Achei-a
Estado) e uma identidade de filiação ao Comitê de forma infantil: num terreno baldio,
Jânio do Largo do Arouche. no Ipiranga. As balas e a peixeira eu comprei
Quadro
"Você
No lhe pediram o nome, numa loja da cidade." é comunista, Ada-
quartel, quando
"Não, mt.: "... ¦ :
conservou a cabeça baixa e emitiu alguns sons mastor?" não sou comunista. Detesto a ¦' ¦ •* - ••¦41 1
m:- KW' -
desconexos. Afundado numa Adamas- imposição sem limites." Negou, também, per-
poltrona, J*.
"flashes"
tor não se importar com os tencer a organização terrorista e ter-
parecia qualquer
"spotlights"
dos fotógrafos, os dos cinegrafista9 minou seu depoimento para a imprensa com um
e o vaivém das câmaras de televisão. Pouco de- desabafo:
"Fixei-me
pois, começou a falar, evidenciando um na idéia de que deveria matar
porém, INSTANTES APÓS O SEU
•
forte sotaque nordestino. Ao lhe ser um general, fosse lá quem fosse. Jamais dispa-
perguntada MALOGRADO ATENTADO, ADAMASTOR
"Trinta
a idade, respondeu fria e seguramente: raria contra os soldados, pois o meu objetivo, ERA CERCADO NO PÁTIO DO
e oito." mesmo, era um general." QUARTEL DO II EXÍRCTIÜ.
n
O
KM
HI
W&m B
Hi
SUCESSO MUNDIAL
-Z53ti3|^0L™6e£^^B^6iS5^8Sv,
5 NOVAS CORES
• • •
•
canela fiesta mimosa
aurora
primavera
— rosa claríssimo, MESTA — tonalidade autêntica de coral

AUKOKA colorido pálido, puro,
extremamente delicado e vibrante, e atraente.

juvenil. jovem
— nuance rosa de indefinível re- MIMOSA — tom alaranjado, de

PRIMAVERA genuinamente
deliciosamente encantadora. uma beleza deslumbrante.

quinte,
— sutil matiz rosado, ligeiramente FASCINATION dá a seus lábios um desenho

CANELA
com um toque de canela. nítido, intenso brilho e inconfundível beleza.

acentuado
Aventura do cotidiano
INEXISTÊNCIA
Fernando Sabino DO
E ? CONVIDADO
em São Paulo. Depois finge não ver um fotógrafo mas fica es-
ESTÁVAMOS
de num restaurante, bater-se a chapa. Estava
jantarmos perando possuí-
déssemos uma volta do: limitou-se a sacudir a cabeça
propus-lhe que pela para
Cidade. Inesperadamente êle se recusou: mim como um boi de e vol-

presépio
Não vou o hotel. tou-se furiosamente o bloco de
posso: para para pa-
Por ? — estranhei. — Você
quê pel.
está se sentindo mal? Fiz-lhe ainda uma ou duas
perguntas,
Não. Mas voltar o sentido não
preciso para cujo chegou a apreender,
hotel. me respondeu apenas com um

pois gru-
Nós ir a um cinema — Para —
nhido. não nestes
podíamos perturbá-lo
insisti ainda. instantes, sei, de experiência
própria,
Êle continuava irredutível: seria capaz de ímpetos homicidas — re-
Não. Tenho de voltar. colhi-me então, em silêncio, afastando
Como eu levantasse maliciosas supo- de minha cama, com delicadeza, o

pé
sições sôbre sua atitude naquela noite — ainda calçado êle, esticada,
que perna
algum encontro secreto ? — acabou con- apoiava sôbre a colcha. Pedi-lhe ti-
que
fessando: vesse a de virar um a
gentileza pouco
Vou o hotel lâmpada
para escrever um da mesa, eu
para que pudesse
conto. Estou com essa história na cabeça dormir. Não creio tivesse sequer me
que
há mais de cinco anos, Hoje, tenho a ouvido: naquele instante a es-
punha-se
impressão de ela sai. crever como um desatinado. Um minuto
que
Sendo êle um escritor, não era de depois amassava a fôlha de como

papel
estranhar de súbito se sentisse ins- se esganasse um frango, atirando-a
que por
Mas logo agora, senhor I me cima do ombro e recomeçando outra.
pirado.
deixar assim sòzinho no meio da rua.

* * *
Em vão lhe acenei com de
promessas
Pela manhã, ao acordar, vi êle
voltar mais cedo: naquela noite não que
ressonava na cama ao lado: dormia ves-
iríamos beber em lugar nenhum, como
tido, vencido de cansaço, depois de
era de nosso feitio — eu pas-
prometia, jura-'
sar a noite inteira em claro, a mercê da
va sôbre a Bíblia. Daria tempo de es-
inspiração.
crever mais tarde: afinal, esperara
já
me dirigia ao banheiro,
cinco anos 1 Êle disse Quando
não, chegara
que
olhei casualmente a mesa: a lâmpa-
a sua hora — a inspiração para
irresistível
da fôra esquecida acesa e o número de
como uma cólica. E me deixou, saiu
folhas amassadas redobrada, o cinzeiro
correndo rua, antes eu o re-
pela que
se enchera de restos de cigarro.
tivesse à fôrça.
* * * Debrucei-me sôbre o bloco de

papel,
ver o resultado de seu trabalho.
cheguei ao hot;el, tarde da para
Quando
Havia uma fôlha onde estava escrito,
noite, dei com êle ainda acordado, cane-
em letras desenhadas, cheias de borda-
ta na mão, debruçado febrilmente sô-
dos caprichosos, apenas isto:
bre um bloco de Havia folhas
papel.
amassadas todo lado. Mal tirara o "O

para CONVIDADO" - Conto.
e afrouxara a atirara-se
paletó gravata,
vorazmente à criação como um cão fa-
E, logo abaixo, esta única frase ca-
mélico. Voltou mim uns olhos vi-
para tegórica, definitiva:
drados, sem nem chegar a me ver, com
"O
aquela expressão meio de convidado não existe".
pateta quem
a um, os caminhões vão chegando pela
UM madrugada adentro. A barulhenta
fila dos mastodontes traz a contribuição sistemática
dos campos à sobrevivência do Rio de
DAS VACAS Nestes últimos 50 anos, a fila tem sido

D Janeiro.
sempre a mesma, vagarosa e constante,
só um milagre do conseguiu
que progresso
desviar do moribundo Mercado
da Praça 15 de Novembro o Centro de

para
j^H
Abastecimento São Sebastião,
"vacas
GORDAS verdadeiro mercado das gordas".
de Aluísio Flore* • Fotoi de Gervátio Batuta

Reportagem
-^MMM,ttM|n
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.#*^s^. Jr* ^ ^
poNoyo
^
E3
Foi Dom Hélder Câmara, à força boxes e a terminante ao ficiamento de frutas, legumes e hor-
proibição
ingresso das cooperativas de taliças. Nesse mesmo ambiente é que
de sua habilidade mística, quem fêz produ-
agrícola. Isso não acontece serão construídos os grandes frigo-
o milagre: no pântano sujo e perigoso ção já
em Irajá, onde todos trabalham jun- ríficos para carne, ovos, frutas e
de Irajá construiu-se a maior des-
tos, num saudável salve-se quem legumes.
pensa da América Latina. O novo
Ao lado do Centro de Abasteci-
mercado do Rio de Janeiro, na ver- puder.
Na construção do Centro de Abas- mento São Sebastião vão surgindo,
dade, é aquela cidade de ciclópica
tecimento São Sebastião, ainda igualmente, atividades comerciais
fartura com que José do Egito so- que
nhou há mais de três mil São está muito longe de ser o que será, paralelas perfeitamente planejadas.-
anos.
foram 600 milhões Oito agências bancárias já funcionam
50 hectares, entre o mar e a Ave- já gastos quase
PODEROSA I de cruzeiros. Para que o mercado no local, òtimamente instaladas. Ali
nida- Brasil, capazes de armazenar
alimentos pudesse funcionar, foi feita uma haverá futuramente locais para uns
para vários meses de va-
cas magras. adutora de dois mil e 400 metros de 25 bancos. Além disso, estão sendo
extensão, destinada ao abastecimento preparadas lojas amplas para farmá-
RUA DO I O Setor Hortigranjeiro, alegre e
de água a uma área de 30 hectares. cias, restaurantes com ar condicio-
colorido, tem 16 mil e 200 metros
Também foram construídas uma li- nado, barbearias, tinturarias, confei-
quadrados de área construída e abri-
nha de fôrça de 25 mil volts e uma tarias, consultórios médicos e uma
ACRE I ga 336 lojas, das uma boa parte
quais
subestação transformadora, cuja ca- infinidade imensa de outras ativida-
pertence às cooperativas de produção
pacidade terá de ser aumentada em des necessárias ao pleno funciona-
agrícola dos Estados do Sul. Um ativo
breve para atender as enormes câ- mento de uma grande cidade.
NAO I comércio atacadista de tomates, ce-
maras frias que prometem normali- A estocagem de alimentos pereci-
bolas, batatas e verduras abastece
zar os preços dos produtos hortigran- veis, que tem sido o grande proble-
todas as feiras-livres da cidade e os
jeiros nas famosas épocas de entre- ma do abastecimento nacional, pare-
mercadinhos regionais. Mil toneladas
RESISTIU I -safra. Uma central telefônica, com ce encontrará a sua solução ca-
e saem que
de produtos de horta entram
capacidade mil telefones, estará rioca no Centro São Sebastião, cujos
para
quase diàriamente, movimentando
funcionando dentro de um mês ou comerciantes estão convencidos de
centenas de milhões de cruzeiros.
dois. que só um empreendimento da na-
Essas cifras gigantescas parecem efei-
A Rua do Acre também tureza do que realizam poderá resol-
poderosa
to de mágica: há um mês atrás, no
o melhor é mu- ver a parada. Êles pretendem esto-
compreendeu que
Mercado da Praça 15 de Novembro,
o Centro de Abasteci- car, nas suas câmaras frias, a maior
dar-se para
TENTACAO: I os comerciantes vendiam a metade
mento São Sebastião. O Setor Ce- da carne bovina de que a po-
parte
do que hoje vendem, o povo comia
realista armazéns na época das vacas
possui 72 que pulação precisa
a metade, o Govêmo arrecadava a
uma área total de 27 mil magras. Essa providência normali-
ocupam
metade. Depois que passaram para ao longo de
e 475 metros onde serão zará o preço da carne
São Se- quadrados,
o Centro de Abastecimento flutuações
todo ano, eliminando as
o arroz, o trigo, o milho
bastião, as balanças tiveram de pesar guardados
de todos os anos em razão da quan-
e as leguminosas duras de que o ca-
o dôbro. nos As
tidade de gado gordo pastos.
rioca necessita. Junto com os comer-
MUDAR-SE I A explicação para o fenômeno é abatidas só na época
boiadas serão
dantes da Rua do Acre, a própria
o Mercado da Praça 15 de o so-
plausível: da gordura, estocando-se que
Bolsa de Gêneros Alimentícios do
Novembro abastecia praticamente enfrentar as más épocas.
brar para
Na Zona Rio de Janeiro se mudará para o
apenas a Zona Sul do Rio.
TAMBEM I Assim também se fará em relação à
abas- mercado de Irajá. A entidade cons-
Norte não havia um centro de
de ovos e carne de galinha.
truirá imediatamente um edifício de produção
tecimento capaz de satisfazer os seus
Mas, nestes dias de furiosa propa-
oito pavimentos, onde serão instala-
dois milhões e meio de habitantes,
socialista, o Centro de Abas-
dos 161 escritórios e 13 lojas para ganda
PARA I cujo aquisitivo não dá conta
poder tecimento São Sebastião representa
mercadi- amostras. O mesmo será feito pelos
dos preços exigidos pelos dos da
uma vitória parcial partidários
diversos sindicatos que reúnem as
nhos e Ho, e, no Centro
quitandas. livre iniciativa: o empreendimento,
on- classes em atividade no Cen,tro São
de Abastecimento São Sebastião,
reúne indiscriminadamente cen-
NOVO I Sebastião. que
de a concorrência é um fato, inclu-
tenas de grandes e pequenos capita-
cooperativas, Neste instante, duas mil pessoas
sive pela presença das o
listas, foi realizado com propósito
varejista, do trabalham febrilmente no mercado,
há também a atividade on-
de recuperar o imenso pantanal,
MERCADO I vastas onde uma média de 500 caminhões
que se valem os habitantes de cabem milhares
de além do Mercado
em descarrega diàriamente alimentos e
regiões da Zona Norte. De boxe lá irão mo-
de famílias faveladas que
mais alimentos. Êsses trabalhadores,
boxe, a dona de casa vai pechinchan- mais dignas. Com a
rar em casas
lhe dentro de pouco tempo, terão a sua
do até encontrar o preço que
venda dos lotes que lhe foram doa-
vida inteiramente ligada ao seu tra-
convenha. imprestáveis,
a cons- dos pelo Estado por
balho: já está sendo iniciada
A mudança da Praça 15 de No-
Dom Hélder Câmara arrecadou o di-
trução de dez blocos de apartamen-
vembro para Irajá, além das vanta-
oito nheiro suficiente para sanear o ba-
tos. Cada edifício desses terá
gens técnicas evidentes — até o trá-
com o nhado, dentro de pouco tempo
—, e contará que que
da cidade tem uma pavimentos
/ego ganhou uma das maiores despensas
existe de mais moderno em matéria abrigará
outra de importância vital: a leal- ver-
de trabalha- do mundo e proporcionará uma
de moradia. A fixação
dade comercial. No antigo Mercado fa-
reforma urbana para os
dores ao local possibilitará um incre- dadeira
se haviam criado inúmeros privilé-
mento maior às obras de complemen- velados.
e situações irregulares, plena- de Abastecimento
gios tação do Centro de Abastecimento, Quando o Centro
mente respeitados por uma tradição funcionando a
a organização de São Sebastião estiver
cujo plano prevê
de 50 anos e em função da fôrça dos banhado
industrial de todo o vapor, naquele antigo
um verdadeiro parque
mais poderosos. Um pequeno grupo e morando cêrca
alimentícios. estarão trabalhando
controlava todas as produtos
de comerciantes 25 mil que contarão com
Surgirão em Irajá várias fábricas de pessoas,
atividades daquele centro e impunha reclamados, desde
todos os serviços
de conservas e abatedouros para aves
os preços, primeiro aos pobres pro- até a igreja
assim co- a escola primária que
e animais de grande porte,
dutores, depois aos consumidores.
Dom Hélder pretende construir.
de mo instalação industriais para bene-
Havia a ilegalidade da sublocação
66
Duas mil pessoas
trabalham dia e noite na

