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ÉTICA

GIULIANO TAMAGNO

APOSTILA COMPLETA

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


ATENÇÃO!

O Concursos GG adverte que reproduzir e compartilhar apostilas, imagens e


aulas é crime de violação de direito autoral, previsto na Lei 9.610 e no art.
184, §§ 1º e 2º, do Código Penal, podendo gerar punição, culminando em
uma pena de reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
É muito importante ressaltar que o direito brasileiro realiza uma ampla
proteção ao direito de imagem, prevendo o dever de indenizar em caso
de sua violação. A proteção é de tamanha importância, que possui previsão
constitucional, no art. 5º, inciso V, da Constituição Federal.
Além disso, o Código Civil, em seu artigo 20, também confere proteção ao
direito de imagem, proibindo a divulgação de escritos, a transmissão da
palavra ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma
pessoa, sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a
boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
A Súmula nº 203 do Superior Tribunal de Justiça relata ainda que independe
de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
Portanto, o aluno que compartilha materiais, aulas e outros, possui o dever
de reparar pelo uso indevido da imagem, mesmo que não haja prova do
prejuízo e/ou dolo na conduta do agente. Além disso, ainda pode vir a sofrer
as sanções penais supracitadas.
Desta forma, é terminantemente proibido o rateio de materiais do curso
através de grupos de Whatsapp, Facebook, E-mail ou qualquer outro meio
de compartilhamento. Inclusive alertamos que a matrícula do aluno pode vir
a ser cancelada caso seja constatada a prática de rateio, conforme previsão
contratual.
Ética
Prof. Giuliano Tamagno

CÓDIGO DE ÉTICA, CONDUTA E INTEGRIDADE DA CAIXA

O Código de Ética, Conduta e Integridade da Caixa define os princípios, valores propósito e missão
da CAIXA, bem como as orientações sobre a prevenção de conflito de interesses e vedação a atos
de corrupção e fraude, além das demais condutas vedadas.
Tais disposições aplicam-se a todos os agentes públicos em atuação no conglomerado CAIXA ou em
posições em órgãos estatutários, conselhos, comitês ou outros cargos em empresas ou entidades
por indicação ou nomeação da CAIXA.
A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais devem nortear toda e
qualquer conduta, seja no exercício das atribuições profissionais ou fora dele.
As condutas devem levar em consideração não somente o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o con-
veniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente o honesto e o deso-
nesto, tendo como fim o BEM COMUM.
⇒ O exercício profissional na CAIXA é equiparado à função pública.

PRINCÍPIOS

A atuação do Conglomerado CAIXA é estabelecida com base na ética, transparência, equidade,


responsabilidade corporativa, prestação de contas, responsabilidade social, ambiental e climática,
compromisso com o desenvolvimento sustentável, espírito público, integridade e inclusão.

VALORES

O Código de Ética, Conduta e Integridade expressa o sentimento ético dos empregados e dirigentes,
e contempla os valores:
• Respeito;
• Honestidade;
• Compromisso;
• Transparência;
• Responsabilidade.

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VALORES DO CÓDIGO DE ÉTICA DA CAIXA

RESPEITO
1. As pessoas na CAIXA são tratadas com ética, justiça, respeito, cortesia, igualdade e
dignidade.
2. Exigimos de empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e
representantes em órgãos estatutários de empresas de que participe, absoluto respeito
pelo ser humano, pelo bem público, pela sociedade e pelo meio ambiente.
3. Repudiamos todas as atitudes de preconceitos relacionadas à origem, raça, gênero, cor,
idade, religião, credo, classe social, incapacidade física e quaisquer outras formas de
discriminação.
4. Respeitamos e valorizamos nossos clientes e seus direitos de consumidores, com a
prestação de informações corretas, cumprimento dos prazos acordados e oferecimento de
alternativa para satisfação de suas necessidades de negócios com a CAIXA.
5. Preservamos a dignidade de empregados, colaboradores, dirigentes, membros
estatutários e representantes em órgãos estatutários de empresas de que participe,
em qualquer circunstância, com a determinação de eliminar situações de provocação
e constrangimento no ambiente de trabalho que diminuam o seu amor próprio e a sua
integridade moral.
6. Os nossos patrocínios atentam para o respeito aos costumes, tradições e valores da
sociedade, bem como a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade.
7. A CAIXA trata de maneira responsável e ética os dados coletados, durante todo o ciclo de
vida da informação, com respeito a privacidade, de acordo com a legislação relativa ao
assunto, inclusive no uso e tratamento de bases de dados.
8. O compromisso da CAIXA com a ética e a integridade em sua atuação aplica-se em
qualquer ambiente, inclusive em canais digitais, bem como relativamente ao tratamento
de dados.

IMPORTANTE: A igualdade e a dignidade conduzem essencialmente, às situações que envol-


vem o atendimento ao público e o tratamento às pessoas com quem os colaboradores da Cai-
xa interagem durante o exercício de suas funções.

• É neste sentido que a Caixa condena expressamente quaisquer atitudes preconceituosas rela-
cionadas a origem, raça, gênero, cor, idade, religião, credo, classe, social e incapacidade física.
As atitudes discriminatórias também são amplamente repudiadas.
• Menciona-se também, o respeito aos clientes enquanto consumidores.
• Lembre-se que, o Código de Defesa do Consumidor é aplicado com todas as suas disposições
benéficas aos clientes e que facilitam a resolução de conflitos entre empresa e consumidor.

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HONESTIDADE
1. No exercício profissional, os interesses da CAIXA estão em 1º lugar nas mentes dos nos-
sos empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e representantes em
órgãos estatutários de empresas de que participe, em detrimento de interesses pessoais,
de grupos ou de terceiros, de forma a resguardar a lisura dos seus processos e de sua ima-
gem.
2. Gerimos com honestidade nossos negócios, os recursos da sociedade e dos fundos e pro-
gramas que administramos, oferecendo oportunidades iguais nas transações e relações
de emprego.
3. Não admitimos qualquer relacionamento ou prática desleal de comportamento que resul-
te em conflito de interesses e que estejam em desacordo com o mais alto padrão ético.
4. Não admitimos práticas que fragilizem a imagem da CAIXA e comprometam o seu corpo
funcional.
5. Condenamos atitudes que privilegiem fornecedores e prestadores de serviços, sob qual-
quer pretexto.
6. Condenamos a solicitação de doações, contribuições de bens materiais ou valores a par-
ceiros comerciais ou institucionais em nome da CAIXA, sob qualquer pretexto.

⇒ Podemos perceber no primeiro tópico que o texto trata implicitamente do princípio da impesso-
alidade, devendo este permear as atividades dos colaboradores da Caixa.
⇒ A impessoalidade significa basicamente que os interesses da empresa devem ser tratados com
prioridade sobre os interesses pessoais, de grupos ou de terceiros.
⇒ Este princípio também permitirá que os clientes sejam tratados com igualdade e que os proces-
sos se desenvolvam de forma adequada.
No mais, a Caixa também repudia a deslealdade e o conflito de interesses.
Quando o código se refere a conflitos de interesses, podemos exemplificar com situações em que o
colaborador busca seus interesses pessoais, valendo-se de informações ou privilégios aos quais tem
acesso em razão da função que exerce na empresa.
Além disso, há condutas que são consideradas desonestas, e por essa razão são condenadas pela
Caixa, assim ocorre com:
• a concessão de privilégios a fornecedores e prestadores de serviços. A Caixa é uma empresa
pública, e por isso deve adquirir produtos e serviços, em regra, por meio de licitação.
• a solicitação de doações e contribuições a parceiros comerciais. Essas solicitações soam como
pedidos de propina, com o intuito de “agilizar processos”, facilitar a concessão de crédito ou
algo de gênero.
A solicitação de doações e contribuições a parceiros comerciais e institucionais em nome da Caixa
é uma conduta condenada pelo Código de Ética.

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COMPROMISSO
1. Os empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e representantes em ór-
gãos estatutários de empresas de que participe, estão comprometidos com a uniformida-
de de procedimentos e com o mais elevado padrão ético no exercício de suas atribuições
profissionais.
2. Temos compromisso permanente com o cumprimento das leis, das normas e dos regula-
mentos internos e externos que regem a nossa Instituição.
3. Pautamos nosso relacionamento com clientes, fornecedores, correspondentes, coligadas,
controladas, patrocinadas, associações e entidades de classe dentro dos princípios deste
Código.
4. Temos o compromisso de oferecer produtos e serviços de qualidade que atendam ou su-
perem as expectativas dos nossos clientes.
5. Prestamos orientações e informações corretas aos nossos clientes para que tomem deci-
sões conscientes em seus negócios.
6. Os produtos e serviços ofertados aos nossos clientes devem ser adequados ao seu perfil e
estar em conformidade com a legislação.
7. Preservamos o sigilo e a segurança das informações e atuamos para garantir a confiden-
cialidade, a integridade, a disponibilidade e a autenticidade das informações.
8. A ética e a integridade norteiam nossas relações com a concorrência.
9. Não emitimos juízo de valor sobre a concorrência ou a respeito de seus produtos e servi-
ços.
10. Buscamos relações de trabalho justas, a melhoria das condições de segurança e saúde do
ambiente de trabalho, preservando a qualidade de vida dos que nele convivem, com o res-
peito e a valorização das pessoas em sua diversidade e dignidade, com confiança mútua,
cooperação, meritocracia e solidariedade.
11. Incentivamos a participação voluntária em atividades sociais destinadas a resgatar a cida-
dania do povo brasileiro.

IMPORTANTE: Uma empresa como a Caixa está submetida a normas expedidas por diversos
órgãos. Além das leis, a Caixa precisa obedecer às orientações do Banco Central, Conselho
Monetário Nacional, Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da União, Superinten-
dência de Seguros Privados, além de uma série de outros órgãos.

Nessa toada, os princípios do Código de Ética devem pautar os relacionamentos da Caixa com todas
as entidades com as quais a empresa interage no trato dos negócios.
Há também um compromisso com a verdade na orientação prestada pela Caixa a seus clientes.
O compromisso com a verdade nesse sentido impede que os colaboradores da Caixa orientem os
clientes de forma a apenas atender suas metas e expectativas, induzindo-os a adquirir produtos
que talvez não atendam plenamente aos seus interesses.

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TRANSPARÊNCIA
1. As relações da CAIXA com os segmentos da sociedade são pautadas no princípio da trans-
parência e na adoção de critérios técnicos.
2. Como empresa pública, estamos comprometidos com a prestação de contas de nossas
atividades, dos recursos por nós geridos e com a integridade dos nossos controles.
3. Aos nossos clientes, parceiros comerciais, fornecedores e à mídia, dispensamos tratamen-
to equânime na disponibilidade de informações claras e tempestivas, por meio de fontes
autorizadas e no estrito cumprimento dos normativos a que estamos subordinados.
4. Oferecemos aos nossos empregados oportunidades de ascensão profissional, com crité-
rios claros e do conhecimento de todos.
5. As formas de reconhecimento, recompensa, premiação, avaliação e investimento em pes-
soas baseiam – se em critérios claros e meritocráticos, sendo vedados o favorecimento e o
nepotismo.
6. Valorizamos o processo de comunicação interna, disseminando informações relevantes
relacionadas aos negócios e às decisões corporativas.

A transparência é um princípio adotado pela governança corporativa. Pode-se relacionar com à ho-
nestidade assumida pelos colaboradores, e também à adoção de critérios técnicos, que permitem
que as relações sejam travadas de forma impessoal.
A Caixa não trata de forma privilegiada nenhum segmento, sejam outras empresas, clientes ou
mesmo a mídia, provendo informações claras e tempestivas para todos esses atores.

RESPONSABILIDADE
1. Pautamos nossas ações nos preceitos e valores éticos deste Código, de forma a resguardar
a CAIXA de ações e atitudes inadequadas à sua missão e imagem, e a não prejudicar ou
comprometer, direta ou indiretamente, empregados, colaboradores, dirigentes, membros
estatutários e representantes em órgãos estatutários de empresas de que participe.
2. Zelamos pela proteção do patrimônio público, com a adequada utilização das informações,
dos bens, equipamentos e demais recursos colocados à nossa disposição para a gestão
eficaz dos nossos negócios.
3. Buscamos a preservação ambiental nos projetos dos quais participamos, por entendermos
que a vida depende diretamente da qualidade do meio ambiente.
4. Garantimos proteção contra qualquer forma de represália ou discriminação profissional a
quem denunciar as violações a este Código, como forma de preservar os valores da CAIXA.
5. Somos responsáveis coletiva e individualmente pela cibersegurança, a fim de evitar que
a instituição sofra possíveis cibercrimes e venha a ter prejuízos financeiros, jurídicos e de
reputação.

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O item inicial deste tópico ressalta a importância dos códigos de ética para as instituições. Pautando
as ações de seus colaboradores pelo estabelecido por meio do Código de Ética, a Caixa se resguarda
da existência de atitudes e ações que não estejam de acordo com a sua missão. Por outro lado, os
empregados e dirigentes também se resguardam na medida em que seguem o Código de Ética no
desempenho de suas funções diárias.
Por fim, a tutela ao patrimônio público, à preservação ambiental e o repudio à discriminação pro-
fissional constituem a essência do código de ética visando preservar fundamentalmente os valores
da instituição.

PROPÓSITO E VISÃO

• Ser a instituição financeira pública que fomenta a inclusão e o desenvolvimento sustentável,


transformando a vida das pessoas.
• Ser referência para a sociedade brasileira pelo relacionamento social e comercial, viabilizando
cidadania financeira, desenvolvimento sustentável e excelência na execução de políticas públi-
cas, com eficiência e rentabilidade.

ORIENTAÇÕES SOBRE PREVENÇÃO AO CONFLITO DE INTERESSES

O Código de Ética, Conduta e Integridade da Caixa apresenta orientações sobre prevenção ao con-
flito de interesses, esse tópico se mostra autoexplicativo de modo que cada ponto possuí inicial-
mente um conceito da atividade que será tratada no tópico. Vejamos:
⇒ Conflito de interesses é a situação gerada pelo confronto entre interesses da CAIXA, inclusive
quando atuando por mandato de terceiros, diverso do mandato de fundos de investimento/
carteiras administradas, e interesse pessoal, que possa comprometer o interesse coletivo ou
influenciar de maneira imprópria o desempenho da função pública.
⇒ Ocorre sempre que interesses pessoais influenciam ou possam influenciar, direta ou indireta-
mente, nas análises e decisões tomadas quando do exercício das atividades na CAIXA ou na sua
representação.
⇒ O interesse pessoal é caracterizado pela vontade do agente público em obter qualquer vanta-
gem, imediata ou não, material ou não, em favor próprio ou de parentes, amigos, ou outras pes-
soas com as quais tenham ou tiveram relações pessoais, comerciais ou políticas em detrimento
da CAIXA ou de terceiros quando a CAIXA atue por mandato.
⇒ A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão ao patrimônio público,
bem como do alcance efetivo do benefício, econômico ou não, pelo agente público ou por ter-
ceiro.

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CONFIGURA CONFLITO DE INTERESSES NA RELAÇÃO DE TRABALHO COM A CAIXA:


1 – divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito próprio ou de terceiros, obtida em
razão das atividades exercidas;
2 – exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio
com pessoa física ou jurídica, nessa incluindo o correspondente bancário e o permissionário lotéri-
co, que tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do qual este participe;
3 – exercer, direta ou indiretamente, atividade que, em razão da sua natureza, seja incompatível
com as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade desen-
volvida em áreas ou matérias correlatas;
4 – atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou intermediário de in-
teresses privados nos órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
5 – praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de que participe o agente público, seu
cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o tercei-
ro grau, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão;
6 – receber presente de quem tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do
qual este participe fora dos limites e condições estabelecidos em regulamento;
7 – prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou
regulada pelo ente ao qual o agente público está vinculado.
Para prevenir ou impedir conflito de interesses na relação de trabalho na CAIXA ou fora dela, o
agente público obriga-se a adotar, considerando-se a situação concreta, uma ou mais das seguintes
providências:
• abdicar da atividade particular, ou solicitar a destituição da função, ou retorno ao órgão de ori-
gem, ou destituição da função de representante ou, ainda, solicitar alteração de lotação;
• alienar bens e direitos que integram o seu patrimônio que possam dar causa ao conflito.
Na hipótese de conflito de interesses, inclusive em caráter específico e transitório, o agente público
deve formalizar sua ocorrência ao superior hierárquico e aos demais membros de órgão colegiado
do qual faça parte, em se tratando de decisão coletiva, abstendo-se de votar ou participar da dis-
cussão do assunto.
⇒ Agente público que ocupe cargo ou função em outra instituição, não pode praticar ato em be-
nefício de interesse da CAIXA em prejuízo do órgão cessionário, devendo se ater às premissas
deste Código.
A atividade de magistério dispensa a consulta acerca da existência de conflito de interesses e o
pedido de autorização para o exercício de atividade paralela, excetuadas as situações que possam
suscitar conflito de interesses, sendo permitida, inclusive para dirigentes, respeitadas, além do dis-
posto na Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013:
• a compatibilidade de horários;
• as normas atinentes à acumulação de cargos e empregos públicos; e
• a legislação específica aplicável ao regime jurídico do cargo ou emprego público ocupado.

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Entende-se por atividade de magistério, ainda que exercida de forma esporádica ou não remune-
rada:
⇒ docência em instituições de ensino, de pesquisa ou de ciência e tecnologia, públicas ou priva-
das, nacionais ou estrangeiras;
⇒ capacitação ou treinamento, mediante cursos, palestras ou conferências para público específico
ou não;
⇒ outras correlatas, tais como funções de coordenador, monitor, avaliador, integrante de banca
examinadora de discente, redator ou debatedor.

IMPORTANTE: O exercício de atividades em outras sociedades nas quais a CAIXA não detenha
participação, incluídas nesse conceito investidas do FI-FGTS e da FUNCEF, por parte do Presi-
dente, Vice-Presidentes e Diretores da CAIXA, depende de prévia e expressa autorização do
Conselho de Administração, respeitada a regulamentação vigente e o Estatuto da CAIXA.

CONDUTAS A SEREM OBSERVADAS E CONDUTAS VEDADAS

As condutas elencadas nos subitens seguintes não são taxativas, devendo ser levados em conside-
ração, para configuração de episódios de descumprimento do comportamento ou da conduta indi-
cada, os elementos que caracterizam cada tipologia.

ASSÉDIO MORAL E SEXUAL

As condutas caracterizadoras de assédio moral e sexual não são toleradas pela CAIXA, e para pre-
venção à sua materialização o agente público DEVE PRATICAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Não ameaçar subordinados de demissão, transferência ou destituição de função gratificada;
2. Não impor condições e regras de trabalho personalizadas, diferentes das que são estabelecidas
para outros empregados e daquelas instituídas pela CAIXA, com o objetivo de prejudicar em-
pregado, dirigente ou colaborador;
3. Não dar causa, não incentivar, se opor e denunciar quaisquer situações de humilhação, intimi-
dação, discriminação, exposição ao ridículo, hostilidade ou constrangimento na presença de
outros ou de forma privada;
4. Não se utilizar de palavras ou gestos grosseiros e inadequados, comentários maliciosos, insul-
tos preconceituosos ou discriminatórios, apelidos pejorativos, bullying e piadas inoportunas;
5. Não se comportar de forma a desestabilizar emocional e profissionalmente qualquer pessoa,
utilizando -se de acusações, ofensas, gritos e/ou humilhações públicas;
6. Não segregar empregado ou colaborador no ambiente de trabalho, mediante isolamento físico,
para que não haja comunicação com os demais colegas e/ou omitir-se de adotar comunicação
direta;

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7. Não impor punições vexatórias a empregados e colaboradores;


8. Não retirar a autonomia do empregado e/ou colaborador reiteradamente, contrariando as
competências e tarefas normativamente atribuídas ao exercício do cargo ou função;
9. Não sobrecarregar o empregado e/ou colaborador com novas tarefas ou retirar o trabalho que
habitualmente competia a ele executar, sem justo motivo institucional comunicado, provocan-
do a sensação de inutilidade e de incompetência;
10. Não ironizar e/ou expor de forma vexatória as opiniões do empregado e/ou colaborador;
11. Não delegar tarefas impossíveis de serem cumpridas ou determinar prazos manifestamente
incompatíveis para a finalização de um trabalho;
12. Não omitir ou manipular informações necessárias, de forma recorrente, deixando de repassá-
-las com a devida antecedência para que o colaborador realize suas atividades;
13. Não realizar vigilância excessiva sobre os empregados e/ou colaboradores em seu ambiente de
trabalho;
14. Não limitar o número de vezes que o empregado e/ou colaborador vai ao banheiro e/ou moni-
torar o tempo que lá ele permanece;
15. Não instigar o controle de um empregado e/ou colaborador por outro, criando uma vigilância
fora do contexto da estrutura hierárquica;
16. Não pressionar o empregado e/ou colaborador para que não exerçam seus direitos trabalhis-
tas;
17. Não interferir em processos de seleção visando dificultar ou impedir a promoção do emprega-
do e/ou colaborador por motivos pessoais, perseguição ou discriminação;
É INACEITÁVEL a prática pelo agente público de condutas associadas a Assédio Sexual, no âmbito
das relações de trabalho, com o intuito de obter favores ou vantagens sexuais, e para prevenir a sua
ocorrência o agente público DEVE ADOTAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Não se utilizar de gestos ou palavras, escritas ou faladas, de caráter sexual ou de duplo sentido;
2. Não interagir por meio de conversas indesejáveis e ofensivas sobre temas íntimos;
3. Não realizar e não insistir em convites amorosos indesejados;
4. Não enviar mensagens, por qualquer meio, ou até mesmo realizar ligações, como meio de inti-
midação, com teor sexual, para pessoa com quem mantém apenas relação de trabalho;
5. Não promover perseguição e perturbação na internet, nas redes sociais, inclusive nas ruas;
6. Não capturar, não vazar e não ameaçar vazar imagens íntimas propositalmente, de forma a ob-
ter favores ou vantagens sexuais;
7. Não tecer comentários sobre atributos físicos e vestimentas, de forma a constranger, diminuir
ou intimidar;
8. Não fazer referências à sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero ou corpo de qual-
quer pessoa, bem como não fazer observações obscenas, brincadeiras, provocações sexuais ou
convites insistentes e/ou impertinentes e não desejados;

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9. Não abordar de forma grosseira e ofensiva qualquer pessoa com propostas inadequadas e de
cunho sexista;
10. Não oferecer vantagem de qualquer natureza, ou, ainda, mediante chantagem ou ameaça de
destituição de função, transferência de unidade, ou qualquer ato com efeito prejudicial à ativi-
dade laboral de empregado ou colaborador, de forma a obter favores ou vantagens sexuais;
11. Não promover contatos físicos inadequados ou indesejados em empregado, colaborador ou
cliente;
12. Não constranger empregado, colaborador ou cliente, mediante convite, abordagem e/ou insi-
nuação, explicitas ou veladas, de cunho sexual;
13. Não adotar comportamento de cunho sexual, com efeito de desestabilizar a atuação laboral de
empregado, colaborador ou cliente, mediante situação ofensiva, de intimidação e/ou humilha-
ção.

ATIVIDADES PROFISSIONAIS PARALELAS AO EMPREGO NA CAIXA

Para a prevenção à ocorrência de situações de conflito de interesses no exercício de atividade para-


lela ao emprego na CAIXA, o agente público DEVE ADOTAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Não prestar assessoria/consultoria ou outro tipo de serviços a pessoa jurídica ou física que pos-
sa se beneficiar dos conhecimentos internos e específicos adquiridos em qualquer área da CAI-
XA, exceto nos casos autorizados pela CAIXA;
2. Não estabelecer relações comerciais ou profissionais, diretamente ou por terceiros, com clien-
te da CAIXA, seus controladores e empresas do mesmo grupo econômico, quando o agente
público tenha poder de decisão sobre os interesses do cliente no relacionamento com a CAIXA;
3. Não exercer atividade que viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante do cargo de
dirigente, ouvidor e corregedor, que exige a precedência das atribuições do cargo ou função
gratificada sobre quaisquer outras atividades;
4. Não exercer atividade paralela ao emprego na CAIXA como:
• consultor financeiro, independentemente da função ou unidade de lotação, incluindo-se
nesse conceito agente de investimentos, corretor de bolsa de valores, analista de mercado,
coach financeiro e demais profissionais de orientação a investimentos financeiros;
• corretor de seguros, independentemente da função ou unidade de lotação;
• corretor de imóveis, independentemente da função ou unidade de lotação;
• sócio, empregado, consultor ou administrador de construtora/incorporadora, independen-
temente do cargo, carreira profissional, função ou unidade de lotação.
5. Não negociar por conta própria ou alheia, produtos ou serviços que constituam ato de concor-
rência com a CAIXA ou com o Conglomerado;
6. Não manter relação de emprego ou de prestação de serviço de engenharia/arquitetura em or-
ganização bancária ou em empresa concorrente da CAIXA;

12 Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
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7. Não exercer advocacia contra a CAIXA e seu conglomerado, contra a FUNCEF ou contra a União,
suas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes, bem como em ações envolvendo
a CAIXA e seus interesses, exceto quando decorrente de sua atribuição na condição de advoga-
do CAIXA;
8. Não ser sócio ou atuar em sociedade de advocacia que patrocinem ações envolvendo a CAIXA;
9. Não manter relação de emprego ou prestação de serviço de advocacia em organização bancá-
ria ou em empresa concorrente da CAIXA;
10. Não exercer advocacia ou prestar consultoria em favor de empregados que estejam respon-
dendo processos disciplinares ou éticos, relativamente a tais procedimentos ou processos.
É VEDADO aos ocupantes/titulares de cargo de direção e de função de qualquer nível gerencial na
CAIXA o exercício da advocacia privada.

IMPORTANTE: Os ocupantes de cargos de direção e de chefia das Unidades Jurídicas da CAIXA,


estão autorizados exclusivamente para o exercício da advocacia vinculada à função que exer-
çam na CAIXA durante o período da investidura, bem como em causa própria ou em favor côn-
juge ou de parentes até 3º grau, em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade,
desde que a atuação não represente atividade profissional regular.

COMPORTAMENTO EM REDES SOCIAIS, CRÍTICAS À REPUTAÇÃO DE EMPREGADO


E À IMAGEM DA CAIXA E ATENDIMENTO DE INTERESSE PARTICULAR
É VEDADO AO AGENTE PÚBLICO:
1 – publicar nas redes sociais qualquer assunto ofensivo à imagem da CAIXA e à imagem/reputação
de seus agentes públicos;
2 – utilizar nas redes sociais as logomarcas da CAIXA;
3 – comentar/compartilhar nas redes sociais quaisquer assuntos de caráter restrito ou sigiloso rela-
tivo à CAIXA;
4 – publicar/compartilhar nas redes sociais rotinas de trabalho na CAIXA e do funcionamento das
unidades da CAIXA;
5 – publicar nas redes sociais fotos e imagens do interior das unidades da CAIXA que fragilizem a
segurança e exponham informações;
6 – manifestar-se em nome da CAIXA nas redes sociais, salvo nas condições previstas em norma.
7 – apresentar comportamento que prejudique o ambiente de trabalho e a formulação de críticas à
reputação de colegas, superiores e à CAIXA;
8 – desviar colega, prestador de serviço, estagiário ou jovem aprendiz para atendimento a interesse
particular;

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9 – exercer atividade paralela que provoque dúvida a respeito da integridade, moralidade, clareza
de posições e decoro do empregado ou dirigente;
10 – registrar denúncia e/ou fato irregular contra alguém que sabe inocente ou cujo fato seja ine-
xistente;
11 – adotar conduta discriminatória relacionada à origem, raça, gênero, cor, idade, religião, credo,
classe social ou incapacidade física.
*Deve-se utilizar os canais corporativos adequados para suas eventuais manifestações, de manei-
ra cordial e fundamentada.

CONDUTAS EM PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS E


ATIVIDADES CUSTEADAS POR TERCEIROS E PELA CAIXA
A participação de agente público em atividades externas, tais como seminários, congressos, pales-
tras, visitas, reuniões técnicas e eventos semelhantes, no Brasil ou no exterior, de interesse institu-
cional, DEVE OBSERVAR OS SEGUINTES REQUISITOS:
1. Convite para a participação em eventos organizados ou promovidos por instituição privada,
deve ser encaminhado à Presidência da CAIXA ou a outra instância ou autoridade por ela desig-
nada, que indica, em caso de aceitação, o representante adequado, tendo em vista a natureza e
os assuntos a serem tratados no evento;
2. As despesas relacionadas à participação de agente público tais como transporte, estada, ali-
mentação e taxa de inscrição em eventos que guardem relação com as atribuições de seu car-
go, emprego ou função, promovidos por instituição privada, devem ser custeadas pela CAIXA;
3. Excepcionalmente, poderão ser custeadas as despesas de transporte, estada e alimentação,
bem como as taxas de inscrição, no todo ou em parte, se o patrocinador do evento for:
⇒o  rganismo internacional do qual o Brasil faça parte;
⇒ g overno estrangeiro e suas instituições;
⇒ instituição acadêmica, científica e cultural;
⇒ e mpresa, entidade ou associação de classe que não mantenha ou pretenda manter relação
de negócio e que não possa ser beneficiária de decisão da qual participe o agente público,
seja individualmente, seja em caráter coletivo;
⇒p  or pessoa física ou jurídica com a qual a CAIXA mantenha relação de negócio, desde que
decorra da natureza de obrigação contratual previamente assumida perante a CAIXA.
4. O agente público não poderá receber remuneração em decorrência do exercício de representa-
ção institucional;
5. Quando o assunto a ser tratado estiver relacionado com suas funções institucionais, o empre-
gado chefe de unidade, o dirigente e o membro estatutário não podem aceitar convites para
jantares, almoços, cafés da manhã e atividades de natureza similar custeados por terceiros.
 as participações em eventos de interesse pessoal, o agente público deve se abster de co-
⇒N
mentar fatos ou emitir opiniões de assuntos relacionados à CAIXA.

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EVENTOS DE INTERESSE PESSOAL: Quando se tratar de evento de interesse pessoal, a participação


do agente público em cursos, seminários, congressos ou eventos semelhantes, deve ser custeada
pelo próprio interessado, desde que a atividade não conflite com o exercício do cargo ou função de
confiança, nem se valha de informações privilegiadas, sendo, nestes casos, necessária a comunica-
ção ao gestor, quando do recebimento do convite pelo empregado, e à Comissão de Ética Pública
pelo dirigente e pelo membro estatutário.
Excepcionalmente, as despesas de remuneração, transporte e estada poderão ser custeadas pelo
patrocinador, desde que:
⇒ o empregado comunique à Comissão de Prevenção ao Conflito de Interesses da CAIXA e o di-
rigente e o membro estatutário comuniquem à Comissão de Ética Pública, antes do evento, as
condições aplicáveis à sua participação, inclusive o valor da remuneração, se for o caso;
⇒ o promotor do evento não tenha interesse em decisão que possa ser tomada pelo agente públi-
co, seja individualmente, seja de caráter coletivo;
⇒ não haja conflito de interesses com o exercício do cargo ou da função;
⇒ não se trate de instituição que mantenha relacionamento ou interesse comercial com a CAIXA;
⇒ não se valha de informações privilegiadas;
A publicidade da remuneração e das despesas de transporte, alimentação e estada será assegurada
mediante registro do compromisso na respectiva agenda de trabalho do dirigente com explicitação
das condições de sua participação.
Os dados sobre despesas com “Diárias, Hotel e Passagens” de eventos externos e internos, reali-
zados no Brasil e no exterior e custeados pela CAIXA, são publicados no Portal da Transparência do
Poder Executivo Federal.

INVESTIMENTOS PESSOAIS

⇒ Para a prevenção à ocorrência de situações de conflito de interesses e o uso de informações


privilegiadas, o agente público NÃO DEVE realizar investimentos pessoais cuja remuneração ou
cotação possa ser afetada por decisão ou fato em que tenha tido participação ou conhecimento
ou, ainda, que tenha obtido informação privilegiada, no exercício de suas atribuições na CAIXA,
no conglomerado e na FUNCEF.
⇒ As aplicações em produtos bancários ou financeiros com padrões e normas pré-estabelecidas e
ofertadas ao público em geral podem ser mantidas pelo agente público.
⇒ Ao agente público caracterizado como “Pessoa Vinculada”, na forma da legislação em vigor, não
é permitida a realização de operação por intermédio de outras instituições para os mercados
da B3 em que a CAIXA ofereça serviço de intermediação e distribuição de valores mobiliários,
somente estando autorizadas a realizar suas operações por intermédio da CAIXA.
⇒ O agente público caracterizado como “Pessoa Vinculada” deve manter atualizados os dados ca-
dastrais, além de ter conta de custódia ativa na CAIXA, bem como quando do cadastramento de
eventuais familiares, na forma da regulamentação vigente.

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NEPOTISMO

Para prevenção à ocorrência de situações caracterizadoras da prática de nepotismo o agente públi-


co DEVE ADOTAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Não nomear para o exercício de Função Gratificada, empregado familiar ou ter sob sua subordi-
nação direta ou indireta, inclusive na eventualidade, familiar com ou sem função gratificada;
2. Não nomear familiar de terceiros para o exercício de função gratificada, mediante o ajuste de
designações recíprocas, inclusive nas empresas subsidiárias;

IMPORTANTE: É considerado familiar o cônjuge, o companheiro ou o parente, em linha reta


ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau:
• filho, enteado, neto, bisneto, pais, avôs e bisavôs;
• irmão, tio e sobrinho;
• irmão do cônjuge ou do companheiro;
• sogros, genro e nora;
• cônjuge de: irmão, tio, sobrinho, neto e bisneto.

OBSERVÂNCIA AOS PRECEITOS DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-EMPRESARIAL

O agente público DEVE ATUAR EM OBSERVÂNCIA AOS PRECEITOS DE RESPONSABILIDADE SÓCIO


EMPRESARIAL, não contratando fornecedores e/ou não estabelecendo parcerias com entidades
ou empresas que pratiquem trabalho infantil, escravo ou análogo, que adotem práticas contrárias
à Carta Internacional dos Direitos Humanos, assim como Estatuto do Idoso, Estatuto da Criança e
do Adolescente e ao Estatuto da Pessoa com Deficiência.

OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Com o propósito de respeito aos princípios da administração pública, o agente público DEVE ADO-
TAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Não praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na
regra de competência;
2. Não retardar ou não deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
3. Não revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva per-
manecer em segredo;
4. Dar publicidade aos atos oficiais, quando não protegidos por sigilo, ou outra forma de restrição
de acesso à informação;
5. Não frustrar a licitude de concurso público;

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6. Prestar contas, quando esteja obrigado a fazê-lo;


7. Não consumir bebidas alcoólicas ou substâncias entorpecentes em unidades, instalações ou
dependências da CAIXA;
8. Não portar quaisquer espécies de armas em unidades, instalações ou dependências da CAIXA,
exceto quando inerente à sua atividade e autorizado em legislação específica.

OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Os agentes públicos que desempenhem funções ligadas à intermediação de ofertas públicas de dis-
tribuição de valores mobiliários DEVERÃO ADOTAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Tomar todas as cautelas e agir com elevados padrões de diligência, respondendo pela falta de
diligência ou omissão, para assegurar que as informações prestadas sejam verdadeiras, consis-
tentes, corretas e suficientes, permitindo aos investidores uma tomada de decisão fundamen-
tada a respeito da oferta, observadas as regras previstas na norma que dispõe sobre ofertas
públicas de distribuição de valores mobiliários;
2. Divulgar publicamente as ofertas nos termos estabelecidos na norma que dispõe sobre a oferta
pública de distribuição primária ou secundária de valores mobiliários ofertados nos mercados
regulamentados;
3. Divulgar eventuais conflitos de interesse aos investidores;
4. Certificar-se de que o investimento é adequado ao nível de sofisticação e ao perfil de risco dos
investidores, nos termos da regulamentação específica da CVM sobre o tema;
5. Zelar para que as formas de comunicação, publicidade e a linguagem utilizada na sua interlo-
cução com os investidores sejam adequadas com a complexidade da oferta e com o nível de
sofisticação dos investidores;
6. Manter atualizada, em perfeita ordem, na forma e prazos estabelecidos em suas regras inter-
nas e na regulação, toda a documentação relativa às operações de intermediação de ofertas
públicas de valores mobiliários;
7. Zelar para que as informações divulgadas e a alocação da oferta não privilegiem partes vincula-
das, em detrimento de partes não vinculadas;
8. Não assegurar e não sugerir a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de risco
para o investidor;
9. Não fazer projeções de rentabilidade em desacordo com os documentos da oferta.