"cidade
da fartura".
DE
de TODO
todo o
O BRASIL
brasil CHEGAM
chegam diariamente
DIARIAMENTE grandes
GRANDES QUANTIDADES
quantidades de
DE G£NEROS,
gêneros, abarrotam
ABARROTAM os
OS boxes
BOXES
que
QUE do
DO centro
CENTRO de
DE abastecimento.
ABASTECIMENTO.
.':* ^j^^jw|j|||»
1ft ^"alr";^ ^-;^T

,v -,v--:„V
-¦ v:7 ... V,,,
^ MlLMMWrr1"'
Pé de boi
um vão livre bem maior do que o de veículos

de Goiânia a São chassi do chão, dando-lhe
Estes bezerros foram transportados numa Kombi,
terrenos difíceis. Perfeita estabilidade

E, ao especialmente construídos para
Paulo, numa distância de mil quilômetros. que parece, gostaram
do motorista na frente,
de é assegurada pela própria distribuição pêso:
da viagem. Será v. fazer o mesmo com uma camioneta
que poderia
Suspensão independente nas quatro rodas

5 metros carga no meio e motor atrás.
outra marca? O seu amplo compartimento de carga, de quase
macio e seguro. Motor refrigerado a ar faz a

estas chegam mais proporciona rodar mais
cúbicos, não só levar mais mercadorias, como
permite
rampas de 25% sem ferver, simplesmente porque

melhor estado. Motivo: na Kombi Kombi subir jamais
rápido ao seu destino e em muito
robusta e econômica em consumo e ma-

os dois eixos. o ar não pode ferver. Simples,
a mercadoria viaja na zona de melhor suspensão, entre
é um verdadeiro de boi para o homem do campo.

facilidade um delicado vaso de nutenção, a Kombi pé
Transporta com a mesma segurança e
Procure seu Revendedor Autorizado Volkswagen.

os mais e volumosos implementos agrícolas. Para
flores, como pesados
não existem estradas ruins: 24 centímetros separam o seu

a Kombi
— Est. de São Paulo o bom senso sobre rodas

DO BRASIL S.A. S. Bernardo do Campo
VOLKSWAGEN
¦rrn
• O plenário estava quase

inteiramente repleto (171
deputados) e presente o
Primeiro-Ministro Tancredo Neves,
quando o Chanceler San Thiago

Dantas fêz, brilhantemente,
durante duas horas e meia, sua
exposição à Câmara Federal sobre os
resultados da Conferência
Interamericana de Punta dei Este.
Aparteado principalmente pelos
Deputados Herbert Levy
e Cardoso de Menezes (UDN),
Padre Vidigal (PSD) e Abel Rafael
(PRP), que discordavam de sua

atuação, o Ministro das Relações
Exteriores, com absoluto e tranqüilo
domínio da tribuna, mostrou ter mantido
as tradições que norteavam o
Itamarati há longo tempo
e já tinham sido, há mais de meio
século, sustentadas pelo

Embaixador Ruy Barbosa, em Haia.
lr
Declarou, ainda, que o Brasil não
sofreu derrota em Punta dei Este,
tanto que o afastamento de Cuba
da Junta interamericana de
Defesa foi votado por unanimidade.
No caso particular da expulsão
de
Cuba da OEA, nosso País m mW ,
|fflg|fflPB^^H
foi acompanhado pelas nações que
representam as maiores áreas e
as maiores populações da América ¦ /n^^v i II •-/' . ;.\v
do Sul. Disse, ainda, esperar
que Cuba, ao fim do seu processo

revolucionário, volte a
integrar-se na convivência dos
r
j^SBISwIffi^B
Estados democráticos M
ml r
M L / SjBMh*
£&$&
do nosso hemisfério, pois não
a considera, ainda, um
caso perdido.
¦ ¦
lUPi^r^
it ¦ v IS
*
Iff I. ;1 :-M . ¦! 1 IIE i ,Jm
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I r M :'':
r /||.' uB I HI
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f 1|H| t,, a . $\ s
J' I j?
Mil S|ljy|Hflujjj|H||
diferen ten
como /l
você...
Elegantes, exóticas, mas, bôlsas

peisonalíssi
Martel "it"
emprestam um en cantadoramente
diferente a Você! Confecciona das em couros
finíssimos, mais do bôlsa, Martel é uma
que
autêntica jóia à sua elegância! E jamais V. ve-
rá bôlsa igual à sua... Martel confeccio-
na só edição limitada de cada nôvo modelo !
f H' tf Ai ,t À venda nas melhores lojas. Criadas unicamente por

kfJUJvlTlJfllIIII^MHfi^^L*IMT'v'irnlMm^^mm-
«lHf,'M BÔLSA MARTEL

W i
EBPHg|flSr Jjmdl Rua Rego Freitas, 40 - Telefone: -
51-5054 São Paulo
Representantes: Balo Horizonte — Rua Rio de Janeiro. 324 — sala

213 — Telefone: 2-4589 • Salvador — Rua José Duarte, 72 — Caixa
Hfj Tj?iT
;fl|^Kj|j^^HPV|B^^Hp^^KH Postal 359 • Pôrto Alegra — Rua Portugal, 33 • Redfa — Rua
Florlano Peixoto. 85 — sala209 — Caixa Postal 525
~SX^
wJ ®*
a mar
MANCHETE REVELA EM PRIMEIRA MAO AOS SEUS LEITORES ALGUN
Presidente Juscelino Kubitschek era conhe-

O cido como grande orador. Pela imensidão do
Brasil, em mais de 200 mil quilômetros percorri-
—
dos, quatro vezes a volta da 'Terra — a voz
sonora do Presidente, durante 5 anos, divulgou,
defendeu e explicou o seu de
programa governo.
O Brasil viveu no clima fecundo de um grande
debate. Havia quem era contra o Presidente,
contra as metas administrativas do Governo,
contra Brasília ou contra o dinamismo da nova
ação criadora. Havia também os defen-
que a
diam, os que, apaixonadamente, solidarizavam-
-se com o Brasil na sua dura arrancada contra
a miséria. A todos o Presidente dava resposta.
Não houve um rincão do Brasil, mais dis-
por
tante e abandonado, que não tivesse, pela pri-
meira vez em nossa história, recebido a visita
do chefe da Nação e ouvido atentamente a pa-
lavra entusiasmada e otimista do homem que
impulsionava a revolução brasileira.
JK é agora escritor. Pegou da re-
pena e
gistrou para as gerações futuras sua extraor-
dinária experiência de homem A infân-
público.
cia modesta em Diamantina. As lições de resis-
tência moral ao sofrimento e às asperezas de
uma vida de privações, o exemplo e inspira-
a
ção de uma mãe admirável, firme em suas con-

vições e na pureza de seus princípios.
/*¦*
Do encontro com Benedito Valadares no
túnel estratégico das escaramuças revolucioná-
rias de 1932 até às culminância do poder, pas-
sando pela Prefeitura de Belo Horizonte e pelo
Governo de Minas Gerais, Juscelino é sempre
o temperamento aberto, franco, cordial, desin-
teressado das futricas da dos colo-
politicagem,
quios monótonos com os de
pessimistas profis-
¦ :^mmL *K V£l
são, com os derrotistas todas di- ["'' 5®jp:. JHL k wlw jlsB' jtt9B9HH§§i^|
para quem as
mm^ ^11 <•
ficuldades são insuperáveis. Com esses nunca , .«B||^%^|J&^HHk b jH
se entendeu. Libertava-se das complexidades da
política, das solicitações penosas dos amigos e

'^K^HHh A!
dos correligionários, viajando e inspecionando, :^VP
todo o Brasil, ^raHi

pessoalmente, por a sua revolu-
"50
ção dos anos em 5". Então encontrava-se
consigo mesmo, vibrava na antevisão do Brasil
grandioso, próspero e livre.