PREVENÇÃO À CORRUPÇÃO, AO SUBORNO E AO ASSÉDIO

Para prevenir a materialização de atos caracterizados como corrupção, suborno ou assédio, o agen-
te público DEVE ADOTAR CONDUTAS TAIS COMO:

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1. Pautar o relacionamento com órgãos, entidades e empresas na observação dos princípios da


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, assegurando ampla transpa-
rência de informação à sociedade;
2. Denunciar, por meio dos canais disponibilizados pela CAIXA, quaisquer atos contrários ao inte-
resse público e a este Código, comportamentos que revelem indícios de corrupção e situações
irregulares que favoreçam conflito de interesses, praticados por superiores hierárquicos, cole-
gas, contratados ou prestadores de serviços;
3. Não atrair clientes, ou manter os atuais, mediante o oferecimento de benefícios não permiti-
dos pelos normativos vigentes;
4. Não adotar práticas de corrupção e lavagem de dinheiro;
5. Não oferecer ou receber suborno, inclusive em relacionamentos internacionais, mesmo que a
prática não seja vedada no país onde se desenvolve o relacionamento comercial;
6. Não pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratifica-
ção, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qual-
quer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro empregador para o
mesmo fim;
7. Não receber transporte, hospedagem, refeições ou quaisquer favores de particulares, inclusive
de clientes, fornecedores ou prestadores de serviços, de forma a permitir situação que possa
gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade;
8. Não praticar qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coa-
ção ou ameaça.

PREVENÇÃO AO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

Para fins de prevenção à ocorrência de situações de enriquecimento ilícito, o agente público DEVE
OBSERVAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Não receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vanta-
gem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente
de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público;
2. Não perceber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para:
⇒ f acilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de servi-
ços pelas empresas do conglomerado CAIXA;
⇒ f acilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por
ente estatal;
⇒ intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;
⇒ t olerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contra-
bando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

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⇒ f azer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro ser-
viço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou
bens fornecidos a qualquer das empresas do conglomerado CAIXA;
⇒o  mitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
⇒q  ualquer outro fim ilícito ou não autorizado.
3. Não utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das empresas do conglomera-
do CAIXA, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados
por essas empresas;
4. Não adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pú-
blica, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à
renda do agente público;
5. Não incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio, bens, rendas, verbas ou valores inte-
grantes do acervo patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA;
6. Não usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimo-
nial das empresas do conglomerado CAIXA.

PREVENÇÃO À MATERIALIZAÇÃO DE PREJUÍZO AO ERÁRIO

Para prevenir a ocorrência de situações que geram prejuízo ao erário, o agente público DEVE ADO-
TAR AS SEGUINTES CONDUTAS:
1. Não facilitar ou concorrer por qualquer forma para:
• a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, ver-
bas ou valores integrantes do acervo patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA;
• a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, ver-
bas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas me-
diante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamenta-
res aplicáveis à espécie.
2. Não permitir ou concorrer para:
• que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA, sem a observância das forma-
lidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; que pessoa física ou jurídica privada
utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a
entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.
3. Não doar, à pessoa física ou jurídica, bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistenciais, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
empresas do conglomerado CAIXA, sem observância das formalidades legais e regulamentares
aplicáveis à espécie;

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4. Não permitir ou facilitar fora das hipóteses legais a alienação, permuta ou locação de bem inte-
grante do patrimônio de qualquer das empresas do conglomerado CAIXA, ou ainda a prestação
de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
5. Não permitir a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mer-
cado;
6. Não realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou acei-
tar garantia insuficiente ou inidônea;
7. Não conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
8. Não frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parce-
rias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
9. Não ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;
10. Não agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito
à conservação do patrimônio público ou na celebração, fiscalização e análise das prestações de
contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;
11. Não liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qual-
quer forma para a sua aplicação irregular;
12. Não permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
13. Não permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos
ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das empresas
do conglomerado CAIXA, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;
14. Não celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços pú-
blicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
15. Não celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamen-
tária, ou sem observar as formalidades previstas na lei;
16. Não celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.

PREVENÇÃO À PRÁTICA DE ATOS LESIVOS À


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL OU ESTRANGEIRA

Para prevenção à ocorrência de situações que configurem prática de atos lesivos à administra pú-
blica nacional ou estrangeira, o agente público DEVE OBSERVAR AS SEGUINTES CONDUTAS:
1. Não prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público,
ou a terceira pessoa a ele relacionada;
2. Não financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos
previstos em lei;

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3. Não dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públi-


cos, ou intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de
fiscalização do sistema financeiro nacional;
4. Não frustrar ou não fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o ca-
ráter competitivo de procedimento licitatório público;
5. Não impedir, não perturbar ou não fraudar a realização de qualquer ato de procedimento lici-
tatório público;
6. Não afastar ou não procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem
de qualquer tipo;
7. Não fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
8. Não criar, por qualquer modo, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar
contrato administrativo;
9. Não obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorro-
gações de contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato
convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais;
10. Não manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a
administração pública.

RECEBIMENTO E OFERTA DE BRINDES E PRESENTES

O agente público, em razão de suas atribuições, NÃO DEVE aceitar favores, comissões, gratificações,
vantagens financeiras ou materiais, doações, brindes ou presentes de qualquer natureza, para si ou
para outras pessoas, oferecidos de forma direta ou indireta, resultantes ou não de relacionamentos
com a CAIXA e que possam influenciar em decisões, facilitação de negócios, beneficiamento de ter-
ceiros, ou causar prejuízo de imagem à Empresa.
Para prevenir a materialização de situações caracterizadoras de desvios éticos ou a configuração de
conduta profissional e pessoal inadequadas, DEVE PAUTAR SUA ATUAÇÃO NA OBSERVÂNCIA DE
CONDUTAS TAIS COMO:
1. Não aceitar convites de caráter pessoal para viagens, hospedagens e outras atrações, nem para
si nem para cônjuge, companheiro ou parente por consanguinidade ou afinidade, em linha reta
ou colateral até terceiro grau;
2. Não aceitar presente de qualquer valor, em razão do cargo ou função que ocupa o agente públi-
co, quando o ofertante for pessoa, empresa ou entidade que:
⇒ tenha interesse pessoal, profissional ou empresarial em decisão que possa ser tomada pelo
agente público, individualmente ou de caráter coletivo, em razão do cargo;
⇒ seja ofertado de pessoa física ou jurídica que tenha relacionamento com a CAIXA e que possa
representar relacionamento impróprio ou prejuízo financeiro ou de reputação para a CAIXA;
⇒ mantenha relação comercial com a CAIXA e suas subsidiárias;
⇒ represente interesse de terceiros, como procurador ou preposto de pessoas, empresas ou
entidades compreendidas nos itens anteriores.

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3. Não aceitar convites ou ingressos para atividades de entretenimento como shows, peças tea-
trais, espetáculos, apresentações e atividades esportivas;

NÃO SE CONSIDERA PRESENTE, PARA OS FINS DESTE CÓDIGO DE CONDUTA, AQUILO QUE:
• represente prêmio em dinheiro ou bens concedidos por entidade acadêmica, científica ou cul-
tural, em reconhecimento por sua contribuição de caráter intelectual;
• represente prêmio concedido em razão de concurso de acesso público a trabalho de natureza
acadêmica, científica, tecnológica ou cultural;
• seja bolsa de estudo vinculada ao aperfeiçoamento profissional ou técnico, desde que o patro-
cinador não tenha interesse em decisão que possa ser tomada pelo agente público, em razão
do cargo que ocupa;
• seja prêmio recebido da CAIXA ou de suas empresas coligadas, subsidiárias e parceiras como
reconhecimento ao desempenho para obtenção de resultados empresariais, desde que previa-
mente estabelecido em campanha de incentivo e que seja aprovada nas instâncias decisórias
da CAIXA.
Os itens ou as despesas de transporte, alimentação, hospedagem, cursos, seminários, congressos,
eventos, feiras ou atividades de entretenimento, concedidos por agente privado a agente público,
em decorrência de suas atribuições, porém não relacionados ao exercício de representação institu-
cional, são considerados presentes.
É PERMITIDA a aceitação de presentes que sejam recebidos em situação protocolar, quando o
agente público estiver representando a CAIXA e quando houver reciprocidade.
Para o presente que, por qualquer razão, não possa ser recusado ou devolvido sem ônus para o
agente público, DEVEM SER ADOTADAS UMA DAS SEGUINTES PROVIDÊNCIAS, em razão da natu-
reza do bem:
⇒ tratando-se de bem de valor histórico, cultural ou artístico, incorporar ao acervo cultural da CAI-
XA;
⇒ encaminhar ao acervo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN para
que este lhe dê o destino legal adequado;
⇒ nos demais casos, promover a sua doação a entidade de caráter assistencial ou filantrópico,
reconhecida como de utilidade pública, desde que, tratando-se de bem não perecível, e que se
comprometa a aplicar o bem ou o produto da sua alienação em suas atividades fim;
⇒ no caso de bem perecível, esse também deve ser doado a entidade de caráter assistencial ou
filantrópico, reconhecida como de utilidade pública, para consumo por aquela.
A incorporação de presente ao patrimônio histórico-cultural e artístico, assim como a sua doação a
entidade de caráter assistencial ou filantrópico, reconhecida como de utilidade pública, deve cons-
tar na página de Acesso à Informação, para fins de eventual controle.

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É PERMITIDO AO AGENTE PÚBLICO:


⇒ aceitar convites ou ingressos para atividades de entretenimento como shows, peças teatrais,
espetáculos, apresentações e atividades esportivas quando se encontre no exercício de repre-
sentação institucional, hipótese em que fica vedada a transferência dos convites ou ingressos a
terceiros alheios à instituição.
⇒ aceitar convites ou ingressos para atividades de entretenimento como shows, peças teatrais,
espetáculos, apresentações e atividades esportivas quando os convites ou ingressos forem ori-
ginários de promoções ou sorteios de acesso público, ou de relação consumerista privada, sem
vinculação, em qualquer caso, com a condição de agente público, bem como quando os convites
ou ingressos forem distribuídos por órgão ou entidade pública de qualquer esfera de poder, des-
de que observado limite de valor fixado pela Comissão de Ética Pública.
⇒ aceitar convites ou ingressos para atividades de entretenimento, como shows, apresentações,
festas, desfiles carnavalescos e atividades esportivas promovidos pela CAIXA ou decorrente de
contrapartida de patrocínio pela CAIXA, desde que a unidade promotora do evento defina os
critérios de distribuição dos convites e ingressos entre os agentes públicos.

IMPORTANTE: Os Dirigentes da CAIXA deverão divulgar em suas agendas as informações rela-


tivas à participação em eventos e atividades custeados por terceiros.

É PERMITIDO AO AGENTE PÚBLICO A ACEITAÇÃO DE BRINDES, COMO TAL ENTENDIDOS AQUELES


QUE:
⇒ não tenham valor comercial;
⇒ sejam distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, propaganda, divul-
gação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas de caráter histórico
ou cultural, e que não ultrapassem o valor definido em Resolução da CEP ou outra autoridade;
⇒ cuja periodicidade de distribuição não seja inferior a 12 meses;
⇒ que sejam de caráter geral e, portanto, não se destinem a agraciar exclusivamente determinado
agente público.
• 
Havendo dúvida se o brinde tem valor comercial, o agente público pode realizar sua avaliação
junto ao comércio, podendo ainda, se julgar conveniente, dar-lhe desde logo o tratamento de
presente.

RELACIONAMENTO COM CLIENTES, FORNECEDORES, PARCEIROS, UNIDADES


DO CONGLOMERADO CAIXA, AGENTES PÚBLICOS DE ÓRGÃOS/ENTIDADES E
DEMAIS INSTITUIÇÕES

Os relacionamentos com clientes, fornecedores, parceiros, unidades do conglomerado CAIXA,


agentes públicos de órgãos/entidades e demais instituições, são pautados pelos valores éticos e
socialmente responsáveis, estabelecidos pela CAIXA, em especial neste Código, evitando-se situa-
ções que possam caracterizar conflito de interesses, razão pela qual o agente público deve adotar
condutas tais como:

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1. Não realizar contatos profissionais com representantes de fornecedores, prestadores de servi-


ço, entidades e empresas patrocinadas ou clientes, sem estar acompanhado por um segundo
empregado, indicado pela chefia imediata e, quando dirigente e membro estatutário, por outro
dirigente, membro estatutário ou empregado;
2. Não realizar reuniões com clientes que envolvam áreas da matriz e filiais sem a presença de
representantes de outras áreas, quando se tratar de cliente ou negócio sob gestão/mandato de
outra área;
3. Registrar em ata os contatos profissionais com representantes de fornecedores, prestadores de
serviço, entidades e empresas patrocinadas ou clientes;
4. Não realizar reuniões com agentes públicos de órgãos e entidades ou pessoas expostas politi-
camente sem estar acompanhado de outro empregado, dirigente ou integrante de órgão esta-
tutário, devendo constar em ata a eventual hipótese de o anfitrião, agente público de órgão e
entidade, ou pessoa exposta politicamente, não permitir a presença de todos os representan-
tes da CAIXA;
5. Atuar com isenção e profissionalismo, rejeitando qualquer tentativa ou mesmo aparência de
favorecimento no trato com fornecedores;
6. Comunicar-se com fornecedores de forma clara e objetiva ou utilizando os meios e canis corpo-
rativos disponíveis;
7. Manter relacionamento cooperativo e equilibrado com clientes e usuários;
8. Oferecer tratamento justo e equitativo a clientes e usuários;
9. Prestar informações a clientes e usuários de forma clara e precisa, a respeito de produtos e ser-
viços e do tratamento de dados pessoais realizado pela CAIXA;
10. Atender demandas de clientes e usuários de forma tempestiva;
11. Primar pela inexistência de barreiras, critérios ou procedimentos desarrazoados para a extin-
ção da relação contratual relativa a produtos e serviços, bem como para a transferência de
relacionamento para outra instituição, a pedido do cliente.

USO, DIVULGAÇÃO E SIGILO DE INFORMAÇÕES

Para o adequado uso e divulgação de informações do Conglomerado CAIXA, bem como a preserva-
ção do seu sigilo, o agente público DEVE OBSERVAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Guardar sigilo sobre dados, inclusive dados pessoais e dados pessoais sensíveis, informações
e operações da CAIXA, de seus clientes, de empresas coligadas ou subsidiárias, de prestadores
de serviços e de fornecedores, ou de empresa/entidade que participe enquanto representante
da CAIXA em fundos, em órgãos estatutários, conselhos ou comitês, que ainda não sejam públi-
cas e das quais tenha conhecimento em razão de sua atuação profissional, observadas as hipó-
teses legais ou de determinação judicial, antecedido de orientação da área jurídica da CAIXA;
2. Obter prévia e expressa autorização da área gestora do produto ou serviço para publicação de
estudos, pareceres, pesquisas e demais trabalhos de caráter particular, que envolvam assuntos
e/ou informações restritos ou sigilosos;

24 Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
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3. Comunicar qualquer informação privilegiada que possa vir a se tornar ato ou fato relevante ao
Vice-Presidente responsável pela comunicação com o mercado e a sociedade em geral, obser-
vando o mandato dessa Vice-Presidência e a eventual segregação de atividades;
4. Não fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço ou en-
quanto representante em fundos, órgãos estatutários, conselhos e comitês, em benefício pró-
prio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
5. Não veicular junto à imprensa ou disponibilizar a terceiros informação sigilosa, privilegiada,
de ato ou fato relevante concernente à CAIXA, que ainda não tenha sido divulgado de maneira
oficial pelos canais da Instituição caracterizando o vazamento da informação;
6. Não disseminar informações difamatórias, bem como não transmitir à opinião pública dúvida
a respeito da integridade, moralidade, clareza de posições e decoro do empregado e dirigente;
7. Não permitir o acesso de terceiros a sistemas de informações, operações e bancos de dados
de responsabilidade e/ou propriedade da CAIXA, salvo se expressamente autorizado pelo ges-
tor competente;
8. Não utilizar informações privilegiadas a que tenha acesso para obter vantagens para si ou para
terceiros, em especial nas negociações dos títulos de valores mobiliários emitidos pela CAIXA,
sendo responsável por evitar, no âmbito da sua atuação, que os investidores sejam prejudica-
dos pela prática de insider trading.

USO DE BENS E PATRIMÔNIO DA CAIXA

Para prevenção à ocorrência de situações de indevido uso de bens e patrimônio da CAIXA o agente
público DEVE ADOTAR CONDUTAS TAIS COMO:
1. Zelar pela proteção do patrimônio público, com a adequada utilização das informações, dos
bens, equipamentos e demais recursos colocados à disposição para a gestão eficaz dos negó-
cios realizados em nome da CAIXA;
2. Não utilizar os recursos materiais, meios de comunicação e instalações colocados à disposição
para fins estranhos às suas atividades profissionais;
3. Não usar tecnologias, metodologias, modelos, know-how e outras informações de propriedade
da CAIXA ou por ela desenvolvidas ou obtidas, para fins particulares ou repassar a terceiros,
mesmo que o agente público tenha participado de seu desenvolvimento.

PADRÕES ESPECÍFICOS DE CONDUTA

O agente público, para o exercício de suas atividades na administração e gestão de ativos de tercei-
ros, no risco, nas operações de tesouraria, nas típicas de banco de investimento, nas ofertas públi-
cas pela emissora ou ofertante, sem prejuízo da aplicação do disposto no Padrão Geral de Conduta
previsto neste Código, DEVE OBSERVAR AS NORMAS REGULADORAS, AUTORREGULADORAS E IN-
TERNAS QUE LHES SEJAM APLICÁVEIS.

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As informações obtidas restarão protegidas por sigilo e não serão reveladas sem o consentimento
dos interessados, salvo os casos legalmente previstos.
O dirigente e o membro de órgão estatutário que mantiverem participação superior a cinco por
cento do capital de qualquer sociedade, devem informar tal fato à Comissão de Ética Pública.
O dirigente e o integrante de órgão estatutário que receberem salário ou qualquer outra remu-
neração de fonte privada, deve informar tal fato à Comissão de Ética Pública, exceto remuneração
proveniente de participação em conselhos de empresas em que a CAIXA detenha participação so-
cietária ou direito de indicar representantes, e prêmio recebido da CAIXA ou de suas empresas coli-
gadas, subsidiárias e parceiras conforme descrito neste Código.
Durante o exercício do seu mandato, os dirigentes e os integrantes de órgãos estatutários DEVEM
ADOTAR CONDUTAS TAIS COMO:
⇒ Não realizar investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou políti-
ca governamental ou relacionamentos comerciais mantidos pela CAIXA a respeito do qual tenha
informações privilegiadas, em razão da ocupação do cargo de dirigente e de membro estatutá-
rio;
⇒ Não se utilizar de informações privilegiadas para qualquer fim, ou se valer do cargo de dirigente
e de membro estatutário em benefício próprio ou de terceiros.
⇒ Não comentar com terceiros assuntos internos que envolvam informações confidenciais ou que
possam vir a antecipar algum comportamento do mercado;
⇒ Não usar ou divulgar, a qualquer tempo, em proveito próprio ou de terceiros, informação privi-
legiada obtida em razão das atividades exercidas, ainda que após seu desligamento das ativida-
des de dirigente e de membro estatutário;
⇒ Não receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir
situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade;
⇒ Não se utilizar de membro de sua equipe para tratar de assuntos particulares.
As eventuais divergências entre os dirigentes e os membros estatutários serão resolvidas interna-
mente, mediante coordenação administrativa, não lhes cabendo manifestar-se publicamente sobre
matéria que não seja afeta à sua área de competência.
O dirigente e o integrante de órgão estatutário devem guardar sigilo das informações privilegiadas
e ato ou fato relevante aos quais tenham acesso em razão do cargo ou posição que ocupam, até sua
efetiva divulgação ao mercado.
No exercício de seu mandato o dirigente e o integrante de órgão estatutário DEVEM ADOTAR CON-
DUTAS TAIS COMO:
1. Não opinar publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de outros
membros ou das autoridades públicas federais;
2. Não opinar publicamente sobre o mérito de questão que lhe será submetida para decisão indi-
vidual ou em órgão colegiado;
3. Resguardar o sigilo das informações relativas a ato ou fato relevante às quais tenha acesso privi-
legiado em razão do cargo, função ou emprego público que ocupe até a divulgação ao mercado;

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4. Comunicar qualquer ato ou fato relevante de que tenha conhecimento ao Diretor de Relações
com Investidores da CAIXA, que promoverá sua divulgação, ou na hipótese de omissão deste, à
Comissão de Valores Mobiliários – CVM; e
5. Não divulgar, sem autorização do órgão competente da CAIXA, informação que possa causar
impacto na cotação dos títulos da empresa e em suas relações com o mercado ou com consu-
midores e fornecedores.
As propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado destinadas aos dirigentes e mem-
bros estatutários, bem como qualquer negociação que envolva conflito de interesses, devem ser
imediatamente informadas à Comissão de Ética Pública, independentemente da sua aceitação ou
rejeição.

IMPORTANTE: Após deixar o cargo de dirigente e de membro estatutário, no período de seis


meses, não poderá desenvolver nenhum tipo de atividade profissional que eventualmente
possa ensejar conflito de interesses com as atividades da CAIXA.

No período de seis meses, contado da data da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou apo-
sentadoria de cargo de dirigente e de membro estatutário, configura conflito de interesses, salvo
quando expressamente autorizado pela Comissão de Ética Pública:
⇒ prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica com quem
tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo de dirigente e de
membro estatutário na CAIXA;
⇒ aceitar cargo de administrador ou conselheiro ou estabelecer vínculo profissional com pessoa
física ou jurídica que desempenhe atividade relacionada à área de competência do cargo de di-
rigente anteriormente ocupado;
⇒ celebrar com as empresas do conglomerado CAIXA contratos de serviço, consultoria, assessora-
mento ou atividades similares;
⇒ intervir, direta ou indiretamente, em favor de interesse privado perante a CAIXA ou órgão com o
qual tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo de dirigente.
Em caso de dúvida, o dirigente e o membro estatutário devem solicitar informações adicionais e
esclarecimentos à Comissão de Ética Pública.
O dirigente e o membro estatutário DEVEM SE ABSTER de exercer trabalho ou prestar serviços de
consultoria, de assessoria, de assistência técnica e de treinamento, exceto nas atividades de magis-
tério e nas situações analisadas e aprovadas pela Comissão de Ética Pública.

DISPOSIÇÕES FINAIS
As violações a este Código, cometidas por empregado, estão sujeitas à abertura de procedimento
de apuração de responsabilidade disciplinar e civil ou de processo de apuração ética.
As violações a este Código cometidas por Presidente, Vice-Presidentes, Diretores e membro esta-
tutário serão submetidas à apreciação do Conselho de Administração, ressalvada a competência da
Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

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IMPORTANTE: A responsabilização do agente público em situação de conflito de interesses é


considerada IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, conforme previsto na Lei n.º 12.813/2013.

⇒ Cabe aos gestores manterem os empregados devidamente informados e esclarecidos sobre o


conteúdo do presente Código, orientando-os sobre a necessidade de leitura e reflexão constan-
tes sobre as prescrições nele estabelecidas.
Por fim, o Conselho de Administração é competente para discutir, aprovar e monitorar decisões
relativas ao Código de Ética, Conduta e Integridade da CAIXA.

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QUESTÕES

01. Giuliano, funcionário da Caixa, descobre uma falha de segurança que poderia expor informações
confidenciais da empresa. De acordo com o Código de Ética, o que ele deve fazer?
a) Ignorar, já que não faz parte de suas responsabilidades.
b) Explorar a falha para entender melhor suas implicações.
c) Reportar imediatamente à sua chefia e à área de segurança da informação.
d) Discutir o problema com colegas fora do ambiente de trabalho.
e) Usar a falha para melhorar seu desempenho pessoal na empresa.

02. Tatiana recebe uma oferta de um fornecedor que promete vantagens na contratação caso ela o fa-
voreça em uma licitação. Seguindo o Código de Ética, qual deve ser sua reação?
a) Aceitar a oferta, pois trará benefícios para a empresa.
b) Negociar melhores condições antes de aceitar a oferta.
c) Recusar e reportar a oferta à área de compliance ou ética da Caixa.
d) Consultar um colega para decidir o que fazer.
e) Ignorar a oferta, sem tomar nenhuma ação adicional.

03. Edgar, ao lidar com um conflito entre dois membros de sua equipe, decide favorecer um deles por
ser seu amigo pessoal. Esse comportamento está de acordo com o Código de Ética?
a) Sim, pois manter um bom ambiente de trabalho é essencial.
b) Não, pois viola o princípio da imparcialidade.
c) Sim, se a decisão também beneficiar a empresa.
d) Depende do impacto da decisão nos resultados da equipe.
e) Não, a menos que o amigo tenha claramente razão no conflito.

04. Guilherme, gestor na Caixa, é convidado para um almoço de negócios por um potencial fornecedor.
O Código de Ética permite essa interação?
a) Sim, desde que Guilherme pague sua própria parte.
b) Não, pois pode gerar um conflito de interesses.
c) Sim, almoços de negócios são práticas comuns e aceitáveis.
d) Depende do valor do almoço.
e) Sim, mas Guilherme deve reportar o almoço ao seu superior.

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05. Um cliente insatisfeito posta críticas à Caixa nas redes sociais e Tatiana, funcionária da Caixa, decide
responder defendendo a empresa. O Código de Ética a orienta a:
a) Responder imediatamente para defender a reputação da Caixa.
b) Ignorar, pois clientes insatisfeitos sempre existirão.
c) Reportar a crítica aos canais oficiais da empresa para que tomem as devidas providências.
d) Entrar em contato direto com o cliente para resolver o problema.
e) Compartilhar a crítica internamente para alertar sobre possíveis melhorias.

06. Edgar percebe que seu colega está acessando informações confidenciais sem necessidade para suas
funções. De acordo com o Código de Ética, Edgar deve:
a) Avisar o colega para parar com essa prática.
b) Ignorar, já que não afeta diretamente seu trabalho.
c) Reportar a situação aos responsáveis pela segurança da informação.
d) Pedir ao colega que compartilhe as informações com ele.
e) Usar a situação para negociar uma vantagem pessoal.

07. Giuliano, líder de projeto, descobre que um dos processos da sua equipe pode estar prejudicando a
sustentabilidade ambiental. O Código de Ética indica que ele deve:
a) Continuar com o processo, pois a prioridade é o resultado financeiro.
b) Mudar o processo imediatamente sem consultar ninguém.
c) Reportar a descoberta e buscar soluções sustentáveis com sua equipe.
d) Consultar a equipe para ver se eles perceberam o mesmo.
e) Ignorar, visto que a responsabilidade ambiental não é prioridade.

08. Tatiana é responsável pela seleção de um novo membro para sua equipe e um dos candidatos é
Edgar, seu amigo de longa data. Qual é a ação mais ética a ser tomada?
a) Contratar Edgar, pois confia em suas habilidades.
b) Recusar todos os candidatos e reiniciar o processo de seleção.
c) Declarar seu conflito de interesses e se abster do processo de decisão.
d) Pedir a opinião de outro gerente para tomar a decisão.
e) Contratar outra pessoa para evitar qualquer aparência de favoritismo.

09. Guilherme encontra um erro no relatório financeiro que, se corrigido, diminuiria os lucros reporta-
dos. O que o Código de Ética o orienta a fazer?
a) Corrigir o erro imediatamente e reportar a situação aos superiores.
b) Ignorar o erro para não afetar os resultados positivos.
c) Discutir o erro com a equipe para encontrar uma solução que não afete tanto os lucros.
d) Reportar o erro apenas se alguém mais perceber.
e) Usar o erro a seu favor em uma negociação futura.

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10. Edgar recebe uma proposta de emprego de uma empresa concorrente. Ele deve:
a) Aceitar a proposta se for financeiramente vantajosa.
b) Usar a oferta para negociar uma melhor posição na Caixa.
c) Comunicar seu gerente sobre a oferta recebida e buscar orientação sobre como proceder.
d) Recusar imediatamente por lealdade à Caixa.
e) Consultar colegas para decidir o que fazer.

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GABARITO COMENTADO

01. GABARITO: c) Reportar imediatamente à sua chefia e à área de segurança da informação.


Comentário:
O Código de Ética enfatiza a importância da integridade e segurança das informações. Reportar a
falha é a ação correta para proteger os dados da empresa e seus clientes.

02. GABARITO: c) Recusar e reportar a oferta à área de compliance ou ética da Caixa.


Comentário:
Aceitar ofertas que prometem vantagens em troca de favorecimento em processos de licitação vai
contra os princípios de honestidade e integridade do Código de Ética.

03. GABARITO: b) Não, pois viola o princípio da imparcialidade.


Comentário:
Favorecer um membro da equipe baseando-se em relações pessoais compromete a imparcialidade
e justiça, pilares do código de conduta da empresa.

04. GABARITO: b) Não, pois pode gerar um conflito de interesses.


Comentário:
Mesmo que o gestor pague sua parte, a situação pode criar uma percepção de conflito de interes-
ses e comprometer a imparcialidade nas decisões de negócios.

05. GABARITO: c) Reportar a crítica aos canais oficiais da empresa para que tomem as devidas provi-
dências.
Comentário:
Funcionários devem evitar responder diretamente a críticas nas redes sociais para manter a pro-
fissionalidade e permitir que a área responsável pela comunicação da empresa tome as medidas
apropriadas.

06. GABARITO: c) Reportar a situação aos responsáveis pela segurança da informação.


Comentário:
Acessar informações desnecessárias ou confidenciais sem necessidade vai contra os princípios de
privacidade e segurança de dados, sendo essencial reportar tais ações.

07. GABARITO: c) Reportar a descoberta e buscar soluções sustentáveis com sua equipe.
Comentário:
A responsabilidade social e ambiental é fundamental, e identificar processos prejudiciais ao meio
ambiente requer uma ação imediata e ética para encontrar alternativas mais sustentáveis.

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08. GABARITO: c) Declarar seu conflito de interesses e se abster do processo de decisão.


Comentário:
A transparência e honestidade em situações de potencial conflito de interesses, como ter um amigo
como candidato, são cruciais para manter a integridade dos processos de seleção.

09. GABARITO: a) Corrigir o erro imediatamente e reportar a situação aos superiores.


Comentário:
A integridade e precisão nos relatórios financeiros são essenciais. Erros devem ser corrigidos e co-
municados, independentemente das consequências nos resultados financeiros.

10. GABARITO: c) Comunicar seu gerente sobre a oferta recebida e buscar orientação sobre como
proceder.
Comentário:
Receber propostas de emprego de concorrentes pode gerar conflitos de interesse. Comunicar-se
abertamente com a gerência e seguir as orientações do Código de Ética é a melhor abordagem.

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ANEXO I – CÓDIGO DE ÉTICA, CONDUTA E INTEGRIDADE DA CAIXA

6.1.1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

6.1.1.1 Este Código define os princípios, valores, propósito e missão da CAIXA, bem como as orien-
tações sobre a prevenção de conflito de interesses e vedação a atos de corrupção e fraude, além
das demais condutas vedadas, aplicando-se a todos os agentes públicos em atuação no conglome-
rado CAIXA ou em posições em órgãos estatutários, conselhos, comitês ou outros cargos em em-
presas ou entidades por indicação ou nomeação da CAIXA.
6.1.1.2 Devem ser observadas as disposições contidas neste Código, sem prejuízo da aplicação do
disposto no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e,
quando for o caso, o Código de Conduta da Alta Administração Federal, que se encontram apensa-
dos a este normativo.
6.1.1.3 No exercício das atribuições profissionais, a conduta deve ser pautada por elevados padrões
de ética, baseados no respeito, honestidade, compromisso, transparência e responsabilidade.
6.1.1.4 A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais devem nortear
toda e qualquer conduta, seja no exercício das atribuições profissionais ou fora dele.
6.1.1.5 As condutas devem levar em consideração não somente o legal e o ilegal, o justo e o injusto,
o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas, principalmente, o honesto e o
desonesto, tendo como fim o bem comum.
6.1.1.6 O exercício profissional na CAIXA é equiparado à função pública, estando os agentes públi-
cos sujeitos à obediência às normas legais ou regulamentares e aos manuais normativos que regem
suas atividades.
6.1.1.7 A CAIXA disponibiliza aos seus empregados e à sociedade em geral um canal de denúncias
que possibilita o recebimento de denúncias internas e externas relativas ao descumprimento deste
Código e das demais normas internas de ética e obrigacionais.
6.1.1.8 A CAIXA assegura mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie de retaliação à
pessoa que utilize o canal de denúncias.
6.1.1.8.1 O Canal de Denúncias está disponível em período integral para receber registros, por
qualquer cidadão, pelos seguintes meios:
• Site: https://canalconfidencial.com.br/caixa/
• Internet CAIXA: www.caixa.gov.br/denuncia
• Intranet: https://caixa.sharepoint.com/sites/pessoas/SitePages/Empregado-Canais-de-
-Atendimento-Canal-de Denuncia.aspx
• Telefone: 0800 721 07 38
6.1.1.9 A corrupção prejudica a democracia e o Estado de Direito, gera instabilidade e insegurança
no ambiente de trabalho e desconfiança por parte da sociedade, além de impactar negativamente
a reputação de todos os envolvidos nos negócios da CAIXA.

34 Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
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6.1.1.10 A CAIXA está comprometida com as legislações anticorrupção nacionais e internacionais


e não tolera nenhuma forma de fraude e corrupção, seja dentro do Conglomerado CAIXA ou nas
interações com entidades públicas ou privadas.
6.1.1.11 A CAIXA orienta seus colaboradores a repudiar qualquer prática de corrupção ativa ou pas-
siva, suborno, pagamentos de propina, pagamentos de facilitação e tráfico de influências.
6.1.1.12 É assegurada a devida apuração e tratamento adequado pela área competente, das con-
dutas que porventura configurem violação aos princípios aqui estabelecidos, seja de ofício ou em
razão de denúncias, desde que disponham das informações necessárias para que seja iniciado um
processo de investigação.
6.1.1.13 A eventual sanção disciplinar ou administrativa será motivada, razoável e proporcional aos
efeitos da ação, omissão, fato ou evento praticado a que o agente tenha dado causa, e serão aplica-
das conforme previsão na legislação e normativos pertinentes.
6.1.1.13.1 A eventual infração às regras deste Código, assegurado o contraditório e a ampla
defesa, sujeita o agente público a sanções de ordem ética previstas no AE103 e de ordem dis-
ciplinar previstas no RH053, a exemplo de censura ética, advertência, suspensão e rescisão de
contrato, sem prejuízo da imputação de responsabilidade civil para reparação de danos causa-
dos à CAIXA.
6.1.1.14 As infrações aos princípios, aos valores e às condutas estipulados neste Código são apura-
das conforme preceitos do AE103 ou AE079, a depender do caso.
6.1.1.15 Os assuntos referentes à CAIXA são tratados com a imprensa, exclusivamente, por seus
Porta-vozes e Representantes Institucionais, conforme definido na PO001.
6.1.1.16 São de uso exclusivo e de propriedade da CAIXA as informações, programas, modelos, do-
cumentos e metodologias, desenvolvidos ou em uso pela instituição, mesmo que o agente público
tenha participado de seu desenvolvimento.
6.1.1.17 Empregados atuantes no mercado de valores mobiliários são considerados Pessoas Vin-
culadas à CAIXA, e devem manter atualizados os dados cadastrais na unidade de lotação, além de
observar condutas específicas acerca da sua atuação, na forma da legislação.
6.1.1.18 O prazo para o agente público se desincompatibilizar nas situações de exercício de ativida-
de paralela vedadas neste Código é de 6 meses, a partir da sua publicação, sob informe à Comissão
de Ética da CAIXA para o empregado e à Comissão de Ética Pública para o dirigente e o membro de
órgão estatutário.
6.1.1.19 É vedada a participação em licitações promovidas pela CAIXA, bem como a contratação,
pela CAIXA, de empresa cujo administrador ou sócio seja agente público.

6.1.2 PRINCÍPIOS

6.1.2.1 A atuação do Conglomerado CAIXA é estabelecida com base na ética, transparência, equi-
dade, responsabilidade corporativa, prestação de contas, responsabilidade social, ambiental e cli-
mática (OR137), compromisso com o desenvolvimento sustentável, espírito público, integridade e
inclusão.