SI
Os homens públicos no Brasil, em geral,
não escrevem nada. Excetuados os discursos e
oficiais, • ^':^'
pronunciamentos saídos da pena dos so- «ff _ Ajfcja^^H*!' - • ^ J|BHSjB&j
lícitos escribas do costume, pouco há nos nossos
anais que possa servir de exemplo, de expe-
riência ou de ensinamento para as novas gera- j^ppp

JK& ^£ ^
ções. No passado, alguns vultos de nossa his-
tória fizeram suas incursões na área literária.
Mas sempre com o vício da preocupação formal.
Eram os bacharéis letrados, a doutrinar sobre
leis, apegados a um jurisdicismo vazio, que nos
"SHBsff" **I
^JP^ l$%p - -fc^%-Sr
Reportagem de
João Pinheiro Neto
Fotos de
Gil Pinheiro
^^11
FtECHOS DO SENADOR JUSCELINO KUBITSCHEK

DO PRIMEIRO LIVRO
? ?
mantinha amarrados à ilusória contemplação de murei, sem querer, dando a mão a meu com-
uma grandeza futura, pela qual não movíamos em
padre despedida: Bem, que é hora de ama-
uma palha. / nhecer!
Juscelino Kubitschek ensina, exemplo Êle ergueu a lamparina me ver den-

pelo para
e pela doutrina, o amor ao trabalho. É esta a tro dos olhos e gaguejou: Doutor meu compa-
grande lição de sua vida e a esplêndida men- dre: vosmicê está é dormindo em sonhando
fm mSm pé,
sagem de seu livro, — nem bem
que será, com tôda certeza, anoiteceu. Ri com êle e saí para
um sucesso de livraria. A nação brasileira anseia Diamantina, nessé Natal de 1930, mal apagados
pela palavra do Presidente do Desenvolvimento os fogos da revolução, sem distinguir se

poder
Econômico, que agora, alguns momentos, as essa revolução seria, enfim, o começo da mar-
por
^ •à
letras roubaram política. Com os originais, cha para o amanhecer ou, se, apenas como in-
^
por 24 horas, em nosso poder, colhemos, aqui e formava meu compadre, nem bem estava anoi-
ali, algumas passagens que dão uma idéia apro- tecendo..."
"A
*S ximada do que será Marcha do Amanhecer".
x pr\ v ®
O
pé e o sapato
|i mm
• Um Brasil só "Desembarcando
mi do trenzinho desci da es-
§. iR 9 M
"À planada da estação, em Diamantina, e subi até
mestra Júlia, seu filho. A todos
--"Jp Nr' !» que
I o Largo da Cavalhada
acreditam na Independência Nova, no alto do Gru-
pelo desenvolvi-
piara. Quis ver a casa onde meu morrera,
mento." Esta é a dedicatória do livro do Pre- pai
tinha eu dois anos e meses. Lembrava-me de
sidente Juscelino, que proclama, no capítulo II,
minha irmã comigo,
referente a Brasília: — "Não se compreen-
25 anos antes, à janela, nós
pode
dois admirando as tochas do cortejo noturno,
der que esteja no âmbito de nossas fronteiras
m t coleante, imenso, o levava. Lembrava-me
o maior deserto da Terra. Nem é concebível que
que
de'Sua imagem à meia luz do dêle, nesta
a Nação se divida em regiões de e de quarto
progresso
casa em frente à nossa, fraco de um
subdesenvolvimento, como se todos não tives- pulmão,
por isto separado de nós; e minha mãe sem lhe
sem iguais direitos e oportunidades debaixo da
poder oferecer um médico nem sequer trata-
mesma bandeira, por isso, convocamos o Brasil
mento bastante, com o mísero salário de mestra
para o maior esforço coletivo de tôda a sua
escolar que era o seu. De vir a e estar ali
História. E erguemos Brasília." pé
parado, meu doía — o esquerdo,
pé que em pe-
queno sofreu um acidente — e ela, de novo sem
• Saber querer poder dispor de recursos, me viu crescer sem
um médico para aquela deficiência ainda
"De que
meu govêrno nunca se poderá dizer hoje me faz descalçar disfarçadamente um sa-
que não soube o que queria e que não soube
pato até sob as mesas de banquetes oficiais. En-
querer. Quando assumi a Presidência da Repú- tão, no alto do Grupiara, nesta noite de evocação
blica tinha perfeitamente definidos os objetivos e de revelações, senti expandir-se o meu secreto
a que me lançaria, com todo empenho me —
que impulso de compensação eu tinha dado à
fôsse dado empenhar, com a firme determina- mestra Júlia um médico: seu filho."
ção o que, mercê de Deus, nunca me faltou nem
mesmo nas mais longas noites de vigília que Sêde

de inovações
se seguiam aos exaustivos dias de estudo e prá-
tica, repartindo meu escasso tempo entre uma "Acompanhando
o padre Lessa, como coroi-
cabine telegráfica e os pavilhões da Faculdade nha da Igreja da Luz, a da morte me
presença
de Medicina, em Belo Horizonte." era familiar: assistia a encomendações e a en-
terros. Aos doze anos, porém, o choque da mor-
• Recordações te de meu avô, Augusto Elias, dono do Sítio do
da infância
Bfueno, onde eu passava as férias, fundiu em
"Apertei
no olhar os brilhos minha alma duas entidades que jamais fenece-
que piscavam
naquela chama de candeeiro. riam em meu espírito — a religião os estudos."
Era o mesmo fais- e
• \
car que a essa hora cintilava nas árvores de
Democracia
Natal, nos lares, nessa noite de Natal — não
neste lar, nesta "Também
porém espécie de lar que nem não me esqueço de êste
que país
era lar, nem era casa e era no entanto uma acolheu em 1830 um carpinteiro (e bom mar-
realidade enorme na extensão do Brasil. Mur- ceneiro) tcheco e logo o assimilou a seu meio
"DIZEM
QUE 0
Autógrafos famosos
BRASIL PROGRIDE
QUANDO 0 GOVERNO
àt
H ÍOA\ HH
DORME, MAS NAS
ASSINATURAS DE LEONARDO DA VINCI. ARTIS-

ITALIANO. PINTOR, ESCULTOR, MINHAS MÃOS ELE
TA E SÁBIO
ARQUITETO, ENGENHEIRO, INVENTOR.
NAO DORMIU..."
com nome de João Alemão: Jan Nepomuschy Brasília

Nomes que ficam são
Kubitschek. Interiorizado temperamento,
por "O
hoje escritos com a
aberto só dia 3 de novembro de 1956 é considera-
à sua arte modesta e a seus poucos
nova super quink. É
livros do como a data do início efetivo da construção
em seu idioma e em francês e inglês, êle
% a tinta sempre presen-
- marchou do de Brasília. O Presidente e os técnicos da
te nos documentos litoral, por onde entrou e foi im-
e também nos cadernos NOVACAP tomam providências para a instala-
importantes... plantar-se entre as escarpas rudes de Diaman-
escolares... na escrita de todo dia. tina. ção do acampamento inicial. Surgem no campo
Quando a esposa brasileira lhe deu filhos,
Com a inconfundível qualidade Par- barracas de lona e pequenas casas de madeira
um foi meu avô Augusto Elias, tão integrado na
ker, a fórmula ultra-aperfeiçoada da "Patrols"
liberdade para alojamento. e tratores começam
de ser e de fazer que foi, em certa
super quink dá maior fluidez... ga-
eleição a limpeza da área, terraplenagem e abertura de
municipal violenta, o único eleitor a vo-
rante escrita mais fácil, legível, se-
tar no caminhos necessários aos futuros serviços.
Em 8 lindas côres. é mais candidato da oposição. Teria sido essa a
gura! bri-
10 de novembro de 1956 — À tarde, tendo
lhante. E contém solv-x, limpa e minha senha para a noção de democracia: res-
que
despachado no Catetinho o expediente da Presi-
protege a caneta à medida que escreve. peitaram o voto dêsse filho de João Alemão, si-
tiante mas cioso dência da República, vou visitar, mesmo de-
pobre, de pensar por si e agir
sua consciência." baixo de chuva, os quatro acampamentos prin-
por
cipais de barracas de lona onde já se abrigam
232 trabalhadores.
I Independência
pelo desenvolvimento
14 de novembro de 1956 — Nossa Senhora
"Cada da Aparecida, padroeira do Brasil, é declarada

dia me convenço mais de que a luta
também padroeira da nova Capital, por suges-
decisiva e final pelo domínio do mundo se tra-
tão de D. Hélder Câmara."
vará neste continente. Estamos nós, latino-ame-
ricanos, numa fase em que, ou firmamos defi- A soviética

ameaça
nitivamente na prosperidade econômica os pos-
"Hoje,
tulados de nossa cultura política, o amor à li- a América Latina está em situação
ierança e o respeito à iniciativa privada, ou nin- mais precária do que a dos países reconstruídos
guém deterá a onda de desesperança de milhões da Europa e constitui o elo mais fraco da coli-
de seres humanos que já não aceitam mais as gação ocidental. É para êsse fato que não cessa-
condições íntimas de vida em que vegetam, pois remos de chamar a atenção de nossos amigos dos
têm hoje consciência de que existem atualmen- Estados Unidos da América, com franqueza, com
Também em tamanho econômico te formas de escapar à miséria." lealdade e até com palavras duras e realistas. O
Ocidente, ao organizar o seu sistema defensivo,

para colegiais
Êstes preparou-se para uma guerra que talvez não se
rápidos 25 anos
materialize, muito embora seja justo reconhe-
PREÇOS
'•4 "Em cer ter vindo a materializar-se, não
30 cm3 • CR$ 50,00 1930, dois anos e pouco depois de for- que poderia
jT~r. mado receber os impulsos finan- fôra a adoção das medidas assecuratórias de de-
59 cm3 • CRI 60.00 e de técnicos e
|_r, \ e fesa. A preocupação com a ameaça soviética,
ceiros que me vinham da visão consolidada
473 cm3 - CR$ 300,00
ampla de Soares, como cirurgião e como logo após o término da Segunda Guerra, fêz com
Júlio
946 cm3 - CRt 500.00
homem negócios, meu conselhei- que todos os esforços da diplomacia ocidental
de cunhado e
ro se concentrassem no auxílio e na recuperação

econômico, estagiava eu em Paris, Viena, Ber-
lim, das áreas devastadas pela conflagração."