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6.1.3 VALORES

6.1.3.1 RESPEITO
6.1.3.1.1 As pessoas na CAIXA são tratadas com ética, justiça, respeito, cortesia, igualdade e digni-
dade.
6.1.3.1.2 Exigimos de empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e represen-
tantes em órgãos estatutários de empresas de que participe, absoluto respeito pelo ser humano,
pelo bem público, pela sociedade e pelo meio ambiente.
6.1.3.1.3 Repudiamos todas as atitudes de preconceitos relacionadas à origem, gênero, raça/cor,
geração, religião, credo, classe social, incapacidade física orientação sexual/identidade de gênero e
quaisquer outras formas de discriminação.
6.1.3.1.4 Respeitamos e valorizamos nossos clientes e seus direitos de consumidores e titulares de
dados pessoais, com a prestação de informações corretas, cumprimento dos prazos acordados e
oferecimento de alternativa para satisfação de suas necessidades de negócios com a CAIXA.
6.1.3.1.5 Preservamos a dignidade de empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutá-
rios e representantes em órgãos estatutários de empresas de que participe, em qualquer circuns-
tância, com a determinação de eliminar situações de assédio, de provocação e constrangimento no
ambiente de trabalho que diminuam o seu amor-próprio e a sua integridade moral.
6.1.3.1.6 Os nossos patrocínios atentam para o respeito aos costumes, tradições e valores da socie-
dade, bem como a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade.
6.1.3.1.7 A CAIXA trata de maneira responsável e ética os dados coletados, durante todo o ciclo de
vida da informação, com respeito à privacidade, de acordo com a legislação relativa ao assunto, in-
clusive no uso e tratamento de bases de dados.
6.1.3.1.7.1 O compromisso da CAIXA com a ética e a integridade em sua atuação aplica-se em
qualquer ambiente, inclusive em canais digitais, bem como relativamente ao tratamento de
dados.

6.1.3.2 HONESTIDADE
6.1.3.2.1 No exercício profissional, os interesses da CAIXA devem estar em primeiro lugar nas men-
tes dos nossos empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e representantes em
órgãos estatutários de empresas de que participe, em detrimento de interesses pessoais, de grupos
ou de terceiros, de forma a resguardar a lisura dos seus processos e de sua imagem.
6.1.3.2.2 Gerimos com honestidade nossos negócios, os recursos da sociedade e dos fundos e pro-
gramas que administramos, oferecendo oportunidades iguais nas transações e relações de emprego.
6.1.3.2.3 Não admitimos qualquer relacionamento ou prática desleal de comportamento que resul-
te em conflito de interesses e que estejam em desacordo com o mais alto padrão ético.
6.1.3.2.4 Não admitimos práticas que fragilizem a imagem da CAIXA e comprometam o seu corpo
funcional.

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6.1.3.2.5 Condenamos atitudes que privilegiem fornecedores e prestadores de serviços, sob qual-
quer pretexto.
6.1.3.2.6 Condenamos a solicitação de doações, contribuições de bens materiais ou valores a par-
ceiros comerciais ou institucionais em nome da CAIXA, sob qualquer pretexto.

6.1.3.3 COMPROMISSO
6.1.3.3.1 Os empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e representantes em
órgãos estatutários de empresas de que participe, estão comprometidos com a uniformidade de
procedimentos e com o mais elevado padrão ético no exercício de suas atribuições profissionais.
6.1.3.3.2 Temos compromisso permanente com o cumprimento das leis, das normas e dos regula-
mentos internos e externos que regem a nossa Instituição.
6.1.3.3.3 Pautamos nosso relacionamento com clientes, fornecedores, correspondentes, coligadas,
controladas, patrocinadas, associações e entidades de classe dentro dos princípios deste Código.
6.1.3.3.4 Temos o compromisso de oferecer produtos e serviços de qualidade que atendam ou su-
perem as expectativas dos nossos clientes.
6.1.3.3.5 Prestamos orientações e informações corretas aos nossos clientes para que tomem deci-
sões conscientes em seus negócios.
6.1.3.3.6 Os produtos e serviços ofertados aos nossos clientes devem ser adequados ao seu perfil e
estar em conformidade com a legislação.
6.1.3.3.7 Preservamos o sigilo e a segurança das informações e atuamos para garantir a confiden-
cialidade, a integridade, a disponibilidade e a autenticidade das informações.
6.1.3.3.8 A ética e a integridade norteiam nossas relações com a concorrência.
6.1.3.3.8.1 Não emitimos juízo de valor sobre a concorrência ou a respeito de seus produtos e
serviços.
6.1.3.3.9 Buscamos relações de trabalho justas, a melhoria das condições de segurança e saúde do
ambiente de trabalho, preservando a qualidade de vida dos que nele convivem, com o respeito e a
valoração das pessoas em sua diversidade e dignidade, com confiança mútua, cooperação, merito-
cracia e solidariedade.
6.1.3.3.10 Incentivamos a participação voluntária em atividades sociais destinadas a resgatar a ci-
dadania do povo brasileiro.

6.1.3.4 TRANSPARÊNCIA
6.1.3.4.1 As relações da CAIXA com os segmentos da sociedade são pautadas no princípio da trans-
parência e na adoção de critérios técnicos.
6.1.3.4.2 Como empresa pública, estamos comprometidos com a prestação de contas de nossas
atividades, dos recursos por nós geridos e com a integridade dos nossos controles.

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6.1.3.4.3 Aos nossos clientes, parceiros comerciais, fornecedores e à mídia, dispensamos tratamen-
to equânime na disponibilidade de informações claras e tempestivas, por meio de fontes autoriza-
das e no estrito cumprimento dos normativos a que estamos subordinados.
6.1.3.4.4 Oferecemos aos nossos empregados oportunidades de ascensão profissional, com crité-
rios claros e do conhecimento de todos.
6.1.3.4.4.1 As formas de reconhecimento, recompensa, premiação, avaliação e investimento
em pessoas baseiam-se em critérios claros e meritocráticos, sendo vedados o favorecimento e
o nepotismo.
6.1.3.4.5 Valorizamos o processo de comunicação interna, disseminando informações relevantes
relacionadas aos negócios e às decisões corporativas.

6.1.3.5 RESPONSABILIDADE
6.1.3.5.1 Pautamos nossas ações nos preceitos e valores éticos deste Código, de forma a resguardar
a CAIXA de ações e atitudes inadequadas à sua missão e imagem, e a não prejudicar ou compro-
meter, direta ou indiretamente, empregados, colaboradores, dirigentes, membros estatutários e
representantes em órgãos estatutários de empresas de que participe.
6.1.3.5.2 Zelamos pela proteção do patrimônio público, com a adequada utilização das informa-
ções, dos bens, equipamentos e demais recursos colocados à nossa disposição para a gestão eficaz
dos nossos negócios.
6.1.3.5.3 Buscamos a preservação ambiental nos projetos dos quais participamos, por entender-
mos que a vida depende diretamente da qualidade do meio ambiente.
6.1.3.5.4 Garantimos proteção contra qualquer forma de represália ou discriminação profissional a
quem denunciar as violações a este Código, como forma de preservar os valores da CAIXA.
6.1.3.5.5 Cibersegurança
Somos responsáveis coletiva e individualmente pela cibersegurança, a fim de evitar que a institui-
ção sofra possíveis cibercrimes e venha a ter prejuízos financeiros, jurídicos e de reputação.

6.1.4 PROPÓSITO E VISÃO

6.1.4.1 Ser a instituição financeira pública que fomenta a inclusão e o desenvolvimento sustentável,
transformando a vida das pessoas.
6.1.4.2 Ser referência para a sociedade brasileira pelo relacionamento social e comercial, viabilizan-
do cidadania financeira, desenvolvimento sustentável e excelência na execução de políticas públi-
cas, com eficiência e rentabilidade.

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6.1.5 ORIENTAÇÕES SOBRE PREVENÇÃO AO CONFLITO DE INTERESSES

6.1.5.1 Conflito de interesses é a situação gerada pelo confronto entre interesses da CAIXA, inclusi-
ve quando atuando por mandato de terceiros, diverso do mandato de fundos de investimento/car-
teiras administradas, e interesse pessoal que possa comprometer o interesse coletivo ou influen-
ciar de maneira imprópria o desempenho da função pública, inclusive no trabalho voluntário em
organizações do terceiro setor, sem finalidade de lucro.
6.1.5.2 O conflito de interesses ocorre sempre que interesses pessoais influenciem ou possam in-
fluenciar, direta ou indiretamente, nas análises e decisões tomadas quando do exercício das ativi-
dades na CAIXA ou na sua representação.
6.1.5.3 O interesse pessoal é caracterizado pela vontade do agente público em obter qualquer van-
tagem, imediata ou não, material ou não, em favor próprio ou de parentes, amigos, ou outras pes-
soas com as quais tenham ou tiveram relações pessoais, comerciais ou políticas em detrimento da
CAIXA ou de terceiros quando a CAIXA atue por mandato.
6.1.5.4 A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão ao patrimônio pú-
blico, bem como do alcance efetivo do benefício, econômico ou não, pelo agente público ou por
terceiro.
6.1.5.5 Configura conflito de interesses na relação de trabalho com a CAIXA:
• divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito próprio ou de terceiros, obtida
em razão das atividades exercidas;
• exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio
com pessoa física ou jurídica, nessa incluindo o correspondente bancário e o permissionário
lotérico, que tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do qual este parti-
cipe;
• exercer, direta ou indiretamente, atividade que, em razão da sua natureza, seja incompatível
com as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade de-
senvolvida em áreas ou matérias correlatas;
• atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou intermediário de in-
teresses privados nos órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta de qual-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
• praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de que participe o agente público, seu
cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão;
• receber presente de quem tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do
qual este participe fora dos limites e condições estabelecidos no decreto 10.889/2021 e neste
Código;
• prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou
regulada pelo ente ao qual o agente público está vinculado.
6.1.5.6 Para prevenir ou impedir conflito de interesses na relação de trabalho na CAIXA ou fora
dela, o agente público se obriga a adotar, considerando-se a situação concreta, uma ou mais das
seguintes providências:

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• abdicar da atividade particular, ou solicitar a destituição da função, ou retorno ao órgão de ori-


gem, ou destituição da função de representante ou, ainda, solicitar alteração de lotação;
• alienar bens e direitos que integram o seu patrimônio e que possam dar causa ao conflito.
6.1.5.6.1 Na hipótese de conflito de interesses, inclusive em caráter específico e transitório, o
agente público deve formalizar sua ocorrência ao superior hierárquico e aos demais membros
de órgão colegiado do qual faça parte, em se tratando de decisão coletiva, abstendo-se de vo-
tar ou participar da discussão do assunto.
6.1.5.6.1.1 No caso de adoção das providências referidas no item 6.1.5.6.1 o empregado
deve informar a situação e a providência adotada, de maneira detalhada, à Comissão de
Prevenção ao Conflito de Interesses da CAIXA, por meio da caixa postal CORED02.
6.1.5.6.1.2 No caso de adoção das providências referidas no item 6.1.5.6.1 o dirigente e o
membro estatutário devem informar a situação e a providência adotada, de maneira deta-
lhada, à Comissão de Ética Pública, que opinará sobre sua suficiência.
6.1.5.7 A consulta sobre existência de conflito de interesses e o pedido de autorização para o exer-
cício de atividade privada estão normatizados no RH217.
6.1.5.7.1 Havendo dúvida sobre como prevenir ou impedir uma situação potencialmente cau-
sadora de conflito de interesses, ou sobre o exercício de alguma atividade profissional paralela,
o empregado deve efetuar consulta sobre caso concreto, por meio do SeCI, disponibilizado pela
CGU no endereço https://seci.cgu.gov.br/seci/Login/Externo.aspx?ReturnUrl=%2fseci%2fSite%
2fDefault.aspx.
6.1.5.7.2 Caso o dirigente e/ou o membro estatutário tenham dúvida sobre como prevenir ou
impedir alguma situação potencialmente causadora de conflito de interesses, ou sobre a pos-
sibilidade do exercício de alguma atividade profissional paralela, deverá formalizar consulta à
Comissão de Ética Pública, assim como informá-la sobre as medidas adotadas.
6.1.5.7.3 Caso o dirigente e/ou o membro estatutário tenham dúvida sobre possível conflito
de interesses no exercício de alguma atividade profissional paralela que pretendam exercer, ou
acerca de situação potencialmente causadora de conflito de interesses, devem efetuar consulta
sobre caso concreto diretamente à Comissão de Ética Pública.
6.1.5.8 Agente público que ocupe cargo ou função em outra instituição, não pode praticar ato em
benefício de interesse da CAIXA em prejuízo do órgão cessionário, devendo se ater às premissas
deste Código.
6.1.5.9 A atividade de magistério dispensa a consulta acerca da existência de conflito de interesses
e o pedido de autorização para o exercício de atividade paralela, excetuadas as situações que pos-
sam suscitar conflito de interesses, sendo permitida, inclusive para dirigentes, respeitadas, além do
disposto na Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013:
• a compatibilidade de horários;
• as normas atinentes à acumulação de cargos e empregos públicos;
• a legislação específica aplicável ao regime jurídico do cargo ou emprego público ocupado.
6.1.5.9.1 O exercício de atividades de magistério para público específico que possa ter inte-
resse em decisão do agente público, da instituição ou do colegiado do qual participe, deve ser
precedido de consulta acerca da existência de conflito de interesses, conforme RH217.

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6.1.5.9.2 Entende-se por atividade de magistério, ainda que exercida de forma esporádica ou
não remunerada:
• docência em instituições de ensino, de pesquisa ou de ciência e tecnologia, públicas ou pri-
vadas, nacionais ou estrangeiras;
• capacitação ou treinamento, mediante cursos, palestras ou conferências para público espe-
cífico ou não;
• outras correlatas, tais como funções de coordenador, monitor, avaliador, integrante de
banca examinadora de discente, redator ou debatedor.
6.1.5.9.3 O Presidente, os Vice-Presidentes e Diretores da CAIXA têm a sua atuação em Conse-
lhos e Comitês de empresas participadas, direta ou indiretamente, coligadas, investidas e/ou
na FUNCEF, limitada aos preceitos e diretrizes constantes do Estatuto da CAIXA.
6.1.5.9.3.1 O exercício de atividades em outras sociedades nas quais a CAIXA não detenha
participação, incluídas nesse conceito investidas do FI-FGTS e da FUNCEF, por parte do Pre-
sidente, Vice-Presidentes e Diretores da CAIXA, depende de prévia e expressa autorização
do Conselho de Administração, respeitada a regulamentação vigente e o Estatuto da CAIXA.

6.1.6 CONDUTAS A SEREM OBSERVADAS E CONDUTAS VEDADAS

6.1.6.1 As condutas elencadas nos subitens seguintes não são taxativas, devendo ser levados em
consideração, para configuração de episódios de descumprimento do comportamento ou da con-
duta indicada, os elementos que caracterizam cada tipologia.

6.1.6.2 ASSÉDIO MORAL E SEXUAL


6.1.6.2.1 As condutas caracterizadoras de assédio moral e sexual não são toleradas pela CAIXA, e
para prevenção à sua materialização o agente público deve praticar condutas tais como:
a) Não ameaçar subordinados de demissão, transferência ou destituição de função gratificada;
b) Não impor condições e regras de trabalho personalizadas, diferentes das que são estabelecidas
para outros empregados e daquelas instituídas pela CAIXA, com o objetivo de prejudicar em-
pregado, dirigente ou colaborador;
c) Não dar causa, não incentivar, se opor e denunciar quaisquer situações de humilhação, intimi-
dação, discriminação, exposição ao ridículo, hostilidade ou constrangimento na presença de
outros ou de forma privada;
d) Não se utilizar de palavras ou gestos grosseiros e inadequados, comentários maliciosos, insul-
tos preconceituosos ou discriminatórios, apelidos pejorativos, bullying e piadas inoportunas;
e) Não se comportar de forma a desestabilizar emocional e profissionalmente qualquer pessoa,
utilizando-se de acusações, ofensas, gritos e/ou humilhações públicas;
f) Não segregar empregado ou colaborador no ambiente de trabalho, mediante isolamento físico,
para que não haja comunicação com os demais colegas e/ou omitir-se de adotar comunicação
direta;

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g) Não impor punições vexatórias a empregados e colaboradores;


h) Não retirar a autonomia do empregado e/ou colaborador reiteradamente, contrariando as
competências e tarefas normativamente atribuídas ao exercício do cargo ou função;
i) Não sobrecarregar o empregado e/ou colaborador com novas tarefas ou retirar o trabalho que
habitualmente competia a ele executar, sem justo motivo institucional comunicado, provocan-
do a sensação de inutilidade e de incompetência;
j) Não ironizar e/ou expor de forma vexatória as opiniões do empregado e/ou colaborador;
k) Não delegar tarefas impossíveis de serem cumpridas ou determinar prazos manifestamente
incompatíveis para a finalização de um trabalho;
l) Não omitir ou manipular informações necessárias, de forma recorrente, deixando de repassá-
-las com a devida antecedência para que o colaborador realize suas atividades;
m) Não realizar vigilância excessiva sobre os empregados e/ou colaboradores em seu ambiente de
trabalho;
n) Não limitar o número de vezes que o empregado e/ou colaborador vai ao banheiro e/ou moni-
torar o tempo que lá ele permanece;
o) Não instigar o controle de um empregado e/ou colaborador por outro, criando uma vigilância
fora do contexto da estrutura hierárquica;
p) Não pressionar o empregado e/ou colaborador para que não exerçam seus direitos trabalhis-
tas;
q) Não interferir em processos de seleção visando dificultar ou impedir a promoção do emprega-
do e/ou colaborador por motivos pessoais, perseguição ou discriminação.
6.1.6.2.2 É inaceitável a prática pelo agente público de condutas associadas a Assédio Sexual, no
âmbito das relações de trabalho, com o intuito de obter favores ou vantagens sexuais, e para preve-
nir a sua ocorrência o agente público deve observar a PO073 e adotar condutas tais como:
a) Não se utilizar de gestos ou palavras, escritas ou faladas, de caráter sexual ou de duplo sentido;
b) Não interagir por meio de conversas indesejáveis e ofensivas sobre temas íntimos;
c) Não realizar e não insistir em convites amorosos indesejados;
d) Não enviar mensagens, por qualquer meio, ou até mesmo realizar ligações, como meio de inti-
midação, com teor sexual, para pessoa com quem mantém apenas relação de trabalho;
e) Não promover perseguição e perturbação na internet, nas redes sociais, inclusive nas ruas;
f) Não capturar, não vazar e não ameaçar vazar imagens íntimas propositalmente, de forma a ob-
ter favores ou vantagens sexuais;
g) Não tecer comentários sobre atributos físicos e vestimentas, de forma a constranger, diminuir
ou intimidar;
h) Não fazer referências à sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero ou corpo de qual-
quer pessoa, bem como não fazer observações obscenas, brincadeiras, provocações sexuais ou
convites insistentes e/ou impertinentes e não desejados;

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i) Não abordar de forma grosseira e ofensiva qualquer pessoa com propostas inadequadas e de
cunho sexista ;
j) Não oferecer vantagem de qualquer natureza, ou, ainda, mediante chantagem ou ameaça de
destituição de função, transferência de unidade, ou qualquer ato com efeito prejudicial à ativi-
dade laboral de empregado ou colaborador, de forma a obter favores ou vantagens sexuais;
k) Não promover contatos físicos inadequados ou indesejados em empregado, colaborador ou
cliente ;
l) Não constranger empregado, colaborador ou cliente, mediante convite, abordagem e/ou insi-
nuação, explícitas ou veladas, de cunho sexual;
m) Não adotar comportamento de cunho sexual, com efeito de desestabilizar a atuação laboral de
empregado, colaborador ou cliente, mediante situação ofensiva, de intimidação e/ou humilha-
ção.

6.1.6.3 ATIVIDADES PROFISSIONAIS PARALELAS AO EMPREGO NA CAIXA


6.1.6.3.1 Para a prevenção à ocorrência de situações de conflito de interesses no exercício de ativi-
dade paralela ao emprego na CAIXA, o agente público deve adotar condutas tais como:
a) Não prestar assessoria/consultoria ou outro tipo de serviços a pessoa jurídica ou física que pos-
sa se beneficiar dos conhecimentos internos e específicos adquiridos em qualquer área da CAI-
XA, exceto nos casos autorizados pela CAIXA;
b) Não estabelecer relações comerciais ou profissionais, diretamente ou por terceiros, com clien-
te da CAIXA, seus controladores e empresas do mesmo grupo econômico, quando o agente
público tenha poder de decisão sobre os interesses do cliente no relacionamento com a CAIXA;
c) Não exercer atividade que viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante do cargo de
dirigente, ouvidor e corregedor, que exige a precedência das atribuições do cargo ou função
gratificada sobre quaisquer outras atividades;
d) Não exercer atividade paralela ao emprego na CAIXA como: ▪ consultor financeiro, independen-
temente da função ou unidade de lotação, incluindo-se nesse conceito agente de investimen-
tos, corretor de bolsa de valores, analista de mercado, coach financeiro e demais profissionais
de orientação a investimentos financeiros; ▪ corretor de seguros, independentemente da fun-
ção ou unidade de lotação; ▪ corretor de imóveis, independentemente da função ou unidade
de lotação; ▪ sócio, empregado, consultor ou administrador de construtora/incorporadora, in-
dependentemente do cargo, carreira profissional, função ou unidade de lotação.
e) Não negociar por conta própria ou alheia, produtos ou serviços que constituam ato de concor-
rência com a CAIXA ou com o Conglomerado;
f) Não manter relação de emprego ou de prestação de serviço de engenharia/arquitetura em or-
ganização bancária ou em empresa concorrente da CAIXA;
g) Não exercer advocacia contra a CAIXA e seu conglomerado, contra a FUNCEF ou contra a União,
suas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes, bem como em ações envolvendo
a CAIXA e seus interesses, exceto quando decorrente de sua atribuição na condição de advoga-
do CAIXA;

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h) Não ser sócio ou atuar em sociedade de advocacia que patrocinem ações envolvendo a CAIXA;
i) Não manter relação de emprego ou prestação de serviço de advocacia em organização bancá-
ria ou em empresa concorrente da CAIXA;
j) Não exercer advocacia ou prestar consultoria em favor de empregados que estejam responden-
do processos disciplinares ou éticos, relativamente a tais procedimentos ou processos.
6.1.6.3.2 É vedado aos ocupantes/titulares de cargo de direção e de função de qualquer nível ge-
rencial na CAIXA o exercício da advocacia privada.
6.1.6.3.2.1 Os ocupantes de cargos de direção e de chefia das Unidades Jurídicas da CAIXA es-
tão autorizados exclusivamente para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam
na CAIXA durante o período da investidura, bem como em causa própria ou em favor cônjuge
ou de parentes até 3º grau, em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, des-
de que a atuação não represente atividade profissional regular.

6.1.6.4 COMPORTAMENTO EM REDES SOCIAIS, CRÍTICAS À REPUTAÇÃO DE


EMPREGADO E À IMAGEM DA CAIXA E ATENDIMENTO DE INTERESSE PARTICULAR
6.1.6.4.1 Para a prevenção à materialização de situações de danos à imagem e/ou reputação da
CAIXA, bem como de outra natureza, o agente público deve observar condutas tais como:
a) Não publicar, nas redes sociais, qualquer assunto ofensivo à imagem da CAIXA e à imagem/re-
putação de seus agentes públicos;
b) Não utilizar, nas redes sociais, as logomarcas da CAIXA;
c) Não comentar/compartilhar nas redes sociais quaisquer assuntos de caráter restrito ou sigiloso
relativo à CAIXA;
d) Não publicar/compartilhar nas redes sociais rotinas de trabalho na CAIXA e do funcionamento
das unidades da CAIXA;
e) Não publicar nas redes sociais fotos e imagens do interior das unidades da CAIXA que fragilizem
a segurança e exponham informações;
f) Não se manifestar em nome da CAIXA nas redes sociais, salvo nas condições previstas em nor-
ma;
g) Utilizar os canais corporativos adequados para suas eventuais manifestações, de maneira cor-
dial e fundamentada;
h) Não apresentar comportamento que prejudique o ambiente de trabalho e a formulação de crí-
ticas à reputação de colegas, superiores e à CAIXA;
i) Não desviar colega, prestador de serviço, estagiário ou jovem aprendiz para atendimento a in-
teresse particular;
j) Não exercer atividade paralela que provoque dúvida a respeito da integridade, moralidade, cla-
reza de posições e decoro do empregado ou dirigente;

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k) Não registrar denúncia e/ou fato irregular contra alguém que sabe inocente ou cujo fato seja
inexistente;
l) Não adotar conduta discriminatória relacionada à origem, raça, gênero, cor, idade, religião, cre-
do, classe social ou incapacidade física.

6.1.6.5 CONDUTAS EM PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS


E ATIVIDADES CUSTEADAS POR TERCEIROS E PELA CAIXA
6.1.6.5.1 A participação de agente público em atividades externas, tais como seminários, congres-
sos, palestras, visitas, reuniões técnicas e eventos semelhantes, no Brasil ou no exterior, de interes-
se institucional, deve observar os seguintes requisitos:
a) Convite para a participação em eventos organizados ou promovidos por instituição privada
deve ser encaminhado à Presidência da CAIXA ou a outra instância ou autoridade por ela desig-
nada, que indica, em caso de aceitação, o representante adequado, tendo em vista a natureza e
os assuntos a serem tratados no evento;
b) As despesas relacionadas à participação de agente público tais como transporte, estada, ali-
mentação e taxa de inscrição em eventos que guardem relação com as atribuições de seu car-
go, emprego ou função, promovidos por instituição privada, devem ser custeadas pela CAIXA;
c) Excepcionalmente, poderão ser custeadas as despesas de transporte, estada e alimentação,
bem como as taxas de inscrição, no todo ou em parte, se o patrocinador do evento for:
• organismo internacional do qual o Brasil faça parte;
• governo estrangeiro e suas instituições;
• instituição acadêmica, científica e cultural;
• empresa, entidade ou associação de classe que não mantenha ou pretenda manter relação
de negócio e que não possa ser beneficiária de decisão da qual participe o agente público,
seja individualmente, seja em caráter coletivo;
• por pessoa física ou jurídica com a qual a CAIXA mantenha relação de negócio, desde que
decorra da natureza de obrigação contratual previamente assumida perante a CAIXA.
d) O agente público não poderá receber remuneração em decorrência do exercício de representa-
ção institucional;
e) Quando o assunto a ser tratado estiver relacionado com suas funções institucionais, o empre-
gado chefe de unidade, o dirigente e o membro estatutário não podem aceitar convites para
jantares, almoços, cafés da manhã e atividades de natureza similar custeados por terceiros.
6.1.6.5.2 Quando em representação externa, o agente público deve pautar a realização das ativida-
des do cargo pelo atendimento da missão e dos interesses institucionais.
6.1.6.5.3 As atividades externas de interesse pessoal não podem ser exercidas em prejuízo das ati-
vidades desempenhadas na CAIXA, exceto quando expressamente autorizadas pelo gestor.
6.1.6.5.4 Nas participações em eventos de interesse pessoal, o agente público deve se abster de
comentar fatos ou emitir opiniões de assuntos relacionados à CAIXA.

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6.1.6.5.5 Quando se tratar de evento de interesse pessoal, a participação do agente público em cur-
sos, seminários, congressos ou eventos semelhantes, deve ser custeada pelo próprio interessado,
desde que a atividade não conflite com o exercício do cargo ou função de confiança, nem se valha
de informações privilegiadas, sendo, nestes casos, necessária a comunicação ao gestor, na forma
deste Código e observado o RH217, quando do recebimento do convite pelo empregado, e à Comis-
são de Ética Pública pelo dirigente e pelo membro estatutário.
6.1.6.5.5.1 Excepcionalmente, as despesas de remuneração, transporte e estada poderão ser
custeadas pelo patrocinador, desde que:
• o empregado comunique à Comissão de Prevenção ao Conflito de Interesses da CAIXA, na
forma deste Código e do RH217, e o dirigente e o membro estatutário comuniquem à Co-
missão de Ética Pública, antes do evento, as condições aplicáveis à sua participação, inclusi-
ve o valor da remuneração, se for o caso;
• o promotor do evento não tenha interesse em decisão que possa ser tomada pelo agente
público, seja individualmente, seja de caráter coletivo;
• não haja conflito de interesses com o exercício do cargo ou da função;
• não se trate de instituição que mantenha relacionamento ou interesse comercial com a
CAIXA;
• não se valha de informações privilegiadas;
6.1.6.5.6 A publicidade da remuneração e das despesas de transporte, alimentação e estada será
assegurada mediante registro do compromisso na respectiva agenda de trabalho do dirigente com
explicitação das condições de sua participação.
6.1.6.5.6.1 Os dados sobre despesas com “Diárias, Hotel e Passagens” de eventos externos e
internos, realizados no Brasil e no exterior e custeados pela CAIXA, são publicados no Portal da
Transparência do Poder Executivo Federal.

6.1.6.6 INVESTIMENTOS PESSOAIS


6.1.6.6.1 Para a prevenção à ocorrência de situações de conflito de interesses e o uso de informa-
ções privilegiadas, o agente público não deve realizar investimentos pessoais cuja remuneração ou
cotação possa ser afetada por decisão ou fato em que tenha tido participação ou conhecimento
ou, ainda, que tenha obtido informação privilegiada, no exercício de suas atribuições na CAIXA, no
conglomerado e na FUNCEF.
6.1.6.6.1.1 As aplicações em produtos bancários ou financeiros com padrões e normas pré-
-estabelecidas e ofertadas ao público em geral podem ser mantidas pelo agente público.
6.1.6.6.2 Ao agente público caracterizado como “Pessoa Vinculada”, na forma da legislação em vi-
gor, não é permitida a realização de operação por intermédio de outras instituições para os merca-
dos da B3 em que a CAIXA ofereça serviço de intermediação e distribuição de valores mobiliários,
somente estando autorizadas a realizar suas operações por intermédio da CAIXA.
6.1.6.6.2.1 O agente público caracterizado como “Pessoa Vinculada” deve manter atualiza-
dos os dados cadastrais, além de ter conta de custódia ativa na CAIXA (Home Broker CAIXA),
bem como quando do cadastramento de eventuais familiares, na forma da regulamentação
vigente.

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6.1.6.7 NEPOTISMO
6.1.6.7.1 Para prevenção à ocorrência de situações caracterizadoras da prática de nepotismo o
agente público deve adotar condutas tais como:
a) Não nomear para o exercício de Função Gratificada, empregado familiar ou ter sob sua subordina-
ção direta ou indireta, inclusive na eventualidade, familiar com ou sem função gratificada;
b) Não nomear familiar de terceiros para o exercício de função gratificada, mediante o ajuste de
designações recíprocas, inclusive nas empresas subsidiárias;
6.1.6.7.1.1 É considerado familiar o cônjuge, o companheiro ou o parente, em linha reta ou co-
lateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau:
• filho, enteado, neto, bisneto, pais, avôs e bisavôs;
• irmão, tio e sobrinho;
• irmão do cônjuge ou do companheiro;
• sogros, genro e nora;
• cônjuge de: irmão, tio, sobrinho, neto e bisneto.

6.1.6.8 OBSERVÂNCIA AOS PRECEITOS


DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-EMPRESARIAL
6.1.6.8.1 O agente público deve atuar em observância aos preceitos de responsabilidade sócio em-
presarial, não contratando fornecedores e/ou não estabelecendo parcerias com entidades ou em-
presas que pratiquem trabalho infantil, escravo ou análogo, que adotem práticas contrárias à Carta
Internacional dos Direitos Humanos, assim como Estatuto do Idoso, Estatuto da Criança e do Ado-
lescente e ao Estatuto da Pessoa com Deficiência.

6.1.6.9 OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


6.1.6.9.1 Com o propósito de respeito aos princípios da administração pública, o agente público
deve adotar condutas tais como:
a) Não praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na
regra de competência;
b) Não retardar ou não deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
c) Não revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva per-
manecer em segredo;
d) Dar publicidade aos atos oficiais, quando não protegidos por sigilo, ou outra forma de restrição
de acesso à informação;
e) Não frustrar a licitude de concurso público;
f) Prestar contas, quando esteja obrigado a fazê-lo;
g) Não consumir bebidas alcoólicas ou substâncias entorpecentes em unidades, instalações ou
dependências da CAIXA;

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h) Não portar quaisquer espécies de armas em unidades, instalações ou dependências da CAIXA,


exceto quando inerente à sua atividade e autorizado em legislação específica.

6.1.6.10 OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS


6.1.6.10.1 Os agentes públicos que desempenhem funções ligadas à intermediação de ofertas pú-
blicas de distribuição de valores mobiliários deverão adotar condutas tais como:
a) Tomar todas as cautelas e agir com elevados padrões de diligência, respondendo pela falta de
diligência ou omissão, para assegurar que as informações prestadas sejam verdadeiras, consis-
tentes, corretas e suficientes, permitindo aos investidores uma tomada de decisão fundamen-
tada a respeito da oferta, observadas as regras previstas na norma que dispõe sobre ofertas
públicas de distribuição de valores mobiliários;
b) Divulgar publicamente as ofertas nos termos estabelecidos na norma que dispõe sobre a oferta
pública de distribuição primária ou secundária de valores mobiliários ofertados nos mercados
regulamentados;
c) Divulgar eventuais conflitos de interesse aos investidores;
d) Certificar-se de que o investimento é adequado ao nível de sofisticação e ao perfil de risco dos
investidores, nos termos da regulamentação específica da CVM sobre o tema;
e) Zelar para que as formas de comunicação, publicidade e a linguagem utilizada na sua interlo-
cução com os investidores sejam adequadas com a complexidade da oferta e com o nível de
sofisticação dos investidores;
f) Manter atualizada, em perfeita ordem, na forma e prazos estabelecidos em suas regras inter-
nas e na regulação, toda a documentação relativa às operações de intermediação de ofertas
públicas de valores mobiliários;
g) Zelar para que as informações divulgadas e a alocação da oferta não privilegiem partes vincula-
das, em detrimento de partes não vinculadas;
h) Não assegurar e não sugerir a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de risco
para o investidor;
i) Não fazer projeções de rentabilidade em desacordo com os documentos da oferta.

6.1.6.11 PREVENÇÃO À CORRUPÇÃO, AO SUBORNO E AO ASSÉDIO


6.1.6.11.1 Para prevenir a materialização de atos caracterizados como corrupção, suborno ou assé-
dio, o agente público deve adotar condutas tais como:
a) Pautar o relacionamento com órgãos, entidades e empresas na observação dos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, assegurando ampla transpa-
rência de informação à sociedade;
b) Denunciar, por meio dos canais disponibilizados pela CAIXA, quaisquer atos contrários ao inte-
resse público e a este Código, comportamentos que revelem indícios de corrupção e situações
irregulares que favoreçam conflito de interesses, praticados por superiores hierárquicos, cole-
gas, contratados ou prestadores de serviços;

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c) Não atrair clientes, ou manter os atuais, mediante o oferecimento de benefícios não permiti-
dos pelos normativos vigentes;
d) Não adotar práticas de corrupção e lavagem de dinheiro;
e) Não oferecer ou receber suborno, inclusive em relacionamentos internacionais, mesmo que a
prática não seja vedada no país onde se desenvolve o relacionamento comercial;
f) Não pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratifica-
ção, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qual-
quer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro empregador para o
mesmo fim;
g) Não receber transporte, hospedagem, refeições ou quaisquer favores de particulares, inclusive
de clientes, fornecedores ou prestadores de serviços, de forma a permitir situação que possa
gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade;
h) Não praticar qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coa-
ção ou ameaça.

6.1.6.12 PREVENÇÃO AO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO


6.1.6.12.1 Para fins de prevenção à ocorrência de situações de enriquecimento ilícito, o agente pú-
blico deve observar condutas tais como:
a) Não receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vanta-
gem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente
de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público;
b) Não perceber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para:
• facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de ser-
viços pelas empresas do conglomerado CAIXA;
• facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por
ente estatal;
• intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;
• tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contra-
bando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vanta-
gem;
• fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro
serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou
bens fornecidos a qualquer das empresas do conglomerado CAIXA;
• omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
• qualquer outro fim ilícito ou não autorizado.
c) Não utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das empresas do conglomera-
do CAIXA, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados
por essas empresas;

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d) Não adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pú-
blica, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à
renda do agente público;
e) Não incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio, bens, rendas, verbas ou valores inte-
grantes do acervo patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA;
f) Não usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimo-
nial das empresas do conglomerado CAIXA.

6.1.6.13 PREVENÇÃO À MATERIALIZAÇÃO DE PREJUÍZO AO ERÁRIO


6.1.6.13.1 Para prevenir a ocorrência de situações que geram prejuízo ao erário, o agente público
deve adotar as seguintes condutas:
a) Não facilitar ou concorrer por qualquer forma para:
• a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, ver-
bas ou valores integrantes do acervo patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA;
• a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, ver-
bas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas me-
diante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamenta-
res aplicáveis à espécie.
b) Não permitir ou concorrer para:
• que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das empresas do conglomerado CAIXA, sem a observância das formali-
dades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.
• que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos trans-
feridos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias,
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.
c) Não doar, à pessoa física ou jurídica, bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistenciais, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
empresas do conglomerado CAIXA, sem observância das formalidades legais e regulamentares
aplicáveis à espécie;
d) Não permitir ou facilitar fora das hipóteses legais a alienação, permuta ou locação de bem inte-
grante do patrimônio de qualquer das empresas do conglomerado CAIXA, ou ainda a prestação
de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
e) Não permitir a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mer-
cado;
f) Não realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou acei-
tar garantia insuficiente ou inidônea;
g) Não conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;

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h) Não frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parce-
rias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
i) Não ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;
j) Não agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito
à conservação do patrimônio público ou na celebração, fiscalização e análise das prestações de
contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;
k) Não liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qual-
quer forma para a sua aplicação irregular;
l) Não permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
m) Não permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos
ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das empresas
do conglomerado CAIXA, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;
n) Não celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços pú-
blicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
o) Não celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamen-
tária, ou sem observar as formalidades previstas na lei;
p) Não celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.