etc., e abastecia minha curiosidade social,
cultural e artística através da Grécia, Egito, Sí-

TiNTA DE ESCREVER Estamos fazendo a nossa parte
ria, Turquia, Líbano, Arábia, Itália, Espanha,
PARKER "Sou
França e Portugal, quando se deflagrou a revo- impaciente porque o Brasil está impa-
lução de outubro. Regressei imediatamente, já ciente. Não sou um temperamento capaz de re-
com Vargas no Catete. signar-me à pura política; não sou homem de
Era eu, que queria ser nem mais nem menos conformar-me em deixar para amanhã o que
AuheA^ médico; entregar-me ao único aceito deve ser feito hoje. Deus me deu o feitio impa-
que jugo
êste —, o do amor ciente, e êsse feitio eu o tenho empregado na
por quinto-anista primeiro e
único de minha vida — casar-me e então dispu- reação contra a preguiça, contra o desejo do adia-
tar no magistério médico a cátedra cirúrgica. Mas mento de tudo, contra o desperdício do tempo
a plenitude de condições para a prática e o estu- que, infelizmente, tanto e em tão larga escala
do, que deixara na Europa, como encontrá-la na nos desservem.
cidade nova que era Belo Horizonte? Aceitei, en- Quero de minha administração que não se
tão, o cargo, honroso mas economicamente de- dizer — sem contra a verdade —
possa pecar
sinteressante, de cirurgião da Polícia Militar Mi- que o País cresceu nas horas noturnas, enquan-
neira. to o Govêrno dormia. Não, o Governo não dor-

Distribuidores exclusivos para todo o Brasil:
Êsse pôsto me levou ao túnel, na revolução miu, em minhas mãos.
íjp COSTA PORTELA
de 1932, onde o advogado Benedito Valadares me E está pronto o diálogo. Era o que eu queria
Vir INDÚSTRIA E COMÉRCIO S. A.
conheceu a organizar, sem concessões ao tempo dizer. E êsses fatos e essas realizações aí estão,
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e aos meios, os serviços médicos da campanha. sacudindo o Brasil de norte a sul, de leste a
Daí fui sugado como por um dreno, longo e oeste, e acordando o gigante que parecia esma-
Standard Propaganda -Rio absorvente, cada vez mais, a Secretaria do seu tamanho. Olhai o ma-
para gado pelo próprio para
Govêmo, quando Valadares o assumiu." pa do Brasil. Não é mais o mesmo."
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mun- depois, sôbre o rosto. exercendo ligeira nada a extração, é
mulheres mais belas, em todo o
Conserve assim, en- pressão. A gordura, indispensável uma
do, utilizam o mesmo modêlo que
suportar o amolecida pelo calor, suave massagem
ANTISARDINA lança, com exclusivi- quanto ANTISARDINA
calor. Renove a ope- será extraída com com ANTISARDl-
dade, no Brasil.
ração. facilidade. NA N.» 2.
Helena
Sangirardi
ensina
a fazer
Pa vê e pronto para wrvlr.

geladinno
dobro de rum e 1 colher (chá) de

sobremesa gostosa, o
uma
ser servida geladís- Nescafé.
MAIS
que deve
iflmn,
"icing
cold", como é) — Num pirex forrado com papel
^realmente de
impermeável, ponha um pouco
Hítatw os nossos amigos dos Estados
é creme.
Unidos. ser sorvete,
Sem quase
f) — Arrume por cima uma ca-
uma Experimentem esta re-
cassata.
mada de biscoitos champanha.
ceitinha gostosa de Pave de Nescafé
de uma colher,
se ela faz ou g) — Com o auxilio
e depois me contem
vá molhando ligeiramente os biscoi-
não sucesso...
tos com rum, Nescafé e água.
INGREDIENTES Repita as camadas até ter-
h) —
— 250 g de biscoitos champanha;
1) minar tudo.
— 2 table-
2) — 200 g de açúcar; 3) i) — Acalque um pouco o pavê,
tes de margarina ou 200 g de mantei-
mantei- cobrindo-o,
Cobrindo-o, para isso, com as sobras
sobras '
J|
— Um punhado de amêndoas,
ga; 4) de papel. \
jfl
— 1 lata de — Desenforme-o e acerte toda a
mofdas ou picadas; 5) j) ^
creme geladinlM^ sem
de leite bem geladinho, sem
Volta com um pouco
volta do creme,
creme. para
para ^\k, M
sôro; 6) — 3 colheres (chá) de reservado.
o isso já »
Nescafé; — 4 gemas;
7) xí- 8) — 1 1) — Salpique com o restante das
cara
cam de rum, ou
(café)
(cafe) dflbro, se
ou' o dôbro, se amêndoas
amfendoas ou castanhas-de-caj u,
castanluu-de-caju, ago-
— Na falta de amêndoas,
preferir; 9) ra, de preferência picadas.
use castanhas-de-caj u e essência de m) — Sirva supergelado.
amêndoas. n) — Se quiser, reserve um pouco

ABECEDARIO do creme fora do refrigerador,
gele
a) — Bata a margarina ou mantei- ligeiramente pavê, desenforme-o e

o
com o açúcar e 2 colheres do só então complete as operações indi-

ga
cadas nas letras j e 1.
... Nescafé.
— Junte o) — OPCIONAL: se quiser um
g b) as gemas e continue
^ mais saboroso e mais rico,
a bater. pavê
creme depois de desenformado acerte os
a c) — Ponha, por último, o
"g
J de leite
ieite bem gdado' e sem o
gelado
sôro,
soro, lados com um pouco do creme, mas
§
•S metade das amêndoas
am&idoas e bata mais
mals cubra toda parte de cima com
aaparte^de cre-
ere- '^4
< me de leite bem sólido ou com creme

um pouco. "chantilly", salpicando com as amên-
® d) — A misture o rum à
parte,
mtlma de água
figua ou use
use doas picadas.
picadas. .. ... •
mesma quantidade
3
ELETRICO/Os
.--v AOUECEDOR
'<&<;'/,'?>*¦
I—7v AUTOMATIC.'0
flp
Ingredientes
Ingredlentes ^
completos
para
il ^ \
o pavê.
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âle trabalha sozinho.
Seu termostato des-

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^ •' mantem
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dgua como uma garrafa
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do, a água
^gua não ng0 es-
térmica, pronta para servir na tempe- fria graças ao seu
ratura desejada. E como é econô-
perfeito isolamento
-Jr ^K. mico! mico! Coloque hoje mesmo JMS em
em • j*, •
_ . . térmico,
termico, revestido
revestido .
.. seu seu lar. E, se você
voce está
esta construindo,
construindo, ^
y de lã de^ vidro.
vidro
exija a instalação do inigualável
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com rum e
o creme é mais fino. biscoitos
E
AGORA
DRUMMOND?
mais sério houve no Brasil, dramáticas, nas madrugadas vazias. O álcool animava o an-
de Assis, o artista que já jetivamente
burocrata é o con- sob os fícus. Na noite em que mais pungia a woltsch-
foi um
MACHADO burocrata perfeito (um perfeito quase gustiado peripatetismo
Drummond de Andrade, o merz, os mineiros iam, por alguns momentos, viver peri-
de um burocrata). Carlos poeta jovens poetas
trário perfeito
há aposentado, a sua carreira de nos altos de um viaduto acima da estação ferroviária. A proeza
mais sério do Brasil, encerrou pouco, gosamente
muito na reserva, no na não matou ninguém e foi repetida, com a mesma inconsciência estrepitosa,
burocrata Os dois se parecem pudor,
perfeito.
na elisão sistemática de se-mos- minha Há também uma história em que os rapazes tocam
ironia, no humour, na dignidade pessoal, pela geração.
Machado de Assis deu inteligência à fogo na casa desdenhosa da namorada de um deles; não conto porque
tração Literàriamente, prosa
pública.
de Andrade deu inteligência ao verso. Êsses dois não sei direito.
brasileira; Drummond
Havia ainda políticas, literárias e esportivas, cabarés com
homens magros e reticentes são dois monstros de energia na luta contra pancadarias
francesas verdadeiras e espanholas de Montes Claros, e solidão, muita
o nosso subdesenvolvimento intelectual.
solidão. Quando minha turma conheceu pessoalmente Carlos Drummond
Êste texto não é um artigo de crítica, mas uma notícia jornalística.
de Andrade, visitava Belo Horizonte com uns sapatos de camurça
Ora, se o crítico deve possuir um sentido muito desenvolvido dos fatos, que
alinhadíssimos, êle se admirou de que mantivéssemos amizade com moças,
se dirá do jornalista!
que
lembrando no seu tempo a convivência entre os sexos era de um
Alguns dos fatos são êstes: Carlos Drummond de Andrade nasceu em que
"Alguns rigor absurdo e melancólico.
Itabira, Minas Gerais, no ano de 1902. vivi em Itabira. Principal- "Alguma
Em 1930, estréia em livro o poeta, com Poesia":
mente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa
cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. "Quando
por nasci, um anjo torto
E êsse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A von-
desses que vivem na sombra
tade de amar, que me paValisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites na vida."
disse: Vai, Carlos! ser gaúche
brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto
Poucos notaram que dessa vez surgia no Brasil um poeta de verdade.
me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas
"modernistas" de
ora te ofereço: êste São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; Os eram ridicularizados com alarme pelo séquito póstumo
que
Olavo Bilac. Um dos de CDA ("No Meio do Caminho") tornou-se
êste couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; êste orgulho, poemas
fun- a de toque da sensibilidade literária (literária é dispensável)
esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou pedra
Itabira é apenas Mas brasileira: dividiram-se de um lado os nativos que acreditavam que no
cionário público. uma fotografia na parede. como dói!"
sabe ler, um basta. estampa essencial: meio do caminho ter uma pedra; do outro, os que negavam de pés
Para quem poema Já aqui se o pode
e severo homem e a alma difusa e intranqüila
do do poeta. essa Eu cresci e me fiz homem e muito ainda tive
o perfil nítido juntos possibilidade.
"insubordinação no caminho. Não o apresente
de um mental" de discutir sobre a que poema qual-
Expulso ginásio, por (não pode existir pedra
de escritor), inesperado depois cola coisa excepcional; a burrice é que era excepcional, não a burrice
melhor definição o acontece: o poeta quer
em Farmácia. em si, mas a a do preconceito, a da rotina mental.
grau pior,
Em 24 de fevereiro de 1922 eu ia nascer daí a quatro dias), a Uma no meio do caminho de um poeta pode ser a burocracia.
(ué, pedra
"Ilustração "Carlos Rodrigo M. F. de
Brasileira" a seguinte nota: Drummond é Carlos Drummond de Andrade, levado pela mão de
publicava
um dos novos escritores mineiros, como tantos outros da sua Andrade o serviço em 1928, teve essa pedra na sua frente
que, geração, para público,
estreou feito, com um modo de sentir e contar as coisas. Esta durante mais de 30 anos. A amizade entre êsses dois homens é das mais
pessoal pá-
gina prova bem o que dizemos." bonitas e dignas.