6.1.6.14 PREVENÇÃO À PRÁTICA DE ATOS LESIVOS


À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL OU ESTRANGEIRA
6.1.6.14.1 Para prevenção à ocorrência de situações que configurem prática de atos lesivos à adminis-
tra pública nacional ou estrangeira, o agente público deve observar as seguintes condutas:
a) Não prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público,
ou a terceira pessoa a ele relacionada;
b) Não financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos
previstos em lei;
c) Não dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públi-
cos, ou intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de
fiscalização do sistema financeiro nacional;
d) Não frustrar ou não fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o ca-
ráter competitivo de procedimento licitatório público;
e) Não impedir, não perturbar ou não fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licita-
tório público;
f) Não afastar ou não procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem
de qualquer tipo;
g) Não fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;

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h) Não criar, por qualquer modo, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar
contrato administrativo;
i) Não obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorro-
gações de contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato
convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais;
j) Não manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a
administração pública.

6.1.6.15 RECEBIMENTO E OFERTA DE BRINDES E PRESENTES


6.1.6.15.1 O agente público, em razão de suas atribuições, não deve aceitar favores, comissões,
gratificações, vantagens financeiras ou materiais, doações, brindes ou presentes de qualquer na-
tureza, para si ou para outras pessoas, oferecidos de forma direta ou indireta, resultantes ou não
de relacionamentos com a CAIXA e que possam influenciar em decisões, facilitação de negócios,
beneficiamento de terceiros, ou causar prejuízo de imagem à Empresa, de modo que, para prevenir
a materialização de situações caracterizadoras de desvios éticos ou a configuração de conduta pro-
fissional e pessoal inadequadas, deve pautar sua atuação na observância de condutas tais como:
a) Não aceitar convites de caráter pessoal para viagens, hospedagens e outras atrações, nem para
si nem para cônjuge, companheiro ou parente por consanguinidade ou afinidade, em linha reta
ou colateral até terceiro grau;
b) Não aceitar presente de qualquer valor, em razão do cargo ou função que ocupa o agente públi-
co, quando o ofertante for pessoa, empresa ou entidade que:
• tenha interesse pessoal, profissional ou empresarial em decisão que possa ser tomada pelo
agente público, individualmente ou de caráter coletivo, em razão do cargo;
• seja ofertado de pessoa física ou jurídica que tenha relacionamento com a CAIXA e que
possa representar relacionamento impróprio ou prejuízo financeiro ou de reputação para
a CAIXA.
• mantenha relação comercial com a CAIXA e suas subsidiárias;
• represente interesse de terceiros, como procurador ou preposto de pessoas, empresas ou
entidades compreendidas nos itens anteriores.
c) Não aceitar convites ou ingressos para atividades de entretenimento como shows, peças tea-
trais, espetáculos, apresentações e atividades esportivas;
6.1.6.15.2 Não se considera presente, para os fins deste Código de Conduta, aquilo que:
a) represente prêmio em dinheiro ou bens concedidos por entidade acadêmica, científica ou cul-
tural, em reconhecimento por sua contribuição de caráter intelectual;
b) represente prêmio concedido em razão de concurso de acesso público a trabalho de natureza
acadêmica, científica, tecnológica ou cultural;
c) seja bolsa de estudo vinculada ao aperfeiçoamento profissional ou técnico, desde que o patro-
cinador não tenha interesse em decisão que possa ser tomada pelo agente público, em razão
do cargo que ocupa;

52 Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
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d) seja prêmio recebido da CAIXA ou de suas empresas coligadas, subsidiárias e parceiras como
reconhecimento ao desempenho para obtenção de resultados empresariais, desde que previa-
mente estabelecido em campanha de incentivo e que seja aprovada nas instâncias decisórias
da CAIXA.
6.1.6.15.3 Os itens ou as despesas de transporte, alimentação, hospedagem, cursos, seminários,
congressos, eventos, feiras ou atividades de entretenimento, concedidos por agente privado a
agente público, em decorrência de suas atribuições, porém não relacionados ao exercício de repre-
sentação institucional, são considerados presentes.
6.1.6.15.4 É permitida a aceitação de presentes que sejam recebidos em situação protocolar, quan-
do o agente público estiver representando a CAIXA e quando houver reciprocidade.
6.1.6.15.5 Para o presente que, por qualquer razão, não possa ser recusado ou devolvido sem ônus
para o agente público, devem ser adotadas uma das seguintes providências, em razão da natureza
do bem:
a) tratando-se de bem de valor histórico, cultural ou artístico, incorporar ao acervo cultural da
CAIXA;
b) encaminhar ao acervo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN para
que este lhe dê o destino legal adequado;
c) nos demais casos, promover a sua doação a entidade de caráter assistencial ou filantrópico,
reconhecida como de utilidade pública, desde que, tratando-se de bem não perecível, e que se
comprometa a aplicar o bem ou o produto da sua alienação em suas atividades fim;
d) no caso de bem perecível, esse também deve ser doado a entidade de caráter assistencial ou
filantrópico, reconhecida como de utilidade pública, para consumo por aquela.
6.1.6.15.6 A incorporação de presente ao patrimônio histórico-cultural e artístico, assim como a
sua doação a entidade de caráter assistencial ou filantrópico, reconhecida como de utilidade públi-
ca, deve constar na página de Acesso à Informação, para fins de eventual controle.
6.1.6.15.7 É permitido ao agente público aceitar convites ou ingressos para atividades de entreteni-
mento como shows, peças teatrais, espetáculos, apresentações e atividades esportivas quando se
encontre no exercício de representação institucional, hipótese em que fica vedada a transferência
dos convites ou ingressos a terceiros alheios à instituição.
6.1.6.15.8 É permitido ao agente público aceitar convites ou ingressos para atividades de entreteni-
mento como shows, peças teatrais, espetáculos, apresentações e atividades esportivas quando os
convites ou ingressos forem originários de promoções ou sorteios de acesso público, ou de relação
consumerista privada, sem vinculação, em qualquer caso, com a condição de agente público, bem
como quando os convites ou ingressos forem distribuídos por órgão ou entidade pública de qual-
quer esfera de poder, desde que observado limite de valor fixado pela Comissão de Ética Pública.
6.1.6.15.9 É permitido ao agente público aceitar convites ou ingressos para atividades de entrete-
nimento, como shows, apresentações, festas, desfiles carnavalescos e atividades esportivas promo-
vidos pela CAIXA ou decorrente de contrapartida de patrocínio pela CAIXA, desde que a unidade
promotora do evento defina os critérios de distribuição dos convites e ingressos entre os agentes
públicos.

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6.1.6.15.10 Os Dirigentes da CAIXA deverão divulgar em suas agendas as informações relativas à


participação em eventos e atividades custeados por terceiros.
6.1.6.15.11 É permitida a aceitação de brindes, como tal entendidos aqueles que:
a) não tenham valor comercial;
b) sejam distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, propaganda, divul-
gação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas de caráter históri-
co ou cultural, e que não ultrapassem o valor definido em Resolução da CEP ou outra autorida-
de;
c) cuja periodicidade de distribuição não seja inferior a 12 meses;
d) que sejam de caráter geral e, portanto, não se destinem a agraciar exclusivamente determina-
do agente público.
6.1.6.15.12 Havendo dúvida se o brinde tem valor comercial, o agente público pode realizar sua
avaliação junto ao comércio, podendo ainda, se julgar conveniente, dar-lhe desde logo o tratamen-
to de presente.

6.1.6.16 RELACIONAMENTO COM CLIENTES, FORNECEDORES, PARCEIROS, UNIDA-


DES DO CONGLOMERADO CAIXA, AGENTES PÚBLICOS DE ÓRGÃOS/ENTIDADES E
DEMAIS INSTITUIÇÕES
6.1.6.16.1 Os relacionamentos com clientes, fornecedores, parceiros, unidades do conglomerado
CAIXA, agentes públicos de órgãos/entidades e demais instituições, são pautados pelos valores éti-
cos e socialmente responsáveis, estabelecidos pela CAIXA, em especial neste Código, evitando-se
situações que possam caracterizar conflito de interesses, razão pela qual o agente público deve
adotar condutas tais como:
a) Não realizar contatos profissionais com representantes de fornecedores, prestadores de servi-
ço, entidades e empresas patrocinadas ou clientes, sem estar acompanhado por um segundo
empregado, indicado pela chefia imediata e, quando dirigente e membro estatutário, por outro
dirigente, membro estatutário ou empregado;
b) Não realizar reuniões com clientes que envolvam áreas da matriz e filiais sem a presença de
representantes de outras áreas, quando se tratar de cliente ou negócio sob gestão/mandato de
outra área;
c) Registrar em ata os contatos profissionais com representantes de fornecedores, prestadores de
serviço, entidades e empresas patrocinadas ou clientes;
d) Não realizar reuniões com agentes públicos de órgãos e entidades ou pessoas expostas politi-
camente sem estar acompanhado de outro empregado, dirigente ou integrante de órgão esta-
tutário, devendo constar em ata a eventual hipótese de o anfitrião, agente público de órgão e
entidade, ou pessoa exposta politicamente, não permitir a presença de todos os representan-
tes da CAIXA;
e) Atuar com isenção e profissionalismo, rejeitando qualquer tentativa ou mesmo aparência de
favorecimento no trato com fornecedores;

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f) Comunicar-se com fornecedores de forma clara e objetiva ou utilizando os meios e canais cor-
porativos disponíveis;
g) Manter relacionamento cooperativo e equilibrado com clientes e usuários;
h) Oferecer tratamento justo e equitativo a clientes e usuários;
i) Prestar informações a clientes e usuários de forma clara e precisa, a respeito de produtos e ser-
viços e do tratamento de dados pessoais realizado pela CAIXA;
j) Atender demandas de clientes e usuários de forma tempestiva;
k) Primar pela inexistência de barreiras, critérios ou procedimentos desarrazoados para a extin-
ção da relação contratual relativa a produtos e serviços, bem como para a transferência de
relacionamento para outra instituição, a pedido do cliente.

6.1.6.17 USO, DIVULGAÇÃO E SIGILO DE INFORMAÇÕES


6.1.6.17.1 Para o adequado uso e divulgação de informações do Conglomerado CAIXA, bem como
a preservação do seu sigilo, sem prejuízo da observância da PO061, o agente público deve observar
condutas tais como:
a) Guardar sigilo sobre dados, inclusive dados pessoais e dados pessoais sensíveis, informações e
operações da CAIXA, de seus clientes, de empresas coligadas ou subsidiárias, de prestadores de
serviços e de fornecedores, ou de empresa/entidade que participe enquanto representante da
CAIXA em fundos, em órgãos estatutários, conselhos ou comitês, que ainda não sejam públicas
e das quais tenha conhecimento em razão de sua atuação profissional, observadas as hipóteses
legais ou de determinação judicial, antecedido de orientação da área jurídica da CAIXA;
b) Obter prévia e expressa autorização da área gestora do produto ou serviço para publicação de
estudos, pareceres, pesquisas e demais trabalhos de caráter particular, que envolvam assuntos
e/ou informações restritos ou sigilosos;
c) Comunicar qualquer informação privilegiada que possa vir a se tornar ato ou fato relevante ao
Vice-Presidente responsável pela comunicação com o mercado e a sociedade em geral, obser-
vando o mandato dessa Vice Presidência e a eventual segregação de atividades;
d) Não fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço ou en-
quanto representante em fundos, órgãos estatutários, conselhos e comitês, em benefício pró-
prio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
e) Não veicular junto à imprensa ou disponibilizar a terceiros informação sigilosa, privilegiada, de
ato ou fato relevante concernente à CAIXA, que ainda não tenha sido divulgado de maneira ofi-
cial pelos canais da Instituição caracterizando o vazamento da informação;
f) Não disseminar informações difamatórias, bem como não transmitir à opinião pública dúvida a
respeito da integridade, moralidade, clareza de posições e decoro do empregado e dirigente;
g) Não permitir o acesso de terceiros a sistemas de informações, operações e bancos de dados de
responsabilidade e/ou propriedade da CAIXA, salvo se expressamente autorizado pelo gestor
competente;

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h) Não utilizar informações privilegiadas a que tenha acesso para obter vantagens para si ou para
terceiros, em especial nas negociações dos títulos de valores mobiliários emitidos pela CAIXA,
sendo responsável por evitar, no âmbito da sua atuação, que os investidores sejam prejudica-
dos pela prática de insider trading.

6.1.6.18 USO DE BENS E PATRIMÔNIO DA CAIXA


6.1.6.18.1 Para prevenção à ocorrência de situações de indevido uso de bens e patrimônio da CAI-
XA o agente público deve adotar condutas tais como:
a) Zelar pela proteção do patrimônio público, com a adequada utilização das informações, dos
bens, equipamentos e demais recursos colocados à disposição para a gestão eficaz dos negó-
cios realizados em nome da CAIXA;
b) Não utilizar os recursos materiais, meios de comunicação e instalações colocados à disposição
para fins estranhos às suas atividades profissionais;
c) Não usar tecnologias, metodologias, modelos, know-how e outras informações de propriedade
da CAIXA ou por ela desenvolvidas ou obtidas, para fins particulares ou repassar a terceiros,
mesmo que o agente público tenha participado de seu desenvolvimento.

6.1.7 PADRÕES ESPECÍFICOS DE CONDUTA

6.1.7.1 O agente público, para o exercício de suas atividades na administração e gestão de ativos de
terceiros, no risco, nas operações de tesouraria, nas típicas de banco de investimento, nas ofertas
públicas pela emissora ou ofertante, sem prejuízo da aplicação do disposto no Padrão Geral de Con-
duta previsto neste Código, deve observar as normas reguladoras, autorreguladoras e internas que
lhes sejam aplicáveis.
6.1.7.2 Por ocasião de eventual procedimento administrativo com intuito de apurar situações de
possível conflito de interesses ou descumprimento de normas ou leis, os dirigentes e os integrantes
de órgãos estatutários autorizam acesso aos seus dados fiscais, bancários, telefônicos e de dados,
pertinentes ao objeto da apuração, sempre que a autoridade responsável pela instauração do pro-
cedimento administrativo assim determinar, nos estritos limites do necessário para os esclareci-
mentos dos fatos.
6.1.7.2.1 As informações obtidas restarão protegidas por sigilo e não serão reveladas sem o
consentimento dos interessados, salvo os casos legalmente previstos.
6.1.7.3 O dirigente e o membro de órgão estatutário que mantiverem participação superior a cinco
por cento do capital de qualquer sociedade, devem informar tal fato à Comissão de Ética Pública.
6.1.7.4 O dirigente e o integrante de órgão estatutário que receberem salário ou qualquer outra re-
muneração de fonte privada, deve informar tal fato à Comissão de Ética Pública, exceto remunera-
ção proveniente de participação em conselhos de empresas em que a CAIXA detenha participação
societária ou direito de indicar representantes, e prêmio recebido da CAIXA ou de suas empresas
coligadas, subsidiárias e parceiras conforme descrito neste Código.

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6.1.7.5 Durante o exercício do seu mandato, os dirigentes e os integrantes de órgãos estatutários


devem adotar condutas tais como:
a) Não realizar investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou po-
lítica governamental ou relacionamentos comerciais mantidos pela CAIXA a respeito do qual
tenha informações privilegiadas, em razão da ocupação do cargo de dirigente e de membro
estatutário;
b) Não se utilizar de informações privilegiadas para qualquer fim, ou se valer do cargo de dirigente
e de membro estatutário em benefício próprio ou de terceiros;
c) Não comentar com terceiros assuntos internos que envolvam informações confidenciais ou que
possam vir a antecipar algum comportamento do mercado;
d) Não usar ou divulgar, a qualquer tempo, em proveito próprio ou de terceiros, informação privi-
legiada obtida em razão das atividades exercidas, ainda que após seu desligamento das ativida-
des de dirigente e de membro estatutário;
e) Não receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir
situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade;
f) Não se utilizar de membro de sua equipe para tratar de assuntos particulares.
6.1.7.5.1 Em relação aos investimentos pessoais, o dirigente e o integrante de órgão estatutário
devem, ainda, observar a Resolução CVM nº 44, de 23/08/2021, e outras que vierem substituir
e/ou complementá-la, bem como as diretrizes contidas na PO061; devem ainda atender inte-
gralmente ao CCAAF e ao disposto na Resolução nº 15, de 1º de fevereiro de 2020.
6.1.7.5.2 No relacionamento com outros órgãos públicos e privados, empresas e outras entida-
des, o dirigente e o membro estatutário devem esclarecer a existência de eventual conflito de
interesses, bem como comunicar ao colegiado qualquer circunstância ou fato impeditivo de sua
participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado.
6.1.7.5.3 As eventuais divergências entre os dirigentes e os membros estatutários serão re-
solvidas internamente, mediante coordenação administrativa, não lhes cabendo manifestar-se
publicamente sobre matéria que não seja afeta à sua área de competência.
6.1.7.6 O dirigente e o integrante de órgão estatutário devem guardar sigilo das informações pri-
vilegiadas e ato ou fato relevante aos quais tenham acesso em razão do cargo ou posição que ocu-
pam, até sua efetiva divulgação ao mercado.
6.1.7.6.1 O dirigente e o integrante de órgão estatutário devem divulgar e manter arquivadas,
nas respectivas Consultorias, as agendas de reuniões e encontros com pessoas físicas e jurídi-
cas que tenham qualquer tipo de interesse junto à CAIXA, mantendo registro sumário das ma-
térias tratadas, bem como informando necessariamente o nome do acompanhante e relação
das pessoas presentes, que ficarão disponíveis aos interessados.
6.1.7.7 No exercício de seu mandato o dirigente e o integrante de órgão estatutário devem adotar
condutas tais como:
a) Não opinar publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de outros
membros ou das autoridades públicas federais;

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b) Não opinar publicamente sobre o mérito de questão que lhe será submetida para decisão indi-
vidual ou em órgão colegiado;
c) Resguardar o sigilo das informações relativas a ato ou fato relevante às quais tenha acesso pri-
vilegiado em razão do cargo, função ou emprego público que ocupe até a divulgação ao merca-
do;
d) Comunicar qualquer ato ou fato relevante de que tenha conhecimento ao Diretor de Relações
com Investidores da CAIXA, que promoverá sua divulgação, ou na hipótese de omissão deste, à
Comissão de Valores Mobiliários – CVM;
e) Não divulgar, sem autorização do órgão competente da CAIXA, informação que possa causar
impacto na cotação dos títulos da empresa e em suas relações com o mercado ou com consu-
midores e fornecedores.
6.1.7.8 As propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado destinadas aos dirigentes e
membros estatutários, bem como qualquer negociação que envolva conflito de interesses, devem
ser imediatamente informadas à Comissão de Ética Pública, independentemente da sua aceitação
ou rejeição.
6.1.7.8.1 Após deixar o cargo de dirigente e de membro estatutário, no período de seis meses,
não poderá desenvolver nenhum tipo de atividade profissional que eventualmente possa ense-
jar conflito de interesses com as atividades da CAIXA.
6.1.7.8.2 No período de seis meses, contado da data da dispensa, exoneração, destituição, de-
missão ou aposentadoria de cargo de dirigente e de membro estatutário, configura conflito de
interesses, salvo quando expressamente autorizado pela Comissão de Ética Pública:
a) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica com
quem tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo de diri-
gente e de membro estatutário na CAIXA;
b) aceitar cargo de administrador ou conselheiro ou estabelecer vínculo profissional com pes-
soa física ou jurídica que desempenhe atividade relacionada à área de competência do car-
go de dirigente anteriormente ocupado;
c) celebrar com as empresas do conglomerado CAIXA contratos de serviço, consultoria, asses-
soramento ou atividades similares;
d) intervir, direta ou indiretamente, em favor de interesse privado perante a CAIXA ou órgão
com o qual tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo de
dirigente.
6.1.7.9 Além das medidas descritas neste Código, o dirigente e o integrante de órgão estatutário
poderão prevenir a ocorrência de conflito de interesses, adotando a seguinte providência em até
seis meses a partir da publicação deste Código:
a) transferir a administração dos bens e direitos que possam suscitar conflito de interesses para
instituição financeira ou administradora de carteira de valores mobiliários autorizada a funcio-
nar pelo BACEN ou pela CVM, conforme o caso, mediante instrumento contratual que contenha
cláusula que vede a interferência do dirigente e do membro estatutário em qualquer decisão
de investimento, assim como o seu prévio conhecimento de decisões tomadas pela instituição
administradora a respeito da gestão dos bens e direitos.