"Ainda
A nunca foi republicada autor, como não o foram alguns Aposentando-se, CDA confessa: não sei bem o que é ser
página pelo
aparecidos na mesma revista. Naquela mesma época realizava-se aposentado, o sou há horas, e custa-me deixar a repartição
poemas pois poucas
"Semana de
tumultuosamente em São Paulo a de Arte Moderna", seria onde, afinal, eu era feliz. O ceticismo que êsses 30 e tantos anos
que
vinculada Getúlfo Vargas, uns 30 anos depois e via Lourival Fontes, batente me inocularam não é negativo. Mentiria se dissesse que temos
por
"twenties", isto mesmo,
à Revolução de 1930. Durante os ao contrário do que se hoje um bom serviço civil; acho que piorou bastante. Por
pas-
sava nos Estados Unidos, o Brasil era triste, São Paulo era triste, Belo essas ilhas de boa-vontade e fervor, se mantêm aqui e ali, são con-
que
Horizonte era triste. Nesta última cidade mais do mundo, fortadoras e mostram haverá sempre um servidor público disposto a
(a peripatética que
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, O POETA MAIS SÉRIO DO 3RASIL CONTEMPORÂNEO, APOSENTOU-SE, HÁ POUCO TEMPO, COMO BUROCRATA
me disse uma vez Pedro Nava) morava o insubordinado mental Carlos exercer seu ofício, com imaginação e iniciativa, sob
plenamente probidade,
Drummond de Andrade. ou regime. E desses, conheci muitos."
qualquer govêrno
A novidade de Minas eram os bondes e os moços: Drummond, Nava, Mais de 30 anos de funcionalismo, mais de 30 anos de poesia. Se
Emílio Moura, Milton Campos, João Alphonsus, Abgar Renault, Afonso o servidor se recolhe ao lazer da casa da Rua Joaquim Nabuco, o poeta I
Arinos de Melo Franco... Conta êste último em seu livro de memórias: espaço, adquire uma certeza artística a nossa incerteza hu-
ganha para
"Minha sempre, cada nôvo
convivência mais chegada era, então, com João Alphonsus e Car- mana. O verdadeiro não se aposenta nunca, está
poeta
los Drummond de Andrade. O o altíssimo servia como re- dia, a tomar do mundo, ensinando-nos a dizer o que sentimos con-
grande, poeta, posse
dator-chefe do do PRM, o velho Diário de Minas, fusamente, e ensinando-nos a sentir o confusamente dizemos. Aqui I
jornal que parecia que
uma espécie de mensagem espírita. Digo isso era ainda composto está uma carreira continuará indefinidamente: ALGUMA POESIA,
porque que
e impresso sem linotipos nem rotativa; ninguém, ou ninguém, o BREJO DAS ALMAS, SENTIMENTO DO MUNDO, JOSÉ, A ROSA DO
quase
lia, e tinha, contudo, influência Carlos Drummond de Andrade POVO, NOVOS POEMAS, CLARO ENIGMA, FAZENDEIRO DO AR, A
política.
dominava soberanamente a redação. João Alphonsus e eu obedecíamos VIDA PASSADA A LIMPO.
dòcilmente às suas ordens e instruções. Carlos, com aquêle senso de or-
"E
pergunto ao poeta
ganização e aquela eficiência burocrática que se tornaram conhecidos no
(numa esperança que não digo)
Ministério da Educação, distribuía tarefas, fiscalizava horários, tomava a
onde vai — a angra serena,
função, nos para que
sério a sua o que obrigava a fazer o mesmo com as nossas.
a que Pasárgada, a que abrigo?
Nessas coisas é que a gente sente o homem que coexiste com o grande
poeta, e que com êle se ajusta tão perfeitamente, sem que nenhum pre- A palavra oscila no esapço
judique o outro. Equilíbrio extraordinário êste, entre o homem Drum-
um momento. Eis que, sibilino,
mond e o poeta Drummond. O poeta sempre tendendo a arrebentar e
entre as aparências sem rumo,
a ironizar o mundo em que o homem se integra, em cujos melhores as-
responde o poeta: Ao meu destino.
pectos o homem se integra. O mais interessante é não há dois Carlos,
que
um negando o outro, senão que um só Carlos, exprime solidária- E foi-se para onde a intuição,
que
mente a contradição da vida e do mundo. Em todo caso desejo aqui in- o amor, o risco desejado
sistir em que o redator-chefe mandava muito em seus dois subordinados." o chamavam, sem que ninguém
Mas Belo Horizonte tem uma tradição de farras, românticas e sub- pressentisse, em torno, o Chamado."
Texto de Paulo Mendet Campos

76
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4:' «5i SP^Splk Lt
AMÁVEIS
V'w'jMk"''• aBWInfeaA 9 j
DO
TIRANOS
PENTEADO
r tj*"" *-» mj
Ir ao cabeleireiro,
para
a mulher, é uma
quase
religião. Seu sucesso e
sua beleza dependem
dos amáveis tiranos do
ela
penteado que
—
no mínimo,
procura
uma vez semana.

por
chega ao
Quando
salão, tímida Hi^lBS

parece
e insegura. Mas ao
9^000g'
cabo de algumas horas

:sa
^
-
três, ou « \'*
(duas, quatro, *2 — ¦
ao despir o roupão
que
lhe deram, à entrada,
e depois de olhar-se no
espelho, sorri, alegre

"" ""** "Jtk '. 'wjb'
.*• '' - • -
K,: *>-*- ™ j#L , nf :f
^' -^p^~ '
^
e confiante. Êle acertou,
mais uma vez. Renault,
Ângelo, Luís, Neves,
Mário, Pacci e Rosana
mandam nas cabeças das
elegantes do Rio.
'
Jacques, Antoine,
TbGh^J
Jambert, Leandro e os
irmãos Gaeta estão
entre os melhores
de São Paulo.
SEGUE
Reportagem de Lêa Maria e Joté Magalhãeg Chave»
Foto* de Alberto Jacob e Sérgio Jorge -,,.. .T"--1. —*,', —-—--

Êle inventou o
% Saint-Tropez
penteado
penteado
• Jambert é um dos preferidos

sociedade
sociedade '""S»5SnJ>
das mulheres da alta Ww #
ÎIf^
Iniciou-se na profissão
profissao aos
aos jÔs.
paulista.
^SNS.
anos de idade, em Barcelona
Barcelona
quinze
qitinze I
sua cidade natal.
natal. iBP I vJV
(Espanha),
freqüentemente
freqiientemente para a Europa,
Europa, j| '' l\ ,
Viaja ^-v
onde troca idéias com osos

grandes ^
"haute
mestres da
îffure".
Jambert httçougpara a
v"'-
atual temporada, com, grande
sucesso, um novo penteado

chama <Je linha
que
Saint-%nopez
ideias^coiii
|||j^
'Um
penteado
jjl ^h ^llllll^ i para

O preferido r ^LmM
1 ^BSW ^¦H
- ' • I^H^H cada tipo
|^g^.fc;-;, 7
|M _"""''"|''^'''"^^BWiiii^
das artistas
*
Ips ¦r..,4j-'---'® i^Hn \ Wm uiK^^^Bfil
• Jacques possui
• Antoine nasceu um salão em São
na Argentina, mas Paulo e outro em
trabalha há 29 anos Guarujá, disputadís-
em São Paulo. Re- simo durante o ve-
cebe, em seu salão, rão. Suas clientes
senhoras da alta so- deixam sempre a seu
ciedade, além de ser critério o estilo do
o das ar- que êle

preferido penteado,
tistas. Participou de concebe de acordo
dois concursos inter- com o feitio do rosto
nacionais e já exibiu e a personalidade de
sua arte em Moscou. cada uma. Viaja to-
Seu estabelecimento dos os anos para a
comporta atender 200 Europa e, na volta,
pessoas ao mesmo reúne sua excelente
tempo. Êle partici- equipe com a qual
pa de dois progra- debate as últimas
mas de TV, dando criações da coiffure.

aulas de penteado.
79
• Renault é um dos cabeleireiros mais famosos do mundo. Quando vai à Europa
arranca elogios dos mais categorizados colegas. Nasceu no Rio, com o sobrenome
de Castanheira. Trabalha no salão do Copacabana Palace e suas criações se trans-
II formam em leis. É temperamental. Se nervoso, joga as escovas no chão
Seu estilo Parece
é ideal para um coiffeur
os brotos
de Paris
• Cabeleireiro
das misses, Jou- • Armand tem
vet trabalha com prestígio interna-
seu sobrinho, cional, mas pouco

Carlinhos. Tem se ouve falar da
nas garotas de sua arte porque

Copacabana êle é tímido e re-
a maioria de suas traído. Com seu
clientes que o re- basto bigode, tem
comendam entu- a aparência típica

"coiffeur"
siàsticamente. Êle de um
começou na pro- de Paris. Penteia
fissão em São para uma clientela
Paulo, onde nas- restrita e selecio-
ceu. Seu estilo nada em seu lu-
agrada aos bro- xuoso salão da
tinhos porque é Avenida Atlânti-
jovem e descon- ca, no Rio. É

"In-
traído. Procura membro da
evitar os pentea- ternational Coi-

"duros",
dos en- ffeur des Dames",
gomados e com uma sociedade
excesso de laquê. de alta categoria.
80
Novak encomendou-lhe
nove perucas coloridas

coloridas ylfrrV w
^ perucas j f
fllPI jf
• Foi em Nice, França,

Fran§a, onde nasoeu,
oiide que "f^
lUfff
j f ¦ «: i if
Ângelo
Angelo delia
della Noce Copacabana ; Palace) comeôu 1
(do
a tiranizar as cabeças
cabegas femininas.
femininag. Já
J& 1pcttfrpfy %8a C»alj||»Mpg »¦ aKj ;&¦
^ ffi*8 liHP^W I*. jflfl
fez_ nove de cores diferentes),

diferentes) A Sra. Tancredo Na'. f^~ ^9|
perucas
e
é sua cliente. Especialidade de
de Ange *wm 1
.perucas maravilhosamente.
yfe: mm
iHF
i-H|^ ^^¦¦Sjijj^ v.h, ^HHHfetth O cabeleireiro
da Primeira
Dama
"hobby"
• O de
Luís Verri é jogar

biriba e fazer pin-
tura impressionista.
Sua cliente mais fa-
mosa é a Primeira
: Dama do Brasil, Sra.