58 Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
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6.1.7.10 Todo ato de posse ou investidura em função de dirigente e de membro estatutário deve ser
acompanhado da assinatura do termo de ciência e concordância com as normas estabelecidas pelo
Código de Conduta da Alta Administração Federal (arquivo apensado à norma) e por este Código.
6.1.7.11 Em caso de dúvida, o dirigente e o membro estatutário devem solicitar informações adicio-
nais e esclarecimentos à Comissão de Ética Pública.
6.1.7.12 O dirigente e o membro estatutário devem se abster de exercer trabalho ou prestar servi-
ços de consultoria, de assessoria, de assistência técnica e de treinamento, exceto nas atividades de
magistério e nas situações analisadas e aprovadas pela Comissão de Ética Pública.

6.1.7.13 VIART
6.1.7.13.1 Os empregados e dirigentes lotados na Vice-Presidência e nas unidades subordinadas à
Vice Presidência de Fundos de Investimento, observam, além das normas expressas neste Código,
ao disposto no Código de Conduta da Vice-Presidência de Fundos de Investimento RH169.

6.1.7.14 VICOR
6.1.7.14.1 As atividades da Vice-Presidência Riscos (VICOR) não devem ser desempenhadas por
empregado que atue em atividades negociais, de modo a resguardar a isenção de opinião e a inte-
gridade do empregado e da CAIXA.
6.1.7.14.2 Os empregados da VICOR lotados na matriz, incluindo o Vice-Presidente e os Diretores
Executivos, são impedidos de realizar atendimento a clientes da CAIXA e PEP para tratar de assun-
tos relacionados à avaliação de risco de crédito, operações e renegociações, salvo aqueles vincula-
dos à SUICO (e suas unidades subordinadas), enquanto detentora do mandato de fomento ao crédi-
to sustentável, e à GEREP, com atuação exclusiva na avaliação de risco social, ambiental e climático,
observados os limites normativamente estabelecidos para a execução das respectivas atividades.
6.1.7.14.3 O atendimento pessoal a clientes da CAIXA, seja visitando-os ou sendo visitado por eles,
quando necessário para avaliação de risco de crédito de operações e renegociações (SUICO/GERCR/
GEARI/CERIS/CEPRA) ou avaliação e monitoramento de risco social, ambiental e climático (GEREP),
será feito exclusivamente por empregados de unidades assim autorizadas por mandato, sendo no
mínimo dois, e um deles com função gerencial (gestor/coordenador de centralizadoras/coordena-
dor de projetos matriz), obrigatoriamente acompanhados de representante da área negocial, salvo
quando tratar-se de monitoramento de risco social, ambiental e climático.
6.1.7.14.4 Eventual atendimento, conforme definido no subitem 6.1.7.14.3, deverá ser registrado
em documento formal de memória de visita, a ser guardado pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos,
preferencialmente em meio digital, que registre a data, o local, a identificação dos representantes
da CAIXA, das entidades, pessoas jurídicas e/ou pessoas físicas relacionadas, bem como o objetivo
da visita.
6.1.7.14.5 Os empregados envolvidos nos processos de análise de risco de crédito e renegociação
não devem se manifestar previamente sobre matéria sujeita a sua decisão ou de cujo processo de-
cisório venha a participar, a não ser com as pessoas que participam ou participarão conjuntamente
da análise da matéria e assegurando que a divulgação do resultado final das atividades ocorra so-
mente após a conclusão de todas as providências previstas normativamente.

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6.1.7.14.6 É assegurada a segregação entre a modelagem do risco de crédito, a execução da avalia-


ção de risco de crédito e a validação dos modelos.
6.1.7.14.7 O empregado da área de riscos que participa da construção de modelos de risco de cré-
dito e de recuperação não deve participar da análise, de negociações, da estruturação de opera-
ções e visitas a clientes.
6.1.7.14.8 As solicitações de informações e esclarecimentos acerca de avaliações de risco de crédi-
to deverão ser realizadas via servicos.caixa ou canal similar que venha a substituí-lo.
6.1.7.14.9 Na execução de suas atribuições, é dever do empregado:
• Preservar o sigilo e a segurança das informações, prestigiando a correta classificação dos dados
e informações, conforme normativo OR016;
• Respeitar e valorizar os stakeholders e seus direitos, com a prestação de informações corretas,
cumprimento dos prazos acordados e oferecimento de alternativa(s), quando existente(s), para
satisfação de suas necessidades de negócios, observado nosso compromisso maior com resul-
tados corporativos sustentáveis;
• Proteger os dados pessoais e respeitar a privacidade dos titulares dos dados no desempenho
de suas atividades.
6.1.7.14.10 Apenas os Agentes de Compliance e Integridade e os empregados em trabalho remoto
e/ou em equipe virtual, em observância às modalidades previstas na normatização interna vigente,
podem ter lotação física em unidades não vinculadas à VICOR.
6.1.7.14.11 Em relação ao processo de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD/FTP):
a) As informações obtidas no processo de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD/FTP) devem
preservar o sigilo das comunicações impostos pela legislação vigente, não podendo ser com-
partilhadas com terceiros, alheios ao processo;
b) Todos os empregados, inclusive os que atuam diretamente na PLD/FTP, devem preservar o si-
gilo das comunicações efetuadas às autoridades responsáveis, sem revelar ou dar ciência da
ocorrência aos clientes, envolvidos ou terceiros;
c) Todo empregado deve preservar o sigilo das partes envolvidas em denúncias.

6.1.7.15 SUOPE
6.1.7.15.1 Os padrões de conduta a seguir definidos se destinam aos empregados lotados na SUO-
PE e nas áreas subordinadas (Gerências Nacionais), no desempenho das atividades administrativas
e de negócios realizados em nome da CAIXA, em suas dependências ou fora dela, no intuito de
preservar a excelência da qualidade, a ética e o profissionalismo na gestão e administração dos re-
cursos de tesouraria, câmbio e mercado de capitais.
6.1.7.15.2 As condutas relacionadas abaixo ferem a preservação dos padrões éticos, profissionais e
das boas práticas de mercado e governança corporativa, sendo caracterizados, ainda, como impe-
dimentos:

60 Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
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a) Realizar diretamente ou por meio de terceiros, operações com instrumentos financeiros de-
rivativos ou derivativos embutidos, ações de qualquer espécie e cotas de fundos cotados em
bolsa para interesse próprio com prazo mínimo de retenção do instrumento inferior a 90 dias
corridos;
b) Alienar ou resgatar títulos privados, adquiridos por meio de Oferta Pública, antes do prazo mí-
nimo de 90 dias corridos de retenção dos títulos, a fim de evitar possíveis questionamentos re-
lacionados à manipulação do mercado de valores mobiliários e ao uso indevido de informações
privilegiadas;
c) Realizar diretamente ou por meio de terceiros, operações de day trade de qualquer espécie
para interesse próprio;
d) Realizar operações com corretoras cadastradas a operar com a SUOPE para interesse próprio,
exceto no caso de aquisição de ações e cotas de fundos fechados com distribuição em oferta
pública, desde que as ações sejam mantidas pelo prazo mínimo de 90 dias corridos.
e) Participar de almoços, jantares, reuniões, solenidades, seminários ou encontros patrocinados
por clientes, instituições concorrentes ou quaisquer pessoas que tenham interesse junto à CAI-
XA, sem a devida observância ao disposto no Código;
f) Comentar com pessoas não relacionadas sobre os assuntos da Superintendência, sobre as ope-
rações proprietárias ou de clientes, assim como as estratégias de atuação da SUOPE;
g) Divulgar ou repassar qualquer informação sigilosa de clientes ou operações do mercado finan-
ceiro e de capitais realizadas no âmbito desta Superintendência Nacional;
h) Divulgar informações sobre as operações em estruturação durante o período de silêncio até
que a oferta pública seja divulgada ao mercado;
i) Concretizar ou negociar operações da CAIXA, por mensagens de texto, celular, tablet ou similares;
j) Utilizar-se de informações ou bens sob administração da Superintendência em proveito próprio
ou de terceiros, mesmo após desligar-se da área;
k) Ter participação societária em empresas que tenham como objetivo serviços ou produtos liga-
dos ao mercado financeiro ou de capitais, ou em atividades correlatas ao mercado financeiro
ou de capitais, que gerem conflitos ou potenciais conflitos de interesses, em relação às ativida-
des exercidas na CAIXA;
l) Transitar informações de natureza corporativa ou inerente às atividades, por meio do correio
eletrônico – CAIXA-M@IL, sem observância do contido no OR003, OR007, OR016 e PO007;
m) Realizar análises de títulos e valores mobiliários sem a devida certificação profissional requerida.
6.1.7.15.3 Não se aplicam restrições à:
a) Aplicação em Fundos de Investimento abertos, constituídos com base na Instrução CVM 409,
Títulos de renda fixa, tais como Títulos de Emissão do Tesouro Nacional por meio da ferramenta
Tesouro Direto, LCI, CDB, RDB, CRI e Debêntures;
b) Realização de operações com instrumentos derivativos e ações de qualquer espécie e cotas de
fundos fechados para interesse próprio, com prazo mínimo de retenção do instrumento supe-
rior a 90 dias corridos.

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6.1.7.15.4 Cabe aos empregados citados no item 6.1.7.15.1:


a) Atender às ligações telefônicas com cortesia;
b) Evitar a utilização de procedimentos que possam vir a configurar a criação de condições artifi-
ciais de mercado, manipulação de preços, realização de operações fraudulentas e uso de práti-
cas não equitativas em operações de mercado financeiro;
c) Identificar com precisão os objetivos e intenções dos clientes, a fim de auxiliar adequadamente
às SR e Agências/PA a recomendarem os produtos e serviços mais adequados aos clientes;
d) Manter em perfeita ordem o registro das operações realizadas, a fim de possibilitar consulta
posterior ao mesmo;
e) Manter em sigilo informações referentes aos clientes e à CAIXA, exceto no caso de requisição
formal de órgão externo após devidamente autorizado pela CAIXA, tais como BACEN, CMN,
CVM, TCU, CGU, ANBIMA, dentre outros, ou ante cumprimento de ordem judicial;
f) Obedecer às normas legais ou regulamentares que regem suas atividades, bem como os manu-
ais normativos;
g) Obter prévia e expressa autorização da Superintendência Nacional de Operações de Tesouraria
para publicação de estudos, pareceres, pesquisas e demais trabalhos, de sua autoria ou não,
que envolvam assuntos relacionados às atividades da área;
h) Cumprir estritamente todas as normas legais e regulamentares emanadas de entidades gover-
namentais, tais como, CMN, BACEN, CVM, Tesouro Nacional, e das não governamentais, tais
como, ANBIMA, B3SA, e demais entidades que regulem suas atividades profissionais;
i) Notificar seu Gerente Nacional ou seu Superintendente Nacional (no caso de empregados com
função gratificada de Gerente Nacional ou lotados na SUOPE), sobre situações ou comporta-
mentos que possam, de alguma forma, configurar conflitos ou potenciais conflitos de interesse
ou inobservância ao presente Código.
6.1.7.15.5 Cabe aos Gerentes Nacionais e/ou seus substitutos eventuais:
a) Realizar reunião anual com os empregados lotados na respectiva Gerência Nacional para refor-
ço das orientações contidas neste Código;
b) Realizar reunião periódica com os empregados lotados na respectiva Gerência Nacional sempre
que houver atualizações relevantes deste capítulo;
c) Registrar em Ata as reuniões citadas nos itens anteriores e incluí-las no Sistema de Gestão da
Ética – SIETI;
d) Disponibilizar exemplar deste normativo a todos os empregados sob sua gestão, orientando a
assinatura do Anexo ll – Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA;
e) Dar ciência imediata deste normativo aos novos empregados sob sua gestão, orientando a assi-
natura do Anexo II – Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA;
f) Proceder conforme disposto no item 6.1.7.15.7 no caso de recusa por parte de qualquer em-
pregado em assinar o Anexo ll;

62 Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG.
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g) Levar ao conhecimento do Superintendente Nacional as notificações recebidas de seus empre-


gados, mencionadas no item 6.1.7.15.4, alínea “i”, e, em conjunto, decidir qual procedimento
deve ser adotado, tomando por base o disposto neste normativo e todos os outros relaciona-
dos;
h) Dar conhecimento ao empregado que efetuou a notificação sobre o acatamento ou não das
razões da notificação;
i) Em sendo procedente a notificação recebida, apurar os fatos, tomando por base o normativo,
AE079, conforme o caso, e garantindo, sob qualquer hipótese, o sigilo quanto à identificação do
denunciante;
j) Efetuar correções tempestivas dos desvios de condutas identificados no desempenho das ativi-
dades dos empregados sob sua gestão.
6.1.7.15.6 Cabe ao Superintendente Nacional da SUOPE:
a) Mediar e conciliar situações que envolvam questões para as quais este Código seja omisso;
b) Realizar reunião anual ou sempre que houver novas atualizações deste Código, com os Geren-
tes Nacionais da GESUP e GETES, e com os empregados lotados na SUOPE, repassando e refor-
çando todas as orientações contidas neste normativo;
c) Registrar em Ata as reuniões citadas no item anterior e incluí-las no Sistema de Gestão da Ética
– SIETI;
d) Disponibilizar exemplar deste normativo para todos os empregados sob sua gestão, orientando
sobre a assinatura do Anexo II;
e) Dar ciência imediata deste normativo aos novos empregados sob sua gestão, orientando a assi-
natura do Anexo II – Termo de Ciência do Código de Conduta da CAIXA;
f) Proceder conforme disposto no item 6.1.7.15.7 no caso de recusa por parte de qualquer em-
pregado em assinar o Anexo II;
g) Decidir sobre as situações descritas nos itens 6.1.7.15.4 e 6.1.7.15.5, alíneas “i” e “g” respec-
tivamente e, sendo procedentes, solicitar ou apurar os fatos, tomando por base o normativo
AE079, conforme o caso, e garantindo, sob qualquer hipótese, o sigilo quanto à identificação do
denunciante;
h) Efetuar correções tempestivas dos desvios de condutas identificados no desempenho das ativi-
dades dos empregados sob sua gestão.
6.1.7.15.7 A recusa em assinar o Termo de Ciência citado no item 6.1.7.15.5, alínea “d” não exime o
empregado da observância do contido neste normativo, podendo o ateste ocorrer por aposição de
assinatura do gestor da Gerência Nacional ou Superintendência Nacional de lotação do empregado
na presença de 2 testemunhas.
6.1.7.15.8 Após a assinatura do Termo de Ciência, o empregado terá o prazo de 60 dias corridos
para o enquadramento de suas atividades em cumprimento de todas as exigências contidas neste
Código.

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6.1.8 DISPOSIÇÕES FINAIS

6.1.8.1 As violações a este Código, cometidas por empregado, estão sujeitas à abertura de proce-
dimento de apuração de responsabilidade disciplinar e civil, conforme AE079, ou de processo de
apuração ética, conforme AE103.
6.1.8.2 As violações a este Código cometidas por Presidente, Vice-Presidentes, Diretores e membro
estatutário serão submetidas à apreciação do Conselho de Administração, ressalvada a competên-
cia da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
6.1.8.3 A responsabilização do agente público em situação de conflito de interesses é considerada
improbidade administrativa, conforme previsto na Lei n.º 12.813/2013.
6.1.8.4 Cabe aos gestores manterem os empregados devidamente informados e esclarecidos sobre
o conteúdo do presente Código, orientando-os sobre a necessidade de leitura e reflexão constantes
sobre as prescrições nele estabelecidas.
6.1.8.5 Este Código deve constar como anexo nos contratos de prestação de serviços da CAIXA, de
forma a também orientar a conduta dos prestadores de serviço.
6.1.8.6 O Conselho de Administração é competente para discutir, aprovar e monitorar decisões re-
lativas ao Código de Ética, Conduta e Integridade da CAIXA.
6.1.8.7 A Corregedoria da CAIXA elaborará, disponibilizará e manterá atualizado “Perguntas e Res-
postas”, “Cartilha” (arquivo apensado à norma) e “Guia de Orientações” acerca de tópicos tratados
neste Código.

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