A I®!*
' ^S®t Daraa
-*T" ' VL^ ;
| Maria
Maria Teresa Gou-
lart. Alguns compa-

'
¦ . iiros o apontam
Hfl ^r'"*pB jt—""^^Hhi^y ¦Bpheiros
^Hr | >mo
fa&»-^=^.., m 1 Sr womo oI melhor do
^|
'Wjl^ff ~ 'ais.
Luís
¦^JH só faz o
|
Vllj J^m JBpais.
1 v' snteado
®>enteado que quer,
fef ; tpondo
ijnpondo o | seu gosto
!^Hp^^V'!
^ «soai à
pessoal a cliente.
cliente. Eu-
-¦:jJaj^^HHKtZr ice Modesto

nice Leal
I e
|
;. as irmãs Dolabela
1 3 ão
* freqüentadoras
l| Jib
isíduas do seu salão.
creio você seria um maravilhoso Pre- decem nas horas de crise, nos períodos de emergência, quando
Welles, que
Estados Unidos da América! — disse eu, ao esquecem .os divórcios e as extravagâncias, porque todos só pen-
sidente
ORSON dos
durante os ouvira a exposição sam mesmo em se salvar. Se uma ocasião desta natureza se
fim de alguns drinques, quais
apresentar, então eu voltarei à política. Não sei se você sabe
de suas idéias.
Eu também acho — disse êle. duas vêzes, estive a ponto de me eleger Senador.
que, por
Nesse não experimenta lançar a sua can- Mas, afinal, recusei candidatar-me, porque nã? poderia correr
caso, por que
didatura à sucessão de John F. Kennedy? o risco de uma derrota...
Orson mastigou o charuto, ergueu a sua cabeça de imperador Depois dessas palavras, soltou uma gargalhada prolongada
brilhantes, observou: e ruidosa, dessas que nos arrebentam os tímpanos. Diante dêsse
romano, e, com os olhos
Tenho desvantagens: há muitos divórcios em de nariz e pés minúsculos, agora com quarenta e sete
algumas gigante,
na América do Norte. anos, eu me lembro do dia em o conheci, a bordo de uma
minha vida e há excesso de prosperidade que
desses tipos a o segue num em Hollywood. Parecia, então, mais gigantesco que Gul-
Eu não sou um quem povo período piscina,
Sou, ao contrário, do tipo a as massas obe- liver no de Lilliput, mais inexorável que um elefante abate-
de bem-estar. quem país
Reportagem de Oriana Fallaci
f *L.. ilL
Manchete
NO CINEMA
NUMA ENTREVISTA EM ROMA

dor um bloco de Pare- vendo um ensaio sôbre mulheres e bichos... (Acabei aceitando.)
de florestas, mais pesado que granito.
ceu-me, símbolo da América inteira, a Amé- Aliás, Orson não faz questão de ser amável com
nessa época, um pessoa
"Este
rica dos e dos rios, das imensas cascatas alguma. Referindo-se a muitos dos seus colegas, dizia: é
arranha-céus grandes
e dos a América esmaga os fracos e da um imbecil. Aquêle é um canastrão." Com seu gênio irreve-
grandes desertos; que
esmolas e só inspira sentimentos rente e a força que faz para ser antipático, conquistou, no
aos pobres, que vence guerras
extremos: ou admiração, ou antipatias absolutas. Seu rosto entanto, algumas lindas mulheres. A romancista Vicki Baum,
total
"Grande
rubicundo ostentava aquêle ar de fria superioridade autora de Hotel", chegou a sustentar, há uns vinte anos:
e gorducho "Namorar
os com os impertinentes. Orson Welles faz parte da cultura geral de uma
que cardeais demonstram para padres
Desde a mais antipatia. Orson mulher que se respeite. É o mesmo que ter visitado o Louvre,
então eu lhe devotei profunda
Welles dizendo-me: admirado a Galeria degli Uffizi, ou ido comprar vestido da
contribuiu para agravá-la,
— são sensíveis, realistas, im- última moda em Paris." Mas enfrentar Orson Welles é uma
Detesto mulheres: práticas,
e imperscrutáveis, como os animais. Quer vir co- tarefa penosa. Sua desumana inteligência pesa como o maçma
previsíveis ^
"apresentarei escre- de um vulcão. E mordemos a língua,
migo? Eu a a Aldous Huxley, que está pelo temor de dizer tolices.
SEGUE
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A irritação dos brônquios e não só do excesso no fumar,

garganta provém,
mas também da falta de SUAVIDADE EXATA do cigarro.
% Para conseguir essa SUAVIDADE foram

EXATA realizadas inúmeras pesquisas
% e experiências, finalmente coroadas de êxito com a fabricação dos cigarros
MISTURA FINA.
Observe você mesmo a diminuição de sua tosse, fumando durante 5 dias os
cigarros MISTURA FINA.
Uma experiência de 5 dias fará de você mais uma testemunha.

Ag. PettJnotl
sabe, mas sou um dos quatro ou
cinco maiores mágicos do mun-
Já trabalhei nessa especia-

em Las Vegas, mas tive,
ali, uma grande decepção. Uma
noite, convenci Paola de que ela
devia, em pessoa, ser a minha
vítima no número da mulher
serrada ao meio. Mas, um mi-
nuto antes que o pano subisse,
ela berrou que estar dentro da

/!;
mala era muito incômodo e foi-
-se embora! Ah, tormento!
que
Que dor! Que afronta! Isso é
coisa que se faça com um má-
gico como Orson Welles? Saiba

. _ _.. ¦ • . *mj0*.m.m m vrn/<rm A PfnAf A
ESPOSA. que eu sei engolir fogo, tirar
SUA FILHA COM A TERCEIRA
BRINCAR COM BEATRICE,
DOS SEUS PRAZERES É ovos do ouvido, e coe-
UM pombos
lhos de um cilindro, hipnotizo e
Io de uma cabine pública." A
bora uma inglesa aborrecida que faço telepatia, além de cortar
esquecer que
podemos entrevista foi, fim, combi-
veio almoçar neste restauran- por uma mulher em duas. Não é
NÂO se trata do mais fantastico em Innsbruck. Mas,
foi mais para nada. Seria a minha
"monstros aos te..." Não preciso formidável ? Contudo,
dos sagrados":
retirada, eu ia embarcar, recebi
os ela batesse em quando maior experiência foi como tou-
anos, sabia ler e lia que "Orson
três já um telegrama de Paola:
cheia de indignação. É muito reiro, em Sevilha. Durante três
Shakespeare! Aos
sonetos de
Welles à mão, embarcou imprevistamente pa- his-
difícil ter Orson dias, por mês, eu escrevia
cinco, ao professor que
pedia ra Paris. Irei para lá e lhe man-
deste mas, apesar disso, arrisquei-me tórias policiais, e nos outros
hpr o pensava
lhe dissesse que ''O o endereço." De Paris, te-
Era po- darei dias toureava. Nas corridas
Oscar Wilde: a entrevistá-lo. preciso, pro-
aforismo de
Lem- lefonou-me dizendo que êle fô-
de tudo rém, criar a oportunidade. vincianas, bem entendido. Fui o
cínico conhece o preço
ra chamado a Londres. Eu já ia
"~J brei-me do acontecera ao toureiro da Espanha. Mas
do nada." Aos se^c que pior
e o valor a Inglaterra,
Vivian partir para quan- um toureiro e se
—, declamava o Rei produtor cinematográfico "Or- era quero que
que horror!
cha- do chegou nôvo telegrama:
telefone, saiba. Escreva isso...
Lear". Aos oito, começava a es- Cox, quando, pelo
son seguiu para Innsbruck. Eu a Escreverei...
"História Universal mou Orson Welles em Hong-
uma "monstro"
crever "monstro" chamarei." Mas o
dez, -Kong, onde o termi- Escreva também a
Dramática". Aos que
da Arte de idéia. Outro telegra-
filme. Disseram-lhe mudou é
vida de Cristo. nava um coisa que mais me desagrada
compunha uma "Não
Iorque. ma: venha a Innsbruck.
a volta êle estava em Nova ser ator. Os atores, em geral,
doze, havia feito que
Aos já Fregene." Sendo esse lu-
Nova Iorque. Mandaram- Vá a não têm
falava até mesmo Foi a são uns sujeitos que
ao mundo e to-
-no mais perto de Roma,
a Hollywood. Aí, soube que gar duzentas de massa cin-
de mandarino (uma "Que gramas
um pouco em lá. faz
aos Orson Welles tinha tomado um quei-me para zenta na cabeça. A
da China). E, profissão
das línguas —,
Paris. E, em Paris, Fregene?", perguntaram-me do mun-
sozinho, para avião para mais fácil e mais bôba
emigrava, "o
quinze, Hotel George Sr. Welles foi para Roma."
como o surpreendeu, no do é a de ator. De ator cinema-
a Irlanda, apresentando-se En-
todo aquele Voltei a Roma, indignada.
"Orson ator nor- V, escondido (com tográfico, bem entendido. Se eu
Welles, grande vejo,
de um vaso trei no meu hotel. E quem
corpanzil) atrás trabalho como ator, mesmo em
te-americano, momentaneamente
enquanto nm re- no salão, afundado numa pol-
vinte e um, com plantas, filmes dos outros, é porque dês-
desocupado". Aos Fomos
despudoradamente trona? Orson Welles!
cepcionista modo mais dinheiro. E
realizava uma conferencia, cujas se ganho
ao para o bar.
eram estas. afirmava produtor: êsse dinheiro me serve para via-
primeiras palavras
"Meus senho- — O Sr. Orson Welles partiu — bô- levar à cena de
sephores e minhas Para evitar perguntas jar, para peças
Welles. ontem Roma, onde ama- — foi logo dizendo —, eu Shakespeare e filmar os
ras: meu nome é Orson para bas para
teatrais na Bro- nhã estará à sua espera... lhe contarei umas novidades. filmes de eu Mas con-
Produzo peças que gosto.
mesmo dirijo e requereu divórcio, Ri- Primeira: escrevi um grande ro- fesso me envergonho de re-
dway, que eu Quando que
Também escrevo ar- apresentou como mance. Excelente, como tudo E aqueles narizes fal-
interpreto. ta Hayworth presentar.
^ de sou de faço. Mas estou irrita- sos?... Só concordo em usá-los
de filmes, que razão o fato que quanto
gumentos principal
em apareço nos de casa duran- díssimo com uma dificuldade me divirto em mudar de
diretor e que êle desaparecia porque
Igualmente, este semanas e se queria vê-lo ti- de todo imprevista: não encon- aspecto e de tal forma posso
papéis principais.
dirijo e represento peças durante as trei ainda um título tão original manter o incógnito. Escreva
crevo, nha que procurá-lo
e na televisão. Além nos estúdios. Para o livro. Segunda: leva- isso. Escreva também que uso
no rádio filmagens, quanto
sou violinista e pianista, ela não lhe descobrisse a rei, vez, uma obra esses narigões para que minhas
disto que pela primeira
toureiro, político, ro- nos hotéis de Franz Kafka ao cinema. Es- tias, são inteligentíssimas e
bem como pista, registrava-se que
"O
e mágico." Em algumas o nome de John Wilkes colhi Processo". E já tenho riquíssimas, não percebam que
mancista sob
tais atributos não po- o ator aloucado ma- o intérprete ideal para o papel sou um ator e, ao esticarem as
pessoas, Efooth, que
de certo Abraham Lincoln. de Joseph K. Trata-se de An- perninhas, deixem todos os seus
^jl^ dem deixar provocar tou Quando
esposa, Perkins. Terceira: milhões ao único sobrinho...
complexo de inferioridade. eu o procurei, sua atual thony pre-
"Ju-
se Mori, me declarou: tendo um grande es- E solta uma enorme garga-
lugar, nunca Paola preparar
Em segundo
não sei onde de magia, para apre- lhada. Nunca se sabe quando
Orson Welles pode ro-lhe que por petáculo
sabe o que
Êle me telefona dos sentação internacional. Tomei êle fala sério ou quando faz
lhe da a veneta. Orson anda.
dizer, quando
como mais distantes e estra- essa decisão ao assistir, em piada. É mesmo, como dizem em
ser adorável lugares
Tanto pode "mais
lhe Innsbruck, ao espetáculo de um Nova Iorque, o velho
irritante. Uma vez, Sn- nhos. E quando pergunto
pode ser "Fa-
mágico assombroso. Não sei se menino-prodígio do mundo".
a Desdêmona do onde está limita-se a dizer:
zanne Clotier,
"Otelo", em Vene-
seu filmado
numa conversa e
za, meteu-se COM A FAMÍLIA. PAOLA, A ESPÕSA, I NOBRE VENEZIANA.
EM INNSBRUCK,
ouviu isto:
— o bico! Você não sabe

Cale
Não traz contribui-
dizer nada.
à nossa conversa...
ção alguma
fizera
A uma outra atriz, que
um almoço
vir de Londres para
em Paris, durante o qual pre-
primeiro
oferecer-lhe o
tendia
filme, uma
num pregou
papel
de que
das peças mais terríveis
há notícia. No meio do almoço,
e foi o lava-
levantou-se para
não só do excesso no fumar,
ganta provém, dos homens. Passou-se
tório
DADE EXATA do cigarro. uma hora e a atriz, preocupada,
chamou o criado e lhe pediu que

EXATA foram realizadas inúmeras pesquisas
fôsse ver se não acontecera
com a fabricação dos cigarros O criado

das de êxito ao Sr. Welles.
rçada "O
voltou com esta mensagem:
Sr. Welles está bem, fumando

fumando durante 5 dias os
ão de sua tosse, charuto, e diz que não
o seu
de lá antes que se vá em-
sairá
i de você mais uma testemunha.
¦idMttkMkn_ ____^|
' ' 'V "¦
'' V* • 1 O". -•
1 '
PHILIP
EMBAIXADOR
DA SIMPATIA
E DA AMIZADE
II, DA INGLATERRA, ÊLE

£LE É
£ TAMBÉM
TAMBlM GRANDE
DUQUE, CONDE, BARÃO
BARAO E ESPOSO DA RAINHA
RA1NHA ELIZABETH
PRÍNCIPE,
PRINCIPE,
ao se naturalizar inglês
ingles ordem
ordem do dia. Promovido a
ON SIDERADO um via-
via- ingham,
ingham, encarregado da segu-
segu- que
que
CONSIDERADO rança do Príncipe;
Principe; e adotou
adotou o nome de Mountbatten
Mountbatten subtenente, passou para o
subtenente, con-
jante infatigável,
infatigavel, o Prín-
Prin- ranga pessoal "Wallace",
"Wallace
mais tarde, renunciando à tratorpedeiro
tratorpedeiro , e já
js
Philip, Duque de Edim-
Edim- James
James Wallace, assessor.
assessor. e,e,
cipe
tornou-se o como primeiro-tenente serviu
da Rainha
Rainha Antes
Antes da partida, uma equi-
equi- realeza,
realeza, primeiro
primeiro como
burgo e marido "Whelp".
tôda
toda a Marquês
Marques de Milford Haven.
Haven. no
no Ao fim da guerra,
guerra.
Elizabeth II, da Inglaterra,
Inglaterra, pe
pe de pilotos percorreu
de origem, Philip foi,
foi, passou a servir como instrutor.
no entanto, incluiu
incluiu rota
rota a ser coberta pelo real vi-
vi- Grego
Grego passou
só
so agora,
educado na Inglaterra e Em
Elm 1947, renunciou ao titule
titulc
do Sul no ro-
ro- sitante,
sitante, a fim de verificar a porem,
porém,
a América
America
Alemanha, deixando este
êste real
real da Grecia,
Grécia, por se ter tor-
excursões.
excursoes. Em
Em eficiência
eficiencia dos aeroportos e a nana
teiro de suas
ali começou
comegou o ad-
ad- nado
nado súdito
sudito britânico.
britanico. O casa-
utilizar-se do seu iate,
iate, possibilidade
possibilidade das alternativas,
alternativas, pais
país quando
vez de
vento do nazismo.
nazismo. mento
mento com a então
entao Princesa
outras oportunida-
oportunida- no caso
no de mau tempo. A equi-
equi- vento
como em
de estudan-
estudan- Elizabeth
Elizabeth se realizou em feve-
está
esta sendo
sendo pe
pe era constituída
constitulda pelos Capi-
Capi- Nos
Nos seus tempos
des, a atual viagem
sempre um ótimo
otimo des-
des- reiro
reiro daquele ano, na Abadia
num avião
aviao Dart-Herald,
Dart-Herald, tães-Aviadores
taes-Aviadores William Jeffer-
Jeffer- te,
te, foi
feita
distinguindo-se de Westminster. O Rei George
série
serie 200, da firma Handley
Handley son
son Johnson, de 52 anos, dire-
dire- portista,
portista, parti-
parti- de
'aeroporto cularmente o título
titulo de
cin-
cin- tor
tor de navegação
navegagao do aeroporto natagao, e sendo
cularmente na natação, sendo VI
VI concedeu-lhe
Page, com capacidade para
capitão
capitao de equipes
equipes Duque
Duque de Edimburgo, Conde
e seis Pri-
Pri- de
de Londres; Herbert Alfred
Alfred escolhido
escolhido
qüenta
qiienta passageiros.
e de hóquei.
hoquei. Adora,
Adora, de
de Merioneth e Barão
Barao de
meira escala: Güiana
Guiana Inglesa,
Inglesa, Hooper,
Hooper, de 41, assistente-chefe
assistente-chefe de
de críquete
criquete
o pólo, as Greenwich, com o tratamento

onde desembarcou na semana
semana de
de vôo
voo do mesmo campo de
de igualmente,
igualmente, polo, pescarias
pescarias Greenwich,
Terminados os es-
es- de
de Sua Alteza Real. Mesma
Mesmo
estando, agora, erA
erii vi-
vi- aviação;
aviagao; Garnett Cyril
Gyril John e e e o iatismo.
passada,
ingressou, como ca-
ca- depois
depois de casado, continuou a
sita à
a Venezuela, espaço
espago Stanley
Stanley John Nicole. Passando
Passando tudos
tudos civis,
pelo
dete, na Escola Naval, seguindo
seguindo carreira
carreira naval, ascender ao
até
ate
de uma semana. A 15 de março,
margo, pelo
pelo Brasil, êles
eles se declararam
declararam dete,
"Magpie".
da família.
familia. Estava
Estava comando
comando da fragata Magpie .
êle
ele estará
estara no Brasil.
Brasil. satisfeitos
satisfeitos com as facilidades
facilidades aa tradição
tradigao
cursando Dartmouth,
Dartmouth, Começara,
Comegara, com
çom a esposa, uma
viajam vá-
va- encontradas
encontradas em nosso país.
pais. ainda
ainda
Na sua comitiva
a Segunda
Segunda viagem
viagem à
a Nova Zelândia
Zelandia e
e à
Atualmente com 41 anos de
de quando
quando irrompeu
rias personalidades importantes,
importantes, Atualmente
Recebeu o Australia,
Austrália, a morte do
oficiais bri-
bri- idade,
idade, o Príncipe
Principe Philip chegará
chegara Grande
Grande Guerra. quando
ligadas aos círculos
circulos
Rei — Rei os chamou de volta à
a In-
elas, o Contra-
Contra- aà nossa capital depois de ter
ter Espadim
Espadim do prêmio
premio Rei
tânicos.
tanicos. Entre
merecimento
merecimento glaterra. Pai de três
tres filhos, dois
-Almirante Christopher Bonham
Bonham passado ainda pela Colômbia,
Colombia, alcançado
alcangado por glaterra.
passado
— no encouraça-
encouraga- prmcipes e uma princesa, o
c
da Ordem do
do Equador,
Equador, Peru, Bolívia,
Bolivia, Chile,
Chile, — e embarcou príncipes
Carter, Cavaleiro
"Ramillies",
e Uruguai. Êle
file tem
tem do
do servindo, mais
mais Duque de Edimburgo, persona-
Duque
Banho e Tesoureiro da Corte,
Corte, Paraguai
Paraguai
"Kent",
"Kent", lidade simpatica, muite
muitc
britanica
britânica ado-
ado- tarde,
tarde, nos cruzadores lidade culta e simpática,
desde o ano de 1959; James
James v a nacionalidade
"Shropshire" "Valiant", da boa con-
e êste
este tem
tem feito em prol
Bernard Vivian Orr, secretário
secretario tada
tada casamento, mas nas-
nas- "Shropshire"
pelo
especiais no Medi-
Medi- vivência
vivencia da Inglaterra com os
oi
Duque de Edim-
Edim- ceu
ceu na ilha de Corfu, onde vi-
vi- emem missões
missoes
particular do
Na batalha naval de
de demais
demais povos. Sua visita
visitsi «í
desde 1957; Coronel
Coronel via
via seu o Príncipe
Principe André,
Andr6, terrâneo.
terraneo.
burgo, pai,
êle
ele contro-
contro- América
America do Sul será,
sera, sem dú-
du-
Gerard Leigh,
Leigh, da
da Grécia,
Grecia, com a esposa, Prin-
Prin- Matapan,
Matapan, era quem
William Henry
de holofotes, me-
me- vida,
vida, altamente proveitosa, em
da Guarda Real
Real cesa
cesa Alice de Battenberg, filha
filha lava
lava a seção
segao
ex-Comandante
recendo, isso, citação
citagao em
em tal
tal sentido.
Montada, do Palácio
Palacio de Buck-
Buck- do Príncipe
do Principe Luís
Luis de Battenberg,
Battenberg, recendo, por
OU ENVERGAR UMA CASACA COM TANTO

HOMENS CONSEGUIRAM VESTIR UMA FARDA MILITAR
RARÍSSIMOS
RARlSSIMOS
« Com a espfisa, S
Rainha Elizabeth, numa estréia
estreia LpffT
Jk= •« Na foto anterior:
de gala. Adiante: deixando
deixando H
maos da
recebendo das mãos
recebendo da Princesa
J
um avião,
aviao, que êle
ele y|| "
Meg troteu de pó!
Meg um troféu poto.
mesmo pilotou.
pilotou. Mfl Ncsta, chapeu afric
Nesta, de chapéu afrkano,
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Num coquetel oferecido em Anatol Litvak,
Paris pelo ao
ao
diretor :'iPW
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HIH«| • "Terceira ifcfe--'-v.
término da filmagem de Dimensão",
Dimensao", sua estrela, ¦
Sofia Loren,
Loren, HPV" || :>
UANliA termino "show" jHr
"twist".
"twist".
deu um para os convidados, dangando perfeitamente o B^^HP MM fij
TllllAT deu
tambem na foto. É
Aliás, a professora de Sofia aparece também £ a gorda Regine,
Regine, j
TWIST
IIVIUl Alias,
proprietaria
lancadora daquela danga.
danga em Paris.
Paris. |; <
proprietária de uma boate em voga, a langadora
Eleita a Rainha
da América
f in ffiVPfPMH isBa«8 ^^ÛmliJ'In'liflk I'l i:

Latina
ipi HIhBBI
^^Vjp
• • Em
Em Manizales,
• Ela se chama
_^BKE®B tt na Colômbia, rea-
rea- ^^^^^^^^^Hj||ypÊi3|uU£^H
— J^r . Miriam Michelson
4- B lizou-se mais um iB|| e^Hv^B||
:ffl|§I^^B^H. e pertence à gera-
L^ ^Bh B|^ concurso de bele-
bele-
|^^^^^^^^H|ES|SUtiJEj*|aE§9
^^^^^^^^Êj3j9a||ajjSs3
ção de Pascale Pe-
¦ *.., IH V za, desta vez para
"Rai- tit e Mylène De-
*9 a a escolha da i
^^^^^^^H0|B|™flSS|8Be
mongeot, surgida
nha da América
America
'(;9^^b^^HX^K
pouco depois do
i^^^^^^^K£j3j|BE^S2jjpEj9
--'¦""" Latina".
Latina". Nem to-
to-
fenômeno Brigitte
^r J dos os países
pai'ses do
do hM^^^B3^B>:.
jl 'flv;.^^H|Bfe
¦. Bardot. Neste mo-
continente, incluí-
pp* continente, j^^^^^^^KMBpHHHp^HBLÎE-
mento,
^^^^^^^¦233|*I|^3IBb Miriam ar-
dos no grupo lati-
flÊ ruma as suas ma-
no-americano, con-
con- '
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' ''H^HkB Ias, a fim de em-
• correram. Mas ne-
ne- "^§
S ^^^^^^^^BmEphBhSiIphB
* -V barcar para o Rio
jB nhum negará
negara que
que l^Hl
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de Janeiro, pois foi
' foi
f°i justa a escolha
escolha S:.
\ 1 contratada ser
da formosa morena para
uma das intérpre-
Isabel Rashio Ri- "Copacaba-
tes de
vas, representante
n a Palace", co-
do Peru, coroada,
-produgão italo-
com grande pom-
-franco-bra-
pa, no dia 27 de
sileira, cuja filma-
janeiro último.
gem vai começar.
Jogando contra a seleção do Peru, em Lima, no primeiro campeonato
•
sul-americano de futebol para as divisões de acesso, o Brasil provou que
a sua equipe é invencível. A contagem já nos era favorá-

pi-àticamente
vel 2 a 1, quando a bola escapou das mãos do goleiro peruano Her-
por
mirio Campos e o brasileiro Aldemar aproveitou a oportunidade para
aumentar a contagem. Assim, saiu o nosso conjunto vitorioso pelo escore
de 3 a 1 e, por isso, recebeu a taça que exibe com o maior entusiasmo.
mundial Paletós de fantasia para homens

Demonstrações em favor da paz
Direta •0 a última
ultima em moda masculina:
masculma: paletós
paletos em te-
a Associagao Feminina de Acao Eis palavra
• Em Nova Iorque terra da liberdade,
de- cidos estampados eram antes um privilégio
prmlegio exclusivo do
coragSo da grande . cidade, mais uma cidos que
promoveu no famoso Times Square,
aos Governos em a cessa- mundo
mundo feminino. Tanto o paletó-pavão
paleto-pavao como o paletó-concre-
paleto-concre-
monstracao favor da no mundo, pedindo geral
em paz
figu- tista são
sao criações
criagoes originais de Brioni, considerado o ditador da
experiencias com bombas nucleares. Na parada tista
cao comnleta e imediata das
bragos. moda homens em Roma.
Roma, Êstes
fistes modelos apareceram num
rou e bela, de capote de peles e com o filhinho nos moda para
ate uma mulher jovem
sejam abandonadas. rWfilp
desfile no Palácio
Palacio Pitti, em Florença.
Florenga. Se essa moda pegar...
A entidade diz ficara em vigilia ate que tais experiencias
que
89
a
I CABELEIREIRO
I
va
moda é o tempo todo

Que franças! A depressa aqu&le Falamos
curto, de Punta dei Este.

cabelo querido. I eletrotecnico!
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entre um manequim e outro... Metrecal
é a diferença! Alimento dietético, Metrecal contém todos os elementos básicos

Metrecal
indispensáveis redução de sem o organismo. Metrecal é

para proporcionar peso prejudicar
o mal-estar causado fome. Não contém drogas Q /

cientificamente para poupar-lhe pela
preparado
E além de reduzir o Metrecal ajuda também na manutenção dos novos W

nem agentes artificiais. peso,
misturar à água, em dois sabores: y

níveis. Metrecal é apresentado em forma de fácil de
pó,
Entretanto, modificar o sabor de Metrecal (baunilha), basta adicionar

chocolate e baunilha. para
à bebida essência de limão, laranja ou outra de sua

qualquer preferência.
Metrecal
DIETA PARA CONTRÔLE DE PÊSO
Consulte o seu médico. Somente Edward Dalton Co

DIVISÃO DA
êle recomendar regimes
poderá
® Mead Johnson / Endochimica
e dietas controle de
para peso.
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MASSACRE DE UMA FAMÍLIA 10

SONHO DE UMA NOITE DE CARNAVAL. 24 -*«¦# • ^^HHl^.'v>,.. ' * ''l • J^L

ELEGÂNCIA NAO SE COMPRA 28

' ' ¦'¦''•''*.fe1'; 4:.^taafti';.'^Hbi; ^,^-afcll,;:<

PAULO MENDES CAMPOS 54

A LOUCURA ERROU O ALVO 58

O MERCADO DAS VACAS GORDAS 64

SAN THIAGO PERANTE A CAMARA .... 69

OS AMAVEIS TIRANOS DO PENTEADO .. 78

ORSON WELLES QUER O LUGAR DE

Nossa capa: Sra. Léa (Celmar) Padilha, uma das eit-

não se comyra", à 28. de Hélio Santos.)

H^Htps wk ,rv-I!' um prisioneiro russo

União Soviética. 0 russo era

o Coronel Rudolf Abel, preso

Acusação, é claro, jamais

admitida acusado e pela

URSS. É o sempre acon-

tece, onde um agen-

te russo seja surpreendido.

caiu em território russo, de

ao ter seu avião

™ teleguiado. *' '

i i?? rr? ^K'P.^ii-

l^Hf tSklHlbk^ •' .ai '

urn ¦ ¦»«» IIHWIWOlll ,,.Whll|IUll!T I «

¦g' '£ ,'*': s •'!''flE,'^ f'^P

"""liiw^ mi 1 ¦¦ *' "

". : ' H- . - '..>

TANTO POWERS COMO ABEL TERIAM

SIDO SUMARIAMENTE FUZILADOS

OS PAIS DO AVIADOR FRANCIS POWERS. PRESENTES A SEU «JULGAMENTO,

BARBARA POWERS, A ESPOSA DO PILOTO, FOI VISITÁ-LO EM MOSCOU E AGORA SI

¦K' ¦iTKt,y ,:y :y- •^•^•-

^Niafci ¦ T^^":iiwM t§3*§jir ¦ -' ' ' ' '*""

Antônio Santana recebera ordem terminante de seu se apresentar ao trabalho, no sábado,

ser desobedecido. Repetiu, ainda uma vez, a recomendação, dizendo:

— Temos uma encomenda urgente, deve ser terminada a tempo...

meses, se separara de sua esposa, Mary Brito Gaze. SEGUE

Reportagem de Alberto jacoti»

silêncio, tão prolongado, começou a preocupá-los. Foram a

que morreu na cozinha, onde preparava o jantar. Apresentava diversos

psicopatas. Um dos seus tios, Napoleão Gaze, está internado na Colônia

quinho" bebe imoderadamente, chegando às vêzes a ingerir quase um litro

prenomes: José & Mário. Estavam licenciados como estofadores. E real-

pessoalmente à padaria fazer compras, teria insistido com o marido para

praticados por ladrões especializados na invasão de domicílios.

O campo de operações dos dois sócios era, principalmente, a zona do

Quando a polícia Iniciou suas investigações ficou sabendo, por Clide-

¦wSr ¦• ^hPw^^^H^w'' r^^HB^K *&

1^Hl<|% ... .. -4; ,;y.-x '

SONHO DE UMA NOITE DE CARNAVAL. 24 -«¦# • ^^HHl^.'v>,.. ' ''l • J^L

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